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Como surgiu a aula de história? Colunista de 11 anos explica
Há muito tempo, muito tempo mesmo, não existia aula de história. As pessoas não se interessavam pelo passado: olhavam apenas para o futuro e não pensavam em como as histórias de antes eram importantes. Porém, numa pequena aldeia, havia um sábio que dizia que estudar o passado era muito importante. Leia a coluna completa de Gustavo Gomes, 11, aqui.
folhinha
Como surgiu a aula de história? Colunista de 11 anos explicaHá muito tempo, muito tempo mesmo, não existia aula de história. As pessoas não se interessavam pelo passado: olhavam apenas para o futuro e não pensavam em como as histórias de antes eram importantes. Porém, numa pequena aldeia, havia um sábio que dizia que estudar o passado era muito importante. Leia a coluna completa de Gustavo Gomes, 11, aqui.
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Página principal do Google vai incluir seção de notícias e vídeos populares
O Google anunciou nesta terça-feira (18) que fará mudanças na sua homepage para incluir o que a empresa chama de Feed, uma seção com notícias, alertas, informações pessoais, vídeos populares e outras sugestões que o buscador considerar útil especificamente para o usuário. Esse agregador de "interesses" será implementado nesta quarta-feira (19) no app principal do Google para Android e para iPhone nos EUA A novidade chega para o Brasil e demais países dentro de duas semanas. A página principal do Google no computador —que, em essência, não mudou desde que foi lançada, em 1998– receberá as mudanças "em breve", disse a empresa. Cada usuário terá um Feed personalizado. Para decidir o que mostrar, a companhia usará localização, dados do histórico de navegação na web, buscas realizadas no Google e informações de outros serviços da empresa, como Gmail, YouTube e Calendar, seja no celular, seja desktop. Além de deduzir os assuntos que são caros aos internautas, o Google permitirá "seguir" ou abandonar qualquer tema. Já é possível usar o aplicativo para receber notícias sobre celebridades, acontecimentos noticiosos e times de futebol, e isso será expandido para praticamente todo tópico: raças de cachorro, áreas de conhecimento, objetos colecionáveis e por aí vai. "O Feed é como a busca do Google, mas sem usar termos", disse Karen Corby, diretora da equipe responsável pelo Feed, durante o evento de imprensa realizado para o anúncio, em San Francisco (EUA). "Temos muitas paixões, mas muitas vezes não temos o tempo ou a energia para nos mantermos atualizados sobre todas elas." A novidade faz parte de uma batalha para o Google manter-se mais relevante que concorrentes como Facebook (cuja página principal chama-se Feed de Notícias) usando inteligência artificial. Apple, Amazon e Microsoft também alardeiam seus próprios "assistentes pessoais", de função semelhante. Notícias e "trending topics" (assuntos em voga) farão parte do Feed, além dos já existentes alertas oriundos do calendário ou da previsão meteorológica. Durante o evento de anúncio, a empresa mencionou diversas vezes YouTube e vídeo —o que sugere forte presença de conteúdo audiovisual no serviço. A empresa afirmou que "não planeja" exibir propaganda no Feed, mas isso não quer dizer que não usará os dados que o usuário inserir nele com fins publicitários. "Os dados que eles [Google] acumulam a partir disso é um ativo muito valioso", disse à Folha Barry Schwartz, especialista em busca na internet e diretor do site Search Engine Land. Para ele, a privacidade de quem usa serviços da companhia não estará mais em risco por causa desse novo serviço. "O Google já sabe tanto sobre os usuários... O fato de eles declararem interesse em um tipo de conteúdo não é mais arriscado que hospedar e-mails, compartilhar termos de busca ou a localização o tempo todo", diz Schwartz. Segundo a gigante tecnológica, o usuário poderá decidir o que quer compartilhar para fins de personalização do Feed. É possível, por exemplo, esconder a localização do celular perante os olhos do Google, apagar todo o histórico de buscas ou buscas específicas. Na versão atual do seu app, a empresa já mostra sugestões de compras em que o usuário possa ter interesse. No fim do mês passado, a União Europeia multou o Google em € 2,4 bilhões (R$ 8,8 bilhões) pelo que determinou serem práticas anticompetitivas no seu serviço de comparação de preços de produtos. O Google disse que recorrerá da decisão. A companhia incessantemente tenta aumentar mais a presença de seus produtos na vida dos usuários, com aparelhos como o alto-falante inteligente Home —cujas buscas também farão parte do catálogo de informações empregadas para refinar o Feed. Também nesta terça, a companhia anunciou por meio de um comunicado o plano de fazer com que seu projeto de óculos inteligentes Glass sejam expandidos para o mundo corporativo.
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Página principal do Google vai incluir seção de notícias e vídeos popularesO Google anunciou nesta terça-feira (18) que fará mudanças na sua homepage para incluir o que a empresa chama de Feed, uma seção com notícias, alertas, informações pessoais, vídeos populares e outras sugestões que o buscador considerar útil especificamente para o usuário. Esse agregador de "interesses" será implementado nesta quarta-feira (19) no app principal do Google para Android e para iPhone nos EUA A novidade chega para o Brasil e demais países dentro de duas semanas. A página principal do Google no computador —que, em essência, não mudou desde que foi lançada, em 1998– receberá as mudanças "em breve", disse a empresa. Cada usuário terá um Feed personalizado. Para decidir o que mostrar, a companhia usará localização, dados do histórico de navegação na web, buscas realizadas no Google e informações de outros serviços da empresa, como Gmail, YouTube e Calendar, seja no celular, seja desktop. Além de deduzir os assuntos que são caros aos internautas, o Google permitirá "seguir" ou abandonar qualquer tema. Já é possível usar o aplicativo para receber notícias sobre celebridades, acontecimentos noticiosos e times de futebol, e isso será expandido para praticamente todo tópico: raças de cachorro, áreas de conhecimento, objetos colecionáveis e por aí vai. "O Feed é como a busca do Google, mas sem usar termos", disse Karen Corby, diretora da equipe responsável pelo Feed, durante o evento de imprensa realizado para o anúncio, em San Francisco (EUA). "Temos muitas paixões, mas muitas vezes não temos o tempo ou a energia para nos mantermos atualizados sobre todas elas." A novidade faz parte de uma batalha para o Google manter-se mais relevante que concorrentes como Facebook (cuja página principal chama-se Feed de Notícias) usando inteligência artificial. Apple, Amazon e Microsoft também alardeiam seus próprios "assistentes pessoais", de função semelhante. Notícias e "trending topics" (assuntos em voga) farão parte do Feed, além dos já existentes alertas oriundos do calendário ou da previsão meteorológica. Durante o evento de anúncio, a empresa mencionou diversas vezes YouTube e vídeo —o que sugere forte presença de conteúdo audiovisual no serviço. A empresa afirmou que "não planeja" exibir propaganda no Feed, mas isso não quer dizer que não usará os dados que o usuário inserir nele com fins publicitários. "Os dados que eles [Google] acumulam a partir disso é um ativo muito valioso", disse à Folha Barry Schwartz, especialista em busca na internet e diretor do site Search Engine Land. Para ele, a privacidade de quem usa serviços da companhia não estará mais em risco por causa desse novo serviço. "O Google já sabe tanto sobre os usuários... O fato de eles declararem interesse em um tipo de conteúdo não é mais arriscado que hospedar e-mails, compartilhar termos de busca ou a localização o tempo todo", diz Schwartz. Segundo a gigante tecnológica, o usuário poderá decidir o que quer compartilhar para fins de personalização do Feed. É possível, por exemplo, esconder a localização do celular perante os olhos do Google, apagar todo o histórico de buscas ou buscas específicas. Na versão atual do seu app, a empresa já mostra sugestões de compras em que o usuário possa ter interesse. No fim do mês passado, a União Europeia multou o Google em € 2,4 bilhões (R$ 8,8 bilhões) pelo que determinou serem práticas anticompetitivas no seu serviço de comparação de preços de produtos. O Google disse que recorrerá da decisão. A companhia incessantemente tenta aumentar mais a presença de seus produtos na vida dos usuários, com aparelhos como o alto-falante inteligente Home —cujas buscas também farão parte do catálogo de informações empregadas para refinar o Feed. Também nesta terça, a companhia anunciou por meio de um comunicado o plano de fazer com que seu projeto de óculos inteligentes Glass sejam expandidos para o mundo corporativo.
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Chesf, da Eletrobras, quer levantar R$ 2 bilhões com vendas de ativos
A Chesf, subsidiária da estatal federal Eletrobras, com atuação principalmente na região Nordeste, pretende levantar cerca de R$ 2 bilhões com a venda de ativos, como hidrelétricas, usinas eólicas e linhas de transmissão, disse à Reuters nesta quinta-feira (19) o novo presidente da companhia, Sinval Gama, que assumiu o cargo na semana passada. Maior elétrica do Brasil em capacidade instalada, a Chesf acumulou uma ampla carteira de projetos de geração e transmissão nos últimos anos, mas tem encontrado dificuldades para tocar os empreendimentos, muitos dos quais estão atrasados ou mesmo paralisados. Parte dos recursos a serem obtidos com a negociação de ativos seriam utilizados para bancar essas obras em andamento, que a companhia espera entregar até o início de 2019. Mas a empresa espera também conseguir negociar a venda de alguns dos empreendimentos que ainda não iniciaram obras, reduzindo sua lista de projetos em andamento. "Vamos tentar vender esses projetos, nos tirar da obrigação de investimentos", explicou Gama, em entrevista à Reuters. "O objetivo é tirar esse passivo. Não estamos pensando em iniciar nada novo... Temos que usar 2017, 2018, e até mesmo o comecinho de 2019 para resolver esse passivo", afirmou. Segundo ele, a estatal tem um conjunto de empreendimentos avaliados em R$ 3,7 bilhões que poderiam ser negociados, e esses ativos serão oferecidos a investidores até que a companhia consiga levantar os R$ 2 bilhões planejados. "Estamos olhando de A a Z... mas vamos vender aqueles que derem o melhor retorno. Tenho que começar em 2017, porque já preciso de recursos", afirmou o executivo. As intenções da Chesf encaixam-se no planejamento de sua controladora, a Eletrobras, que no ano passado divulgou metas para entre 2017 e 2021 que incluem a obtenção de cerca de R$ 4,6 bilhões com a venda de ativos para reduzir dívidas. DEMISSÕES VOLUNTÁRIAS Gama disse que outra medida da Chesf para recuperar sua saúde financeira será a realização de um plano de demissões voluntárias. A estatal tem cerca de 4.500 funcionários, dos quais 1.800 devem ser elegíveis ao plano. "Vamos incentivar a saída de colaboradores e vamos reestruturar organizacionalmente, diminuindo o número de níveis de gerência... vamos na linha de eficiência e custeio", disse Gama. O plano geral da Eletrobras inclui planos de aposentadoria incentivada para até quase 5.000 funcionários. Segundo Gama, a Chesf tem hoje despesas operacionais superiores à receita, o que exigirá uma restruturação para que a companhia possa, no futuro, voltar a investir. O executivo, que antes de assumir o comando da Chesf estava na distribuidora de energia goiana Celg-D, também do grupo Eletrobras, afirmou que a nomeação para a subsidiária da estatal no Nordeste foi "uma honra". "É uma empresa em que entrei como estagiário 40 anos atrás", disse. No retorno à Chesf, o executivo almeja retomar a saúde financeira da companhia e concluir as obras em atraso, deixando-a pronta para um novo ciclo de expansão. "Quero começar a poder dizer, poxa vida, como a Chesf é forte... participando de leilões, crescendo sustentavelmente... Esse é o sonho".
mercado
Chesf, da Eletrobras, quer levantar R$ 2 bilhões com vendas de ativosA Chesf, subsidiária da estatal federal Eletrobras, com atuação principalmente na região Nordeste, pretende levantar cerca de R$ 2 bilhões com a venda de ativos, como hidrelétricas, usinas eólicas e linhas de transmissão, disse à Reuters nesta quinta-feira (19) o novo presidente da companhia, Sinval Gama, que assumiu o cargo na semana passada. Maior elétrica do Brasil em capacidade instalada, a Chesf acumulou uma ampla carteira de projetos de geração e transmissão nos últimos anos, mas tem encontrado dificuldades para tocar os empreendimentos, muitos dos quais estão atrasados ou mesmo paralisados. Parte dos recursos a serem obtidos com a negociação de ativos seriam utilizados para bancar essas obras em andamento, que a companhia espera entregar até o início de 2019. Mas a empresa espera também conseguir negociar a venda de alguns dos empreendimentos que ainda não iniciaram obras, reduzindo sua lista de projetos em andamento. "Vamos tentar vender esses projetos, nos tirar da obrigação de investimentos", explicou Gama, em entrevista à Reuters. "O objetivo é tirar esse passivo. Não estamos pensando em iniciar nada novo... Temos que usar 2017, 2018, e até mesmo o comecinho de 2019 para resolver esse passivo", afirmou. Segundo ele, a estatal tem um conjunto de empreendimentos avaliados em R$ 3,7 bilhões que poderiam ser negociados, e esses ativos serão oferecidos a investidores até que a companhia consiga levantar os R$ 2 bilhões planejados. "Estamos olhando de A a Z... mas vamos vender aqueles que derem o melhor retorno. Tenho que começar em 2017, porque já preciso de recursos", afirmou o executivo. As intenções da Chesf encaixam-se no planejamento de sua controladora, a Eletrobras, que no ano passado divulgou metas para entre 2017 e 2021 que incluem a obtenção de cerca de R$ 4,6 bilhões com a venda de ativos para reduzir dívidas. DEMISSÕES VOLUNTÁRIAS Gama disse que outra medida da Chesf para recuperar sua saúde financeira será a realização de um plano de demissões voluntárias. A estatal tem cerca de 4.500 funcionários, dos quais 1.800 devem ser elegíveis ao plano. "Vamos incentivar a saída de colaboradores e vamos reestruturar organizacionalmente, diminuindo o número de níveis de gerência... vamos na linha de eficiência e custeio", disse Gama. O plano geral da Eletrobras inclui planos de aposentadoria incentivada para até quase 5.000 funcionários. Segundo Gama, a Chesf tem hoje despesas operacionais superiores à receita, o que exigirá uma restruturação para que a companhia possa, no futuro, voltar a investir. O executivo, que antes de assumir o comando da Chesf estava na distribuidora de energia goiana Celg-D, também do grupo Eletrobras, afirmou que a nomeação para a subsidiária da estatal no Nordeste foi "uma honra". "É uma empresa em que entrei como estagiário 40 anos atrás", disse. No retorno à Chesf, o executivo almeja retomar a saúde financeira da companhia e concluir as obras em atraso, deixando-a pronta para um novo ciclo de expansão. "Quero começar a poder dizer, poxa vida, como a Chesf é forte... participando de leilões, crescendo sustentavelmente... Esse é o sonho".
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'Investigar corrupção é abrir caixa de Pandora', diz subprocurador
Para o subprocurador-geral da República Nicolao Dino Neto, investigar a corrupção no Brasil significa lidar com uma enorme quantidade de casos que parecem "puxar" uns aos outros. "É como uma caixa de Pandora (objeto que contém todos os males do mundo, de acordo com a mitologia grega). Quando você mexe na caixa, aparece mais uma ramificação", afirma. Atualmente, o Ministério Público Federal investiga diretamente 26 mil casos de corrupção e, no ano passado, propôs mais de 2 mil ações contra acusados de enriquecimento ilícito e outros crimes relacionados. Mas Dino Neto, que coordena a Câmara de Combate à Corrupção, acredita que os próximos anos haverá um aumento na quantidade e na eficiência das ações contra corruptos, por causa da criação dos chamados Núcleos de Combate à Corrupção em todo o país. Criados em 2014, os núcleos já estão presentes nas procuradorias de 24 Estados, além do Distrito Federal, e centralizam as investigações. "Quando você especializa uma área de atuação, a tendência é as investigações fluírem de forma mais rápida", disse à BBC Brasil, em entrevista por telefone. "As investigações tendem a ser mais eficientes porque serão conduzidas num único procedimento, que vai resultar em medidas de ação penal e não penal. O resultado é melhor porque em vez de dois ou mais procuradores investigando o mesmo fato, você terá um só, que vai apurar o caso na perspectiva do crime e na da improbidade administrativa." No último mês de dezembro, o grupo coordenado por Dino Neto divulgou uma seleção das 100 principais ações em casos de corrupção realizadas em todos os Estados durante o ano de 2015. A lista completa pode ser vista aqui. Além dos já conhecidos desdobramentos da Lava Jato, aparecem casos menos lembrados, mas que ainda estão em andamento - como os desvios da Sudam, descobertos em 2006 e a operação Anaconda, deflagrada em 2003. * BBC Brasil - Como a lista das cem principais ações em casos de corrupção em 2015 foi escolhida? Dino Neto - Esses casos foram apontados pelas diversas unidades do MPF em todo o Brasil. A câmara de combate à corrupção fez a seleção final. Os critérios usados para que as unidades indicassem seus casos foram a repercussão patrimonial (o montante do prejuízo aos cofres públicos) e o grau de ofensividade (gravidade do problema). Por isso, em Brasília e no Paraná fala-se muito das ações relacionadas à Lava Jato, mas em diversos Estados existem tantos outros casos de corrupção que têm também uma carga de ofensividade muito grande. De memória eu cito o caso dos desvios da Sudam, no Amazonas. Também destacaria a operação Ararath, no Mato Grosso, que é um caso muito grave de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa. São casos gravíssimos, envolvendo valores acima de R$ 100 milhões. E infelizmente são muitos. É como se fosse uma caixa de Pandora. Quando se mexe na caixa, aparece mais uma ramificação dos casos. Esse retrato de cem ações enfatiza que o Ministério Público está atuando em todo o Brasil no que se refere ao combate à corrupção - não é só a Lava Jato. Também demonstra que a corrupção é realmente um mal endêmico, que está presente na administração pública federal, na estadual e na municipal. Em dezembro, o deputado Eduardo Cunha insinuou que haveria indícios que implicariam o senador Renan Calheiros em casos de corrupção e não estariam sendo investigados. O PT também já chegou a dizer que não se investiga outros partidos com a mesma rapidez. Como o senhor responde às insinuações de que o MPF seria seletivo em suas investigações? Vou te responder de forma genérica. Essa seleção de cem casos permite visualizar que o que estamos fazendo é atuar de forma extremamente isonômica, aplicando a lei nas situações em que há efetivamente a necessidade da atuação do Ministério Público. Não há seletividade no sentido de escolhas. Estamos agindo de uma forma bem criteriosa no que se refere à adoção de medidas punitivas ou repressivas. Esses nomes que estão sendo mencionados são nomes sobre os quais há, sim, investigações. E há diversos partidos envolvidos. O Ministério Público não vê colorido partidário na sua atuação. E por que não aparecem na lista casos como o do chamado "mensalão mineiro" e o caso Alstom, que envolvem partidos de oposição? Os casos foram selecionados pelas unidades do MPF em todos os Estados e foi dada prioridade pelos que tiveram início ou desfecho no ano de 2015. O caso do mensalão mineiro é muito antigo e não teve nenhum desdobramento relacionado com o MPF em 2015. Já o caso da Alstom é de ação do Ministério Público Estadual, e a lista engloba somente casos do Ministério Público Federal. De qualquer forma, a lista é ilustrativa, para mostrar o fruto da nossa atuação em 2015. Não quer dizer que os casos examinados pelo MPF são só esses. O senhor fala de um "salto estatístico" nas ações contra a corrupção. Mas num universo de 26 mil investigações diretas sobre o tema no MPF, houve cerca de 1.230 ações de improbidade administrativa e 900 ações penais relativas a estes casos em 2015. Não é pouco? Esse dado é interessante sob duas perspectivas. Primeiro, ele revela que há critério nas investigações feitas pelo Ministério Público e também há critério na promoção de medidas de responsabilização, sempre que essas medidas se fazem necessárias. Muitas pessoas reclamam que haveria uma banalização das investigações e das ações de responsabilidade. Mas essa aparente desproporcionalidade dos números revela justamente o contrário, que não há banalização. Que o MPF só age nas situações em que a intervenção se faz necessária. Estes 26 mil casos incluem os que começaram muito antes de 2015, mas esse delay (atraso) nos processos ainda existe infelizmente no Brasil, porque dependemos também de investigações em outras esferas de atuação. Por exemplo, o Tribunal de Contas da União realiza uma tomada de contas especial (TCE, que determina responsabilidades caso tenha havido dano na administração pública), mas há uma demora grande entre a conclusão dela e a comunicação ao Ministério Público. Isso é ruim, porque retarda o início do procedimento judicial. Pode-se dizer que os partidos que aparecem com mais frequência nas investigações atualmente são realmente mais corruptos ou há, como argumentam alguns, mais investigação sobre a corrupção hoje do que havia em anos anteriores? Sem querer fazer injustiça com o passado, mas eu acho que é possível perceber na última década uma qualificação maior em termos de combate e investigação da corrupção. E digo isso não me referindo apenas ao Ministério Público. Acho que as instituições de percepção e controle de uma forma geral tem buscado responder de forma mais efetiva ao fenômeno da corrupção. E isso implica aparelhamento maior, qualificação melhor dos agentes públicos, atividades de cooperação entre diversas instâncias de controle e percepção. Tudo isso acaba por repercutir positivamente num cenário de investigação. É possível acabar a corrupção? De que forma? Acho que a corrupção é um fato social. Enquanto houver vida em sociedade infelizmente haverá corrupção. Isso vale para o Brasil e vale para o mundo todo. O desafio não é acabar com a corrupção. É melhorar os mecanismos de controle, de repressão e de prevenção. Tudo isso implica em atuar e responder à corrupção. Acabar não é possível. Há um comentário muito interessante do sociólogo José Pastore: 'corrupção é como diabetes. Não tem cura, mas tem que ser tratada diariamente'. Por que há tanta corrupção no Brasil, na sua opinião? O fato de haver pouca transparência na atuação do Estado brasileiro é um fator que pode significar um número maior de casos de corrupção. Há também um déficit em termos de educação que precisa ser superado e precisamos avançar, porque quanto mais educada for uma sociedade, a tendência é que haja menos corrupção. E estou falando não apenas de grau de instrução, mas de educação para a honestidade, cultura de valores positivos. É nesse contexto que temos que pensar em educação. Você tem pessoas que fizeram pós-graduação e cometem atos de corrupção. E também é importante o aspecto pedagógico-punitivo. Nenhuma sociedade consegue responder à altura a corrupção sem as pessoas percebam que a corrupção têm consequências legais e punições. É preciso melhorar nesse aspecto. Quais os maiores desafios que o MPF tem pela frente em sua meta de combate à corrupção neste ano? Acho que o grande desafio é manter a estrutura de funcionamento em termos de organização funcional. Isso é um desafio muito importante. Sem infraestrutura, pessoal, materiais, investimento em ferramentas de investigação, programas de ação e planejamento não se consegue avançar. O segundo é manter uma capacidade de diálogo com os diversos órgãos de controle e percepção. Você só pode avançar à medida que houver intercâmbio de informações e compartilhamento de estratégias de investigação. Ninguém consegue vencer a corrupção sozinho. É necessário que todos os órgãos envolvidos nessa atuação compartilhem esforços. Isso vale para a Receita Federal, Banco Central, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, polícias. Todos esses órgãos têm que atuar em sintonia. Ultimamente, procuradores e juízes em casos de corrupção tem sido vistos como "heróis da nação" e alguns analistas alertam que é preciso ter cautela com alçá-los a esta posição. Na sua opinião, os procuradores do Ministério Público devem ser vistos como heróis? Não. Acho que essa imagem não é apropriada para uma República. A atuação institucional tem que ser impessoal, nossa função não é criar heróis e não trabalhamos com heroísmo. Muito pelo contrário. É preciso despersonalizar e desmitificar essa ideia de que há situações heroicas. A atuação (nos casos de corrupção) é do Ministério Público e a resposta a ser dada é do Judiciário. Isso significa dizer que a atuação é do Estado brasileiro. Estamos cumprindo nosso dever institucional. Por que tantos detalhes das investigações vazam para a imprensa? E o que é feito para evitar que eles aconteçam? Os vazamentos que implicaram prejuízo à investigação ou à quebra de sigilo são objetos de investigação do Ministério Público também. Há inquéritos na Polícia Federal para apurar a responsabilidade por vazamentos indevidos, mas ao MPF não pode ser atribuída nenhuma responsabilidade por eles. Você tem visto várias operações do MPF ocorrerem sem que haja vazamento de informações, antecipações ou nenhum tipo de espetacularização midiática. Nossa atuação tem sido muito discreta como deve ser.
poder
'Investigar corrupção é abrir caixa de Pandora', diz subprocuradorPara o subprocurador-geral da República Nicolao Dino Neto, investigar a corrupção no Brasil significa lidar com uma enorme quantidade de casos que parecem "puxar" uns aos outros. "É como uma caixa de Pandora (objeto que contém todos os males do mundo, de acordo com a mitologia grega). Quando você mexe na caixa, aparece mais uma ramificação", afirma. Atualmente, o Ministério Público Federal investiga diretamente 26 mil casos de corrupção e, no ano passado, propôs mais de 2 mil ações contra acusados de enriquecimento ilícito e outros crimes relacionados. Mas Dino Neto, que coordena a Câmara de Combate à Corrupção, acredita que os próximos anos haverá um aumento na quantidade e na eficiência das ações contra corruptos, por causa da criação dos chamados Núcleos de Combate à Corrupção em todo o país. Criados em 2014, os núcleos já estão presentes nas procuradorias de 24 Estados, além do Distrito Federal, e centralizam as investigações. "Quando você especializa uma área de atuação, a tendência é as investigações fluírem de forma mais rápida", disse à BBC Brasil, em entrevista por telefone. "As investigações tendem a ser mais eficientes porque serão conduzidas num único procedimento, que vai resultar em medidas de ação penal e não penal. O resultado é melhor porque em vez de dois ou mais procuradores investigando o mesmo fato, você terá um só, que vai apurar o caso na perspectiva do crime e na da improbidade administrativa." No último mês de dezembro, o grupo coordenado por Dino Neto divulgou uma seleção das 100 principais ações em casos de corrupção realizadas em todos os Estados durante o ano de 2015. A lista completa pode ser vista aqui. Além dos já conhecidos desdobramentos da Lava Jato, aparecem casos menos lembrados, mas que ainda estão em andamento - como os desvios da Sudam, descobertos em 2006 e a operação Anaconda, deflagrada em 2003. * BBC Brasil - Como a lista das cem principais ações em casos de corrupção em 2015 foi escolhida? Dino Neto - Esses casos foram apontados pelas diversas unidades do MPF em todo o Brasil. A câmara de combate à corrupção fez a seleção final. Os critérios usados para que as unidades indicassem seus casos foram a repercussão patrimonial (o montante do prejuízo aos cofres públicos) e o grau de ofensividade (gravidade do problema). Por isso, em Brasília e no Paraná fala-se muito das ações relacionadas à Lava Jato, mas em diversos Estados existem tantos outros casos de corrupção que têm também uma carga de ofensividade muito grande. De memória eu cito o caso dos desvios da Sudam, no Amazonas. Também destacaria a operação Ararath, no Mato Grosso, que é um caso muito grave de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa. São casos gravíssimos, envolvendo valores acima de R$ 100 milhões. E infelizmente são muitos. É como se fosse uma caixa de Pandora. Quando se mexe na caixa, aparece mais uma ramificação dos casos. Esse retrato de cem ações enfatiza que o Ministério Público está atuando em todo o Brasil no que se refere ao combate à corrupção - não é só a Lava Jato. Também demonstra que a corrupção é realmente um mal endêmico, que está presente na administração pública federal, na estadual e na municipal. Em dezembro, o deputado Eduardo Cunha insinuou que haveria indícios que implicariam o senador Renan Calheiros em casos de corrupção e não estariam sendo investigados. O PT também já chegou a dizer que não se investiga outros partidos com a mesma rapidez. Como o senhor responde às insinuações de que o MPF seria seletivo em suas investigações? Vou te responder de forma genérica. Essa seleção de cem casos permite visualizar que o que estamos fazendo é atuar de forma extremamente isonômica, aplicando a lei nas situações em que há efetivamente a necessidade da atuação do Ministério Público. Não há seletividade no sentido de escolhas. Estamos agindo de uma forma bem criteriosa no que se refere à adoção de medidas punitivas ou repressivas. Esses nomes que estão sendo mencionados são nomes sobre os quais há, sim, investigações. E há diversos partidos envolvidos. O Ministério Público não vê colorido partidário na sua atuação. E por que não aparecem na lista casos como o do chamado "mensalão mineiro" e o caso Alstom, que envolvem partidos de oposição? Os casos foram selecionados pelas unidades do MPF em todos os Estados e foi dada prioridade pelos que tiveram início ou desfecho no ano de 2015. O caso do mensalão mineiro é muito antigo e não teve nenhum desdobramento relacionado com o MPF em 2015. Já o caso da Alstom é de ação do Ministério Público Estadual, e a lista engloba somente casos do Ministério Público Federal. De qualquer forma, a lista é ilustrativa, para mostrar o fruto da nossa atuação em 2015. Não quer dizer que os casos examinados pelo MPF são só esses. O senhor fala de um "salto estatístico" nas ações contra a corrupção. Mas num universo de 26 mil investigações diretas sobre o tema no MPF, houve cerca de 1.230 ações de improbidade administrativa e 900 ações penais relativas a estes casos em 2015. Não é pouco? Esse dado é interessante sob duas perspectivas. Primeiro, ele revela que há critério nas investigações feitas pelo Ministério Público e também há critério na promoção de medidas de responsabilização, sempre que essas medidas se fazem necessárias. Muitas pessoas reclamam que haveria uma banalização das investigações e das ações de responsabilidade. Mas essa aparente desproporcionalidade dos números revela justamente o contrário, que não há banalização. Que o MPF só age nas situações em que a intervenção se faz necessária. Estes 26 mil casos incluem os que começaram muito antes de 2015, mas esse delay (atraso) nos processos ainda existe infelizmente no Brasil, porque dependemos também de investigações em outras esferas de atuação. Por exemplo, o Tribunal de Contas da União realiza uma tomada de contas especial (TCE, que determina responsabilidades caso tenha havido dano na administração pública), mas há uma demora grande entre a conclusão dela e a comunicação ao Ministério Público. Isso é ruim, porque retarda o início do procedimento judicial. Pode-se dizer que os partidos que aparecem com mais frequência nas investigações atualmente são realmente mais corruptos ou há, como argumentam alguns, mais investigação sobre a corrupção hoje do que havia em anos anteriores? Sem querer fazer injustiça com o passado, mas eu acho que é possível perceber na última década uma qualificação maior em termos de combate e investigação da corrupção. E digo isso não me referindo apenas ao Ministério Público. Acho que as instituições de percepção e controle de uma forma geral tem buscado responder de forma mais efetiva ao fenômeno da corrupção. E isso implica aparelhamento maior, qualificação melhor dos agentes públicos, atividades de cooperação entre diversas instâncias de controle e percepção. Tudo isso acaba por repercutir positivamente num cenário de investigação. É possível acabar a corrupção? De que forma? Acho que a corrupção é um fato social. Enquanto houver vida em sociedade infelizmente haverá corrupção. Isso vale para o Brasil e vale para o mundo todo. O desafio não é acabar com a corrupção. É melhorar os mecanismos de controle, de repressão e de prevenção. Tudo isso implica em atuar e responder à corrupção. Acabar não é possível. Há um comentário muito interessante do sociólogo José Pastore: 'corrupção é como diabetes. Não tem cura, mas tem que ser tratada diariamente'. Por que há tanta corrupção no Brasil, na sua opinião? O fato de haver pouca transparência na atuação do Estado brasileiro é um fator que pode significar um número maior de casos de corrupção. Há também um déficit em termos de educação que precisa ser superado e precisamos avançar, porque quanto mais educada for uma sociedade, a tendência é que haja menos corrupção. E estou falando não apenas de grau de instrução, mas de educação para a honestidade, cultura de valores positivos. É nesse contexto que temos que pensar em educação. Você tem pessoas que fizeram pós-graduação e cometem atos de corrupção. E também é importante o aspecto pedagógico-punitivo. Nenhuma sociedade consegue responder à altura a corrupção sem as pessoas percebam que a corrupção têm consequências legais e punições. É preciso melhorar nesse aspecto. Quais os maiores desafios que o MPF tem pela frente em sua meta de combate à corrupção neste ano? Acho que o grande desafio é manter a estrutura de funcionamento em termos de organização funcional. Isso é um desafio muito importante. Sem infraestrutura, pessoal, materiais, investimento em ferramentas de investigação, programas de ação e planejamento não se consegue avançar. O segundo é manter uma capacidade de diálogo com os diversos órgãos de controle e percepção. Você só pode avançar à medida que houver intercâmbio de informações e compartilhamento de estratégias de investigação. Ninguém consegue vencer a corrupção sozinho. É necessário que todos os órgãos envolvidos nessa atuação compartilhem esforços. Isso vale para a Receita Federal, Banco Central, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, polícias. Todos esses órgãos têm que atuar em sintonia. Ultimamente, procuradores e juízes em casos de corrupção tem sido vistos como "heróis da nação" e alguns analistas alertam que é preciso ter cautela com alçá-los a esta posição. Na sua opinião, os procuradores do Ministério Público devem ser vistos como heróis? Não. Acho que essa imagem não é apropriada para uma República. A atuação institucional tem que ser impessoal, nossa função não é criar heróis e não trabalhamos com heroísmo. Muito pelo contrário. É preciso despersonalizar e desmitificar essa ideia de que há situações heroicas. A atuação (nos casos de corrupção) é do Ministério Público e a resposta a ser dada é do Judiciário. Isso significa dizer que a atuação é do Estado brasileiro. Estamos cumprindo nosso dever institucional. Por que tantos detalhes das investigações vazam para a imprensa? E o que é feito para evitar que eles aconteçam? Os vazamentos que implicaram prejuízo à investigação ou à quebra de sigilo são objetos de investigação do Ministério Público também. Há inquéritos na Polícia Federal para apurar a responsabilidade por vazamentos indevidos, mas ao MPF não pode ser atribuída nenhuma responsabilidade por eles. Você tem visto várias operações do MPF ocorrerem sem que haja vazamento de informações, antecipações ou nenhum tipo de espetacularização midiática. Nossa atuação tem sido muito discreta como deve ser.
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Espermatozoide leva informação sobre peso do pai para o filho
A obesidade talvez seja, em parte, um problema sexualmente transmissível -não entre parceiros sexuais, mas de pai para filho, sugerem intrigantes alterações moleculares encontradas nos espermatozoides de homens que estão acima do peso. Essas mudanças, identificadas por cientistas dinamarqueses e suecos, não têm a ver com uma tendência genética dos pais a serem gordinhos e, portanto, a gerarem filhos também mais gordos. São, na verdade, modificações na maneira de "ler" o DNA que estão ligadas ao estilo de vida da pessoa e que, mesmo assim, têm chance de ser legadas às gerações seguintes. Os resultados, por ora, vêm de um grupo pequeno de homens (16 obesos e 10 com peso normal), e os pesquisadores não avaliaram se as alterações nos espermatozoides de fato têm um impacto no desenvolvimento de crianças. Mas as mudanças são sugestivas porque parecem afetar o funcionamento do sistema nervoso, em especial os sinais que o cérebro usa para controlar o apetite. Liderada por Romain Barrès, da Universidade de Copenhague, o estudo foi publicado na revista "Cell Metabolism". A VINGANÇA DE LAMARCK À primeira vista, a ideia de que modificações biológicas que ocorrem ao longo da vida dos pais podem ser transmitidas aos filhos parece uma heresia digna de Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), o naturalista francês que empresta seu nome ao lamarckismo. Uma forma simples de enunciar o conceito usa as girafas como exemplo. Acreditava-se (erroneamente) que os bichos ganharam pescoços tão compridos porque seus ancestrais se esforçavam para alcançar as folhas em galhos altos das árvores, de forma que, geração a geração, teriam se tornado cada vez mais pescoçudos. Hoje, sabe-se que a maioria das alterações transmitidas de pais para filhos dependem de mudanças no DNA. Mas nem sempre -Lamarck tem sido parcialmente reabilitado pelo estudo do epigenoma, uma área cada vez mais intrigante da biologia moderna. "Epi" significa "por cima", e as alterações epigenéticas são justamente isso: mudanças que ficam "em cima" do DNA. Uma das mais comuns é a chamada metilação. Nesse fenômeno, um grupo metil (formado por um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio) se liga a um trecho de DNA, como uma espécie de botão de desligar. Com isso, determinado gene fica silenciado, isto é, não é usado pelo organismo como receita para a produção de proteínas. Isso ajuda, por exemplo, a regular a formação de diferentes tipos de células e a determinar a influência de genes vindos do pai e da mãe de cada pessoa. Normalmente, quando o espermatozoide se encontra com o óvulo e gera um embrião, os padrões de metilação são quase "zerados" -mas nem sempre, o que tem impacto no desenvolvimento. Esses padrões podem ser influenciados por coisas tão diferentes quanto estilo de vida, alimentação e estresse. MUDANÇAS Ao examinar os espermatozoides dos dois grupos, a equipe identificou diferenças significativas nos padrões de metilação e em outros mecanismos epigenéticos. As mudanças se concentravam em genes que têm um papel no desenvolvimento do sistema nervoso -muitos envolvidos no controle de apetite e peso. A equipe resolveu tentar entender até que ponto essas mudanças podiam ser alteradas por intervenções no organismo das pessoas e compararam os detalhes epigenéticos de homens que tinham obesidade mórbida antes e depois de eles passarem por redução de estômago. Resultado: depois da cirurgia e da perda de peso, as marcações epigenéticas ficaram parecidas com as dos homens de peso normal. "Quando uma mulher está grávida ou tentando engravidar, todo mundo sabe que ela precisa se cuidar -não beber, ficar longe de poluentes etc. Se as implicações do nosso estudo forem verdadeiras, esse tipo de recomendação deverá valer para os futuros pais também", disse Barrès. Para o pesquisador, a explicação do fenômeno seria evolutiva. A abundância de comida sempre foi exceção ao longo da história humana e fazia mais sentido que o organismo estocasse reservas de energia na forma de gordura. Um pai que transmitisse sua tendência ao excesso de peso para os filhos estaria facilitando a vida dos rebentos quando eles precisassem estocar reservas energéticas também. GORDURA E ESPERMATOZOIDE Obesidade influencia padrão de ativação dos genes no esperma COMO FOI O ESTUDO Voluntários Pesquisadores compararam o DNA dos espermatozoides de dois grupos de homens, um formado por obesos, outro por voluntários com peso normal Marcas no DNA A comparação não envolveu os genes propriamente ditos, mas pequenas marcações neles -as chamadas marcações epigenéticas- que indicam se certos genes serão "silenciados" (desativados), por exemplo Resultado As marcações epigenéticas são diferentes nos dois grupos. Áreas afetadas envolvem genes ligados ao funcionamento do sistema nervoso, e possivelmente à regulação de apetite Bariátrica Um teste parecido foi feito com homens obesos antes e depois da cirurgia de redução de estômago. De novo, houve uma diferença significativa no padrão de marcações epigenéticas A INCÓGNITA Os pesquisadores não sabem até que ponto isso poderia influenciar tendências à obesidade em filhos desses homens. Sabe-se, porém, que marcações epigenéticas frequentemente são passadas de pais para filhos
ciencia
Espermatozoide leva informação sobre peso do pai para o filhoA obesidade talvez seja, em parte, um problema sexualmente transmissível -não entre parceiros sexuais, mas de pai para filho, sugerem intrigantes alterações moleculares encontradas nos espermatozoides de homens que estão acima do peso. Essas mudanças, identificadas por cientistas dinamarqueses e suecos, não têm a ver com uma tendência genética dos pais a serem gordinhos e, portanto, a gerarem filhos também mais gordos. São, na verdade, modificações na maneira de "ler" o DNA que estão ligadas ao estilo de vida da pessoa e que, mesmo assim, têm chance de ser legadas às gerações seguintes. Os resultados, por ora, vêm de um grupo pequeno de homens (16 obesos e 10 com peso normal), e os pesquisadores não avaliaram se as alterações nos espermatozoides de fato têm um impacto no desenvolvimento de crianças. Mas as mudanças são sugestivas porque parecem afetar o funcionamento do sistema nervoso, em especial os sinais que o cérebro usa para controlar o apetite. Liderada por Romain Barrès, da Universidade de Copenhague, o estudo foi publicado na revista "Cell Metabolism". A VINGANÇA DE LAMARCK À primeira vista, a ideia de que modificações biológicas que ocorrem ao longo da vida dos pais podem ser transmitidas aos filhos parece uma heresia digna de Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), o naturalista francês que empresta seu nome ao lamarckismo. Uma forma simples de enunciar o conceito usa as girafas como exemplo. Acreditava-se (erroneamente) que os bichos ganharam pescoços tão compridos porque seus ancestrais se esforçavam para alcançar as folhas em galhos altos das árvores, de forma que, geração a geração, teriam se tornado cada vez mais pescoçudos. Hoje, sabe-se que a maioria das alterações transmitidas de pais para filhos dependem de mudanças no DNA. Mas nem sempre -Lamarck tem sido parcialmente reabilitado pelo estudo do epigenoma, uma área cada vez mais intrigante da biologia moderna. "Epi" significa "por cima", e as alterações epigenéticas são justamente isso: mudanças que ficam "em cima" do DNA. Uma das mais comuns é a chamada metilação. Nesse fenômeno, um grupo metil (formado por um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio) se liga a um trecho de DNA, como uma espécie de botão de desligar. Com isso, determinado gene fica silenciado, isto é, não é usado pelo organismo como receita para a produção de proteínas. Isso ajuda, por exemplo, a regular a formação de diferentes tipos de células e a determinar a influência de genes vindos do pai e da mãe de cada pessoa. Normalmente, quando o espermatozoide se encontra com o óvulo e gera um embrião, os padrões de metilação são quase "zerados" -mas nem sempre, o que tem impacto no desenvolvimento. Esses padrões podem ser influenciados por coisas tão diferentes quanto estilo de vida, alimentação e estresse. MUDANÇAS Ao examinar os espermatozoides dos dois grupos, a equipe identificou diferenças significativas nos padrões de metilação e em outros mecanismos epigenéticos. As mudanças se concentravam em genes que têm um papel no desenvolvimento do sistema nervoso -muitos envolvidos no controle de apetite e peso. A equipe resolveu tentar entender até que ponto essas mudanças podiam ser alteradas por intervenções no organismo das pessoas e compararam os detalhes epigenéticos de homens que tinham obesidade mórbida antes e depois de eles passarem por redução de estômago. Resultado: depois da cirurgia e da perda de peso, as marcações epigenéticas ficaram parecidas com as dos homens de peso normal. "Quando uma mulher está grávida ou tentando engravidar, todo mundo sabe que ela precisa se cuidar -não beber, ficar longe de poluentes etc. Se as implicações do nosso estudo forem verdadeiras, esse tipo de recomendação deverá valer para os futuros pais também", disse Barrès. Para o pesquisador, a explicação do fenômeno seria evolutiva. A abundância de comida sempre foi exceção ao longo da história humana e fazia mais sentido que o organismo estocasse reservas de energia na forma de gordura. Um pai que transmitisse sua tendência ao excesso de peso para os filhos estaria facilitando a vida dos rebentos quando eles precisassem estocar reservas energéticas também. GORDURA E ESPERMATOZOIDE Obesidade influencia padrão de ativação dos genes no esperma COMO FOI O ESTUDO Voluntários Pesquisadores compararam o DNA dos espermatozoides de dois grupos de homens, um formado por obesos, outro por voluntários com peso normal Marcas no DNA A comparação não envolveu os genes propriamente ditos, mas pequenas marcações neles -as chamadas marcações epigenéticas- que indicam se certos genes serão "silenciados" (desativados), por exemplo Resultado As marcações epigenéticas são diferentes nos dois grupos. Áreas afetadas envolvem genes ligados ao funcionamento do sistema nervoso, e possivelmente à regulação de apetite Bariátrica Um teste parecido foi feito com homens obesos antes e depois da cirurgia de redução de estômago. De novo, houve uma diferença significativa no padrão de marcações epigenéticas A INCÓGNITA Os pesquisadores não sabem até que ponto isso poderia influenciar tendências à obesidade em filhos desses homens. Sabe-se, porém, que marcações epigenéticas frequentemente são passadas de pais para filhos
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Israelense está presa há três meses por se recusar a se alistar no Exército
Uma israelense de 19 anos já passou mais de três meses em uma prisão militar, no que segundo seus defensores é a maior sentença já aplicada a alguém que se recusou a alistar por objeção de consciência. Tair Kaminer se recusa a fazer o serviço militar obrigatório porque é contra a ocupação militar por Israel de terras palestinas, que já dura quase 50 anos. Apesar de não ser o primeiro caso de objeção de consciência, sua longa pena de prisão —juntamente com uma coluna de jornal que ela escreve— está atraindo mais atenção para seu caso. Em entrevista por telefone da cadeia, Kaminer disse que está pronta para servir ao país, mas não em uma unidade militar. Ela disse que quer uma dispensa e entrar no programa de "serviço nacional" de Israel, alternativa civil geralmente reservada a mulheres religiosas em idade militar, permitindo que trabalhem como voluntárias em escolas e hospitais. Kaminer disse que cresceu em uma família na qual se discutia muita política, e que há muito tempo é contra a ocupação da Cisjordânia por Israel. Mas sua decisão de não se alistar ganhou força depois que ela passou um ano, após o colégio, trabalhando como voluntária com crianças em Sderot, uma cidade pobre do sul israelense na fronteira com a faixa de Gaza. Sderot foi atingida por milhares de foguetes disparados por Gaza ao longo dos anos e esteve na linha de frente de três guerras de Israel contra os militantes islâmicos. Ela disse que viu muito "ódio" das crianças de Sderot contra os árabes e concluiu que as crianças de Gaza têm um "bom motivo" para sentir o mesmo em relação aos israelenses. "Estamos criando gerações de ódio nos dois lados, o que só vai piorar a situação", disse ela. "Se não pararmos com isso, devemos ser contra." OBRIGAÇÃO Em Israel, o serviço militar é obrigatório para a maioria dos judeus. As mulheres têm de servir dois anos e os homens, três. Dispensas são concedidas a várias categorias, como pessoas com problemas psiquiátricos, estritamente religiosas e pacifistas, segundo o Exército. As que recebem dispensa têm a opção de entrar no programa de serviço nacional. Enquanto o Exército dá dispensas aos pacifistas, que se opõem à violência ou à guerra em todas as suas formas, adota uma posição dura para os objetores de consciência, que se recusam a servir por motivos políticos. Os defensores de Kaminer dizem que ela passou ao todo 111 dias atrás das grades, o período mais longo já aplicado a uma mulher objetora. Geralmente há menos de dez casos como esse por ano, segundo o Exército. O grupo Mesavort, que presta auxílio aos objetores de consciência, diz que a pena de prisão mais longa foi dada a um homem que passou 23 meses na cadeia há mais de uma década. Na maioria dos casos, os objetores acabam sendo considerados incapazes de servir e são dispensados, disse a organização. Em um comunicado, os militares informaram que estão aplicando a lei. "Em relação a Tair Kaminer, a recruta se recusou a servir e portanto foi presa", dizia. Sua atual pena de prisão deverá terminar em 28 de maio, mas ela poderá pegar mais tempo se novamente se recusar a servir. Ela já foi condenada a cinco períodos de 20 a 30 dias cada um. Emanuel Gross, um ex-juiz militar que hoje é professor de direito na Universidade de Haifa, chamou o caso de "infeliz", mas disse que simplesmente atender aos desejos de Kaminer estabeleceria um precedente perigoso. "Ela está levando a política para dentro do Exército. O Exército não quer permitir que ninguém leve para o Exército suas ideias políticas e as considere uma razão para não obedecer às ordens legais", explicou ele. "Se o Exército permitir que qualquer jovem escolha o modo como prefere servir, criaria confusão com a ideia de igualdade que existe em nossa lei", acrescentou. COLUNAS Kaminer disse que divide uma cela com outras sete jovens em uma prisão militar no norte de Israel. Segundo ela, acordam às 5h para uma chamada e ela passa a maior parte do dia na cela, lendo ou conversando com as colegas prisioneiras. Pode fazer telefonemas durante vários minutos por dia e sua família pode visitá-la a cada duas semanas. Na tentativa de chamar a atenção para sua causa, Kaminer também escreveu colunas sobre sua experiência no jornal "Haaretz". Em uma delas, a jovem contesta a ideia de que o Exército está acima da política. "O Exército é um instrumento político que permite que o governo continue a ocupação de outro país, e durante anos sua principal tarefa tem sido o controle, e não a defesa", escreveu. Em outra, Kaminer comentou que ela e suas colegas vestem uniformes militares americanos usados. A prisioneira dirigiu a coluna a "Mr. Smith", o soldado que usou suas roupas antes. "Sua camisa não chegou até mim por acaso, seu país faz um pouco mais que apenas nos dar seus velhos uniformes. Agora que você sabe, não o incomoda que suas roupas e seu dinheiro estejam na verdade perpetuando a ocupação dos palestinos, a falta de segurança em Israel? Você dorme bem à noite sabendo disso?" Kaminer disse que esperar ser solta em breve, mas não se arrepende do que está fazendo. "Não fui realmente afetada por isso quando era mais jovem, mas ver as pessoas que são afetadas me fez compreender que as políticas deste governo favorecem a situação atual. E isso é algo que realmente me revolta", disse. Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
mundo
Israelense está presa há três meses por se recusar a se alistar no ExércitoUma israelense de 19 anos já passou mais de três meses em uma prisão militar, no que segundo seus defensores é a maior sentença já aplicada a alguém que se recusou a alistar por objeção de consciência. Tair Kaminer se recusa a fazer o serviço militar obrigatório porque é contra a ocupação militar por Israel de terras palestinas, que já dura quase 50 anos. Apesar de não ser o primeiro caso de objeção de consciência, sua longa pena de prisão —juntamente com uma coluna de jornal que ela escreve— está atraindo mais atenção para seu caso. Em entrevista por telefone da cadeia, Kaminer disse que está pronta para servir ao país, mas não em uma unidade militar. Ela disse que quer uma dispensa e entrar no programa de "serviço nacional" de Israel, alternativa civil geralmente reservada a mulheres religiosas em idade militar, permitindo que trabalhem como voluntárias em escolas e hospitais. Kaminer disse que cresceu em uma família na qual se discutia muita política, e que há muito tempo é contra a ocupação da Cisjordânia por Israel. Mas sua decisão de não se alistar ganhou força depois que ela passou um ano, após o colégio, trabalhando como voluntária com crianças em Sderot, uma cidade pobre do sul israelense na fronteira com a faixa de Gaza. Sderot foi atingida por milhares de foguetes disparados por Gaza ao longo dos anos e esteve na linha de frente de três guerras de Israel contra os militantes islâmicos. Ela disse que viu muito "ódio" das crianças de Sderot contra os árabes e concluiu que as crianças de Gaza têm um "bom motivo" para sentir o mesmo em relação aos israelenses. "Estamos criando gerações de ódio nos dois lados, o que só vai piorar a situação", disse ela. "Se não pararmos com isso, devemos ser contra." OBRIGAÇÃO Em Israel, o serviço militar é obrigatório para a maioria dos judeus. As mulheres têm de servir dois anos e os homens, três. Dispensas são concedidas a várias categorias, como pessoas com problemas psiquiátricos, estritamente religiosas e pacifistas, segundo o Exército. As que recebem dispensa têm a opção de entrar no programa de serviço nacional. Enquanto o Exército dá dispensas aos pacifistas, que se opõem à violência ou à guerra em todas as suas formas, adota uma posição dura para os objetores de consciência, que se recusam a servir por motivos políticos. Os defensores de Kaminer dizem que ela passou ao todo 111 dias atrás das grades, o período mais longo já aplicado a uma mulher objetora. Geralmente há menos de dez casos como esse por ano, segundo o Exército. O grupo Mesavort, que presta auxílio aos objetores de consciência, diz que a pena de prisão mais longa foi dada a um homem que passou 23 meses na cadeia há mais de uma década. Na maioria dos casos, os objetores acabam sendo considerados incapazes de servir e são dispensados, disse a organização. Em um comunicado, os militares informaram que estão aplicando a lei. "Em relação a Tair Kaminer, a recruta se recusou a servir e portanto foi presa", dizia. Sua atual pena de prisão deverá terminar em 28 de maio, mas ela poderá pegar mais tempo se novamente se recusar a servir. Ela já foi condenada a cinco períodos de 20 a 30 dias cada um. Emanuel Gross, um ex-juiz militar que hoje é professor de direito na Universidade de Haifa, chamou o caso de "infeliz", mas disse que simplesmente atender aos desejos de Kaminer estabeleceria um precedente perigoso. "Ela está levando a política para dentro do Exército. O Exército não quer permitir que ninguém leve para o Exército suas ideias políticas e as considere uma razão para não obedecer às ordens legais", explicou ele. "Se o Exército permitir que qualquer jovem escolha o modo como prefere servir, criaria confusão com a ideia de igualdade que existe em nossa lei", acrescentou. COLUNAS Kaminer disse que divide uma cela com outras sete jovens em uma prisão militar no norte de Israel. Segundo ela, acordam às 5h para uma chamada e ela passa a maior parte do dia na cela, lendo ou conversando com as colegas prisioneiras. Pode fazer telefonemas durante vários minutos por dia e sua família pode visitá-la a cada duas semanas. Na tentativa de chamar a atenção para sua causa, Kaminer também escreveu colunas sobre sua experiência no jornal "Haaretz". Em uma delas, a jovem contesta a ideia de que o Exército está acima da política. "O Exército é um instrumento político que permite que o governo continue a ocupação de outro país, e durante anos sua principal tarefa tem sido o controle, e não a defesa", escreveu. Em outra, Kaminer comentou que ela e suas colegas vestem uniformes militares americanos usados. A prisioneira dirigiu a coluna a "Mr. Smith", o soldado que usou suas roupas antes. "Sua camisa não chegou até mim por acaso, seu país faz um pouco mais que apenas nos dar seus velhos uniformes. Agora que você sabe, não o incomoda que suas roupas e seu dinheiro estejam na verdade perpetuando a ocupação dos palestinos, a falta de segurança em Israel? Você dorme bem à noite sabendo disso?" Kaminer disse que esperar ser solta em breve, mas não se arrepende do que está fazendo. "Não fui realmente afetada por isso quando era mais jovem, mas ver as pessoas que são afetadas me fez compreender que as políticas deste governo favorecem a situação atual. E isso é algo que realmente me revolta", disse. Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
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Omissão de deputados em pesquisa sobre Cunha é vergonha, diz leitora
Trágico o resultado da pesquisa em que apenas 45% dos deputados apoiam a renúncia de Eduardo Cunha e só 35% são a favor de sua cassação (Quase metade dos deputados defende renúncia de Cunha ). Não é possível que os demais deputados não enxerguem a desfaçatez que é um país ter como presidente da Câmara um cidadão envolvido na Lava Jato, que mentiu na CPI e que usa o cargo em benefício próprio. Chama a atenção também o alto índice de deputados não se posicionaram, uma vergonha! MÁRCIA MEIRELLES (São Paulo, SP) * Se a maioria dos deputados aprovou às claras, sem o menor pudor, essa excrescência que é o "parlashopping", imaginem do que serão capazes de negociar entre quatro paredes. ELIA ALVEZ (Belo Horizonte, MG) * Mesmo para um presidente nacional do PT, Rui Falcão exagerou na velha mania do partido em fazer de conta que nada está acontecendo (Aos 70, Lula ainda faz história ). Como se os diversos escândalos não passassem de virulenta campanha que "visa desarticular, atingindo seu líder, o campo popular e democrático". MARIA LÚCIA BRESSANE CRUZ, advogada e professora universitária (Campinas, SP) * Pergunto-me se Lula sempre foi esse atual e enganou tanta gente, ou se foi o poder, esse devorador de biografias, que foi mais forte do que ele. Lula perdeu o bonde da história. LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA) * Não posso deixar de externar minha profunda admiração pelo texto simplesmente espetacular do Ruy Castro, Dia de aniversário. Leitura prazerosa tanto pelo conteúdo quanto pela redação. FLORINDO ALBERTO PARISE (São Paulo, SP) * O resultado do levantamento da FGV revelando que os brasileiros confiam mais na imprensa do que no Ministério Público, ilustra e reforça, ao meu ver, os argumentos do empresário Marcelo Odebrecht quando denuncia ser vítima de "publicidade opressiva" e prejulgamento por parte do Ministério Público, sobretudo dos procuradores. Nessa linha, acredito que o senador Fernando Collor também é vítima de semelhante e torpe procedimento. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Omissão de deputados em pesquisa sobre Cunha é vergonha, diz leitoraTrágico o resultado da pesquisa em que apenas 45% dos deputados apoiam a renúncia de Eduardo Cunha e só 35% são a favor de sua cassação (Quase metade dos deputados defende renúncia de Cunha ). Não é possível que os demais deputados não enxerguem a desfaçatez que é um país ter como presidente da Câmara um cidadão envolvido na Lava Jato, que mentiu na CPI e que usa o cargo em benefício próprio. Chama a atenção também o alto índice de deputados não se posicionaram, uma vergonha! MÁRCIA MEIRELLES (São Paulo, SP) * Se a maioria dos deputados aprovou às claras, sem o menor pudor, essa excrescência que é o "parlashopping", imaginem do que serão capazes de negociar entre quatro paredes. ELIA ALVEZ (Belo Horizonte, MG) * Mesmo para um presidente nacional do PT, Rui Falcão exagerou na velha mania do partido em fazer de conta que nada está acontecendo (Aos 70, Lula ainda faz história ). Como se os diversos escândalos não passassem de virulenta campanha que "visa desarticular, atingindo seu líder, o campo popular e democrático". MARIA LÚCIA BRESSANE CRUZ, advogada e professora universitária (Campinas, SP) * Pergunto-me se Lula sempre foi esse atual e enganou tanta gente, ou se foi o poder, esse devorador de biografias, que foi mais forte do que ele. Lula perdeu o bonde da história. LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA) * Não posso deixar de externar minha profunda admiração pelo texto simplesmente espetacular do Ruy Castro, Dia de aniversário. Leitura prazerosa tanto pelo conteúdo quanto pela redação. FLORINDO ALBERTO PARISE (São Paulo, SP) * O resultado do levantamento da FGV revelando que os brasileiros confiam mais na imprensa do que no Ministério Público, ilustra e reforça, ao meu ver, os argumentos do empresário Marcelo Odebrecht quando denuncia ser vítima de "publicidade opressiva" e prejulgamento por parte do Ministério Público, sobretudo dos procuradores. Nessa linha, acredito que o senador Fernando Collor também é vítima de semelhante e torpe procedimento. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor "agradece" Roberto Carlos por polêmica de biografias não autorizadas
Humberto Werneck escreveu o ótimo "O santo sujo", a biografia de Jayme Ovalle –amigo de Manuel Bandeira e de tantos intelectuais. Aguardei, ansiosamente, justamente a biografia de Bandeira, que Werneck estava preparando. Isso foi há vários anos, e até agora nada. Muito obrigado, rei Roberto Carlos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor "agradece" Roberto Carlos por polêmica de biografias não autorizadasHumberto Werneck escreveu o ótimo "O santo sujo", a biografia de Jayme Ovalle –amigo de Manuel Bandeira e de tantos intelectuais. Aguardei, ansiosamente, justamente a biografia de Bandeira, que Werneck estava preparando. Isso foi há vários anos, e até agora nada. Muito obrigado, rei Roberto Carlos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Incentivo à construção de novas termelétricas a carvão é vetado
O possível incentivo financeiro à utilização de carvão para produção de energia elétrica foi vetado pelo presidente Michel Temer. O veto foi divulgado nesta sexta (18) no "Diário Oficial da União" (DOU). O artigo 20 da Medida Provisória 735 (MP 735) era o ponto que possibilitaria incentivos à construção de novas termelétricas. O artigo foi vetado porque estimularia "matriz energética que vai de encontro a acordos internacionais dos quais o país é signatário", afirma trecho do DOU referindo-se, por exemplo, ao Acordo de Paris. Outras razões para o veto foram a falta de exigência de contrapartidas relacionadas à eficiência e qualidade, e possíveis riscos fiscais e de elevação de tarifa de energia. Segundo o DOU, os ministérios do Meio Ambiente; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e o da Fazenda se manifestaram favoráveis ao veto. O veto era esperado pois já havia sido anunciado durante a COP22, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, de acordo com Márcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace. Durante a COP22, em Marrakech, a possibilidade de aprovação da MP 735 sem o veto ao artigo 20 causou movimentação e reação de ONGs. Mesmo que o veto fosse esperado, a pressão era importante, segundo Astrini. "Político é igual feijão: para ficar bom, precisa ser tratado com pressão", diz. Conforme apurado pela Folha, o barulho internacional levou o Itamaraty a recomendar que o governo vetasse o artigo ainda durante a COP22. A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas termina nesta sexta (18).
ambiente
Incentivo à construção de novas termelétricas a carvão é vetadoO possível incentivo financeiro à utilização de carvão para produção de energia elétrica foi vetado pelo presidente Michel Temer. O veto foi divulgado nesta sexta (18) no "Diário Oficial da União" (DOU). O artigo 20 da Medida Provisória 735 (MP 735) era o ponto que possibilitaria incentivos à construção de novas termelétricas. O artigo foi vetado porque estimularia "matriz energética que vai de encontro a acordos internacionais dos quais o país é signatário", afirma trecho do DOU referindo-se, por exemplo, ao Acordo de Paris. Outras razões para o veto foram a falta de exigência de contrapartidas relacionadas à eficiência e qualidade, e possíveis riscos fiscais e de elevação de tarifa de energia. Segundo o DOU, os ministérios do Meio Ambiente; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e o da Fazenda se manifestaram favoráveis ao veto. O veto era esperado pois já havia sido anunciado durante a COP22, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, de acordo com Márcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace. Durante a COP22, em Marrakech, a possibilidade de aprovação da MP 735 sem o veto ao artigo 20 causou movimentação e reação de ONGs. Mesmo que o veto fosse esperado, a pressão era importante, segundo Astrini. "Político é igual feijão: para ficar bom, precisa ser tratado com pressão", diz. Conforme apurado pela Folha, o barulho internacional levou o Itamaraty a recomendar que o governo vetasse o artigo ainda durante a COP22. A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas termina nesta sexta (18).
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Regras para a cidade
A filosofia geral do Plano Diretor adotado para São Paulo em 2014 de fato parece ter sobrevivido razoavelmente à máquina trituradora de políticas públicas instalada na Câmara Municipal paulistana. Daí não se segue, porém, que a discussão sobre mudanças feitas por vereadores constitua falsa polêmica, como quis fazer crer o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, em entrevista a esta Folha. A nova lei de zoneamento, aprovada por 45 votos a 8, vai disciplinar o funcionamento da cidade por pelo menos uma década. Ela define o que pode ser construído e que atividade pode existir em cada quarteirão de São Paulo. No geral, o texto mantém o princípio consensual entre urbanistas de que é desejável promover o adensamento populacional perto de eixos de transporte público e aproximar empregos das moradias. Tais objetivos se traduzem em permissões para construir prédios mais altos nas cercanias de avenidas com estrutura de transportes públicos. Outras vertentes destacadas são a multiplicação de corredores de comércio, de áreas industriais na periferia e de zonas especiais de interesse social, nas quais se incentivará a construção de unidades de moradia popular. Ocorre que, dentre as cerca de 120 emendas que os vereadores acrescentaram à proposta do prefeito Fernando Haddad (PT), existem algumas que violam flagrantemente o espírito do Plano Diretor. Liberou-se, por exemplo, a construção de apartamentos com mais de uma vaga de garagem perto de estações de metrô, trens e corredores de ônibus. A restrição visiva a inibir a adesão ao carro e evitar um estrangulamento nessas áreas, que terão prédios mais altos. Além disso, alguns bairros tombados, como Jardins, Pacaembu e City Lapa, ficaram imunes à expansão de lojas em áreas residenciais. Por pressão de igrejas, permitiu-se o funcionamento de templos em ruas pequenas e maior quantidade de frequentadores; diminuiu-se a multa por excesso de ruído. São apenas exemplos de modificações introduzidas pelos vereadores que terão de passar por escrutínio do público e da prefeitura. A vereança paulistana representa em muitos aspectos vários grupos que compõem a diversidade de São Paulo, mas de maneira imperfeita e sob a influência poderosa de interesses econômicos, imobiliários e eleitorais. Só a vigilância do público poderá garantir que o zoneamento aprovado não redunde numa colcha de retalhos que tornará a cidade ainda mais caótica do que já é hoje. [email protected]
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Regras para a cidadeA filosofia geral do Plano Diretor adotado para São Paulo em 2014 de fato parece ter sobrevivido razoavelmente à máquina trituradora de políticas públicas instalada na Câmara Municipal paulistana. Daí não se segue, porém, que a discussão sobre mudanças feitas por vereadores constitua falsa polêmica, como quis fazer crer o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, em entrevista a esta Folha. A nova lei de zoneamento, aprovada por 45 votos a 8, vai disciplinar o funcionamento da cidade por pelo menos uma década. Ela define o que pode ser construído e que atividade pode existir em cada quarteirão de São Paulo. No geral, o texto mantém o princípio consensual entre urbanistas de que é desejável promover o adensamento populacional perto de eixos de transporte público e aproximar empregos das moradias. Tais objetivos se traduzem em permissões para construir prédios mais altos nas cercanias de avenidas com estrutura de transportes públicos. Outras vertentes destacadas são a multiplicação de corredores de comércio, de áreas industriais na periferia e de zonas especiais de interesse social, nas quais se incentivará a construção de unidades de moradia popular. Ocorre que, dentre as cerca de 120 emendas que os vereadores acrescentaram à proposta do prefeito Fernando Haddad (PT), existem algumas que violam flagrantemente o espírito do Plano Diretor. Liberou-se, por exemplo, a construção de apartamentos com mais de uma vaga de garagem perto de estações de metrô, trens e corredores de ônibus. A restrição visiva a inibir a adesão ao carro e evitar um estrangulamento nessas áreas, que terão prédios mais altos. Além disso, alguns bairros tombados, como Jardins, Pacaembu e City Lapa, ficaram imunes à expansão de lojas em áreas residenciais. Por pressão de igrejas, permitiu-se o funcionamento de templos em ruas pequenas e maior quantidade de frequentadores; diminuiu-se a multa por excesso de ruído. São apenas exemplos de modificações introduzidas pelos vereadores que terão de passar por escrutínio do público e da prefeitura. A vereança paulistana representa em muitos aspectos vários grupos que compõem a diversidade de São Paulo, mas de maneira imperfeita e sob a influência poderosa de interesses econômicos, imobiliários e eleitorais. Só a vigilância do público poderá garantir que o zoneamento aprovado não redunde numa colcha de retalhos que tornará a cidade ainda mais caótica do que já é hoje. [email protected]
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Festival exibe filmes infantis nacionais e internacionais a R$ 9
GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Até o dia 25/10, o Festival Internacional de Cinema Infantil exibe blockbusters e filmes nacionais para os pequenos a R$ 9. Trata-se da 13ª edição do evento, que já contabiliza 1,5 milhão de espectadores e 800 filmes exibidos. "O Segredo dos Diamantes", "Caminhando com Dinossauros", "Festa no Céu" e "O Mundo dos Pequeninos" são alguns dos títulos em cartaz. Este último, com roteiro do consagrado Hayao Miyazaki, é inédito nos cinemas do Brasil. O projeto contempla sessões especiais voltadas a educação. Depois de assistir "Divertida Mente", por exemplo, crianças fazem experiência científicas e discutem os temas abordados no filme com um cientista. Todas as sessões ocorrem no Cinemark do Shopping Eldorado. Veja abaixo alguns destaques. AS AVENTURAS DO AVIÃO VERMELHO O filme é inspirado em um livro infantil de mesmo nome do escritor gaúcho Érico Verissimo (1905-1975). O protagonista, Fernandinho, perdeu a mãe e se sente abandonado pelo pai. Para tentar se reaproximar do filho, o pai dá a ele um livro -que conta as histórias do Capitão Tormenta. Este capitão, no entanto, fica preso na península de Kamchatka. Para salvá-lo, Fernandinho embarca em um avião com seus brinquedos (e melhores amigos) Ursinho e Chocolate e cruza o mundo, passando por África, China, Índia e Rússia. Cada segundo do longa é composto de 12 desenhos, que, colocados em sequência, conferem a ideia de movimento. No total, são mais de 50 mil ilustrações feitas com lápis e papel. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. As Aventuras do Avião Vermelho, dom. (18): 14h30. Livre. Ingr.: R$ 9. - DIVERTIDA MENTE A elogiada animação da Pixar se passa dentro da cabeça de Riley, onde convivem as emoções Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva. Elas entram em conflito quando os pais da garota mudam-se de Minnesota para San Francisco. Mas o grande estopim se dá quando Alegria e Tristeza saem da sala de controle e não conseguem mais voltar. Na sexta (23), após as sessões do filme, às 10h30 e às 14h, crianças poderão conversar com um cientista sobre o longa e, com ele, fazer experimentos relacionados às emoções. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. Divertida Mente, sex. (23): 10h30 e 14h. Livre. Ingr.: R$ 9. - O MUNDOS DOS PEQUENINOS O longa é uma adaptação do livro "The Borrowers", da escritora Mary Norton. Arrietty vive com sua minúscula família sob o assoalho de uma casa em Tóquio, tomando cuidado para que ninguém os perceba. No entanto, ela acha que pode ser amiga de um novo morador do local. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. O Mundo dos Pequeninos, dom. (18): 16h30. Livre. Ingr.: R$ 9. - OPERAÇÃO BIG HERO Baymax foge à regra da concepção de robôs: parece uma grande bola cheia de ar. Quando Hiro se convence de que precisa deter um rancoroso vilão, ele faz daquele inofensivo robô um herói. A história é inspirada em tirinha da Marvel. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. Operação Big Hero, dom. (18): 17h30. Livre. Ingr.: R$ 9. - TINKER BELL E O MONSTRO DA TERRA DO NUNCA Especialista em animais do Refúgio das Fadas, Fawn descobre dentro de uma caverna uma criatura com olhos enormes e dentes afiados. Tornam-se amigos, mas um mito é interpretado de forma errada e ele passa a ser perseguido pelas fadas. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca, dom. (18): 11h30. Livre. Ingr.: R$ 9.
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Festival exibe filmes infantis nacionais e internacionais a R$ 9GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Até o dia 25/10, o Festival Internacional de Cinema Infantil exibe blockbusters e filmes nacionais para os pequenos a R$ 9. Trata-se da 13ª edição do evento, que já contabiliza 1,5 milhão de espectadores e 800 filmes exibidos. "O Segredo dos Diamantes", "Caminhando com Dinossauros", "Festa no Céu" e "O Mundo dos Pequeninos" são alguns dos títulos em cartaz. Este último, com roteiro do consagrado Hayao Miyazaki, é inédito nos cinemas do Brasil. O projeto contempla sessões especiais voltadas a educação. Depois de assistir "Divertida Mente", por exemplo, crianças fazem experiência científicas e discutem os temas abordados no filme com um cientista. Todas as sessões ocorrem no Cinemark do Shopping Eldorado. Veja abaixo alguns destaques. AS AVENTURAS DO AVIÃO VERMELHO O filme é inspirado em um livro infantil de mesmo nome do escritor gaúcho Érico Verissimo (1905-1975). O protagonista, Fernandinho, perdeu a mãe e se sente abandonado pelo pai. Para tentar se reaproximar do filho, o pai dá a ele um livro -que conta as histórias do Capitão Tormenta. Este capitão, no entanto, fica preso na península de Kamchatka. Para salvá-lo, Fernandinho embarca em um avião com seus brinquedos (e melhores amigos) Ursinho e Chocolate e cruza o mundo, passando por África, China, Índia e Rússia. Cada segundo do longa é composto de 12 desenhos, que, colocados em sequência, conferem a ideia de movimento. No total, são mais de 50 mil ilustrações feitas com lápis e papel. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. As Aventuras do Avião Vermelho, dom. (18): 14h30. Livre. Ingr.: R$ 9. - DIVERTIDA MENTE A elogiada animação da Pixar se passa dentro da cabeça de Riley, onde convivem as emoções Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva. Elas entram em conflito quando os pais da garota mudam-se de Minnesota para San Francisco. Mas o grande estopim se dá quando Alegria e Tristeza saem da sala de controle e não conseguem mais voltar. Na sexta (23), após as sessões do filme, às 10h30 e às 14h, crianças poderão conversar com um cientista sobre o longa e, com ele, fazer experimentos relacionados às emoções. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. Divertida Mente, sex. (23): 10h30 e 14h. Livre. Ingr.: R$ 9. - O MUNDOS DOS PEQUENINOS O longa é uma adaptação do livro "The Borrowers", da escritora Mary Norton. Arrietty vive com sua minúscula família sob o assoalho de uma casa em Tóquio, tomando cuidado para que ninguém os perceba. No entanto, ela acha que pode ser amiga de um novo morador do local. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. O Mundo dos Pequeninos, dom. (18): 16h30. Livre. Ingr.: R$ 9. - OPERAÇÃO BIG HERO Baymax foge à regra da concepção de robôs: parece uma grande bola cheia de ar. Quando Hiro se convence de que precisa deter um rancoroso vilão, ele faz daquele inofensivo robô um herói. A história é inspirada em tirinha da Marvel. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. Operação Big Hero, dom. (18): 17h30. Livre. Ingr.: R$ 9. - TINKER BELL E O MONSTRO DA TERRA DO NUNCA Especialista em animais do Refúgio das Fadas, Fawn descobre dentro de uma caverna uma criatura com olhos enormes e dentes afiados. Tornam-se amigos, mas um mito é interpretado de forma errada e ele passa a ser perseguido pelas fadas. Eldorado Cinemark. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 5180-3418. Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca, dom. (18): 11h30. Livre. Ingr.: R$ 9.
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Universal moveu 111 ações contra reportagem sem contestar dados
Há dez anos, fiz uma reportagem sobre o patrimônio empresarial de dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus, que havia completado naquela ocasião 30 anos de existência. Foram dois meses de apuração, que me valeram o prêmio Esso de jornalismo em 2008. A reportagem, intitulada "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", foi um divisor de águas na minha vida profissional. A igreja -por meio de alguns fieis e pastores- moveu 111 ações judiciais contra mim e contra a Folha, com a alegação de danos morais, sem, no entanto, contestar nenhuma informação contida no texto. Resta uma ação no Juizado Especial de Santa Maria da Vitória, na Bahia. Todas as demais tiveram sentenças favoráveis a mim e ao jornal. Nesses dez anos, tornei-me, involuntariamente, referência para estudiosos e jornalistas que pesquisam a atuação da Universal no Brasil e no mundo. A igreja se tornou, como se sabe, instituição com presença internacional cada vez maior. Dei entrevistas a TVs e jornais de vários países e ainda sou procurada para relatar como o episódio representou uma ameaça à liberdade de imprensa. A Folha foi obrigada a se defender em ações simultâneas em localidades remotas, o que tornava a defesa mais difícil e onerosa. Como jornalista especializada em assuntos econômicos, acompanhei a expansão da Universal sob a ótica econômica, não religiosa. De 1992 a 2011, dediquei-me à cobertura de telecomunicações e radiodifusão pela Folha, da qual fui repórter por 27 anos. Noticiei, com exclusividade, os bastidores das aquisições da maior parte das emissoras que formam a Rede Record de televisão. Em 1999, fiz a reportagem que considero a mais importante daquela cobertura, revelando que a Universal financiou a compra de emissoras de TV por meio de empréstimos de empresas registradas em paraísos fiscais. Ao comprar a Record, o bispo Edir Macedo, fundador da Universal, estabeleceu um novo paradigma na atuação das igrejas na radiodifusão. Elas iniciaram corrida não só para conseguir suas próprias TVs, mas para arrendar canais e alugar espaços de emissoras comerciais. Quem se detiver na cobertura da mídia efetuada pela Folha a partir dos anos 1990 verá que houve um esforço para dar transparência à propriedade da radiodifusão como um todo. Foram inúmeras reportagens sobre a concentração empresarial no setor e os avanços de todas as denominações religiosas nesse segmento. Mas só a Universal retaliou. O que a reportagem de 2007 revelou que desagradou tanto à Universal? Ela identificou o império empresarial erguido em nome de integrantes da cúpula da igreja: 23 emissoras de TV e 40 rádios, além de 19 empresas de segmentos diversos, como agência de turismo, jornais, editora, imobiliária e até uma empresa de táxi-aéreo, a Alliance Jet. Vários juízes condenaram autores das ações por litigância de má-fé. Os principais veículos de comunicação do país solidarizaram-se com a Folha e comigo por entenderem que as ações judiciais tinham o propósito de intimidar a imprensa e de desestimular a publicação de novas reportagens sobre o tema. O que mais me impactou naquele episódio foi o fato de o ataque judicial ter partido de uma instituição ligada a um grupo de comunicação, com jornais, rádios e televisão. Nesses últimos dez anos, não vi nenhuma autocrítica de dirigentes da Universal sobre o que aconteceu, mas espero que tenham feito uma reflexão e o caso nunca mais se repita. ELVIRA LOBATO é jornalista e escritora. Lança em outubro, pela editora Objetiva, livro sobre as televisões da Amazônia PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Universal moveu 111 ações contra reportagem sem contestar dadosHá dez anos, fiz uma reportagem sobre o patrimônio empresarial de dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus, que havia completado naquela ocasião 30 anos de existência. Foram dois meses de apuração, que me valeram o prêmio Esso de jornalismo em 2008. A reportagem, intitulada "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", foi um divisor de águas na minha vida profissional. A igreja -por meio de alguns fieis e pastores- moveu 111 ações judiciais contra mim e contra a Folha, com a alegação de danos morais, sem, no entanto, contestar nenhuma informação contida no texto. Resta uma ação no Juizado Especial de Santa Maria da Vitória, na Bahia. Todas as demais tiveram sentenças favoráveis a mim e ao jornal. Nesses dez anos, tornei-me, involuntariamente, referência para estudiosos e jornalistas que pesquisam a atuação da Universal no Brasil e no mundo. A igreja se tornou, como se sabe, instituição com presença internacional cada vez maior. Dei entrevistas a TVs e jornais de vários países e ainda sou procurada para relatar como o episódio representou uma ameaça à liberdade de imprensa. A Folha foi obrigada a se defender em ações simultâneas em localidades remotas, o que tornava a defesa mais difícil e onerosa. Como jornalista especializada em assuntos econômicos, acompanhei a expansão da Universal sob a ótica econômica, não religiosa. De 1992 a 2011, dediquei-me à cobertura de telecomunicações e radiodifusão pela Folha, da qual fui repórter por 27 anos. Noticiei, com exclusividade, os bastidores das aquisições da maior parte das emissoras que formam a Rede Record de televisão. Em 1999, fiz a reportagem que considero a mais importante daquela cobertura, revelando que a Universal financiou a compra de emissoras de TV por meio de empréstimos de empresas registradas em paraísos fiscais. Ao comprar a Record, o bispo Edir Macedo, fundador da Universal, estabeleceu um novo paradigma na atuação das igrejas na radiodifusão. Elas iniciaram corrida não só para conseguir suas próprias TVs, mas para arrendar canais e alugar espaços de emissoras comerciais. Quem se detiver na cobertura da mídia efetuada pela Folha a partir dos anos 1990 verá que houve um esforço para dar transparência à propriedade da radiodifusão como um todo. Foram inúmeras reportagens sobre a concentração empresarial no setor e os avanços de todas as denominações religiosas nesse segmento. Mas só a Universal retaliou. O que a reportagem de 2007 revelou que desagradou tanto à Universal? Ela identificou o império empresarial erguido em nome de integrantes da cúpula da igreja: 23 emissoras de TV e 40 rádios, além de 19 empresas de segmentos diversos, como agência de turismo, jornais, editora, imobiliária e até uma empresa de táxi-aéreo, a Alliance Jet. Vários juízes condenaram autores das ações por litigância de má-fé. Os principais veículos de comunicação do país solidarizaram-se com a Folha e comigo por entenderem que as ações judiciais tinham o propósito de intimidar a imprensa e de desestimular a publicação de novas reportagens sobre o tema. O que mais me impactou naquele episódio foi o fato de o ataque judicial ter partido de uma instituição ligada a um grupo de comunicação, com jornais, rádios e televisão. Nesses últimos dez anos, não vi nenhuma autocrítica de dirigentes da Universal sobre o que aconteceu, mas espero que tenham feito uma reflexão e o caso nunca mais se repita. ELVIRA LOBATO é jornalista e escritora. Lança em outubro, pela editora Objetiva, livro sobre as televisões da Amazônia PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Vitória de Trump derruba ações de empresas de energia limpa
A eleição do empresário Donald Trump fez ações de empresas de energia limpa —como eólica e solar— caírem nas Bolsas, enquanto os papéis de produtores de equipamentos pesados e de ferrovias subiram. O índice S&P Global Clean Energy, que mede o desempenho de 30 companhias de energia limpa, caiu 4,84% na quarta (9), com a vitória de Trump. No mesmo dia, o S&P 500, que reúne 500 grandes empresas americanas, subiu 0,45%. O bilionário diz não acreditar na mudança climática, fenômeno que, segundo ele, foi criado para favorecer os chineses. Durante a campanha, ele prometeu cancelar medidas para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e ajudar a indústria do carvão voltar a crescer. Diante da sinalização do republicano, foram beneficiadas ações como a da Caterpillar, que produz equipamentos para mineração. EFEITO TRUMP - Bolsas DÓLAR Especulações sobre a política econômica a ser adotada pelo presidente eleito dos EUA levaram o dólar a uma onda de valorização em todo o mundo. Isso influencia a economia de países emergentes, como o Brasil, onde a já fraca recuperação da atividade pode ficar ainda mais lenta. Os sinais iniciais, captados com o primeiro discurso de Trump após a vitória, sugerem que, no Brasil, a cotação da moeda americana deve ficar mais elevada e os juros vão cair em velocidade mais lenta, afirmam analistas. O resultado dessa combinação é um estímulo menor à retomada da economia brasileira, que está há mais de dois anos em recessão. Nesta quinta (10), o dólar comercial à vista subiu 5% no Brasil, para R$ 3,36, a maior alta em oito anos (desde outubro de 2008) e Bolsa caiu 3,25%. CÂMBIO - Variação de outras moedas em relação ao dólar, em % - Quais são as promessas de Donald Trump para a economia americana? Uma das críticas sofridas pelo republicano durante a campanha era o fato de não dar detalhes sobre o que vai fazer para a maior economia global. No seu discurso de vitória, ele prometeu investimento maciço em infraestrutura. Durante a campanha, Trump prometeu ainda cortar impostos e reduzir a regulação do setor financeiro e das legislações ambiental e trabalhista. Além disso, afirmou que vai renegociar o acordo de livre-comércio com México e Canadá e impor tarifas mais duras para os produtos chineses Se as promessas não são claras, por que as Bolsas americanas bateram recorde? A aposta dos investidores é que setores como banco, empresas de energia e farmacêuticas serão grandes beneficiárias das novas políticas. A história mostra, porém, que é preciso muita cautela nesses momentos. Frequentemente as promessas de campanha não viram realidade após a posse do presidente Como fica o Brasil? A grande questão é o que sairá do discurso para a prática. Nesta quinta-feira (10), o dólar foi mais afetado porque a grande preocupação foi se as políticas de Trump para infraestrutura não vão gerar inflação, o que levaria o BC dos EUA a subir os juros mais rapidamente, atraindo para os mercados americanos investimentos que hoje estão em emergentes
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Vitória de Trump derruba ações de empresas de energia limpaA eleição do empresário Donald Trump fez ações de empresas de energia limpa —como eólica e solar— caírem nas Bolsas, enquanto os papéis de produtores de equipamentos pesados e de ferrovias subiram. O índice S&P Global Clean Energy, que mede o desempenho de 30 companhias de energia limpa, caiu 4,84% na quarta (9), com a vitória de Trump. No mesmo dia, o S&P 500, que reúne 500 grandes empresas americanas, subiu 0,45%. O bilionário diz não acreditar na mudança climática, fenômeno que, segundo ele, foi criado para favorecer os chineses. Durante a campanha, ele prometeu cancelar medidas para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e ajudar a indústria do carvão voltar a crescer. Diante da sinalização do republicano, foram beneficiadas ações como a da Caterpillar, que produz equipamentos para mineração. EFEITO TRUMP - Bolsas DÓLAR Especulações sobre a política econômica a ser adotada pelo presidente eleito dos EUA levaram o dólar a uma onda de valorização em todo o mundo. Isso influencia a economia de países emergentes, como o Brasil, onde a já fraca recuperação da atividade pode ficar ainda mais lenta. Os sinais iniciais, captados com o primeiro discurso de Trump após a vitória, sugerem que, no Brasil, a cotação da moeda americana deve ficar mais elevada e os juros vão cair em velocidade mais lenta, afirmam analistas. O resultado dessa combinação é um estímulo menor à retomada da economia brasileira, que está há mais de dois anos em recessão. Nesta quinta (10), o dólar comercial à vista subiu 5% no Brasil, para R$ 3,36, a maior alta em oito anos (desde outubro de 2008) e Bolsa caiu 3,25%. CÂMBIO - Variação de outras moedas em relação ao dólar, em % - Quais são as promessas de Donald Trump para a economia americana? Uma das críticas sofridas pelo republicano durante a campanha era o fato de não dar detalhes sobre o que vai fazer para a maior economia global. No seu discurso de vitória, ele prometeu investimento maciço em infraestrutura. Durante a campanha, Trump prometeu ainda cortar impostos e reduzir a regulação do setor financeiro e das legislações ambiental e trabalhista. Além disso, afirmou que vai renegociar o acordo de livre-comércio com México e Canadá e impor tarifas mais duras para os produtos chineses Se as promessas não são claras, por que as Bolsas americanas bateram recorde? A aposta dos investidores é que setores como banco, empresas de energia e farmacêuticas serão grandes beneficiárias das novas políticas. A história mostra, porém, que é preciso muita cautela nesses momentos. Frequentemente as promessas de campanha não viram realidade após a posse do presidente Como fica o Brasil? A grande questão é o que sairá do discurso para a prática. Nesta quinta-feira (10), o dólar foi mais afetado porque a grande preocupação foi se as políticas de Trump para infraestrutura não vão gerar inflação, o que levaria o BC dos EUA a subir os juros mais rapidamente, atraindo para os mercados americanos investimentos que hoje estão em emergentes
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STJD atende CBF e abre processo contra o Internacional por falsificação
O STJD acatou pedido da CBF e abriu inquérito contra o Internacional pela suposta falsificação de documentos utilizados no "caso Victor Ramos". O processo ainda não tem data para julgamento e está sendo relatado pelo auditor Mauro Marcelo. O clube, através de seu vice jurídico, considera a demanda uma represália. O processo teve início em fevereiro. Depois do Internacional ter procurado a CAS (Corte Arbitral do Esporte) para tentar resolver o caso da inscrição irregular de Victor Ramos em um âmbito superior ao STJD e a CBF. Já que o tribunal brasileiro arquivou o processo. Por isso, Gustavo Juchem, vice jurídico do clube, vê com desconfiança o andamento do caso. "Esta alegada falsificação não ocorreu. Isso está claro e evidente. Que este inquérito para apurar a falsificação e sua autoria foram represália e pressão ao Inter para que não desse andamento ao caso na Suíça. Assim que tivemos ciência da abertura deste inquérito, em dois ou três de fevereiro, depois de a CBF e as demais partes tiveram ciência do CAS, fizemos uma notícia de infração contra o diretor de registros da CBF (Reyaldo Buzzoni) porque mentiu. Há correspondências entre ele e o Vitória atestando que a inscrição não poderia ser feita desta forma. A procuradoria arquivou. Investiga o Inter e não investiga o diretor", disse Juchem à rádio Guaíba. Além disso, o clube gaúcho também contesta a nomeação de Mauro Marcelo como relator do processo. Ele foi indicado ao cargo no STJD pela CBF. E a entidade é parte interessada do julgamento sobre falsificação. "Alegamos a suspeição dele, não foi acolhido até agora", lamentou o dirigente do Inter. O processo está em fase inicial. Neste momento o relator está ouvindo partes e unindo argumentos para dar andamento ao caso. E o Colorado não tem gostado da forma que as coisas estão ocorrendo. "Nos incomoda a forma com que isso vem sendo tratado. Até pela desigualdade. O Inter não tem acesso a nada, e Vitória e os demais interessados tem. Mas temos tranquilidade porque temos a lei e a verdade dos fatos do nosso lado", finalizou Juchem. CASO VICTOR RAMOS O Internacional trabalha para antecipar o julgamento do caso Victor Ramos no CAS. A primeira data apresentada pela Corte foi 25 de abril, mas o clube não quis pois teria pouco tempo para se preparar para Série A, caso ganhe a causa. Solicita a antecipação e aguarda o calendário oficial. Em caso de condenação do Vitória, o clube poderia perder pontos, salvando o Inter do rebaixamento. As datas previstas hoje estão entre dia 27 deste mês - quando acaba o prazo de explicações da CBF - e o fim de abril. Internacional, CBF, STJD e Vitória darão suas versões para o caso, que será julgado por três árbitros, um italiano, um israelense e um português. O Internacional considera a inscrição do atleta Victor Ramos, que atuou no Vitória em 2016, irregular por ela ter ocorrido fora do período de transferências internacionais e o atleta estar ligado ao Monterrey, do México. Sob a ótica do Vitória e da CBF, a negociação não configura uma transferência internacional pois o atleta esteve emprestado ao Palmeiras e foi repassado ao Vitória sem que sua documentação retornasse ao país do clube de origem.
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STJD atende CBF e abre processo contra o Internacional por falsificaçãoO STJD acatou pedido da CBF e abriu inquérito contra o Internacional pela suposta falsificação de documentos utilizados no "caso Victor Ramos". O processo ainda não tem data para julgamento e está sendo relatado pelo auditor Mauro Marcelo. O clube, através de seu vice jurídico, considera a demanda uma represália. O processo teve início em fevereiro. Depois do Internacional ter procurado a CAS (Corte Arbitral do Esporte) para tentar resolver o caso da inscrição irregular de Victor Ramos em um âmbito superior ao STJD e a CBF. Já que o tribunal brasileiro arquivou o processo. Por isso, Gustavo Juchem, vice jurídico do clube, vê com desconfiança o andamento do caso. "Esta alegada falsificação não ocorreu. Isso está claro e evidente. Que este inquérito para apurar a falsificação e sua autoria foram represália e pressão ao Inter para que não desse andamento ao caso na Suíça. Assim que tivemos ciência da abertura deste inquérito, em dois ou três de fevereiro, depois de a CBF e as demais partes tiveram ciência do CAS, fizemos uma notícia de infração contra o diretor de registros da CBF (Reyaldo Buzzoni) porque mentiu. Há correspondências entre ele e o Vitória atestando que a inscrição não poderia ser feita desta forma. A procuradoria arquivou. Investiga o Inter e não investiga o diretor", disse Juchem à rádio Guaíba. Além disso, o clube gaúcho também contesta a nomeação de Mauro Marcelo como relator do processo. Ele foi indicado ao cargo no STJD pela CBF. E a entidade é parte interessada do julgamento sobre falsificação. "Alegamos a suspeição dele, não foi acolhido até agora", lamentou o dirigente do Inter. O processo está em fase inicial. Neste momento o relator está ouvindo partes e unindo argumentos para dar andamento ao caso. E o Colorado não tem gostado da forma que as coisas estão ocorrendo. "Nos incomoda a forma com que isso vem sendo tratado. Até pela desigualdade. O Inter não tem acesso a nada, e Vitória e os demais interessados tem. Mas temos tranquilidade porque temos a lei e a verdade dos fatos do nosso lado", finalizou Juchem. CASO VICTOR RAMOS O Internacional trabalha para antecipar o julgamento do caso Victor Ramos no CAS. A primeira data apresentada pela Corte foi 25 de abril, mas o clube não quis pois teria pouco tempo para se preparar para Série A, caso ganhe a causa. Solicita a antecipação e aguarda o calendário oficial. Em caso de condenação do Vitória, o clube poderia perder pontos, salvando o Inter do rebaixamento. As datas previstas hoje estão entre dia 27 deste mês - quando acaba o prazo de explicações da CBF - e o fim de abril. Internacional, CBF, STJD e Vitória darão suas versões para o caso, que será julgado por três árbitros, um italiano, um israelense e um português. O Internacional considera a inscrição do atleta Victor Ramos, que atuou no Vitória em 2016, irregular por ela ter ocorrido fora do período de transferências internacionais e o atleta estar ligado ao Monterrey, do México. Sob a ótica do Vitória e da CBF, a negociação não configura uma transferência internacional pois o atleta esteve emprestado ao Palmeiras e foi repassado ao Vitória sem que sua documentação retornasse ao país do clube de origem.
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Ex-guerrilheiro tupamaro é preso no Uruguai por crimes na ditadura
Um dos fundadores do movimento guerrilheiro tupamaro no Uruguai, Héctor Amodio Pérez foi preso nesta segunda (14), acusado de múltiplos crimes de privação de liberdade durante a ditadura militar uruguaia (1973-1985). Ele era companheiro de militantes de esquerda, como o ex-presidente José Pepe Mujica, e Raul Sendic, mas foi acusado pelos antigos colegas de traição. Em 1973, Amodio Pérez deixou o país, após acordo com militares. E durante mais de quatro décadas foi considerado morto. Ele vivia sob outra identidade na Espanha e há um mês resolveu voltar ao Uruguai para contar sua versão da história no livro "As Palavras de Amodio", lançado em agosto. O ex-guerrilheiro afirma que não traiu os companheiros, que acabaram presos e torturados. E que o MLN (Movimento de Libertação Nacional) teria executado dissidentes mesmo após a redemocratização, em 1985. Assim que chegou a Montevidéu, Amodio Pérez foi citado pela Justiça em pelo menos três processos que o envolviam direta ou indiretamente em crimes da ditadura. Em um deles, ele foi acusado por militares de entregar companheiros e de assistir às sessões de torturas contra 28 mulheres detidas durante a ditadura militar. Ex-militantes de esquerda também o denunciaram, nos últimos dias, alegando que ele teria colaborado com a prisão de ex-companheiros. Segundo a defesa do ex-guerrilheiro, os trâmites judiciais desses processos "não foram normais", sugerindo que as decisões foram apressadas. De acordo com a promotoria, como Amodio Pérez é apontado por envolvimento em crimes contra a humanidade, não existe prescrição. Depuseram contra ele o ex-presidente Mujica, além do atual ministro da Defesa, Eleuterio Fernández Huidobro. Muitos dos atuais integrantes da Frente Ampla, agremiação de Mujica e do atual presidente, Tabaré Vásquez, fizeram parte do MLN no passado.
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Ex-guerrilheiro tupamaro é preso no Uruguai por crimes na ditaduraUm dos fundadores do movimento guerrilheiro tupamaro no Uruguai, Héctor Amodio Pérez foi preso nesta segunda (14), acusado de múltiplos crimes de privação de liberdade durante a ditadura militar uruguaia (1973-1985). Ele era companheiro de militantes de esquerda, como o ex-presidente José Pepe Mujica, e Raul Sendic, mas foi acusado pelos antigos colegas de traição. Em 1973, Amodio Pérez deixou o país, após acordo com militares. E durante mais de quatro décadas foi considerado morto. Ele vivia sob outra identidade na Espanha e há um mês resolveu voltar ao Uruguai para contar sua versão da história no livro "As Palavras de Amodio", lançado em agosto. O ex-guerrilheiro afirma que não traiu os companheiros, que acabaram presos e torturados. E que o MLN (Movimento de Libertação Nacional) teria executado dissidentes mesmo após a redemocratização, em 1985. Assim que chegou a Montevidéu, Amodio Pérez foi citado pela Justiça em pelo menos três processos que o envolviam direta ou indiretamente em crimes da ditadura. Em um deles, ele foi acusado por militares de entregar companheiros e de assistir às sessões de torturas contra 28 mulheres detidas durante a ditadura militar. Ex-militantes de esquerda também o denunciaram, nos últimos dias, alegando que ele teria colaborado com a prisão de ex-companheiros. Segundo a defesa do ex-guerrilheiro, os trâmites judiciais desses processos "não foram normais", sugerindo que as decisões foram apressadas. De acordo com a promotoria, como Amodio Pérez é apontado por envolvimento em crimes contra a humanidade, não existe prescrição. Depuseram contra ele o ex-presidente Mujica, além do atual ministro da Defesa, Eleuterio Fernández Huidobro. Muitos dos atuais integrantes da Frente Ampla, agremiação de Mujica e do atual presidente, Tabaré Vásquez, fizeram parte do MLN no passado.
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Mônica Moura ameniza perfil forte do marido João Santana
Sempre foi papel de Mônica Regina Cunha Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, amenizar as brigas e discussões do marido. Enquanto o publicitário falava alto e muito sério quando não estava satisfeito com o trabalho de sua equipe, Mônica entrava na sequência, segundos depois das batidas de porta de Santana, e, sorrindo, tentava colocar panos quentes na confusão. Entre amigos não era diferente. Quando o debate político costumava esquentar os jantares regados a vinhos caros –sempre escolhidos por ela–, Mônica era a primeira a dizer: "Vamos mudar de assunto. Chega de política!" E é assim, como o "policial bom" e o "policial mau", que a jornalista de formação contrapõe há quinze anos a personalidade do marqueteiro responsável pela campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014), além de diversas outras no exterior. A única coisa que a tira do sério e a faz mudar o semblante quase sempre sereno são críticas ao marido. "Aí ela vira bicho para defendê-lo", diz uma amiga próxima ao casal. Mônica é a sétima mulher de Santana e, desde 2001, é sócia e braço direito e esquerdo na empresa do publicitário, a Polis Propaganda e Marketing. Quem conhece os dois, diz que Mônica trata de todas as questões práticas da vida deles e da empresa. De personalidade forte, é ela quem faz o contato com a maior parte dos fornecedores, empregados e até com a imprensa quando jornalistas querem falar com o marido, avesso a entrevistas. Mônica aparenta estar sempre de bom humor. Opina em tudo, inclusive no visual de Santana, a quem cuida para que esteja vestindo roupas e sapatos da moda. Aliás, foi ela quem apresentou o cabeleireiro Celso Kamura para a presidente Dilma e lhe deu dicas de penteados, coloração de cabelos e maquiagem. As duas ficaram mais próximas na disputada campanha à reeleição da petista, em 2014. Dizem que o astral "mais leve" de Mônica ajudava Dilma a relaxar um pouco em jantares e encontros privados no Palácio da Alvorada para os quais Santana levava a mulher. Dilma adotou Kamura como cabeleireiro, mas com as roupas da presidente, Mônica não teve tanto sucesso. Apesar de insistir em levar a presidente a diversos estilistas famosos, Dilma prefere pedir para confeccionar suas roupas com estilistas no Rio Grande do Sul, consideradas pela petista mais "low profile". PRISÃO TEMPORÁRIA João Santana e Mônica Moura –ou JS e MM, como respondem às mensagens eletrônicas– receberam a notícia por advogados nesta segunda-feira (22) de que suas prisões temporárias haviam sido decretas na 23ª fase da Operação Lava Jato e que havia mandado de busca e apreensão em todos os seus imóveis no Brasil. Os dois estavam na República Dominicana, onde trabalham na campanha para a reeleição de Danilo Medina, mas devem embarcar ao Brasil nas próximas horas para se apresentar às autoridades responsáveis pelas investigações. OPERAÇÃO "ACARAJÉ" A 23ª fase, intitulada "Acarajé", tem como alvo o publicitário João Santana, que encabeçou campanhas presidenciais petistas, e a empreiteira Odebrecht. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal encontraram transferências de US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões, em valores desta segunda) de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro João Santana e pela mulher e sócia dele, Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras. Deste montante, US$ 3 milhões foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que são atribuídas pelos investigadores à Odebrecht, entre 13 de abril de 2012 e 08 de março de 2013. Para a Procuradoria, "pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT". OS CLIENTES DE JOÃO SANTANA - Marqueteiro trabalhou em campanhas no Brasil e no exterior
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Mônica Moura ameniza perfil forte do marido João SantanaSempre foi papel de Mônica Regina Cunha Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, amenizar as brigas e discussões do marido. Enquanto o publicitário falava alto e muito sério quando não estava satisfeito com o trabalho de sua equipe, Mônica entrava na sequência, segundos depois das batidas de porta de Santana, e, sorrindo, tentava colocar panos quentes na confusão. Entre amigos não era diferente. Quando o debate político costumava esquentar os jantares regados a vinhos caros –sempre escolhidos por ela–, Mônica era a primeira a dizer: "Vamos mudar de assunto. Chega de política!" E é assim, como o "policial bom" e o "policial mau", que a jornalista de formação contrapõe há quinze anos a personalidade do marqueteiro responsável pela campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014), além de diversas outras no exterior. A única coisa que a tira do sério e a faz mudar o semblante quase sempre sereno são críticas ao marido. "Aí ela vira bicho para defendê-lo", diz uma amiga próxima ao casal. Mônica é a sétima mulher de Santana e, desde 2001, é sócia e braço direito e esquerdo na empresa do publicitário, a Polis Propaganda e Marketing. Quem conhece os dois, diz que Mônica trata de todas as questões práticas da vida deles e da empresa. De personalidade forte, é ela quem faz o contato com a maior parte dos fornecedores, empregados e até com a imprensa quando jornalistas querem falar com o marido, avesso a entrevistas. Mônica aparenta estar sempre de bom humor. Opina em tudo, inclusive no visual de Santana, a quem cuida para que esteja vestindo roupas e sapatos da moda. Aliás, foi ela quem apresentou o cabeleireiro Celso Kamura para a presidente Dilma e lhe deu dicas de penteados, coloração de cabelos e maquiagem. As duas ficaram mais próximas na disputada campanha à reeleição da petista, em 2014. Dizem que o astral "mais leve" de Mônica ajudava Dilma a relaxar um pouco em jantares e encontros privados no Palácio da Alvorada para os quais Santana levava a mulher. Dilma adotou Kamura como cabeleireiro, mas com as roupas da presidente, Mônica não teve tanto sucesso. Apesar de insistir em levar a presidente a diversos estilistas famosos, Dilma prefere pedir para confeccionar suas roupas com estilistas no Rio Grande do Sul, consideradas pela petista mais "low profile". PRISÃO TEMPORÁRIA João Santana e Mônica Moura –ou JS e MM, como respondem às mensagens eletrônicas– receberam a notícia por advogados nesta segunda-feira (22) de que suas prisões temporárias haviam sido decretas na 23ª fase da Operação Lava Jato e que havia mandado de busca e apreensão em todos os seus imóveis no Brasil. Os dois estavam na República Dominicana, onde trabalham na campanha para a reeleição de Danilo Medina, mas devem embarcar ao Brasil nas próximas horas para se apresentar às autoridades responsáveis pelas investigações. OPERAÇÃO "ACARAJÉ" A 23ª fase, intitulada "Acarajé", tem como alvo o publicitário João Santana, que encabeçou campanhas presidenciais petistas, e a empreiteira Odebrecht. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal encontraram transferências de US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões, em valores desta segunda) de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro João Santana e pela mulher e sócia dele, Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras. Deste montante, US$ 3 milhões foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que são atribuídas pelos investigadores à Odebrecht, entre 13 de abril de 2012 e 08 de março de 2013. Para a Procuradoria, "pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT". OS CLIENTES DE JOÃO SANTANA - Marqueteiro trabalhou em campanhas no Brasil e no exterior
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Americano atrai seguidores com corridas inspiradas em 'Star Wars'
Fã dedicado de "Star Wars", o designer norte-americano Gene Lu resolveu aproveitar o recém-lançado "O Despertar da Força", sétimo episódio da saga, para derramar sua paixão nas ruas da cidade onde vive. Não tratou, porém, de pichar muros ou colar cartazes em paredes da bela Portland, no Oregon, nos Estados Unidos. Em vez disso, fez rotas virtuais em cima do mapa da cidade, construindo algumas das mais famosas figuras da saga criada por George Lucas. Usando aplicativos com GPS, que mapeia percursos feitos por corredores e ciclistas, Lu criou percursos de corrida no formato da máscara de Darth Vader, do jedi Yoda e do simpático robô C3PO. São jornadas desafiadoras, que vão de cerca de sete a 31 quilômetros. Tudo começou para atender seus interesses particulares: "Eu queria convencer alguns dos meus amigos a treinar comigo", disse Lu em entrevista à Folha realizada por mensagens de celular. A primeira rota que construiu foi a mais curta e deixa no mapa a imagem de uma das espaçonaves da saga, o caça do Império TIE Fighter. "Meus amigos não gostavam de correr, mas começaram quando eu disse a eles que o percurso teria esse formato." A espaçonave foi a escolhida porque Lu, que corre há quatro anos e já fez a maratona de Nova York, tinha uma ideia de onde em Portland havia uma área para o percurso –o distrito Ladd's Addition, no sudeste da cidade. Lu tratou de facilitar as coisas para eventuais seguidores. Montou um site com informações básicas sobre as seis rotas que construiu –desenho, distância e trajeto detalhado estão no site Run Wars (runwars.genelu.com). FEBRE Formado em ciências da computação, especializado em desenho interativo, Lu, hoje com 35 anos, é diretor de criação em uma agência de publicidade em Portland. Desde que começou a correr "para ficar mais saudável", tratou de combinar o esporte com suas habilidades gráficas. O primeiro trabalho desse tipo tem alguns anos, quando desenhou com suas corridas trajetos em homenagem à serie "Game of Thrones". Não era exatamente uma ideia original: outros corredores também marcaram em mapas seu fanatismo pela saga, como visto no site Run of Thrones (runofthrones.com). Agora, porém, Gene Lu parece ter criado uma febre. Os percursos que ele desenhou se espalharam pelas redes sociais e muitos corredores trataram de replicar os seus trajetos. Há mesmo quem tenha viajado para Portland especialmente para correr uma rota Star Wars. O bombeiro Jordan Rojas, que mora em Torrance, Califórnia, estava visitando a família em uma cidade próxima a Portland para as festas de fim de ano. Ficou sabendo dos percursos e fez um bate-e-volta para uma corrida particular Guerra nas Estrelas –e para comer os famosos donuts Voodoo, vendidos na cidade, como escreveu em mensagem a Lu. Espalhado pela internet, o projeto chamou a atenção da imprensa –emissoras de TV locais e cadeias como ESPN e BBC fizeram reportagens a respeito, assim como jornais, revistas e sites especializados em esporte ou cultura. Não amealhou fortuna, mas está se divertindo, como afirmou à Folha: "Tenho um pouco mais de seguidores no Instagram, mas, fora isso, minha vida não mudou em nada. Estou pensando no que mais posso fazer para atrair mais gente para o mundo das corridas". Enquanto não chega a uma conclusão, trata de preparar novas rotas Star Wars e expandir seu universo. Em fevereiro, viaja a Nova York, onde viveu por muitos anos. Pretende desenhar no mapa da cidade o robozinho R2D2, um percurso que deverá ter pouco mais de 32 quilômetros. Que a Força esteja com ele! LEMBRANÇAS Pesquisadora na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (OHSU), Charissa Young é uma das corredoras que se empolgaram com as rotas baseadas em personagens de Star Wars. "Costumo correr com vários amigos", diz ela à Folha, "e achamos que seria divertido fazer esses percursos". Charissa, 45, usa um aplicativo que mapeia suas corridas e dá outras informações. "É legal ter um desenho como esses no mapa como lembrança de suas corridas." Os primeiros trajetos que ela e os amigos percorreram foram as rotas Darth Vader e Yoda. Agora em treinamento para maratona, estão mais interessados em percursos mais longos: no dia 16 de janeiro, fizeram a rota C3PO, de pouco mais de 27 quilômetros. "Cheguei a pensar em desenhar minhas rotas", explica a pesquisadora, que corre desde a adolescência. Por enquanto, porém, prefere seguir as criadas por Gene Lu.
ilustrada
Americano atrai seguidores com corridas inspiradas em 'Star Wars'Fã dedicado de "Star Wars", o designer norte-americano Gene Lu resolveu aproveitar o recém-lançado "O Despertar da Força", sétimo episódio da saga, para derramar sua paixão nas ruas da cidade onde vive. Não tratou, porém, de pichar muros ou colar cartazes em paredes da bela Portland, no Oregon, nos Estados Unidos. Em vez disso, fez rotas virtuais em cima do mapa da cidade, construindo algumas das mais famosas figuras da saga criada por George Lucas. Usando aplicativos com GPS, que mapeia percursos feitos por corredores e ciclistas, Lu criou percursos de corrida no formato da máscara de Darth Vader, do jedi Yoda e do simpático robô C3PO. São jornadas desafiadoras, que vão de cerca de sete a 31 quilômetros. Tudo começou para atender seus interesses particulares: "Eu queria convencer alguns dos meus amigos a treinar comigo", disse Lu em entrevista à Folha realizada por mensagens de celular. A primeira rota que construiu foi a mais curta e deixa no mapa a imagem de uma das espaçonaves da saga, o caça do Império TIE Fighter. "Meus amigos não gostavam de correr, mas começaram quando eu disse a eles que o percurso teria esse formato." A espaçonave foi a escolhida porque Lu, que corre há quatro anos e já fez a maratona de Nova York, tinha uma ideia de onde em Portland havia uma área para o percurso –o distrito Ladd's Addition, no sudeste da cidade. Lu tratou de facilitar as coisas para eventuais seguidores. Montou um site com informações básicas sobre as seis rotas que construiu –desenho, distância e trajeto detalhado estão no site Run Wars (runwars.genelu.com). FEBRE Formado em ciências da computação, especializado em desenho interativo, Lu, hoje com 35 anos, é diretor de criação em uma agência de publicidade em Portland. Desde que começou a correr "para ficar mais saudável", tratou de combinar o esporte com suas habilidades gráficas. O primeiro trabalho desse tipo tem alguns anos, quando desenhou com suas corridas trajetos em homenagem à serie "Game of Thrones". Não era exatamente uma ideia original: outros corredores também marcaram em mapas seu fanatismo pela saga, como visto no site Run of Thrones (runofthrones.com). Agora, porém, Gene Lu parece ter criado uma febre. Os percursos que ele desenhou se espalharam pelas redes sociais e muitos corredores trataram de replicar os seus trajetos. Há mesmo quem tenha viajado para Portland especialmente para correr uma rota Star Wars. O bombeiro Jordan Rojas, que mora em Torrance, Califórnia, estava visitando a família em uma cidade próxima a Portland para as festas de fim de ano. Ficou sabendo dos percursos e fez um bate-e-volta para uma corrida particular Guerra nas Estrelas –e para comer os famosos donuts Voodoo, vendidos na cidade, como escreveu em mensagem a Lu. Espalhado pela internet, o projeto chamou a atenção da imprensa –emissoras de TV locais e cadeias como ESPN e BBC fizeram reportagens a respeito, assim como jornais, revistas e sites especializados em esporte ou cultura. Não amealhou fortuna, mas está se divertindo, como afirmou à Folha: "Tenho um pouco mais de seguidores no Instagram, mas, fora isso, minha vida não mudou em nada. Estou pensando no que mais posso fazer para atrair mais gente para o mundo das corridas". Enquanto não chega a uma conclusão, trata de preparar novas rotas Star Wars e expandir seu universo. Em fevereiro, viaja a Nova York, onde viveu por muitos anos. Pretende desenhar no mapa da cidade o robozinho R2D2, um percurso que deverá ter pouco mais de 32 quilômetros. Que a Força esteja com ele! LEMBRANÇAS Pesquisadora na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (OHSU), Charissa Young é uma das corredoras que se empolgaram com as rotas baseadas em personagens de Star Wars. "Costumo correr com vários amigos", diz ela à Folha, "e achamos que seria divertido fazer esses percursos". Charissa, 45, usa um aplicativo que mapeia suas corridas e dá outras informações. "É legal ter um desenho como esses no mapa como lembrança de suas corridas." Os primeiros trajetos que ela e os amigos percorreram foram as rotas Darth Vader e Yoda. Agora em treinamento para maratona, estão mais interessados em percursos mais longos: no dia 16 de janeiro, fizeram a rota C3PO, de pouco mais de 27 quilômetros. "Cheguei a pensar em desenhar minhas rotas", explica a pesquisadora, que corre desde a adolescência. Por enquanto, porém, prefere seguir as criadas por Gene Lu.
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Em rede social, agressor de cães diz que ama animais
Rafael Hermida, 34, que foi flagrado pela noiva agredindo os cães dela, fez uma declaração através do aplicativo Instagram, nesta terça-feira (10). Segundo o jornal "Bom Dia Rio", da TV Globo, Hermida postou no Instagram a seguinte mensagem: "Os que me conhecem sabem que amo animais. Tenho inclusive sete cachorros, um deles um vira-lata que peguei abandonado na rua." As agressões aos cães foram filmadas por uma câmera escondida instalada pela sua noiva, Nina Mandin,26, que desconfiava dos frequentes machucados apresentados pelos animais. O caso ganhou repercussão após ser divulgado nas redes sociais. Esse foi o primeiro posicionamento de Hermida após a divulgação do vídeo da agressão. Ele ainda acusa a ex-namorada de tentar transformá-lo em um monstro pelo término do relacionamento e assume o erro, mas diz que "só é falado e mostrado uma parte da história". A mensagem termina com a frase "estou profundamente chateado e arrependido". Hermida, que é sócio de um bar na zona oeste do Rio, é aguardado para depor nesta terça-feira, na 16ª DP (Barra da Tijuca). De acordo com a Polícia Civil, ele poderá ser autuado por maus tratos, que é um crime de menor potencial ofensivo e prevê penas alternativas. Veja vídeo
cotidiano
Em rede social, agressor de cães diz que ama animaisRafael Hermida, 34, que foi flagrado pela noiva agredindo os cães dela, fez uma declaração através do aplicativo Instagram, nesta terça-feira (10). Segundo o jornal "Bom Dia Rio", da TV Globo, Hermida postou no Instagram a seguinte mensagem: "Os que me conhecem sabem que amo animais. Tenho inclusive sete cachorros, um deles um vira-lata que peguei abandonado na rua." As agressões aos cães foram filmadas por uma câmera escondida instalada pela sua noiva, Nina Mandin,26, que desconfiava dos frequentes machucados apresentados pelos animais. O caso ganhou repercussão após ser divulgado nas redes sociais. Esse foi o primeiro posicionamento de Hermida após a divulgação do vídeo da agressão. Ele ainda acusa a ex-namorada de tentar transformá-lo em um monstro pelo término do relacionamento e assume o erro, mas diz que "só é falado e mostrado uma parte da história". A mensagem termina com a frase "estou profundamente chateado e arrependido". Hermida, que é sócio de um bar na zona oeste do Rio, é aguardado para depor nesta terça-feira, na 16ª DP (Barra da Tijuca). De acordo com a Polícia Civil, ele poderá ser autuado por maus tratos, que é um crime de menor potencial ofensivo e prevê penas alternativas. Veja vídeo
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No Rio, sai o churrasquinho de gato e entram os food trucks
Não olhe agora, mas ali tem um homem comendo um churrasquinho proibidão. Está lambendo os beiços. Em setembro, o prefeito do Rio decidiu vetar um projeto que regulamentava a venda do espetinho de carne nas ruas. No "Diário Oficial", justificou que a atividade é proibida na lei do comércio ambulante e que "os alimentos de origem animal, por sua constituição, são meios de cultura ideais para o desenvolvimento e multiplicação de agentes patogênicos, isto é, micro-organismos com potencial para causar agravos à saúde dos consumidores". Trata-se de uma cultura, não há dúvida, há anos incorporada à baixa gastronomia. Trata-se do popular churrasquinho de gato, sendo que o couro do bichano caçado e morto a pauladas serviria para a concepção de tamborins. É uma lenda urbana que no passado assustava as crianças tanto quanto a existência de Febrônio Índio do Brasil, o Filho da Luz, comedor de tenros fígados infantis. Os mais tradicionais preferiam o churrasquinho que, dizia-se, era de cutia. Dóceis mas ágeis, os bichinhos eram capturados entre as árvores do Campo de Santana e depois servidos em espetos de bambu com molho e farinha numa barraca atrás da Central do Brasil, notadamente em tardes de clássico no antigo Maracanã. Comensais não faziam por menos na hora de elogiar: não havia nada mais gostoso no mundo. Em tempo de crise, é bom lembrar que o churrasquinho dá emprego. E é por isso que não cito aqui o meu ponto preferido, para que o Quinzinho continue sustentando a família. Não à toa, uma página no site do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) ensina como tocar o negócio. No entanto, a onda higienizadora no Rio exige o fim do espetinho, seja de carne, frango ou salsichão. Não olhe agora, mas... ONDE É O EVENTO? Em contrapartida, a prefeitura liberou os food trucks (com perdão do duplo palavrão, leitores). Os caminhões de comida, com dimensões de sete metros de comprimento, 2,5 metros de largura e três de altura, poderão ficar instalados em 87 pontos de 26 bairros. Já ganharam apelido: "podrão gigante". Gigante sobretudo nos preços cobrados por pratos supostamente orgânicos, italianos, franceses, orientais e, claro, pelo insípido fast food. Além disso, o bicho é do barulho: os geradores de energia fazem um som alto e contínuo, que incomoda a vizinhança. É mais um pequeno avanço na transformação do Rio –que, nos tempos da Guanabara, já foi cidade-Estado– em cidade-evento. Um lugar perfeitamente aparelhado para receber Réveillons, festivais de rock ou de cervejas artesanais, Copas do Mundo, Olimpíadas. Mas que deixa no sereno o carioca da gema. Este só consegue entrar na festa de penetra. O MINISTRO E O PARQUE Dizem que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) está louco para endireitar a economia do país (ou entortá-la de vez) para enfim dedicar-se a antigo sonho: escrever um livro sobre o Aterro do Flamengo. Seu apartamento na avenida Ruy Barbosa tem uma ampla visão da área, cujos jardins projetados por Burle Marx lhe enchem os olhos. Enquanto o projeto não vinga, a exposição "Jardim de Memória", no Centro Cultural dos Correios, conta a história da construção do Aterro. São 110 fotos, além de desenhos originais, plantas de arquitetura e vídeos com depoimentos de engenheiros, botânicos e paisagistas. A época no parque é a dos floridos ipês, uma das espécies preferidas de Levy. Vale um passeio, antes –tudo é possível– de alguém sugerir a construção, na orla do Flamengo, de um grande mafuá com torres de vidro espelhado. SAMBISTA HISTORIADOR Aluísio Machado não é só autor (com Beto Sem Braço) daquele que é considerado o último grande samba-enredo, "Bumbum Paticumbum Prugurundum", campeão de 1982 com o Império Serrano. A biografia "Sambista de Fato, Rebelde por Direito" [Outras Expressões, 392 págs., R$ 35], de Ricardo Leitão, revela sua faceta de cronista da história do Brasil. Em feitio de samba, Aluísio cantou o tempo da ditadura (quase parou no DOI-Codi), a abertura, a volta à democracia, as anos de neoliberalismo. É um senhor compositor. ALVARO COSTA E SILVA, o Marechal, 52, é jornalista.
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No Rio, sai o churrasquinho de gato e entram os food trucksNão olhe agora, mas ali tem um homem comendo um churrasquinho proibidão. Está lambendo os beiços. Em setembro, o prefeito do Rio decidiu vetar um projeto que regulamentava a venda do espetinho de carne nas ruas. No "Diário Oficial", justificou que a atividade é proibida na lei do comércio ambulante e que "os alimentos de origem animal, por sua constituição, são meios de cultura ideais para o desenvolvimento e multiplicação de agentes patogênicos, isto é, micro-organismos com potencial para causar agravos à saúde dos consumidores". Trata-se de uma cultura, não há dúvida, há anos incorporada à baixa gastronomia. Trata-se do popular churrasquinho de gato, sendo que o couro do bichano caçado e morto a pauladas serviria para a concepção de tamborins. É uma lenda urbana que no passado assustava as crianças tanto quanto a existência de Febrônio Índio do Brasil, o Filho da Luz, comedor de tenros fígados infantis. Os mais tradicionais preferiam o churrasquinho que, dizia-se, era de cutia. Dóceis mas ágeis, os bichinhos eram capturados entre as árvores do Campo de Santana e depois servidos em espetos de bambu com molho e farinha numa barraca atrás da Central do Brasil, notadamente em tardes de clássico no antigo Maracanã. Comensais não faziam por menos na hora de elogiar: não havia nada mais gostoso no mundo. Em tempo de crise, é bom lembrar que o churrasquinho dá emprego. E é por isso que não cito aqui o meu ponto preferido, para que o Quinzinho continue sustentando a família. Não à toa, uma página no site do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) ensina como tocar o negócio. No entanto, a onda higienizadora no Rio exige o fim do espetinho, seja de carne, frango ou salsichão. Não olhe agora, mas... ONDE É O EVENTO? Em contrapartida, a prefeitura liberou os food trucks (com perdão do duplo palavrão, leitores). Os caminhões de comida, com dimensões de sete metros de comprimento, 2,5 metros de largura e três de altura, poderão ficar instalados em 87 pontos de 26 bairros. Já ganharam apelido: "podrão gigante". Gigante sobretudo nos preços cobrados por pratos supostamente orgânicos, italianos, franceses, orientais e, claro, pelo insípido fast food. Além disso, o bicho é do barulho: os geradores de energia fazem um som alto e contínuo, que incomoda a vizinhança. É mais um pequeno avanço na transformação do Rio –que, nos tempos da Guanabara, já foi cidade-Estado– em cidade-evento. Um lugar perfeitamente aparelhado para receber Réveillons, festivais de rock ou de cervejas artesanais, Copas do Mundo, Olimpíadas. Mas que deixa no sereno o carioca da gema. Este só consegue entrar na festa de penetra. O MINISTRO E O PARQUE Dizem que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) está louco para endireitar a economia do país (ou entortá-la de vez) para enfim dedicar-se a antigo sonho: escrever um livro sobre o Aterro do Flamengo. Seu apartamento na avenida Ruy Barbosa tem uma ampla visão da área, cujos jardins projetados por Burle Marx lhe enchem os olhos. Enquanto o projeto não vinga, a exposição "Jardim de Memória", no Centro Cultural dos Correios, conta a história da construção do Aterro. São 110 fotos, além de desenhos originais, plantas de arquitetura e vídeos com depoimentos de engenheiros, botânicos e paisagistas. A época no parque é a dos floridos ipês, uma das espécies preferidas de Levy. Vale um passeio, antes –tudo é possível– de alguém sugerir a construção, na orla do Flamengo, de um grande mafuá com torres de vidro espelhado. SAMBISTA HISTORIADOR Aluísio Machado não é só autor (com Beto Sem Braço) daquele que é considerado o último grande samba-enredo, "Bumbum Paticumbum Prugurundum", campeão de 1982 com o Império Serrano. A biografia "Sambista de Fato, Rebelde por Direito" [Outras Expressões, 392 págs., R$ 35], de Ricardo Leitão, revela sua faceta de cronista da história do Brasil. Em feitio de samba, Aluísio cantou o tempo da ditadura (quase parou no DOI-Codi), a abertura, a volta à democracia, as anos de neoliberalismo. É um senhor compositor. ALVARO COSTA E SILVA, o Marechal, 52, é jornalista.
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Organizadores de feira de vinhos tiram a roupa para divulgar bebidas orgânicas e biodinâmicas
MARÍLIA MIRAGAIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Imagine que você seja desembaraçado a ponto de expor seu corpo nu em uma foto. "Sem maquiagem, roupas, produção do cabelo", reforça a sommelière Lis Cereja. É o caso dela mesma, seu marido e de dois amigos que posaram para a imagem no convite da Naturebas, feira que acontece em agosto com vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais. A "foto-protesto" chama a atenção para a "nudez de um vinho que não tem nada a esconder", explica Lis, à frente do evento e também da Enoteca Saint VinSaint, um restaurante e loja que fica na Vila Nova Conceição. "Agrade ou não, o vinho convencional é feito e modificado para atingir o mercado, com um padrão de aroma e sabor", diz ela. Esses produtores argumentam que a maquiagem representa um conjunto de "técnicas e aditivos enológicos levados ao extremo", afirma. O perfil desses "rebeldes" varia, mas tem em comum valorizar o solo, o plantio e quem trabalha na terra. Engloba os cultivos sustentável, orgânico e biodinâmico, mas também a chamada produção natural, feita com o menor nível de interferência possível. "O resultado traduz com mais autenticidade o ambiente que está em volta", defende Lis. Apesar das boas intenções, vinhos naturais já causaram muita polêmica. Especialistas como o autor britânico Hugh Johnson demonstram ter questões a respeito. "Seria natural uma palavra para justificar qualquer tipo de acidente?", questiona, em texto recente, sugerindo a troca de natural por "alternativo". Uma crítica é que o nome natural faria os demais vinhos parecerem artificiais. "Às vezes, vinhos naturais podem ser óbvios demais, refermentando [nova fermentação indesejada na garrafa]. Mas estão ficando cada vez melhores", defende outra britânica, Jancis Robinson, autora e crítica, que também ajuda a escolher os vinhos da adega da rainha Elizabeth 2ª. "Existem vinhos naturais bons e ruins, como tudo na vida. Aliás, mais uma vez, a definição de bom ou ruim foi feita pelo mercado", responde Lis. Mais um detalhe da feira deste ano (e de sua foto): além de nus, os modelos estão com as mãos atadas. É uma referência direta ao caso do produtor de vinho natural gaúcho Eduardo Zenker, da Arte da Vinha, que mantinha uma produção artesanal, apreendida no mês passado pela Secretaria da Agricultura. Para Lis, o caso é emblemático, já que não existe legislação que enquadre, de forma satisfatória, pequenos produtores. "Ficamos de mãos amarradas. Temos mais de mil famílias fazendo vinho artesanal só em São Paulo. Mas trabalhamos com bases neolíticas", diz. E, para ela, são nessas produções garagistas, independentes, que estão "as representações mais fieis do que é o vinho". Naturebas.R. Atílio Innocenti, 720, Vila Nova Conceição. Data: 19/8, das 13h às 19h. Entrada: R$ 120. Reservas (mediante a pagamento): [email protected] * ENTENDA A DIFERENÇA Orgânico Não utiliza fertilizantes e defensivos sintéticos no cultivo e elaboração do vinho. Tem legislação própria e selos de verificação emitidos por diferentes organizações Biodinâmico A produção, além de orgânica, segue um calendário lunar e administra compostos vegetais e animais num processo semelhante à homeopatia. Também tem regulamentação oficial para produção Natural Vinho feito com o menor nível de interferência possível. Como não são regimentadas, as práticas variam entre os produtores, mas incluem pouca ou nenhuma administração de conservantes e uso de leveduras selvagens (presentes no ambiente e nas uvas), que mantém características próprias do vinho Fontes: "Authentic Wine" (Jamie Goodle e Sam Harrop); sommelière e professora Gabriela Monteleone * Confira mais dicas para brindar: Eventos em SP reúnem amantes de vinho e surfam no aumento do consumo no inverno Veja 40 sugestões de diferentes tipos de vinhos com bom custo benefício ou para ocasiões especiais Conheça as diferenças entre vinhos de diferentes lugares do mundo e faça bonito nas conversas Confira oito lugares para experimentar vinhos nacionais e estrangeiros em SP Blend? Tanino? Terroir? Fique fluente no idioma dos vinhos conhecendo alguns termos usados
saopaulo
Organizadores de feira de vinhos tiram a roupa para divulgar bebidas orgânicas e biodinâmicasMARÍLIA MIRAGAIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Imagine que você seja desembaraçado a ponto de expor seu corpo nu em uma foto. "Sem maquiagem, roupas, produção do cabelo", reforça a sommelière Lis Cereja. É o caso dela mesma, seu marido e de dois amigos que posaram para a imagem no convite da Naturebas, feira que acontece em agosto com vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais. A "foto-protesto" chama a atenção para a "nudez de um vinho que não tem nada a esconder", explica Lis, à frente do evento e também da Enoteca Saint VinSaint, um restaurante e loja que fica na Vila Nova Conceição. "Agrade ou não, o vinho convencional é feito e modificado para atingir o mercado, com um padrão de aroma e sabor", diz ela. Esses produtores argumentam que a maquiagem representa um conjunto de "técnicas e aditivos enológicos levados ao extremo", afirma. O perfil desses "rebeldes" varia, mas tem em comum valorizar o solo, o plantio e quem trabalha na terra. Engloba os cultivos sustentável, orgânico e biodinâmico, mas também a chamada produção natural, feita com o menor nível de interferência possível. "O resultado traduz com mais autenticidade o ambiente que está em volta", defende Lis. Apesar das boas intenções, vinhos naturais já causaram muita polêmica. Especialistas como o autor britânico Hugh Johnson demonstram ter questões a respeito. "Seria natural uma palavra para justificar qualquer tipo de acidente?", questiona, em texto recente, sugerindo a troca de natural por "alternativo". Uma crítica é que o nome natural faria os demais vinhos parecerem artificiais. "Às vezes, vinhos naturais podem ser óbvios demais, refermentando [nova fermentação indesejada na garrafa]. Mas estão ficando cada vez melhores", defende outra britânica, Jancis Robinson, autora e crítica, que também ajuda a escolher os vinhos da adega da rainha Elizabeth 2ª. "Existem vinhos naturais bons e ruins, como tudo na vida. Aliás, mais uma vez, a definição de bom ou ruim foi feita pelo mercado", responde Lis. Mais um detalhe da feira deste ano (e de sua foto): além de nus, os modelos estão com as mãos atadas. É uma referência direta ao caso do produtor de vinho natural gaúcho Eduardo Zenker, da Arte da Vinha, que mantinha uma produção artesanal, apreendida no mês passado pela Secretaria da Agricultura. Para Lis, o caso é emblemático, já que não existe legislação que enquadre, de forma satisfatória, pequenos produtores. "Ficamos de mãos amarradas. Temos mais de mil famílias fazendo vinho artesanal só em São Paulo. Mas trabalhamos com bases neolíticas", diz. E, para ela, são nessas produções garagistas, independentes, que estão "as representações mais fieis do que é o vinho". Naturebas.R. Atílio Innocenti, 720, Vila Nova Conceição. Data: 19/8, das 13h às 19h. Entrada: R$ 120. Reservas (mediante a pagamento): [email protected] * ENTENDA A DIFERENÇA Orgânico Não utiliza fertilizantes e defensivos sintéticos no cultivo e elaboração do vinho. Tem legislação própria e selos de verificação emitidos por diferentes organizações Biodinâmico A produção, além de orgânica, segue um calendário lunar e administra compostos vegetais e animais num processo semelhante à homeopatia. Também tem regulamentação oficial para produção Natural Vinho feito com o menor nível de interferência possível. Como não são regimentadas, as práticas variam entre os produtores, mas incluem pouca ou nenhuma administração de conservantes e uso de leveduras selvagens (presentes no ambiente e nas uvas), que mantém características próprias do vinho Fontes: "Authentic Wine" (Jamie Goodle e Sam Harrop); sommelière e professora Gabriela Monteleone * Confira mais dicas para brindar: Eventos em SP reúnem amantes de vinho e surfam no aumento do consumo no inverno Veja 40 sugestões de diferentes tipos de vinhos com bom custo benefício ou para ocasiões especiais Conheça as diferenças entre vinhos de diferentes lugares do mundo e faça bonito nas conversas Confira oito lugares para experimentar vinhos nacionais e estrangeiros em SP Blend? Tanino? Terroir? Fique fluente no idioma dos vinhos conhecendo alguns termos usados
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Dívida no limite
É espantoso que facções da política e da academia —minoritárias, mas não desprovidas de influência— ainda se apeguem à tese de que suspender os compromissos da dívida pública, ou reduzi-los drasticamente, será solução para o rombo orçamentário federal. Propostas do gênero, com adeptos à esquerda e à direita, já se mostravam ingênuas nos tempos em que o governo separava parte considerável de suas receitas para o pagamento de juros. Hoje, quando o Tesouro Nacional há muito não dispõe de sobras e depende de dinheiro emprestado para tarefas básicas, tais ideias revelam total desconhecimento do estado catastrófico das finanças federais —ou, na pior hipótese, mero oportunismo demagógico. O momento atual, infelizmente, é propício para que se compreenda a extensão do colapso do Orçamento e suas consequências. Desde 2014, a arrecadação do governo tem sido inferior aos dispêndios com pessoal, custeio e investimentos; agora, o acúmulo de deficits traz risco real de paralisação da máquina pública. Pela primeira vez em sua história, o Tesouro se vê próximo de descumprir um dispositivo constitucional —chamado, de tão básico, "regra de ouro"— que o proíbe de se endividar para cobrir gastos cotidianos como salários, aposentadorias, benefícios assistenciais, material de consumo ou contratos de limpeza e vigilância. Não se trata de capricho tecnocrático ou imposição draconiana: a norma tão somente zela para que o Estado seja viável. Por ora, pretende-se contornar o problema com o expediente, um tanto vexatório e ainda incerto, de cobrar o pagamento antecipado de passivos do BNDES, banco estatal, com o governo. A alternativa, talvez insuficiente, seria fechar repartições e interromper a prestação de serviços à população. Mais à frente, conflitos políticos serão inevitáveis, pois o mesmo texto constitucional que estabelece a "regra de ouro" também impõe despesas crescentes com a Previdência e impede a demissão de servidores públicos. Dentre as opções possíveis, suprimir o limite de endividamento seria a pior. [email protected]
opiniao
Dívida no limiteÉ espantoso que facções da política e da academia —minoritárias, mas não desprovidas de influência— ainda se apeguem à tese de que suspender os compromissos da dívida pública, ou reduzi-los drasticamente, será solução para o rombo orçamentário federal. Propostas do gênero, com adeptos à esquerda e à direita, já se mostravam ingênuas nos tempos em que o governo separava parte considerável de suas receitas para o pagamento de juros. Hoje, quando o Tesouro Nacional há muito não dispõe de sobras e depende de dinheiro emprestado para tarefas básicas, tais ideias revelam total desconhecimento do estado catastrófico das finanças federais —ou, na pior hipótese, mero oportunismo demagógico. O momento atual, infelizmente, é propício para que se compreenda a extensão do colapso do Orçamento e suas consequências. Desde 2014, a arrecadação do governo tem sido inferior aos dispêndios com pessoal, custeio e investimentos; agora, o acúmulo de deficits traz risco real de paralisação da máquina pública. Pela primeira vez em sua história, o Tesouro se vê próximo de descumprir um dispositivo constitucional —chamado, de tão básico, "regra de ouro"— que o proíbe de se endividar para cobrir gastos cotidianos como salários, aposentadorias, benefícios assistenciais, material de consumo ou contratos de limpeza e vigilância. Não se trata de capricho tecnocrático ou imposição draconiana: a norma tão somente zela para que o Estado seja viável. Por ora, pretende-se contornar o problema com o expediente, um tanto vexatório e ainda incerto, de cobrar o pagamento antecipado de passivos do BNDES, banco estatal, com o governo. A alternativa, talvez insuficiente, seria fechar repartições e interromper a prestação de serviços à população. Mais à frente, conflitos políticos serão inevitáveis, pois o mesmo texto constitucional que estabelece a "regra de ouro" também impõe despesas crescentes com a Previdência e impede a demissão de servidores públicos. Dentre as opções possíveis, suprimir o limite de endividamento seria a pior. [email protected]
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Hopi Hari e Beto Carrero são eleitos os melhores parques temáticos nacionais
IVAN FINOTTI THEA SEVERINO DE SÃO PAULO No Hopi Hari: Thea, convidei uma ex-namorada para vir comigo ao Hopi Hari. Ela se emocionou e agradeceu, radiante: "Se você tentar me agarrar, te jogo lá de cima da montanha-russa". Enquanto isso, no Beto Carrero World: Hahaha. E eu vim com o Italo, meu namorado. Para chegar aqui é meio trabalhoso: avião de São Paulo a Navegantes (menos de uma hora, sobe e desce) e táxi (uns R$ 60, em média) até Penha (SC). No HH: Viemos de carro, uns 45 minutos do centro de São Paulo. Chegamos aqui e já tem uma placa péssima: dez atrações não estão funcionando hoje. Pelos menos avisam antes da entrada... No BC: Tudo funcionando. Se algum brinquedo falhar, opções não faltam. Elefantes, cavalos (tem pônei!), ursos, tigres, pavões, porcos-espinhos, tartarugas, a hipopótama Samantha —a mais idosa do zoo, chegou em 1995—, cobras, girafas, flamingos, chimpanzés... Idosos e bem pequenos também podem aproveitar. No HH: Nós fomos de cara na montanha-russa. Meu Deus, que violência. Realmente não estava preparado. O pescoço está doendo até agora, meu cérebro batia na caixa craniana a cada curva e, sabe-se lá por que motivo, cheguei ao fim chorando de tanto rir. No BC: É a adrenalina, Ivan. Aqui tem duas montanhas-russas incríveis. A mais potente chega a 100 km/h e com dois loopings. O legal delas é que você não chacoalha e sente segurança, mesmo ficando de ponta-cabeça. Terminamos rindo também, mas a risada acabou foi no "Elevador": um exagero de altura. Para que subir 18 andares e despencar a 90 km/h, sério? A única coisa legal desse brinquedo é a vista impressionante, dá para ver toda a praia da Armação. No HH: Onde estão agora? No BC: No show dos "Velozes & Furiosos". Vim neste completamente desacreditada, mas o namorado gosta de carros, sabe como é... É uma apresentação de pilotagem. Várias acrobacias com uns cinco carros... Depois vêm duas motos... E aí: um caminhão! Imagine fazer acrobacias com um caminhão. O piloto travou o freio e desceu do enorme veículo e deixou ele fazendo o zerinho (girando em uma roda). No HH: Estou curtindo demais o barco Viking. Nada de violência, você só vai subindo aos poucos, pra frente e pra trás, como num balanço gigante de criança, cada vez mais alto. Lá em cima, dá um arrepio gostoso ali nos... países baixos, entende o que estou dizendo? Quase agarrei minha amiga selvagem nessa hora, mas tive medo de ser jogado lá de cima, hahaha. No BC: Aff, eu sempre enjoo no Viking. E o som daí? Aqui, cada brinquedo tem o seu som. A maioria é rock e pop. Adivinha quem escolhe a seleção musical? Os simpáticos jovens funcionários. A única condição que o parque impõe é não tocar músicas brasileiras. Ouvimos Beatles, Madonna, jazz e até Backstreet Boys. No HH: Os funcionários do Hopi Hari, também achei ótimos. Mas o que mais me surpreendeu foram as risadas das crianças e dos adolescentes se divertindo. Quero dizer, é natural isso, mas de repente eu estava gargalhando junto com elas... Uma coisa meio contagiante a alegria, sabe? No BC: Deve ser por isso que chamam de parque de diversões... Saímos felizes também. * Beto Carrero: Melhor parque temático nacional (16%) Hopi Hari: Melhor parque temático nacional (16%) * QUEM LEVA Hopi Hari - (11) 4007-1134, www.hopihari.com.br. Ingressos: R$ 89 (antecipado) ou R$ 109 (bilheteria). Gratuidade: crianças de até 1 metro e adultos com mais de 65 anos. AgaxTur Viagens - (11) 3067-0900, www.agaxtur.com.br. Beto Carrero: a partir de R$ 977*. Inclui aéreo, traslados, quatro noites em apto. duplo, duas entradas para o parque. Saídas até dezembro. Decolar.com - www.decolar.com. Beto Carrero: a partir de R$ 529*. Inclui aéreo, traslados, ingresso para o parque e duas noites em apto. duplo, com café da manhã. Saídas: de agosto a novembro. *Valor por pessoa. Não inclui taxas.
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Hopi Hari e Beto Carrero são eleitos os melhores parques temáticos nacionaisIVAN FINOTTI THEA SEVERINO DE SÃO PAULO No Hopi Hari: Thea, convidei uma ex-namorada para vir comigo ao Hopi Hari. Ela se emocionou e agradeceu, radiante: "Se você tentar me agarrar, te jogo lá de cima da montanha-russa". Enquanto isso, no Beto Carrero World: Hahaha. E eu vim com o Italo, meu namorado. Para chegar aqui é meio trabalhoso: avião de São Paulo a Navegantes (menos de uma hora, sobe e desce) e táxi (uns R$ 60, em média) até Penha (SC). No HH: Viemos de carro, uns 45 minutos do centro de São Paulo. Chegamos aqui e já tem uma placa péssima: dez atrações não estão funcionando hoje. Pelos menos avisam antes da entrada... No BC: Tudo funcionando. Se algum brinquedo falhar, opções não faltam. Elefantes, cavalos (tem pônei!), ursos, tigres, pavões, porcos-espinhos, tartarugas, a hipopótama Samantha —a mais idosa do zoo, chegou em 1995—, cobras, girafas, flamingos, chimpanzés... Idosos e bem pequenos também podem aproveitar. No HH: Nós fomos de cara na montanha-russa. Meu Deus, que violência. Realmente não estava preparado. O pescoço está doendo até agora, meu cérebro batia na caixa craniana a cada curva e, sabe-se lá por que motivo, cheguei ao fim chorando de tanto rir. No BC: É a adrenalina, Ivan. Aqui tem duas montanhas-russas incríveis. A mais potente chega a 100 km/h e com dois loopings. O legal delas é que você não chacoalha e sente segurança, mesmo ficando de ponta-cabeça. Terminamos rindo também, mas a risada acabou foi no "Elevador": um exagero de altura. Para que subir 18 andares e despencar a 90 km/h, sério? A única coisa legal desse brinquedo é a vista impressionante, dá para ver toda a praia da Armação. No HH: Onde estão agora? No BC: No show dos "Velozes & Furiosos". Vim neste completamente desacreditada, mas o namorado gosta de carros, sabe como é... É uma apresentação de pilotagem. Várias acrobacias com uns cinco carros... Depois vêm duas motos... E aí: um caminhão! Imagine fazer acrobacias com um caminhão. O piloto travou o freio e desceu do enorme veículo e deixou ele fazendo o zerinho (girando em uma roda). No HH: Estou curtindo demais o barco Viking. Nada de violência, você só vai subindo aos poucos, pra frente e pra trás, como num balanço gigante de criança, cada vez mais alto. Lá em cima, dá um arrepio gostoso ali nos... países baixos, entende o que estou dizendo? Quase agarrei minha amiga selvagem nessa hora, mas tive medo de ser jogado lá de cima, hahaha. No BC: Aff, eu sempre enjoo no Viking. E o som daí? Aqui, cada brinquedo tem o seu som. A maioria é rock e pop. Adivinha quem escolhe a seleção musical? Os simpáticos jovens funcionários. A única condição que o parque impõe é não tocar músicas brasileiras. Ouvimos Beatles, Madonna, jazz e até Backstreet Boys. No HH: Os funcionários do Hopi Hari, também achei ótimos. Mas o que mais me surpreendeu foram as risadas das crianças e dos adolescentes se divertindo. Quero dizer, é natural isso, mas de repente eu estava gargalhando junto com elas... Uma coisa meio contagiante a alegria, sabe? No BC: Deve ser por isso que chamam de parque de diversões... Saímos felizes também. * Beto Carrero: Melhor parque temático nacional (16%) Hopi Hari: Melhor parque temático nacional (16%) * QUEM LEVA Hopi Hari - (11) 4007-1134, www.hopihari.com.br. Ingressos: R$ 89 (antecipado) ou R$ 109 (bilheteria). Gratuidade: crianças de até 1 metro e adultos com mais de 65 anos. AgaxTur Viagens - (11) 3067-0900, www.agaxtur.com.br. Beto Carrero: a partir de R$ 977*. Inclui aéreo, traslados, quatro noites em apto. duplo, duas entradas para o parque. Saídas até dezembro. Decolar.com - www.decolar.com. Beto Carrero: a partir de R$ 529*. Inclui aéreo, traslados, ingresso para o parque e duas noites em apto. duplo, com café da manhã. Saídas: de agosto a novembro. *Valor por pessoa. Não inclui taxas.
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USP vai ampliar uso do Enem na seleção de alunos no vestibular 2017
Duas unidades da USP (Universidade de São Paulo) já decidiram ampliar o número de alunos a serem selecionados com a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A ECA (Escola de Comunicação e Artes) irá reservar parte das vagas pela primeira vez no próximo ano e a Esalq (Escola Superior de Agricultura) aumentou o número de vagas direcionadas. A adoção do Enem como forma de seleção, em paralelo ao vestibular da Fuvest, é uma aposta da USP para aumentar a inclusão de alunos de escola pública na instituição. A medida foi iniciada no último processo seletivo, mas a proporção de inclusão ficou abaixo do esperado. No último processo seletivo, 34,6% das vagas da USP foram preenchidas por alunos de escola pública. Todos os cursos de comunicação da ECA (Educomunicação, Biblioteconomia, Jornalismo, Editoração, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Turismo) vão oferecer vagas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Das 270 vagas disponíveis, 83 serão incluídas no sistema. Dessas 83 vagas, 29 serão destinadas para estudantes de escola pública, independente da cor de pele, e outras 34 exclusivamente para candidatos PPI (pretos, pardos e indígenas). A adesão da ECA ao Enem foi noticiada nesta quinta-feira (16) pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O número de vagas no Sisu corresponde a 30,7% do total de cadeiras desses cursos. Esse limite já havia sido decidido no ano passado pela USP para entrada no sistema de seleção pelo Enem. Cabe às unidades reservar um porcentual de vagas que não supere esse porcentual. Os cursos de artes da ECA (Audiovisual, Artes Cênicas, Artes Visuais e Música) não farão parte do processo. O ingresso para essas carreiras continua pela Fuvest. No último processo seletivo, a ECA não havia separado nenhuma vaga para o Sisu. Outros cursos tradicionais, como Economia e Medicina, também haviam ficado de fora. Até agora essas unidades não decidiram. AMPLIAÇÃO A Esalq havia destinado no ano passado 56 vagas em três cursos no Sisu. Por definir uma nota de corte muito alta no Enem, nenhuma vaga foi preenchida pelo sistema. Para o próximo ano, a unidade decidiu que vai colocar no sistema 84 vagas em seis cursos. Essas oportunidades representam 20% das vagas dos cursos de Ciências Econômicas, Ciências dos Alimentos, Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Gestão Ambiental. Das 84 vagas no Sisu, 25 serão somente para alunos de escola pública ou PPI. O restante entrará na ampla concorrência. "Ficamos ansiosos para que os alunos nos procurem e com certeza nos tragam também um enriquecimento cultural", declarou o diretor da ESALQ, professor Luiz Gustavo Nussio, em nota da instituição no site da faculdade. A USP pretende alcançar em 2018 o mínimo de 50% de alunos de escola pública no vestibular. O pró-reitor de Graduação, Antônio Carlos Hernandes, já declarou que se não houver alta na inclusão no próximo vestibular, a universidade deve avançar para medidas mais profundas, como a adoção de cotas. No ano passado, 1489 vagas da USP, de um total 11.057, foram para o Sisu. O que representou 13%.
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USP vai ampliar uso do Enem na seleção de alunos no vestibular 2017Duas unidades da USP (Universidade de São Paulo) já decidiram ampliar o número de alunos a serem selecionados com a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A ECA (Escola de Comunicação e Artes) irá reservar parte das vagas pela primeira vez no próximo ano e a Esalq (Escola Superior de Agricultura) aumentou o número de vagas direcionadas. A adoção do Enem como forma de seleção, em paralelo ao vestibular da Fuvest, é uma aposta da USP para aumentar a inclusão de alunos de escola pública na instituição. A medida foi iniciada no último processo seletivo, mas a proporção de inclusão ficou abaixo do esperado. No último processo seletivo, 34,6% das vagas da USP foram preenchidas por alunos de escola pública. Todos os cursos de comunicação da ECA (Educomunicação, Biblioteconomia, Jornalismo, Editoração, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Turismo) vão oferecer vagas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Das 270 vagas disponíveis, 83 serão incluídas no sistema. Dessas 83 vagas, 29 serão destinadas para estudantes de escola pública, independente da cor de pele, e outras 34 exclusivamente para candidatos PPI (pretos, pardos e indígenas). A adesão da ECA ao Enem foi noticiada nesta quinta-feira (16) pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O número de vagas no Sisu corresponde a 30,7% do total de cadeiras desses cursos. Esse limite já havia sido decidido no ano passado pela USP para entrada no sistema de seleção pelo Enem. Cabe às unidades reservar um porcentual de vagas que não supere esse porcentual. Os cursos de artes da ECA (Audiovisual, Artes Cênicas, Artes Visuais e Música) não farão parte do processo. O ingresso para essas carreiras continua pela Fuvest. No último processo seletivo, a ECA não havia separado nenhuma vaga para o Sisu. Outros cursos tradicionais, como Economia e Medicina, também haviam ficado de fora. Até agora essas unidades não decidiram. AMPLIAÇÃO A Esalq havia destinado no ano passado 56 vagas em três cursos no Sisu. Por definir uma nota de corte muito alta no Enem, nenhuma vaga foi preenchida pelo sistema. Para o próximo ano, a unidade decidiu que vai colocar no sistema 84 vagas em seis cursos. Essas oportunidades representam 20% das vagas dos cursos de Ciências Econômicas, Ciências dos Alimentos, Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Gestão Ambiental. Das 84 vagas no Sisu, 25 serão somente para alunos de escola pública ou PPI. O restante entrará na ampla concorrência. "Ficamos ansiosos para que os alunos nos procurem e com certeza nos tragam também um enriquecimento cultural", declarou o diretor da ESALQ, professor Luiz Gustavo Nussio, em nota da instituição no site da faculdade. A USP pretende alcançar em 2018 o mínimo de 50% de alunos de escola pública no vestibular. O pró-reitor de Graduação, Antônio Carlos Hernandes, já declarou que se não houver alta na inclusão no próximo vestibular, a universidade deve avançar para medidas mais profundas, como a adoção de cotas. No ano passado, 1489 vagas da USP, de um total 11.057, foram para o Sisu. O que representou 13%.
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Prova de química foi a mais difícil no 1º dia do Enem, diz professor
A prova de química foi a mais difícil no primeiro dia do Enem 2015, afirmou o professor Igor Zenker, da Adaptativa. Professores comentam 2º dia de provas Segundo ele, a matéria exigiu muitos conhecimentos específicos. O Enem, tradicionalmente, era conhecido por exigir mais raciocínio do que domínio dos conteúdos das matérias. VEJA 1ª PARTE DO DEBATE Assista Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja correção do cursinho Etapa Veja correção da Oficina do Estudante Neste primeiro dia, foram avaliadas as área de ciência da natureza (biologia, física e química) e humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). Na área de ciências humanas, as questões ficaram dentro do padrão dos anos anteriores, afirmou o professor de geografia do Objetivo Moacyr Nogueira Jr. Ambos recomendaram que os alunos que vão prestar o exame no domingo descansem até a prova. "Não vai ser agora que você vai aprender o que não aprendeu no ano", afirmou Nogueira Jr. VEJA 2ª PARTE DO DEBATE Assista
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Prova de química foi a mais difícil no 1º dia do Enem, diz professorA prova de química foi a mais difícil no primeiro dia do Enem 2015, afirmou o professor Igor Zenker, da Adaptativa. Professores comentam 2º dia de provas Segundo ele, a matéria exigiu muitos conhecimentos específicos. O Enem, tradicionalmente, era conhecido por exigir mais raciocínio do que domínio dos conteúdos das matérias. VEJA 1ª PARTE DO DEBATE Assista Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja correção do cursinho Etapa Veja correção da Oficina do Estudante Neste primeiro dia, foram avaliadas as área de ciência da natureza (biologia, física e química) e humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). Na área de ciências humanas, as questões ficaram dentro do padrão dos anos anteriores, afirmou o professor de geografia do Objetivo Moacyr Nogueira Jr. Ambos recomendaram que os alunos que vão prestar o exame no domingo descansem até a prova. "Não vai ser agora que você vai aprender o que não aprendeu no ano", afirmou Nogueira Jr. VEJA 2ª PARTE DO DEBATE Assista
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Rede Jacques Janine abre salão em Orlando para conquistar brasileiros
AMANDA MASSUELA DE SÃO PAULO Mais de cinco décadas depois de pisar em São Paulo pela primeira vez, os dois "meninos de Paris" querem levar o calor e a criatividade dos salões de beleza do país para outro ponto do mapa. A nova experiência, no entanto, nada tem a ver com fazer as malas de volta para casa. Criadores da maior rede de salões de beleza da América Latina, batizada com o primeiro nome de cada um, Jacques e Janine Goossens escolheram a cidade de Orlando, na Flórida, para abrir a primeira unidade internacional da marca. Apenas na capital, são 54 unidades. Mais 11 estão espalhadas por outros sete Estados brasileiros. "Quando falamos de um cabeleireiro brasileiro, imaginamos um personagem criativo, extremamente caloroso, que sabe lidar de maneira gostosa com o público", comenta Janine, que ainda traz na fala o sotaque carregado do país que deixou em 1957, cinco anos depois do marido. "O profissional da beleza brasileiro é extremamente bem visto." Esse "jeitinho brasileiro" deve ser o responsável por dar o tom na Jacques Janine International Drive Orlando, que abre as portas no dia 28. A rede chega aos Estados Unidos com a promessa de levar ao país os serviços que são "febre" entre os brasileiros, como o Dia da Noiva, as manicures e a tão internacionalmente famosa depilação "Brazilian wax". Um "leque interessante que pode dar certo", segundo a matriarca da empresa, que não revela a idade e acha o público brasileiro muito mais vaidoso que o americano ou europeu. "Ele é sedento para se sentir mais bonito. Não é como o americano, mais desleixado." O novo salão do casal, que possui 60 unidades em oito Estados brasileiros, funcionará no Orlando Crossings Mall, um dos principais centros comerciais da Flórida. A escolha não foi simples acaso. O número de brasileiros que foi viver em Miami e Orlando nos últimos anos, seja para fugir da crise econômica ou experimentar um novo estilo de vida, segundo Janine, poderia "fomentar" o início da vida internacional da grife. O boca a boca faria o resto. "Talvez poder desfrutar do nosso serviço seja uma forma de o brasileiro se sentir mais acolhido", diz Olivier Chemin, CEO da empresa e neto do casal. Até 2017, a ideia é abrir outras cinco ou seis lojas na Flórida. Ainda que a expansão seja em direção aos EUA, é ao falar da França, sua casa, que Janine vai longe. "Paris é Paris. Continua sendo uma fonte de inspiração." * ESCOLA DE YOUTUBE O estúdio de YouTube do colégio Pueri Domus (zona oeste), que começou a funcionar no segundo semestre, está indo bem na internet. Diversos vídeos, produzidos pelos alunos com auxílio de youtubers do canal Audiovizuando, bateram as 30 mil visualizações. Um dos mais vistos é a entrevista com a webcelebridade Christian Figueiredo. * 68 ANOS, 68% DE DESCONTO Em campanha de aniversário, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) reduziu os preços dos ingressos na proporção da idade que a instituição comemora neste mês. Para visitar o espaço, até quinta (8), a entrada inteira custa R$ 8 e a meia, R$ 4 —às terças, o dia todo, e às quintas, das 17h às 20h, não há cobrança. * QUALQUER NÚMERO Edições de gibis da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento já foram publicados em toda a história dos personagens criados por Mauricio de Sousa, que neste mês completa 80 anos.
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Rede Jacques Janine abre salão em Orlando para conquistar brasileirosAMANDA MASSUELA DE SÃO PAULO Mais de cinco décadas depois de pisar em São Paulo pela primeira vez, os dois "meninos de Paris" querem levar o calor e a criatividade dos salões de beleza do país para outro ponto do mapa. A nova experiência, no entanto, nada tem a ver com fazer as malas de volta para casa. Criadores da maior rede de salões de beleza da América Latina, batizada com o primeiro nome de cada um, Jacques e Janine Goossens escolheram a cidade de Orlando, na Flórida, para abrir a primeira unidade internacional da marca. Apenas na capital, são 54 unidades. Mais 11 estão espalhadas por outros sete Estados brasileiros. "Quando falamos de um cabeleireiro brasileiro, imaginamos um personagem criativo, extremamente caloroso, que sabe lidar de maneira gostosa com o público", comenta Janine, que ainda traz na fala o sotaque carregado do país que deixou em 1957, cinco anos depois do marido. "O profissional da beleza brasileiro é extremamente bem visto." Esse "jeitinho brasileiro" deve ser o responsável por dar o tom na Jacques Janine International Drive Orlando, que abre as portas no dia 28. A rede chega aos Estados Unidos com a promessa de levar ao país os serviços que são "febre" entre os brasileiros, como o Dia da Noiva, as manicures e a tão internacionalmente famosa depilação "Brazilian wax". Um "leque interessante que pode dar certo", segundo a matriarca da empresa, que não revela a idade e acha o público brasileiro muito mais vaidoso que o americano ou europeu. "Ele é sedento para se sentir mais bonito. Não é como o americano, mais desleixado." O novo salão do casal, que possui 60 unidades em oito Estados brasileiros, funcionará no Orlando Crossings Mall, um dos principais centros comerciais da Flórida. A escolha não foi simples acaso. O número de brasileiros que foi viver em Miami e Orlando nos últimos anos, seja para fugir da crise econômica ou experimentar um novo estilo de vida, segundo Janine, poderia "fomentar" o início da vida internacional da grife. O boca a boca faria o resto. "Talvez poder desfrutar do nosso serviço seja uma forma de o brasileiro se sentir mais acolhido", diz Olivier Chemin, CEO da empresa e neto do casal. Até 2017, a ideia é abrir outras cinco ou seis lojas na Flórida. Ainda que a expansão seja em direção aos EUA, é ao falar da França, sua casa, que Janine vai longe. "Paris é Paris. Continua sendo uma fonte de inspiração." * ESCOLA DE YOUTUBE O estúdio de YouTube do colégio Pueri Domus (zona oeste), que começou a funcionar no segundo semestre, está indo bem na internet. Diversos vídeos, produzidos pelos alunos com auxílio de youtubers do canal Audiovizuando, bateram as 30 mil visualizações. Um dos mais vistos é a entrevista com a webcelebridade Christian Figueiredo. * 68 ANOS, 68% DE DESCONTO Em campanha de aniversário, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) reduziu os preços dos ingressos na proporção da idade que a instituição comemora neste mês. Para visitar o espaço, até quinta (8), a entrada inteira custa R$ 8 e a meia, R$ 4 —às terças, o dia todo, e às quintas, das 17h às 20h, não há cobrança. * QUALQUER NÚMERO Edições de gibis da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento já foram publicados em toda a história dos personagens criados por Mauricio de Sousa, que neste mês completa 80 anos.
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Conheça os 'Zuckerbergs' latino-americanos; brasileiro criou plataforma para políticas públicas
Silêncio. Era que acontecia imediatamente quando os entrevistados para esta reportagem descobriam o título do texto. É que se ser comparado a um dos gurus tecnológicos do século 21 não é fácil, diziam humildemente. Mas, além de amar a tecnologia, eles têm mais uma coisa em comum com Mark Zuckerberg: esses empreendedores estão a frente de projetos que buscam ter impacto. E, como o criador do Facebook, ganharam o prêmio "Inovadores de menos de 35 anos" dado pela publicação MIT Technology Review, da universidade Massachusetts Institute of Technology, a "jovens líderes da vanguarda tecnológica que estão mudando o mundo." Nas diversas edições do concurso, foram reconhecidos mais de 150 inovadores na América Latina. A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, falou com nove deles, com a vencedora do Google Demo Day 2015 e com o ganhador do prêmio ONDi 2014, que reconhece o melhor do design cubano. Eles são uma pequena amostra das dezenas de empreeendedores que há na região. Conheça-os abaixo: GUILHERME LICHAND, BRASIL Sobre o projeto Mgov Brasil é uma consultoria que coleta informações de interesse social através de SMS e ligações de celular, e então fornece os dados a entidades públicas e à população. "Depois de trabalhar no Banco Mundial e antes de começar meu PhD em Economia Política e Governo na universidade de Harvard, tive a oportunidade de colaborar com muitos funcionários públicos brasileiros em diferentes Estados", disse. "O denominador comum era o conflito para identificar e responder, a tempo e com eficiência, as demandas dos cidadãos. Isso me impressionou, porque parecia incrivelmente distante do que fazemos no dia a dia; o tempo todo estamos escolhendo o que queremos, mas quando de trata de democracia, só temos uma opção binária a cada quatro anos. Com a alta penetração dos telefones celulares, inclusive nas regiões mais remotas e rurais, pensei que a solução já estava nas mãos. Procurei parceiros perfeitos e levei a ideia além, para solucionar problemas reais que os Estados enfrentavam." Lichand apoiou um projeto social em Boston e trabalhou com a Fundação Bill & Melinda Gates no Brasil "Se os celulares estão em todas as partes, internet e apps de smartphones não estão. Em países em desenvolvimento como o Brasil, mais de 90% dos lugares têm celulares, mas menos de 50% são smartphones e 76% são pré-pagos. Por isso, usamos SMS e chamadas de voz automáticas, porque isso funciona para todos os telefones e (nos permite criar) um canal de comunicação de duas vias entre governo e cidadãos." Impacto "Até agora, as nossas soluções ajudaram a redesenhar políticas e iniciativas de impacto social que afetaram mais de 3 milhões de cidadãos em todos os Estados brasileiros. Completamos nove projetos e temos três em andamento sobre política social, educação, saúde, transporte e participação civil." Reconhecimento Um jurado dos prêmios do MIT disse que Lichand está oferecendo "uma resposta eficaz aos problemas reais do governo" com o uso de uma tecnologia "popular e de massa" como o celular. "A informação que oferece tem impacto real para aqueles que necessitam." Um conselho "Não há nada mais importante que começar com um profundo conhecimento do problema que você quer solucionar. Atualmente há uma abundância de soluções 'cool' que não fornecem soluções concretas para problema algum. Se você quer ajudar os mais necessitados, pelo menos na próxima década, dependerá de ferramentas offline. Parece que quase todo mundo pensa que é possível salvar o mundo criando um app. Seria incrível se pudéssemos redirigir ao menos parte deste imenso potencial para pensar em usos criativos de ferramentos que já existem e que estão ao alcance, especialmente dos pobres. * ALEJANDRO CANTÚ, MÉXICO Sobre o projeto Cantú cresceu na capital mexicana, Cidade do México, traumatizada pelo terremoto de 8,1 graus de magnitude que deixou 10 mil mortos em 1985. Com amplo conhecimento de sistemas de alerta por satélite, decidiu desenvolver uma tecnologia que permite respostas mais eficientes às ameaças sísmicas com o objetivo de salvar vidas. "No México, o governo dependia do mesmo sistema de alerta sísmico desde 1990. O que nós fizemos foi modernizá-lo, ao implementar a nossa própria rede de detecção sísmica, que conta com mais de 60 estações detectoras de tremores em mais de 500 quilômetros de costa. Neste momento, o governo está avaliando fazer a troca do sistema de alerta sísmico atual para esta nova tecnologia", disse ele à BBC Mundo. Um dos objetivos de Cantú é "usar tecnologias ao alcance da sociedade para que seus membros possam ficar a salvo de catástrofes iminentes". Impacto O app SkyAlert foi baixado mais de 3 milhões de vezes. Reconhecimentos Um jurado do prêmio do MIT Technology Review em 2014 destacou que o impacto potencial da tecnologia de Cantú "é muito relevante dado o caráter sísmico e vulcânico de amplas zonas da geografia mexicana", e a incorporação das redes sociais ao app "pode possibilitar um crowdsourcing em reações a emergências." Um conselho "Quando uma pessoa empreende, ela se depara com muitos desafios - mais do que se imagina. A pessoa tropeça e cai, mas tem que seguir levantando e tocando os projetos. Na América Latina, é importante levar em conta as necessidades da nossa área. As novas startups devem pensar em como ajudar os nossos países." * ANTONIO NAVAS, GUATEMALA En 2013, segundo o MIT Technology Review, tanto a Apple como o Google reconheceram oa app Duolingo como o melhor do ano para smartphones Sobre o projeto Duolingo, uma plataforma para ensinar idiomas online, foi fundada por Navas e os engenheiros Luis von Ahn e Severin Hacker da universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos. "Sempre gostei de correr riscos e usar tecnologia para melhorar o mundo. Este era o meu sonho e, ao desenvolver o Duolingo, estou o transformando em realidade, porque é muito bonito ver como há pessoas que mudaram as suas vidas ao aprender outros idiomas de forma gratuita", disse ele à BBC Mundo. Impacto Mais de 100 milhões de usuários registrados em todo o mundo. Reconhecimento Um jurado do prêmio de 2014 destacou que o projeto de Navas "contém várias mudanças de paradigmas e foi concebido para impactar de forma global e profunda". Com a Incubadora de Idiomas, outro projeto da empresa, destacou-se "a possibilidade de o Duolingo não ter limites dos idiomas que trata". Um conselho "O mais importante é lutar por seus sonhos. Qualquer um pode ter uma ideia ou ter intenção de fazer algo, mas se você não trabalha duro todos os dias por isso, não vai conseguir. Aproveite as oportunidades que aparecem, e quando tiver uma, lhe dedique toda a sua atenção e todo o seu coração." * DANIELA GALINDO, COLÔMBIA Sobre o projeto "Hablando com Julis" é um sofware desenhado para pessoas com dificuldade de fala, síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral, déficit cognitivo e surdez. "O projeto surgiu por uma necessidade pessoal. Minha irmã Julis nasceu com uma deficiência que não permitia que falasse. Por muitos anos, na minha família, vivíamos com essa frustração de não entender o que ela queria nos dizer. Foi muito duro crescer a seu lado, mas não conhecê-la bem. Julis era muito dependente, precisava que sempre houvesse alguém com ela, e isso não é bom para ninguém. Por causa desta situação difícil, decidimos criar uma solução para que Julis pudesse ir a qualquer lugar e fosse capaz de se comunicar", contou à BBC Mundo. O software que Galindo desenvolveu conta com um modelo pedagógico para capacitar familiares e instituições. Nesta imagem ela aprece com sua irmã Impacto Mais de 4,7 mil pessoas na América Latina estão usando a ferramenta. Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT ressaltou que o software "tem um potencial de mercado interessante" e que, ainda que existam outras tecnologias dirigidas a ajudar pessoas com autismo ou com síndrome de Down a se comunicar, "nenhuma oferece uma solução tão universal e ao mesmo tempo personalizada". Um conselho "Não existe nada mais satisfatório que trabalhar por seus próprios sonhos. Se você tem uma ideia e quer torná-la realidade, o mais importante é ter paixão e dedicação. Esteja cercado por uma boa equipe e comece a transformar a ideia em realidade. Não é preciso ter 100% da ferramenta entrar no mercado, mas é preciso conhecer ao máximo o público a que ela se destina para, desde o início, satisfazer a necessidade de seus clientes." * GERALDINE GUERON, ARGENTINA Sobre o projeto Datadonors é uma plataforma que permite integrar informação de saúde e genética dos usuários. Gueron e sua equipe se deram conta de que existem muitos esforços individuais e privados para recolher dados de saúde, mas não há qualquer lugar que os integre e os torne acessíveis para todos. O seu objetivo é "democratizar a informação de saúde", explicou. "Se um laboratório quer acesso a dados para desenvolver um novo medicamento, bem-vindo. Se uma pessoa no fim do mundo tem uma ideia brilhante mas não tem recursos para ter acesso aos dados, bem-vindo", diz Gueron Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT descreveu como "muito emocionante" que alguém com destaque no campo da pesquisa participe como "fundadora técnica" de um projeto "com base na América Latina e com uma equipe interdisciplinar por trás dela". Se o projeto for desenvolvido em sua plenitude, terá um "enorme impacto". Um conselho "Uma boa ideia, paixão e vontade. Quando arrancamos com o projeto as pessoas nos perguntavam por que gastar tanto tempo e esforço em algo tão difícil. Sempre há quem pense assim, mas se a pessoa tiver paixão, se quiser responder a uma pergunta e puder tentar, vale a pena fazer isso." * JOSÉ TOMÁS ARENAS, CHILE Sobre o projeto É um software que combina processamento automático de imagens e telemedicina na internet para prevenir a retinopatía diabética, cegueira causada pela diabetes. "Foi um trabalho de equipe e, em particular, de uma inquietação do oftalmologista Rodrigo Donoso, que depois de trabalhar no sistema de saúde pública chileno se deu conta de problemas graves como a retinopatia diabética. Quando nos reunimos, ele chegou com uma dúvida: 'A tecnologia pode ajudar a processar imagens digitais da retina?'. Começamos a trabalhar e percebemos o impacto que esse aplicativo poderia ter, porque a população diabética do mundo está aumentando. No Chile, está chegando a 10% da população", explicou. Impacto "Os diabéticos devem ter a retina examinada ao menos uma vez por ano, pois entre 20% e 30% deles têm a doença. Mas em todo o mundo há escassez de oftalmologistas. Por isso, se um sistema como este for implementado, os médicos podem agilizar e fazer diagnósticos mais eficientes para descartar os pacientes saudáveis e se concentrar nos que mostram sinais da doença." Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT descreveu Arenas como um "jovem no caminho correto para o desenvolvimento de melhorias na qualidade de vida do povo chileno", dada a sua brilhante trajetória acadêmica e "a sua maneira inovadora de encarar o diagnóstico de um mal tão devastador como a cegueira provocada pela diabetes". Um conselho "Seu projeto deve ser a resposta a uma necessidade da sociedade. Geralmente vemos muitos aplicativos que são tecnologia pela própria tecnologia e não têm a intenção de ter um impacto social. A chave é o trabalho e o desenvolvimento técnico." * MARTHA MALAPI-WIGHT, PERU Sobre o projeto A pesquisa de Malapi-Wight ajudou a desenvolver um sistema inovador de detecção de patógenos agrícolas. "Tudo começou quando estava fazendo o meu bacharelado em agronomia no Peru. Nas práticas em campo, comecei a me dar conta do dano econômico que os patógenos causam nas plantas. Ali, começou meu interesse pelo seu aspecto biológico. Mas foi só quando fiz um estágio no Centro Internacional da Batata que desenvolvi este amor pela patologia das plantas. Tendo em conta que no Peru ainda há muita desnutrição e pobreza, me perguntava como podia ajudar para que as pessoas tivessem uma qualidade alimentar melhor", disse. Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT do Peru de 2013 a descreveu como "audaz", em processo constante de superação e com um projeto de pesquisa "inovador e com grande potencial de impacto e contribuição à sociedade". Um conselho "Acreditar em você mesmo. Quando estava no Peru, dizia que queria ser cientista, e as pessoas me viam como um animal raro. Mas eu sabia o que queria ser. É preciso trabalhar muito duro, sair do laboratório ou do escritório e fazer muito networking - não apenas com pessoas ligadas à área, mas em outros campos, porque elas vão te ajudar a enxergar o seu projeto por outra perspectiva. Isso te permitirá ver os possíveis defeitos. Nunca se sabe qual das pessoas que você conheceu que vai te ajudar a dar o salto." * TATIANA BIRGISSON, EUA, ISLÂNDIA E VENEZUELA Sobre o projeto Criou a bebida energética Mati. "Foi a partir da minha necessidade como estudante da Universidade de Duke (EUA) de beber cafeína. No dia em que me dei conta de que estava tomando quatro xícaras por dia, decidi fazer uma folha inteira de chá e refrigerá-la para tê-la pronta. Quando meus amigos iam ao meu quarto para estudar também começaram a tomar chá e me perguntaram se podiam comprar. Aí me dei conta que tinha uma oportunidade de negócio e me inscrevi para uma bolsa universitária para montar o negócio", contou à BBC Mundo. Impacto Desde 2013, foram produzidas mais de 300 mil unidades. Reconhecimento Birgisson ganhou o concurso Google Demo Day 2015, um evento anual que a gigante da internet do Silicon Valley organiza para que jovens empreendedores apresentem suas startups tecnológicas a investidores e líderes do setor. O confundador da AOL, Steve Case, foi um dos três jurados que selecionou Birgisson e se comprometeu a fazer um investimento pessoal de US$ 100 mil em sua firma. O empresário qualificou a start up de Birgisson e de outras três competidoras como "empresas impressionantes com um potencial incrível" e "o tipo de empresas em que investir me emociona". Um conselho "Hoje em dia, uma pessoa pode ser inovadora na América Latina da mesma forma que pode ser nos Estados Unidos ou no Vale do Silício. Procurem as oportunidades que existem em torno de seus interesses, por exemplo: o Google for Entrepreneurs tem um campus de inovadores em Madrid e São Paulo. Busquem o que os apaixona e tentem ser os melhores em sua área. Ser empresário é difícil, mas pode ser muito gratificante." * YENNY CARIAS, HONDURAS Sobre o projeto Desenvolveu um software que traduz a voz para a linguagem de sinais de Honduras (LESHO). "Tive uma aluna surda na primeira disciplina que lecionei na Universidade Nacional Autónoma de Honduras (UNAH). Catherine era uma menina muito inteligente, sabia ler os lábios, mas dar aula para ela era bastante complexo." Impacto Não existe um censo atualizado de quantas pessoas surdas vivem no país, mas se estima que sejam mais de 50 mil, disse Carias à BBC Mundo. "Nesses momentos as pessoas que estão sendo beneficiadas são os estudantes surdos da UNAH, porque o sistema foi desenvolvido para eles, para ajudá-los nos estudos. São entre 10 e 20 pessoas, pois varia a cada ano." Reconhecimento Um jurado dos prêmios MIT Centroamérica de 2014 assinalou que o projeto de Carias "reflete o verdadeiro espírito empreendedor deste reconhecimento, através da combinação de inovação tecnológica de ponta e uma significativa melhoria social e de qualidade de vida". Um conselho "Solicitar apoio a instituições ou centros de empreendimento de universidades. No meu caso, como não há nenhum benefício econômico, mas um retorno social, a UNAH me deu apoio para desenvolver o software. Também é possível procurar ajuda de um parceiro investidor." * YONDAINER GUTIÉRREZ, CUBA Sobre o projeto Fez o projeto gráfico do site da rede de saúde de Cuba, Infomed, referência para médicos e pesquisadores da ilha. Esta foi sua tese de graduação, feita com Yelena Bequer Crespo, no Instituto Superior de Desenho Industrial de Havana. "Estávamos buscando temas de teses interessantes que pudessem ter um impacto na sociedade e concluímos que a Infomed precisava ser redesenhada. E foi o que fizemos", destacou o jovem de 27 anos à BBC Mundo. Com novo projeto visual na internet, os designers otimizaram a visualização do conteúdo e do acesso à informação da Infomed. Reconhecimento Este trabalho foi merecedor, em 2014, do primeiro prêmio dado pela Escritório Nacional de Desenho Industrial (ONDi) de Cuba ao melhor projeto com significativos aportes sociais. Apesar de o acesso à internet ser restrito em Cuba, Gutiérrez conseguiu "dar um jeitinho" para criar websites e aplicativos para dispositivos móveis para usuários no exterior. É também um dos criadores do site e app AlaMesa, um guia de culinária cubano. Este ano, foi selecionado pela revista Forbes como um dos "Revolucionários Tecnológicos de Cuba". Um conselho "É preciso criar negócios de empreendimento que sejam úteis, que tenham algum benefício na vida diária das pessoas desse lugar. Muitos projetos fracassam porque não tem sentido". * RODRIGO TEIJEIRO Nesta amostra de empreendedores não poderia faltar Rodrigo Teijeiro, que ganhou o prêmio do MIT Technology Review em 2012. O argentino fundou a Sonico, rede social latinoamericana que "chegou a superar o Facebook em 2008 com mais de 55 milhões de usuários", disse ele a BBC Mundo. Atualmente, ele lidera o Recarga.com, uma plataforma de pagamentos móveis que atinge "500 milhões de pessoas" na América Latina com celulare pré-pagos. Para ele, ser empreendedor "é uma montanha-russa emocional". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Conheça os 'Zuckerbergs' latino-americanos; brasileiro criou plataforma para políticas públicasSilêncio. Era que acontecia imediatamente quando os entrevistados para esta reportagem descobriam o título do texto. É que se ser comparado a um dos gurus tecnológicos do século 21 não é fácil, diziam humildemente. Mas, além de amar a tecnologia, eles têm mais uma coisa em comum com Mark Zuckerberg: esses empreendedores estão a frente de projetos que buscam ter impacto. E, como o criador do Facebook, ganharam o prêmio "Inovadores de menos de 35 anos" dado pela publicação MIT Technology Review, da universidade Massachusetts Institute of Technology, a "jovens líderes da vanguarda tecnológica que estão mudando o mundo." Nas diversas edições do concurso, foram reconhecidos mais de 150 inovadores na América Latina. A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, falou com nove deles, com a vencedora do Google Demo Day 2015 e com o ganhador do prêmio ONDi 2014, que reconhece o melhor do design cubano. Eles são uma pequena amostra das dezenas de empreeendedores que há na região. Conheça-os abaixo: GUILHERME LICHAND, BRASIL Sobre o projeto Mgov Brasil é uma consultoria que coleta informações de interesse social através de SMS e ligações de celular, e então fornece os dados a entidades públicas e à população. "Depois de trabalhar no Banco Mundial e antes de começar meu PhD em Economia Política e Governo na universidade de Harvard, tive a oportunidade de colaborar com muitos funcionários públicos brasileiros em diferentes Estados", disse. "O denominador comum era o conflito para identificar e responder, a tempo e com eficiência, as demandas dos cidadãos. Isso me impressionou, porque parecia incrivelmente distante do que fazemos no dia a dia; o tempo todo estamos escolhendo o que queremos, mas quando de trata de democracia, só temos uma opção binária a cada quatro anos. Com a alta penetração dos telefones celulares, inclusive nas regiões mais remotas e rurais, pensei que a solução já estava nas mãos. Procurei parceiros perfeitos e levei a ideia além, para solucionar problemas reais que os Estados enfrentavam." Lichand apoiou um projeto social em Boston e trabalhou com a Fundação Bill & Melinda Gates no Brasil "Se os celulares estão em todas as partes, internet e apps de smartphones não estão. Em países em desenvolvimento como o Brasil, mais de 90% dos lugares têm celulares, mas menos de 50% são smartphones e 76% são pré-pagos. Por isso, usamos SMS e chamadas de voz automáticas, porque isso funciona para todos os telefones e (nos permite criar) um canal de comunicação de duas vias entre governo e cidadãos." Impacto "Até agora, as nossas soluções ajudaram a redesenhar políticas e iniciativas de impacto social que afetaram mais de 3 milhões de cidadãos em todos os Estados brasileiros. Completamos nove projetos e temos três em andamento sobre política social, educação, saúde, transporte e participação civil." Reconhecimento Um jurado dos prêmios do MIT disse que Lichand está oferecendo "uma resposta eficaz aos problemas reais do governo" com o uso de uma tecnologia "popular e de massa" como o celular. "A informação que oferece tem impacto real para aqueles que necessitam." Um conselho "Não há nada mais importante que começar com um profundo conhecimento do problema que você quer solucionar. Atualmente há uma abundância de soluções 'cool' que não fornecem soluções concretas para problema algum. Se você quer ajudar os mais necessitados, pelo menos na próxima década, dependerá de ferramentas offline. Parece que quase todo mundo pensa que é possível salvar o mundo criando um app. Seria incrível se pudéssemos redirigir ao menos parte deste imenso potencial para pensar em usos criativos de ferramentos que já existem e que estão ao alcance, especialmente dos pobres. * ALEJANDRO CANTÚ, MÉXICO Sobre o projeto Cantú cresceu na capital mexicana, Cidade do México, traumatizada pelo terremoto de 8,1 graus de magnitude que deixou 10 mil mortos em 1985. Com amplo conhecimento de sistemas de alerta por satélite, decidiu desenvolver uma tecnologia que permite respostas mais eficientes às ameaças sísmicas com o objetivo de salvar vidas. "No México, o governo dependia do mesmo sistema de alerta sísmico desde 1990. O que nós fizemos foi modernizá-lo, ao implementar a nossa própria rede de detecção sísmica, que conta com mais de 60 estações detectoras de tremores em mais de 500 quilômetros de costa. Neste momento, o governo está avaliando fazer a troca do sistema de alerta sísmico atual para esta nova tecnologia", disse ele à BBC Mundo. Um dos objetivos de Cantú é "usar tecnologias ao alcance da sociedade para que seus membros possam ficar a salvo de catástrofes iminentes". Impacto O app SkyAlert foi baixado mais de 3 milhões de vezes. Reconhecimentos Um jurado do prêmio do MIT Technology Review em 2014 destacou que o impacto potencial da tecnologia de Cantú "é muito relevante dado o caráter sísmico e vulcânico de amplas zonas da geografia mexicana", e a incorporação das redes sociais ao app "pode possibilitar um crowdsourcing em reações a emergências." Um conselho "Quando uma pessoa empreende, ela se depara com muitos desafios - mais do que se imagina. A pessoa tropeça e cai, mas tem que seguir levantando e tocando os projetos. Na América Latina, é importante levar em conta as necessidades da nossa área. As novas startups devem pensar em como ajudar os nossos países." * ANTONIO NAVAS, GUATEMALA En 2013, segundo o MIT Technology Review, tanto a Apple como o Google reconheceram oa app Duolingo como o melhor do ano para smartphones Sobre o projeto Duolingo, uma plataforma para ensinar idiomas online, foi fundada por Navas e os engenheiros Luis von Ahn e Severin Hacker da universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos. "Sempre gostei de correr riscos e usar tecnologia para melhorar o mundo. Este era o meu sonho e, ao desenvolver o Duolingo, estou o transformando em realidade, porque é muito bonito ver como há pessoas que mudaram as suas vidas ao aprender outros idiomas de forma gratuita", disse ele à BBC Mundo. Impacto Mais de 100 milhões de usuários registrados em todo o mundo. Reconhecimento Um jurado do prêmio de 2014 destacou que o projeto de Navas "contém várias mudanças de paradigmas e foi concebido para impactar de forma global e profunda". Com a Incubadora de Idiomas, outro projeto da empresa, destacou-se "a possibilidade de o Duolingo não ter limites dos idiomas que trata". Um conselho "O mais importante é lutar por seus sonhos. Qualquer um pode ter uma ideia ou ter intenção de fazer algo, mas se você não trabalha duro todos os dias por isso, não vai conseguir. Aproveite as oportunidades que aparecem, e quando tiver uma, lhe dedique toda a sua atenção e todo o seu coração." * DANIELA GALINDO, COLÔMBIA Sobre o projeto "Hablando com Julis" é um sofware desenhado para pessoas com dificuldade de fala, síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral, déficit cognitivo e surdez. "O projeto surgiu por uma necessidade pessoal. Minha irmã Julis nasceu com uma deficiência que não permitia que falasse. Por muitos anos, na minha família, vivíamos com essa frustração de não entender o que ela queria nos dizer. Foi muito duro crescer a seu lado, mas não conhecê-la bem. Julis era muito dependente, precisava que sempre houvesse alguém com ela, e isso não é bom para ninguém. Por causa desta situação difícil, decidimos criar uma solução para que Julis pudesse ir a qualquer lugar e fosse capaz de se comunicar", contou à BBC Mundo. O software que Galindo desenvolveu conta com um modelo pedagógico para capacitar familiares e instituições. Nesta imagem ela aprece com sua irmã Impacto Mais de 4,7 mil pessoas na América Latina estão usando a ferramenta. Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT ressaltou que o software "tem um potencial de mercado interessante" e que, ainda que existam outras tecnologias dirigidas a ajudar pessoas com autismo ou com síndrome de Down a se comunicar, "nenhuma oferece uma solução tão universal e ao mesmo tempo personalizada". Um conselho "Não existe nada mais satisfatório que trabalhar por seus próprios sonhos. Se você tem uma ideia e quer torná-la realidade, o mais importante é ter paixão e dedicação. Esteja cercado por uma boa equipe e comece a transformar a ideia em realidade. Não é preciso ter 100% da ferramenta entrar no mercado, mas é preciso conhecer ao máximo o público a que ela se destina para, desde o início, satisfazer a necessidade de seus clientes." * GERALDINE GUERON, ARGENTINA Sobre o projeto Datadonors é uma plataforma que permite integrar informação de saúde e genética dos usuários. Gueron e sua equipe se deram conta de que existem muitos esforços individuais e privados para recolher dados de saúde, mas não há qualquer lugar que os integre e os torne acessíveis para todos. O seu objetivo é "democratizar a informação de saúde", explicou. "Se um laboratório quer acesso a dados para desenvolver um novo medicamento, bem-vindo. Se uma pessoa no fim do mundo tem uma ideia brilhante mas não tem recursos para ter acesso aos dados, bem-vindo", diz Gueron Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT descreveu como "muito emocionante" que alguém com destaque no campo da pesquisa participe como "fundadora técnica" de um projeto "com base na América Latina e com uma equipe interdisciplinar por trás dela". Se o projeto for desenvolvido em sua plenitude, terá um "enorme impacto". Um conselho "Uma boa ideia, paixão e vontade. Quando arrancamos com o projeto as pessoas nos perguntavam por que gastar tanto tempo e esforço em algo tão difícil. Sempre há quem pense assim, mas se a pessoa tiver paixão, se quiser responder a uma pergunta e puder tentar, vale a pena fazer isso." * JOSÉ TOMÁS ARENAS, CHILE Sobre o projeto É um software que combina processamento automático de imagens e telemedicina na internet para prevenir a retinopatía diabética, cegueira causada pela diabetes. "Foi um trabalho de equipe e, em particular, de uma inquietação do oftalmologista Rodrigo Donoso, que depois de trabalhar no sistema de saúde pública chileno se deu conta de problemas graves como a retinopatia diabética. Quando nos reunimos, ele chegou com uma dúvida: 'A tecnologia pode ajudar a processar imagens digitais da retina?'. Começamos a trabalhar e percebemos o impacto que esse aplicativo poderia ter, porque a população diabética do mundo está aumentando. No Chile, está chegando a 10% da população", explicou. Impacto "Os diabéticos devem ter a retina examinada ao menos uma vez por ano, pois entre 20% e 30% deles têm a doença. Mas em todo o mundo há escassez de oftalmologistas. Por isso, se um sistema como este for implementado, os médicos podem agilizar e fazer diagnósticos mais eficientes para descartar os pacientes saudáveis e se concentrar nos que mostram sinais da doença." Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT descreveu Arenas como um "jovem no caminho correto para o desenvolvimento de melhorias na qualidade de vida do povo chileno", dada a sua brilhante trajetória acadêmica e "a sua maneira inovadora de encarar o diagnóstico de um mal tão devastador como a cegueira provocada pela diabetes". Um conselho "Seu projeto deve ser a resposta a uma necessidade da sociedade. Geralmente vemos muitos aplicativos que são tecnologia pela própria tecnologia e não têm a intenção de ter um impacto social. A chave é o trabalho e o desenvolvimento técnico." * MARTHA MALAPI-WIGHT, PERU Sobre o projeto A pesquisa de Malapi-Wight ajudou a desenvolver um sistema inovador de detecção de patógenos agrícolas. "Tudo começou quando estava fazendo o meu bacharelado em agronomia no Peru. Nas práticas em campo, comecei a me dar conta do dano econômico que os patógenos causam nas plantas. Ali, começou meu interesse pelo seu aspecto biológico. Mas foi só quando fiz um estágio no Centro Internacional da Batata que desenvolvi este amor pela patologia das plantas. Tendo em conta que no Peru ainda há muita desnutrição e pobreza, me perguntava como podia ajudar para que as pessoas tivessem uma qualidade alimentar melhor", disse. Reconhecimento Um jurado do prêmio do MIT do Peru de 2013 a descreveu como "audaz", em processo constante de superação e com um projeto de pesquisa "inovador e com grande potencial de impacto e contribuição à sociedade". Um conselho "Acreditar em você mesmo. Quando estava no Peru, dizia que queria ser cientista, e as pessoas me viam como um animal raro. Mas eu sabia o que queria ser. É preciso trabalhar muito duro, sair do laboratório ou do escritório e fazer muito networking - não apenas com pessoas ligadas à área, mas em outros campos, porque elas vão te ajudar a enxergar o seu projeto por outra perspectiva. Isso te permitirá ver os possíveis defeitos. Nunca se sabe qual das pessoas que você conheceu que vai te ajudar a dar o salto." * TATIANA BIRGISSON, EUA, ISLÂNDIA E VENEZUELA Sobre o projeto Criou a bebida energética Mati. "Foi a partir da minha necessidade como estudante da Universidade de Duke (EUA) de beber cafeína. No dia em que me dei conta de que estava tomando quatro xícaras por dia, decidi fazer uma folha inteira de chá e refrigerá-la para tê-la pronta. Quando meus amigos iam ao meu quarto para estudar também começaram a tomar chá e me perguntaram se podiam comprar. Aí me dei conta que tinha uma oportunidade de negócio e me inscrevi para uma bolsa universitária para montar o negócio", contou à BBC Mundo. Impacto Desde 2013, foram produzidas mais de 300 mil unidades. Reconhecimento Birgisson ganhou o concurso Google Demo Day 2015, um evento anual que a gigante da internet do Silicon Valley organiza para que jovens empreendedores apresentem suas startups tecnológicas a investidores e líderes do setor. O confundador da AOL, Steve Case, foi um dos três jurados que selecionou Birgisson e se comprometeu a fazer um investimento pessoal de US$ 100 mil em sua firma. O empresário qualificou a start up de Birgisson e de outras três competidoras como "empresas impressionantes com um potencial incrível" e "o tipo de empresas em que investir me emociona". Um conselho "Hoje em dia, uma pessoa pode ser inovadora na América Latina da mesma forma que pode ser nos Estados Unidos ou no Vale do Silício. Procurem as oportunidades que existem em torno de seus interesses, por exemplo: o Google for Entrepreneurs tem um campus de inovadores em Madrid e São Paulo. Busquem o que os apaixona e tentem ser os melhores em sua área. Ser empresário é difícil, mas pode ser muito gratificante." * YENNY CARIAS, HONDURAS Sobre o projeto Desenvolveu um software que traduz a voz para a linguagem de sinais de Honduras (LESHO). "Tive uma aluna surda na primeira disciplina que lecionei na Universidade Nacional Autónoma de Honduras (UNAH). Catherine era uma menina muito inteligente, sabia ler os lábios, mas dar aula para ela era bastante complexo." Impacto Não existe um censo atualizado de quantas pessoas surdas vivem no país, mas se estima que sejam mais de 50 mil, disse Carias à BBC Mundo. "Nesses momentos as pessoas que estão sendo beneficiadas são os estudantes surdos da UNAH, porque o sistema foi desenvolvido para eles, para ajudá-los nos estudos. São entre 10 e 20 pessoas, pois varia a cada ano." Reconhecimento Um jurado dos prêmios MIT Centroamérica de 2014 assinalou que o projeto de Carias "reflete o verdadeiro espírito empreendedor deste reconhecimento, através da combinação de inovação tecnológica de ponta e uma significativa melhoria social e de qualidade de vida". Um conselho "Solicitar apoio a instituições ou centros de empreendimento de universidades. No meu caso, como não há nenhum benefício econômico, mas um retorno social, a UNAH me deu apoio para desenvolver o software. Também é possível procurar ajuda de um parceiro investidor." * YONDAINER GUTIÉRREZ, CUBA Sobre o projeto Fez o projeto gráfico do site da rede de saúde de Cuba, Infomed, referência para médicos e pesquisadores da ilha. Esta foi sua tese de graduação, feita com Yelena Bequer Crespo, no Instituto Superior de Desenho Industrial de Havana. "Estávamos buscando temas de teses interessantes que pudessem ter um impacto na sociedade e concluímos que a Infomed precisava ser redesenhada. E foi o que fizemos", destacou o jovem de 27 anos à BBC Mundo. Com novo projeto visual na internet, os designers otimizaram a visualização do conteúdo e do acesso à informação da Infomed. Reconhecimento Este trabalho foi merecedor, em 2014, do primeiro prêmio dado pela Escritório Nacional de Desenho Industrial (ONDi) de Cuba ao melhor projeto com significativos aportes sociais. Apesar de o acesso à internet ser restrito em Cuba, Gutiérrez conseguiu "dar um jeitinho" para criar websites e aplicativos para dispositivos móveis para usuários no exterior. É também um dos criadores do site e app AlaMesa, um guia de culinária cubano. Este ano, foi selecionado pela revista Forbes como um dos "Revolucionários Tecnológicos de Cuba". Um conselho "É preciso criar negócios de empreendimento que sejam úteis, que tenham algum benefício na vida diária das pessoas desse lugar. Muitos projetos fracassam porque não tem sentido". * RODRIGO TEIJEIRO Nesta amostra de empreendedores não poderia faltar Rodrigo Teijeiro, que ganhou o prêmio do MIT Technology Review em 2012. O argentino fundou a Sonico, rede social latinoamericana que "chegou a superar o Facebook em 2008 com mais de 55 milhões de usuários", disse ele a BBC Mundo. Atualmente, ele lidera o Recarga.com, uma plataforma de pagamentos móveis que atinge "500 milhões de pessoas" na América Latina com celulare pré-pagos. Para ele, ser empreendedor "é uma montanha-russa emocional". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Remédios contra depressão combatem autismo em camundongos
O princípio ativo de medicamentos normalmente usados contra depressão foi capaz de reverter parte dos sintomas do autismo em camundongos que sofrem de uma forma do problema similar à que existe em seres humanos. Os resultados sugerem que ao menos parte das pessoas dentro do chamado espectro autista poderia se beneficiar do uso de antidepressivos, embora mais estudos sejam necessários para confirmar a viabilidade da ideia. Conduzidos pelo médico Toru Takumi e seus colegas do Instituto Riken de Ciência do Cérebro, no Japão, os experimentos envolveram um conjunto de roedores geneticamente modificados cujas alterações no DNA imitam as que estão associadas ao surgimento do autismo em pessoas. As causas e as manifestações desse problema em seres humanos são complexas e multifacetadas, com diferentes níveis de gravidade. Mas há muitos indícios ligando até 20% dos casos a alterações genéticas de grande escala. Uma delas, induzida pelos cientistas japoneses no genoma dos camundongos, envolve a duplicação de um trecho de mais de 6 milhões de pares de "letras" do DNA, que o indivíduo herda do lado do pai. Os bichos que carregam essa duplicação equivalente à humana apresentam alguns dos sintomas comuns entre pessoas do espectro autista: dificuldades de comunicação e de interação social, comportamento pouco flexível e anomalias no funcionamento cerebral. SEROTONINA Boa parte desses problemas parece estar ligada a deficiências na ação da serotonina, um dos principais neurotransmissores (mensageiros químicos do cérebro). "O que não se sabia até agora era o impacto funcional dessa deficiência de serotonina, e o fato de que é possível reverter essas anormalidades comportamentais por esse caminho", afirma Takumi. Ao estudar os bichos, o grupo japonês verificou que a falta de serotonina diminui a capacidade de manter sob controle certos neurônios, como os que recebem os estímulos vindos das vibrissas (os "bigodes") dos camundongos. A área cerebral estimulada por um toque numa das vibrissas era bem maior nos roedores geneticamente alterados do que nos normais, e seus neurônios tendiam a ficar mais ativos do que o esperado. Veio então o tratamento com fluoxetina, princípio ativo de antidepressivos como o Prozac. Tudo indica que a fluoxetina e outras drogas do tipo agem aumentando a quantidade de serotonina disponível para a transmissão de mensagens entre um neurônio e outro, o que normalizaria esse elemento do funcionamento cerebral dos bichos. Foi o que ocorreu, de fato, ao menos no que diz respeito ao comportamento social dos camundongos. Quando filhotes, eles deixaram de ficar emitindo chamados o tempo todo, um indício de ansiedade excessiva. Também passaram a interagir de forma mais normal com camundongos desconhecidos, o que não acontecia com as cobaias que não passaram pelo tratamento. PERSONALIZADO "O grande pulo-do-gato é saber quais indivíduos poderiam se beneficiar disso", analisa o pesquisador brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, que estuda a biologia do autismo e comentou o estudo a pedido da Folha. "Vai ser interessante ver se o que eles viram nos camundongos vai se repetir num ensaio clínico [com seres humanos]." Para Muotri, tem ficado cada vez mais claro que terapias com potencial para reverter sintomas do autismo, mesmo em cérebros adultos, são possíveis, desde que os especialistas sigam as pistas genéticas sobre a origem do problema em cada pessoa. "Será difícil encontrar uma única droga que sirva para todos. O mais provável é que tenhamos medicamentos que atuem em vias especificadas, daí a importância de um exame genético acompanhando o diagnóstico clínico. No futuro próximo isso vai acontecer para todo mundo, basta o custo do sequenciamento ["leitura" do genoma] baixar."
ciencia
Remédios contra depressão combatem autismo em camundongosO princípio ativo de medicamentos normalmente usados contra depressão foi capaz de reverter parte dos sintomas do autismo em camundongos que sofrem de uma forma do problema similar à que existe em seres humanos. Os resultados sugerem que ao menos parte das pessoas dentro do chamado espectro autista poderia se beneficiar do uso de antidepressivos, embora mais estudos sejam necessários para confirmar a viabilidade da ideia. Conduzidos pelo médico Toru Takumi e seus colegas do Instituto Riken de Ciência do Cérebro, no Japão, os experimentos envolveram um conjunto de roedores geneticamente modificados cujas alterações no DNA imitam as que estão associadas ao surgimento do autismo em pessoas. As causas e as manifestações desse problema em seres humanos são complexas e multifacetadas, com diferentes níveis de gravidade. Mas há muitos indícios ligando até 20% dos casos a alterações genéticas de grande escala. Uma delas, induzida pelos cientistas japoneses no genoma dos camundongos, envolve a duplicação de um trecho de mais de 6 milhões de pares de "letras" do DNA, que o indivíduo herda do lado do pai. Os bichos que carregam essa duplicação equivalente à humana apresentam alguns dos sintomas comuns entre pessoas do espectro autista: dificuldades de comunicação e de interação social, comportamento pouco flexível e anomalias no funcionamento cerebral. SEROTONINA Boa parte desses problemas parece estar ligada a deficiências na ação da serotonina, um dos principais neurotransmissores (mensageiros químicos do cérebro). "O que não se sabia até agora era o impacto funcional dessa deficiência de serotonina, e o fato de que é possível reverter essas anormalidades comportamentais por esse caminho", afirma Takumi. Ao estudar os bichos, o grupo japonês verificou que a falta de serotonina diminui a capacidade de manter sob controle certos neurônios, como os que recebem os estímulos vindos das vibrissas (os "bigodes") dos camundongos. A área cerebral estimulada por um toque numa das vibrissas era bem maior nos roedores geneticamente alterados do que nos normais, e seus neurônios tendiam a ficar mais ativos do que o esperado. Veio então o tratamento com fluoxetina, princípio ativo de antidepressivos como o Prozac. Tudo indica que a fluoxetina e outras drogas do tipo agem aumentando a quantidade de serotonina disponível para a transmissão de mensagens entre um neurônio e outro, o que normalizaria esse elemento do funcionamento cerebral dos bichos. Foi o que ocorreu, de fato, ao menos no que diz respeito ao comportamento social dos camundongos. Quando filhotes, eles deixaram de ficar emitindo chamados o tempo todo, um indício de ansiedade excessiva. Também passaram a interagir de forma mais normal com camundongos desconhecidos, o que não acontecia com as cobaias que não passaram pelo tratamento. PERSONALIZADO "O grande pulo-do-gato é saber quais indivíduos poderiam se beneficiar disso", analisa o pesquisador brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, que estuda a biologia do autismo e comentou o estudo a pedido da Folha. "Vai ser interessante ver se o que eles viram nos camundongos vai se repetir num ensaio clínico [com seres humanos]." Para Muotri, tem ficado cada vez mais claro que terapias com potencial para reverter sintomas do autismo, mesmo em cérebros adultos, são possíveis, desde que os especialistas sigam as pistas genéticas sobre a origem do problema em cada pessoa. "Será difícil encontrar uma única droga que sirva para todos. O mais provável é que tenhamos medicamentos que atuem em vias especificadas, daí a importância de um exame genético acompanhando o diagnóstico clínico. No futuro próximo isso vai acontecer para todo mundo, basta o custo do sequenciamento ["leitura" do genoma] baixar."
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Alemães e ingleses iniciam luta para ir à Copa da Rússia
Duas campeãs mundiais iniciam neste domingo a luta por vaga na Copa. A Alemanha pega a Noruega (15h45, com SporTV 2 e ESPN Brasil), em Oslo. Além do técnico Joachim Löw, a equipe tem vários dos campeões no Brasil, como o goleiro Neuer, os meias Khedira, Kroos e Özil e o atacante Müller. Já a Inglaterra estreia seu técnico Sam Allardyce contra a Eslováquia fora de casa (13h, com SporTV). Em relação ao time que caiu na primeira fase no Brasil, alguns medalhões se aposentaram da seleção como Gerrard, Lampard e Milner. Wayne Rooney (115 jogos) segue líder do time.
esporte
Alemães e ingleses iniciam luta para ir à Copa da RússiaDuas campeãs mundiais iniciam neste domingo a luta por vaga na Copa. A Alemanha pega a Noruega (15h45, com SporTV 2 e ESPN Brasil), em Oslo. Além do técnico Joachim Löw, a equipe tem vários dos campeões no Brasil, como o goleiro Neuer, os meias Khedira, Kroos e Özil e o atacante Müller. Já a Inglaterra estreia seu técnico Sam Allardyce contra a Eslováquia fora de casa (13h, com SporTV). Em relação ao time que caiu na primeira fase no Brasil, alguns medalhões se aposentaram da seleção como Gerrard, Lampard e Milner. Wayne Rooney (115 jogos) segue líder do time.
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Roupas casuais, de festa, lingeries e moda praia em 53 endereços
CAMILA SAYURI COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo "O Melhor de sãopaulo - Compras" deste ano reúne mais de 300 opções para você encontrar o melhor presente neste fim de ano. Confira abaixo a seleção com 53 locais para quem está à procura de roupas para o fim de ano * ADRIANA BARRA Referência com suas estampas coloridas e tropicais, a estilista aposta em vestidos, túnicas, blusas e saias. A coleção verão 2017 da marca é inspirada na Indochina. Além das peças da grife, há opções da outra marca da estilista, A. Farra, que contempla roupas e acessórios. adrianabarra.com.br. Al. Franca, 1.243, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2925-2300. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 10h às 14h. Dias 25, 31 e 1º: fechado. * ÁGUA DE COCO por Liana Thomaz A estilista Liana Thomaz cria sua moda praia com conjuntos completos e opções avulsas. Da coleção AMA - Verão 2017, inspirada nos tesouros da Amazônia, um dos itens mais desejados é o "body" da estampa portas colombianas, que custa R$ 699. No mix de produtos ainda há shorts, blusas, calças e quimonos de praia, além dos acessórios para a moda praia. aguadecoco.com.br. R. Oscar Freire, 1.181, Cerqueira César, tel. 3061-3367. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. * ANA HICKMANN COLLECTION A primeira marca de roupas lançada pela apresentadora tem peças versáteis, tanto para dia a dia corrido quanto para a noite. Jaquetas bombers, macacões e calças de alfaiataria fazem parte da coleção de verão 2017, além da linha "beachwear", como biquínis e saídas (na faixa de R$ 300). anahickmann.com.br. R. Coriolano, 655, Vila Romana, região oeste, tel. 3803-7029. Seg. a sáb.: 10h às 18h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * ANGELINA VAI ÀS COMPRAS Num espaço acolhedor e charmoso, são reunidos itens de diversos ateliês do país, que vão de roupas e sapatos femininos a acessórios e artigos de decoração. Entre as novidades para a estação, destaque para camisetas bordadas, que saem na faixa de R$ 180 a R$ 270. Vale conferir as peças da marca A. Niemeyer, disponíveis na loja. angelinavaiascompras.com.br. R. Prof. Vahia de Abreu, 653, Vila Olímpia, região oeste, tel. 3845-6828. Seg. a sex.: 8h às 18h. Sáb.: 10h às 14h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * ANTIX Vestidos de estampas delicadas e românticas são o grande atrativo da marca. Aparecem, entre os lançamentos, modelos como o "voando com os pássaros", que tem caimento fluido (R$ 285 o curto e R$ 432 o longo). Há também macaquinhos, blusas, calças, saias, além de acessórios e calçados. antixstore.com. Shopping Vila Olímpia. R. Olimpíadas, 360, Vila Olímpia, região oeste, tel. 3047-6292. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. CC: AE, D, M, V. Estac. a partir de R$ 13. a d E outro endereço. * ANY ANY No mercado há 20 anos e com 50 lojas próprias, a marca é especializada em lingerie e pijamas. Há camisolas curtas a partir de R$ 89, camisola longa que sai por R$ 275 e confortáveis "shortdolls", como o da coleção Cat Flowers -novidade, sai por R$ 159. anyany.com.br. Shopping Cidade São Paulo. Av. Paulista, 1.230, Bela Vista, região central, tel. 3595-1485. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 11h às 22h. Dezembro: indefinido. CC: todos. * BOBSTORE Aposta em roupas que misturam visual "boho-chic", "jeanswear", "casual wear" e alfaiataria. Para o verão 2017, inspirou-se na multiplicidade da Califórnia para dar nova cara ao estilo boho de sua coleção -a blusa estampada listrada sai por R$ 459,90. Peças de "beachwear" em parceria com a marca Salinas são outra novidade. bobstore.com.br. R. Domingos Leme, 247, Vila Nova Conceição, tel. 3842-0678. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dom.: 10h às 16h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * C&A Em parceria com a marca carioca Dress To, lançou a coleção em que aparecem estampas coloridas de coqueiros, azulejos, zigue-zague tropical, florais e listrados, além do jeans que vem nas versões lavada e estampada. Há, entre outras peças, vestido por R$ 129,99 e saia longa por R$ 69,99. cea.com.br. Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 2131-0004. Seg. a sáb: 10h às 22h. Dom.: 13h30 às 21h. Dezembro: dias 12 a 17 e 19 a 22: 10h às 23h. Dia 18: 10h às 22h. Dia 23: 10h às 23h. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * CECÍLIA PRADO Combinações de cores e texturas são aspectos marcantes das peças da estilista mineira, que sempre explora ao máximo também as possibilidades do tricô. A nova coleção tem inspiração em praias e cenários brasileiros, como o vestido longo "isis" (R$ 1.698), e o "body" cândida (R$ 558). Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 3152-6055. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * CIA MARÍTIMA A cada coleção, a marca de "beachwear" apresenta tecidos novos e modelagens exclusivas, que se tornam referências em praias do mundo inteiro. Entre os lançamentos, o vestido com abotoamento e amarração na cintura, o top e a tanga na estampa "cristalina", saem por R$ 448, R$ 138 e R$ 148 ciamaritima.com.br. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 3078-7546. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * CRIS BARROS Fundada em 2002 pela estilista homônima, a marca tem uma identidade moderna e singular e criações com cortes fluídos e caimento perfeito. Peças com camadas de seda colorida e efeitos holográficos estão bastante presentes em sua nova coleção, com preços que partem de R$ 296. Em 2008, lanou a Cris Barros Mini, que veste crianças de 0 a 14 anos (a partir de R$ 176). crisbarros.com.br. R. Vitório Fasano, 85, Cerqueira César, região oeste, tel. 3082-3621. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: mantém os horários. Dias 24 e 31: 10h às 18h. Dias 25 e 1º: fechado. * DIANE VON FURSTENBERG A grife americana fundada em 1970 pela designer homônima é famosa por seu icônico "wrap dress" (vestido transpassado) e por suas estampas. A marca se expandiu para uma coleção completa de prêt-a-pôrter e acessórios, incluindo bolsas, sapatos, pequenos artigos em couro, lenços e joias finas. A coleção Fall Winter 16, recém-chegada, conta com o clássico "wrap dress", além de "slip dresses" -há peças por R$ 2.125 e R$ 2.100, respectivamente. dvf.com. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 3152-6979. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * DZARM. Voltada para o público feminino, a marca tem peças para ocasiões que vão do trabalho à balada. A coleção de verão é inspirada na cultura espanhola, com muitas estampas, jeans, babados, bordados, ombros à mostra e amarrações. Os maiôs saem na faixa de R$ 149,99. dzarm.com.br/store. Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3.970, 2º piso, Pinheiros, tel. 2197-6072. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 13. * EROICA Além de uma linha própria de roupas femininas, a loja trabalha com vestuário de outras marcas. Vestidos estão entre os itens mais procurados, especialmente os longos que saem de R$ 49 a R$ 179. Para completar o look, bolsas, cintos, óculos, bijuterias também são encontrados por lá. R. Voluntários da Pátria, 2.049, Santana, região norte, tel. 2979-7883. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: dias 3, 10 e 17: 10h às 20h. Dias 24 e 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * FARM 
Famosa por suas estampas exclusivas e estilo despojado, a grife lança a sua primeira coleção sem distinção de gênero -com peças que podem ser usadas tanto por mulheres quanto por homens-, a Glitch Tropical. Aparecem transparências, "patches" divertidos, telas e mix de estampas multicoloridas. Um dos destaques, o colete bordado sai por R$ 298. farmrio.com.br. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 99895-7257. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. * GIULIANA ROMANNO Alfaiataria impecável é a marca registrada da estilista que dá nome à loja. As peças possuem recortes inusitados e são desenvolvidas em tecidos modernos e sofisticados para um caimento impecável. Há itens partindo de R$ 260. giulianaromanno.com.br R. Peixoto Gomide, 1.757, Jardim Paulistano, tel. 3063-5685. Seg. a sáb.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. * GREGORY Na rua João Cachoeira nasceu a primeira unidade da loja de roupas femininas, em 1981. Investe principalmente na confecção de vestuário para o trabalho, como blazers, calças, saias, camisas e vestidos, a exemplo do modelo bicolor de manga curta branco e preto, que custa R$ 448 e é novidade por lá. Há outras peças mais despojadas também, como shorts, bermudas e macacões e acessórios. gregory.com.br. R. Henrique Schaumann, 498, Pinheiros, região oeste, tel. 3086-4509. Seg. a sex.: 8h às 19h30. Sáb.: 9h às 19h30. Dom.: 12h às 18h. Dezembro: horário indefinido. CC: todos. Estac. (grátis). * HERING Conhecida por suas roupas básicas e confortáveis, disponibiliza coleções de roupas para adultos e crianças. A atual, de alto verão, aposta em tecidos leves e estampas que mesclam elementos tropicais da cultura praieira com folhagens e expressões artesanais indígenas da Amazônia. Para as mulheres, há blusas, saias, camisas, macacões e vestidos -modelos curtos podem ser comprados por a partir de R$ 49,99. hering.com.br. Shopping Villa Lobos. Av. das Nações Unidas, 4777, Jardim Universidade, região oeste, tel. 3021-3598. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 13. * HOPE Atuando há 50 anos no mercado, é uma marca de "underwear" nacional. Atualmente, possui mais de 130 lojas em shoppings de todo o país e pode ser encontrada em mais de 4.000 multimarcas. A nova coleção, Royals, conta com peças de modelagens sensuais -a calcinha fio dental, o sutiã triângulo e o "body" saem por R$ 69, R$ 149,90 e R$ 279, respectivamente. hopelingerie.com.br. R. Oscar Freire, 791, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-9631. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 12h às 18h. Dezembro: dias 15 a 23: 10h às 21h. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * INTIMISSIMI Fundada em 1996, a marca é líder no mercado europeu de lingerie e segue um estilo clássico, romântico e elegante. A coleção verão 2016-2017 tem peças inspiradas nas ilhas gregas e florais suaves, a exemplo da camisete de seda, que sai por R$ 214, que pode ser combinada à calcinha da mesma estampa. Custa R$ 79. Intimissimi.com.br Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 3812-6890. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 13. * J.CHERMANN Camisetas descoladas e estampas exclusivas desenhadas à mão pela estilista Julie Chermann são as vedetes da marca. Passando por aplicações, bordados e texturas rebuscadas, a designer cria além das "t-shirts", uma linha completa de denim e acessórios. Na loja, há sugestões que custam de R$ 178 a R$ 1.048. jchermann.com.br. R. Joaquim Floriano, 111, Vila Nova Conceição, tel. 3073-1556. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 11h às 15h. * JOGÊ Trabalha com lingeries, pijamas e camisolas de marca própria (em linhas tanto para o dia a dia, quanto modelos de renda, além de uma dedicada à maternidade). Há camisolas curtas que saem na faixa de R$ 189. Para os rituais de final de ano, a linha Lace Color traz nove cores de calcinhas, que custam R$ 39 cada uma (ou três por R$ 99). joge.com.br. Shopping Ibirapuera. Av. Ibirapuera, 3.103, Indianópolis, tel. 5094-1664. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 14. * JOHN JOHN Focada no "jeanswear", com lavagens e designs exclusivos, a marca tem ainda uma ampla gama de produtos unissex, como camisetas, calçados, vestidos e bolsas. Para o Natal, a saia assimétrica de tricô é uma boa opção de presente para as garotas e sai por R$ 368. Destaque também para a coleção desenvolvida para o Réveillon. johnjohndenim.com. R. Oscar Freire, 789, Cerqueira César, região oeste, tel. 3061-9906. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 12h às 19h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 9h às 18h. Dia 31: 9h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * LÍQUIDO Nas araras da loja, há peças de moda praia e fitness, como a calça corsário de cós alto que sai por R$ 75. Já os biquínis completos custam R$ 99, mas as partes também podem ser compradas separadamente na liquidação -nesse caso, pode não haver disponibilidade de todos os tamanhos. liquido.com.br. Tietê Plaza Shopping. Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 1.465, Jardim Íris, tel. 3201-9311. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 7. * LOLITTA Lolita Hannud é a estilista responsável por criar a marca feminina com DNA em tricô. A coleção verão 2017 é inspirada nas cores e nas sensações que elas provocam. A grande novidade da temporada são as formas geométricas, figuras gráficas e desenhos. Entre os vestidos longos, há modelos como o "clara", que sai por R$ 6.320. lolitta.com.br. Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel. 3061-2471. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 11h às 20h. Dezembro: mantém os horários. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15. * LOONY JEANSWEAR Diversas linhas de jeans, com diferentes modelagens, são disponibilizadas nessa loja que opera no Brás. Há tamanhos do 34 ao 56. As calças femininas partem de R$ 129,90, os shorts, de R$ 159,90, e as camisas jeans saem na faixa de R$ 169,90. loonyjeans.com.br R. José Paulino, 192, Bom Retiro, tel. 3334-2050. Seg. a sex.: 8h às 18h. Sáb.: 8h às 15h. Dezembro: mantém os horários. Dias 4, 11 e 18: 9h às 14h. Dias 24 e 31: 8h às 12h. Dias 25 e 1º: fechado. CC: todos. * LOUNGERIE Um dos diferenciais da loja é o conceito de "sutiã perfeito": oferece diferentes combinações de tamanho de bojo e costas para um ajuste perfeito ao corpo. Lançamento, a coleção Tease tem peças na cor preta, desenvolvidas com renda e cetim matelassado com detalhes strappy, e os preços das peças variam de R$ 59,90 a R$ 169,90. loungerie.com.br. MorumbiShopping. Av. Roque Petroni Júnior, 1.089, Jardim das Acácias, região sul, tel. 5189-4586. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15. * MALWEE Estampas tropicais e elementos étnicos estão presentes nas roupas da coleção verão 2017 da marca. Há vestido longo estampado por R$ 169,60, macacão jeans, de shorts e regata, por R$ 189,90, entre outros itens estilosos. A linha Malwee Liberta reúne peças para a prática de exercícios físicos. malwee.com.br. Shopping Anália Franco, Av. Regente Feijó, 1.739, Jardim Anália Franco, região leste, tel. 2643-4262. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: a partir do dia 10: seg. a sáb.: 10h às 23h. Dom.: 14h às 21h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 8. * MARISA "De mulher pra mulher" é o famoso slogan da rede de lojas que nasceu em 1948. Na ampla unidade da Paulista, é possível encontrar as opções de verão, com regatas femininas (partindo de R$ 15,99), além de macaquinhos, vestidos e outras. marisa.com.br. Av. Paulista, 1.713, Bela Vista, região central, tel. 3145-1180. Seg. a sáb.: 8h às 21h. Dom.: 10h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. CC: AE, E, H, M, V. a d E outros endereços. * MORENA ROSA Paranaense, a loja reúne roupas, sapatos, acessórios e moda praia feminina. A nova coleção inclui vestidos longos, como o de estampa floral e decote "V" com tiras, que sai por R$ 749,90. Na linha "beachwear", os biquínis partem de R$ 185,90. morenarosa.com.br. Shopping Cidade São Paulo. Av. Paulista, 1.230, Bela Vista, região central, tel. 3595-9072. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. CC: todos. Estac. a partir de R$ 14. * MULATA BRASIL Quem procura por biquínis, com as peças vendidas separadamente, pode procurar nesse endereço. Para a temporada, a marca desenvolveu várias estampas exclusivas. Nas coleções, há "tops" e calcinhas de R$ 60 até R$ 115. Trabalha também com saídas de praia (de R$ 70 até R$ 303), maiôs (de R$ 135 a R$ 339) e acessórios. mulatabrasil.com.br. R. Lemos Conde, 130, Alto de Pinheiros, tel. 3032-4183. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 16h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * NK STORE A multimarcas, fundada por Natalie Klein, disponibiliza peças de vestuário e acessórios de mais de 20 grifes como Balmain, Stella McCartney, Givenchy, entre outras, além da linha própria: TalieNK e NK Collection. Um dos destaques, a blusa Justine, em georgette de seda estampado, da NK Collection, sai por R$ 1.590,90. nkstore.com.br. R. Sarandi, 34, Cerqueira César, região oeste, tel. 3897-2600. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dezembro: mantém os horários. Dia 18: 11h às 18h. Dia 24: 10h às 14h. Dias 25, 31 e 1º: fechado. Estac. (grátis). * PAGÚ 2ND HAND SHOP Na charmosa casinha, roupas e acessórios de segunda mão, de grifes conceituadas nacionais e internacionais, são vendidos. Os jeans são bastante procurados e podem ser comprados na faixa de R$ 158 a R$ 188. Nos dias 3 e 4/12, será organizada na vila, onde está instalada, uma feira, que reunirá cerca de dez brechós da cidade. R. Oscar Freire, 129, casa 3, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-0387. Seg. a sex.: 11h às 18h30. Sáb.: 11h às 17h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25, 31 e 1º: fechado. Estac. (grátis). * PALANK FASHION Uma das primeiras marcas do Brasil a se dedicar exclusivamente a fabricar roupas ao público "plus size", veste mulheres do tamanho 46 ao 56. Novidade, a camisa jeans (R$ 129,90) tem lavagem moderna e botões perolados e é um dos itens mais vendidos. Destaque também para a blusa Lea Glamour (R$ 169,90), com bordado ao longo do decote. palank.com.br. R. Alfredo Pujol, 157, Santana, tel. 2979-2176. Seg. a sáb.: 9h às 19h. Dezembro: mantém os horários. Dias 4, 11 e 18: 10h às 15h. Dias 25 e 1º: fechado. * PATBO Lançada em 2012, pela estilista Patrícia Bonaldi, sua marca mais jovem e descontraída aposta em macaquinhos, blazers, blusas, "cocktail dresses", saias, shorts e coletes desenvolvidos em tecidos como veludo, couro, renda, seda e chamois. Para o verão, traz nas peças elementos da cultura brasileira, cores da bandeira e formas da natureza, além de combinação de tecidos. Destaque para a camiseta de tule com aplicação de bordado e "patchs" de couro, que pode ser comprada por R$ 1.725. patbo.com.br. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 3152-6580. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. * PATRÍCIA BONALDI Reconhecida pelos seus vestidos de festa supertrabalhados e produzidos manualmente, a marca lança para o verão 2017 peças românticas, clássicas e ao mesmo tempo contemporâneas. A cartela de cores vai do rosa claro ao vermelho, passando pelo verde e pelas estampas únicas desenvolvidas no atelier -o vestido estampado floral de crepe. Pode ser comprado por R$ 2.225. patriciabonaldi.com.br. R. Bela Cintra, 1.951, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-5020. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: mantém os horários. Dias 24, 25, 31 e 1º: fechado * PERNAMBUCANAS A empresa fundada em 1908 é uma rede conhecida por oferecer grande variedade de itens de moda, eletrodomésticos, cama, mesa e banho, utilidades e eletroeletrônicos, entre outros. Entre os destaques para o verão, estão os biquínis de diferentes estampas e formatos, com preços que partem de R$ 19,99 cada peça (tops e calcinhas). pernambucanas.com.br. R. da Consolação, 2403, Cerqueira César, el. 2787-1750. Seg. a sex.: 9h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. * PRINTING Mineira, a marca que tem como foco roupas de festas, vem expandindo suas criações. Saias midi, jaquetas bomber, coletes bordados e outras peças versáteis e casuais aparecem na coleção verão 2017 e saem da faixa de R$ 2.300. Há ainda um linha de acessórios, como maxi colares e brincos. printing.art.br. R. Peixoto Gomide, 1.881, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3578-3045. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Dezembro: horário indefinido. * RENNER Na coleção feminina primavera/verão da rede, há sugestões como o macacão com renda, da marca Marfinno (R$ 99,90) e o vestido mullet com renda (R$ 139), da Blue Steel, entre outras peças casuais. As araras e prateleiras disponibilizam ainda calçados e acessórios, além de perfumaria e beleza, com opções de produtos importados. lojasrenner.com.br. MorumbiShopping. Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acácias, região sul, tel. 2165-2800. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h às 20h. CC: todos. E outros endereços * RIACHUELO A rede de "fast fashion" Trabalha com vestuário feminino, masculino e infantojuvenil, além de moda casa e acessórios. Lançou, em parceria com a marca Isolda, uma nova coleção composta por 80 peças, com estampas que remetem à fauna e à flora brasileiras -o top "cropped" estampa pitanga sai por R$ 119,90. riachuelo.com.br. Av. Paulista, 2.277, Bela Vista, tel. 2895-0020. Seg. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 11h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. CC: todos. Estac. (grátis, compras acima de R$ 30). * ROSA CHÁ Tops, colares e brincos para compor o look com saias longas, fendas e recortes inusitados e de inspiração hippie são destaques da grife nesta temporada. Para o alto verão, a marca apostou em cores vibrantes na coleção Pink City. Os tops saem na faixa de R$ 139 e croppeds, em torno de R$ 200. rosacha.com.br Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 4063-7672. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * SCALA É pioneira na confecção de calcinhas, sutiãs, tops, blusas confortáveis e pijamas "sem costura". A linha "Cheia de graça" é composta por itens que têm uma renda exclusiva da marca, também sem costura, e proporcionam grande conforto -as calcinhas partem de R$ 34,90. lojascala.com.br. Bourbon Shopping. R. Palestra Itália, 500, Perdizes, tel. 3926-0045. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 9h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * SHOULDER Com DNA brasileiro e urbano, tem peças práticas e sofisticadas. As coleções contam com roupas e acessórios exclusivos. Vale conferir a saída de praia com renda bordada (R$ 339) e a regata de viscose "off-white" com detalhe de macramê (R$ 179), da coleção alto verão 2017 e novidades. shoulder.com.br. R. Oscar Freire, 819, Cerqueira César, região oeste, tel. 3086-4744. Seg. a sáb.: 9h às 20h. Dom.: 12h às 19h. Dezembro: Seg. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 12h às 20h. Dia 24: 9h às 18h. Dia 31: 9h às 17h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 10 (nº 717). * SIMULTÂNEA O casarão de número 217 da rua Aspicuelta, na Vila Madalena, abriga a loja que vende blusas, saias e vestido feitos artesanalmente pela estilista Tana Millan. Há vestidos longos que saem na faixa de R$ 400. Acessórios e moda casa também fazem parte desta coleção atual. simultanea.com.br. R. Aspicuelta, 217, Vila Madalena, tel. 3031-9408. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h30 às 17h30. Dezembro: dias 1º a 23: seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dias 11 e 18: 11h30 às 17h30. Dia 24: 10h às 16h. Dias 25 e 30/12 a 4/1: fechado. Estac. a partir de R$ 20 (nº 238). * TIGRESSE Prints exclusivas e seda estampada são o forte da marca de Renata Figueiredo. Outra aposta desta estação, o chamois de couro aparece em saias, calças, jaquetas e vestidos de comprimento mídi e acabamento em franjas. Na loja, há peças com preços que vão de R$ 260 a 1.990. tigresse.com.br. R. Melo Alves, 555, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2367-9767. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dezembro: horário indefinido. Estac. (grátis). Valet (grátis). * TRINITÁ Há nove anos no mercado, a marca criada pela paulistana Renata Raimo tem vestidos de festa versáteis e sofisticados, ao mesmo tempo básicos e ousados. A nova coleção traz peças que mesclam tons delicados de rosa e azul claros com cores vibrantes, como amarelo e azul royal. Os vestidos longos saem na faixa de R$ 3.000. trinita.com.br. R. Prof. José Benedito de Camargo, 164, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3063-1032. Seg. a sex.: 10h às 19h30. Sáb.: 11h às 15h. Dezembro: mantém os horários. Dias 22 a 1º: fechado. * TUFI DUEK A nova coleção da marca brasileira traz roupas inspiradas no universo dos marinheiros e no trabalho do tatuador alemão Hebert Hoffmann. A estampa de tatuagem, os "patches" e o universo "navy" são os principais destaques desta temporada, representados em peças de alfaiataria, em malha e vestidos. Os vestidos curtos partem de R$ 640, de malha, a R$ 2.000, de seda, e os longos de R$ 980 a R$ 7.000. tufiduek.com.br. R. Oscar Freire, 916, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-8007. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 13h às 19h. Dezembro: mantém os horários. Dia 24: 10h às 18h. Dias 25, 31 e 1º: fechado. * TVZ Tanto roupas casuais quanto opções para festas (vestidos longos e curtos) são disponibilizados na loja, além de sapatos e acessórios. O top evasê Sublimação (R$ 169,90), em poliéster, e a calça "piquet" Jungle Noveau (R$ 459,90) estão entre os itens casuais recentes mais vendidos. tvz.com.br. MorumbiShopping. Av. Roque Petroni Jr., 1.089, Jardim das Acácias, tel. 3670-7831. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. E outros endereços * VALISERE Com renda de fabricação própria, as roupas íntimas da marca são confortáveis e com um toque "cool". Sutiãs, calcinhas, corselets e camisolas para mais básicos, para o dia a dia e sensuais. Entre as novidades, o "body" regata Lilly, com recorte de renda no decote, sai por R$ 229,90. valisere.com.br. R. Oscar Freire, 849, Cerqueira César, região oeste, tel. 3063-1693. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dom.: 12h às 18h. Dezembro: horário indefinido. * VERSACE A sofisticada marca italiana, fundada em 1978, trabalha com roupas e acessórios -as peças "handmade" são exclusivas e com muita cor. Para o final de ano, o último lançamento da marca é a bolsa Palazzo 7 Bags 7 Cities, inspirada em São Paulo, que sai por R$ 18.800. É uma ótima opção para a mulher moderna. versace.com. Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3812-9161. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 15. * YOUCOM Voltada aos jovens antenado com as principais tendências de moda, a marca oferece para as mulheres camisetas despojadas, shorts e "croppeds". Para o Natal, a sandália "flatform", que sai por R$ 179,90, é estilosa e uma ótima opção de presente. youcom.com.br. Shopping Frei Caneca. R. Frei Caneca, 569, Consolação, região central, tel. 3587-6696. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h30 às 20h. Dezembro: mantém os horários. Dias 24 e 31: 10h às 18h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 10. * ZINZANE A loja "fast fashion", que aposta na leveza e no colorido das peças, apresenta na coleção "interferências" estampas de paisagens bucólicas e florais. O vestido longo é o carro-chefe da marca e um dos lançamentos, de estampa coqueiros. Custa R$ 229,99. Já os vestidos de "shape" reto, midi, transpassados e acinturados complementam o mix de modelos. zinzane.com.br. R. João Cachoeira, 1314, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 3044-5534. Seg. a sex.: 9h às 20h. Sáb.: 9h às 18h. CC: todos.
saopaulo
Roupas casuais, de festa, lingeries e moda praia em 53 endereçosCAMILA SAYURI COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo "O Melhor de sãopaulo - Compras" deste ano reúne mais de 300 opções para você encontrar o melhor presente neste fim de ano. Confira abaixo a seleção com 53 locais para quem está à procura de roupas para o fim de ano * ADRIANA BARRA Referência com suas estampas coloridas e tropicais, a estilista aposta em vestidos, túnicas, blusas e saias. A coleção verão 2017 da marca é inspirada na Indochina. Além das peças da grife, há opções da outra marca da estilista, A. Farra, que contempla roupas e acessórios. adrianabarra.com.br. Al. Franca, 1.243, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2925-2300. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 10h às 14h. Dias 25, 31 e 1º: fechado. * ÁGUA DE COCO por Liana Thomaz A estilista Liana Thomaz cria sua moda praia com conjuntos completos e opções avulsas. Da coleção AMA - Verão 2017, inspirada nos tesouros da Amazônia, um dos itens mais desejados é o "body" da estampa portas colombianas, que custa R$ 699. No mix de produtos ainda há shorts, blusas, calças e quimonos de praia, além dos acessórios para a moda praia. aguadecoco.com.br. R. Oscar Freire, 1.181, Cerqueira César, tel. 3061-3367. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. * ANA HICKMANN COLLECTION A primeira marca de roupas lançada pela apresentadora tem peças versáteis, tanto para dia a dia corrido quanto para a noite. Jaquetas bombers, macacões e calças de alfaiataria fazem parte da coleção de verão 2017, além da linha "beachwear", como biquínis e saídas (na faixa de R$ 300). anahickmann.com.br. R. Coriolano, 655, Vila Romana, região oeste, tel. 3803-7029. Seg. a sáb.: 10h às 18h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * ANGELINA VAI ÀS COMPRAS Num espaço acolhedor e charmoso, são reunidos itens de diversos ateliês do país, que vão de roupas e sapatos femininos a acessórios e artigos de decoração. Entre as novidades para a estação, destaque para camisetas bordadas, que saem na faixa de R$ 180 a R$ 270. Vale conferir as peças da marca A. Niemeyer, disponíveis na loja. angelinavaiascompras.com.br. R. Prof. Vahia de Abreu, 653, Vila Olímpia, região oeste, tel. 3845-6828. Seg. a sex.: 8h às 18h. Sáb.: 10h às 14h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * ANTIX Vestidos de estampas delicadas e românticas são o grande atrativo da marca. Aparecem, entre os lançamentos, modelos como o "voando com os pássaros", que tem caimento fluido (R$ 285 o curto e R$ 432 o longo). Há também macaquinhos, blusas, calças, saias, além de acessórios e calçados. antixstore.com. Shopping Vila Olímpia. R. Olimpíadas, 360, Vila Olímpia, região oeste, tel. 3047-6292. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. CC: AE, D, M, V. Estac. a partir de R$ 13. a d E outro endereço. * ANY ANY No mercado há 20 anos e com 50 lojas próprias, a marca é especializada em lingerie e pijamas. Há camisolas curtas a partir de R$ 89, camisola longa que sai por R$ 275 e confortáveis "shortdolls", como o da coleção Cat Flowers -novidade, sai por R$ 159. anyany.com.br. Shopping Cidade São Paulo. Av. Paulista, 1.230, Bela Vista, região central, tel. 3595-1485. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 11h às 22h. Dezembro: indefinido. CC: todos. * BOBSTORE Aposta em roupas que misturam visual "boho-chic", "jeanswear", "casual wear" e alfaiataria. Para o verão 2017, inspirou-se na multiplicidade da Califórnia para dar nova cara ao estilo boho de sua coleção -a blusa estampada listrada sai por R$ 459,90. Peças de "beachwear" em parceria com a marca Salinas são outra novidade. bobstore.com.br. R. Domingos Leme, 247, Vila Nova Conceição, tel. 3842-0678. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dom.: 10h às 16h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * C&A Em parceria com a marca carioca Dress To, lançou a coleção em que aparecem estampas coloridas de coqueiros, azulejos, zigue-zague tropical, florais e listrados, além do jeans que vem nas versões lavada e estampada. Há, entre outras peças, vestido por R$ 129,99 e saia longa por R$ 69,99. cea.com.br. Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 2131-0004. Seg. a sáb: 10h às 22h. Dom.: 13h30 às 21h. Dezembro: dias 12 a 17 e 19 a 22: 10h às 23h. Dia 18: 10h às 22h. Dia 23: 10h às 23h. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * CECÍLIA PRADO Combinações de cores e texturas são aspectos marcantes das peças da estilista mineira, que sempre explora ao máximo também as possibilidades do tricô. A nova coleção tem inspiração em praias e cenários brasileiros, como o vestido longo "isis" (R$ 1.698), e o "body" cândida (R$ 558). Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 3152-6055. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * CIA MARÍTIMA A cada coleção, a marca de "beachwear" apresenta tecidos novos e modelagens exclusivas, que se tornam referências em praias do mundo inteiro. Entre os lançamentos, o vestido com abotoamento e amarração na cintura, o top e a tanga na estampa "cristalina", saem por R$ 448, R$ 138 e R$ 148 ciamaritima.com.br. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 3078-7546. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * CRIS BARROS Fundada em 2002 pela estilista homônima, a marca tem uma identidade moderna e singular e criações com cortes fluídos e caimento perfeito. Peças com camadas de seda colorida e efeitos holográficos estão bastante presentes em sua nova coleção, com preços que partem de R$ 296. Em 2008, lanou a Cris Barros Mini, que veste crianças de 0 a 14 anos (a partir de R$ 176). crisbarros.com.br. R. Vitório Fasano, 85, Cerqueira César, região oeste, tel. 3082-3621. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: mantém os horários. Dias 24 e 31: 10h às 18h. Dias 25 e 1º: fechado. * DIANE VON FURSTENBERG A grife americana fundada em 1970 pela designer homônima é famosa por seu icônico "wrap dress" (vestido transpassado) e por suas estampas. A marca se expandiu para uma coleção completa de prêt-a-pôrter e acessórios, incluindo bolsas, sapatos, pequenos artigos em couro, lenços e joias finas. A coleção Fall Winter 16, recém-chegada, conta com o clássico "wrap dress", além de "slip dresses" -há peças por R$ 2.125 e R$ 2.100, respectivamente. dvf.com. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 3152-6979. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * DZARM. Voltada para o público feminino, a marca tem peças para ocasiões que vão do trabalho à balada. A coleção de verão é inspirada na cultura espanhola, com muitas estampas, jeans, babados, bordados, ombros à mostra e amarrações. Os maiôs saem na faixa de R$ 149,99. dzarm.com.br/store. Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3.970, 2º piso, Pinheiros, tel. 2197-6072. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 13. * EROICA Além de uma linha própria de roupas femininas, a loja trabalha com vestuário de outras marcas. Vestidos estão entre os itens mais procurados, especialmente os longos que saem de R$ 49 a R$ 179. Para completar o look, bolsas, cintos, óculos, bijuterias também são encontrados por lá. R. Voluntários da Pátria, 2.049, Santana, região norte, tel. 2979-7883. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: dias 3, 10 e 17: 10h às 20h. Dias 24 e 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * FARM 
Famosa por suas estampas exclusivas e estilo despojado, a grife lança a sua primeira coleção sem distinção de gênero -com peças que podem ser usadas tanto por mulheres quanto por homens-, a Glitch Tropical. Aparecem transparências, "patches" divertidos, telas e mix de estampas multicoloridas. Um dos destaques, o colete bordado sai por R$ 298. farmrio.com.br. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 99895-7257. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. * GIULIANA ROMANNO Alfaiataria impecável é a marca registrada da estilista que dá nome à loja. As peças possuem recortes inusitados e são desenvolvidas em tecidos modernos e sofisticados para um caimento impecável. Há itens partindo de R$ 260. giulianaromanno.com.br R. Peixoto Gomide, 1.757, Jardim Paulistano, tel. 3063-5685. Seg. a sáb.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. * GREGORY Na rua João Cachoeira nasceu a primeira unidade da loja de roupas femininas, em 1981. Investe principalmente na confecção de vestuário para o trabalho, como blazers, calças, saias, camisas e vestidos, a exemplo do modelo bicolor de manga curta branco e preto, que custa R$ 448 e é novidade por lá. Há outras peças mais despojadas também, como shorts, bermudas e macacões e acessórios. gregory.com.br. R. Henrique Schaumann, 498, Pinheiros, região oeste, tel. 3086-4509. Seg. a sex.: 8h às 19h30. Sáb.: 9h às 19h30. Dom.: 12h às 18h. Dezembro: horário indefinido. CC: todos. Estac. (grátis). * HERING Conhecida por suas roupas básicas e confortáveis, disponibiliza coleções de roupas para adultos e crianças. A atual, de alto verão, aposta em tecidos leves e estampas que mesclam elementos tropicais da cultura praieira com folhagens e expressões artesanais indígenas da Amazônia. Para as mulheres, há blusas, saias, camisas, macacões e vestidos -modelos curtos podem ser comprados por a partir de R$ 49,99. hering.com.br. Shopping Villa Lobos. Av. das Nações Unidas, 4777, Jardim Universidade, região oeste, tel. 3021-3598. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 13. * HOPE Atuando há 50 anos no mercado, é uma marca de "underwear" nacional. Atualmente, possui mais de 130 lojas em shoppings de todo o país e pode ser encontrada em mais de 4.000 multimarcas. A nova coleção, Royals, conta com peças de modelagens sensuais -a calcinha fio dental, o sutiã triângulo e o "body" saem por R$ 69, R$ 149,90 e R$ 279, respectivamente. hopelingerie.com.br. R. Oscar Freire, 791, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-9631. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 12h às 18h. Dezembro: dias 15 a 23: 10h às 21h. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * INTIMISSIMI Fundada em 1996, a marca é líder no mercado europeu de lingerie e segue um estilo clássico, romântico e elegante. A coleção verão 2016-2017 tem peças inspiradas nas ilhas gregas e florais suaves, a exemplo da camisete de seda, que sai por R$ 214, que pode ser combinada à calcinha da mesma estampa. Custa R$ 79. Intimissimi.com.br Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 3812-6890. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 13. * J.CHERMANN Camisetas descoladas e estampas exclusivas desenhadas à mão pela estilista Julie Chermann são as vedetes da marca. Passando por aplicações, bordados e texturas rebuscadas, a designer cria além das "t-shirts", uma linha completa de denim e acessórios. Na loja, há sugestões que custam de R$ 178 a R$ 1.048. jchermann.com.br. R. Joaquim Floriano, 111, Vila Nova Conceição, tel. 3073-1556. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 11h às 15h. * JOGÊ Trabalha com lingeries, pijamas e camisolas de marca própria (em linhas tanto para o dia a dia, quanto modelos de renda, além de uma dedicada à maternidade). Há camisolas curtas que saem na faixa de R$ 189. Para os rituais de final de ano, a linha Lace Color traz nove cores de calcinhas, que custam R$ 39 cada uma (ou três por R$ 99). joge.com.br. Shopping Ibirapuera. Av. Ibirapuera, 3.103, Indianópolis, tel. 5094-1664. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 14. * JOHN JOHN Focada no "jeanswear", com lavagens e designs exclusivos, a marca tem ainda uma ampla gama de produtos unissex, como camisetas, calçados, vestidos e bolsas. Para o Natal, a saia assimétrica de tricô é uma boa opção de presente para as garotas e sai por R$ 368. Destaque também para a coleção desenvolvida para o Réveillon. johnjohndenim.com. R. Oscar Freire, 789, Cerqueira César, região oeste, tel. 3061-9906. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 12h às 19h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 9h às 18h. Dia 31: 9h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * LÍQUIDO Nas araras da loja, há peças de moda praia e fitness, como a calça corsário de cós alto que sai por R$ 75. Já os biquínis completos custam R$ 99, mas as partes também podem ser compradas separadamente na liquidação -nesse caso, pode não haver disponibilidade de todos os tamanhos. liquido.com.br. Tietê Plaza Shopping. Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 1.465, Jardim Íris, tel. 3201-9311. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 7. * LOLITTA Lolita Hannud é a estilista responsável por criar a marca feminina com DNA em tricô. A coleção verão 2017 é inspirada nas cores e nas sensações que elas provocam. A grande novidade da temporada são as formas geométricas, figuras gráficas e desenhos. Entre os vestidos longos, há modelos como o "clara", que sai por R$ 6.320. lolitta.com.br. Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel. 3061-2471. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 11h às 20h. Dezembro: mantém os horários. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15. * LOONY JEANSWEAR Diversas linhas de jeans, com diferentes modelagens, são disponibilizadas nessa loja que opera no Brás. Há tamanhos do 34 ao 56. As calças femininas partem de R$ 129,90, os shorts, de R$ 159,90, e as camisas jeans saem na faixa de R$ 169,90. loonyjeans.com.br R. José Paulino, 192, Bom Retiro, tel. 3334-2050. Seg. a sex.: 8h às 18h. Sáb.: 8h às 15h. Dezembro: mantém os horários. Dias 4, 11 e 18: 9h às 14h. Dias 24 e 31: 8h às 12h. Dias 25 e 1º: fechado. CC: todos. * LOUNGERIE Um dos diferenciais da loja é o conceito de "sutiã perfeito": oferece diferentes combinações de tamanho de bojo e costas para um ajuste perfeito ao corpo. Lançamento, a coleção Tease tem peças na cor preta, desenvolvidas com renda e cetim matelassado com detalhes strappy, e os preços das peças variam de R$ 59,90 a R$ 169,90. loungerie.com.br. MorumbiShopping. Av. Roque Petroni Júnior, 1.089, Jardim das Acácias, região sul, tel. 5189-4586. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15. * MALWEE Estampas tropicais e elementos étnicos estão presentes nas roupas da coleção verão 2017 da marca. Há vestido longo estampado por R$ 169,60, macacão jeans, de shorts e regata, por R$ 189,90, entre outros itens estilosos. A linha Malwee Liberta reúne peças para a prática de exercícios físicos. malwee.com.br. Shopping Anália Franco, Av. Regente Feijó, 1.739, Jardim Anália Franco, região leste, tel. 2643-4262. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: a partir do dia 10: seg. a sáb.: 10h às 23h. Dom.: 14h às 21h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 8. * MARISA "De mulher pra mulher" é o famoso slogan da rede de lojas que nasceu em 1948. Na ampla unidade da Paulista, é possível encontrar as opções de verão, com regatas femininas (partindo de R$ 15,99), além de macaquinhos, vestidos e outras. marisa.com.br. Av. Paulista, 1.713, Bela Vista, região central, tel. 3145-1180. Seg. a sáb.: 8h às 21h. Dom.: 10h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. CC: AE, E, H, M, V. a d E outros endereços. * MORENA ROSA Paranaense, a loja reúne roupas, sapatos, acessórios e moda praia feminina. A nova coleção inclui vestidos longos, como o de estampa floral e decote "V" com tiras, que sai por R$ 749,90. Na linha "beachwear", os biquínis partem de R$ 185,90. morenarosa.com.br. Shopping Cidade São Paulo. Av. Paulista, 1.230, Bela Vista, região central, tel. 3595-9072. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. CC: todos. Estac. a partir de R$ 14. * MULATA BRASIL Quem procura por biquínis, com as peças vendidas separadamente, pode procurar nesse endereço. Para a temporada, a marca desenvolveu várias estampas exclusivas. Nas coleções, há "tops" e calcinhas de R$ 60 até R$ 115. Trabalha também com saídas de praia (de R$ 70 até R$ 303), maiôs (de R$ 135 a R$ 339) e acessórios. mulatabrasil.com.br. R. Lemos Conde, 130, Alto de Pinheiros, tel. 3032-4183. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 16h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. * NK STORE A multimarcas, fundada por Natalie Klein, disponibiliza peças de vestuário e acessórios de mais de 20 grifes como Balmain, Stella McCartney, Givenchy, entre outras, além da linha própria: TalieNK e NK Collection. Um dos destaques, a blusa Justine, em georgette de seda estampado, da NK Collection, sai por R$ 1.590,90. nkstore.com.br. R. Sarandi, 34, Cerqueira César, região oeste, tel. 3897-2600. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dezembro: mantém os horários. Dia 18: 11h às 18h. Dia 24: 10h às 14h. Dias 25, 31 e 1º: fechado. Estac. (grátis). * PAGÚ 2ND HAND SHOP Na charmosa casinha, roupas e acessórios de segunda mão, de grifes conceituadas nacionais e internacionais, são vendidos. Os jeans são bastante procurados e podem ser comprados na faixa de R$ 158 a R$ 188. Nos dias 3 e 4/12, será organizada na vila, onde está instalada, uma feira, que reunirá cerca de dez brechós da cidade. R. Oscar Freire, 129, casa 3, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-0387. Seg. a sex.: 11h às 18h30. Sáb.: 11h às 17h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25, 31 e 1º: fechado. Estac. (grátis). * PALANK FASHION Uma das primeiras marcas do Brasil a se dedicar exclusivamente a fabricar roupas ao público "plus size", veste mulheres do tamanho 46 ao 56. Novidade, a camisa jeans (R$ 129,90) tem lavagem moderna e botões perolados e é um dos itens mais vendidos. Destaque também para a blusa Lea Glamour (R$ 169,90), com bordado ao longo do decote. palank.com.br. R. Alfredo Pujol, 157, Santana, tel. 2979-2176. Seg. a sáb.: 9h às 19h. Dezembro: mantém os horários. Dias 4, 11 e 18: 10h às 15h. Dias 25 e 1º: fechado. * PATBO Lançada em 2012, pela estilista Patrícia Bonaldi, sua marca mais jovem e descontraída aposta em macaquinhos, blazers, blusas, "cocktail dresses", saias, shorts e coletes desenvolvidos em tecidos como veludo, couro, renda, seda e chamois. Para o verão, traz nas peças elementos da cultura brasileira, cores da bandeira e formas da natureza, além de combinação de tecidos. Destaque para a camiseta de tule com aplicação de bordado e "patchs" de couro, que pode ser comprada por R$ 1.725. patbo.com.br. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 3152-6580. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. * PATRÍCIA BONALDI Reconhecida pelos seus vestidos de festa supertrabalhados e produzidos manualmente, a marca lança para o verão 2017 peças românticas, clássicas e ao mesmo tempo contemporâneas. A cartela de cores vai do rosa claro ao vermelho, passando pelo verde e pelas estampas únicas desenvolvidas no atelier -o vestido estampado floral de crepe. Pode ser comprado por R$ 2.225. patriciabonaldi.com.br. R. Bela Cintra, 1.951, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-5020. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. Dezembro: mantém os horários. Dias 24, 25, 31 e 1º: fechado * PERNAMBUCANAS A empresa fundada em 1908 é uma rede conhecida por oferecer grande variedade de itens de moda, eletrodomésticos, cama, mesa e banho, utilidades e eletroeletrônicos, entre outros. Entre os destaques para o verão, estão os biquínis de diferentes estampas e formatos, com preços que partem de R$ 19,99 cada peça (tops e calcinhas). pernambucanas.com.br. R. da Consolação, 2403, Cerqueira César, el. 2787-1750. Seg. a sex.: 9h às 20h. Sáb.: 10h às 18h. * PRINTING Mineira, a marca que tem como foco roupas de festas, vem expandindo suas criações. Saias midi, jaquetas bomber, coletes bordados e outras peças versáteis e casuais aparecem na coleção verão 2017 e saem da faixa de R$ 2.300. Há ainda um linha de acessórios, como maxi colares e brincos. printing.art.br. R. Peixoto Gomide, 1.881, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3578-3045. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Dezembro: horário indefinido. * RENNER Na coleção feminina primavera/verão da rede, há sugestões como o macacão com renda, da marca Marfinno (R$ 99,90) e o vestido mullet com renda (R$ 139), da Blue Steel, entre outras peças casuais. As araras e prateleiras disponibilizam ainda calçados e acessórios, além de perfumaria e beleza, com opções de produtos importados. lojasrenner.com.br. MorumbiShopping. Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acácias, região sul, tel. 2165-2800. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h às 20h. CC: todos. E outros endereços * RIACHUELO A rede de "fast fashion" Trabalha com vestuário feminino, masculino e infantojuvenil, além de moda casa e acessórios. Lançou, em parceria com a marca Isolda, uma nova coleção composta por 80 peças, com estampas que remetem à fauna e à flora brasileiras -o top "cropped" estampa pitanga sai por R$ 119,90. riachuelo.com.br. Av. Paulista, 2.277, Bela Vista, tel. 2895-0020. Seg. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 11h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. CC: todos. Estac. (grátis, compras acima de R$ 30). * ROSA CHÁ Tops, colares e brincos para compor o look com saias longas, fendas e recortes inusitados e de inspiração hippie são destaques da grife nesta temporada. Para o alto verão, a marca apostou em cores vibrantes na coleção Pink City. Os tops saem na faixa de R$ 139 e croppeds, em torno de R$ 200. rosacha.com.br Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 4063-7672. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 15 ou valet a partir de R$ 20. * SCALA É pioneira na confecção de calcinhas, sutiãs, tops, blusas confortáveis e pijamas "sem costura". A linha "Cheia de graça" é composta por itens que têm uma renda exclusiva da marca, também sem costura, e proporcionam grande conforto -as calcinhas partem de R$ 34,90. lojascala.com.br. Bourbon Shopping. R. Palestra Itália, 500, Perdizes, tel. 3926-0045. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 9h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. * SHOULDER Com DNA brasileiro e urbano, tem peças práticas e sofisticadas. As coleções contam com roupas e acessórios exclusivos. Vale conferir a saída de praia com renda bordada (R$ 339) e a regata de viscose "off-white" com detalhe de macramê (R$ 179), da coleção alto verão 2017 e novidades. shoulder.com.br. R. Oscar Freire, 819, Cerqueira César, região oeste, tel. 3086-4744. Seg. a sáb.: 9h às 20h. Dom.: 12h às 19h. Dezembro: Seg. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 12h às 20h. Dia 24: 9h às 18h. Dia 31: 9h às 17h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 10 (nº 717). * SIMULTÂNEA O casarão de número 217 da rua Aspicuelta, na Vila Madalena, abriga a loja que vende blusas, saias e vestido feitos artesanalmente pela estilista Tana Millan. Há vestidos longos que saem na faixa de R$ 400. Acessórios e moda casa também fazem parte desta coleção atual. simultanea.com.br. R. Aspicuelta, 217, Vila Madalena, tel. 3031-9408. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h30 às 17h30. Dezembro: dias 1º a 23: seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dias 11 e 18: 11h30 às 17h30. Dia 24: 10h às 16h. Dias 25 e 30/12 a 4/1: fechado. Estac. a partir de R$ 20 (nº 238). * TIGRESSE Prints exclusivas e seda estampada são o forte da marca de Renata Figueiredo. Outra aposta desta estação, o chamois de couro aparece em saias, calças, jaquetas e vestidos de comprimento mídi e acabamento em franjas. Na loja, há peças com preços que vão de R$ 260 a 1.990. tigresse.com.br. R. Melo Alves, 555, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2367-9767. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dezembro: horário indefinido. Estac. (grátis). Valet (grátis). * TRINITÁ Há nove anos no mercado, a marca criada pela paulistana Renata Raimo tem vestidos de festa versáteis e sofisticados, ao mesmo tempo básicos e ousados. A nova coleção traz peças que mesclam tons delicados de rosa e azul claros com cores vibrantes, como amarelo e azul royal. Os vestidos longos saem na faixa de R$ 3.000. trinita.com.br. R. Prof. José Benedito de Camargo, 164, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3063-1032. Seg. a sex.: 10h às 19h30. Sáb.: 11h às 15h. Dezembro: mantém os horários. Dias 22 a 1º: fechado. * TUFI DUEK A nova coleção da marca brasileira traz roupas inspiradas no universo dos marinheiros e no trabalho do tatuador alemão Hebert Hoffmann. A estampa de tatuagem, os "patches" e o universo "navy" são os principais destaques desta temporada, representados em peças de alfaiataria, em malha e vestidos. Os vestidos curtos partem de R$ 640, de malha, a R$ 2.000, de seda, e os longos de R$ 980 a R$ 7.000. tufiduek.com.br. R. Oscar Freire, 916, Cerqueira César, região oeste, tel. 3062-8007. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 13h às 19h. Dezembro: mantém os horários. Dia 24: 10h às 18h. Dias 25, 31 e 1º: fechado. * TVZ Tanto roupas casuais quanto opções para festas (vestidos longos e curtos) são disponibilizados na loja, além de sapatos e acessórios. O top evasê Sublimação (R$ 169,90), em poliéster, e a calça "piquet" Jungle Noveau (R$ 459,90) estão entre os itens casuais recentes mais vendidos. tvz.com.br. MorumbiShopping. Av. Roque Petroni Jr., 1.089, Jardim das Acácias, tel. 3670-7831. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Dia 24: 10h às 18h. Dia 31: 10h às 16h. Dias 25 e 1º: fechado. E outros endereços * VALISERE Com renda de fabricação própria, as roupas íntimas da marca são confortáveis e com um toque "cool". Sutiãs, calcinhas, corselets e camisolas para mais básicos, para o dia a dia e sensuais. Entre as novidades, o "body" regata Lilly, com recorte de renda no decote, sai por R$ 229,90. valisere.com.br. R. Oscar Freire, 849, Cerqueira César, região oeste, tel. 3063-1693. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb.: 10h às 19h. Dom.: 12h às 18h. Dezembro: horário indefinido. * VERSACE A sofisticada marca italiana, fundada em 1978, trabalha com roupas e acessórios -as peças "handmade" são exclusivas e com muita cor. Para o final de ano, o último lançamento da marca é a bolsa Palazzo 7 Bags 7 Cities, inspirada em São Paulo, que sai por R$ 18.800. É uma ótima opção para a mulher moderna. versace.com. Shopping Iguatemi São Paulo. Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3812-9161. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Dezembro: horário indefinido. Estac. a partir de R$ 15. * YOUCOM Voltada aos jovens antenado com as principais tendências de moda, a marca oferece para as mulheres camisetas despojadas, shorts e "croppeds". Para o Natal, a sandália "flatform", que sai por R$ 179,90, é estilosa e uma ótima opção de presente. youcom.com.br. Shopping Frei Caneca. R. Frei Caneca, 569, Consolação, região central, tel. 3587-6696. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 12h30 às 20h. Dezembro: mantém os horários. Dias 24 e 31: 10h às 18h. Dias 25 e 1º: fechado. Estac. a partir de R$ 10. * ZINZANE A loja "fast fashion", que aposta na leveza e no colorido das peças, apresenta na coleção "interferências" estampas de paisagens bucólicas e florais. O vestido longo é o carro-chefe da marca e um dos lançamentos, de estampa coqueiros. Custa R$ 229,99. Já os vestidos de "shape" reto, midi, transpassados e acinturados complementam o mix de modelos. zinzane.com.br. R. João Cachoeira, 1314, Vila Nova Conceição, região oeste, tel. 3044-5534. Seg. a sex.: 9h às 20h. Sáb.: 9h às 18h. CC: todos.
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Gestões de Kassab e Haddad pagaram por reforma 'fantasma' de viaduto
A Prefeitura de São Paulo gastou R$ 5,5 milhões em uma reforma "fantasma" no viaduto Alcântara Machado, que faz a ligação entre o centro e a zona leste da cidade. Auditorias obtidas pela Folha revelam que a obra, que durou 480 dias e foi paga pelas administrações Gilberto Kassab (hoje no PSD) e Fernando Haddad (PT), não foi executada na prática. Apenas 5% do trabalho previsto efetivamente foi feito, e o viaduto Alcântara Machado continua com os mesmos problemas de antes da reforma –uma pintura foi realizada em alguns trechos para disfarçar. A primeira investigação da obra foi finalizada em dezembro de 2016 pela Controladoria Geral do Município. A outra, deste ano, é do Tribunal de Contas do Município. Em abril de 2012, na gestão Kassab, engenheiros da secretaria de obras e da empresa Jofege Pavimentação e Construção elaboraram um relatório conjunto sobre as más condições do viaduto. O texto dizia que o Alcântara Machado requeria uma "intervenção" e que essa intervenção deveria ocorrer "o mais breve possível". O principal problema apontado era o comprometimento das "juntas", o que colocava em "risco a segurança e a estabilidade dos elementos estruturais". Os engenheiros também relatavam problemas de infiltrações e a necessidade "de recuperação dos passeios, onde parte dos ladrilhos estão soltos ou foram arrancados, e nos gradis, que estão bastante oxidados, em situação precária". Com base no relatório, em agosto de 2012, a prefeitura assinou com a própria empresa Jofege o contrato para a recuperação do viaduto. A obra foi prorrogada duas vezes por meio de aditamentos contratuais na gestão Haddad (abril de 2013 e julho de 2013) até que, em 18 de novembro de 2013, houve uma reviravolta no processo. Nesse dia, um ano e três meses após a assinatura do contrato original, a gestão Haddad fez um documento dizendo basicamente que o que era prioridade deixava de ser. No texto, a prefeitura autorizou a empresa a não fazer a solicitada "manutenção das juntas" do viaduto, justamente o serviço mais importante apontado no relatório inicial. A empresa e a gestão Haddad alegaram que a troca das juntas exigiria um grande período de interdição da vias e que a CET só permitia que isso fosse feito em janeiro de 2014, nas férias escolares. O problema era que em janeiro de 2014 o contrato da obra já estaria expirado e não seria mais possível renová-lo por restrição da legislação. Ou seja, depois de estender o prazo de conclusão da obra por duas vezes, a prefeitura entendeu que não tinha como fazer o serviço principal para o qual havia contratado a empresa Jofege. A essa altura, 75% do valor contratual já havia sido executado. Em vez de recuperar a verba e reduzir o valor do contrato, optou-se por utilizar o dinheiro para alegadamente viabilizar outros serviços de manutenção do viaduto. Os auditores da Controladoria Geral do Município não aceitaram a argumentação oficial. Segundo eles, "a interrupção do tráfego era perfeitamente previsível e não deve ser considerada justificativa". Além disso, dizem que "na análise da documentação não foi possível identificar quais serviços adicionais foram realizados em substituição à não troca das juntas". Assim como a Controladoria, o Tribunal de Contas do Município também auditou a obra, em estudo feito sob supervisão do conselheiro relator João Antônio, e apontou uma série de irregularidades no serviço que a Jofege disse ter executado no viaduto. O documento aponta, por exemplo, que a empresa cobrou pelo reparo de 2.551,57 m2 de concreto deteriorado, mas que "há indícios de que na maior parte da zona de intervenção foi executado somente o serviço de pintura". Dos R$ 5,5 milhões pagos, R$ 4,6 milhões foram contabilizados como "prejuízo ao erário". A gestão Kassab pagou R$ 1,05 milhão e a Haddad, R$ 4,45 milhões. OUTRO LADO A Jofege disse à Folha que contesta os apontamentos das auditorias e afirmou ter comprovado de modo cabal a execução dos trabalhos de reforma no viaduto Alcântara Machado, "não tendo recebido pela integralidade dos trabalhos por ela realizados". A empresa afirma que a prefeitura não autorizou a realização de um dos serviços contratados, a substituição de juntas de dilatação do viaduto, "cuja execução ficou prejudicada por impossibilidade de interdição de faixas de trânsito do viaduto". A empresa disse que não recebeu nenhum pagamento pelos serviços que não foram executados. "Os demais serviços contratados foram devidamente realizados, especialmente a recuperação estrutural do viaduto." Em nota, a Jofege salienta que "não há nenhuma decisão definitiva dos órgãos de controle sobre os apontamentos e a defesa". A assessoria do ex-prefeito Hadadd diz que não foi notificada sobre a auditoria do TCM, mas que considera que as obras foram realizadas. Segundo a nota enviada pela equipe de Haddad, o contrato foi assinado por Kassab, mas não houve ordem para o início do serviço. No começo de 2013, diz a assessoria, a administração vistoriou o viaduto e constatou riscos para a segurança do usuário. "A secretaria, então, lançou mão daquele contrato da gestão anterior para realizar as reformas." A assessoria de Gilberto Kassab afirma que na sua gestão "os trabalhos foram iniciados, com a realização de serviços de preparação e detalhamento para as intervenções contratadas, com desembolso correspondente às medições executadas". A assessoria confirma que estavam previstas as trocas das juntas de dilatação e de aparelhos de apoio, além de reparos no pavimento e serviços correlatos. A mudança contratual na qual se decidiu não mais trocar as juntas de dilatação, diz, ocorreu na administração seguinte. A gestão João Doria (PSDB) declara que vai buscar a recuperação dos recursos de qualquer contrato no qual seja apurada irregularidade. Diz também que está realizando estudo para avaliar a situação dos viadutos e pontes da cidade. "Após a conclusão, será traçado um plano de recuperação." De acordo com a equipe de Doria, em relação ao Alcântara Machado, foi constatada a necessidade de realização de manutenção. "Estão sendo avaliadas as intervenções necessárias", afirma.
cotidiano
Gestões de Kassab e Haddad pagaram por reforma 'fantasma' de viadutoA Prefeitura de São Paulo gastou R$ 5,5 milhões em uma reforma "fantasma" no viaduto Alcântara Machado, que faz a ligação entre o centro e a zona leste da cidade. Auditorias obtidas pela Folha revelam que a obra, que durou 480 dias e foi paga pelas administrações Gilberto Kassab (hoje no PSD) e Fernando Haddad (PT), não foi executada na prática. Apenas 5% do trabalho previsto efetivamente foi feito, e o viaduto Alcântara Machado continua com os mesmos problemas de antes da reforma –uma pintura foi realizada em alguns trechos para disfarçar. A primeira investigação da obra foi finalizada em dezembro de 2016 pela Controladoria Geral do Município. A outra, deste ano, é do Tribunal de Contas do Município. Em abril de 2012, na gestão Kassab, engenheiros da secretaria de obras e da empresa Jofege Pavimentação e Construção elaboraram um relatório conjunto sobre as más condições do viaduto. O texto dizia que o Alcântara Machado requeria uma "intervenção" e que essa intervenção deveria ocorrer "o mais breve possível". O principal problema apontado era o comprometimento das "juntas", o que colocava em "risco a segurança e a estabilidade dos elementos estruturais". Os engenheiros também relatavam problemas de infiltrações e a necessidade "de recuperação dos passeios, onde parte dos ladrilhos estão soltos ou foram arrancados, e nos gradis, que estão bastante oxidados, em situação precária". Com base no relatório, em agosto de 2012, a prefeitura assinou com a própria empresa Jofege o contrato para a recuperação do viaduto. A obra foi prorrogada duas vezes por meio de aditamentos contratuais na gestão Haddad (abril de 2013 e julho de 2013) até que, em 18 de novembro de 2013, houve uma reviravolta no processo. Nesse dia, um ano e três meses após a assinatura do contrato original, a gestão Haddad fez um documento dizendo basicamente que o que era prioridade deixava de ser. No texto, a prefeitura autorizou a empresa a não fazer a solicitada "manutenção das juntas" do viaduto, justamente o serviço mais importante apontado no relatório inicial. A empresa e a gestão Haddad alegaram que a troca das juntas exigiria um grande período de interdição da vias e que a CET só permitia que isso fosse feito em janeiro de 2014, nas férias escolares. O problema era que em janeiro de 2014 o contrato da obra já estaria expirado e não seria mais possível renová-lo por restrição da legislação. Ou seja, depois de estender o prazo de conclusão da obra por duas vezes, a prefeitura entendeu que não tinha como fazer o serviço principal para o qual havia contratado a empresa Jofege. A essa altura, 75% do valor contratual já havia sido executado. Em vez de recuperar a verba e reduzir o valor do contrato, optou-se por utilizar o dinheiro para alegadamente viabilizar outros serviços de manutenção do viaduto. Os auditores da Controladoria Geral do Município não aceitaram a argumentação oficial. Segundo eles, "a interrupção do tráfego era perfeitamente previsível e não deve ser considerada justificativa". Além disso, dizem que "na análise da documentação não foi possível identificar quais serviços adicionais foram realizados em substituição à não troca das juntas". Assim como a Controladoria, o Tribunal de Contas do Município também auditou a obra, em estudo feito sob supervisão do conselheiro relator João Antônio, e apontou uma série de irregularidades no serviço que a Jofege disse ter executado no viaduto. O documento aponta, por exemplo, que a empresa cobrou pelo reparo de 2.551,57 m2 de concreto deteriorado, mas que "há indícios de que na maior parte da zona de intervenção foi executado somente o serviço de pintura". Dos R$ 5,5 milhões pagos, R$ 4,6 milhões foram contabilizados como "prejuízo ao erário". A gestão Kassab pagou R$ 1,05 milhão e a Haddad, R$ 4,45 milhões. OUTRO LADO A Jofege disse à Folha que contesta os apontamentos das auditorias e afirmou ter comprovado de modo cabal a execução dos trabalhos de reforma no viaduto Alcântara Machado, "não tendo recebido pela integralidade dos trabalhos por ela realizados". A empresa afirma que a prefeitura não autorizou a realização de um dos serviços contratados, a substituição de juntas de dilatação do viaduto, "cuja execução ficou prejudicada por impossibilidade de interdição de faixas de trânsito do viaduto". A empresa disse que não recebeu nenhum pagamento pelos serviços que não foram executados. "Os demais serviços contratados foram devidamente realizados, especialmente a recuperação estrutural do viaduto." Em nota, a Jofege salienta que "não há nenhuma decisão definitiva dos órgãos de controle sobre os apontamentos e a defesa". A assessoria do ex-prefeito Hadadd diz que não foi notificada sobre a auditoria do TCM, mas que considera que as obras foram realizadas. Segundo a nota enviada pela equipe de Haddad, o contrato foi assinado por Kassab, mas não houve ordem para o início do serviço. No começo de 2013, diz a assessoria, a administração vistoriou o viaduto e constatou riscos para a segurança do usuário. "A secretaria, então, lançou mão daquele contrato da gestão anterior para realizar as reformas." A assessoria de Gilberto Kassab afirma que na sua gestão "os trabalhos foram iniciados, com a realização de serviços de preparação e detalhamento para as intervenções contratadas, com desembolso correspondente às medições executadas". A assessoria confirma que estavam previstas as trocas das juntas de dilatação e de aparelhos de apoio, além de reparos no pavimento e serviços correlatos. A mudança contratual na qual se decidiu não mais trocar as juntas de dilatação, diz, ocorreu na administração seguinte. A gestão João Doria (PSDB) declara que vai buscar a recuperação dos recursos de qualquer contrato no qual seja apurada irregularidade. Diz também que está realizando estudo para avaliar a situação dos viadutos e pontes da cidade. "Após a conclusão, será traçado um plano de recuperação." De acordo com a equipe de Doria, em relação ao Alcântara Machado, foi constatada a necessidade de realização de manutenção. "Estão sendo avaliadas as intervenções necessárias", afirma.
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Experimentos mostram que poder corrompe
"O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente." A frase do barão John Dalberg-Acton, mais conhecido como lorde Acton, vem ganhando inesperado apoio de uma série de experimentos científicos. Quem se debruça sobre a questão é o psicólogo Dacher Keltner (Berkeley) no recém-lançado "The Power Paradox" (o paradoxo do poder). O autor defende a tese de que, ao contrário do que sugeria Maquiavel, o caminho para conquistar e manter o poder, seja num país, seja num grupo menor, é ser bonzinho e ajudar os outros. Se as coisas terminassem aqui, viveríamos no melhor dos mundos. Mas a história continua. Depois que a empatia e a inteligência social fazem com que o sujeito chegue a uma posição de comando, ele tende a experimentar uma série de processos mentais que favorecem o aumento da impulsividade e a redução da empatia. É aqui que o sujeito legal pode tornar-se um sociopata, e o bom político se converte no tirano. Keltner busca substanciar essa teoria numa série de experimentos psicológicos que mostram que, quando as pessoas se sentem mais poderosas, elas tendem a comer mais impulsivamente, ter mais casos extraconjugais, violar mais as leis de trânsito e trapacear com maior desenvoltura. Isso ocorre não apenas com políticos, mas também com pessoas comuns. Motoristas de carrões caros dão quatro vezes mais fechadas em outros veículos do que condutores de modelos mais simples. Psicologia, porém, não é necessariamente destino. Keltner, que tenta aliar seus achados com os princípios da psicologia positiva, acredita que, se as pessoas em posição de comando estiverem cientes do risco de perder a empatia, podem se policiar para evitar o paradoxo do poder. Não estou tão seguro dessa última parte, mas "The Power..." é uma leitura interessante, que reforça a necessidade de zelarmos pela alternância do poder nas democracias.
colunas
Experimentos mostram que poder corrompe"O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente." A frase do barão John Dalberg-Acton, mais conhecido como lorde Acton, vem ganhando inesperado apoio de uma série de experimentos científicos. Quem se debruça sobre a questão é o psicólogo Dacher Keltner (Berkeley) no recém-lançado "The Power Paradox" (o paradoxo do poder). O autor defende a tese de que, ao contrário do que sugeria Maquiavel, o caminho para conquistar e manter o poder, seja num país, seja num grupo menor, é ser bonzinho e ajudar os outros. Se as coisas terminassem aqui, viveríamos no melhor dos mundos. Mas a história continua. Depois que a empatia e a inteligência social fazem com que o sujeito chegue a uma posição de comando, ele tende a experimentar uma série de processos mentais que favorecem o aumento da impulsividade e a redução da empatia. É aqui que o sujeito legal pode tornar-se um sociopata, e o bom político se converte no tirano. Keltner busca substanciar essa teoria numa série de experimentos psicológicos que mostram que, quando as pessoas se sentem mais poderosas, elas tendem a comer mais impulsivamente, ter mais casos extraconjugais, violar mais as leis de trânsito e trapacear com maior desenvoltura. Isso ocorre não apenas com políticos, mas também com pessoas comuns. Motoristas de carrões caros dão quatro vezes mais fechadas em outros veículos do que condutores de modelos mais simples. Psicologia, porém, não é necessariamente destino. Keltner, que tenta aliar seus achados com os princípios da psicologia positiva, acredita que, se as pessoas em posição de comando estiverem cientes do risco de perder a empatia, podem se policiar para evitar o paradoxo do poder. Não estou tão seguro dessa última parte, mas "The Power..." é uma leitura interessante, que reforça a necessidade de zelarmos pela alternância do poder nas democracias.
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Agentes de insegurança
Impossível não se alarmar com o resultado de pesquisa feita pelo Datafolha em cidades com mais de 100 mil habitantes: 62% dos entrevistados dizem ter medo de sofrer algum tipo de violência por parte da Polícia Militar –e 53% quando se pergunta sobre a Polícia Civil. Em outras palavras, funcionários públicos encarregados de proteger os cidadãos são vistos pela maioria como fonte de insegurança, receio, temor. Trata-se de completa inversão de valores, mas nem por isso, infelizmente, o percentual revelado pelo levantamento chega a causar grande surpresa. Sabe-se muito bem o que está por trás dessa percepção majoritária: a rotina de abusos e assassinatos cometidos por policiais, muitos dos quais seduzidos por uma cultura do arbítrio incompatível com os padrões democráticos. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2013, nada menos que 2.212 pessoas morreram pelas mãos de agentes da lei. Em cinco anos (de 2009 a 2013), as forças de segurança por aqui foram responsáveis diretas por 11.197 mortes; nos EUA, com uma população 60% maior, cifra parecida (11.090) foi atingida em três décadas. Às estatísticas anônimas se somam diversos casos com maior ou menor notoriedade, como o inexplicado desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza na favela da Rocinha, no Rio, há dois anos. As suspeitas, como se sabe, recaem sobre integrantes da Unidade de Polícia Pacificadora local. A julgar por inaceitável prática identificada pela ONG Anistia Internacional, é provável que o episódio termine sem nenhuma condenação. Em relatório recente, a organização afirma que, em 2011, por exemplo, dos 220 processos administrativos abertos, só 1 desaguou em denúncia à Justiça, enquanto 183 permanecem inconclusos. Tal situação, obviamente, não é gratuita. Segundo a Anistia Internacional, quando há policiais envolvidos em algum delito, "as investigações são frequentemente prejudicadas pela alteração das cenas dos crimes", e testemunhas, com "medo de retaliações", quase nunca prestam depoimentos. Pode-se afirmar, sem receio de errar, que o costume do acobertamento se repete nos outros Estados brasileiros. Os governantes precisam se dar conta de que, para melhorar a segurança pública, precisam aprimorar o trabalho de suas forças policiais –processo que, necessariamente, inclui pôr fim à impunidade corporativista. [email protected]
opiniao
Agentes de insegurançaImpossível não se alarmar com o resultado de pesquisa feita pelo Datafolha em cidades com mais de 100 mil habitantes: 62% dos entrevistados dizem ter medo de sofrer algum tipo de violência por parte da Polícia Militar –e 53% quando se pergunta sobre a Polícia Civil. Em outras palavras, funcionários públicos encarregados de proteger os cidadãos são vistos pela maioria como fonte de insegurança, receio, temor. Trata-se de completa inversão de valores, mas nem por isso, infelizmente, o percentual revelado pelo levantamento chega a causar grande surpresa. Sabe-se muito bem o que está por trás dessa percepção majoritária: a rotina de abusos e assassinatos cometidos por policiais, muitos dos quais seduzidos por uma cultura do arbítrio incompatível com os padrões democráticos. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2013, nada menos que 2.212 pessoas morreram pelas mãos de agentes da lei. Em cinco anos (de 2009 a 2013), as forças de segurança por aqui foram responsáveis diretas por 11.197 mortes; nos EUA, com uma população 60% maior, cifra parecida (11.090) foi atingida em três décadas. Às estatísticas anônimas se somam diversos casos com maior ou menor notoriedade, como o inexplicado desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza na favela da Rocinha, no Rio, há dois anos. As suspeitas, como se sabe, recaem sobre integrantes da Unidade de Polícia Pacificadora local. A julgar por inaceitável prática identificada pela ONG Anistia Internacional, é provável que o episódio termine sem nenhuma condenação. Em relatório recente, a organização afirma que, em 2011, por exemplo, dos 220 processos administrativos abertos, só 1 desaguou em denúncia à Justiça, enquanto 183 permanecem inconclusos. Tal situação, obviamente, não é gratuita. Segundo a Anistia Internacional, quando há policiais envolvidos em algum delito, "as investigações são frequentemente prejudicadas pela alteração das cenas dos crimes", e testemunhas, com "medo de retaliações", quase nunca prestam depoimentos. Pode-se afirmar, sem receio de errar, que o costume do acobertamento se repete nos outros Estados brasileiros. Os governantes precisam se dar conta de que, para melhorar a segurança pública, precisam aprimorar o trabalho de suas forças policiais –processo que, necessariamente, inclui pôr fim à impunidade corporativista. [email protected]
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IBM faz parceria por aplicativos com a maior operadora do mundo, chinesa
A IBM fez um acordo com a China Telecom para oferecer e administrar aplicativos móveis para empresas. O acordo prevê que a estatal chinesa vai hospedar servidores da IBM que ajudem empresas a administrar aplicativos voltados a iPhones e iPads. Os servidores da IBM são MobileFirst, em colaboração com a Apple. A IBM lançou vários aplicativos para iPhones e iPads que ajudam transportadoras a administrar fretes ou fornecer registros de saúde para médicos fora de seus consultórios. CONSULTORIA Alguns dos principais acionistas da IBM, decepcionados com 11 trimestres consecutivos de queda das receitas, buscam ajuda de investidores ativistas para chacoalhar a companhia, mas foram rejeitados tanto pela Pershing Square, de Bill Ackman, como pela ValueAct, de Jeffrey Ubben, segundo fontes a par do assunto. A International Business Machines teve um possível ataque de fundos de hedge ativistas proeminentes, e está trabalhando com dois bancos de investimento para formular um plano de defesa, de acordo com as fontes. Questionada, a IBM disse que "continua executando sua estratégia –fazer investimentos em áreas de crescimento como análise e nuvem, reinventando negócios-chave e dando retorno aos acionistas. Estamos administrando para o longo prazo." A empresa norte-americana, avaliada em cerca de US$ 160 bilhões, teve dificuldades para se transformar de uma empresa de hardware de baixas margens para uma de serviços e de softwares baseados em nuvem. Alguns acionistas da IBM estão tentando persuadir ativistas proeminentes a construir posições na companhia e criar formas de ampliar seu valor, disseram pessoas próximas ao tema.
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IBM faz parceria por aplicativos com a maior operadora do mundo, chinesaA IBM fez um acordo com a China Telecom para oferecer e administrar aplicativos móveis para empresas. O acordo prevê que a estatal chinesa vai hospedar servidores da IBM que ajudem empresas a administrar aplicativos voltados a iPhones e iPads. Os servidores da IBM são MobileFirst, em colaboração com a Apple. A IBM lançou vários aplicativos para iPhones e iPads que ajudam transportadoras a administrar fretes ou fornecer registros de saúde para médicos fora de seus consultórios. CONSULTORIA Alguns dos principais acionistas da IBM, decepcionados com 11 trimestres consecutivos de queda das receitas, buscam ajuda de investidores ativistas para chacoalhar a companhia, mas foram rejeitados tanto pela Pershing Square, de Bill Ackman, como pela ValueAct, de Jeffrey Ubben, segundo fontes a par do assunto. A International Business Machines teve um possível ataque de fundos de hedge ativistas proeminentes, e está trabalhando com dois bancos de investimento para formular um plano de defesa, de acordo com as fontes. Questionada, a IBM disse que "continua executando sua estratégia –fazer investimentos em áreas de crescimento como análise e nuvem, reinventando negócios-chave e dando retorno aos acionistas. Estamos administrando para o longo prazo." A empresa norte-americana, avaliada em cerca de US$ 160 bilhões, teve dificuldades para se transformar de uma empresa de hardware de baixas margens para uma de serviços e de softwares baseados em nuvem. Alguns acionistas da IBM estão tentando persuadir ativistas proeminentes a construir posições na companhia e criar formas de ampliar seu valor, disseram pessoas próximas ao tema.
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Lance virtual por 'molho especial' do Big Mac já atinge R$ 50 mil
Um leilão virtual promovido pela rede de fast-food Mc Donald's por garrafas do molho especial usado para preparar seu mais famoso sanduíche, o Big Mac, atingiu lances de até US$ 18 mil (R$ 50 mil). Toda a arrecadação irá para as instituições de caridade ligadas à Fundação Ronald McDonald, que apoia crianças com problemas de saúde. O leilão, anunciado no site eBay, inclui 200 garrafas de 500 ml do molho especial e será realizado a partir desta segunda-feira (9) até quarta (11). Restrito à Austrália, o anúncio virtual já atraiu 135 lances e a expectativa é de que o valor do molho aumente nos próximos dias. De acordo com o Mc Donald's, as garrafas não "serão vendidas em nossos restaurantes. Isso as torna tão mais raras do que um lugar na praia de Bondi (em Sydney) no dia do Ano Novo". "Por muito tempo o molho especial do Big Mac ficou restrito ao hambúrguer lindo e delicioso –agora, nós o libertamos". Os clientes do McDonald's na Austrália poderão comprar somente sachês de 25 ml do molho nas lojas da rede neste mês. Algumas pessoas já demonstraram intenção de vendê-los no eBay por valores entre oito a 50 dólares australianos (R$ 17 a R$ 106). O produto é conhecido por conter ingredientes tais como gemas de ovos salgados, mostarda, cebola, alho e condimento. A receita está disponível on-line, mas a recriação da mistura exata é um desafio. O McDonald's é a maior cadeia de restaurantes fast-food do mundo e possui 36 mil pontos de venda em mais de 100 países.
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Lance virtual por 'molho especial' do Big Mac já atinge R$ 50 milUm leilão virtual promovido pela rede de fast-food Mc Donald's por garrafas do molho especial usado para preparar seu mais famoso sanduíche, o Big Mac, atingiu lances de até US$ 18 mil (R$ 50 mil). Toda a arrecadação irá para as instituições de caridade ligadas à Fundação Ronald McDonald, que apoia crianças com problemas de saúde. O leilão, anunciado no site eBay, inclui 200 garrafas de 500 ml do molho especial e será realizado a partir desta segunda-feira (9) até quarta (11). Restrito à Austrália, o anúncio virtual já atraiu 135 lances e a expectativa é de que o valor do molho aumente nos próximos dias. De acordo com o Mc Donald's, as garrafas não "serão vendidas em nossos restaurantes. Isso as torna tão mais raras do que um lugar na praia de Bondi (em Sydney) no dia do Ano Novo". "Por muito tempo o molho especial do Big Mac ficou restrito ao hambúrguer lindo e delicioso –agora, nós o libertamos". Os clientes do McDonald's na Austrália poderão comprar somente sachês de 25 ml do molho nas lojas da rede neste mês. Algumas pessoas já demonstraram intenção de vendê-los no eBay por valores entre oito a 50 dólares australianos (R$ 17 a R$ 106). O produto é conhecido por conter ingredientes tais como gemas de ovos salgados, mostarda, cebola, alho e condimento. A receita está disponível on-line, mas a recriação da mistura exata é um desafio. O McDonald's é a maior cadeia de restaurantes fast-food do mundo e possui 36 mil pontos de venda em mais de 100 países.
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86% dos diretores dizem que falta material em escolas municipais de SP
Uma pesquisa realizada com gestores das escolas municipais de São Paulo revela descontentamento com as condições de trabalho na rede. No levantamento, 66% dos profissionais dizem que o material didático oferecido pela gestão Fernando Haddad (PT) é inadequado e, para 86%, é insuficiente. A pesquisa Retrato da Rede é realizada pelo Sinesp (Sindicato de gestores da rede municipal). Foram ouvidos 575 gestores -11% dos diretores, supervisores e coordenadores da rede. ESTRUTURA - O que diretores de escolas municipais de São Paulo dizem A coordenadora pedagógica Katia Morais, 41, critica o modo centralizado, sem a participação de quem está na escola, das decisões de compra de materiais. "Talvez o que o professor quer aqui é diferente em outras escolas". Morais atua em uma escola de educação infantil na Brasilândia, zona norte. Segundo ela, a baixa qualidade dos materiais faz com que tudo acabe antes do fim do ano. "Chega pouca tinta, pouca variedade de papeis para as crianças pequenas", diz. "Aponta o lápis e já quebra, a massinha endurece em alguns dias. Assim, temos que repor com o dinheiro da escola, ao invés de comprar outras opções". Neste ano, a gestão Fernando Haddad (PT) atrasou o envio de materiais pedagógicos para os alunos. Boa parte das escolas recebeu os kits só em abril (aulas começaram em fevereiro). A coordenadora ainda reclama da lotação de salas. Na escola dela, as nove salas de pré-escola têm 35 crianças (de 4 a 5 anos). A norma da própria prefeitura prevê o máximo de 29 alunos por sala. Como a Folha revelou em março, a gestão tem "[lotado classes":http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/03/1749930-gestao-haddad-lota-classes-para-ampliar-matriculas-na-pre-escola.shtml. Nas turmas que atendem crianças de 5 anos, a média está em 32 alunos por sala. Nas de 4 anos, 30. Um terço dos gestores dizem que estão em escolas com salas lotadas. Cerca de 74% relatam falta de profissionais nas escolas. CONTINUIDADE O sociólogo Rudá Ricci, que coordena o levantamento, diz que os resultados ao longo dos anos mostram uma continuidade dos problemas nas condições de trabalho. Esta é a 12ª edição da pesquisa. Para ele, falta disposição de diálogo com quem está na escola por parte do governo. "Muda o prefeito, o partido, mas existe um problema estrutural na rede de ausência de escuta", diz. "A gestão é autoritária na tomada das decisões, não ouve a rede". VIOLÊNCIA - O que diretores de escolas municipais de São Paulo dizem SAÚDE - O que diretores de escolas municipais de São Paulo dizem O presidente do Sinesp, Luiz Carlos Ghilardi, chama a atenção para os resultados relacionados à insegurança. Nos dois últimos anos, 72% dos profissionais ouvidos afirmam que se sentem inseguros. "Temos várias reivindicações em termos de violência, espaço físico e saúde, mas falta vontade de politica e sobra burocracia". De acordo com a pesquisa, 83% afirmam que a saúde é influenciada negativamente pelas condições de trabalho. Além disso, 93% dos profissionais trabalharam com dor ou febre no último ano. OUTRO LADO A secretaria de Educação não comentou a pesquisa. Argumentou que o diálogo com os educadores está entre as prioridades da gestão. Em nota, a pasta afirma que investiu este ano R$ 105 milhões na aquisição de uniforme escolar e R$ 15 milhões em kits de material escolar. "Foram distribuídos cerca de 850 mil kits", diz a secretaria. A prefeitura promete que, a partir de agosto, 800 guardas civis metropolitanos serão destacados para dar segurança diária a 300 escolas. A secretaria pontua que iniciou em 2016 o Programa Paz nas Escolas, que envolve comissões de mediação de Conflitos nas diretorias Regionais de ensino. Segundo a gestão, há oscilação nas equipes por causa licenças por motivo de saúde, aposentadorias e exonerações. Em quatro anos, defende a prefeitura, foram nomeados 17 mil profissionais.
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86% dos diretores dizem que falta material em escolas municipais de SPUma pesquisa realizada com gestores das escolas municipais de São Paulo revela descontentamento com as condições de trabalho na rede. No levantamento, 66% dos profissionais dizem que o material didático oferecido pela gestão Fernando Haddad (PT) é inadequado e, para 86%, é insuficiente. A pesquisa Retrato da Rede é realizada pelo Sinesp (Sindicato de gestores da rede municipal). Foram ouvidos 575 gestores -11% dos diretores, supervisores e coordenadores da rede. ESTRUTURA - O que diretores de escolas municipais de São Paulo dizem A coordenadora pedagógica Katia Morais, 41, critica o modo centralizado, sem a participação de quem está na escola, das decisões de compra de materiais. "Talvez o que o professor quer aqui é diferente em outras escolas". Morais atua em uma escola de educação infantil na Brasilândia, zona norte. Segundo ela, a baixa qualidade dos materiais faz com que tudo acabe antes do fim do ano. "Chega pouca tinta, pouca variedade de papeis para as crianças pequenas", diz. "Aponta o lápis e já quebra, a massinha endurece em alguns dias. Assim, temos que repor com o dinheiro da escola, ao invés de comprar outras opções". Neste ano, a gestão Fernando Haddad (PT) atrasou o envio de materiais pedagógicos para os alunos. Boa parte das escolas recebeu os kits só em abril (aulas começaram em fevereiro). A coordenadora ainda reclama da lotação de salas. Na escola dela, as nove salas de pré-escola têm 35 crianças (de 4 a 5 anos). A norma da própria prefeitura prevê o máximo de 29 alunos por sala. Como a Folha revelou em março, a gestão tem "[lotado classes":http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/03/1749930-gestao-haddad-lota-classes-para-ampliar-matriculas-na-pre-escola.shtml. Nas turmas que atendem crianças de 5 anos, a média está em 32 alunos por sala. Nas de 4 anos, 30. Um terço dos gestores dizem que estão em escolas com salas lotadas. Cerca de 74% relatam falta de profissionais nas escolas. CONTINUIDADE O sociólogo Rudá Ricci, que coordena o levantamento, diz que os resultados ao longo dos anos mostram uma continuidade dos problemas nas condições de trabalho. Esta é a 12ª edição da pesquisa. Para ele, falta disposição de diálogo com quem está na escola por parte do governo. "Muda o prefeito, o partido, mas existe um problema estrutural na rede de ausência de escuta", diz. "A gestão é autoritária na tomada das decisões, não ouve a rede". VIOLÊNCIA - O que diretores de escolas municipais de São Paulo dizem SAÚDE - O que diretores de escolas municipais de São Paulo dizem O presidente do Sinesp, Luiz Carlos Ghilardi, chama a atenção para os resultados relacionados à insegurança. Nos dois últimos anos, 72% dos profissionais ouvidos afirmam que se sentem inseguros. "Temos várias reivindicações em termos de violência, espaço físico e saúde, mas falta vontade de politica e sobra burocracia". De acordo com a pesquisa, 83% afirmam que a saúde é influenciada negativamente pelas condições de trabalho. Além disso, 93% dos profissionais trabalharam com dor ou febre no último ano. OUTRO LADO A secretaria de Educação não comentou a pesquisa. Argumentou que o diálogo com os educadores está entre as prioridades da gestão. Em nota, a pasta afirma que investiu este ano R$ 105 milhões na aquisição de uniforme escolar e R$ 15 milhões em kits de material escolar. "Foram distribuídos cerca de 850 mil kits", diz a secretaria. A prefeitura promete que, a partir de agosto, 800 guardas civis metropolitanos serão destacados para dar segurança diária a 300 escolas. A secretaria pontua que iniciou em 2016 o Programa Paz nas Escolas, que envolve comissões de mediação de Conflitos nas diretorias Regionais de ensino. Segundo a gestão, há oscilação nas equipes por causa licenças por motivo de saúde, aposentadorias e exonerações. Em quatro anos, defende a prefeitura, foram nomeados 17 mil profissionais.
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Fachin derruba decisão do presidente do STF sobre prisão em 2ª instância
Em meio às resistências de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em aplicar a prisão em segunda instância, o ministro Edson Fachin cobrou "estabilidade" aos entendimentos fixados pelo próprio tribunal. O recado foi transmitido por Fachin ao derrubar uma decisão do presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, e mandar de volta à prisão o prefeito José Vieira da Silva, de Marizópolis, no interior da Paraíba. Durante o recesso do Supremo no mês passado, Lewandowski concedeu uma liminar e tirou da cadeia o prefeito, que foi condenado por um tribunal de segunda instância. Silva foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que determinou a execução provisória da pena de 4 anos e 11 meses de prisão por fraude em licitações e desvio de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo Lewandowski, a pena não deveria ser executada porque ele foi condenado em única instância e a condenação só deve ocorrer quando não houver mais chance de recursos. Para o ministro, o Supremo assegura que se deve "prestigiar o princípio da presunção de inocência" e o precedente de prisão antes do fim dos recursos não pode ser aplicado de forma indiscriminada e automática a todos os casos, sem levar em conta o princípio da individualização da pena. Em fevereiro, por 7 votos a 4, a maioria do STF estabeleceu que era possível ocorrer a prisão antes da condenação definitiva. A decisão não era vinculativa, portanto, não obrigava que as instâncias inferiores adotassem a prática, mas serviu de orientação e foi alvo de críticas especialmente de advogados. Além de Lewandowski, o ministro Celso de Mello também uma liminar (decisão provisória) para suspender a execução de mandado de prisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que determinou o cumprimento da pena de um réu antes de esgotadas todas as chances de recurso. Ao reavaliar o caso do prefeito de Marizópolis, Fachin disse que é preciso conferir equilíbrio aos entendimentos adotados pela Corte e que, no julgamento da segunda instância, o plenário não tratou "apenas peculiaridades" do caso concreto no habeas corpus o que indica a intenção dos ministros de "indicar a compreensão" sobre o tema. "A decisão proferida no HC 126.292/SP realmente não ostenta caráter erga omnes ou vinculante, nada obstante impede que a Corte confira estabilidade a sua própria jurisprudência, ressalvados por evidente doutos entendimentos divergentes na fixação de teses majoritárias. Entendo que a decisão tomada pelo Plenário não teve, a rigor, como base apenas peculiaridades do referido caso concreto, tanto que culminou na edição de tese que, dentre outras funções, exerce a tarefa de indicar, em sentido geral, a compreensão da Corte Suprema sobre dada matéria", afirmou Fachin. Fachin afirmou ainda sobre o caso de Silva que o Supremo impede que o tribunal analise habeas corpus rejeitado por outro ministro de corte superior, o STJ já havia negado liminar ao prefeito. Na avaliação de Fachin, apenas um flagrante constrangimento ilegal poderia ser usado para concessão de um habeas corpus. O ministro disse que a defesa teve a situação analisada pelo próprio TRF-5, que manteve a condenação. Portanto, para ele, houve possibilidade de recurso. No STF, duas ações que tentam reformar o entendimento do plenário e podem ser julgadas neste semestre. Elas foram apresentadas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pelo Partido Ecológico Nacional e são relatadas pelo ministro Marco Aurélio Mello. A OAB e o partido alegam que o princípio constitucional da presunção de inocência não permite a prisão enquanto houver direito a recurso. A assessoria do STF informou que Lewandowski não vai se manifestar sobre a decisão de Fachin.
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Fachin derruba decisão do presidente do STF sobre prisão em 2ª instânciaEm meio às resistências de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em aplicar a prisão em segunda instância, o ministro Edson Fachin cobrou "estabilidade" aos entendimentos fixados pelo próprio tribunal. O recado foi transmitido por Fachin ao derrubar uma decisão do presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, e mandar de volta à prisão o prefeito José Vieira da Silva, de Marizópolis, no interior da Paraíba. Durante o recesso do Supremo no mês passado, Lewandowski concedeu uma liminar e tirou da cadeia o prefeito, que foi condenado por um tribunal de segunda instância. Silva foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que determinou a execução provisória da pena de 4 anos e 11 meses de prisão por fraude em licitações e desvio de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo Lewandowski, a pena não deveria ser executada porque ele foi condenado em única instância e a condenação só deve ocorrer quando não houver mais chance de recursos. Para o ministro, o Supremo assegura que se deve "prestigiar o princípio da presunção de inocência" e o precedente de prisão antes do fim dos recursos não pode ser aplicado de forma indiscriminada e automática a todos os casos, sem levar em conta o princípio da individualização da pena. Em fevereiro, por 7 votos a 4, a maioria do STF estabeleceu que era possível ocorrer a prisão antes da condenação definitiva. A decisão não era vinculativa, portanto, não obrigava que as instâncias inferiores adotassem a prática, mas serviu de orientação e foi alvo de críticas especialmente de advogados. Além de Lewandowski, o ministro Celso de Mello também uma liminar (decisão provisória) para suspender a execução de mandado de prisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que determinou o cumprimento da pena de um réu antes de esgotadas todas as chances de recurso. Ao reavaliar o caso do prefeito de Marizópolis, Fachin disse que é preciso conferir equilíbrio aos entendimentos adotados pela Corte e que, no julgamento da segunda instância, o plenário não tratou "apenas peculiaridades" do caso concreto no habeas corpus o que indica a intenção dos ministros de "indicar a compreensão" sobre o tema. "A decisão proferida no HC 126.292/SP realmente não ostenta caráter erga omnes ou vinculante, nada obstante impede que a Corte confira estabilidade a sua própria jurisprudência, ressalvados por evidente doutos entendimentos divergentes na fixação de teses majoritárias. Entendo que a decisão tomada pelo Plenário não teve, a rigor, como base apenas peculiaridades do referido caso concreto, tanto que culminou na edição de tese que, dentre outras funções, exerce a tarefa de indicar, em sentido geral, a compreensão da Corte Suprema sobre dada matéria", afirmou Fachin. Fachin afirmou ainda sobre o caso de Silva que o Supremo impede que o tribunal analise habeas corpus rejeitado por outro ministro de corte superior, o STJ já havia negado liminar ao prefeito. Na avaliação de Fachin, apenas um flagrante constrangimento ilegal poderia ser usado para concessão de um habeas corpus. O ministro disse que a defesa teve a situação analisada pelo próprio TRF-5, que manteve a condenação. Portanto, para ele, houve possibilidade de recurso. No STF, duas ações que tentam reformar o entendimento do plenário e podem ser julgadas neste semestre. Elas foram apresentadas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pelo Partido Ecológico Nacional e são relatadas pelo ministro Marco Aurélio Mello. A OAB e o partido alegam que o princípio constitucional da presunção de inocência não permite a prisão enquanto houver direito a recurso. A assessoria do STF informou que Lewandowski não vai se manifestar sobre a decisão de Fachin.
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Paulistanos apontam Outback e Coco Bambu como os melhores restaurantes para ir com a família
DE SÃO PAULO O cardápio do Outback é daqueles para contar história: e-nor-me, a listar hambúrgueres, sopas, saladas e pratos de massa, frango, peixe, carne vermelha. A procura, no entanto, fica concentrada em duas estrelas: a bloomin' onion, ostensiva cebola empanada cortada em formato de flor, cuja picância atiça a boca, e a ribs on the barbie, uma portentosa costela ao molho barbecue, servida na companhia de batata frita e maçãs cozidas com canela e pimenta. Outras marcas da rede: refrigerante à vontade, por preço fixo, música alta e filas badaladas que viraram parte do programa. Também é rede, aliás, a casa que divide o pódio de melhor lugar para ir com a família. O Coco Bambu tem raízes em Fortaleza e aposta em peixes e frutos do mar servidos em salões amplos e confortáveis. Fizeram fama ali o polvo com batatas ao forno, o escondidinho de caranguejo e os camarões em diversos preparos, como o gratinado com mozarela e coberto com batata palha. Os pratos são fartos e podem ser compartilhados —estimulam, portanto, a comunhão à mesa. * Coco Bambu. Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade, 737, Vila Nova Conceição, tel. 3051-5255. Outback Steakhouse. Av. Moaci, 187, Indianópolis, tel. 5096-7713.
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Paulistanos apontam Outback e Coco Bambu como os melhores restaurantes para ir com a famíliaDE SÃO PAULO O cardápio do Outback é daqueles para contar história: e-nor-me, a listar hambúrgueres, sopas, saladas e pratos de massa, frango, peixe, carne vermelha. A procura, no entanto, fica concentrada em duas estrelas: a bloomin' onion, ostensiva cebola empanada cortada em formato de flor, cuja picância atiça a boca, e a ribs on the barbie, uma portentosa costela ao molho barbecue, servida na companhia de batata frita e maçãs cozidas com canela e pimenta. Outras marcas da rede: refrigerante à vontade, por preço fixo, música alta e filas badaladas que viraram parte do programa. Também é rede, aliás, a casa que divide o pódio de melhor lugar para ir com a família. O Coco Bambu tem raízes em Fortaleza e aposta em peixes e frutos do mar servidos em salões amplos e confortáveis. Fizeram fama ali o polvo com batatas ao forno, o escondidinho de caranguejo e os camarões em diversos preparos, como o gratinado com mozarela e coberto com batata palha. Os pratos são fartos e podem ser compartilhados —estimulam, portanto, a comunhão à mesa. * Coco Bambu. Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade, 737, Vila Nova Conceição, tel. 3051-5255. Outback Steakhouse. Av. Moaci, 187, Indianópolis, tel. 5096-7713.
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Jogadores do Atlético Nacional pedem que o título seja dado à Chapecoense
Jogadores do Atlético Nacional pedem que o título da Copa Sul-Americana seja entregue à Chapecoense. As equipes se enfrentariam nesta quarta-feira (30) em Medellín no primeiro jogo da final do torneio, mas um acidente aéreo em La Unión, cidade próxima a Medellín, vitimou ao menos 71 pessoas, quase todas ligadas ao time catarinense. "Tomaremos isso como aviso de Deus para seguir melhorando nossa vida pessoal, seguir acreditando em nós mesmos. Vamos esperar a determinação da Conmebol, mas nós queremos que declare obviamente campeão a Chapecoense. E depois vamos ver o que acontece. A iniciativa é nossa e do mundo do futebol. Esperamos que a Conmebol tome essa decisão", disse o lateral Gilberto Garcia em nome de todo o elenco do clube em entrevista à TV local WinSports. Gilberto Garcia Autoridades colombianas informaram nesta terça-feira (29) que ao menos 71 pessoas podem ter morrido durante a queda de um avião na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Entre as vítimas, estava a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros. O time disputaria nesta quarta (30) a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. A informação foi inicialmente divulgada pelo general José Acevedo Ossa, membro da polícia local e responsável pelo resgate, e foi posteriormente confirmada pelo prefeito de Medellín Federico Guitiérrez Zuluaga. Contudo, as autoridades colombianas ainda não localizaram todos os corpos, por isso, pode haver alteração no número de vítimas. O voo da empresa Lamia, proveniente da Bolívia, transportava 9 tripulantes e 68 passageiros. Ao menos 22 jornalistas da Fox Sports, da Globo, RBS e rádios estavam no voo. As autoridades colombianas informaram que havia seis sobreviventes -um não teve o nome divulgado. Sobreviveram os jogadores Alan Ruschel, Jackson Ragnar Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto e o jornalista Rafael Henzel Valmorbida, além dos integrantes da tripulação Ximena Suárez e Erwin Tumiri. As autoridades aeronáuticas colombianas inicialmente divulgaram uma lista com seis nomes que não incluía Zampier Neto –o jogador não havia sido encontrado pela equipe de resgate. Na listagem oficial, constava o goleiro Marcos Danilo Padilha que, segundo a Cruz Vermelha colombiana, havia sido resgatado, mas não havia sobrevido aos ferimentos. Contudo, a entidade voltou atrás e recolocou o atleta entre os feridos que seguem sob cuidados médicos. Acidente em voo da Chapecoense
esporte
Jogadores do Atlético Nacional pedem que o título seja dado à ChapecoenseJogadores do Atlético Nacional pedem que o título da Copa Sul-Americana seja entregue à Chapecoense. As equipes se enfrentariam nesta quarta-feira (30) em Medellín no primeiro jogo da final do torneio, mas um acidente aéreo em La Unión, cidade próxima a Medellín, vitimou ao menos 71 pessoas, quase todas ligadas ao time catarinense. "Tomaremos isso como aviso de Deus para seguir melhorando nossa vida pessoal, seguir acreditando em nós mesmos. Vamos esperar a determinação da Conmebol, mas nós queremos que declare obviamente campeão a Chapecoense. E depois vamos ver o que acontece. A iniciativa é nossa e do mundo do futebol. Esperamos que a Conmebol tome essa decisão", disse o lateral Gilberto Garcia em nome de todo o elenco do clube em entrevista à TV local WinSports. Gilberto Garcia Autoridades colombianas informaram nesta terça-feira (29) que ao menos 71 pessoas podem ter morrido durante a queda de um avião na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Entre as vítimas, estava a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros. O time disputaria nesta quarta (30) a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. A informação foi inicialmente divulgada pelo general José Acevedo Ossa, membro da polícia local e responsável pelo resgate, e foi posteriormente confirmada pelo prefeito de Medellín Federico Guitiérrez Zuluaga. Contudo, as autoridades colombianas ainda não localizaram todos os corpos, por isso, pode haver alteração no número de vítimas. O voo da empresa Lamia, proveniente da Bolívia, transportava 9 tripulantes e 68 passageiros. Ao menos 22 jornalistas da Fox Sports, da Globo, RBS e rádios estavam no voo. As autoridades colombianas informaram que havia seis sobreviventes -um não teve o nome divulgado. Sobreviveram os jogadores Alan Ruschel, Jackson Ragnar Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto e o jornalista Rafael Henzel Valmorbida, além dos integrantes da tripulação Ximena Suárez e Erwin Tumiri. As autoridades aeronáuticas colombianas inicialmente divulgaram uma lista com seis nomes que não incluía Zampier Neto –o jogador não havia sido encontrado pela equipe de resgate. Na listagem oficial, constava o goleiro Marcos Danilo Padilha que, segundo a Cruz Vermelha colombiana, havia sido resgatado, mas não havia sobrevido aos ferimentos. Contudo, a entidade voltou atrás e recolocou o atleta entre os feridos que seguem sob cuidados médicos. Acidente em voo da Chapecoense
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Prepare-se: terça de retrospectiva dos 40 anos de Michael Jackson
DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Sou mulher negra, gorda e homossexual. Minha luta é diária, literalmente uma guerra, não é?! Mesmo assim, vivo muito bem e feliz. Sou modelo plus size, amo um dia de sol, adoro meu trabalho, meu visual, minha vida. Aprendi a seguir em frente, a me amar, e isso ninguém tira de mim. A satisfação de não deixar a negatividade alheia me atrapalhar, é maior que tudo." Thayná Alonso, 22, auxiliar administrativo e modelo, República * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Prepare-se: terça de retrospectiva dos 40 anos de Michael JacksonDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Sou mulher negra, gorda e homossexual. Minha luta é diária, literalmente uma guerra, não é?! Mesmo assim, vivo muito bem e feliz. Sou modelo plus size, amo um dia de sol, adoro meu trabalho, meu visual, minha vida. Aprendi a seguir em frente, a me amar, e isso ninguém tira de mim. A satisfação de não deixar a negatividade alheia me atrapalhar, é maior que tudo." Thayná Alonso, 22, auxiliar administrativo e modelo, República * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Cidade no Rio ganha 'praça do desempregado' com crise da Petrobras
Logo na chegada a Macaé (RJ), a 190 quilômetros do Rio, chama a atenção o grande número de estabelecimentos comerciais fechados, com placas de "aluga-se" ou "vende-se", uma mostra de quanto a crise do petróleo se alastrou para outros setores da economia local. O Sindicato dos Empregados do Comércio de Macaé estima que 630 estabelecimentos tenham fechado as portas na cidade apenas neste ano. Quem sobreviveu teve de se adaptar à nova rotina. "Uma hora dessas, tinha um mar de pessoas passando aqui na porta. Hoje, é só esse pouquinho aí", lamenta o comerciante Paulo Roberto Laje Soares, 54, apontando para a saída de empregados do porto da Petrobras no horário do almoço. Dono de uma padaria na área há oito anos, ele demitiu seis das oito atendentes. Das duas restantes, uma trabalha em meio período. "O movimento caiu uns 70%." Principal base de apoio às operações da bacia de Campos, a cidade acumula um saldo negativo de 29.118 postos de trabalho desde 2015, segundo dados do Ministério do Trabalho, depois que a Petrobras decidiu focar seus recursos na expansão do pré-sal na bacia de Santos. O desemprego é tão grande que a praça Veríssimo de Melo, na área central do município fluminense, passou a ser conhecida como "praça do desempregado". BICOS "É aqui que a gente se encontra para dialogar, para trocar informação", afirma Reginaldo de Jesus Gonçalves, 51, 25 deles trabalhando no setor de petróleo como plataformista, profissional responsável pelas operações no convés de uma sonda de perfuração. "Neste tempo todo, foi a primeira vez que fiquei sem emprego", conta ele, há um ano procurando nova ocupação. Perdeu o salário de R$ 2.200 e tem se virado com bicos. A Petrobras diz que o foco de seu plano de negócios é reduzir o elevado endividamento dos últimos anos para permitir "um ciclo virtuoso de mais investimentos, maior receita, mais empregos, royalties e arrecadação". Produção do pré e pós-sal - Em mil barris de óleo equivalente por dia* Poços exploratórios
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Cidade no Rio ganha 'praça do desempregado' com crise da PetrobrasLogo na chegada a Macaé (RJ), a 190 quilômetros do Rio, chama a atenção o grande número de estabelecimentos comerciais fechados, com placas de "aluga-se" ou "vende-se", uma mostra de quanto a crise do petróleo se alastrou para outros setores da economia local. O Sindicato dos Empregados do Comércio de Macaé estima que 630 estabelecimentos tenham fechado as portas na cidade apenas neste ano. Quem sobreviveu teve de se adaptar à nova rotina. "Uma hora dessas, tinha um mar de pessoas passando aqui na porta. Hoje, é só esse pouquinho aí", lamenta o comerciante Paulo Roberto Laje Soares, 54, apontando para a saída de empregados do porto da Petrobras no horário do almoço. Dono de uma padaria na área há oito anos, ele demitiu seis das oito atendentes. Das duas restantes, uma trabalha em meio período. "O movimento caiu uns 70%." Principal base de apoio às operações da bacia de Campos, a cidade acumula um saldo negativo de 29.118 postos de trabalho desde 2015, segundo dados do Ministério do Trabalho, depois que a Petrobras decidiu focar seus recursos na expansão do pré-sal na bacia de Santos. O desemprego é tão grande que a praça Veríssimo de Melo, na área central do município fluminense, passou a ser conhecida como "praça do desempregado". BICOS "É aqui que a gente se encontra para dialogar, para trocar informação", afirma Reginaldo de Jesus Gonçalves, 51, 25 deles trabalhando no setor de petróleo como plataformista, profissional responsável pelas operações no convés de uma sonda de perfuração. "Neste tempo todo, foi a primeira vez que fiquei sem emprego", conta ele, há um ano procurando nova ocupação. Perdeu o salário de R$ 2.200 e tem se virado com bicos. A Petrobras diz que o foco de seu plano de negócios é reduzir o elevado endividamento dos últimos anos para permitir "um ciclo virtuoso de mais investimentos, maior receita, mais empregos, royalties e arrecadação". Produção do pré e pós-sal - Em mil barris de óleo equivalente por dia* Poços exploratórios
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Em evento com Levy, Alckmin critica tentativa do Planalto de recriar CPMF
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), criticou nesta terça-feira (29) a ideia do governo Dilma Rousseff de recriar a CPMF, tributo sobre operações financeiras. "Alguém acha que tem clima político para aprovar uma emenda constitucional?", questionou o tucano. Alckmin participou na manhã de evento organizado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" ao lado do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que não estava presente no momento em que o adversário fez a crítica —o tucano falava apenas à imprensa, e o ministro já havia ido embora. Eles tomaram café da manhã lado a lado, na mesma mesa, junto com diretores da publicação. Para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o governo federal precisa de três quintos dos votos tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, em duas votações em cada Casa. "Acho difícil aprovar hoje PEC, ainda mais para aumentar imposto", opinou o governador. A articulação política do Planalto procurou governadores e pediu ajuda para que eles falem às bancadas de seus Estados, a fim de aprovar a medida. O tucano criticou não apenas a ideia de fazer uma PEC, mas também o corte de gastos proposto pelo governo federal no Orçamento de 2016. Alckmin disse que é necessário "procurar reduzir o tamanho do Estado que não está cabendo no tamanho do PIB", antes de promover aumentos tributários. Segundo ele, além do corte de gastos, o caminho para que o Brasil volte a crescer são "reformas estruturantes" —discurso semelhante ao proferido por Levy minutos antes, diante do público. Para Alckmin, esse tipo de medida "não tem efeito imediato, mas tem efeito a médio prazo".
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Em evento com Levy, Alckmin critica tentativa do Planalto de recriar CPMFO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), criticou nesta terça-feira (29) a ideia do governo Dilma Rousseff de recriar a CPMF, tributo sobre operações financeiras. "Alguém acha que tem clima político para aprovar uma emenda constitucional?", questionou o tucano. Alckmin participou na manhã de evento organizado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" ao lado do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que não estava presente no momento em que o adversário fez a crítica —o tucano falava apenas à imprensa, e o ministro já havia ido embora. Eles tomaram café da manhã lado a lado, na mesma mesa, junto com diretores da publicação. Para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o governo federal precisa de três quintos dos votos tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, em duas votações em cada Casa. "Acho difícil aprovar hoje PEC, ainda mais para aumentar imposto", opinou o governador. A articulação política do Planalto procurou governadores e pediu ajuda para que eles falem às bancadas de seus Estados, a fim de aprovar a medida. O tucano criticou não apenas a ideia de fazer uma PEC, mas também o corte de gastos proposto pelo governo federal no Orçamento de 2016. Alckmin disse que é necessário "procurar reduzir o tamanho do Estado que não está cabendo no tamanho do PIB", antes de promover aumentos tributários. Segundo ele, além do corte de gastos, o caminho para que o Brasil volte a crescer são "reformas estruturantes" —discurso semelhante ao proferido por Levy minutos antes, diante do público. Para Alckmin, esse tipo de medida "não tem efeito imediato, mas tem efeito a médio prazo".
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Análise: Morte de promotor se soma a investigação nebulosa na Argentina
A morte em circunstâncias misteriosas do promotor Alberto Nisman joga ainda mais fumaça no nebuloso caminho das investigações sobre o atentado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina). Desde que a tragédia ocorreu, em julho de 1994, houve destruição de evidências, denúncias de compra de depoimentos e acobertamento de supostos culpados. Munido de mais de 300 gravações de escutas telefônicas realizadas nos últimos anos, Nisman compareceria nesta segunda-feira (19) ao Congresso para explicar o porquê de sua certeza de que a presidente Cristina Kirchner teria acobertado suspeitos. Agora, o destino dessas gravações é incerto. Os registros estavam em seu apartamento, onde ele foi encontrado morto nesta madrugada. Os problemas da investigação se iniciaram logo que as equipes de busca começaram a atuar nos escombros, em 18 de julho de 1994. Não foram feitas várias autópsias e corpos ficaram sem identificar. Até mesmo uma cabeça, que depois consideraram ser do homem que levou a bomba ao local, foi jogada numa lata de lixo. Ainda na gestão Carlos Menem (1989-1999), desapareceram gravações e documentos relativos ao caso que estavam em poder da então chamada Side (hoje Secretaria de Inteligência). As investigações, porém, seguiram, pelas mãos do juiz Juan José Galeano. O magistrado, que se tornou popular pela eficiência e rapidez nas conclusões, apontou Carlos Telleldín, que havia vendido a van roubada que os terroristas usaram no ataque, e mais vinte policiais argentinos que estariam envolvidos. A comemoração pelo parcial desenlace do caso, porém, se diluiu quando foi revelada uma gravação em que Galeano aparecia subornando Telleldín para que fizesse seu depoimento por US$ 400 mil. O juiz sofreu impeachment e todos os acusados foram considerados inocentes. A verdade parecia cada vez mais longe. Enquanto isso, familiares das vítimas e entidades judaicas iam às ruas e exerciam pressão sobre parlamentares. Em 2006, os promotores do caso, entre eles Nisman, acusaram o governo do Irã de ter planejado o ataque, que teria sido levado a cabo pelo Hezbollah. Nenhum suspeito, porém, foi preso. Logo que assumiu, Néstor Kirchner (1950-2010) prometeu aos familiares das vítimas que abriria os arquivos classificados do caso, mas não o fez. Paralelamente, já conversava com autoridades iranianas para que um acordo fosse costurado. Coube à sua viúva e sucessora, Cristina, assina-lo, em 2012, dando grandes benefícios para que os acusados iranianos não precisassem sair de seu país para responder a processo. Após a assinatura do mesmo, as exportações argentinas de grãos ao Irã aumentou, na mesma proporção das vendas de petróleo deste país à nação sul-americana. A tragédia de ontem coloca ainda mais obstáculos para que a morte de 86 pessoas (as 85 que estavam na entidade, mais o homem que carregou a bomba) seja resolvida. Seguidos encobrimentos de evidências, falta de transparência das investigações e manobras para construir testemunhas já eram um ataque às instituições republicanas da Argentina. Se confirmada a hipótese de assassinato de Nisman, ou a de suicídio por pressão de algum grupo ou pessoa, o caso provocará um forte abalo na estrutura republicana do país vizinho. Em ano eleitoral, a tragédia pode redefinir apoios e candidaturas.
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Análise: Morte de promotor se soma a investigação nebulosa na ArgentinaA morte em circunstâncias misteriosas do promotor Alberto Nisman joga ainda mais fumaça no nebuloso caminho das investigações sobre o atentado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina). Desde que a tragédia ocorreu, em julho de 1994, houve destruição de evidências, denúncias de compra de depoimentos e acobertamento de supostos culpados. Munido de mais de 300 gravações de escutas telefônicas realizadas nos últimos anos, Nisman compareceria nesta segunda-feira (19) ao Congresso para explicar o porquê de sua certeza de que a presidente Cristina Kirchner teria acobertado suspeitos. Agora, o destino dessas gravações é incerto. Os registros estavam em seu apartamento, onde ele foi encontrado morto nesta madrugada. Os problemas da investigação se iniciaram logo que as equipes de busca começaram a atuar nos escombros, em 18 de julho de 1994. Não foram feitas várias autópsias e corpos ficaram sem identificar. Até mesmo uma cabeça, que depois consideraram ser do homem que levou a bomba ao local, foi jogada numa lata de lixo. Ainda na gestão Carlos Menem (1989-1999), desapareceram gravações e documentos relativos ao caso que estavam em poder da então chamada Side (hoje Secretaria de Inteligência). As investigações, porém, seguiram, pelas mãos do juiz Juan José Galeano. O magistrado, que se tornou popular pela eficiência e rapidez nas conclusões, apontou Carlos Telleldín, que havia vendido a van roubada que os terroristas usaram no ataque, e mais vinte policiais argentinos que estariam envolvidos. A comemoração pelo parcial desenlace do caso, porém, se diluiu quando foi revelada uma gravação em que Galeano aparecia subornando Telleldín para que fizesse seu depoimento por US$ 400 mil. O juiz sofreu impeachment e todos os acusados foram considerados inocentes. A verdade parecia cada vez mais longe. Enquanto isso, familiares das vítimas e entidades judaicas iam às ruas e exerciam pressão sobre parlamentares. Em 2006, os promotores do caso, entre eles Nisman, acusaram o governo do Irã de ter planejado o ataque, que teria sido levado a cabo pelo Hezbollah. Nenhum suspeito, porém, foi preso. Logo que assumiu, Néstor Kirchner (1950-2010) prometeu aos familiares das vítimas que abriria os arquivos classificados do caso, mas não o fez. Paralelamente, já conversava com autoridades iranianas para que um acordo fosse costurado. Coube à sua viúva e sucessora, Cristina, assina-lo, em 2012, dando grandes benefícios para que os acusados iranianos não precisassem sair de seu país para responder a processo. Após a assinatura do mesmo, as exportações argentinas de grãos ao Irã aumentou, na mesma proporção das vendas de petróleo deste país à nação sul-americana. A tragédia de ontem coloca ainda mais obstáculos para que a morte de 86 pessoas (as 85 que estavam na entidade, mais o homem que carregou a bomba) seja resolvida. Seguidos encobrimentos de evidências, falta de transparência das investigações e manobras para construir testemunhas já eram um ataque às instituições republicanas da Argentina. Se confirmada a hipótese de assassinato de Nisman, ou a de suicídio por pressão de algum grupo ou pessoa, o caso provocará um forte abalo na estrutura republicana do país vizinho. Em ano eleitoral, a tragédia pode redefinir apoios e candidaturas.
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Aparelhos de realidade virtual motivam receios reais
A capacidade da realidade virtual de transportar pessoas para locais ao mesmo tempo exóticos e comuns é bem conhecida. Porém, como esse meio se encaixará na vida on e off-line das pessoas é uma nova fronteira. O mais conhecido de uma nova onda de headsets [equipamentos para cabeça] de realidade virtual, o Vive by Valve, da HTC, começará a ser vendido no final deste ano. Isso transforma efetivamente os milhares de desenvolvedores e primeiros adeptos desses dispositivos em ratos de laboratório. São eles que vão descobrir como navegar em seus ambientes na vida real quando sua visão desse mundo estiver desligada. Em uma noite recente, uma dúzia de pessoas se armou de headsets de realidade virtual, conectou-se à internet e sentou-se para assistir a um filme. O som do cinema virtual era tão preciso que mastigar batatas fritas podia ser um problema. "Quando de repente dez avatares se viram e o olham, você sabe que deve ficar quieto", disse Eric Romo, da AltspaceVR, start-up do Vale do Silício que organiza reuniões de cinema virtual. A etiqueta referente às formas sociais de realidade virtual está ganhando corpo conforme os proponentes dizem que a promessa da tecnologia virou moda. O Facebook pagou US$ 2 bilhões pela Oculus VR, start-up que recentemente mostrou o design definitivo do headset que pretende começar a vender no ano que vem. Também a Sony está preparando seu headset para o PlayStation 4. Uma pergunta sobre a realidade virtual é o que acontecerá com as pessoas no mundo real quando elas estiverem transfixadas pelo espaço virtual. As telas que existem hoje -televisores, smartphones e computadores- podem ser absorventes. Porém, elas não ocultam totalmente o que está acontecendo ao redor das pessoas como fazem os headsets. As pessoas imersas em um jogo de realidade virtual podem facilmente perder a noção de onde estão móveis, janelas e pessoas ao seu redor. Na Valve, os desenvolvedores pretendem minimizar colisões indesejáveis com uma função que chamam de sistema "babá". A tecnologia mapeia o terreno de uma sala e, quando alguém usando um headset se aproxima de um objeto, um modelo da sala se materializa no espaço virtual diante de seus olhos. Já existem headsets no mercado que seguram smartphones diante dos olhos das pessoas, usando lentes e as telas dos dispositivos para criar imagens 3D. Eles não têm fios pendurados, por isso os usuários ficam à vontade para sintonizar o espaço virtual enquanto estiverem sentados em um restaurante ou um parque. Neste ano, a companhia aérea australiana Qantas começou a testar headsets de realidade virtual móvel, feitos pela Samsung, em alguns aeroportos e cabines de primeira classe. Mas usar um headset de realidade virtual em público pode transformar uma pessoa em alvo de zombaria e, mais seriamente, de roubo. Patrick O'Luanaigh, o executivo-chefe da nDreams, desenvolvedora britânica de software de realidade virtual, usou um headset móvel no início deste ano em um trem entre Reading e Bristol. Ele acionou um app da nDreams chamado Perfect Beach, que simula a experiência de estar na praia. "Você esquece onde está, exceto pelas vibrações e os pulos", disse O'Luanaigh, que não esqueceu de prender sua sacola entre seus pés reais. O protocolo para interromper a sessão de realidade virtual de uma pessoa não está claro, porém. "Quando você está em uma sala com alguém e tem um equipamento móvel na sua frente, a pessoa pensa que tem sua presença", disse Mark Bolas, da Universidade do Sul da Califórnia. "Em um ambiente virtual, elas sabem que não têm sua presença. Você quase quer deixar aquela pessoa sozinha." Um desafio mais delicado pode ser policiar os jogos de realidade virtual que são de natureza social. O potencial de assédio é muito real. Quando os jogadores em um game de realidade virtual habitam a perspectiva de um avatar, outros jogadores que se aproximam deles podem sentir que estão inadequadamente violando seu espaço pessoal. "Isso cria experiências semelhantes à vida em um espaço muito abstrato do mundo real", disse Matt McIlwain, diretor-gerente do Madrona Venture Group, empresa de capital de risco em Seattle que realiza investimentos em realidade virtual. "Encerra a oportunidade de ampliar os lados positivos e negativos da natureza humana."
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Aparelhos de realidade virtual motivam receios reaisA capacidade da realidade virtual de transportar pessoas para locais ao mesmo tempo exóticos e comuns é bem conhecida. Porém, como esse meio se encaixará na vida on e off-line das pessoas é uma nova fronteira. O mais conhecido de uma nova onda de headsets [equipamentos para cabeça] de realidade virtual, o Vive by Valve, da HTC, começará a ser vendido no final deste ano. Isso transforma efetivamente os milhares de desenvolvedores e primeiros adeptos desses dispositivos em ratos de laboratório. São eles que vão descobrir como navegar em seus ambientes na vida real quando sua visão desse mundo estiver desligada. Em uma noite recente, uma dúzia de pessoas se armou de headsets de realidade virtual, conectou-se à internet e sentou-se para assistir a um filme. O som do cinema virtual era tão preciso que mastigar batatas fritas podia ser um problema. "Quando de repente dez avatares se viram e o olham, você sabe que deve ficar quieto", disse Eric Romo, da AltspaceVR, start-up do Vale do Silício que organiza reuniões de cinema virtual. A etiqueta referente às formas sociais de realidade virtual está ganhando corpo conforme os proponentes dizem que a promessa da tecnologia virou moda. O Facebook pagou US$ 2 bilhões pela Oculus VR, start-up que recentemente mostrou o design definitivo do headset que pretende começar a vender no ano que vem. Também a Sony está preparando seu headset para o PlayStation 4. Uma pergunta sobre a realidade virtual é o que acontecerá com as pessoas no mundo real quando elas estiverem transfixadas pelo espaço virtual. As telas que existem hoje -televisores, smartphones e computadores- podem ser absorventes. Porém, elas não ocultam totalmente o que está acontecendo ao redor das pessoas como fazem os headsets. As pessoas imersas em um jogo de realidade virtual podem facilmente perder a noção de onde estão móveis, janelas e pessoas ao seu redor. Na Valve, os desenvolvedores pretendem minimizar colisões indesejáveis com uma função que chamam de sistema "babá". A tecnologia mapeia o terreno de uma sala e, quando alguém usando um headset se aproxima de um objeto, um modelo da sala se materializa no espaço virtual diante de seus olhos. Já existem headsets no mercado que seguram smartphones diante dos olhos das pessoas, usando lentes e as telas dos dispositivos para criar imagens 3D. Eles não têm fios pendurados, por isso os usuários ficam à vontade para sintonizar o espaço virtual enquanto estiverem sentados em um restaurante ou um parque. Neste ano, a companhia aérea australiana Qantas começou a testar headsets de realidade virtual móvel, feitos pela Samsung, em alguns aeroportos e cabines de primeira classe. Mas usar um headset de realidade virtual em público pode transformar uma pessoa em alvo de zombaria e, mais seriamente, de roubo. Patrick O'Luanaigh, o executivo-chefe da nDreams, desenvolvedora britânica de software de realidade virtual, usou um headset móvel no início deste ano em um trem entre Reading e Bristol. Ele acionou um app da nDreams chamado Perfect Beach, que simula a experiência de estar na praia. "Você esquece onde está, exceto pelas vibrações e os pulos", disse O'Luanaigh, que não esqueceu de prender sua sacola entre seus pés reais. O protocolo para interromper a sessão de realidade virtual de uma pessoa não está claro, porém. "Quando você está em uma sala com alguém e tem um equipamento móvel na sua frente, a pessoa pensa que tem sua presença", disse Mark Bolas, da Universidade do Sul da Califórnia. "Em um ambiente virtual, elas sabem que não têm sua presença. Você quase quer deixar aquela pessoa sozinha." Um desafio mais delicado pode ser policiar os jogos de realidade virtual que são de natureza social. O potencial de assédio é muito real. Quando os jogadores em um game de realidade virtual habitam a perspectiva de um avatar, outros jogadores que se aproximam deles podem sentir que estão inadequadamente violando seu espaço pessoal. "Isso cria experiências semelhantes à vida em um espaço muito abstrato do mundo real", disse Matt McIlwain, diretor-gerente do Madrona Venture Group, empresa de capital de risco em Seattle que realiza investimentos em realidade virtual. "Encerra a oportunidade de ampliar os lados positivos e negativos da natureza humana."
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Frustrados, refugiados decidem ir a pé da Hungria até a Áustria
Centenas de migrantes decidiram ir a pé da Hungria até a fronteira com a Áustria nesta sexta (4) após uma série de confrontos com as autoridades húngaras nos últimos dias. Uma marcha com centenas de pessoas saiu da capital, Budapeste, com o objetivo de vencer a pé a distância de 170 quilômetros até o país vizinho, considerado porta de entrada para países mais ricos da Europa, como a Alemanha. Saiba Mais
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Frustrados, refugiados decidem ir a pé da Hungria até a ÁustriaCentenas de migrantes decidiram ir a pé da Hungria até a fronteira com a Áustria nesta sexta (4) após uma série de confrontos com as autoridades húngaras nos últimos dias. Uma marcha com centenas de pessoas saiu da capital, Budapeste, com o objetivo de vencer a pé a distância de 170 quilômetros até o país vizinho, considerado porta de entrada para países mais ricos da Europa, como a Alemanha. Saiba Mais
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Fotógrafa leva carrinhos de brinquedo em 'aventuras' pelo mundo
Há quatro anos a fotógrafa suíça Kim Leuenberger iniciou uma série chamada Travelling Cars' Adventures. Ela tira fotos de carrinhos de brinquedo em situações de viagem. "Quando postei no Instagram, a reposta foi tão positiva que continuei levando aquele carrinho (uma perua azul) para todos os lugares onde viajava. Então, com o tempo, comprei mais carros", disse Leuenberger. Na maioria das vezes, faço por diversão, porque adoro viajar, mergulhar em outro mundo e brincar de forma criativa com minha câmera. Acho que o estilo dos carros que escolhi nos lembra de um belo passado e gera um sentimento positivo de nostalgia nas pessoas", disse Kim. Você pode acompanhar as aventuras destas miniaturas no Instagram de Kim Leuenberger: instagram.com/kim.ou/ e também na página da fotógrafa: www.kimleuenberger.com.
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Fotógrafa leva carrinhos de brinquedo em 'aventuras' pelo mundoHá quatro anos a fotógrafa suíça Kim Leuenberger iniciou uma série chamada Travelling Cars' Adventures. Ela tira fotos de carrinhos de brinquedo em situações de viagem. "Quando postei no Instagram, a reposta foi tão positiva que continuei levando aquele carrinho (uma perua azul) para todos os lugares onde viajava. Então, com o tempo, comprei mais carros", disse Leuenberger. Na maioria das vezes, faço por diversão, porque adoro viajar, mergulhar em outro mundo e brincar de forma criativa com minha câmera. Acho que o estilo dos carros que escolhi nos lembra de um belo passado e gera um sentimento positivo de nostalgia nas pessoas", disse Kim. Você pode acompanhar as aventuras destas miniaturas no Instagram de Kim Leuenberger: instagram.com/kim.ou/ e também na página da fotógrafa: www.kimleuenberger.com.
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Só peço o que o Santos pode pagar, diz Robinho sobre renovação
Depois de acertar a rescisão com o Milan e abrir o caminho para a renovação de contrato com o Santos, o atacante Robinho disse nesta quinta-feira (21) que o seu pedido salarial para um novo acordo está dentro da realidade do clube. "Eu só peço o que o Santos pode pagar. A pedida salarial é de acordo com que o clube pode pagar. Se não puder, respeito e vou seguir a minha vida", disse Robinho. No dia 12 de maio, o jogador entrou em acordo com o clube italiano e terá seu contrato rescindido ao fim do período de empréstimo para equipe alvinegra, em 1º de julho. Em contrapartida, o atleta abriu mão de algumas dívidas que o Milan tinha com ele. Para continuar com o camisa 7 após o fim do empréstimo, o Santos só precisa negociar um novo contrato com Robinho, que deseja ficar na Vila Belmiro. "Eu sempre vou dar preferência para o clube que me criou. Mas temos que acertar as pendências para depois acertar a renovação. Espero que eu possa continuar", disse. "Eu não tenho pressa. A diretoria é que tem que se manifestar se tem pressa ou não. Eu sou profissional. O clube que fizer a melhor proposta, claro que vou escutar e estudar", afirmou. Revelado nas categorias de base do Santos, Robinho começou sua terceira passagem pelo clube em agosto do ano passado, quando foi emprestado pelo Milan. Após um Campeonato Brasileiro sem brilho, o atacante voltou a se destacar na campanha que levou a equipe alvinegra ao título paulista, no início deste ano. Editoria de Arte/Folhapress
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Só peço o que o Santos pode pagar, diz Robinho sobre renovaçãoDepois de acertar a rescisão com o Milan e abrir o caminho para a renovação de contrato com o Santos, o atacante Robinho disse nesta quinta-feira (21) que o seu pedido salarial para um novo acordo está dentro da realidade do clube. "Eu só peço o que o Santos pode pagar. A pedida salarial é de acordo com que o clube pode pagar. Se não puder, respeito e vou seguir a minha vida", disse Robinho. No dia 12 de maio, o jogador entrou em acordo com o clube italiano e terá seu contrato rescindido ao fim do período de empréstimo para equipe alvinegra, em 1º de julho. Em contrapartida, o atleta abriu mão de algumas dívidas que o Milan tinha com ele. Para continuar com o camisa 7 após o fim do empréstimo, o Santos só precisa negociar um novo contrato com Robinho, que deseja ficar na Vila Belmiro. "Eu sempre vou dar preferência para o clube que me criou. Mas temos que acertar as pendências para depois acertar a renovação. Espero que eu possa continuar", disse. "Eu não tenho pressa. A diretoria é que tem que se manifestar se tem pressa ou não. Eu sou profissional. O clube que fizer a melhor proposta, claro que vou escutar e estudar", afirmou. Revelado nas categorias de base do Santos, Robinho começou sua terceira passagem pelo clube em agosto do ano passado, quando foi emprestado pelo Milan. Após um Campeonato Brasileiro sem brilho, o atacante voltou a se destacar na campanha que levou a equipe alvinegra ao título paulista, no início deste ano. Editoria de Arte/Folhapress
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Pezão se incomoda com falta de apoio federal a cortes drásticos no Rio
O governo do Rio de Janeiro está incomodado com a falta de apoio para o pacote que baixou no Estado, e que prevê forte contenção de despesas e drásticos cortes salariais do funcionalismo e de autoridades de outros poderes. O SILÊNCIO Um assessor direto do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirma que nenhuma autoridade federal, política ou econômica teve até agora coragem para vir a público e defender o pacote, que está gerando forte reação, inclusive do Judiciário. O SILÊNCIO 2 O governo de Michel Temer também tem se omitido, apesar de, segundo integrante da equipe do governador, o Ministério da Fazenda ter sido informado em detalhes do conteúdo das medidas. E de ter mandado inclusive uma missão técnica para esquadrinhar as contas do Rio antes de elas serem baixadas. O resultado do trabalho da Fazenda permanece um mistério para o time de Pezão. CARTA O empresário Lírio Parisotto, acusado pela atriz e modelo Luiza Brunet de agressão, foi notificado nesta terça (8) na ação em que ela pede o reconhecimento de união estável com o empresário. CARA METADE No processo, Brunet pede a metade dos bens acumulados por ele nos cinco anos em que teria durado a relação estável, exige auditoria em todas as empresas do ex e também acesso às declarações de Imposto de Renda do período. ENGANO O advogado dele, Luiz Kignel, confirma a citação. E afirma que Brunet "finalmente revelou suas verdadeiras intenções: transformar um namoro em um negócio financeiro. Usou a imprensa para posar de vítima e agora pede metade do patrimônio do senhor Lírio Parisotto. Não há o menor fundamento jurídico para essa pretensão". MEU DIREITO A defesa de Brunet afirma: "Luiza está fazendo valer, de forma legítima, os seus direitos. O acesso ao Poder Judiciário é garantia constitucional. Não é porque o relacionamento terminou de forma litigiosa que ela vai abrir mão de buscar a Justiça. Achar que a Luiza não deveria buscar seus direitos é uma interpretação equivocada e que só beneficia o agressor. Caberá ao juiz que vai julgar a causa decidir se houve ou não a união estável e quais são as consequências resultantes desse reconhecimento". A nota, assinada pelo advogado Pedro Egberto da Fonseca Neto, diz ainda que "o processo de reconhecimento e dissolução de união estável está sob segredo de Justiça". VIGÍLIA Movimentos sociais organizaram em menos de 24 horas o ato contra o "genocídio da população preta e periférica" marcado para esta quinta (10) em frente à Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. VIGÍLIA 2 A manifestação foi convocada por entidades como Mães de Maio e Núcleo de Consciência Negra da USP após a chacina de cinco jovens da zona leste. Policiais militares são os principais suspeitos no caso, investigado pela secretaria. VIGÍLIA 3 No mesmo dia, os grupos vão protocolar no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um pedido de intervenção na Polícia Militar de São Paulo. Eles vão cobrar que o MP-SP exerça o papel de controle das polícias e reclamar da "morosidade" com a qual, segundo as entidades, o órgão reagiu a solicitações semelhantes feitas anteriormente. BOA VIZINHANÇA O prefeito eleito João Doria (PSDB) irá nesta quarta (9) à Câmara Municipal falar com os líderes das bancadas. Será uma "visita de cortesia" aos vereadores, segundo a assessoria do tucano. EM CASA Michelzinho, o filho de Marcela e Michel Temer, ganhou um novo bicho de estimação: o cachorro Piculy, da raça jack russell. Ele fará companhia no Palácio do Jaburu a Thor, o golden retriever que se mudou com a família de São Paulo para Brasília. REPLICANTES A grife do vestido branco que Marcela Temer usou no Sete de Setembro já vendeu 130 unidades do mesmo modelo escolhido pela primeira-dama. "Para uma marca pequena como a nossa, um volume desse é muito significativo", afirma a estilista Luisa Farani, autora da peça, vendida a R$ 618. REPLICANTES 2 A marca, que desistiu de tirar de linha o vestido por causa da alta procura, vai lançar agora uma versão dourada, especial para o Réveillon. "Já tive clientes que falaram que não gostam tanto dela [Marcela], mas queriam conhecer a marca. Tem outras que acham ela maravilhosa. Para a gente, a repercussão foi muito positiva", diz Luisa. - PRÊMIO À SOCIEDADE A 12ª edição do Prêmio Empreendedor Social foi realizada na segunda (7) no Teatro Porto Seguro. Carlos Pereira, fundador da Livox, recebeu o troféu de Empreendedor Social de 2016; Nina Valentini, do Instituto Arredondar, foi premiada como Empreendedora Social de Futuro, com troféu entregue pela ex-consulesa da França Alexandra Loras. Marcos Nisti e Ana Lúcia Villela, do Instituto Alana, também estiveram entre os convidados. A premiação, promovida pela Folha e pela Fundação Schwab, teve show da cantora Laila Garin e os atores Maria Fernanda Cândido e Dan Stulbach como mestres de cerimônias. A modelo Luiza Brunet, a empresária Alexandra Fructuoso, o editor Paulo Tadeu, o cineasta Newton Cannito e a designer Elisa Stecca também participaram do evento. - CURTO-CIRCUITO Nina Pandolfo lança o livro "Por Trás das Cores", nesta quarta (9), das 18h30 às 21h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A ADJ Diabetes Brasil faz exames de fundo de olho gratuitos, nesta quarta (9) e nesta quinta (10), no shopping West Plaza. O diretor Luiz Fernando Carvalho participa nesta quarta (9) de sessão comemorativa de 15 anos do filme "Lavoura Arcaica". Às 20h20, no CineSesc da rua Augusta. O Restorando Fest, com descontos em 71 restaurantes de SP e Rio, vai até o dia 20. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO.
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Pezão se incomoda com falta de apoio federal a cortes drásticos no RioO governo do Rio de Janeiro está incomodado com a falta de apoio para o pacote que baixou no Estado, e que prevê forte contenção de despesas e drásticos cortes salariais do funcionalismo e de autoridades de outros poderes. O SILÊNCIO Um assessor direto do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirma que nenhuma autoridade federal, política ou econômica teve até agora coragem para vir a público e defender o pacote, que está gerando forte reação, inclusive do Judiciário. O SILÊNCIO 2 O governo de Michel Temer também tem se omitido, apesar de, segundo integrante da equipe do governador, o Ministério da Fazenda ter sido informado em detalhes do conteúdo das medidas. E de ter mandado inclusive uma missão técnica para esquadrinhar as contas do Rio antes de elas serem baixadas. O resultado do trabalho da Fazenda permanece um mistério para o time de Pezão. CARTA O empresário Lírio Parisotto, acusado pela atriz e modelo Luiza Brunet de agressão, foi notificado nesta terça (8) na ação em que ela pede o reconhecimento de união estável com o empresário. CARA METADE No processo, Brunet pede a metade dos bens acumulados por ele nos cinco anos em que teria durado a relação estável, exige auditoria em todas as empresas do ex e também acesso às declarações de Imposto de Renda do período. ENGANO O advogado dele, Luiz Kignel, confirma a citação. E afirma que Brunet "finalmente revelou suas verdadeiras intenções: transformar um namoro em um negócio financeiro. Usou a imprensa para posar de vítima e agora pede metade do patrimônio do senhor Lírio Parisotto. Não há o menor fundamento jurídico para essa pretensão". MEU DIREITO A defesa de Brunet afirma: "Luiza está fazendo valer, de forma legítima, os seus direitos. O acesso ao Poder Judiciário é garantia constitucional. Não é porque o relacionamento terminou de forma litigiosa que ela vai abrir mão de buscar a Justiça. Achar que a Luiza não deveria buscar seus direitos é uma interpretação equivocada e que só beneficia o agressor. Caberá ao juiz que vai julgar a causa decidir se houve ou não a união estável e quais são as consequências resultantes desse reconhecimento". A nota, assinada pelo advogado Pedro Egberto da Fonseca Neto, diz ainda que "o processo de reconhecimento e dissolução de união estável está sob segredo de Justiça". VIGÍLIA Movimentos sociais organizaram em menos de 24 horas o ato contra o "genocídio da população preta e periférica" marcado para esta quinta (10) em frente à Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. VIGÍLIA 2 A manifestação foi convocada por entidades como Mães de Maio e Núcleo de Consciência Negra da USP após a chacina de cinco jovens da zona leste. Policiais militares são os principais suspeitos no caso, investigado pela secretaria. VIGÍLIA 3 No mesmo dia, os grupos vão protocolar no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um pedido de intervenção na Polícia Militar de São Paulo. Eles vão cobrar que o MP-SP exerça o papel de controle das polícias e reclamar da "morosidade" com a qual, segundo as entidades, o órgão reagiu a solicitações semelhantes feitas anteriormente. BOA VIZINHANÇA O prefeito eleito João Doria (PSDB) irá nesta quarta (9) à Câmara Municipal falar com os líderes das bancadas. Será uma "visita de cortesia" aos vereadores, segundo a assessoria do tucano. EM CASA Michelzinho, o filho de Marcela e Michel Temer, ganhou um novo bicho de estimação: o cachorro Piculy, da raça jack russell. Ele fará companhia no Palácio do Jaburu a Thor, o golden retriever que se mudou com a família de São Paulo para Brasília. REPLICANTES A grife do vestido branco que Marcela Temer usou no Sete de Setembro já vendeu 130 unidades do mesmo modelo escolhido pela primeira-dama. "Para uma marca pequena como a nossa, um volume desse é muito significativo", afirma a estilista Luisa Farani, autora da peça, vendida a R$ 618. REPLICANTES 2 A marca, que desistiu de tirar de linha o vestido por causa da alta procura, vai lançar agora uma versão dourada, especial para o Réveillon. "Já tive clientes que falaram que não gostam tanto dela [Marcela], mas queriam conhecer a marca. Tem outras que acham ela maravilhosa. Para a gente, a repercussão foi muito positiva", diz Luisa. - PRÊMIO À SOCIEDADE A 12ª edição do Prêmio Empreendedor Social foi realizada na segunda (7) no Teatro Porto Seguro. Carlos Pereira, fundador da Livox, recebeu o troféu de Empreendedor Social de 2016; Nina Valentini, do Instituto Arredondar, foi premiada como Empreendedora Social de Futuro, com troféu entregue pela ex-consulesa da França Alexandra Loras. Marcos Nisti e Ana Lúcia Villela, do Instituto Alana, também estiveram entre os convidados. A premiação, promovida pela Folha e pela Fundação Schwab, teve show da cantora Laila Garin e os atores Maria Fernanda Cândido e Dan Stulbach como mestres de cerimônias. A modelo Luiza Brunet, a empresária Alexandra Fructuoso, o editor Paulo Tadeu, o cineasta Newton Cannito e a designer Elisa Stecca também participaram do evento. - CURTO-CIRCUITO Nina Pandolfo lança o livro "Por Trás das Cores", nesta quarta (9), das 18h30 às 21h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A ADJ Diabetes Brasil faz exames de fundo de olho gratuitos, nesta quarta (9) e nesta quinta (10), no shopping West Plaza. O diretor Luiz Fernando Carvalho participa nesta quarta (9) de sessão comemorativa de 15 anos do filme "Lavoura Arcaica". Às 20h20, no CineSesc da rua Augusta. O Restorando Fest, com descontos em 71 restaurantes de SP e Rio, vai até o dia 20. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO.
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Sorrisos no exílio: fotógrafo faz série sobre crianças refugiadas
Dos 19,5 milhões de pessoas refugiadas registradas no mundo, cerca de metade são crianças e adolescentes, de acordo dados da organização Save The Children (salve as crianças em inglês) –para entender melhor o que são refugiados, leia esta reportagem da "Folhinha". Ao ver dados como esses, é comum imaginarmos apenas cenas tristes, protagonizadas por uma massa de pessoas anônimas, sem rosto e sem voz. Para fugir desse estereótipo, o fotógrafo canadense Frederic Seguin, 26, viajou a campos e rotas de refugiados e fotografou cenas de crianças sorrindo e se divertindo. As fotos deram origem à série "Smiles in Exile" (sorrisos no exílio, em inglês). "Meu objetivo é lembrar a todos que os eventos que acontecem envolvem outros seres humanos, capazes de sentir tristeza e também felicidade. Eles não são apenas anônimos e vítimas indefesas", disse Seguin à Folha por e-mail. Cofundador da organização "Shoot to Help" (fotografar para ajudar, em inglês), ele já havia fotografado crianças em ambientes de conflito ou tragédias, como durante os terremotos no Nepal, no ano passado. O fotógrafo diz sempre ter achado interessante a forma como as crianças "são as primeiras a recuperarem seu sorriso, apesar da tragédia". VIDA NO EXÍLIO Durante a viagem, o fotógrafo fez todo o trajeto comum daqueles que fogem dos conflitos na região da Síria, que desde 2011 vive em guerra –partes do país não têm água, comida ou eletricidade. Ele também assistiu à chegada de barcos trazendo refugiados na costa da Turquia, e passou por campos de refugiados ao longo das Ilhas Gregas, antes de chegar à Alemanha, destino final da grande maioria dos que chegam à Europa. As crianças refugiadas são constantemente privadas de uma vida normal, além de se submeterem a inúmeros riscos. Seguin conta que, em alguns campos de refugiados, elas não podem ir à escola e precisam trabalhar para ajudar a família. Em outros, frequentam escolas instaladas pela ONU (Organização das Nações Unidas) ou por ONGs. Quando estão na estrada viajando, a situação é ainda pior. "As crianças caminham centenas de quilômetros e encaram as mesmas dificuldades que os adultos", aponta Seguin. "É um esforço tremendo continuar se locomovendo todos os dias, com quase nenhum lugar ou tempo pra descansar, e muito menos para estudar." Apesar das dificuldades, o fotógrafo conta que, em suas visitas aos campos de refugiados, a recepção das crianças era sempre muito animada. Segundo ele, a expressão árabe "sawarini" (que significa "tire uma foto minha") era a que mais ouvia. "Eu era seguido por todos os lados por uma multidão de crianças brincando e pedindo para serem fotografadas", lembra. Diante de tudo que presenciou, Seguin ressalta a superação daqueles que tiveram de deixar suas casas. "O mais impressionante é a força dessas pessoas, que passaram por uma guerra que destruiu seus países, mas ainda assim, continuam sorrindo e sendo fortes. Elas arriscam a vida por um futuro melhor", diz. Veja o ensaio completo no site do autor.
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Sorrisos no exílio: fotógrafo faz série sobre crianças refugiadasDos 19,5 milhões de pessoas refugiadas registradas no mundo, cerca de metade são crianças e adolescentes, de acordo dados da organização Save The Children (salve as crianças em inglês) –para entender melhor o que são refugiados, leia esta reportagem da "Folhinha". Ao ver dados como esses, é comum imaginarmos apenas cenas tristes, protagonizadas por uma massa de pessoas anônimas, sem rosto e sem voz. Para fugir desse estereótipo, o fotógrafo canadense Frederic Seguin, 26, viajou a campos e rotas de refugiados e fotografou cenas de crianças sorrindo e se divertindo. As fotos deram origem à série "Smiles in Exile" (sorrisos no exílio, em inglês). "Meu objetivo é lembrar a todos que os eventos que acontecem envolvem outros seres humanos, capazes de sentir tristeza e também felicidade. Eles não são apenas anônimos e vítimas indefesas", disse Seguin à Folha por e-mail. Cofundador da organização "Shoot to Help" (fotografar para ajudar, em inglês), ele já havia fotografado crianças em ambientes de conflito ou tragédias, como durante os terremotos no Nepal, no ano passado. O fotógrafo diz sempre ter achado interessante a forma como as crianças "são as primeiras a recuperarem seu sorriso, apesar da tragédia". VIDA NO EXÍLIO Durante a viagem, o fotógrafo fez todo o trajeto comum daqueles que fogem dos conflitos na região da Síria, que desde 2011 vive em guerra –partes do país não têm água, comida ou eletricidade. Ele também assistiu à chegada de barcos trazendo refugiados na costa da Turquia, e passou por campos de refugiados ao longo das Ilhas Gregas, antes de chegar à Alemanha, destino final da grande maioria dos que chegam à Europa. As crianças refugiadas são constantemente privadas de uma vida normal, além de se submeterem a inúmeros riscos. Seguin conta que, em alguns campos de refugiados, elas não podem ir à escola e precisam trabalhar para ajudar a família. Em outros, frequentam escolas instaladas pela ONU (Organização das Nações Unidas) ou por ONGs. Quando estão na estrada viajando, a situação é ainda pior. "As crianças caminham centenas de quilômetros e encaram as mesmas dificuldades que os adultos", aponta Seguin. "É um esforço tremendo continuar se locomovendo todos os dias, com quase nenhum lugar ou tempo pra descansar, e muito menos para estudar." Apesar das dificuldades, o fotógrafo conta que, em suas visitas aos campos de refugiados, a recepção das crianças era sempre muito animada. Segundo ele, a expressão árabe "sawarini" (que significa "tire uma foto minha") era a que mais ouvia. "Eu era seguido por todos os lados por uma multidão de crianças brincando e pedindo para serem fotografadas", lembra. Diante de tudo que presenciou, Seguin ressalta a superação daqueles que tiveram de deixar suas casas. "O mais impressionante é a força dessas pessoas, que passaram por uma guerra que destruiu seus países, mas ainda assim, continuam sorrindo e sendo fortes. Elas arriscam a vida por um futuro melhor", diz. Veja o ensaio completo no site do autor.
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O muito e o pouco
RIO DE JANEIRO - No primeiro dia do ano, a música perdeu dois nomes. Em Los Angeles, morreu a cantora Natalie Cole, 65, filha do pianista e cantor Nat "King" Cole. Em Santos, o compositor e maestro Gilberto Mendes, 93, pioneiro da música erudita contemporânea no Brasil. A morte de Natalie Cole ocupou todos os jornais e TVs brasileiros. A de Gilberto Mendes mereceu uma bela página no "Estadão" e míseras dez linhas ou nem isso nos demais. Natalie Cole nunca disse a que veio. Seu sucesso, em 1975, com um rhythm & blues intitulado "This Will Be" – uma bobagem à base de palmas, gemidos e uivos –, só se explicava por seu sobrenome. Nos anos seguintes, teve a infelicidade de cair no visgo de álcool e drogas, durante o qual foi despachada para a zona fantasma, de que só saiu em 1991 com seu bonito dueto virtual com o pai em "Unforgettable", sucesso de Nat em 1951. Problemas de saúde abreviaram seu resto de carreira. Na categoria filha, Natalie nunca foi páreo para Liza Minnelli, indestrutível inclusive por si mesma, e conseguia perder até para Nancy Sinatra, que só existiu por um ano, em 1966, à sombra de Frank. A discografia de Natalie cabe num single e ainda sobra espaço. Já Gilberto Mendes cobriu um vasto território cultural. A música era apenas uma de suas formas de expressão. Outras eram as palavras e a ação. Isso comportava reger orquestras, computadores, a plateia – como em seu concerto "Santos Football Music" – e o próprio mar (o que, à sua maneira, chegou a fazer). Tipicamente, seus concertos, corais e balés foram mais executados fora do que dentro do Brasil. Só o conheci de passagem, em Santos, numa Tarrafa Literária, em 2009. Gilberto falou-me de Orlando Silva e Bernard Herrmann, e com tal originalidade que tive a sensação de estar ouvindo aqueles nomes pela primeira vez.
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O muito e o poucoRIO DE JANEIRO - No primeiro dia do ano, a música perdeu dois nomes. Em Los Angeles, morreu a cantora Natalie Cole, 65, filha do pianista e cantor Nat "King" Cole. Em Santos, o compositor e maestro Gilberto Mendes, 93, pioneiro da música erudita contemporânea no Brasil. A morte de Natalie Cole ocupou todos os jornais e TVs brasileiros. A de Gilberto Mendes mereceu uma bela página no "Estadão" e míseras dez linhas ou nem isso nos demais. Natalie Cole nunca disse a que veio. Seu sucesso, em 1975, com um rhythm & blues intitulado "This Will Be" – uma bobagem à base de palmas, gemidos e uivos –, só se explicava por seu sobrenome. Nos anos seguintes, teve a infelicidade de cair no visgo de álcool e drogas, durante o qual foi despachada para a zona fantasma, de que só saiu em 1991 com seu bonito dueto virtual com o pai em "Unforgettable", sucesso de Nat em 1951. Problemas de saúde abreviaram seu resto de carreira. Na categoria filha, Natalie nunca foi páreo para Liza Minnelli, indestrutível inclusive por si mesma, e conseguia perder até para Nancy Sinatra, que só existiu por um ano, em 1966, à sombra de Frank. A discografia de Natalie cabe num single e ainda sobra espaço. Já Gilberto Mendes cobriu um vasto território cultural. A música era apenas uma de suas formas de expressão. Outras eram as palavras e a ação. Isso comportava reger orquestras, computadores, a plateia – como em seu concerto "Santos Football Music" – e o próprio mar (o que, à sua maneira, chegou a fazer). Tipicamente, seus concertos, corais e balés foram mais executados fora do que dentro do Brasil. Só o conheci de passagem, em Santos, numa Tarrafa Literária, em 2009. Gilberto falou-me de Orlando Silva e Bernard Herrmann, e com tal originalidade que tive a sensação de estar ouvindo aqueles nomes pela primeira vez.
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Leitor comenta coluna de Ruy Castro sobre a "Velhinha de Taubaté"
Concordo com o artigo de Ruy Castro "A volta da Velhinha" ("Opinião", 22/4). A "Velhinha de Taubaté" não só é imortal como continua votando e elegendo os governantes que aí estão. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor comenta coluna de Ruy Castro sobre a "Velhinha de Taubaté"Concordo com o artigo de Ruy Castro "A volta da Velhinha" ("Opinião", 22/4). A "Velhinha de Taubaté" não só é imortal como continua votando e elegendo os governantes que aí estão. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Facebook enfrenta escalada de reveses regulatórios e questionamentos
O Facebook tem enfrentado uma escalada de questionamentos políticos e reveses regulatórios, tanto nos Estados Unidos como pelo mundo. Relembra a cronologia do setembro negro de Mark Zuckerberg. 6.set | OS ANÚNCIOS RUSSOS Depois que a notícia vazou, o Facebook confirmou ter informado ao procurador independente Robert Mueller a descoberta de US$ 100 mil em gastos publicitários ligados a contas "inautênticas e provavelmente operadas da Rússia", de junho de 2015 a maio de 2017. A "grande maioria" não tratava da campanha americana, mas buscava "amplificar mensagens divisivas". A liberação das informações ao procurador foi apresentada, pela cobertura, como uma indicação de que Mueller tinha um mandado de busca. 12.set | 'FAKE NEWS' CONTINUA Estudo da Universidade Yale concluiu que a marcação de posts como questionados, projeto do FB contra "fake news", em parceria com serviços de checagem, só influenciou 3% dos atingidos a julgá-los como falsos. E em alguns grupos de usuários a ausência de marcação, em posts falsos, é entendida como confirmação de que são verdadeiros. 12.set | MULTA ESPANHOLA Dando sequência às decisões europeias de defesa de privacidade, que incluíram a proibição recente de troca de dados com sua subsidiária WhatsApp, a Espanha multou o FB em € 1,2 milhão por não garantir às pessoas o controle sobre as informações que a empresa coleta sobre elas em outros sites. Alemanha, Holanda e outros abriram investigações semelhantes. 14.set | ANÚNCIOS PARA ANTISSEMITAS Reportagens revelaram que o FB permitiu a compra de publicidade direcionada a usuários reunidos sob tópicos antissemitas, gerados algoritmicamente, e depois que o direcionamento também servia para outros tópicos racistas. 19.set | LEI CONTRA COMÉRCIO SEXUAL A Comissão de Comércio e Ciência do Senado dos EUA fez a primeira audiência para discutir projeto de lei do republicano Rob Portman que torna as empresas de internet responsáveis pelo comércio sexual, inclusive de menores, em suas plataformas. O FB, junto com outras, afirmou que o projeto "compromete princípios fundamentais da internet livre". 19.set | ANÚNCIOS RUSSOS NO SENADO O republicano Richard Burr, presidente da Comissão de Inteligência, propôs convocar audiência sobre a publicidade russa, para a qual poderia chamar Mark Zuckerberg. A audiência foi depois confirmada para outubro, assim como o convite para a direção do FB, não necessariamente seu presidente. 20.set | LEI SOBRE ANÚNCIOS POLÍTICOS Dois senadores democratas, Mark Warner e Amy Klobuchar, anunciaram que preparam um projeto de lei determinando que FB e outras redes sociais sejam instados a identificar os pagadores de seus anúncios políticos, como é exigido hoje da TV nos EUA. 21.set | ENTREGA DE DADOS Sob pressão também na imprensa, Zuckerberg e o diretor jurídico do FB, Colin Stretch, afirmaram publicamente que o Congresso americano receberia as mesmas informações relativas à publicidade russa que haviam sido transmitidas no início do mês ao procurador Mueller. 21.set | PUBLICIDADE MUDA A diretora de operações do FB, Sheryl Sandberg, anunciou o reforço nos controles, com "mais supervisão humana", sobre o direcionamento de publicidade para usuários racistas. 22.set | CAI ALTERAÇÃO ACIONÁRIA Às vésperas do julgamento de um processo coletivo contra uma decisão que Zuckerberg aprovou no FB, criando uma classe de ações que lhe garantiria o controle mesmo após vender seus papéis atuais, ele voltou atrás na mudança. A nova classe de ações permitiria que ele saísse, por exemplo, para um cargo público. 25.set | BLOQUEIO CHINÊS O governo chinês bloqueou o WhatsApp no país. O aplicativo de mensagens era o último serviço ligado ao FB que ainda estava disponível no país. A plataforma social já havia sido bloqueada, oito anos atrás. 27.set | ATAQUE DE TRUMP Alvo da investigação do procurador Mueller, sobre elos de sua campanha com a Rússia, o presidente Donald Trump acusou o FB de ter sido "sempre anti-Trump", em "conluio" com as redes de televisão e os jornais "New York Times" e "Washington Post". Zuckerberg respondeu que "ambos os lados", republicano e democrata, "estão chateados com conteúdos de que não gostam". 29.set | MANDADOS DE BUSCA O Departamento de Justiça dos EUA cobra, com mandados de busca, que o FB repasse informações sobre 6.000 "ativistas antigoverno" que "curtiram" página contrária a Trump no dia da posse (20.jan).
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Facebook enfrenta escalada de reveses regulatórios e questionamentosO Facebook tem enfrentado uma escalada de questionamentos políticos e reveses regulatórios, tanto nos Estados Unidos como pelo mundo. Relembra a cronologia do setembro negro de Mark Zuckerberg. 6.set | OS ANÚNCIOS RUSSOS Depois que a notícia vazou, o Facebook confirmou ter informado ao procurador independente Robert Mueller a descoberta de US$ 100 mil em gastos publicitários ligados a contas "inautênticas e provavelmente operadas da Rússia", de junho de 2015 a maio de 2017. A "grande maioria" não tratava da campanha americana, mas buscava "amplificar mensagens divisivas". A liberação das informações ao procurador foi apresentada, pela cobertura, como uma indicação de que Mueller tinha um mandado de busca. 12.set | 'FAKE NEWS' CONTINUA Estudo da Universidade Yale concluiu que a marcação de posts como questionados, projeto do FB contra "fake news", em parceria com serviços de checagem, só influenciou 3% dos atingidos a julgá-los como falsos. E em alguns grupos de usuários a ausência de marcação, em posts falsos, é entendida como confirmação de que são verdadeiros. 12.set | MULTA ESPANHOLA Dando sequência às decisões europeias de defesa de privacidade, que incluíram a proibição recente de troca de dados com sua subsidiária WhatsApp, a Espanha multou o FB em € 1,2 milhão por não garantir às pessoas o controle sobre as informações que a empresa coleta sobre elas em outros sites. Alemanha, Holanda e outros abriram investigações semelhantes. 14.set | ANÚNCIOS PARA ANTISSEMITAS Reportagens revelaram que o FB permitiu a compra de publicidade direcionada a usuários reunidos sob tópicos antissemitas, gerados algoritmicamente, e depois que o direcionamento também servia para outros tópicos racistas. 19.set | LEI CONTRA COMÉRCIO SEXUAL A Comissão de Comércio e Ciência do Senado dos EUA fez a primeira audiência para discutir projeto de lei do republicano Rob Portman que torna as empresas de internet responsáveis pelo comércio sexual, inclusive de menores, em suas plataformas. O FB, junto com outras, afirmou que o projeto "compromete princípios fundamentais da internet livre". 19.set | ANÚNCIOS RUSSOS NO SENADO O republicano Richard Burr, presidente da Comissão de Inteligência, propôs convocar audiência sobre a publicidade russa, para a qual poderia chamar Mark Zuckerberg. A audiência foi depois confirmada para outubro, assim como o convite para a direção do FB, não necessariamente seu presidente. 20.set | LEI SOBRE ANÚNCIOS POLÍTICOS Dois senadores democratas, Mark Warner e Amy Klobuchar, anunciaram que preparam um projeto de lei determinando que FB e outras redes sociais sejam instados a identificar os pagadores de seus anúncios políticos, como é exigido hoje da TV nos EUA. 21.set | ENTREGA DE DADOS Sob pressão também na imprensa, Zuckerberg e o diretor jurídico do FB, Colin Stretch, afirmaram publicamente que o Congresso americano receberia as mesmas informações relativas à publicidade russa que haviam sido transmitidas no início do mês ao procurador Mueller. 21.set | PUBLICIDADE MUDA A diretora de operações do FB, Sheryl Sandberg, anunciou o reforço nos controles, com "mais supervisão humana", sobre o direcionamento de publicidade para usuários racistas. 22.set | CAI ALTERAÇÃO ACIONÁRIA Às vésperas do julgamento de um processo coletivo contra uma decisão que Zuckerberg aprovou no FB, criando uma classe de ações que lhe garantiria o controle mesmo após vender seus papéis atuais, ele voltou atrás na mudança. A nova classe de ações permitiria que ele saísse, por exemplo, para um cargo público. 25.set | BLOQUEIO CHINÊS O governo chinês bloqueou o WhatsApp no país. O aplicativo de mensagens era o último serviço ligado ao FB que ainda estava disponível no país. A plataforma social já havia sido bloqueada, oito anos atrás. 27.set | ATAQUE DE TRUMP Alvo da investigação do procurador Mueller, sobre elos de sua campanha com a Rússia, o presidente Donald Trump acusou o FB de ter sido "sempre anti-Trump", em "conluio" com as redes de televisão e os jornais "New York Times" e "Washington Post". Zuckerberg respondeu que "ambos os lados", republicano e democrata, "estão chateados com conteúdos de que não gostam". 29.set | MANDADOS DE BUSCA O Departamento de Justiça dos EUA cobra, com mandados de busca, que o FB repasse informações sobre 6.000 "ativistas antigoverno" que "curtiram" página contrária a Trump no dia da posse (20.jan).
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Maior legado que Olimpíada poderia ter não se concretizou, diz leitor
LULA É, no mínimo, vergonhosa a atitude do ex-presidente Lula de recorrer à ONU para reclamar do juiz Sergio Moro. Parece que Lula, desesperado e com medo da prisão, quer fazer desacreditar a Justiça brasileira. Em tempos de Olimpíada, numa disputa entre Lula e Moro na modalidade honestidade, certamente o juiz receberia a medalha de ouro, e Lula seria desclassificado. TOMAZ DE AQUINO DOS SANTOS (Piracicaba, SP) * O ex-presidente Lula não vai perder o sono por ter se tornado réu pela primeira vez. O que realmente preocupa o padrinho político de Dilma Rousseff é o Brasil sair da crise e gerar emprego. Ele sabe muito bem que só se livrou do mensalão e de um processo de impeachment, em 2005, porque todo mundo estava trabalhando e com dinheiro no bolso. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Está claramente demonstrado que a Justiça brasileira funciona normalmente e não está colocada para perseguir o ex-presidente Lula. Só o fato de oito dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terem sido nomeados por Lula e Dilma é suficiente para mostrar que não há viés antipetista no tribunal. EDGARD GOBBI (Campinas, SP) * Se Lula tentou obstruir a Justiça, Romero Jucá fez o quê? "Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria", comentou o ex-ministro do Planejamento, referindo-se à Lava Jato, durante conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em que estágio estão as investigações contra Jucá? Lula está no segundo turno em todos os cenários de pesquisas para as eleições de 2018. Para os golpistas, isso é grave. FRANCISCO RAMOS (Brasília, DF) - OLIMPÍADA O maior legado que a Olimpíada poderia ter deixado para o Rio seria a prometida despoluição das águas da baía de Guanabara, mas isso não aconteceu. O Brasil precisa perceber que o mundo civilizado há muito tempo não tolera o nível de poluição que existe no país. As melhorias feitas para os Jogos são irrelevantes diante das toneladas de esgoto jogadas diariamente nos rios. MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP) * Serão duas Olimpíadas no país. Na primeira, o desafio será sobreviver ao caos brasileiro; na segunda, brilhar nos esportes. Deveria haver medalhas para quem saísse ileso do Brasil. Quando é que vamos parar de fazer tudo nas coxas? JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP) * Concordo com o artigo do economista Vladimir Kuhl Teles. O legado dos Jogos não passa de falácia. Uma brincadeira bastante cara para um país prestes a votar o teto de gastos, temeroso de perder o controle da economia, acossado por problemas sociais. ANDREA METNE ARNAUT (São Paulo, SP) - PRÉ-SAL Felizmente a Petrobras começou a vender partes do pré-sal, enquanto ainda há compradores. Isso ajudará a empresa a sair da crise e a ficar livre de um produto que, em breve, perderá mercado cada vez mais, por ser altamente poluente. VALERIANO DE OIVEIRA (Belo Horizonte, MG) - PLANO DE SAÚDE POPULAR A Folha precisa ter cuidado ao comentar a proposta de se criar planos populares de saúde de atendimento limitado. Há uma clara intenção de beneficiar as operadoras privadas com esse projeto, o que significará a chance de maiores margens e menores responsabilidades para elas. ARNALDO RYNGELBLUM (São Paulo, SP) - MINHOCÃO Não concordo com o leitor Mouzar Benedito, que não aceita a mudança do nome do Minhocão, assim como de outros logradouros que homenageiam ditadores. Temos, sim, que trocar esses nomes. É como extirpar um câncer, esquecer esses 21 anos de ausência de liberdade. SÉRGIO PIVA (Maringá, PR) - COLUNISTAS Perfeita a abordagem de Ruy Castro sobre a segregação promovida por Donald Trump. O candidato de direita deve desconhecer a própria origem, pois em algum momento sua família migrou da Europa para o norte da América. No Brasil, comportamento semelhante acontece. Muita gente beneficiada socialmente nos governos petistas defende agora o golpe branco que restitui uma plataforma política perdedora nas últimas eleições. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) * Lamentável o artigo de Bernardo Mello Franco. É de muito mau gosto ironizar um menino de sete anos, cuja única "culpa" é ser filho do presidente interino, Michel Temer. Sobre a aparição pública planejada da família na saída da escola, o preconceito do colunista fica claro ao revelar a velha notícia de que a mãe é 43 anos mais nova que Temer. *Beth Viviani * (São Caetano do Sul, SP) * No artigo "A Fúria Inútil", Ferreira Gullar afirma que "vivemos um momento particularmente violento". A humanidade viveu algum momento em paz? Infelizmente, nós, seres humanos, fomos e ainda somos muito violentos. Felipe Gomes e Silva (São Carlos, SP)
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Maior legado que Olimpíada poderia ter não se concretizou, diz leitorLULA É, no mínimo, vergonhosa a atitude do ex-presidente Lula de recorrer à ONU para reclamar do juiz Sergio Moro. Parece que Lula, desesperado e com medo da prisão, quer fazer desacreditar a Justiça brasileira. Em tempos de Olimpíada, numa disputa entre Lula e Moro na modalidade honestidade, certamente o juiz receberia a medalha de ouro, e Lula seria desclassificado. TOMAZ DE AQUINO DOS SANTOS (Piracicaba, SP) * O ex-presidente Lula não vai perder o sono por ter se tornado réu pela primeira vez. O que realmente preocupa o padrinho político de Dilma Rousseff é o Brasil sair da crise e gerar emprego. Ele sabe muito bem que só se livrou do mensalão e de um processo de impeachment, em 2005, porque todo mundo estava trabalhando e com dinheiro no bolso. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Está claramente demonstrado que a Justiça brasileira funciona normalmente e não está colocada para perseguir o ex-presidente Lula. Só o fato de oito dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terem sido nomeados por Lula e Dilma é suficiente para mostrar que não há viés antipetista no tribunal. EDGARD GOBBI (Campinas, SP) * Se Lula tentou obstruir a Justiça, Romero Jucá fez o quê? "Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria", comentou o ex-ministro do Planejamento, referindo-se à Lava Jato, durante conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em que estágio estão as investigações contra Jucá? Lula está no segundo turno em todos os cenários de pesquisas para as eleições de 2018. Para os golpistas, isso é grave. FRANCISCO RAMOS (Brasília, DF) - OLIMPÍADA O maior legado que a Olimpíada poderia ter deixado para o Rio seria a prometida despoluição das águas da baía de Guanabara, mas isso não aconteceu. O Brasil precisa perceber que o mundo civilizado há muito tempo não tolera o nível de poluição que existe no país. As melhorias feitas para os Jogos são irrelevantes diante das toneladas de esgoto jogadas diariamente nos rios. MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP) * Serão duas Olimpíadas no país. Na primeira, o desafio será sobreviver ao caos brasileiro; na segunda, brilhar nos esportes. Deveria haver medalhas para quem saísse ileso do Brasil. Quando é que vamos parar de fazer tudo nas coxas? JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP) * Concordo com o artigo do economista Vladimir Kuhl Teles. O legado dos Jogos não passa de falácia. Uma brincadeira bastante cara para um país prestes a votar o teto de gastos, temeroso de perder o controle da economia, acossado por problemas sociais. ANDREA METNE ARNAUT (São Paulo, SP) - PRÉ-SAL Felizmente a Petrobras começou a vender partes do pré-sal, enquanto ainda há compradores. Isso ajudará a empresa a sair da crise e a ficar livre de um produto que, em breve, perderá mercado cada vez mais, por ser altamente poluente. VALERIANO DE OIVEIRA (Belo Horizonte, MG) - PLANO DE SAÚDE POPULAR A Folha precisa ter cuidado ao comentar a proposta de se criar planos populares de saúde de atendimento limitado. Há uma clara intenção de beneficiar as operadoras privadas com esse projeto, o que significará a chance de maiores margens e menores responsabilidades para elas. ARNALDO RYNGELBLUM (São Paulo, SP) - MINHOCÃO Não concordo com o leitor Mouzar Benedito, que não aceita a mudança do nome do Minhocão, assim como de outros logradouros que homenageiam ditadores. Temos, sim, que trocar esses nomes. É como extirpar um câncer, esquecer esses 21 anos de ausência de liberdade. SÉRGIO PIVA (Maringá, PR) - COLUNISTAS Perfeita a abordagem de Ruy Castro sobre a segregação promovida por Donald Trump. O candidato de direita deve desconhecer a própria origem, pois em algum momento sua família migrou da Europa para o norte da América. No Brasil, comportamento semelhante acontece. Muita gente beneficiada socialmente nos governos petistas defende agora o golpe branco que restitui uma plataforma política perdedora nas últimas eleições. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) * Lamentável o artigo de Bernardo Mello Franco. É de muito mau gosto ironizar um menino de sete anos, cuja única "culpa" é ser filho do presidente interino, Michel Temer. Sobre a aparição pública planejada da família na saída da escola, o preconceito do colunista fica claro ao revelar a velha notícia de que a mãe é 43 anos mais nova que Temer. *Beth Viviani * (São Caetano do Sul, SP) * No artigo "A Fúria Inútil", Ferreira Gullar afirma que "vivemos um momento particularmente violento". A humanidade viveu algum momento em paz? Infelizmente, nós, seres humanos, fomos e ainda somos muito violentos. Felipe Gomes e Silva (São Carlos, SP)
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Confronto da torcida do São Paulo com a PM deixa 15 feridos
Uma confusão tomou conta do entorno do Morumbi após a derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional (COL), nesta quarta (6), pelas semifinais da Libertadores, deixando ao menos 15 feridos. Segundo a Polícia Militar: 12 policiais e três torcedores.São Paulinos e policiais transformaram as ruas que contornam o estádio em uma praça de guerra. Pedras, garrafas e até rojões foram lançados nos policiais, que revidavam com bombas de efeito moral e balas de borracha.Leia a reportagem
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Confronto da torcida do São Paulo com a PM deixa 15 feridosUma confusão tomou conta do entorno do Morumbi após a derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional (COL), nesta quarta (6), pelas semifinais da Libertadores, deixando ao menos 15 feridos. Segundo a Polícia Militar: 12 policiais e três torcedores.São Paulinos e policiais transformaram as ruas que contornam o estádio em uma praça de guerra. Pedras, garrafas e até rojões foram lançados nos policiais, que revidavam com bombas de efeito moral e balas de borracha.Leia a reportagem
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Atos anti-Dilma no país tem rojões, food trucks e vuvuzelas
Além do clima de jogos da seleção em Copa do Mundo, com camisetas da CBF, bandeiras do Brasil e vuvuzelas, alguns dos atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff lembraram as comemorações de Réveillon. Foi o caso de Florianópolis, onde o ato na avenida Beira Mar Norte teve os tradicionais fogos de artifício e as cenas típicas de 1º de janeiro: pessoas se abraçaram, tiraram selfies, cumprimentaram até desconhecidos e brindaram com cerveja. "É a hora de limpar o Brasil da roubalheira", disse a dentista Ana Flávia Costa. Também em Belo Horizonte, houve cenas como essas de Santa Catarina. Após o voto 342, que sacramentou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, manifestantes soltaram rojões, se beijaram e se abraçaram. Alguns chegaram a chorar. A sessão foi transmitida na praça da Liberdade, região central. No local, membros de uma igreja evangélica pediram até a Deus pela saída da presidente. "O impeachment é o começo da limpeza", disse a pastora Lilian Macedo. Logo depois, eles deixaram o local e iniciaram carreata com buzinaço pelas ruas de Belo Horizonte. Em várias capitais, mesmo com a chuva, os atos contra o PT continuaram até que a abertura do processo de impeachment estivesse aprovada. Foram os casos de Maceió, Salvador e do Recife, que comemoram todos com fogos de artifício. MÚSICA DO SENNA Em Curitiba, sede da Operação Lava Jato, a música "Tema da Vitória", conhecida após as corridas do piloto Ayrton Senna na Rede Globo, foi entoada pelas caixas de som após o 342º voto. Foi lá também que um dos locutores do carro de som no centro da cidade gritou, após o voto "sim" do presidente da Câmara: "Dá-lhe Cunha, nosso malvado favorito". Na capital baiana, o 342º voto pelo impeachment também foi recebido o grito "fora, PT" –comum também em várias capitais na hora da comemoração. "Fizemos um movimento lindíssimo pelo impeachment, e estamos colhendo o resultado", disse César Leite, médico e líder do MBL na Bahia. Um festival de food trucks foi montado para atender ao público contra o governo federal na capital baiana. No cardápio, hambúrgueres e pratos regionais, como escondidinho de carne de sol. Não havia coxinhas e, apesar de o grupo ser contra Dilma, nem mortadelas. (THIAGO AMÂNCIO, JOÃO PEDRO PITOMBO, JULIANA COISSI e JEFERSON BERTOLINI)
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Atos anti-Dilma no país tem rojões, food trucks e vuvuzelasAlém do clima de jogos da seleção em Copa do Mundo, com camisetas da CBF, bandeiras do Brasil e vuvuzelas, alguns dos atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff lembraram as comemorações de Réveillon. Foi o caso de Florianópolis, onde o ato na avenida Beira Mar Norte teve os tradicionais fogos de artifício e as cenas típicas de 1º de janeiro: pessoas se abraçaram, tiraram selfies, cumprimentaram até desconhecidos e brindaram com cerveja. "É a hora de limpar o Brasil da roubalheira", disse a dentista Ana Flávia Costa. Também em Belo Horizonte, houve cenas como essas de Santa Catarina. Após o voto 342, que sacramentou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, manifestantes soltaram rojões, se beijaram e se abraçaram. Alguns chegaram a chorar. A sessão foi transmitida na praça da Liberdade, região central. No local, membros de uma igreja evangélica pediram até a Deus pela saída da presidente. "O impeachment é o começo da limpeza", disse a pastora Lilian Macedo. Logo depois, eles deixaram o local e iniciaram carreata com buzinaço pelas ruas de Belo Horizonte. Em várias capitais, mesmo com a chuva, os atos contra o PT continuaram até que a abertura do processo de impeachment estivesse aprovada. Foram os casos de Maceió, Salvador e do Recife, que comemoram todos com fogos de artifício. MÚSICA DO SENNA Em Curitiba, sede da Operação Lava Jato, a música "Tema da Vitória", conhecida após as corridas do piloto Ayrton Senna na Rede Globo, foi entoada pelas caixas de som após o 342º voto. Foi lá também que um dos locutores do carro de som no centro da cidade gritou, após o voto "sim" do presidente da Câmara: "Dá-lhe Cunha, nosso malvado favorito". Na capital baiana, o 342º voto pelo impeachment também foi recebido o grito "fora, PT" –comum também em várias capitais na hora da comemoração. "Fizemos um movimento lindíssimo pelo impeachment, e estamos colhendo o resultado", disse César Leite, médico e líder do MBL na Bahia. Um festival de food trucks foi montado para atender ao público contra o governo federal na capital baiana. No cardápio, hambúrgueres e pratos regionais, como escondidinho de carne de sol. Não havia coxinhas e, apesar de o grupo ser contra Dilma, nem mortadelas. (THIAGO AMÂNCIO, JOÃO PEDRO PITOMBO, JULIANA COISSI e JEFERSON BERTOLINI)
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Vendas do Apple Watch esbarram em falta de informação ao consumidor
Na manhã da última sexta-feira (16), só quatro pessoas esperavam a abertura da loja oficial da Apple em São Paulo para comprar o relógio inteligente da marca, que chegava ao mercado naquele dia. Uma imagem que contrasta com as tradicionais filas formadas por ávidos consumidores sempre que um produto da companhia é lançado. Em tempo de crise, o preço do Apple Watch, que parte de R$ 2.899, pode ser um fator para a aparente baixa procura. Entretanto, de acordo com analistas, o principal motivo é que o consumidor não entendeu ainda para que esse tipo de aparelho serve. A consultoria IDC fez uma pesquisa com mil pessoas sobre aparelhos vestíveis, categoria na qual se encaixam os relógios inteligentes, e 80% delas não sabiam do que se tratava –mesmo depois de apresentadas marcas mais famosas desse segmento como a Fitbit (dona de uma popular pulseira de acompanhamento do desempenho físico). "A falta de conhecimento é enorme. Os fabricantes terão de trabalhar a imagem desses produtos, dizer no que eles ajudam", afirma Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil. No caso do Apple Watch, as principais funções são notificar o usuário sobre o que está acontecendo nas redes sociais de que participa sem que ele precise pegar o iPhone. Além de responder rapidamente a mensagens. A estudante Larissa da Rocha, 31, que na sexta-feira estava no Shopping Morumbi, onde fica a loja oficial da Apple em São Paulo, contou que já havia falado falar do relógio inteligente, mas não sabia direito o que ele faz. "Eu já tento não expor o celular na rua. Falar com um relógio, então, não tem jeito", afirmou. Mesmo entre quem conhece bem as funcionalidades do produto há uma certa desconfiança –as pessoas ainda vão precisar se acostumar com ele do ponto de vista do comportamento. "Um problema é quando você está em uma reunião e começa a olhar o relógio. Ninguém sabe que você está checando o WhatsApp. Vão achar que você está entediado, vendo se o tempo está passando", afirma o engenheiro Raphael Câmara, 40, que tem todos os produtos da Apple, menos o Apple Watch. Relógios inteligentes MERCADO Hoje, os campeões de vendas são as pulseiras que monitoram atividade física, mais baratas e com função mais clara. A consultoria Euromonitor projeta que, neste ano, aparelhos como esses rastreadores vão representar 94,7% dos 116,1 mil vestíveis vendidos no Brasil –a Nike lidera o segmento por aqui. A categoria que inclui os relógios, que tem Samsung e LG na dianteira, ficará com apenas 5,3%. A Euromonitor espera que o mercado de vestíveis chegue a 3,3 milhões de unidades vendidas em 2020. Trata-se de um número ainda modesto, apesar de representar um crescimento intenso até lá: para comparação, foram vendidos no país 54,5 milhões de smartphones só em 2014. Gabriel Marão, coordenador do comitê gestor do Fórum Brasileiro de IoT (internet das coisas), afirma que é certo que o mercado de produtos vestíveis vá crescer e dar certo. Entretanto, não se pode dizer que a popularização virá com os relógios inteligentes. "Ainda não se descobriu uma 'aplicação matadora' para esses produtos. Meu chute é que isso vai acabar acontecendo na linha de robótica", afirma. Colaborou FELIPE GIACOMELLI, de São Paulo
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Vendas do Apple Watch esbarram em falta de informação ao consumidorNa manhã da última sexta-feira (16), só quatro pessoas esperavam a abertura da loja oficial da Apple em São Paulo para comprar o relógio inteligente da marca, que chegava ao mercado naquele dia. Uma imagem que contrasta com as tradicionais filas formadas por ávidos consumidores sempre que um produto da companhia é lançado. Em tempo de crise, o preço do Apple Watch, que parte de R$ 2.899, pode ser um fator para a aparente baixa procura. Entretanto, de acordo com analistas, o principal motivo é que o consumidor não entendeu ainda para que esse tipo de aparelho serve. A consultoria IDC fez uma pesquisa com mil pessoas sobre aparelhos vestíveis, categoria na qual se encaixam os relógios inteligentes, e 80% delas não sabiam do que se tratava –mesmo depois de apresentadas marcas mais famosas desse segmento como a Fitbit (dona de uma popular pulseira de acompanhamento do desempenho físico). "A falta de conhecimento é enorme. Os fabricantes terão de trabalhar a imagem desses produtos, dizer no que eles ajudam", afirma Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil. No caso do Apple Watch, as principais funções são notificar o usuário sobre o que está acontecendo nas redes sociais de que participa sem que ele precise pegar o iPhone. Além de responder rapidamente a mensagens. A estudante Larissa da Rocha, 31, que na sexta-feira estava no Shopping Morumbi, onde fica a loja oficial da Apple em São Paulo, contou que já havia falado falar do relógio inteligente, mas não sabia direito o que ele faz. "Eu já tento não expor o celular na rua. Falar com um relógio, então, não tem jeito", afirmou. Mesmo entre quem conhece bem as funcionalidades do produto há uma certa desconfiança –as pessoas ainda vão precisar se acostumar com ele do ponto de vista do comportamento. "Um problema é quando você está em uma reunião e começa a olhar o relógio. Ninguém sabe que você está checando o WhatsApp. Vão achar que você está entediado, vendo se o tempo está passando", afirma o engenheiro Raphael Câmara, 40, que tem todos os produtos da Apple, menos o Apple Watch. Relógios inteligentes MERCADO Hoje, os campeões de vendas são as pulseiras que monitoram atividade física, mais baratas e com função mais clara. A consultoria Euromonitor projeta que, neste ano, aparelhos como esses rastreadores vão representar 94,7% dos 116,1 mil vestíveis vendidos no Brasil –a Nike lidera o segmento por aqui. A categoria que inclui os relógios, que tem Samsung e LG na dianteira, ficará com apenas 5,3%. A Euromonitor espera que o mercado de vestíveis chegue a 3,3 milhões de unidades vendidas em 2020. Trata-se de um número ainda modesto, apesar de representar um crescimento intenso até lá: para comparação, foram vendidos no país 54,5 milhões de smartphones só em 2014. Gabriel Marão, coordenador do comitê gestor do Fórum Brasileiro de IoT (internet das coisas), afirma que é certo que o mercado de produtos vestíveis vá crescer e dar certo. Entretanto, não se pode dizer que a popularização virá com os relógios inteligentes. "Ainda não se descobriu uma 'aplicação matadora' para esses produtos. Meu chute é que isso vai acabar acontecendo na linha de robótica", afirma. Colaborou FELIPE GIACOMELLI, de São Paulo
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MIS reúne filmes, música e exposições para celebrar 45 anos
DE SÃO PAULO Pink Floyd, Bandido da Luz Vermelha e melodias clássicas. Para comemorar os 45 anos de existência, o MIS (Museu da Imagem e do Som) preparou um domingo com programação diversificada. Uma das atrações é a mostra Maio Fotografia 2015. Durante todo o dia 31, o projeto exibe fotos da americana Vivian Maier (1926-2009) com visitas guiadas às 13h, 15h e 17h —o mesmo acontece com a exposição "Lambe-Lambe: os Fotógrafos de Rua da São Paulo dos Anos 70", do acervo do museu. Às 14h, o clássico "O Mágico de Oz" (1939), de Victor Fleming, será projetado em sessão do projeto Cinematographo —em que um filme mudo é sonorizado ao vivo. Durante o longa, a banda Pink Floyd Cover interpreta o conceituado disco "The Dark Side of the Moon". Em seguida, às 17h, é a vez da exibição de "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), de Rogério Sganzerla. Ao fim, Helena Ignez, que interpreta Janete Jane no filme, participa de uma bate-papo com o público. Encerrando a programação, às 19h, a orquestra Bachiana Filarmônica, regida pelo maestro João Carlos Martins, executa composições eruditas de Bach e de Beethoven, assim como trilhas sonoras de clássicos do cinema. MIS. Av. Europa, 158, Jardim Europa, região oeste, tel. 2117-4777. Dom. (31): 11h às 20h. Livre. Filme Cinematographo: R$ 20. Valet (R$ 10). GRÁTIS
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MIS reúne filmes, música e exposições para celebrar 45 anosDE SÃO PAULO Pink Floyd, Bandido da Luz Vermelha e melodias clássicas. Para comemorar os 45 anos de existência, o MIS (Museu da Imagem e do Som) preparou um domingo com programação diversificada. Uma das atrações é a mostra Maio Fotografia 2015. Durante todo o dia 31, o projeto exibe fotos da americana Vivian Maier (1926-2009) com visitas guiadas às 13h, 15h e 17h —o mesmo acontece com a exposição "Lambe-Lambe: os Fotógrafos de Rua da São Paulo dos Anos 70", do acervo do museu. Às 14h, o clássico "O Mágico de Oz" (1939), de Victor Fleming, será projetado em sessão do projeto Cinematographo —em que um filme mudo é sonorizado ao vivo. Durante o longa, a banda Pink Floyd Cover interpreta o conceituado disco "The Dark Side of the Moon". Em seguida, às 17h, é a vez da exibição de "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), de Rogério Sganzerla. Ao fim, Helena Ignez, que interpreta Janete Jane no filme, participa de uma bate-papo com o público. Encerrando a programação, às 19h, a orquestra Bachiana Filarmônica, regida pelo maestro João Carlos Martins, executa composições eruditas de Bach e de Beethoven, assim como trilhas sonoras de clássicos do cinema. MIS. Av. Europa, 158, Jardim Europa, região oeste, tel. 2117-4777. Dom. (31): 11h às 20h. Livre. Filme Cinematographo: R$ 20. Valet (R$ 10). GRÁTIS
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Livro usa o alfabeto para mostrar que a água está presente em toda a parte
Só se fala de água atualmente, e a autora desse livro mostra que há mesmo muito o que se dizer sobre esse assunto. De A a Z, cada letra do alfabeto mostra como a água está presente em toda a parte. Ou ausente, como no D, de deserto. O H até que foi fácil, porque a fórmula da água é H2O. Mas a autora teve também que ter ideias para relacionar a água ao Y, W e Z. E conseguiu, o que prova que ela é criativa e que, de fato, nossa vida é uma ilha cercada de água por todos os lados. O livro dá uma ideia bacana: o que ela fez com a água, podemos fazer com outros temas. ABC DA ÁGUA Autora Selma Maria Editora Panda Books Preço R$ 28,90 Indicação a partir de 5 anos
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Livro usa o alfabeto para mostrar que a água está presente em toda a parteSó se fala de água atualmente, e a autora desse livro mostra que há mesmo muito o que se dizer sobre esse assunto. De A a Z, cada letra do alfabeto mostra como a água está presente em toda a parte. Ou ausente, como no D, de deserto. O H até que foi fácil, porque a fórmula da água é H2O. Mas a autora teve também que ter ideias para relacionar a água ao Y, W e Z. E conseguiu, o que prova que ela é criativa e que, de fato, nossa vida é uma ilha cercada de água por todos os lados. O livro dá uma ideia bacana: o que ela fez com a água, podemos fazer com outros temas. ABC DA ÁGUA Autora Selma Maria Editora Panda Books Preço R$ 28,90 Indicação a partir de 5 anos
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Risco de incêndio causa recall de Citroën C4 e Peugeot 308 e 408
Nesta quinta (2), a Peugeot e a Citroën convocaram proprietários de veículos para agendarem a troca da peça de tubulação de alimentação de combustível do motor, que, em alguns modelos, tem risco de apresentar defeito. A substituição da peça pode ser feita gratuitamente em concessionárias das respectivas marcas. No caso da Peugeot, a convocação vale para os carros de modelo 308 2.0. Flex, fabricados entre 28/6/11 e 1/4/15 —com chassis de número CG029023 a FG025539, e carros de modelo 408 2.0. Flex, fabricados entre 25/6/10 e 20/5/15 —com chassis de BG001818 a FG028603. Ao todo, são 34.367 veículos da marca. Já a Citroën convoca para o recall os proprietários do modelo C4 Lounge, 2.0., Flex, fabricado de 26/04/2012 a 21/05/2015, com chassis de DG502398 a FG527591. São ao todo 7.752 veículos da marca nessa situação. O grupo PSA, que detém as duas marcas, afirma que há possibilidade de fissura na tubulação que alimenta o combustível do motor, o que pode causar vazamento de combustível e, potencialmente, incêndio no compartimento do motor.
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Risco de incêndio causa recall de Citroën C4 e Peugeot 308 e 408Nesta quinta (2), a Peugeot e a Citroën convocaram proprietários de veículos para agendarem a troca da peça de tubulação de alimentação de combustível do motor, que, em alguns modelos, tem risco de apresentar defeito. A substituição da peça pode ser feita gratuitamente em concessionárias das respectivas marcas. No caso da Peugeot, a convocação vale para os carros de modelo 308 2.0. Flex, fabricados entre 28/6/11 e 1/4/15 —com chassis de número CG029023 a FG025539, e carros de modelo 408 2.0. Flex, fabricados entre 25/6/10 e 20/5/15 —com chassis de BG001818 a FG028603. Ao todo, são 34.367 veículos da marca. Já a Citroën convoca para o recall os proprietários do modelo C4 Lounge, 2.0., Flex, fabricado de 26/04/2012 a 21/05/2015, com chassis de DG502398 a FG527591. São ao todo 7.752 veículos da marca nessa situação. O grupo PSA, que detém as duas marcas, afirma que há possibilidade de fissura na tubulação que alimenta o combustível do motor, o que pode causar vazamento de combustível e, potencialmente, incêndio no compartimento do motor.
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O caminho de Paris passa pelos trópicos
Qual é o potencial do Brasil para liderar os países tropicais no caminho de redução de emissões pós-Acordo de Paris? Os compromissos acordados na COP21 (conferência do clima da ONU) são insuficientes para manter o aquecimento global abaixo de 2°C e estão ainda distantes da marca de 1,5°C, defendida por muitos cientistas. De toda forma, são metas necessárias, se desejarmos minimizar os enormes riscos das mudanças climáticas. Dada a alta probabilidade de diminuir a capacidade de oceanos e ecossistemas terrestres absorverem parte do excesso de gás carbônico (CO2) à medida que o aquecimento global se acentua, torna-se essencial que as emissões líquidas globais sejam zeradas até 2050. A descarbonização da economia global implica um desafio gigantesco. Para fazer a conta fechar, boa parte das reservas de petróleo e quase todas as reservas de carvão do mundo permanecerão inexploradas. Além de implementação maciça e urgente de sistemas de energia renovável, substituindo energia fóssil, e de novos sistemas para atender à demanda crescente, trajetórias desejáveis de redução de emissões passam necessariamente por reflorestamentos em grande escala e restauração de ecossistemas. Há ainda o desafio maior de gerar eletricidade em termelétricas e capturar e armazenar o CO2 emitido em poços profundos. A bioenergia, já quase neutra em carbono (o CO2 emitido na queima é, em grande parte, recapturado pelas plantas na fotossíntese), passaria a ter emissões negativas. A maior parte dos cenários compatíveis com a estabilização do aquecimento abaixo de 2°C envolve o uso de emissões negativas. Países tropicais podem desempenhar papel fundamental para essas metas, implementando agricultura sustentável em larga escala. Emissões diretas da agropecuária e desmatamento respondem por um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa. Enquanto as emissões brutas advindas de desmatamento caíram 62% nos últimos dez anos, as emissões diretas da agricultura e do setor de energia brasileiros vêm aumentando -responderam por quase 70% do total em 2014. As emissões líquidas per capita do país já somam 7,5 toneladas de CO2 por ano. No entanto, a quantidade emitida por real no PIB agrícola vem diminuindo: cresceu 4,3% entre 2010 e 2014, enquanto o PIB da agricultura subiu 12%. Por outro lado, a crise hídrica de 2014/15 exigiu o acionamento de termelétricas de energia fóssil, resultando em retrocesso na intensidade de carbono do setor de energia: emissões cresceram 26,6% entre 2010 e 2014, enquanto o PIB nacional cresceu cerca de 10% no período. Para manter sua liderança na transição para a economia verde, o Brasil terá que desenvolver uma agricultura sustentável e neutra em carbono -uma meta difícil a ser atingida até 2030, com a condição indispensável de zerar o desmatamento, restaurar ecossistemas em grande escala e aumentar, até 2015, fontes renováveis de energia em até 80%. Observando o aumento de emissões de agricultura e energia e avaliando as condições para reflorestar e restaurar, parecem metas irrealistas. Todavia, podem ser realizadas, desde que se acelere o ciclo de transferência de conhecimento para implementação de políticas públicas e de tecnologias, com o auxílio de mecanismos inovadores de financiamento. CARLOS A. NOBRE, climatologista, doutor em meteorologia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), é membro da Academia Brasileira de Ciências e membro estrangeiro da Academia de Ciências dos Estados Unidos MERCEDES BUSTAMANTE, bióloga, doutora em geobotânica pela Universitat Trier (Alemanha), é professora do departamento de ecologia do Instituto de Ciências Biológicas da UnB - Universidade de Brasília PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
O caminho de Paris passa pelos trópicosQual é o potencial do Brasil para liderar os países tropicais no caminho de redução de emissões pós-Acordo de Paris? Os compromissos acordados na COP21 (conferência do clima da ONU) são insuficientes para manter o aquecimento global abaixo de 2°C e estão ainda distantes da marca de 1,5°C, defendida por muitos cientistas. De toda forma, são metas necessárias, se desejarmos minimizar os enormes riscos das mudanças climáticas. Dada a alta probabilidade de diminuir a capacidade de oceanos e ecossistemas terrestres absorverem parte do excesso de gás carbônico (CO2) à medida que o aquecimento global se acentua, torna-se essencial que as emissões líquidas globais sejam zeradas até 2050. A descarbonização da economia global implica um desafio gigantesco. Para fazer a conta fechar, boa parte das reservas de petróleo e quase todas as reservas de carvão do mundo permanecerão inexploradas. Além de implementação maciça e urgente de sistemas de energia renovável, substituindo energia fóssil, e de novos sistemas para atender à demanda crescente, trajetórias desejáveis de redução de emissões passam necessariamente por reflorestamentos em grande escala e restauração de ecossistemas. Há ainda o desafio maior de gerar eletricidade em termelétricas e capturar e armazenar o CO2 emitido em poços profundos. A bioenergia, já quase neutra em carbono (o CO2 emitido na queima é, em grande parte, recapturado pelas plantas na fotossíntese), passaria a ter emissões negativas. A maior parte dos cenários compatíveis com a estabilização do aquecimento abaixo de 2°C envolve o uso de emissões negativas. Países tropicais podem desempenhar papel fundamental para essas metas, implementando agricultura sustentável em larga escala. Emissões diretas da agropecuária e desmatamento respondem por um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa. Enquanto as emissões brutas advindas de desmatamento caíram 62% nos últimos dez anos, as emissões diretas da agricultura e do setor de energia brasileiros vêm aumentando -responderam por quase 70% do total em 2014. As emissões líquidas per capita do país já somam 7,5 toneladas de CO2 por ano. No entanto, a quantidade emitida por real no PIB agrícola vem diminuindo: cresceu 4,3% entre 2010 e 2014, enquanto o PIB da agricultura subiu 12%. Por outro lado, a crise hídrica de 2014/15 exigiu o acionamento de termelétricas de energia fóssil, resultando em retrocesso na intensidade de carbono do setor de energia: emissões cresceram 26,6% entre 2010 e 2014, enquanto o PIB nacional cresceu cerca de 10% no período. Para manter sua liderança na transição para a economia verde, o Brasil terá que desenvolver uma agricultura sustentável e neutra em carbono -uma meta difícil a ser atingida até 2030, com a condição indispensável de zerar o desmatamento, restaurar ecossistemas em grande escala e aumentar, até 2015, fontes renováveis de energia em até 80%. Observando o aumento de emissões de agricultura e energia e avaliando as condições para reflorestar e restaurar, parecem metas irrealistas. Todavia, podem ser realizadas, desde que se acelere o ciclo de transferência de conhecimento para implementação de políticas públicas e de tecnologias, com o auxílio de mecanismos inovadores de financiamento. CARLOS A. NOBRE, climatologista, doutor em meteorologia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), é membro da Academia Brasileira de Ciências e membro estrangeiro da Academia de Ciências dos Estados Unidos MERCEDES BUSTAMANTE, bióloga, doutora em geobotânica pela Universitat Trier (Alemanha), é professora do departamento de ecologia do Instituto de Ciências Biológicas da UnB - Universidade de Brasília PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Temer tenta reverter desgaste de imagem com pautas positivas
Com o desgaste de imagem causado pela nomeação de Moreira Franco, o presidente Michel Temer tem cumprido uma série de agendas positivas na tentativa de reverter a avaliação negativa no mercado financeiro e na opinião pública à concessão do foro privilegiado ao aliado citado na Operação Lava Jato. Para um auxiliar presidencial, o governo federal deve reverter o clima de insatisfação com a decisão, evitando que ela reverbere em movimentos de rua e cause impacto no apoio da classe empresarial à administração peemedebista. Os grupos MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua, dois dos principais organizadores das manifestações que pediram o impeachment de Dilma Rousseff, anunciaram a convocação de novas manifestações para 26 de março. Na terça (14), o presidente promoveu no Palácio do Planalto cerimônia para anúncio do calendário do saque de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Em discurso, o próprio peemedebista reconheceu que o assunto "já foi pré-apresentada no final do ano passado". No mesmo dia, ele participou de reunião de grupos de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. O encontros temáticos realizados fora do Palácio do Planalto não costumam ter a presença do presidente, mas apenas de auxiliares presidenciais. Nesta quarta-feira (15), o governo federal organizou uma cerimônia de anúncio da liberação de milho dos estoques governamentais, um tipo de evento que costuma ser promovido no Ministério da Agricultura, não no Palácio do Planalto. E, na quinta-feira (16), foi marcada uma cerimônia para sanção de medida provisória que reforma o ensino médio, iniciativa sobre a qual o próprio presidente já comemorou a aprovação no Congresso Nacional em discursos públicos. Na cerimônia desta quarta, Temer disse que a inflação de janeiro foi a mais baixa para o mês nos últimos 20 anos e ressaltou as reformas trabalhista e previdenciária enviadas ao Congresso Nacional. "A inflação de janeiro foi a melhor registrada nos últimos 20 anos. Isso tem de ser levado em conta. Nós temos de considerar esses fatos para que outros fatos eventualmente criticáveis não possam superar aqueles que são positivos para o país", disse o presidente. O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria Geral da Presidência da República na quarta. Com a decisão, Moreira Franco garante, pelo menos temporariamente, o foro privilegiado junto à corte. Ele foi citado em delação da Odebrecht na Operação Lava Jato. A delação foi homologada no dia 30 de janeiro e Moreira passou a ter foro como ministro no dia 2 fevereiro de 2017. O governo federal já esperava a decisão, mas receia que ela seja revertida no julgamento em plenário, ainda sem prazo para ocorrer. Para um assessor presidencial, a presença de Alexandre de Moraes no Supremo, caso seja aprovado pelo Senado Federal, poderá ser importante na conquista de uma maioria que mantenha Moreira Franco no cargo. NO TWITTER No cronograma de Temer, há um anúncio a ser feito: o do novo ministro da Justiça. Em sua conta no Twitter, o presidente afirmou que continuará a conversar nos próximos dias e que o escolha do titular da pasta será "pessoal, sem conotações partidárias". Temer publicou, ainda, que o encontro na terça (15) com Carlos Velloso, cotado para a vaga: "Conversamos privadamente por mais de 1h. Meu amigo há mais de 35 anos. Marcamos esse encontro diretamente". Post Temer 1
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Temer tenta reverter desgaste de imagem com pautas positivasCom o desgaste de imagem causado pela nomeação de Moreira Franco, o presidente Michel Temer tem cumprido uma série de agendas positivas na tentativa de reverter a avaliação negativa no mercado financeiro e na opinião pública à concessão do foro privilegiado ao aliado citado na Operação Lava Jato. Para um auxiliar presidencial, o governo federal deve reverter o clima de insatisfação com a decisão, evitando que ela reverbere em movimentos de rua e cause impacto no apoio da classe empresarial à administração peemedebista. Os grupos MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua, dois dos principais organizadores das manifestações que pediram o impeachment de Dilma Rousseff, anunciaram a convocação de novas manifestações para 26 de março. Na terça (14), o presidente promoveu no Palácio do Planalto cerimônia para anúncio do calendário do saque de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Em discurso, o próprio peemedebista reconheceu que o assunto "já foi pré-apresentada no final do ano passado". No mesmo dia, ele participou de reunião de grupos de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. O encontros temáticos realizados fora do Palácio do Planalto não costumam ter a presença do presidente, mas apenas de auxiliares presidenciais. Nesta quarta-feira (15), o governo federal organizou uma cerimônia de anúncio da liberação de milho dos estoques governamentais, um tipo de evento que costuma ser promovido no Ministério da Agricultura, não no Palácio do Planalto. E, na quinta-feira (16), foi marcada uma cerimônia para sanção de medida provisória que reforma o ensino médio, iniciativa sobre a qual o próprio presidente já comemorou a aprovação no Congresso Nacional em discursos públicos. Na cerimônia desta quarta, Temer disse que a inflação de janeiro foi a mais baixa para o mês nos últimos 20 anos e ressaltou as reformas trabalhista e previdenciária enviadas ao Congresso Nacional. "A inflação de janeiro foi a melhor registrada nos últimos 20 anos. Isso tem de ser levado em conta. Nós temos de considerar esses fatos para que outros fatos eventualmente criticáveis não possam superar aqueles que são positivos para o país", disse o presidente. O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria Geral da Presidência da República na quarta. Com a decisão, Moreira Franco garante, pelo menos temporariamente, o foro privilegiado junto à corte. Ele foi citado em delação da Odebrecht na Operação Lava Jato. A delação foi homologada no dia 30 de janeiro e Moreira passou a ter foro como ministro no dia 2 fevereiro de 2017. O governo federal já esperava a decisão, mas receia que ela seja revertida no julgamento em plenário, ainda sem prazo para ocorrer. Para um assessor presidencial, a presença de Alexandre de Moraes no Supremo, caso seja aprovado pelo Senado Federal, poderá ser importante na conquista de uma maioria que mantenha Moreira Franco no cargo. NO TWITTER No cronograma de Temer, há um anúncio a ser feito: o do novo ministro da Justiça. Em sua conta no Twitter, o presidente afirmou que continuará a conversar nos próximos dias e que o escolha do titular da pasta será "pessoal, sem conotações partidárias". Temer publicou, ainda, que o encontro na terça (15) com Carlos Velloso, cotado para a vaga: "Conversamos privadamente por mais de 1h. Meu amigo há mais de 35 anos. Marcamos esse encontro diretamente". Post Temer 1
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STJ revoga liminar e ex-prefeita de Ribeirão Preto voltará a ser presa
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogou nesta quinta-feira (18) liminar que permitia que a ex-prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera (PSD), ficasse em liberdade provisória. A ex-prefeita (2009-2016) foi presa preventivamente em 2 de dezembro, na segunda fase da operação Sevandija, que investiga fraudes em contratos de licitações da prefeitura que somam ao menos R$ 203 milhões. Onze dias depois, ela obteve liberdade provisória no próprio STJ. Por meio de sua assessoria, o STJ informou que a 6ª Turma revogou a liminar por quatro votos a um nesta quinta. "Para os ministros, é concreto o receio de que haja movimentação, dissipação ou ocultação dos valores que se quer recuperar. Apesar de já ter sido destituída do cargo, por sua notória influência regional, a ex-prefeita ainda pode obstaculizar a investigação", diz trecho de nota do STJ. A ex-prefeita, que foi denunciada sob acusação de corrupção passiva, peculato e associação criminosa, deve agora retornar para a penitenciária feminina de Tremembé, onde estava presa até obter a liberdade. Dárcy, que não chegou a completar o mandato -não voltou à prefeitura após ter sido presa-, perdeu os direitos políticos por oito anos após decisão da Câmara local e vive reclusa nos últimos meses. OUTRO LADO A Folha não obteve contato com a advogada Maria Cláudia Seixas, defensora da ex-prefeita, na tarde desta quinta-feira. Anteriormente, ela afirmou que a ex-prefeita não é culpada das acusações feitas contra ela e conseguirá provar isso. De acordo com a advogada, Dárcy "não se furtou a nenhum tipo de esclarecimento".
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STJ revoga liminar e ex-prefeita de Ribeirão Preto voltará a ser presaO STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogou nesta quinta-feira (18) liminar que permitia que a ex-prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera (PSD), ficasse em liberdade provisória. A ex-prefeita (2009-2016) foi presa preventivamente em 2 de dezembro, na segunda fase da operação Sevandija, que investiga fraudes em contratos de licitações da prefeitura que somam ao menos R$ 203 milhões. Onze dias depois, ela obteve liberdade provisória no próprio STJ. Por meio de sua assessoria, o STJ informou que a 6ª Turma revogou a liminar por quatro votos a um nesta quinta. "Para os ministros, é concreto o receio de que haja movimentação, dissipação ou ocultação dos valores que se quer recuperar. Apesar de já ter sido destituída do cargo, por sua notória influência regional, a ex-prefeita ainda pode obstaculizar a investigação", diz trecho de nota do STJ. A ex-prefeita, que foi denunciada sob acusação de corrupção passiva, peculato e associação criminosa, deve agora retornar para a penitenciária feminina de Tremembé, onde estava presa até obter a liberdade. Dárcy, que não chegou a completar o mandato -não voltou à prefeitura após ter sido presa-, perdeu os direitos políticos por oito anos após decisão da Câmara local e vive reclusa nos últimos meses. OUTRO LADO A Folha não obteve contato com a advogada Maria Cláudia Seixas, defensora da ex-prefeita, na tarde desta quinta-feira. Anteriormente, ela afirmou que a ex-prefeita não é culpada das acusações feitas contra ela e conseguirá provar isso. De acordo com a advogada, Dárcy "não se furtou a nenhum tipo de esclarecimento".
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Governo mais atrapalha que ajuda expansão da internet, diz pesquisador
O Brasil caminha com lentos passos na essencial corrida pela universalização do acesso à internet com qualidade, e o governo vem exercendo seu papel de maneira medíocre, segundo o pesquisador americano Peter K Knight, especialista no desenvolvimento da rede no Brasil. "O governo vem dando pouca prioridade, e quando fez algo não foi com o instrumento ideal para fazê-lo", disse em entrevista à Folha pelo telefone, dando o exemplo da reativação da Telebrás no desenvolvimento do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). "Houve alocação de verba escassa e com foco só nos Estados onde havia cidades-sede da Copa, mais ou menos para inglês ver." Autor do livro "A Internet no Brasil: Origens, Estratégia, Desenvolvimento e Governança" (AuthorHouse, 2014), Knight foi chefe da divisão sobre o país no Banco Mundial durante 20 anos. Durante sua formação de PhD em economia pela Universidade Stanford, fez pesquisa de campo no Brasil. A conexão no país "ainda é cara, a velocidade média é baixa, a qualidade não é das melhores, especialmente se comparada a modelos como Coreia do Sul e Cingapura, o país está muito atrasado. Mas, para um país em desenvolvimento e grande, não vai tão mal; compara-se a EUA e Índia." Knight propõe que a alta tributação do setor (segundo estudos que menciona, entre as mais altas de todos os da economia no Brasil, a 43%) seja mudada para que a expansão da rede no país ganhe impulso. "É uma herança maldita desde quando serviços de telecomunicações eram um luxo, e só havia monopólios." "Considerando-se que a competição no setor continue, isso abaixaria o preço para o consumidor", diz. "A receita [arrecadação tributária] só aumentaria, por causa da expansão [do consumo] nas rendas mais baixas, sem contar o resultante crescimento econômico." Segundo o ranking mais completo sobre banda larga mundial, feito pela Akamai, o Brasil está na 89ª colocação em velocidade média, com 3 Mbps, só dois terços da média mundial (4,5 Mbps). As teles tampouco vêm fazendo sua parte de maneira competente, diz Knight. As operadoras, que deveriam prover o acesso em alta velocidade em todas escolas públicas, segundo o Programa Banda Larga nas Escolas, deixa 21,5% das instituições no país sem internet rápida –algumas delas sem qualquer tipo de conexão, segundo dados do CGI (Comitê Gestor da Internet). Ele apresentou as ideias durante um congresso da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, ligado ao Ministério da Ciência) realizado em Vitória (ES) na semana passada. Os slides da palestra podem ser vistos aqui. Knight afirma que a maior exigência das classes ascendentes em relação aos seus direitos, inclusive o por internet de boa qualidade, pode mudar o cenário atual. "Estão cada vez mais conscientes do que não estão recebendo. Talvez, com a pressão do voto, os partidos venham a responder a essa demanda." Outra solução que propõe para aumentar a capilaridade da banda larga são as parcerias entre pequenas e médias empresas, governo e universidades para levar fibra ótica às cidades menores, além de investir mais no momento da instalação para aumentar o potencial de exploração econômica da estrutura. "Dobrar o número de fibras aumenta o investimento em só 10%, e isso pode ser depois alugado para pequenos provedores, por exemplo." Na semana passada, as operadoras divulgaram que a expansão da fibra ótica –suporte mais rápido e mais longevo, ou "futureproof" (imperecível), segundo Knight– está passando por uma desaceleração no Brasil. BONS EXEMPLOS "Também há coisa boa" na governança da rede mundial de computadores no Brasil, para Knight, que elogia o próprio PNBL, apesar de suas carências. O CGI é um deles: "Tem sido muito citado em encontros mundiais sobre isso." "O papel do pequeno e médio provedores [de acesso] aqui é extraordinário", afirma, mencionando a Net Rocinha, no Rio. "Estão levando fibra ótica para as casas no morro, e eu não consigo isso na minha casa na av. Atlântica." Ele elogia o PGMC (Plano Geral de Metas para Competição), de incentivo à concorrência entre as teles, mas critica a falta de transparência do governo e o precário cumprimento à Lei de Acesso à Informação, que fez três anos no último dia 16. Sobre a atual polêmica que envolve a iniciativa do Facebook para permitir acesso gratuito à rede por meio do celular no país e os defensores da neutralidade de rede, Knight afirma que, "dada a escassez de recursos", o projeto –chamado Internet.org– pode ser positivo. "Quem não tem cão, caça com gato." Ele vê com bons olhos o programa Amazônia Conectada, do Exército, que está tentando levar internet a populações ribeirinhas na região por meio de fibras óticas subfluviais.
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Governo mais atrapalha que ajuda expansão da internet, diz pesquisadorO Brasil caminha com lentos passos na essencial corrida pela universalização do acesso à internet com qualidade, e o governo vem exercendo seu papel de maneira medíocre, segundo o pesquisador americano Peter K Knight, especialista no desenvolvimento da rede no Brasil. "O governo vem dando pouca prioridade, e quando fez algo não foi com o instrumento ideal para fazê-lo", disse em entrevista à Folha pelo telefone, dando o exemplo da reativação da Telebrás no desenvolvimento do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). "Houve alocação de verba escassa e com foco só nos Estados onde havia cidades-sede da Copa, mais ou menos para inglês ver." Autor do livro "A Internet no Brasil: Origens, Estratégia, Desenvolvimento e Governança" (AuthorHouse, 2014), Knight foi chefe da divisão sobre o país no Banco Mundial durante 20 anos. Durante sua formação de PhD em economia pela Universidade Stanford, fez pesquisa de campo no Brasil. A conexão no país "ainda é cara, a velocidade média é baixa, a qualidade não é das melhores, especialmente se comparada a modelos como Coreia do Sul e Cingapura, o país está muito atrasado. Mas, para um país em desenvolvimento e grande, não vai tão mal; compara-se a EUA e Índia." Knight propõe que a alta tributação do setor (segundo estudos que menciona, entre as mais altas de todos os da economia no Brasil, a 43%) seja mudada para que a expansão da rede no país ganhe impulso. "É uma herança maldita desde quando serviços de telecomunicações eram um luxo, e só havia monopólios." "Considerando-se que a competição no setor continue, isso abaixaria o preço para o consumidor", diz. "A receita [arrecadação tributária] só aumentaria, por causa da expansão [do consumo] nas rendas mais baixas, sem contar o resultante crescimento econômico." Segundo o ranking mais completo sobre banda larga mundial, feito pela Akamai, o Brasil está na 89ª colocação em velocidade média, com 3 Mbps, só dois terços da média mundial (4,5 Mbps). As teles tampouco vêm fazendo sua parte de maneira competente, diz Knight. As operadoras, que deveriam prover o acesso em alta velocidade em todas escolas públicas, segundo o Programa Banda Larga nas Escolas, deixa 21,5% das instituições no país sem internet rápida –algumas delas sem qualquer tipo de conexão, segundo dados do CGI (Comitê Gestor da Internet). Ele apresentou as ideias durante um congresso da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, ligado ao Ministério da Ciência) realizado em Vitória (ES) na semana passada. Os slides da palestra podem ser vistos aqui. Knight afirma que a maior exigência das classes ascendentes em relação aos seus direitos, inclusive o por internet de boa qualidade, pode mudar o cenário atual. "Estão cada vez mais conscientes do que não estão recebendo. Talvez, com a pressão do voto, os partidos venham a responder a essa demanda." Outra solução que propõe para aumentar a capilaridade da banda larga são as parcerias entre pequenas e médias empresas, governo e universidades para levar fibra ótica às cidades menores, além de investir mais no momento da instalação para aumentar o potencial de exploração econômica da estrutura. "Dobrar o número de fibras aumenta o investimento em só 10%, e isso pode ser depois alugado para pequenos provedores, por exemplo." Na semana passada, as operadoras divulgaram que a expansão da fibra ótica –suporte mais rápido e mais longevo, ou "futureproof" (imperecível), segundo Knight– está passando por uma desaceleração no Brasil. BONS EXEMPLOS "Também há coisa boa" na governança da rede mundial de computadores no Brasil, para Knight, que elogia o próprio PNBL, apesar de suas carências. O CGI é um deles: "Tem sido muito citado em encontros mundiais sobre isso." "O papel do pequeno e médio provedores [de acesso] aqui é extraordinário", afirma, mencionando a Net Rocinha, no Rio. "Estão levando fibra ótica para as casas no morro, e eu não consigo isso na minha casa na av. Atlântica." Ele elogia o PGMC (Plano Geral de Metas para Competição), de incentivo à concorrência entre as teles, mas critica a falta de transparência do governo e o precário cumprimento à Lei de Acesso à Informação, que fez três anos no último dia 16. Sobre a atual polêmica que envolve a iniciativa do Facebook para permitir acesso gratuito à rede por meio do celular no país e os defensores da neutralidade de rede, Knight afirma que, "dada a escassez de recursos", o projeto –chamado Internet.org– pode ser positivo. "Quem não tem cão, caça com gato." Ele vê com bons olhos o programa Amazônia Conectada, do Exército, que está tentando levar internet a populações ribeirinhas na região por meio de fibras óticas subfluviais.
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Real Madrid e Barcelona vencem e mantêm liderança e vice do Espanhol
Sem Neymar, suspenso, o Barcelona venceu o Real Sociedad por 3 a 2 e se manteve na cola do Real Madrid pela liderança do Campeonato Espanhol. Disputado neste sábado (15) no Camp Nou, o jogo foi válido pela 32ª rodada da competição. Os cinco gols do placar foram marcados no primeiro tempo da partida. Do lado catalão, foram dois de Messi e um de Paco Alcácer. A favor do time visitante, os tentos foram de Xabi Prieto e um gol contra do Barcelona, marcado por Umiti. O resultado deixa a equipe de Barcelona com 72 pontos, três de distância do líder Real Madrid, que tem uma partida a menos. REAL MADRID Com dois gols de Isco e um de Morata, o Real Madrid derrotou o Sporting Gijón por 3 a 2, de virada e fora de casa, em jogo também realizado neste sábado. De olho no duelo de volta das quartas de final da Liga dos Campeões, o técnico Zinedine Zidane resolveu poupar os seus principais jogadores. Cristiano Ronaldo e Benzema nem foram convocados. O placar faz com que a equipe madrilenha, líder com 75 pontos, fique ainda mais perto do título do Espanhol. A seu favor, o Real Madrid ainda conta com um jogo a menos disputado em comparação ao rival vice-líder. Pelo Espanhol, os dois times se enfrentam na próxima rodada da competição, no domingo (23), em partida jogada no estádio Santiago Bernabéu, casa da equipe de Madri. Antes disso, porém, as duas equipes vão a campo jogar pelas quartas de final da Liga dos Campeões. O Barcelona recebe o Juventus na quarta (19) na tentativa de reverter a derrota de 3 a 0 que sofreu na partida de ida. Também em casa, o Real Madrid enfrenta, na terça (18), o Bayern de Munique com vantagem por ter derrotado a equipe alemã por 2 a 1 no primeiro jogo.
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Real Madrid e Barcelona vencem e mantêm liderança e vice do EspanholSem Neymar, suspenso, o Barcelona venceu o Real Sociedad por 3 a 2 e se manteve na cola do Real Madrid pela liderança do Campeonato Espanhol. Disputado neste sábado (15) no Camp Nou, o jogo foi válido pela 32ª rodada da competição. Os cinco gols do placar foram marcados no primeiro tempo da partida. Do lado catalão, foram dois de Messi e um de Paco Alcácer. A favor do time visitante, os tentos foram de Xabi Prieto e um gol contra do Barcelona, marcado por Umiti. O resultado deixa a equipe de Barcelona com 72 pontos, três de distância do líder Real Madrid, que tem uma partida a menos. REAL MADRID Com dois gols de Isco e um de Morata, o Real Madrid derrotou o Sporting Gijón por 3 a 2, de virada e fora de casa, em jogo também realizado neste sábado. De olho no duelo de volta das quartas de final da Liga dos Campeões, o técnico Zinedine Zidane resolveu poupar os seus principais jogadores. Cristiano Ronaldo e Benzema nem foram convocados. O placar faz com que a equipe madrilenha, líder com 75 pontos, fique ainda mais perto do título do Espanhol. A seu favor, o Real Madrid ainda conta com um jogo a menos disputado em comparação ao rival vice-líder. Pelo Espanhol, os dois times se enfrentam na próxima rodada da competição, no domingo (23), em partida jogada no estádio Santiago Bernabéu, casa da equipe de Madri. Antes disso, porém, as duas equipes vão a campo jogar pelas quartas de final da Liga dos Campeões. O Barcelona recebe o Juventus na quarta (19) na tentativa de reverter a derrota de 3 a 0 que sofreu na partida de ida. Também em casa, o Real Madrid enfrenta, na terça (18), o Bayern de Munique com vantagem por ter derrotado a equipe alemã por 2 a 1 no primeiro jogo.
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Crianças reclamam que falta lugar para brincar em Raposo Tavares
Em Raposo Tavares, limite de São Paulo com Osasco e Taboão da Serra, crianças reclamam que têm só um espaço para brincar na rua: uma praça conhecida como Gêmeas. Para Larissa Prestes, 9, que vive no bairro Jardim Arpoador, o local é o suficiente. "Chamo as minhas amigas e andamos de bicicleta, brincamos de pega-pega", conta. Já Paolo Martins, 11 –que mora em frente ao lugar–, acha que a área verde não é o bastante. "Às vezes fico entediado, não tem nada para fazer", diz o garoto, que é louco por futebol e videogame. Mesmo gostando do bairro, Larissa diz que precisa voltar para casa quando fica escuro, já que a rua se torna perigosa. "Meus pais dizem que não posso falar com estranhos". Ali perto, no andar de cima do bar de sua mãe, Beatriz Galdino, 13, prefere ficar no celular. "Mexo nas redes sociais e baixo jogos, mas também gosto de jogar futebol e empinar pipa com meus amigos."
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Crianças reclamam que falta lugar para brincar em Raposo TavaresEm Raposo Tavares, limite de São Paulo com Osasco e Taboão da Serra, crianças reclamam que têm só um espaço para brincar na rua: uma praça conhecida como Gêmeas. Para Larissa Prestes, 9, que vive no bairro Jardim Arpoador, o local é o suficiente. "Chamo as minhas amigas e andamos de bicicleta, brincamos de pega-pega", conta. Já Paolo Martins, 11 –que mora em frente ao lugar–, acha que a área verde não é o bastante. "Às vezes fico entediado, não tem nada para fazer", diz o garoto, que é louco por futebol e videogame. Mesmo gostando do bairro, Larissa diz que precisa voltar para casa quando fica escuro, já que a rua se torna perigosa. "Meus pais dizem que não posso falar com estranhos". Ali perto, no andar de cima do bar de sua mãe, Beatriz Galdino, 13, prefere ficar no celular. "Mexo nas redes sociais e baixo jogos, mas também gosto de jogar futebol e empinar pipa com meus amigos."
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Brasil precisa recuperar a chancela da Wada o mais rápido possível
O movimento internacional de combate ao doping recorre a novos recursos a cada dia na luta contra os trapaceiros. Apesar disso, está sempre um passo atrás nessa incansável perseguição. Em se tratando de uma área sensível e delicada, a Wada (Agência Mundial Antidoping) decidiu que os tribunais antidoping, certificados por ela em qualquer país, devem ser integrados exclusivamente por membros independentes de organizações esportivas. Como a norma não é seguida à risca pelo Brasil, a Wada resiste em devolver o credenciamento à ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). Conforme revelou a Folha, em reportagem de Paulo Roberto Conde, cinco dos nove membros do Tribunal de Justiça Antidopagem brasileiro ferem a orientação, embora todos de reconhecida experiência na área. Sem a chancela da Wada, mesmo após a Olimpíada no Rio, exames antidoping feitos no Brasil não têm validade internacional. É uma questão relevante, que precisa encontrar solução o mais rápido possível. A luta contra o doping, no entanto, tem conflitos inesperados também fora do Brasil. No esporte olímpico dos EUA, por exemplo, no momento, virou uma faca de dois gumes. Enquanto a agência antidoping do país pede sanções mais enérgicas contra a Rússia, envolvida em escândalo de doping sem precedente igual, o comitê olímpico americano age com diplomacia em relação aos mesmos dirigentes na busca por apoio à sua campanha pelo direito de promover a Olimpíada de 2024. Los Angeles disputa com Paris, uma concorrência de gigantes. O caso da Rússia é o maior escândalo de doping do esporte. As denúncias envolveram até a participação do Estado na manipulação de resultados de testes antidoping para favorecer atletas daquele país. Autoridades esportivas, políticas e médicas locais refutaram todas as acusações, mas não conseguiram impedir severas punições. A equipe de atletismo da Rússia foi proibida de participar da Olimpíada do Rio. Em dezembro passado, mais de mil competidores russos foram denunciados por doping. Depois de resistir por algum tempo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu recentemente que ocorreram falhas no antidoping no país, mas reiterou que nunca existiu qualquer apoio estatal. A Wada, por sua vez, também recuou levemente, revelando que algumas das denúncias eram inconsistentes. A ação contra o doping se transformou no principal ponto da agenda do mundo dos esportes. Nenhum país está acima da lei, que deve ser igual para todos. O jogo limpo é condição primordial na disputa esportiva. BASQUETE 1 A Fiba (Federação Internacional de Basquete) anunciou ter aceitado a renúncia do espanhol José Luis Sáez, que era membro do Conselho Central da entidade. Saez foi o emissário enviado ao Rio para levantar informações sobre as dívidas e a situação administrativa da CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Após a visita do cartola, a Fiba suspendeu o basquete nacional dos seus torneios. Coincidentemente, o recém-eleito presidente da CBB, Guy Peixoto, tentou, sem êxito, um contato com a direção da Fiba, na tentativa de acabar com a suspensão. Mas os dois encontros, um na Suíça e outro em Porto Rico, acabaram cancelados. Não está definido ainda o próximo passo. BASQUETE 2 Foi um sucesso de público e organização o Jogo das Estrelas, promovido pela LNB (Liga Nacional de Basquete), no domingo (19). Os torcedores lotaram o Ibirapuera, que teve basquete na quadra, homenagem a ídolos do passado na modalidade, show musical e brincadeiras de bola ao cesto fora do ginásio.
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Brasil precisa recuperar a chancela da Wada o mais rápido possívelO movimento internacional de combate ao doping recorre a novos recursos a cada dia na luta contra os trapaceiros. Apesar disso, está sempre um passo atrás nessa incansável perseguição. Em se tratando de uma área sensível e delicada, a Wada (Agência Mundial Antidoping) decidiu que os tribunais antidoping, certificados por ela em qualquer país, devem ser integrados exclusivamente por membros independentes de organizações esportivas. Como a norma não é seguida à risca pelo Brasil, a Wada resiste em devolver o credenciamento à ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). Conforme revelou a Folha, em reportagem de Paulo Roberto Conde, cinco dos nove membros do Tribunal de Justiça Antidopagem brasileiro ferem a orientação, embora todos de reconhecida experiência na área. Sem a chancela da Wada, mesmo após a Olimpíada no Rio, exames antidoping feitos no Brasil não têm validade internacional. É uma questão relevante, que precisa encontrar solução o mais rápido possível. A luta contra o doping, no entanto, tem conflitos inesperados também fora do Brasil. No esporte olímpico dos EUA, por exemplo, no momento, virou uma faca de dois gumes. Enquanto a agência antidoping do país pede sanções mais enérgicas contra a Rússia, envolvida em escândalo de doping sem precedente igual, o comitê olímpico americano age com diplomacia em relação aos mesmos dirigentes na busca por apoio à sua campanha pelo direito de promover a Olimpíada de 2024. Los Angeles disputa com Paris, uma concorrência de gigantes. O caso da Rússia é o maior escândalo de doping do esporte. As denúncias envolveram até a participação do Estado na manipulação de resultados de testes antidoping para favorecer atletas daquele país. Autoridades esportivas, políticas e médicas locais refutaram todas as acusações, mas não conseguiram impedir severas punições. A equipe de atletismo da Rússia foi proibida de participar da Olimpíada do Rio. Em dezembro passado, mais de mil competidores russos foram denunciados por doping. Depois de resistir por algum tempo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu recentemente que ocorreram falhas no antidoping no país, mas reiterou que nunca existiu qualquer apoio estatal. A Wada, por sua vez, também recuou levemente, revelando que algumas das denúncias eram inconsistentes. A ação contra o doping se transformou no principal ponto da agenda do mundo dos esportes. Nenhum país está acima da lei, que deve ser igual para todos. O jogo limpo é condição primordial na disputa esportiva. BASQUETE 1 A Fiba (Federação Internacional de Basquete) anunciou ter aceitado a renúncia do espanhol José Luis Sáez, que era membro do Conselho Central da entidade. Saez foi o emissário enviado ao Rio para levantar informações sobre as dívidas e a situação administrativa da CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Após a visita do cartola, a Fiba suspendeu o basquete nacional dos seus torneios. Coincidentemente, o recém-eleito presidente da CBB, Guy Peixoto, tentou, sem êxito, um contato com a direção da Fiba, na tentativa de acabar com a suspensão. Mas os dois encontros, um na Suíça e outro em Porto Rico, acabaram cancelados. Não está definido ainda o próximo passo. BASQUETE 2 Foi um sucesso de público e organização o Jogo das Estrelas, promovido pela LNB (Liga Nacional de Basquete), no domingo (19). Os torcedores lotaram o Ibirapuera, que teve basquete na quadra, homenagem a ídolos do passado na modalidade, show musical e brincadeiras de bola ao cesto fora do ginásio.
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Medo, curiosidade e outros sentimentos inspiram peça infantil que reestreia
DE SÃO PAULO Reestreia no sábado (17) a peça "Por Que Nem Todos os Dias São de Sol?", da Cia. Artesanal de Teatro. A montagem, avaliada como muito boa pela crítica da Folha, foi inspirada em uma pesquisa com cerca de 30 crianças. Utilizando máscaras, vídeoprojeções e teatro de bonecos e de objetos, o grupo exibe quatro contos. Em um deles, um garoto tem medo de uma senhora que se senta, todos os dias, no banco da praça. Curioso, porém, ele decide se aproximar. Sesc Belenzinho - teatro. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, região leste, tel. 2076-9700. 392 lugares. Sáb. (17) e dom. (18): 12h. Até 12/10. Ingr.: R$ 6 a R$ 20. Estac. a partir de R$ 4,50. * OS ELEITOS Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "Livro de Ouro" Indicação: a partir de 7 anos A cativante Sofia e seu engraçadíssimo cão Millôr se distraem e um vilão consegue furtar "O Livro de Ouro", do qual eles tomavam conta. Para sair da enrascada, os dois fogem da cidade, mas, no final, os amigos retornam a Livrópolis porque descobrem modos que só os livros ensinam de enfrentarem o ladrão. Teatro João Caetano. R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, região sul, tel. 5573-3774. 438 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 25/9. Ingr.: R$ 10. - Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", recomenda o livro "Meninas" Indicação: a partir de 7 anos Quando criança, Ziraldo era moleque. Subia em árvore, corria e jogava bola. Por isso, a maior parte do seus personagens são meninos -o mais famoso deles, um bem Maluquinho. Mas de um tempo para cá, ele vem explorando o universo das garotas. Seu novo livro, feito como poesia, é um elogio à fase por que toda menina passa: o período entre largar a boneca e o início da pré-adolescência. "Meninas". Autor: Ziraldo. Editora: Melhoramentos (2016, 48 págs., R$ 49). - Gabriela Romeu, do blog "Era Outra Vez", indica a obra "Letras de Carvão" Indicação: a partir de 5 anos Os universos da leitura e da escrita são abordados com extremo afeto em "Letras de Carvão", da colombiana Irene Vasco, que se inspirou em relatos de mães leitoras da zona rural de seu país. Assim surgiu a história de uma mãe que conta ao filho como aprendeu a ler num tempo marcado pela cultura da oralidade. "Letras de Carvão". Autora: Irene Vasco. Ilustrador: Juan Palomino. Tradutora: Márcia Leite. Editora: Pulo do Gato (2016, 36 págs., R$ 39,80). - Fabiana Futema, do blog "Maternar", destaca o musical "Canção dos Direitos da Criança" Indicação: a partir de 4 anos Com músicas de Toquinho e Elifas Andreato, conta a história das crianças do reino da Rainha Má. Seus direitos são tão desrespeitados que nem nome têm; chamadas de "coisinhas", trabalham por longas horas, não estudam e passam fome. Um dia, elas resolvem pedir melhores condições, mas são prejudicadas pelo primeiro-ministro. Teatro Shopping Frei Caneca - shopping Frei Caneca. R. Frei Caneca, 569, 7º andar, Consolação, tel. 3472-2229. Sáb.: 16h. Dom.: 15h. Até 30/10. Ingr.: R$ 60 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Estac. a partir de R$ 10.
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Medo, curiosidade e outros sentimentos inspiram peça infantil que reestreiaDE SÃO PAULO Reestreia no sábado (17) a peça "Por Que Nem Todos os Dias São de Sol?", da Cia. Artesanal de Teatro. A montagem, avaliada como muito boa pela crítica da Folha, foi inspirada em uma pesquisa com cerca de 30 crianças. Utilizando máscaras, vídeoprojeções e teatro de bonecos e de objetos, o grupo exibe quatro contos. Em um deles, um garoto tem medo de uma senhora que se senta, todos os dias, no banco da praça. Curioso, porém, ele decide se aproximar. Sesc Belenzinho - teatro. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, região leste, tel. 2076-9700. 392 lugares. Sáb. (17) e dom. (18): 12h. Até 12/10. Ingr.: R$ 6 a R$ 20. Estac. a partir de R$ 4,50. * OS ELEITOS Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "Livro de Ouro" Indicação: a partir de 7 anos A cativante Sofia e seu engraçadíssimo cão Millôr se distraem e um vilão consegue furtar "O Livro de Ouro", do qual eles tomavam conta. Para sair da enrascada, os dois fogem da cidade, mas, no final, os amigos retornam a Livrópolis porque descobrem modos que só os livros ensinam de enfrentarem o ladrão. Teatro João Caetano. R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, região sul, tel. 5573-3774. 438 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 25/9. Ingr.: R$ 10. - Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", recomenda o livro "Meninas" Indicação: a partir de 7 anos Quando criança, Ziraldo era moleque. Subia em árvore, corria e jogava bola. Por isso, a maior parte do seus personagens são meninos -o mais famoso deles, um bem Maluquinho. Mas de um tempo para cá, ele vem explorando o universo das garotas. Seu novo livro, feito como poesia, é um elogio à fase por que toda menina passa: o período entre largar a boneca e o início da pré-adolescência. "Meninas". Autor: Ziraldo. Editora: Melhoramentos (2016, 48 págs., R$ 49). - Gabriela Romeu, do blog "Era Outra Vez", indica a obra "Letras de Carvão" Indicação: a partir de 5 anos Os universos da leitura e da escrita são abordados com extremo afeto em "Letras de Carvão", da colombiana Irene Vasco, que se inspirou em relatos de mães leitoras da zona rural de seu país. Assim surgiu a história de uma mãe que conta ao filho como aprendeu a ler num tempo marcado pela cultura da oralidade. "Letras de Carvão". Autora: Irene Vasco. Ilustrador: Juan Palomino. Tradutora: Márcia Leite. Editora: Pulo do Gato (2016, 36 págs., R$ 39,80). - Fabiana Futema, do blog "Maternar", destaca o musical "Canção dos Direitos da Criança" Indicação: a partir de 4 anos Com músicas de Toquinho e Elifas Andreato, conta a história das crianças do reino da Rainha Má. Seus direitos são tão desrespeitados que nem nome têm; chamadas de "coisinhas", trabalham por longas horas, não estudam e passam fome. Um dia, elas resolvem pedir melhores condições, mas são prejudicadas pelo primeiro-ministro. Teatro Shopping Frei Caneca - shopping Frei Caneca. R. Frei Caneca, 569, 7º andar, Consolação, tel. 3472-2229. Sáb.: 16h. Dom.: 15h. Até 30/10. Ingr.: R$ 60 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Estac. a partir de R$ 10.
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Doria terá de vencer desconfiança e cumprir promessas extravagantes
João Doria contou até aqui com o imponderável. Desde que decidiu disputar a Prefeitura de São Paulo, sempre fora das previsões, atropelou favoritos nas prévias do PSDB e conquistou a eleição ainda no primeiro turno, em disputa contra o atual prefeito e duas ex-prefeitas. A partir de 1º janeiro, quando pisar no gabinete do edifício Matarazzo, terá de vencer a desconfiança de seus próprios auxiliares e cumprir dentro do prazo algumas das extravagantes promessas. Tarefa nada fácil, já que as principais propostas eleitorais foram tiradas da cartola sem um respaldo técnico de campanha transparente, e o gestor Doria ainda nem conheceu a vida real da máquina municipal e como é duro lidar com servidores que nem podem ser demitidos. De volta às promessas. Ao longo de 2017, Doria promete zerar duas filas históricas da cidade: a de exames (são mais de 400 mil pessoas à espera de atendimento médico) e a de vagas em creches (133 mil crianças de até 3 anos no aguardo da matrícula). Para cumprir a primeira delas, o tucano aposta tudo em um novo programa, sob o nome de "Corujão da Saúde". A ideia é que ao menos 40 hospitais privados, por meio de convênios com a prefeitura, abram suas portas para a realização de exames em horários ociosos de atendimento, como finais de tarde e inícios de noite. Essa força-tarefa, em 90 dias, zeraria a fila dos exames. Para a segunda promessa, terá de colocar à prova toda a propagandeada fama de bom gestor e implementar o equivalente a mil creches em um ano, proeza nunca alcançada por nenhum de seus antecessores. Para incluir todas as crianças em 2017, terá que abrir, em média, quase três creches por dia na cidade. Até o futuro secretário de Educação desconversa sobre essa meta. Promessas ousadas, e orçamento ainda mais enxuto por culpa do próprio novo prefeito. Em uma atitude intempestiva no dia seguinte à vitória nas urnas, Doria prometeu congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80 ao longo de todo o ano de 2017. Isso terá um preço: um prejuízo de R$ 1,2 bilhão a ser retirado do orçamento da cidade e entregue aos empresários de ônibus, valor esse suficiente para construir 30 km de corredores de ônibus, por exemplo. O início da gestão será turbulento. Em suas primeiras semanas, além de ver a cidade castigada pelas tradicionais enchentes, Doria enfrentará uma já esperada onda de ocupações de sem-teto e terá de torcer para que o aumento da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, outra promessa, não engrosse as estatísticas de mortes no trânsito. O imponderável que o ajudou na campanha também pode ser um obstáculo no meio do mandato. Haddad sentiu isso na pele algumas vezes durante sua gestão, como na decisão judicial que congelou o reajuste do IPTU e secou ainda mais o caixa municipal. Doria chega com pique e sem vícios. Dorme pouco, tem disposição de ir para a rua, é aliado do governador e do presidente, possuirá uma ampla base aliada na Câmara Municipal e conseguiu montar um bom time de secretários. São importantes vantagens. O problema é que São Paulo é quase ingovernável. Enchentes, favelas que só crescem, trânsito pesado, saúde e educação limitadas e cracolândias espalhadas. O empresário que conheceu a cidade na campanha terá de acelerar na largada. A reputação do gestor é que estará em jogo.
cenarios-2017
Doria terá de vencer desconfiança e cumprir promessas extravagantesJoão Doria contou até aqui com o imponderável. Desde que decidiu disputar a Prefeitura de São Paulo, sempre fora das previsões, atropelou favoritos nas prévias do PSDB e conquistou a eleição ainda no primeiro turno, em disputa contra o atual prefeito e duas ex-prefeitas. A partir de 1º janeiro, quando pisar no gabinete do edifício Matarazzo, terá de vencer a desconfiança de seus próprios auxiliares e cumprir dentro do prazo algumas das extravagantes promessas. Tarefa nada fácil, já que as principais propostas eleitorais foram tiradas da cartola sem um respaldo técnico de campanha transparente, e o gestor Doria ainda nem conheceu a vida real da máquina municipal e como é duro lidar com servidores que nem podem ser demitidos. De volta às promessas. Ao longo de 2017, Doria promete zerar duas filas históricas da cidade: a de exames (são mais de 400 mil pessoas à espera de atendimento médico) e a de vagas em creches (133 mil crianças de até 3 anos no aguardo da matrícula). Para cumprir a primeira delas, o tucano aposta tudo em um novo programa, sob o nome de "Corujão da Saúde". A ideia é que ao menos 40 hospitais privados, por meio de convênios com a prefeitura, abram suas portas para a realização de exames em horários ociosos de atendimento, como finais de tarde e inícios de noite. Essa força-tarefa, em 90 dias, zeraria a fila dos exames. Para a segunda promessa, terá de colocar à prova toda a propagandeada fama de bom gestor e implementar o equivalente a mil creches em um ano, proeza nunca alcançada por nenhum de seus antecessores. Para incluir todas as crianças em 2017, terá que abrir, em média, quase três creches por dia na cidade. Até o futuro secretário de Educação desconversa sobre essa meta. Promessas ousadas, e orçamento ainda mais enxuto por culpa do próprio novo prefeito. Em uma atitude intempestiva no dia seguinte à vitória nas urnas, Doria prometeu congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80 ao longo de todo o ano de 2017. Isso terá um preço: um prejuízo de R$ 1,2 bilhão a ser retirado do orçamento da cidade e entregue aos empresários de ônibus, valor esse suficiente para construir 30 km de corredores de ônibus, por exemplo. O início da gestão será turbulento. Em suas primeiras semanas, além de ver a cidade castigada pelas tradicionais enchentes, Doria enfrentará uma já esperada onda de ocupações de sem-teto e terá de torcer para que o aumento da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, outra promessa, não engrosse as estatísticas de mortes no trânsito. O imponderável que o ajudou na campanha também pode ser um obstáculo no meio do mandato. Haddad sentiu isso na pele algumas vezes durante sua gestão, como na decisão judicial que congelou o reajuste do IPTU e secou ainda mais o caixa municipal. Doria chega com pique e sem vícios. Dorme pouco, tem disposição de ir para a rua, é aliado do governador e do presidente, possuirá uma ampla base aliada na Câmara Municipal e conseguiu montar um bom time de secretários. São importantes vantagens. O problema é que São Paulo é quase ingovernável. Enchentes, favelas que só crescem, trânsito pesado, saúde e educação limitadas e cracolândias espalhadas. O empresário que conheceu a cidade na campanha terá de acelerar na largada. A reputação do gestor é que estará em jogo.
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Projeto cria acessório que usa fluído de isqueiro para carregar smartphone
O Kraftwerk poderia ser apenas mais um projeto de bateria reserva para eletrônicos no site de financiamento coletivo Kickstarter. Com a fome atual de smartphones e tablets, ter um acessório do tipo é quase obrigação, e muitas empresas apostam na fabricação. A ferramenta em questão, porém, tem uma grande diferença em relação à concorrência. Ela usa fluído de isqueiro para gerar a carga e dispensa a tomada quando é descarregada. Baterias extras comuns vão à tomada quando sua carga chega ao fim. Veja a galeria de vaquinhas do "Tec" Já o Kraftwerk precisa apenas de mais fluído, que podem ser encontrado em lojas brasileiras por preços entre R$ 7 e R$ 15 O acessório tem capacidade suficiente para fazer até 11 recargas completas de iPhone. Qualquer outro eletrônico com entrada USB, como câmeras e tablets, pode ser alimentado. O projeto, que pedia US$ 500 mil, já arrecadou mais de US$ 1 milhão. A campanha termina no dia 5 de março e a previsão de entrega é fevereiro do ano que vem. Krafwerk - KRAFTWERK META US$ 500 mil CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA US$ 5 CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA PARA TER O PRODUTO US$ 100 CONTRIBUIÇÃO MÁXIMA US$ 10.000 FIM DA CAMPANHA 5 de março ENTREGA fevereiro de 2016
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Projeto cria acessório que usa fluído de isqueiro para carregar smartphoneO Kraftwerk poderia ser apenas mais um projeto de bateria reserva para eletrônicos no site de financiamento coletivo Kickstarter. Com a fome atual de smartphones e tablets, ter um acessório do tipo é quase obrigação, e muitas empresas apostam na fabricação. A ferramenta em questão, porém, tem uma grande diferença em relação à concorrência. Ela usa fluído de isqueiro para gerar a carga e dispensa a tomada quando é descarregada. Baterias extras comuns vão à tomada quando sua carga chega ao fim. Veja a galeria de vaquinhas do "Tec" Já o Kraftwerk precisa apenas de mais fluído, que podem ser encontrado em lojas brasileiras por preços entre R$ 7 e R$ 15 O acessório tem capacidade suficiente para fazer até 11 recargas completas de iPhone. Qualquer outro eletrônico com entrada USB, como câmeras e tablets, pode ser alimentado. O projeto, que pedia US$ 500 mil, já arrecadou mais de US$ 1 milhão. A campanha termina no dia 5 de março e a previsão de entrega é fevereiro do ano que vem. Krafwerk - KRAFTWERK META US$ 500 mil CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA US$ 5 CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA PARA TER O PRODUTO US$ 100 CONTRIBUIÇÃO MÁXIMA US$ 10.000 FIM DA CAMPANHA 5 de março ENTREGA fevereiro de 2016
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Em Aracaju, neta de Lampião preserva até mecha de Maria Bonita
Era julho de 1938 quando Lampião, Maria Bonita e outros nove do bando de cangaceiros foram mortos em uma emboscada da polícia. A Grota do Angico, em Poço Redondo (a 179 quilômetros de Aracaju ), local das mortes, é hoje ponto de visitação, onde o turista revive a época do cangaço. Para tentar preservar a história, Vera Ferreira, 61, neta de Lampião e Maria Bonita, se empenha nas pesquisas desde que era criança. Entre compras e doações, guarda objetos como punhais e até uma mecha do cabelo que diz ser da avó."Essas peças precisam ser mostradas", diz. Vera busca há anos uma parceria para criar um museu sobre a época de Lampião, plano que ainda não saiu do papel. A expectativa é que outros objetos surjam a partir da exposição do acervo. HISTÓRIA DE FAMÍLIA Organizadora do livro "Bonita Maria do Capitão", ao lado de Germana Gonçalves de Araujo, a neta dos cangaceiros iniciou suas pesquisas aos 13 anos, quando conheceu alguns integrantes do bando no lançamento de um livro em São Paulo. "Todos pararam, olharam para minha mãe e para mim com muito respeito. Era como se vissem meu avô em pessoa. Foi aí que percebi que ele era muito mais do que eu tinha ouvido. E decidi iniciar minha pesquisa." Antes desse dia, o cangaço era um assunto pouco comentado em sua casa. Mas diversas críticas vinham da rua. "Ouvíamos que a raça de Lampião não prestava. Ninguém brincava com a gente na escola", relembra. Opiniões sobre o cangaço divergem, por isso ela compara o trabalho de pesquisa à areia movediça. "Procurei saber quem era Virgulino para entender quem foi de verdade Lampião." Ao lado de Vera, Expedita, 83, única filha dos cangaceiros, recebeu a Folha na casa da família, em Aracaju, com simpatia e sorriso no rosto. Expedita não foi criada por Lampião e Maria Bonita, mas recebia sempre a visita dos pais. "Até os nove anos, ela foi criada por um vaqueiro e sua mulher. Depois, passou a ser criada por João, o único irmão de Lampião que não entrou para o cangaço", diz Vera. A jornalista viajou a convite da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo de Aracaju
turismo
Em Aracaju, neta de Lampião preserva até mecha de Maria BonitaEra julho de 1938 quando Lampião, Maria Bonita e outros nove do bando de cangaceiros foram mortos em uma emboscada da polícia. A Grota do Angico, em Poço Redondo (a 179 quilômetros de Aracaju ), local das mortes, é hoje ponto de visitação, onde o turista revive a época do cangaço. Para tentar preservar a história, Vera Ferreira, 61, neta de Lampião e Maria Bonita, se empenha nas pesquisas desde que era criança. Entre compras e doações, guarda objetos como punhais e até uma mecha do cabelo que diz ser da avó."Essas peças precisam ser mostradas", diz. Vera busca há anos uma parceria para criar um museu sobre a época de Lampião, plano que ainda não saiu do papel. A expectativa é que outros objetos surjam a partir da exposição do acervo. HISTÓRIA DE FAMÍLIA Organizadora do livro "Bonita Maria do Capitão", ao lado de Germana Gonçalves de Araujo, a neta dos cangaceiros iniciou suas pesquisas aos 13 anos, quando conheceu alguns integrantes do bando no lançamento de um livro em São Paulo. "Todos pararam, olharam para minha mãe e para mim com muito respeito. Era como se vissem meu avô em pessoa. Foi aí que percebi que ele era muito mais do que eu tinha ouvido. E decidi iniciar minha pesquisa." Antes desse dia, o cangaço era um assunto pouco comentado em sua casa. Mas diversas críticas vinham da rua. "Ouvíamos que a raça de Lampião não prestava. Ninguém brincava com a gente na escola", relembra. Opiniões sobre o cangaço divergem, por isso ela compara o trabalho de pesquisa à areia movediça. "Procurei saber quem era Virgulino para entender quem foi de verdade Lampião." Ao lado de Vera, Expedita, 83, única filha dos cangaceiros, recebeu a Folha na casa da família, em Aracaju, com simpatia e sorriso no rosto. Expedita não foi criada por Lampião e Maria Bonita, mas recebia sempre a visita dos pais. "Até os nove anos, ela foi criada por um vaqueiro e sua mulher. Depois, passou a ser criada por João, o único irmão de Lampião que não entrou para o cangaço", diz Vera. A jornalista viajou a convite da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo de Aracaju
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Empresa aproveita época de baixa para comprar terrenos e expandir
Com uma unidade em São Paulo e outra em Santo André, na Região Metropolitana da capital, a MetroFit aluga boxes para pessoas e empresas guardarem seus pertences. No total são 1.100 espaços à disposição dos clientes. Em 2016, mais duas unidades serão inauguradas, uma em Alphaville, ainda no primeiro trimestre, e outra em São Caetano, já em construção. E, mesmo com a crise, a empresa espera fazer mais investimentos no ano que começa. "Não descartamos novas aquisições em um período curto", diz Hans Scholl, CEO da MetroFit, que está analisando pelo menos três novos terrenos na capital e outros dois no Rio de Janeiro. "A crise diminuiu a atividade do mercado imobiliário de maneira geral, barateando o custo por metro quadrado dos ativos e criando boas oportunidade para os compradores", afirma o empreendedor. Nas novas aquisições ele planeja investir cerca de R$ 100 milhões. Para o professor Ricardo Macedo, 49, coordenador adjunto da graduação em economia e professor de finanças do Ibmec/RJ, a redução da demanda por imóveis em função de sua baixa liquidez, visto que as pessoas preferem manter os recursos disponíveis, e o encarecimento do crédito contribuíram significativamente para a redução dos preços. "Há oportunidades interessantes de se fazer bons negócios", diz. O público-alvo da MetroFit é diverso. "Oferecemos uma solução para empresas e pessoas que precisam de um espaço flexível de imediato e por prazo não definido", explica Scholl. Os espaços servem para armazenar mercadorias que não foram vendidas conforme o planejamento da loja, fechamento de um negócio ou redução no tamanho do escritório, venda de bens não utilizados, mudança para um apartamento menor e reformas em casa. "É um segmento ainda em fase de expansão", garante o empreendedor. Cada unidade, segundo Scholl, pode faturar cerca de R$ 4 milhões por ano quando atinge sua maturidade.
mercado
Empresa aproveita época de baixa para comprar terrenos e expandirCom uma unidade em São Paulo e outra em Santo André, na Região Metropolitana da capital, a MetroFit aluga boxes para pessoas e empresas guardarem seus pertences. No total são 1.100 espaços à disposição dos clientes. Em 2016, mais duas unidades serão inauguradas, uma em Alphaville, ainda no primeiro trimestre, e outra em São Caetano, já em construção. E, mesmo com a crise, a empresa espera fazer mais investimentos no ano que começa. "Não descartamos novas aquisições em um período curto", diz Hans Scholl, CEO da MetroFit, que está analisando pelo menos três novos terrenos na capital e outros dois no Rio de Janeiro. "A crise diminuiu a atividade do mercado imobiliário de maneira geral, barateando o custo por metro quadrado dos ativos e criando boas oportunidade para os compradores", afirma o empreendedor. Nas novas aquisições ele planeja investir cerca de R$ 100 milhões. Para o professor Ricardo Macedo, 49, coordenador adjunto da graduação em economia e professor de finanças do Ibmec/RJ, a redução da demanda por imóveis em função de sua baixa liquidez, visto que as pessoas preferem manter os recursos disponíveis, e o encarecimento do crédito contribuíram significativamente para a redução dos preços. "Há oportunidades interessantes de se fazer bons negócios", diz. O público-alvo da MetroFit é diverso. "Oferecemos uma solução para empresas e pessoas que precisam de um espaço flexível de imediato e por prazo não definido", explica Scholl. Os espaços servem para armazenar mercadorias que não foram vendidas conforme o planejamento da loja, fechamento de um negócio ou redução no tamanho do escritório, venda de bens não utilizados, mudança para um apartamento menor e reformas em casa. "É um segmento ainda em fase de expansão", garante o empreendedor. Cada unidade, segundo Scholl, pode faturar cerca de R$ 4 milhões por ano quando atinge sua maturidade.
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Pequenino restaurante serve comida caseira do sertão a bons preços
No Jesuíno Brilhante a comida é servida "como se come lá". Lá em Patu, no sertão do Rio Grande do Norte, de onde vieram as receitas e os cozinheiros. Comida com muito leite e muita carne, "uma cozinha de fazenda, de subsistência, como era a dos meus avós, que produziam leite", conta o jornalista Rodrigo Levino, à frente do restaurante que abriu as portas nesta segunda-feira (4), em Pinheiros, sem pretensão nenhuma, quase como um lugar de estar. Da inquietude de não encontrar por aqui comida de sua terra e da vontade de trazer a família para perto, nasceu o projeto do restaurante. "A cozinha nordestina que existe em São Paulo é cearense e pernambucana, por causa da migração. Aquele feijão não é nosso", diz Levino. "O arroz de leite, a paçoca, a carne de sol são muito diferentes." No cardápio diminuto –mas que deve crescer, pois há 30 receitas na gaveta–, brilha a carne de sol. Preparada naquele sobrado por João Batista Rodrigues, pai de Rodrigo, a peça de coxão-mole passa 12 horas em sal refinado, é congelada ("para recuperar a água perdida, por isso é suculenta"), descongelada e então cozida. Na paçoca, servida como tira-gosto, é refogada com manteiga de garrafa e cebola-roxa e então recebe a farinha de mandioca e o coentro (R$ 7). Também é abre-alas a porção de bolinhos de arroz de leite, de casquinha crocante e recheio cremoso, feitos com arroz-vermelho cozido em água e leite, nata fresca, queijo de coalho, cebola-roxa, cebolinha e pimenta (R$ 12, seis unidades). São três as opções de prato principal: carne de sol na nata (desfiada e cozida em creme de leite fresco), servida com cuscuz de milho e vinagrete de tomate (R$ 20), carne de sol na chapa, com arroz-vermelho cozido com nata e queijo de coalho e feijão de corda (R$ 25), e o cozido do dia, com arroz branco e feijão de corda (R$ 18). Muitos dos ingredientes vão ser trazidos "de lá": o queijo, a manteiga, o arroz-vermelho. Doces, como a burra preta (pão de melado de cana com especiarias à semelhança de um pão de mel), nem existem aqui, diz Levino. Na casa, ela é servida com nata fresca e mel de engenho (R$ 10). O pequenino restaurante, em que pedidos são marcados em comandas pagas no caixa, funciona apenas no almoço. Em breve, terá tapiocas, "café passado" e sanduíche, ao longo da tarde. JESUÍNO BRILHANTE Onde r. Arruda Alvim, 180, Pinheiros Quando de seg. a sáb., das 12h às 15h
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Pequenino restaurante serve comida caseira do sertão a bons preçosNo Jesuíno Brilhante a comida é servida "como se come lá". Lá em Patu, no sertão do Rio Grande do Norte, de onde vieram as receitas e os cozinheiros. Comida com muito leite e muita carne, "uma cozinha de fazenda, de subsistência, como era a dos meus avós, que produziam leite", conta o jornalista Rodrigo Levino, à frente do restaurante que abriu as portas nesta segunda-feira (4), em Pinheiros, sem pretensão nenhuma, quase como um lugar de estar. Da inquietude de não encontrar por aqui comida de sua terra e da vontade de trazer a família para perto, nasceu o projeto do restaurante. "A cozinha nordestina que existe em São Paulo é cearense e pernambucana, por causa da migração. Aquele feijão não é nosso", diz Levino. "O arroz de leite, a paçoca, a carne de sol são muito diferentes." No cardápio diminuto –mas que deve crescer, pois há 30 receitas na gaveta–, brilha a carne de sol. Preparada naquele sobrado por João Batista Rodrigues, pai de Rodrigo, a peça de coxão-mole passa 12 horas em sal refinado, é congelada ("para recuperar a água perdida, por isso é suculenta"), descongelada e então cozida. Na paçoca, servida como tira-gosto, é refogada com manteiga de garrafa e cebola-roxa e então recebe a farinha de mandioca e o coentro (R$ 7). Também é abre-alas a porção de bolinhos de arroz de leite, de casquinha crocante e recheio cremoso, feitos com arroz-vermelho cozido em água e leite, nata fresca, queijo de coalho, cebola-roxa, cebolinha e pimenta (R$ 12, seis unidades). São três as opções de prato principal: carne de sol na nata (desfiada e cozida em creme de leite fresco), servida com cuscuz de milho e vinagrete de tomate (R$ 20), carne de sol na chapa, com arroz-vermelho cozido com nata e queijo de coalho e feijão de corda (R$ 25), e o cozido do dia, com arroz branco e feijão de corda (R$ 18). Muitos dos ingredientes vão ser trazidos "de lá": o queijo, a manteiga, o arroz-vermelho. Doces, como a burra preta (pão de melado de cana com especiarias à semelhança de um pão de mel), nem existem aqui, diz Levino. Na casa, ela é servida com nata fresca e mel de engenho (R$ 10). O pequenino restaurante, em que pedidos são marcados em comandas pagas no caixa, funciona apenas no almoço. Em breve, terá tapiocas, "café passado" e sanduíche, ao longo da tarde. JESUÍNO BRILHANTE Onde r. Arruda Alvim, 180, Pinheiros Quando de seg. a sáb., das 12h às 15h
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Ensino a distância 100% virtual amplia opções, mas desafio aumenta
No modelo de educação a distância que os brasileiros têm hoje, todo aluno precisa ir ao polo de sua escola de vez em quando para fazer prova e atividade laboratorial ou assistir a alguma aula. Isso vai mudar em breve. Entrou em vigor uma portaria do MEC, publicada em maio, permitindo que o ensino superior a distância seja ofertado sem atividades presenciais. Poderão existir universidades brasileiras cem por cento virtuais. As regras foram flexibilizadas. Eliminou-se a exigência de autorização prévia, pelo ministério, para abertura de polos. Agora, instituições autorizadas a dar cursos a distância terão autonomia para abrir seus centros físicos. O decreto prevê, porém, que a expansão dependerá dos indicadores de qualidade. Instituições privadas de ensino enxergam nisso uma modernização. Nessa visão, o leque de cursos deve ser ampliado, gerando mais competição e mais diversidade. É claro que nem todas as graduações poderão dispensar encontros presenciais. Em engenharia, biologia, química ou educação física são exigidas atividades práticas. A necessidade ou não dessas atividades depende das Diretrizes Curriculares Nacionais de cada curso. Portanto, para oferecer o portfólio completo da graduações que têm, grandes grupos devem aproveitar as novas regras para expandir o número de polos, não para aboli-los. "Acredito na tecnologia, mas há limites", diz Josiane Tonelotto, reitora da EAD Laureate, rede de ensino virtual para 12 instituições. Ela lembra que alguns cursos são mais viáveis no formato cem por cento a distância, como os de gestão, que não exigem práticas sob tutela direta. "Sinto que nada mudou com a portaria. Continuo precisando ter bons polos e atender requisitos de qualidade." A legislação veio a reboque de avanços tecnológicos que já permitem a muitos cursos prescindir do espaço físico. "Antes tínhamos aulas ao vivo transmitidas pelo polo. Hoje, entregamos o curso diretamente ao estudante, no aparelho que ele preferir", diz Flávio Murilo de Gouvêa, diretor de educação a distância do grupo Estácio. BARREIRAS Gouvêa aponta uma barreira a ser vencida: a cultural. "No EaD o estudante está fisicamente sozinho, por mais suporte e ambientes virtuais colaborativos que tenha", diz. Para minimizar isso, a Estácio oferece no primeiro ano atividades extra, presenciais. Na hora da prova, as barreiras são metodológicas, diz o diretor. "Já há tecnologias que reconhecem a identidade pelo padrão de teclagem; é como impressão digital", afirma, sobre métodos usados para avaliar estudantes ao redor do mundo. "O desafio é saber como o aluno poderá ter um aprendizado mais cooperativo, de forma que a avaliação individual fique em segundo plano e todo o percurso seja avaliado." MODELO HÍBRIDO Muitos alunos não abrem mão dos encontros presenciais. Como Douglas Oliveira, 32, que está no último semestre de desenvolvimento de sistemas na Universidade Cruzeiro do Sul. Por trabalhar nove horas por dia e querer passar um tempo com os filhos, ele não teria como fazer curso convencional. Optou pelo semipresencial. "Estudo em casa todo dia e, aos sábados, tenho aula no polo." Assim, mantém contato com colegas e tutores. Na contramão da tendência, a PUC-Rio deixou de oferecer graduações a distância. "Apostamos num modelo híbrido: uma parte a distância e uma parte com o aluno na sala", diz Gilda Helena Bernardino de Campos, coordenadora de EaD na instituição. Segundo ela, um bom curso virtual demanda muitos tutores bem formados, o que implica alto custo. "Não pode ser só vídeo e questionários. A faculdade tem que formar do ponto de vista do cidadão, dos princípios." O grande risco da nova portaria seria promover a massificação do ensino superior. "Democratizar é abrir a possibilidade para que todos tenham formação completa. A massificação é só abrir vaga". A pesquisadora Raquel de Almeida Moraes, coordenadora do EaD da UnB (Universidade de Brasília), não acredita que um curso totalmente virtual promova a mesma qualidade daquele com alguns encontros presenciais. Moraes defende que haja sempre o apoio de um polo. "Evita que as pessoas fiquem lunáticas, que se desconectem da realidade", afirma. Na experiência da estudante Ariane Castro, 38, a conexão com o mundo real pode se dar mesmo sem haver espaço físico, com atividades práticas ocorrendo diretamente na comunidade. Ela cita como exemplo um projeto que implantou com colegas, em uma casa de apoio a crianças com HIV. Para essa estudante, que é psiquiatra em Salvador e cursa pedagogia na Unifacs é possível estabelecer "relacionamentos profundos" com colegas e professores ainda que toda a comunicação seja feita por meios virtuais. DEMOCRATIZAÇÃO As novas regras de educação a distância -que dão liberdade para instituições abrirem seus polos e permitem a criação de universidades cem por cento digitais- tem como objetivo aumentar o acesso ao ensino superior. Para a pesquisadora Raquel de Almeida Moraes, coordenadora de educação a distância da UnB, há experiências de universidade totalmente digitais, mas não é o melhor formato para a aprendizagem. "Estudos comparativos mostraram que o melhor modelo é o híbrido", diz. Segundo ela, a portaria atende a demandas do setor privado, deixando questões educacionais em segundo plano. "A EaD no Brasil virou negócio muito lucrativo." Henrique Sartori, secretário de regulação e supervisão da educação superior do Ministério da Educação, defende que a mudança não deve interferir na qualidade. "Muitos países do mundo já fazem assim. As ferramentas tecnológicas mudaram nos últimos 20 anos. A nova regra é uma atualização para o momento atual", afirma. Sartori destaca que uma graduação só poderá ser oferecida totalmente a distância quando as Diretrizes Curriculares Nacionais permitirem. "Se a norma exigir que certa disciplina seja prática, com laboratório real, aquele curso precisará ter aulas presenciais." Caso não haja tal exigência, serão avaliados pelo órgão itens de infraestrutura como títulos da biblioteca on-line e laboratórios virtuais. "O rigor é igual ao do presencial", diz o secretário. Na avaliação de Cosme Massi, presidente do conselho da consultoria educacional Hoper, a mudança no modelo é positiva. "A gente tem que pensar na necessidade presencial de cada atividade. Se tem que dissecar um bicho, será preciso fazê-lo na prática do laboratório. Mas não se deve exigir isso de todos", diz. * EM BUSCA DA EXCELÊNCIA Como escolher um curso a distância DADOS OFICIAIS Consulte se o curso tem autorização do MEC em: emec.mec.gov.br. Veja também qual foi a nota dos alunos do curso no último Enade (portal.inep.gov.br/conceito-enade) REPUTAÇÃO Leia sobre a história da faculdade, veja se tem tradição e reconhecimento no mercado. Procure pessoas que estudam ou já estudaram na instituição e peça a opinião delas ATIVIDADES EXTRA Escolha graduações que oferecem aos alunos opções de atividades extra, como participação em projetos interdisciplinares e programas de pesquisa METODOLOGIA Dê preferência para cursos com metodologias ativas, que façam os alunos colocar a teoria em prática. Cheque quais são os canais de comunicação com tutores e professores e confira se o atendimento é rápido 2.070 cursos a distância existem no Brasil hoje; há dez anos, eram apenas 18 317 escolas são credenciadas para oferecer EaD -cerca de 11% do total de instituições registradas no Sistema Federal de Educação Superior do MEC
educacao
Ensino a distância 100% virtual amplia opções, mas desafio aumentaNo modelo de educação a distância que os brasileiros têm hoje, todo aluno precisa ir ao polo de sua escola de vez em quando para fazer prova e atividade laboratorial ou assistir a alguma aula. Isso vai mudar em breve. Entrou em vigor uma portaria do MEC, publicada em maio, permitindo que o ensino superior a distância seja ofertado sem atividades presenciais. Poderão existir universidades brasileiras cem por cento virtuais. As regras foram flexibilizadas. Eliminou-se a exigência de autorização prévia, pelo ministério, para abertura de polos. Agora, instituições autorizadas a dar cursos a distância terão autonomia para abrir seus centros físicos. O decreto prevê, porém, que a expansão dependerá dos indicadores de qualidade. Instituições privadas de ensino enxergam nisso uma modernização. Nessa visão, o leque de cursos deve ser ampliado, gerando mais competição e mais diversidade. É claro que nem todas as graduações poderão dispensar encontros presenciais. Em engenharia, biologia, química ou educação física são exigidas atividades práticas. A necessidade ou não dessas atividades depende das Diretrizes Curriculares Nacionais de cada curso. Portanto, para oferecer o portfólio completo da graduações que têm, grandes grupos devem aproveitar as novas regras para expandir o número de polos, não para aboli-los. "Acredito na tecnologia, mas há limites", diz Josiane Tonelotto, reitora da EAD Laureate, rede de ensino virtual para 12 instituições. Ela lembra que alguns cursos são mais viáveis no formato cem por cento a distância, como os de gestão, que não exigem práticas sob tutela direta. "Sinto que nada mudou com a portaria. Continuo precisando ter bons polos e atender requisitos de qualidade." A legislação veio a reboque de avanços tecnológicos que já permitem a muitos cursos prescindir do espaço físico. "Antes tínhamos aulas ao vivo transmitidas pelo polo. Hoje, entregamos o curso diretamente ao estudante, no aparelho que ele preferir", diz Flávio Murilo de Gouvêa, diretor de educação a distância do grupo Estácio. BARREIRAS Gouvêa aponta uma barreira a ser vencida: a cultural. "No EaD o estudante está fisicamente sozinho, por mais suporte e ambientes virtuais colaborativos que tenha", diz. Para minimizar isso, a Estácio oferece no primeiro ano atividades extra, presenciais. Na hora da prova, as barreiras são metodológicas, diz o diretor. "Já há tecnologias que reconhecem a identidade pelo padrão de teclagem; é como impressão digital", afirma, sobre métodos usados para avaliar estudantes ao redor do mundo. "O desafio é saber como o aluno poderá ter um aprendizado mais cooperativo, de forma que a avaliação individual fique em segundo plano e todo o percurso seja avaliado." MODELO HÍBRIDO Muitos alunos não abrem mão dos encontros presenciais. Como Douglas Oliveira, 32, que está no último semestre de desenvolvimento de sistemas na Universidade Cruzeiro do Sul. Por trabalhar nove horas por dia e querer passar um tempo com os filhos, ele não teria como fazer curso convencional. Optou pelo semipresencial. "Estudo em casa todo dia e, aos sábados, tenho aula no polo." Assim, mantém contato com colegas e tutores. Na contramão da tendência, a PUC-Rio deixou de oferecer graduações a distância. "Apostamos num modelo híbrido: uma parte a distância e uma parte com o aluno na sala", diz Gilda Helena Bernardino de Campos, coordenadora de EaD na instituição. Segundo ela, um bom curso virtual demanda muitos tutores bem formados, o que implica alto custo. "Não pode ser só vídeo e questionários. A faculdade tem que formar do ponto de vista do cidadão, dos princípios." O grande risco da nova portaria seria promover a massificação do ensino superior. "Democratizar é abrir a possibilidade para que todos tenham formação completa. A massificação é só abrir vaga". A pesquisadora Raquel de Almeida Moraes, coordenadora do EaD da UnB (Universidade de Brasília), não acredita que um curso totalmente virtual promova a mesma qualidade daquele com alguns encontros presenciais. Moraes defende que haja sempre o apoio de um polo. "Evita que as pessoas fiquem lunáticas, que se desconectem da realidade", afirma. Na experiência da estudante Ariane Castro, 38, a conexão com o mundo real pode se dar mesmo sem haver espaço físico, com atividades práticas ocorrendo diretamente na comunidade. Ela cita como exemplo um projeto que implantou com colegas, em uma casa de apoio a crianças com HIV. Para essa estudante, que é psiquiatra em Salvador e cursa pedagogia na Unifacs é possível estabelecer "relacionamentos profundos" com colegas e professores ainda que toda a comunicação seja feita por meios virtuais. DEMOCRATIZAÇÃO As novas regras de educação a distância -que dão liberdade para instituições abrirem seus polos e permitem a criação de universidades cem por cento digitais- tem como objetivo aumentar o acesso ao ensino superior. Para a pesquisadora Raquel de Almeida Moraes, coordenadora de educação a distância da UnB, há experiências de universidade totalmente digitais, mas não é o melhor formato para a aprendizagem. "Estudos comparativos mostraram que o melhor modelo é o híbrido", diz. Segundo ela, a portaria atende a demandas do setor privado, deixando questões educacionais em segundo plano. "A EaD no Brasil virou negócio muito lucrativo." Henrique Sartori, secretário de regulação e supervisão da educação superior do Ministério da Educação, defende que a mudança não deve interferir na qualidade. "Muitos países do mundo já fazem assim. As ferramentas tecnológicas mudaram nos últimos 20 anos. A nova regra é uma atualização para o momento atual", afirma. Sartori destaca que uma graduação só poderá ser oferecida totalmente a distância quando as Diretrizes Curriculares Nacionais permitirem. "Se a norma exigir que certa disciplina seja prática, com laboratório real, aquele curso precisará ter aulas presenciais." Caso não haja tal exigência, serão avaliados pelo órgão itens de infraestrutura como títulos da biblioteca on-line e laboratórios virtuais. "O rigor é igual ao do presencial", diz o secretário. Na avaliação de Cosme Massi, presidente do conselho da consultoria educacional Hoper, a mudança no modelo é positiva. "A gente tem que pensar na necessidade presencial de cada atividade. Se tem que dissecar um bicho, será preciso fazê-lo na prática do laboratório. Mas não se deve exigir isso de todos", diz. * EM BUSCA DA EXCELÊNCIA Como escolher um curso a distância DADOS OFICIAIS Consulte se o curso tem autorização do MEC em: emec.mec.gov.br. Veja também qual foi a nota dos alunos do curso no último Enade (portal.inep.gov.br/conceito-enade) REPUTAÇÃO Leia sobre a história da faculdade, veja se tem tradição e reconhecimento no mercado. Procure pessoas que estudam ou já estudaram na instituição e peça a opinião delas ATIVIDADES EXTRA Escolha graduações que oferecem aos alunos opções de atividades extra, como participação em projetos interdisciplinares e programas de pesquisa METODOLOGIA Dê preferência para cursos com metodologias ativas, que façam os alunos colocar a teoria em prática. Cheque quais são os canais de comunicação com tutores e professores e confira se o atendimento é rápido 2.070 cursos a distância existem no Brasil hoje; há dez anos, eram apenas 18 317 escolas são credenciadas para oferecer EaD -cerca de 11% do total de instituições registradas no Sistema Federal de Educação Superior do MEC
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Veg: 'Voltar a comer carne foi um erro', diz escritor inglês em texto
O escritor George Monbiot, colunista semanal sobre política britânica no jornal inglês "The Guardian" e autor de livros sobre ambientalismo e economia, publicou em um texto pessoal mas bem-embasado no periódico em questão a confissão de que considerou um erro ... Leia post completo no blog
comida
Veg: 'Voltar a comer carne foi um erro', diz escritor inglês em textoO escritor George Monbiot, colunista semanal sobre política britânica no jornal inglês "The Guardian" e autor de livros sobre ambientalismo e economia, publicou em um texto pessoal mas bem-embasado no periódico em questão a confissão de que considerou um erro ... Leia post completo no blog
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Preço de novos aluguéis cai pelo quarto mês seguido em São Paulo
Morar em São Paulo está ficando mais barato para quem fecha novos contratos de aluguel. Os preços tiveram queda de 0,5% entre agosto e setembro deste ano na cidade, segundo o Secovi-SP (sindicato da habitação). No mesmo período, a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), usado na maior parte dos ajustes de aluguéis, foi de 0,95%. É o quarto mês seguido em que o ajuste dos preços dos novos aluguéis é negativo, e o 11º mês consecutivo em que fica abaixo da inflação quando considerado um período de 12 meses. Inflação e preço do aluguel - Por mês, em % Na comparação com setembro de 2014, a queda foi de 2,1% frente a uma inflação de 8,4% no período. Repare no gráfico a diferença entre a linha amarela, que representa a inflação medida pelo IPCA e a laranja, que representa o preço dos novos aluguéis. Quanto maior o espaço entre as duas linhas, mais barato está o preço de um novo contrato de aluguel em comparação com a alta geral dos preços. Isso também dá margem para quem já tem um contrato fechado de aluguel para negociar ajustes menores. Inflação e preço do aluguel - Em 12 meses, em % ALUGUEL LENTO PARA 3 DORMITÓRIOS Segundo o Secovi-SP, os imóveis com três dormitórios foram os que tiveram as maiores quedas nos valores de locação, de 1,4%. Os com dois quartos tiveram redução de 0,4%, e os com um quarto tiveram queda de 0,1%. A queda dos preços reflete o nível de dificuldade de alugar esses imóveis. Casas com um dormitório foram as com o menor tempo médio de locação, de 22,6 dias. O maior tempo de locação foi o de apartamentos com três dormitórios, com 51,9 dias, seguido por casas com três dormitórios, que levaram em média 49,6 dias para serem alugadas. Casas e sobrados foram os imóveis alugados mais rapidamente, em um período entre 17 e 42 dias. Apartamentos foram alugados em um período de 24 a 49 dias.
mercado
Preço de novos aluguéis cai pelo quarto mês seguido em São PauloMorar em São Paulo está ficando mais barato para quem fecha novos contratos de aluguel. Os preços tiveram queda de 0,5% entre agosto e setembro deste ano na cidade, segundo o Secovi-SP (sindicato da habitação). No mesmo período, a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), usado na maior parte dos ajustes de aluguéis, foi de 0,95%. É o quarto mês seguido em que o ajuste dos preços dos novos aluguéis é negativo, e o 11º mês consecutivo em que fica abaixo da inflação quando considerado um período de 12 meses. Inflação e preço do aluguel - Por mês, em % Na comparação com setembro de 2014, a queda foi de 2,1% frente a uma inflação de 8,4% no período. Repare no gráfico a diferença entre a linha amarela, que representa a inflação medida pelo IPCA e a laranja, que representa o preço dos novos aluguéis. Quanto maior o espaço entre as duas linhas, mais barato está o preço de um novo contrato de aluguel em comparação com a alta geral dos preços. Isso também dá margem para quem já tem um contrato fechado de aluguel para negociar ajustes menores. Inflação e preço do aluguel - Em 12 meses, em % ALUGUEL LENTO PARA 3 DORMITÓRIOS Segundo o Secovi-SP, os imóveis com três dormitórios foram os que tiveram as maiores quedas nos valores de locação, de 1,4%. Os com dois quartos tiveram redução de 0,4%, e os com um quarto tiveram queda de 0,1%. A queda dos preços reflete o nível de dificuldade de alugar esses imóveis. Casas com um dormitório foram as com o menor tempo médio de locação, de 22,6 dias. O maior tempo de locação foi o de apartamentos com três dormitórios, com 51,9 dias, seguido por casas com três dormitórios, que levaram em média 49,6 dias para serem alugadas. Casas e sobrados foram os imóveis alugados mais rapidamente, em um período entre 17 e 42 dias. Apartamentos foram alugados em um período de 24 a 49 dias.
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Em Abricó, no Rio, há 'stand up pelado' entre as opções de lazer
É difícil se sentir vestido de menos no Rio de Janeiro. Mas mesmo cariocas acostumados a tomar o elevador de sunga podem se sentir desafiados por Abricó, a mais recente praia oficial de nudismo. Similar às vizinhas Prainha e Reserva, na zona oeste, Abricó tem águas verdes e areia fina com menos gente do que Ipanema ou Leme. Pudera: chegar lá a partir da zona sul é uma viagem de uma hora ou mais, dependendo do trânsito. Um táxi saindo do Copacabana Palace custa R$ 120 nos fins de semana. O gasto para por aí. Chegando a Abricó, pode-se comer os sanduíches naturais de Érica Oliveira (R$ 7) e pagar R$ 5 por uma cerveja. Com o calor no Rio chegando fácil a 40°C, estar preparado é tudo. E a economia com roupa de banho vai embora em um dia de protetor solar fator 100 –para as partes que nunca viram o sol. Mas se veem poucas marcas de biquíni ou de sunga: bronzeado homogêneo é a regra –as visitas são frequentes. "Venho todo fim de semana. Não me acostumo mais às praias da zona sul, lotadas e com roupa demais", diz a vendedora Carmen Mota, 37, que levou o filho, Gabriel, 11, para um sábado no Abricó. "Aqui parece uma comunidade." Opções de lazer não faltam. Casais jogam frescobol sem ter movimentos limitados. Pode-se também alugar uma prancha de stand-up paddle, cujo nome foi adaptado e é chamado de "stand up pelado". Nos finais de semana, quando o nudismo é obrigatório (de segunda a quinta, é opcional), um segurança sósia de Alexandre Frota faz a ronda para se certificar de que ninguém empunhe o celular –até porque ali não há sinal. Ao ver o repórter tirando fotos da praia, pediu que a Folha voltasse ao lado das pedras que levam à "praia de vestidos", onde curiosos tentam espiar a praia dos pelados. PERFIL família Acesso fácil? sim Nudismo é obrigatório? sim, mas com restrições Homem pode ir sozinho? não Tem infraestrutura? sim, mas com restrições
turismo
Em Abricó, no Rio, há 'stand up pelado' entre as opções de lazerÉ difícil se sentir vestido de menos no Rio de Janeiro. Mas mesmo cariocas acostumados a tomar o elevador de sunga podem se sentir desafiados por Abricó, a mais recente praia oficial de nudismo. Similar às vizinhas Prainha e Reserva, na zona oeste, Abricó tem águas verdes e areia fina com menos gente do que Ipanema ou Leme. Pudera: chegar lá a partir da zona sul é uma viagem de uma hora ou mais, dependendo do trânsito. Um táxi saindo do Copacabana Palace custa R$ 120 nos fins de semana. O gasto para por aí. Chegando a Abricó, pode-se comer os sanduíches naturais de Érica Oliveira (R$ 7) e pagar R$ 5 por uma cerveja. Com o calor no Rio chegando fácil a 40°C, estar preparado é tudo. E a economia com roupa de banho vai embora em um dia de protetor solar fator 100 –para as partes que nunca viram o sol. Mas se veem poucas marcas de biquíni ou de sunga: bronzeado homogêneo é a regra –as visitas são frequentes. "Venho todo fim de semana. Não me acostumo mais às praias da zona sul, lotadas e com roupa demais", diz a vendedora Carmen Mota, 37, que levou o filho, Gabriel, 11, para um sábado no Abricó. "Aqui parece uma comunidade." Opções de lazer não faltam. Casais jogam frescobol sem ter movimentos limitados. Pode-se também alugar uma prancha de stand-up paddle, cujo nome foi adaptado e é chamado de "stand up pelado". Nos finais de semana, quando o nudismo é obrigatório (de segunda a quinta, é opcional), um segurança sósia de Alexandre Frota faz a ronda para se certificar de que ninguém empunhe o celular –até porque ali não há sinal. Ao ver o repórter tirando fotos da praia, pediu que a Folha voltasse ao lado das pedras que levam à "praia de vestidos", onde curiosos tentam espiar a praia dos pelados. PERFIL família Acesso fácil? sim Nudismo é obrigatório? sim, mas com restrições Homem pode ir sozinho? não Tem infraestrutura? sim, mas com restrições
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Otimista com o Brasil, Vargas Llosa diz que país 'não está vivendo um caos'
Estimulado pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, a comentar a situação brasileira, o escritor peruano Mario Vargas Llosa, 80, disse que existe hoje um descolamento da política da sociedade, não apenas no Brasil. "A política deixou de atrair os melhores e os mais capazes. Estes preferem dedicar-se a suas carreiras e a ganhar dinheiro. A política virou algo sujo e decadente. É preciso seduzir os jovens com talento a fazer da política algo criativo e enriquecedor." O comentário de Barbosa, que estava na plateia da palestra que o Nobel deu na noite de quinta-feira (12), no Insper, em São Paulo, foi de que "o Brasil assistiu nas últimas semanas o espetáculo de uma encenação que exemplifica a falta de sinceridade absoluta dos nossos representantes". O autor de "Lituma nos Andes", porém, retrucou que, apesar do que ouviu nos últimos dias, nessa estada no país, "o Brasil não está vivendo um caos". Isso porque, segundo o escritor, a ideia de "uma grande mobilização como a que houve nos últimos tempos, por uma democracia menos corrupta, só pode trazer otimismo. Se vê um desejo de purificação das instituições no Brasil. Como isso não vai ser positivo?" Vargas Llosa também relacionou a crise de representatividade no Brasil com um fenômeno mais amplo e mundial. "A globalização trouxe efeitos positivos mas também está provocando a disseminação de pequenas seitas. Muita gente tem se assustado com o que é diferente, e quer ficar com o que conhece." E deu o exemplo da Europa, onde vive há muitos anos (na Espanha). Apesar de considerar a União Europeia um projeto ambicioso e que trouxe paz e prosperidade a um continente que "tinha um passado de guerras monstruosas", hoje se vê em risco por conta da disseminação de sectarismos e nacionalismos, "um impulso por voltar às tribos". Acrescentou que a possível saída do Reino Unido da União Europeia será prejudicial para ambos os lados. Perguntado sobre o fenômeno dos refugiados vindos da Síria e de outros locais de conflito, Vargas Llosa relacionou a recusa de muitos europeus em aceita-los como um dos efeitos desse "renascimento dos nacionalismos" provocado pelo medo. "Mas é preciso que os europeus entendam que essas migrações são, em primeiro lugar, uma homenagem ao estilo de vida europeu. E depois, que admitir imigrantes não é apenas um ato generoso, mas uma necessidade vital porque, sem os imigrantes, os europeus não têm como garantir sua qualidade de vida." Acrescentou, ainda, que é necessário haver uma visão mais matizada do mundo árabe por parte do Ocidente. "Temos de entender que as primeiras e principais vítimas do fundamentalismo são os próprios muçulmanos." O escritor comentou, ainda, a eleição peruana, que terá seu segundo turno no próximo dia 5 de junho e na qual a filha do ex-ditador Alberto Fujimori – adversário que derrotou Vargas Llosa nas eleições à presidência em 1990 – lidera as pesquisas. "Uma coisa curiosa sobre as ditaduras é que elas deixam um rabo, um grupo de nostálgicos", disse, fazendo com que a plateia desse risada. Mas acrescentou que uma vitória de Keiko Fujimori seria uma catástrofe para o Peru, por que o fujimorismo foi uma ditadura sanguinária, que "destruiu as instituições, perseguiu e abusou dos direitos humanos". Sua mais recente novela, "Cinco Esquinas", que sai no Brasil nos próximos meses, trata do modo como o fujimorismo utilizou a imprensa sensacionalista para destruir reputações dos opositores ao regime.
poder
Otimista com o Brasil, Vargas Llosa diz que país 'não está vivendo um caos'Estimulado pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, a comentar a situação brasileira, o escritor peruano Mario Vargas Llosa, 80, disse que existe hoje um descolamento da política da sociedade, não apenas no Brasil. "A política deixou de atrair os melhores e os mais capazes. Estes preferem dedicar-se a suas carreiras e a ganhar dinheiro. A política virou algo sujo e decadente. É preciso seduzir os jovens com talento a fazer da política algo criativo e enriquecedor." O comentário de Barbosa, que estava na plateia da palestra que o Nobel deu na noite de quinta-feira (12), no Insper, em São Paulo, foi de que "o Brasil assistiu nas últimas semanas o espetáculo de uma encenação que exemplifica a falta de sinceridade absoluta dos nossos representantes". O autor de "Lituma nos Andes", porém, retrucou que, apesar do que ouviu nos últimos dias, nessa estada no país, "o Brasil não está vivendo um caos". Isso porque, segundo o escritor, a ideia de "uma grande mobilização como a que houve nos últimos tempos, por uma democracia menos corrupta, só pode trazer otimismo. Se vê um desejo de purificação das instituições no Brasil. Como isso não vai ser positivo?" Vargas Llosa também relacionou a crise de representatividade no Brasil com um fenômeno mais amplo e mundial. "A globalização trouxe efeitos positivos mas também está provocando a disseminação de pequenas seitas. Muita gente tem se assustado com o que é diferente, e quer ficar com o que conhece." E deu o exemplo da Europa, onde vive há muitos anos (na Espanha). Apesar de considerar a União Europeia um projeto ambicioso e que trouxe paz e prosperidade a um continente que "tinha um passado de guerras monstruosas", hoje se vê em risco por conta da disseminação de sectarismos e nacionalismos, "um impulso por voltar às tribos". Acrescentou que a possível saída do Reino Unido da União Europeia será prejudicial para ambos os lados. Perguntado sobre o fenômeno dos refugiados vindos da Síria e de outros locais de conflito, Vargas Llosa relacionou a recusa de muitos europeus em aceita-los como um dos efeitos desse "renascimento dos nacionalismos" provocado pelo medo. "Mas é preciso que os europeus entendam que essas migrações são, em primeiro lugar, uma homenagem ao estilo de vida europeu. E depois, que admitir imigrantes não é apenas um ato generoso, mas uma necessidade vital porque, sem os imigrantes, os europeus não têm como garantir sua qualidade de vida." Acrescentou, ainda, que é necessário haver uma visão mais matizada do mundo árabe por parte do Ocidente. "Temos de entender que as primeiras e principais vítimas do fundamentalismo são os próprios muçulmanos." O escritor comentou, ainda, a eleição peruana, que terá seu segundo turno no próximo dia 5 de junho e na qual a filha do ex-ditador Alberto Fujimori – adversário que derrotou Vargas Llosa nas eleições à presidência em 1990 – lidera as pesquisas. "Uma coisa curiosa sobre as ditaduras é que elas deixam um rabo, um grupo de nostálgicos", disse, fazendo com que a plateia desse risada. Mas acrescentou que uma vitória de Keiko Fujimori seria uma catástrofe para o Peru, por que o fujimorismo foi uma ditadura sanguinária, que "destruiu as instituições, perseguiu e abusou dos direitos humanos". Sua mais recente novela, "Cinco Esquinas", que sai no Brasil nos próximos meses, trata do modo como o fujimorismo utilizou a imprensa sensacionalista para destruir reputações dos opositores ao regime.
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Computador novo falha e empresa demora para marcar visita técnica
O leitor Francisco Murari Pires relata estar passando por problemas para solucionar falhas técnicas de um desktop da HP que comprou em dezembro de 2016. Segundo ele, o sistema operacional funciona mal desde o momento de sua instalação. De lá para cá, Murari teve que recorrer três vezes ao serviço de atendimento da empresa. Na última, depois de não conseguir resolver a situação por telefone, teve que esperar mais de dez dias até que recebesse uma visita técnica–ele afirma que a empresa usou de subterfúgios para enrolá-lo. "Não tem jeito, a HP reserva essa surpresa para seus clientes: a pilhéria de mau gosto do atendimento técnico", diz. Resposta da HP: afirma que entrou em contato com o cliente, que informou que a falha foi corrigida. - Queixa de Alisson Costa dos Santos: entrega atrasada A ShopFácil, empresa de e-commerce do grupo Bradesco, demora mais de uma semana para entregar um produto em São Paulo. A qualidade do produto não condiz com o alto preço do frete. Resposta do Bradesco: informa que enviou correspondência ao cliente com "as devidas explicações." - Queixa de José Roberto Fiori: pontos cancelados Citibank cancelou parceria com a American Airlines e cliente que havia acumulado mais de 22.000 pontos no cartão ficou sem alternativa para usá-los: não consegue acumular mais pontos nem comprar passagens. Resposta do Citibank: esclarece que entrou em contato com o cliente para conversar sobre a questão. - Queixa de Fernando Saramenho: anuidade sem cartão A Cetelem, empresa responsável pelos cartões de crédito do site Submarino, ainda não enviou cartão solicitado por cliente há cinco meses. Mesmo assim, não esquece de cobrar a taxa de anuidade do serviços. Resposta da Cetelem: diz que prestou os "devidos esclarecimentos" sobre o reenvio do cartão. - Queixa de Edson Rodrigues Queiroz: crédito cancelado Cliente tinha R$ 1.700 de créditos em cartão Flexcar, em razão do seu vínculo anterior com empresa parceira da Alelo. No entanto, sem aviso prévio, a Alelo cancelou o cartão. Resposta da Alelo: esclarece que seu cliente era a empresa, e não o reclamante –mero portador do cartão.
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Computador novo falha e empresa demora para marcar visita técnicaO leitor Francisco Murari Pires relata estar passando por problemas para solucionar falhas técnicas de um desktop da HP que comprou em dezembro de 2016. Segundo ele, o sistema operacional funciona mal desde o momento de sua instalação. De lá para cá, Murari teve que recorrer três vezes ao serviço de atendimento da empresa. Na última, depois de não conseguir resolver a situação por telefone, teve que esperar mais de dez dias até que recebesse uma visita técnica–ele afirma que a empresa usou de subterfúgios para enrolá-lo. "Não tem jeito, a HP reserva essa surpresa para seus clientes: a pilhéria de mau gosto do atendimento técnico", diz. Resposta da HP: afirma que entrou em contato com o cliente, que informou que a falha foi corrigida. - Queixa de Alisson Costa dos Santos: entrega atrasada A ShopFácil, empresa de e-commerce do grupo Bradesco, demora mais de uma semana para entregar um produto em São Paulo. A qualidade do produto não condiz com o alto preço do frete. Resposta do Bradesco: informa que enviou correspondência ao cliente com "as devidas explicações." - Queixa de José Roberto Fiori: pontos cancelados Citibank cancelou parceria com a American Airlines e cliente que havia acumulado mais de 22.000 pontos no cartão ficou sem alternativa para usá-los: não consegue acumular mais pontos nem comprar passagens. Resposta do Citibank: esclarece que entrou em contato com o cliente para conversar sobre a questão. - Queixa de Fernando Saramenho: anuidade sem cartão A Cetelem, empresa responsável pelos cartões de crédito do site Submarino, ainda não enviou cartão solicitado por cliente há cinco meses. Mesmo assim, não esquece de cobrar a taxa de anuidade do serviços. Resposta da Cetelem: diz que prestou os "devidos esclarecimentos" sobre o reenvio do cartão. - Queixa de Edson Rodrigues Queiroz: crédito cancelado Cliente tinha R$ 1.700 de créditos em cartão Flexcar, em razão do seu vínculo anterior com empresa parceira da Alelo. No entanto, sem aviso prévio, a Alelo cancelou o cartão. Resposta da Alelo: esclarece que seu cliente era a empresa, e não o reclamante –mero portador do cartão.
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Após alagamento, avenida da zona leste de SP tem fila de guinchos
Após registrar um alagamento nesta quarta-feira (25), a avenida Luis Inácio de Anhaia Melo, na zona leste de São Paulo, uma fila de dez guinchos se formou na via durante a noite. O "congestionamento" ocorreu para socorrer os motoristas que tiveram os veículos inundados. O administrador Cesar de Lucca, 38, é uma das pessoas que teve o carro coberto pela água. "A chuva veio muito rápido e alagou tudo. Meu carro deu um curto circuito, entrou água no motor e no assoalho. Chamei um guincho há duas horas, mas ainda não chegou", disse. Ele afirmou que o veículo, avaliado em cerca de 25 mil, não tem seguro. "A cidade não tem estrutura, não suporta chuva forte." Dono de uma concessionária na região, Djanir Basílio, 58, disse ter perdido 15 dos 35 carros que estavam à mostra no local. Segundo ele, a água passou dos 30 centímetros de altura e molhou o assoalho de todos os carros. "Eu tenho certeza que vou perder um Jetta e os outros deverão ir para uma oficina. Eles terão de ser desmontados porque a água penetra e fica difícil retirar", afirmou. Ele afirmou que estima um prejuízo de ao menos R$ 55 mil e diz que vai pedir nesta quinta-feira (26) a isenção da taxa do IPTU para compensar parte dos gastos. Um dos funcionários dele, Rodrigo Antõnio da Silva, 25, perdeu o carro, que não tinha seguro, avaliado em R$ 17 mil. "Eu não sei o que vou fazer. Vou ver se um mecânico consegue dar um jeito", disse. Uma caçamba de lixo foi arrastada na via pela força da água. De acordo com os meteorologistas, a chuva desta quarta está associada ao calor e à grande disponibilidade de umidade na atmosfera. A tendência é de que as chuvas se desloquem gradualmente para outros bairros da cidade e para região do ABC paulista. Por conta do elevado volume de chuvas, há potencial para a formação de alagamentos e extravasamento de rios e córregos. PREVISÃO A previsão para quinta-feira (26) é de sol com altas temperaturas na capital paulista. Durante a tarde e no início da noite, as instabilidades se formam por conta do calor e da disponibilidade de umidade na atmosfera, proporcionando a ocorrência de pancadas de chuva. A temperatura mínima deve ficar em torno de 21°C e a máxima em 32°C.
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Após alagamento, avenida da zona leste de SP tem fila de guinchosApós registrar um alagamento nesta quarta-feira (25), a avenida Luis Inácio de Anhaia Melo, na zona leste de São Paulo, uma fila de dez guinchos se formou na via durante a noite. O "congestionamento" ocorreu para socorrer os motoristas que tiveram os veículos inundados. O administrador Cesar de Lucca, 38, é uma das pessoas que teve o carro coberto pela água. "A chuva veio muito rápido e alagou tudo. Meu carro deu um curto circuito, entrou água no motor e no assoalho. Chamei um guincho há duas horas, mas ainda não chegou", disse. Ele afirmou que o veículo, avaliado em cerca de 25 mil, não tem seguro. "A cidade não tem estrutura, não suporta chuva forte." Dono de uma concessionária na região, Djanir Basílio, 58, disse ter perdido 15 dos 35 carros que estavam à mostra no local. Segundo ele, a água passou dos 30 centímetros de altura e molhou o assoalho de todos os carros. "Eu tenho certeza que vou perder um Jetta e os outros deverão ir para uma oficina. Eles terão de ser desmontados porque a água penetra e fica difícil retirar", afirmou. Ele afirmou que estima um prejuízo de ao menos R$ 55 mil e diz que vai pedir nesta quinta-feira (26) a isenção da taxa do IPTU para compensar parte dos gastos. Um dos funcionários dele, Rodrigo Antõnio da Silva, 25, perdeu o carro, que não tinha seguro, avaliado em R$ 17 mil. "Eu não sei o que vou fazer. Vou ver se um mecânico consegue dar um jeito", disse. Uma caçamba de lixo foi arrastada na via pela força da água. De acordo com os meteorologistas, a chuva desta quarta está associada ao calor e à grande disponibilidade de umidade na atmosfera. A tendência é de que as chuvas se desloquem gradualmente para outros bairros da cidade e para região do ABC paulista. Por conta do elevado volume de chuvas, há potencial para a formação de alagamentos e extravasamento de rios e córregos. PREVISÃO A previsão para quinta-feira (26) é de sol com altas temperaturas na capital paulista. Durante a tarde e no início da noite, as instabilidades se formam por conta do calor e da disponibilidade de umidade na atmosfera, proporcionando a ocorrência de pancadas de chuva. A temperatura mínima deve ficar em torno de 21°C e a máxima em 32°C.
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Maniqueísmo e furor
A expor ramificações na quase totalidade do mundo partidário, a Operação Lava Jato certamente não se resume a combater o legado de corrupção sistêmica que se fortaleceu, talvez de forma inédita, a partir da ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder. Sem dúvida, é intenso o processo de desmascaramento daquele que, por décadas, obtinha o respeito até mesmo de seus adversários pela suposta autenticidade de suas convicções e compromissos. As suspeitas, que ainda estão por ser definitivamente provadas, somam-se ao fato inegável de que, como se viu desde o mensalão, o partido do ex-presidente revelou extremo pendor e pertinácia para operar ao arrepio da lei. Um clima de passionalidade e de exaltação dá sinais de acentuar-se, contudo, na medida em que o processo da Lava Jato segue seus passos incontornáveis e se aproxima da figura de Lula. Planejam-se, pelo que foi noticiado, manifestações favoráveis e contrárias ao ex-presidente quando se der sua primeira confrontação com juiz Sergio Moro, no próximo dia 3 de maio, em Curitiba. Estariam sendo preparadas caravanas, em ônibus e motocicletas, para prestar solidariedade ao petista. Do lado oposto, inflam-se os conhecidos pixulecos com a imagem de um Lula presidiário, acompanhados de outra frota de motocicletas, para a ocasião. É normal, numa circunstância dessas, e não é estranho a qualquer democracia que adeptos e adversários queiram medir forças e externar suas convicções, desde que sem violência e depredação. Parece irrealista e desequilibrada, todavia, a atitude de ver nessa primeira audiência uma espécie de confronto entre o bem e o mal, de "hora do juízo" ou "combate do século", como alguns dos empenhados nas movimentações já se prestam a qualificá-la. Ainda que Lula seja, obviamente, nome central em todo o processo da Lava Jato, não é o único, nem o inventor de um sistema de corrupção eleitoral de décadas. Do mesmo modo, nada mais perigoso do que ver em Moro uma espécie de salvador da pátria, sem cujo concurso estaríamos submersos irremediavelmente na corrupção. As instituições são maiores e mais fortes do que tais personagens, cada qual com seus exageros. Lula manobra para atrasar o processo, convocando 87 testemunhas em sua defesa. Moro retalia, exigindo a presença do ex-presidente em todas as audiências. O embate jurídico prosseguirá por muito tempo; não há como confundi-lo com o jogo político, e este, por sua vez, não amadurece nem se resolve num clima de maniqueísmo, de irrealidade e de furor. [email protected]
opiniao
Maniqueísmo e furorA expor ramificações na quase totalidade do mundo partidário, a Operação Lava Jato certamente não se resume a combater o legado de corrupção sistêmica que se fortaleceu, talvez de forma inédita, a partir da ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder. Sem dúvida, é intenso o processo de desmascaramento daquele que, por décadas, obtinha o respeito até mesmo de seus adversários pela suposta autenticidade de suas convicções e compromissos. As suspeitas, que ainda estão por ser definitivamente provadas, somam-se ao fato inegável de que, como se viu desde o mensalão, o partido do ex-presidente revelou extremo pendor e pertinácia para operar ao arrepio da lei. Um clima de passionalidade e de exaltação dá sinais de acentuar-se, contudo, na medida em que o processo da Lava Jato segue seus passos incontornáveis e se aproxima da figura de Lula. Planejam-se, pelo que foi noticiado, manifestações favoráveis e contrárias ao ex-presidente quando se der sua primeira confrontação com juiz Sergio Moro, no próximo dia 3 de maio, em Curitiba. Estariam sendo preparadas caravanas, em ônibus e motocicletas, para prestar solidariedade ao petista. Do lado oposto, inflam-se os conhecidos pixulecos com a imagem de um Lula presidiário, acompanhados de outra frota de motocicletas, para a ocasião. É normal, numa circunstância dessas, e não é estranho a qualquer democracia que adeptos e adversários queiram medir forças e externar suas convicções, desde que sem violência e depredação. Parece irrealista e desequilibrada, todavia, a atitude de ver nessa primeira audiência uma espécie de confronto entre o bem e o mal, de "hora do juízo" ou "combate do século", como alguns dos empenhados nas movimentações já se prestam a qualificá-la. Ainda que Lula seja, obviamente, nome central em todo o processo da Lava Jato, não é o único, nem o inventor de um sistema de corrupção eleitoral de décadas. Do mesmo modo, nada mais perigoso do que ver em Moro uma espécie de salvador da pátria, sem cujo concurso estaríamos submersos irremediavelmente na corrupção. As instituições são maiores e mais fortes do que tais personagens, cada qual com seus exageros. Lula manobra para atrasar o processo, convocando 87 testemunhas em sua defesa. Moro retalia, exigindo a presença do ex-presidente em todas as audiências. O embate jurídico prosseguirá por muito tempo; não há como confundi-lo com o jogo político, e este, por sua vez, não amadurece nem se resolve num clima de maniqueísmo, de irrealidade e de furor. [email protected]
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Editorial: Pacote logístico
O histórico dos governos brasileiros –e em particular da administração de Dilma Rousseff (PT)– contraindica otimismo, mas não se pode deixar de reconhecer que o novo Plano de Investimento em Logística enfim anunciado dá um passo na direção correta. Em comparação com a malograda versão de 2012, promete-se agora maior participação do setor privado, inclusive no financiamento, e mais previsibilidade regulatória. Pretende-se com o programa gastar R$ 198,4 bilhões em obras de infraestrutura, dos quais 35% ocorreriam até 2018. Do valor total, R$ 86,4 bilhões serão direcionados para ferrovias (mas quase a metade do montante se destina à ligação com o oceano Pacífico, de duvidosa viabilidade) e R$ 66,1 bilhões para rodovias. Portos e aeroportos ficam com o restante. Mais do que as cifras envolvidas –de resto modestas dadas as necessidades nacionais–, chamaram atenção as palavras de Dilma e de seus ministros. Enquanto a presidente afirmou que o pacote reflete o aprendizado com erros passados, Joaquim Levy (Fazenda), por exemplo, sustentou que, desta vez, as taxas de retorno permitidas pelo governo serão adequadas. Há, de fato, sinais de evolução. No financiamento, a participação do BNDES com taxas subsidiadas será menor e estará acoplada a um mecanismo de incentivo para captação no mercado, que pode chegar a R$ 8 bilhões ao ano. No âmbito regulatório, o governo promete mais clareza quanto a prazos para aprovação ambiental e andamento dos trâmites nos órgãos de controle. Seria um ganho importante em relação ao padrão atual de atrasos imprevisíveis e infindáveis conflitos institucionais. O interesse privado, porém, dependerá da confiabilidade geral dos modelos de concessão. Nesse ponto, há muito a esclarecer, sobretudo no caso de ferrovias e portos. É preciso, ademais, colocar o novo plano em perspectiva. O país investe pouco mais de 2% do PIB em infraestrutura, mas alguns estudos sugerem que, para o Brasil superar o atraso em relação às economias mais desenvolvidas, seriam necessários aportes de pelo menos 5% do PIB por anos a fio. O pacote de concessões, se plenamente implantado, traria cerca de 0,4% do PIB ao ano até 2018, montante que se repetiria na hipótese de conclusão de todos os investimentos em dez anos. Trata-se de pouco mais de 10% dos desembolsos adicionais necessários. Toda caminhada começa com o primeiro passo, diz o ditado. O primeiro passo proposto pelo governo Dilma Rousseff é pequeno, mas simbolicamente importante. Depois das decepções dos últimos anos, é fundamental vencer os desafios e cumprir o cronograma até 2018. Só assim será possível almejar realizações maiores e compatíveis com as demandas do país.
opiniao
Editorial: Pacote logísticoO histórico dos governos brasileiros –e em particular da administração de Dilma Rousseff (PT)– contraindica otimismo, mas não se pode deixar de reconhecer que o novo Plano de Investimento em Logística enfim anunciado dá um passo na direção correta. Em comparação com a malograda versão de 2012, promete-se agora maior participação do setor privado, inclusive no financiamento, e mais previsibilidade regulatória. Pretende-se com o programa gastar R$ 198,4 bilhões em obras de infraestrutura, dos quais 35% ocorreriam até 2018. Do valor total, R$ 86,4 bilhões serão direcionados para ferrovias (mas quase a metade do montante se destina à ligação com o oceano Pacífico, de duvidosa viabilidade) e R$ 66,1 bilhões para rodovias. Portos e aeroportos ficam com o restante. Mais do que as cifras envolvidas –de resto modestas dadas as necessidades nacionais–, chamaram atenção as palavras de Dilma e de seus ministros. Enquanto a presidente afirmou que o pacote reflete o aprendizado com erros passados, Joaquim Levy (Fazenda), por exemplo, sustentou que, desta vez, as taxas de retorno permitidas pelo governo serão adequadas. Há, de fato, sinais de evolução. No financiamento, a participação do BNDES com taxas subsidiadas será menor e estará acoplada a um mecanismo de incentivo para captação no mercado, que pode chegar a R$ 8 bilhões ao ano. No âmbito regulatório, o governo promete mais clareza quanto a prazos para aprovação ambiental e andamento dos trâmites nos órgãos de controle. Seria um ganho importante em relação ao padrão atual de atrasos imprevisíveis e infindáveis conflitos institucionais. O interesse privado, porém, dependerá da confiabilidade geral dos modelos de concessão. Nesse ponto, há muito a esclarecer, sobretudo no caso de ferrovias e portos. É preciso, ademais, colocar o novo plano em perspectiva. O país investe pouco mais de 2% do PIB em infraestrutura, mas alguns estudos sugerem que, para o Brasil superar o atraso em relação às economias mais desenvolvidas, seriam necessários aportes de pelo menos 5% do PIB por anos a fio. O pacote de concessões, se plenamente implantado, traria cerca de 0,4% do PIB ao ano até 2018, montante que se repetiria na hipótese de conclusão de todos os investimentos em dez anos. Trata-se de pouco mais de 10% dos desembolsos adicionais necessários. Toda caminhada começa com o primeiro passo, diz o ditado. O primeiro passo proposto pelo governo Dilma Rousseff é pequeno, mas simbolicamente importante. Depois das decepções dos últimos anos, é fundamental vencer os desafios e cumprir o cronograma até 2018. Só assim será possível almejar realizações maiores e compatíveis com as demandas do país.
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Ensino a distância em saúde cresce apesar de resistência do setor
A oferta de educação superior a distância na área da saúde está crescendo. Hoje, são pelo menos 60 cursos de graduação credenciados no Ministério da Educação –grande parte criada nos últimos dois anos. E, com a desburocratização da abertura de cursos na modalidade, autorizada pelo MEC, a previsão é de expansão no setor. Em maio, entrou em vigor uma portaria da pasta, publicada em maio, permitindo que o ensino superior a distância seja ofertado sem atividades presenciais. Poderão existir universidades brasileiras 100% virtuais. De um lado, as entidades que representam os profissionais lutam contra. Do outro, instituições de ensino e o MEC defendem a educação a distância como uma ferramenta importante no setor. Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Federação Nacional dos Farmacêuticos, é contra a modalidade. "As tecnologias vendem a ilusão de que é possível transpor barreiras presenciais", afirma. Para Rita Tarcia, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, trata-se de uma transformação de modelo de ensino. "Discutir novos formatos causa inquietação e, no caso da educação a distância, é preciso vivenciar estratégias e recursos didáticos diferentes", diz. Ela acredita que o país avança para um modelo híbrido de educação a distância, e a barreira com os órgãos de classe reside na falta de conhecimento de metodologias. O imbróglio é maior no ensino de enfermagem, que já teve intervenção do Ministério Público e acumula projetos de lei para proibi-lo na modalidade a distância. "Como se exercitar na aquisição de habilidades técnicas, contato humano e outras propostas que somente podem ser adquiridos por meio do ensino presencial cotidiano?", questiona Fabíola de Campos Braga Mattozinho, presidente do Conselho Regional de São Paulo. Henrique do Amaral Luz, 24, é técnico em enfermagem e está no quarto semestre do curso a distância. "Busquei essa opção porque trabalho o dia todo, e o curso presencial mais próximo da minha cidade (Bacaria, RS) fica a 120 km. Não conseguiria conciliar", diz. Ele conta que estuda durante os intervalos de uma rotina de trabalho corrida e frequenta as aulas práticas e presenciais três vezes na semana. "Estou aprendendo e gosto muito do curso. Faço por amor à enfermagem", ressalta. Luz estuda na Unopar, uma das faculdades da Kroton, líder em educação a distância, com 910 polos pelo país. Atualmente, são 4.049 alunos matriculados no curso, criado em 2016. "O aluno que busca a modalidade trabalha e não teria outra condição de formação superior", diz o coordenador do curso de educação física da Unip, Bergson de Almeida Peres. A formação prática, segundo ele, ocorre em laboratórios, nas videoaulas e na interação com os professores. A grade do curso, aberto em 2017, tem 70% da carga horária teórica e 30% presencial. "É um erro achar que os cursos são totalmente virtuais. São semipresenciais." Para o Conselho Federal de Educação Física, é insuficiente. "As disciplinas demandam o uso de ginásios, piscinas, pistas, laboratórios, equipamentos e materiais específicos, recursos humanos especializados e qualificados, além de campos de estágios reais." As entidades federais de profissionais da saúde consideram que as graduações para formar enfermeiros, educadores físicos, farmacêuticos, nutricionistas e dentistas não devem ter mais de 20% carga horária na modalidade. "Existia esse limite. O que irá determinar o percentual agora é a planilha financeira das instituições de ensino", diz o presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Federação Nacional dos Farmacêuticos. As entidades não podem negar habilitação ao graduado em educação a distância e cabe ao MEC autorizar os cursos. De acordo com Henrique Sartori, secretário da pasta responsável pela regulação do ensino superior no MEC, os cursos devem seguir diretrizes curriculares. "Isso significa que a instituição deve atentar aos quantitativos de horas-aula e às ocasiões presenciais", diz. Segundo Sartori, a meta do Plano Nacional de Educação de incluir 50% da população no ensino superior é ambiciosa. "A saúde é importante para educação a distância, tal como as outras áreas. Todas devem acompanhar e modernizar a sua forma e apresentação curricular." EXPERIMENTAÇÃO Para o pesquisador de novas tecnologias José Moran, professor aposentado da USP, os modelos híbridos aplicados na saúde aproveitam o melhor do on-line –fácil acesso a informações, pesquisas e comunicação em plataformas digitais móveis– e do presencial, com atividades práticas supervisionadas. "O problema ocorre quando esse equilíbrio é rompido pela ganância econômica ou falta de qualidade dos cursos, o que acontece com frequência não só na saúde como em outras áreas, como na formação de professores", afirma Moran. Segundo o especialista, as entidades de classe da saúde sempre se posicionaram contra a educação a distância. "A atitude só defensiva é contraproducente. Instituições sérias precisam ser estimuladas a propor cursos de qualidade no modelo híbrido, que utilize laboratórios virtuais, onde podem ser feitas simulações, dissecações com segurança e confiabilidade, integrados com práticas reais em laboratórios físicos e hospitais", afirma. Cada curso precisa experimentar qual é o modelo mais adequado para formar os alunos, diz Moran. "Temos problemas em algumas ofertas na área da saúde a distância que comprometem a formação desses profissionais, assim como os cursos presenciais deficientes, mas isso não valida a atitude puramente defensiva e condenatória das entidades diante de um mundo em que o on-line e a mobilidade avançou vertiginosamente."
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Ensino a distância em saúde cresce apesar de resistência do setorA oferta de educação superior a distância na área da saúde está crescendo. Hoje, são pelo menos 60 cursos de graduação credenciados no Ministério da Educação –grande parte criada nos últimos dois anos. E, com a desburocratização da abertura de cursos na modalidade, autorizada pelo MEC, a previsão é de expansão no setor. Em maio, entrou em vigor uma portaria da pasta, publicada em maio, permitindo que o ensino superior a distância seja ofertado sem atividades presenciais. Poderão existir universidades brasileiras 100% virtuais. De um lado, as entidades que representam os profissionais lutam contra. Do outro, instituições de ensino e o MEC defendem a educação a distância como uma ferramenta importante no setor. Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Federação Nacional dos Farmacêuticos, é contra a modalidade. "As tecnologias vendem a ilusão de que é possível transpor barreiras presenciais", afirma. Para Rita Tarcia, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, trata-se de uma transformação de modelo de ensino. "Discutir novos formatos causa inquietação e, no caso da educação a distância, é preciso vivenciar estratégias e recursos didáticos diferentes", diz. Ela acredita que o país avança para um modelo híbrido de educação a distância, e a barreira com os órgãos de classe reside na falta de conhecimento de metodologias. O imbróglio é maior no ensino de enfermagem, que já teve intervenção do Ministério Público e acumula projetos de lei para proibi-lo na modalidade a distância. "Como se exercitar na aquisição de habilidades técnicas, contato humano e outras propostas que somente podem ser adquiridos por meio do ensino presencial cotidiano?", questiona Fabíola de Campos Braga Mattozinho, presidente do Conselho Regional de São Paulo. Henrique do Amaral Luz, 24, é técnico em enfermagem e está no quarto semestre do curso a distância. "Busquei essa opção porque trabalho o dia todo, e o curso presencial mais próximo da minha cidade (Bacaria, RS) fica a 120 km. Não conseguiria conciliar", diz. Ele conta que estuda durante os intervalos de uma rotina de trabalho corrida e frequenta as aulas práticas e presenciais três vezes na semana. "Estou aprendendo e gosto muito do curso. Faço por amor à enfermagem", ressalta. Luz estuda na Unopar, uma das faculdades da Kroton, líder em educação a distância, com 910 polos pelo país. Atualmente, são 4.049 alunos matriculados no curso, criado em 2016. "O aluno que busca a modalidade trabalha e não teria outra condição de formação superior", diz o coordenador do curso de educação física da Unip, Bergson de Almeida Peres. A formação prática, segundo ele, ocorre em laboratórios, nas videoaulas e na interação com os professores. A grade do curso, aberto em 2017, tem 70% da carga horária teórica e 30% presencial. "É um erro achar que os cursos são totalmente virtuais. São semipresenciais." Para o Conselho Federal de Educação Física, é insuficiente. "As disciplinas demandam o uso de ginásios, piscinas, pistas, laboratórios, equipamentos e materiais específicos, recursos humanos especializados e qualificados, além de campos de estágios reais." As entidades federais de profissionais da saúde consideram que as graduações para formar enfermeiros, educadores físicos, farmacêuticos, nutricionistas e dentistas não devem ter mais de 20% carga horária na modalidade. "Existia esse limite. O que irá determinar o percentual agora é a planilha financeira das instituições de ensino", diz o presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Federação Nacional dos Farmacêuticos. As entidades não podem negar habilitação ao graduado em educação a distância e cabe ao MEC autorizar os cursos. De acordo com Henrique Sartori, secretário da pasta responsável pela regulação do ensino superior no MEC, os cursos devem seguir diretrizes curriculares. "Isso significa que a instituição deve atentar aos quantitativos de horas-aula e às ocasiões presenciais", diz. Segundo Sartori, a meta do Plano Nacional de Educação de incluir 50% da população no ensino superior é ambiciosa. "A saúde é importante para educação a distância, tal como as outras áreas. Todas devem acompanhar e modernizar a sua forma e apresentação curricular." EXPERIMENTAÇÃO Para o pesquisador de novas tecnologias José Moran, professor aposentado da USP, os modelos híbridos aplicados na saúde aproveitam o melhor do on-line –fácil acesso a informações, pesquisas e comunicação em plataformas digitais móveis– e do presencial, com atividades práticas supervisionadas. "O problema ocorre quando esse equilíbrio é rompido pela ganância econômica ou falta de qualidade dos cursos, o que acontece com frequência não só na saúde como em outras áreas, como na formação de professores", afirma Moran. Segundo o especialista, as entidades de classe da saúde sempre se posicionaram contra a educação a distância. "A atitude só defensiva é contraproducente. Instituições sérias precisam ser estimuladas a propor cursos de qualidade no modelo híbrido, que utilize laboratórios virtuais, onde podem ser feitas simulações, dissecações com segurança e confiabilidade, integrados com práticas reais em laboratórios físicos e hospitais", afirma. Cada curso precisa experimentar qual é o modelo mais adequado para formar os alunos, diz Moran. "Temos problemas em algumas ofertas na área da saúde a distância que comprometem a formação desses profissionais, assim como os cursos presenciais deficientes, mas isso não valida a atitude puramente defensiva e condenatória das entidades diante de um mundo em que o on-line e a mobilidade avançou vertiginosamente."
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Número de empresas inidôneas tem alta recorde em 2016, segundo CGU
O número de empresas e pessoas declaradas inidôneas pela CGU (Controladoria-Geral da União) cresceu 27,3% em 2016. A pena para quem entra na lista do órgão é ficar impedido de firmar contratos com a administração pública. Foram mais de 7.000 penalidades, volume que ainda vai aumentar até o última dia do ano, contra uma média histórica de 5.000. Isso acontece quando há fraude detectada na relação comercial com União, Estados, municípios e estatais. Pode ser na fase prévia da licitação, ou, depois, com não entrega de serviço pactuado, produto de qualidade inferior, falta de cumprimento na execução de contrato etc. "Esperávamos aumento porque vemos, no cenário nacional, uma pressão social por combate à corrupção", afirma Antônio Carlos Vasconcellos Nobrega, corregedor-geral da União. O Ministério da Transparência também pressionou Estados e municípios para que eles remetessem à CGU as empresas punidas pelas leis de licitações, anticorrupção ou por legislações estaduais, afirma o controlador. Metade dos que estão na lista de suspensas da CGU infringiram a lei de improbidade administrativa, e cerca de um terço descumpriu normas da da lei das licitações, segundo Nobrega. Outro motivo do aumento é que, durante anos, houve uma cultura de firmar aditivos de contratos, que foi interrompida por conta da crise fiscal, segundo o advogado Modesto Carvalhosa. - Espera para investir A farmacêutica paranaense Prati-Donaduzzi planeja investir R$ 100 milhões para finalizar uma fábrica de medicamentos oncológicos, na qual já foram aportados R$ 140 milhões. "Assim que passar a crise, vamos terminar a planta. O país já começa a se alinhar, mas ainda estamos vulneráveis", afirma Luiz Donaduzzi, sócio-fundador da empresa e atual presidente do conselho. A companhia iniciou a operação de uma unidade fabril neste ano, na qual foram aportados R$ 150 milhões. "Queremos estabilizar o que temos antes de crescer." Com a ampliação das vendas no varejo –que chegaram a 55% de participação no faturamento, cinco pontos percentuais a mais que em 2015– a empresa prevê ampliar sua receita entre 10% e 12% neste ano. A companhia passou por uma profissionalização de sua gestão em 2016, mas Donaduzzi nega a intenção de vender a farmacêutica. Com sua gradual saída do comando da empresa, o executivo passou a se dedicar ao Biopark, um parque tecnológico no Paraná que deverá receber R$ 500 milhões nos próximos cinco anos. R$ 790 milhões foi o faturamento da farmacêutica em 2015 4.300 são os funcionários diretos 12 bilhões de doses terapêuticas são produzidas por ano - Endividamento de brasileiros chega a menor nível desde 2012 O nível de endividamento dos brasileiros chegou, em dezembro, a 56,6% das famílias, o menor patamar desde maio de 2012, segundo a CNC (confederação do comércio). "Apesar de ser um dado positivo, mostra que as compras de Natal serão mais fracas", afirma Bruno Fernandes, economista da entidade. A projeção é uma queda de 4% no desempenho do varejo. A maioria das dívidas (77%) se refere a débitos no cartão de crédito. INADIMPLÊNCIA NO LAR - Famílias endividadas, em % Por conta do parcelamento das compras de fim de ano, o mês de dezembro normalmente apresenta uma alta do índice, diz ele -há um ano, a porcentagem era de 61,1%. A taxa de famílias com contas atrasadas (23%, em dezembro) e aquelas que não têm condições de quitar suas dívidas (8,7%) se manteve estável na comparação anual. O nível de endividamento deverá se manter estável ao menos durante a primeira metade do ano que vem, de acordo com Fernandes. "Pode haver uma virada no segundo semestre, mas ainda é cedo para avaliar." - Porte pequeno, queda grande A queda no faturamento de pequenas indústrias de São Paulo em outubro é mais que o dobro da perda de receita das empresas desse porte, segundo dados Sebrae-SP. Os rendimentos do setor caíram 19% em relação ao mesmo mês de 2015, e, no geral, a diminuição foi de 8,3%. No acumulado do ano, esse é o setor cujo faturamento mais se degradou: 15,4%, contra 12,1% no geral. A área mais industrializada do Estado, o Grande ABC, sentiu o impacto: as empresas de pequeno porte da região tiveram perda de 30% dos rendimentos. Esse foi o 22º resultado negativo consecutivo da série, mas de julho para cá, caminham para uma melhora. - Jeitinho Madeireiro A indústria brasileira enviou um pedido ao governo americano para evitar que a madeira de coníferas importada pelos Estados Unidos passe a ser taxada em 3,2%. Para terem isenção, as exportações devem representar menos de 51% do que é comprado pelos EUA. A regra foi quebrada pelo Brasil em 2016. O principal argumento da Abimci, que apresentou a defesa do setor, é que o limite foi ultrapassado em volume, mas não em valor. A entidade agora aguarda a decisão dos americanos. "Cerca de 95% das exportações brasileiras desse produto vão para os EUA. Além de perder competitividade para Canadá e Chile, não teríamos para onde escoar a produção", diz Paulo Pupo, superintendente da associação. - Moldura... A rede de decoração Moldura Minuto inaugurará unidades próprias na Argentina, México, Colômbia e Chile no ano que vem. ...nacional A empresa considera este o primeiro passo para abrir franquias nesses países. Hoje são 60 lojas no Brasil e três em países vizinhos. - Hora do café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI
colunas
Número de empresas inidôneas tem alta recorde em 2016, segundo CGUO número de empresas e pessoas declaradas inidôneas pela CGU (Controladoria-Geral da União) cresceu 27,3% em 2016. A pena para quem entra na lista do órgão é ficar impedido de firmar contratos com a administração pública. Foram mais de 7.000 penalidades, volume que ainda vai aumentar até o última dia do ano, contra uma média histórica de 5.000. Isso acontece quando há fraude detectada na relação comercial com União, Estados, municípios e estatais. Pode ser na fase prévia da licitação, ou, depois, com não entrega de serviço pactuado, produto de qualidade inferior, falta de cumprimento na execução de contrato etc. "Esperávamos aumento porque vemos, no cenário nacional, uma pressão social por combate à corrupção", afirma Antônio Carlos Vasconcellos Nobrega, corregedor-geral da União. O Ministério da Transparência também pressionou Estados e municípios para que eles remetessem à CGU as empresas punidas pelas leis de licitações, anticorrupção ou por legislações estaduais, afirma o controlador. Metade dos que estão na lista de suspensas da CGU infringiram a lei de improbidade administrativa, e cerca de um terço descumpriu normas da da lei das licitações, segundo Nobrega. Outro motivo do aumento é que, durante anos, houve uma cultura de firmar aditivos de contratos, que foi interrompida por conta da crise fiscal, segundo o advogado Modesto Carvalhosa. - Espera para investir A farmacêutica paranaense Prati-Donaduzzi planeja investir R$ 100 milhões para finalizar uma fábrica de medicamentos oncológicos, na qual já foram aportados R$ 140 milhões. "Assim que passar a crise, vamos terminar a planta. O país já começa a se alinhar, mas ainda estamos vulneráveis", afirma Luiz Donaduzzi, sócio-fundador da empresa e atual presidente do conselho. A companhia iniciou a operação de uma unidade fabril neste ano, na qual foram aportados R$ 150 milhões. "Queremos estabilizar o que temos antes de crescer." Com a ampliação das vendas no varejo –que chegaram a 55% de participação no faturamento, cinco pontos percentuais a mais que em 2015– a empresa prevê ampliar sua receita entre 10% e 12% neste ano. A companhia passou por uma profissionalização de sua gestão em 2016, mas Donaduzzi nega a intenção de vender a farmacêutica. Com sua gradual saída do comando da empresa, o executivo passou a se dedicar ao Biopark, um parque tecnológico no Paraná que deverá receber R$ 500 milhões nos próximos cinco anos. R$ 790 milhões foi o faturamento da farmacêutica em 2015 4.300 são os funcionários diretos 12 bilhões de doses terapêuticas são produzidas por ano - Endividamento de brasileiros chega a menor nível desde 2012 O nível de endividamento dos brasileiros chegou, em dezembro, a 56,6% das famílias, o menor patamar desde maio de 2012, segundo a CNC (confederação do comércio). "Apesar de ser um dado positivo, mostra que as compras de Natal serão mais fracas", afirma Bruno Fernandes, economista da entidade. A projeção é uma queda de 4% no desempenho do varejo. A maioria das dívidas (77%) se refere a débitos no cartão de crédito. INADIMPLÊNCIA NO LAR - Famílias endividadas, em % Por conta do parcelamento das compras de fim de ano, o mês de dezembro normalmente apresenta uma alta do índice, diz ele -há um ano, a porcentagem era de 61,1%. A taxa de famílias com contas atrasadas (23%, em dezembro) e aquelas que não têm condições de quitar suas dívidas (8,7%) se manteve estável na comparação anual. O nível de endividamento deverá se manter estável ao menos durante a primeira metade do ano que vem, de acordo com Fernandes. "Pode haver uma virada no segundo semestre, mas ainda é cedo para avaliar." - Porte pequeno, queda grande A queda no faturamento de pequenas indústrias de São Paulo em outubro é mais que o dobro da perda de receita das empresas desse porte, segundo dados Sebrae-SP. Os rendimentos do setor caíram 19% em relação ao mesmo mês de 2015, e, no geral, a diminuição foi de 8,3%. No acumulado do ano, esse é o setor cujo faturamento mais se degradou: 15,4%, contra 12,1% no geral. A área mais industrializada do Estado, o Grande ABC, sentiu o impacto: as empresas de pequeno porte da região tiveram perda de 30% dos rendimentos. Esse foi o 22º resultado negativo consecutivo da série, mas de julho para cá, caminham para uma melhora. - Jeitinho Madeireiro A indústria brasileira enviou um pedido ao governo americano para evitar que a madeira de coníferas importada pelos Estados Unidos passe a ser taxada em 3,2%. Para terem isenção, as exportações devem representar menos de 51% do que é comprado pelos EUA. A regra foi quebrada pelo Brasil em 2016. O principal argumento da Abimci, que apresentou a defesa do setor, é que o limite foi ultrapassado em volume, mas não em valor. A entidade agora aguarda a decisão dos americanos. "Cerca de 95% das exportações brasileiras desse produto vão para os EUA. Além de perder competitividade para Canadá e Chile, não teríamos para onde escoar a produção", diz Paulo Pupo, superintendente da associação. - Moldura... A rede de decoração Moldura Minuto inaugurará unidades próprias na Argentina, México, Colômbia e Chile no ano que vem. ...nacional A empresa considera este o primeiro passo para abrir franquias nesses países. Hoje são 60 lojas no Brasil e três em países vizinhos. - Hora do café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI
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'Não entramos no presídio para evitar um Carandiru 2', diz secretário do AM
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse nesta segunda-feira (2) que uma entrada da PM no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, durante a rebelião que terminou com a morte de 56 pessoas poderia ter causado um "Carandiru 2". "Não entramos no presídio para evitar um Carandiru 2", disse Sérgio Fontes em entrevista concedida ao UOL. Segundo Fontes, o massacre (o maior em um presídio brasileiro desde o ocorrido no Carandiru) foi organizado por integrantes da facção FDN (Família do Norte), ligada ao CV (Comando Vermelho). Os alvos seriam presos pertencentes a uma outra facção, o PCC (Primeiro Comando da Capital), rival do CV. Fontes, que é policial federal de carreira e há dois anos comanda a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), diz que apesar da morte de 56 presos e da fuga de outros 87 nos últimos dois dias, a situação está "sob controle", mas afirmou temer a reação do PCC. "As retaliações vão vir. Elas vão vir", disse Fontes. Confira a íntegra da entrevista. UOL - O que causou esse massacre? Sérgio Fontes - Esse massacre foi causado por uma disputa de espaço pelo narcotráfico. Na verdade, é isso. É uma grande disputa a nível nacional que vai do Rio de Janeiro, porque a FDN (Família do Norte) é ligada ao CV (Comando Vermelho) e se estende até Roraima, Rondônia, Acre, Maranhão. O Brasil inteiro está com esse problema. De que forma esse conflito chegou às prisões do Amazonas? A FDN tem cerca de 10 anos. A FDN, assim como outras denominações em outros Estados, surgiu da necessidade de ampliar o crime organizado. O CV e o PCC (Primeiro Comando da Capital), na sua disputa por espaço de narcotráfico, espaço financeiro decorrente das rotas, das bocas de fumo para a venda, fizeram suas ramificações nos Estados. A FDN é uma ramificação do CV e essa briga se resume a dinheiro. É uma disputa financeira, só que criminosos disputam dinheiro à bala. O Amazonas é apenas mais um dos Estados que está vivenciando essa questão. Eu lhe digo e isso tem que ser encarado de forma sistêmica. Tem que ser encarado de forma nacional. Qual das duas facções tem mais poder nos presídios do Amazonas? A FDN. Eu diria que tem mais gente, por conseguinte tem mais poder. Pra se ter uma noção de proporção, são quase cinco integrantes da FDN pra cada um do PCC. O senhor afirma que essa situação é sistêmica e nacional, mas houve cortes no orçamento da Segurança Pública do Amazonas em 2016. Em que medida esses cortes contribuíram para o massacre? Afeta, sim, não tenha dúvida nenhuma. Agora, um governo só pode aplicar aquilo que arrecada. Se você está arrecadando pouco em função da crise, não tem como aplicar mais. Agora, os cortes não são o determinante dessa crise. O determinante dessa crise (a escalada da violência por parte das facções) é que ela não está sendo encarada com a gravidade que ela possui. Os Estados sozinhos, quaisquer que sejam os seus orçamentos, não são capazes de fazer frente a essa crise. Qual é o Estado mais rico do Brasil? São Paulo. E São Paulo é o berço do PCC. O PCC está em todas as unidades prisionais de São Paulo. Então não é uma questão de dinheiro. Qual o peso do PCC no Amazonas? É muito pequeno. O problema é que o peso dele em nível nacional é muito grande. Aqui, o PCC está sofrendo perdas, mas em outros Estados eles foram algozes. E nada nos garante que não vai ter retaliação. O pessoal do PCC aqui no Amazonas está em estado de loucura com medo de morrer. E a guerra pode vir para fora. Para as ruas e não só no Amazonas, mas no Brasil todo. O que o senhor quer dizer com isso? O PCC vai retaliar. As retaliações vão vir. Elas vão vir. É como no sistema prisional. Nos últimos dias, 87 presos fugiram de uma unidade prisional e outros 55 foram mortos. A situação saiu do controle? Não. Quando tomamos conhecimento da rebelião, foi feita uma opção. A situação não saiu do controle. Uma facção brigou com a outra dentro do presídio. Qual era a opção do Estado? Fazer um Carandiru 2? Entrar lá e matar todo mundo? Não. O problema é que temos unidades prisionais superlotadas como no Brasil todo. Tivemos 55 mortes no Compaj e 87 fugitivos no Ipat. Desses 87, 40 já foram recuperados. Quase a metade. E até o final da semana, esperamos recuperar todos. A situação está sob nosso controle. Nenhum refém foi morto. Todos foram resgatados. Os que eles queriam matar, mataram logo no começo. O que vamos fazer agora? Vamos responsabilizar quem fez isso e tomar medidas para evitar que outra tragédia como essa se repita. Essa opção à qual o senhor se referiu foi a decisão de a PM não entrar no presídio logo no início da rebelião? Isso. Exatamente. Não entramos no presídio para evitar um Carandiru 2, para evitar uma reação de força. Essa opção não acabou permitindo que mais presos fossem mortos? Não, porque eles não foram mortos ao longo do tempo. Eles foram mortos nos primeiros 15 minutos da rebelião. O objetivo de fazer essa rebelião era matar o pessoal do PCC. Quando a primeira viatura chegou, eles já estavam mortos. A não entrada foi uma opção tática e acho que foi a melhor que a PM poderia ter escolhido. A entrada ali poderia ter sido uma tragédia ainda maior. Considerando que esse massacre possa ter sido resultado de um confronto entre facções que atuam em todo o Brasil, qual a responsabilidade do governo federal nesse episódio? Olha...eu diria que estabelecer responsabilidades é uma coisa muito feia a não ser que as responsabilidades sejam objetivas. Eu disse hoje que todos têm culpa e ninguém tem culpa. O Estado está trabalhando, o governo federal está trabalhando. No que temos culpa é que temos que nos engajar de uma maneira mais eficiente. De maneira mais coordenada. Distribuir com mais racionalidade as atribuições nesse grande enfrentamento que é o tráfico internacional. O que foi negociado com a FDN para que a rebelião acabasse? Absolutamente nada. Não negociamos com bandido. O que eles pediram era o que já iríamos fazer, que era não agredi-los. São medidas que já seriam tomadas em respeito aos direitos humanos. As responsabilidades serão apuradas. E as lideranças irão responder por crime de homicídio. Não teve nenhuma negociação. Dessa rebelião sobrará apenas a dor dos familiares que perderam seus entes queridos. Há indicações de que a ordem tenha saído de lideranças do CV? Ainda estamos levantando isso. O fato é que não conseguimos antecipar essa rebelião. Nós não sabíamos que isso iria ocorrer. A melhor forma de lidar com facções rivais é separá-las em pavilhões diferentes ou em presídios diferentes? Essa estratégia tem um problema. Isso dá hegemonia a uma facção para atuar num presídio. Você deixa ela livre para atuar dentro do presídio. Isso é exatamente o que o crime organizado quer. Ele quer ficar num lugar seguro onde ele possa continuar tocando seus negócios. Não é bom fazer o que eles querem. Agora, num momento como esse, porém, possivelmente, vamos ter que fazer isso até que encontremos uma outra forma de resolver o problema. Qual sua avaliação sobre a capacidade dos Estados de combater a ação dessas facções nacionais? Isolados? É muito pequena. Nossa capacidade crescerá a partir do momento em que atuarmos de forma conjunta. Se a questão fosse dinheiro e recursos, São Paulo tinha resolvido esse problema. E ao contrário: hoje, o PCC irradia suas ações para outros Estados. O senhor teme o impacto das ações do PCC? Sim. Claro. Como gestor de segurança pública eu tenho obrigação de temer e me antecipar. Temos um comitê gestor para atuarmos de forma integrada. Esse massacre era realmente imprevisível? Não tenho dúvida. Não era previsível. Tínhamos estimativas de que alguma coisa poderia ocorrer, mas em pequena escala. Mas não nessa escala. Várias tentativas de rebelião foram interrompidas antes dessa. Essa, infelizmente, não foi.
cotidiano
'Não entramos no presídio para evitar um Carandiru 2', diz secretário do AMO secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse nesta segunda-feira (2) que uma entrada da PM no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, durante a rebelião que terminou com a morte de 56 pessoas poderia ter causado um "Carandiru 2". "Não entramos no presídio para evitar um Carandiru 2", disse Sérgio Fontes em entrevista concedida ao UOL. Segundo Fontes, o massacre (o maior em um presídio brasileiro desde o ocorrido no Carandiru) foi organizado por integrantes da facção FDN (Família do Norte), ligada ao CV (Comando Vermelho). Os alvos seriam presos pertencentes a uma outra facção, o PCC (Primeiro Comando da Capital), rival do CV. Fontes, que é policial federal de carreira e há dois anos comanda a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), diz que apesar da morte de 56 presos e da fuga de outros 87 nos últimos dois dias, a situação está "sob controle", mas afirmou temer a reação do PCC. "As retaliações vão vir. Elas vão vir", disse Fontes. Confira a íntegra da entrevista. UOL - O que causou esse massacre? Sérgio Fontes - Esse massacre foi causado por uma disputa de espaço pelo narcotráfico. Na verdade, é isso. É uma grande disputa a nível nacional que vai do Rio de Janeiro, porque a FDN (Família do Norte) é ligada ao CV (Comando Vermelho) e se estende até Roraima, Rondônia, Acre, Maranhão. O Brasil inteiro está com esse problema. De que forma esse conflito chegou às prisões do Amazonas? A FDN tem cerca de 10 anos. A FDN, assim como outras denominações em outros Estados, surgiu da necessidade de ampliar o crime organizado. O CV e o PCC (Primeiro Comando da Capital), na sua disputa por espaço de narcotráfico, espaço financeiro decorrente das rotas, das bocas de fumo para a venda, fizeram suas ramificações nos Estados. A FDN é uma ramificação do CV e essa briga se resume a dinheiro. É uma disputa financeira, só que criminosos disputam dinheiro à bala. O Amazonas é apenas mais um dos Estados que está vivenciando essa questão. Eu lhe digo e isso tem que ser encarado de forma sistêmica. Tem que ser encarado de forma nacional. Qual das duas facções tem mais poder nos presídios do Amazonas? A FDN. Eu diria que tem mais gente, por conseguinte tem mais poder. Pra se ter uma noção de proporção, são quase cinco integrantes da FDN pra cada um do PCC. O senhor afirma que essa situação é sistêmica e nacional, mas houve cortes no orçamento da Segurança Pública do Amazonas em 2016. Em que medida esses cortes contribuíram para o massacre? Afeta, sim, não tenha dúvida nenhuma. Agora, um governo só pode aplicar aquilo que arrecada. Se você está arrecadando pouco em função da crise, não tem como aplicar mais. Agora, os cortes não são o determinante dessa crise. O determinante dessa crise (a escalada da violência por parte das facções) é que ela não está sendo encarada com a gravidade que ela possui. Os Estados sozinhos, quaisquer que sejam os seus orçamentos, não são capazes de fazer frente a essa crise. Qual é o Estado mais rico do Brasil? São Paulo. E São Paulo é o berço do PCC. O PCC está em todas as unidades prisionais de São Paulo. Então não é uma questão de dinheiro. Qual o peso do PCC no Amazonas? É muito pequeno. O problema é que o peso dele em nível nacional é muito grande. Aqui, o PCC está sofrendo perdas, mas em outros Estados eles foram algozes. E nada nos garante que não vai ter retaliação. O pessoal do PCC aqui no Amazonas está em estado de loucura com medo de morrer. E a guerra pode vir para fora. Para as ruas e não só no Amazonas, mas no Brasil todo. O que o senhor quer dizer com isso? O PCC vai retaliar. As retaliações vão vir. Elas vão vir. É como no sistema prisional. Nos últimos dias, 87 presos fugiram de uma unidade prisional e outros 55 foram mortos. A situação saiu do controle? Não. Quando tomamos conhecimento da rebelião, foi feita uma opção. A situação não saiu do controle. Uma facção brigou com a outra dentro do presídio. Qual era a opção do Estado? Fazer um Carandiru 2? Entrar lá e matar todo mundo? Não. O problema é que temos unidades prisionais superlotadas como no Brasil todo. Tivemos 55 mortes no Compaj e 87 fugitivos no Ipat. Desses 87, 40 já foram recuperados. Quase a metade. E até o final da semana, esperamos recuperar todos. A situação está sob nosso controle. Nenhum refém foi morto. Todos foram resgatados. Os que eles queriam matar, mataram logo no começo. O que vamos fazer agora? Vamos responsabilizar quem fez isso e tomar medidas para evitar que outra tragédia como essa se repita. Essa opção à qual o senhor se referiu foi a decisão de a PM não entrar no presídio logo no início da rebelião? Isso. Exatamente. Não entramos no presídio para evitar um Carandiru 2, para evitar uma reação de força. Essa opção não acabou permitindo que mais presos fossem mortos? Não, porque eles não foram mortos ao longo do tempo. Eles foram mortos nos primeiros 15 minutos da rebelião. O objetivo de fazer essa rebelião era matar o pessoal do PCC. Quando a primeira viatura chegou, eles já estavam mortos. A não entrada foi uma opção tática e acho que foi a melhor que a PM poderia ter escolhido. A entrada ali poderia ter sido uma tragédia ainda maior. Considerando que esse massacre possa ter sido resultado de um confronto entre facções que atuam em todo o Brasil, qual a responsabilidade do governo federal nesse episódio? Olha...eu diria que estabelecer responsabilidades é uma coisa muito feia a não ser que as responsabilidades sejam objetivas. Eu disse hoje que todos têm culpa e ninguém tem culpa. O Estado está trabalhando, o governo federal está trabalhando. No que temos culpa é que temos que nos engajar de uma maneira mais eficiente. De maneira mais coordenada. Distribuir com mais racionalidade as atribuições nesse grande enfrentamento que é o tráfico internacional. O que foi negociado com a FDN para que a rebelião acabasse? Absolutamente nada. Não negociamos com bandido. O que eles pediram era o que já iríamos fazer, que era não agredi-los. São medidas que já seriam tomadas em respeito aos direitos humanos. As responsabilidades serão apuradas. E as lideranças irão responder por crime de homicídio. Não teve nenhuma negociação. Dessa rebelião sobrará apenas a dor dos familiares que perderam seus entes queridos. Há indicações de que a ordem tenha saído de lideranças do CV? Ainda estamos levantando isso. O fato é que não conseguimos antecipar essa rebelião. Nós não sabíamos que isso iria ocorrer. A melhor forma de lidar com facções rivais é separá-las em pavilhões diferentes ou em presídios diferentes? Essa estratégia tem um problema. Isso dá hegemonia a uma facção para atuar num presídio. Você deixa ela livre para atuar dentro do presídio. Isso é exatamente o que o crime organizado quer. Ele quer ficar num lugar seguro onde ele possa continuar tocando seus negócios. Não é bom fazer o que eles querem. Agora, num momento como esse, porém, possivelmente, vamos ter que fazer isso até que encontremos uma outra forma de resolver o problema. Qual sua avaliação sobre a capacidade dos Estados de combater a ação dessas facções nacionais? Isolados? É muito pequena. Nossa capacidade crescerá a partir do momento em que atuarmos de forma conjunta. Se a questão fosse dinheiro e recursos, São Paulo tinha resolvido esse problema. E ao contrário: hoje, o PCC irradia suas ações para outros Estados. O senhor teme o impacto das ações do PCC? Sim. Claro. Como gestor de segurança pública eu tenho obrigação de temer e me antecipar. Temos um comitê gestor para atuarmos de forma integrada. Esse massacre era realmente imprevisível? Não tenho dúvida. Não era previsível. Tínhamos estimativas de que alguma coisa poderia ocorrer, mas em pequena escala. Mas não nessa escala. Várias tentativas de rebelião foram interrompidas antes dessa. Essa, infelizmente, não foi.
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Governo não fala sobre desmatamento no Cantareira, diz leitora
Sobre o martírio vivido em São Paulo pela escassez de água, espanta-me o fato de que o governo do Estado não tenha ainda dito uma palavra sobre o reflorestamento das cercanias das bacias de captação do sistema Cantareira. Sem área verde para proteger os mananciais, não há como preservá-los. E, agora, o prefeito de São Paulo quer construir casas populares em áreas de nascentes da represa Billings. É surreal. Bendita Justiça, que barrou essa insensatez. ("Justiça suspende construção de casas populares próxima à represa Billings" ) LUIZA NAGIB ELUF, advogada e presidente do Instituto de Águas do Brasil - INAGUAS (São Paulo, SP) * Textos sobre a água e as formas como lidamos com ela estão na categoria do "é sempre bom lembrar". Em "Nada cai do céu", o meteorologista Carlos Magno faz justamente isso, uma vez que traça um retrospecto recente da questão da água e termina, mais uma vez, alertando "nossas autoridades" sobre o grave problema. LUÍS CÉSAR SCHIAVETTO, professor (Poços de Caldas, MG) * Se com os vários e extensos relatórios dos Comitês de Bacias Hidrográficas alertando para a necessidade da cobertura vegetal como instrumento para preservação das nascentes e produção de água, o governo estadual até aqui nada fez, é ingênuo acreditar que agora tomaria uma postura mais técnica e menos política, como deseja o editorial "Como plantar água". Após o aparelhamento dos órgãos de gestão dos recursos hídricos, esses estudos técnicos foram engavetados, gestores mais engajados substituídos e a participação da chamada sociedade civil ficou restrita à mera homologação das decisões superiores. Contratar uma obra de transposição é muito mais visível - e possui muito mais 'recursos' envolvidos que o plantio de mudas. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Governo não fala sobre desmatamento no Cantareira, diz leitoraSobre o martírio vivido em São Paulo pela escassez de água, espanta-me o fato de que o governo do Estado não tenha ainda dito uma palavra sobre o reflorestamento das cercanias das bacias de captação do sistema Cantareira. Sem área verde para proteger os mananciais, não há como preservá-los. E, agora, o prefeito de São Paulo quer construir casas populares em áreas de nascentes da represa Billings. É surreal. Bendita Justiça, que barrou essa insensatez. ("Justiça suspende construção de casas populares próxima à represa Billings" ) LUIZA NAGIB ELUF, advogada e presidente do Instituto de Águas do Brasil - INAGUAS (São Paulo, SP) * Textos sobre a água e as formas como lidamos com ela estão na categoria do "é sempre bom lembrar". Em "Nada cai do céu", o meteorologista Carlos Magno faz justamente isso, uma vez que traça um retrospecto recente da questão da água e termina, mais uma vez, alertando "nossas autoridades" sobre o grave problema. LUÍS CÉSAR SCHIAVETTO, professor (Poços de Caldas, MG) * Se com os vários e extensos relatórios dos Comitês de Bacias Hidrográficas alertando para a necessidade da cobertura vegetal como instrumento para preservação das nascentes e produção de água, o governo estadual até aqui nada fez, é ingênuo acreditar que agora tomaria uma postura mais técnica e menos política, como deseja o editorial "Como plantar água". Após o aparelhamento dos órgãos de gestão dos recursos hídricos, esses estudos técnicos foram engavetados, gestores mais engajados substituídos e a participação da chamada sociedade civil ficou restrita à mera homologação das decisões superiores. Contratar uma obra de transposição é muito mais visível - e possui muito mais 'recursos' envolvidos que o plantio de mudas. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor escreve sobre o escândalo do petrolão
A Velhinha de Taubaté acompanha os fatos. Ela tem comprado chocolate Prestígio, sorvete Kibon e Polenguinho. E não percebe que o tamanho dos produtos encolheu. O Polenguinho avisa que teve redução de peso, mas omite que não houve redução de preço. A Velhinha acredita que a corrupção só existe na Petrobras. Ela confia muito nas outras firmas, como BNDES e Eletrobras. Enquanto isso, ela continua comprando suas guloseimas. Uri Blankfeld (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor escreve sobre o escândalo do petrolãoA Velhinha de Taubaté acompanha os fatos. Ela tem comprado chocolate Prestígio, sorvete Kibon e Polenguinho. E não percebe que o tamanho dos produtos encolheu. O Polenguinho avisa que teve redução de peso, mas omite que não houve redução de preço. A Velhinha acredita que a corrupção só existe na Petrobras. Ela confia muito nas outras firmas, como BNDES e Eletrobras. Enquanto isso, ela continua comprando suas guloseimas. Uri Blankfeld (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Arqueólogos espanhóis descobrem múmia intacta no Egito
O Ministério de Antiguidades anunciou neste domingo (13) que arqueólogos espanhóis descobriram uma múmia faraônica milenar em bom estado numa tumba perto de Luxor, no sul do Egito. A descoberta aconteceu perto de um templo construído pelo faraó da dinastia 18, Tutmés III (1479-1425 a.C.), no leste de Luxor, um museu a céu aberto a 700 km do Cairo. Segundo comunicado no Ministério, "a múmia, muito bela, coberta por camadas de linho engessadas, está em ótimo estado". Ela foi encontrada em um sarcófago de madeira de cores vivas, em uma tumba que poderia ser do Terceiro Período Intermediário (1075 a 664 a.C.) e cujo proprietário seria um homem da nobreza, Amenrenef, que leva o título de "servidor da casa real", segundo o texto. Luxor, cidade de 500 mil habitantes no sul do Egito, é famosa por seus templos faraônicos às margens do rio Nilo.
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Arqueólogos espanhóis descobrem múmia intacta no EgitoO Ministério de Antiguidades anunciou neste domingo (13) que arqueólogos espanhóis descobriram uma múmia faraônica milenar em bom estado numa tumba perto de Luxor, no sul do Egito. A descoberta aconteceu perto de um templo construído pelo faraó da dinastia 18, Tutmés III (1479-1425 a.C.), no leste de Luxor, um museu a céu aberto a 700 km do Cairo. Segundo comunicado no Ministério, "a múmia, muito bela, coberta por camadas de linho engessadas, está em ótimo estado". Ela foi encontrada em um sarcófago de madeira de cores vivas, em uma tumba que poderia ser do Terceiro Período Intermediário (1075 a 664 a.C.) e cujo proprietário seria um homem da nobreza, Amenrenef, que leva o título de "servidor da casa real", segundo o texto. Luxor, cidade de 500 mil habitantes no sul do Egito, é famosa por seus templos faraônicos às margens do rio Nilo.
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Indústria recua em 5 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em janeiro
A produção industrial recuou em cinco dos 14 locais pesquisados em janeiro em relação a dezembro, informou o IBGE nesta terça-feira (14). No país, a queda foi de 0,1% na mesma base comparativa. Na comparação com janeiro de 2016, houve crescimento em 12 dos 15 locais pesquisados. Em 12 meses, a indústria como um todo ainda tem desempenho negativo e recua em 14 dos 15 locais sondados pelo IBGE. A maior queda na base mensal foi registrada pela Bahia (-4,3%). No Ceará, a produção caiu 3,4%, e no Rio Grande do Sul o recuo foi de 3,1%. Os três locais haviam tido crescimento em dezembro. Já na ponta contrária, Espírito Santo (4,1%), Pará (2,4%), Goiás (2,4%) e Pernambuco (2,1%) tiveram as maiores expansões mensais. Produção industrial regional - Em % Quando o recorte é em relação a janeiro de 2016, Pernambuco (14,1%), Espírito Santo (13,4%) e Mato Grosso (13,3%) lideraram o crescimento da produção industrial regional. Pernambuco se beneficiou da expansão dos setores de produtos alimentícios, enquanto a alta no Espírito Santo foi resultado do crescimento em metalurgia e da indústria extrativa. No Mato Grosso, produtos alimentícios também impulsionaram o crescimento da produção. No Brasil, a indústria cresceu 1,4% na comparação com janeiro de 2016. A maior queda em janeiro foi registrada pela Bahia, com recuo de 15,5%, devido à retração dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. No local houve queda também em veículos automotores, reboques e carrocerias, metalurgia e de indústrias extrativas. A produção caiu ainda em Rio Grande do Sul (-4,1%) e na região Nordeste (-2,9%).
mercado
Indústria recua em 5 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em janeiroA produção industrial recuou em cinco dos 14 locais pesquisados em janeiro em relação a dezembro, informou o IBGE nesta terça-feira (14). No país, a queda foi de 0,1% na mesma base comparativa. Na comparação com janeiro de 2016, houve crescimento em 12 dos 15 locais pesquisados. Em 12 meses, a indústria como um todo ainda tem desempenho negativo e recua em 14 dos 15 locais sondados pelo IBGE. A maior queda na base mensal foi registrada pela Bahia (-4,3%). No Ceará, a produção caiu 3,4%, e no Rio Grande do Sul o recuo foi de 3,1%. Os três locais haviam tido crescimento em dezembro. Já na ponta contrária, Espírito Santo (4,1%), Pará (2,4%), Goiás (2,4%) e Pernambuco (2,1%) tiveram as maiores expansões mensais. Produção industrial regional - Em % Quando o recorte é em relação a janeiro de 2016, Pernambuco (14,1%), Espírito Santo (13,4%) e Mato Grosso (13,3%) lideraram o crescimento da produção industrial regional. Pernambuco se beneficiou da expansão dos setores de produtos alimentícios, enquanto a alta no Espírito Santo foi resultado do crescimento em metalurgia e da indústria extrativa. No Mato Grosso, produtos alimentícios também impulsionaram o crescimento da produção. No Brasil, a indústria cresceu 1,4% na comparação com janeiro de 2016. A maior queda em janeiro foi registrada pela Bahia, com recuo de 15,5%, devido à retração dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. No local houve queda também em veículos automotores, reboques e carrocerias, metalurgia e de indústrias extrativas. A produção caiu ainda em Rio Grande do Sul (-4,1%) e na região Nordeste (-2,9%).
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Fotos pré-casamento em pontos turísticos de Paris vira moda entre noivos chineses
Tradicionalmente, casais da China tiram fotos de casamento muito antes da cerimônia. Agora, com o poder aquisitivo aumentando entre os jovens, eles estão seguindo a tradição bem longe de casa: na capital francesa. Ao pé da Catedral de Notre Dame, em Paris, Wang e Xiao olham nos olhos uns dos outros, enquanto posam de mãos dadas para dois fotógrafos. O casal chinês, que se casará no próximo ano na China, está usando roupas de casamento tipicamente ocidentais. Poucos metros da catedral, ao longo da margem do rio Sena, mais dois casais chineses estão sendo fotografados em trajes de casamento, enquanto um quarto par espera que o local da imagem perfeita seja desocupado. "Nós vamos mostrar as fotos no dia do nosso casamento", diz a jovem de 25 anos Xiao, que segura um buquê branco em sua mão, enquanto turistas em um dos muitos barcos no Sena aplaudem e brindam ao passar pelo casal. "É minha primeira vez aqui, é muito emocionante. Temos tirado bastantes fotos. E a comida é boa", completa a noiva. CIDADE DO AMOR Com o aumento do poder aquisitivo, muitos jovens chineses estão indo para Paris para realizar uma tradição nacional: a de tirar fotos com antecedência para serem exibidas no dia do matrimônio. A indústria em volta da tendência está apostando na reputação de cidade romântica da capital francesa. "[Paris] é muito famosa por ser uma cidade romântica e, ao mesmo tempo, nós podemos fazer compras", diz Wang, um empresário de 31 anos. Casais chineses em trajes de casamento se tornaram bastante comuns nos arredores da Torre Eiffel, da Catedral de Notre Dame e nas pontes ao longo do rio Sena, tornando-se quase uma atração turística em si. Wang e Xiao fazem parte de um boom turístico chinês à França, que passou de 420 mil visitas, em 2006, para mais de 1,7 milhão, no ano passado. Números que as autoridades chinesas de turismo esperam conseguir proteger do potencial impacto que a queda da moeda chinesa das últimas semanas possa causar. O quesito compras, mencionado por Wang, também ostenta números respeitáveis: em 2014, os turistas chineses gastaram em média 3.400 euros durante uma visita à França, incluindo mil euros somente em compras, segundo dados do governo francês. Lu Xin, um jovem de 26 anos, que está se preparando para voltar à China depois de estudar por quatro anos em Paris, também decidiu tirar fotografias pré-matrimoniais com sua futura mulher. "Tenho tantas lembranças da minha juventude aqui. Conheci a minha noiva aqui em Paris. Por isso foi muito importante para nós tirarmos fotos de casamento aqui, para nos lembrarmos de tudo isso", disse. Enquanto ilhas gregas e Praga também atraem casais chineses, Paris entrou ainda mais nada moda para jovens chineses depois de fotografias do casamento do ator chinês Sun Honglei terem sido publicadas no ano passado. Elas foram, obviamente, tiradas na capital francesa. E a prática se espalhou para além da China. Casais de origem ocidental também têm sido vistos posando para fotografias em trajes matrimoniais nos arredores de atrações turísticas de Paris. Assim como de outros países asiáticos. "Nós estivemos aqui antes, e decidimos voltar para tirar as nossas fotos de casamento porque é tão romântico aqui", diz Tuan, um jovem de 26 anos do Vietnã, enquanto espera para ser fotografado ao lado de sua noiva Chen, ao longo do Sena.
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Fotos pré-casamento em pontos turísticos de Paris vira moda entre noivos chinesesTradicionalmente, casais da China tiram fotos de casamento muito antes da cerimônia. Agora, com o poder aquisitivo aumentando entre os jovens, eles estão seguindo a tradição bem longe de casa: na capital francesa. Ao pé da Catedral de Notre Dame, em Paris, Wang e Xiao olham nos olhos uns dos outros, enquanto posam de mãos dadas para dois fotógrafos. O casal chinês, que se casará no próximo ano na China, está usando roupas de casamento tipicamente ocidentais. Poucos metros da catedral, ao longo da margem do rio Sena, mais dois casais chineses estão sendo fotografados em trajes de casamento, enquanto um quarto par espera que o local da imagem perfeita seja desocupado. "Nós vamos mostrar as fotos no dia do nosso casamento", diz a jovem de 25 anos Xiao, que segura um buquê branco em sua mão, enquanto turistas em um dos muitos barcos no Sena aplaudem e brindam ao passar pelo casal. "É minha primeira vez aqui, é muito emocionante. Temos tirado bastantes fotos. E a comida é boa", completa a noiva. CIDADE DO AMOR Com o aumento do poder aquisitivo, muitos jovens chineses estão indo para Paris para realizar uma tradição nacional: a de tirar fotos com antecedência para serem exibidas no dia do matrimônio. A indústria em volta da tendência está apostando na reputação de cidade romântica da capital francesa. "[Paris] é muito famosa por ser uma cidade romântica e, ao mesmo tempo, nós podemos fazer compras", diz Wang, um empresário de 31 anos. Casais chineses em trajes de casamento se tornaram bastante comuns nos arredores da Torre Eiffel, da Catedral de Notre Dame e nas pontes ao longo do rio Sena, tornando-se quase uma atração turística em si. Wang e Xiao fazem parte de um boom turístico chinês à França, que passou de 420 mil visitas, em 2006, para mais de 1,7 milhão, no ano passado. Números que as autoridades chinesas de turismo esperam conseguir proteger do potencial impacto que a queda da moeda chinesa das últimas semanas possa causar. O quesito compras, mencionado por Wang, também ostenta números respeitáveis: em 2014, os turistas chineses gastaram em média 3.400 euros durante uma visita à França, incluindo mil euros somente em compras, segundo dados do governo francês. Lu Xin, um jovem de 26 anos, que está se preparando para voltar à China depois de estudar por quatro anos em Paris, também decidiu tirar fotografias pré-matrimoniais com sua futura mulher. "Tenho tantas lembranças da minha juventude aqui. Conheci a minha noiva aqui em Paris. Por isso foi muito importante para nós tirarmos fotos de casamento aqui, para nos lembrarmos de tudo isso", disse. Enquanto ilhas gregas e Praga também atraem casais chineses, Paris entrou ainda mais nada moda para jovens chineses depois de fotografias do casamento do ator chinês Sun Honglei terem sido publicadas no ano passado. Elas foram, obviamente, tiradas na capital francesa. E a prática se espalhou para além da China. Casais de origem ocidental também têm sido vistos posando para fotografias em trajes matrimoniais nos arredores de atrações turísticas de Paris. Assim como de outros países asiáticos. "Nós estivemos aqui antes, e decidimos voltar para tirar as nossas fotos de casamento porque é tão romântico aqui", diz Tuan, um jovem de 26 anos do Vietnã, enquanto espera para ser fotografado ao lado de sua noiva Chen, ao longo do Sena.
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Se acerta como retrato, 'Sob Pressão' falha como cinema
O maior mérito de "Sob Pressão", novo longa de Andrucha Waddington, é que passa depressa, tamanho o drama e a tensão do que vemos na tela. Há certa habilidade na narração, na condução dos atores e na fidelidade ao que promete o título. Júlio Andrade é Evandro, cirurgião que trabalha num hospital público do Rio e comanda a unidade que recebe vítimas da guerra do tráfico. Como o movimento é intenso e ele é obcecado em salvar vidas, acaba recorrendo a drogas para se manter acordado. Por essas e outras, a unidade não é bem vista pela diretora do hospital, Ana Lúcia (Andrea Beltrão), mas é defendida pelo administrador Samuel (Stepan Nercessian). Evandro conta com a ajuda do velho amigo Paulo (Ícaro Silva) e de uma nova cirurgiã, Carolina (Marjorie Estiano). O filme se apoia em inúmeros clichês, quase sempre usados sem muita imaginação. Emprega-se o atalho sem que este leve a algum lugar, ou ao menos promova um enriquecimento da trama. Como outros recursos, clichês podem ser bem ou mal usados. Ma o filme dá a ideia de que recorrer a eles é o único caminho para se chegar ao grande público. Não é. O clichê usado simplesmente como muleta não engana mais ninguém. É necessário partir do clichê para chegar a algo diferente, e essa segunda operação está ausente em "Sob Pressão". Na ideia que rege o filme, é necessário, por exemplo, que exista um romance. Como Evandro, o protagonista, é quase um zumbi, o romance acontece entre Paulo e Carolina, levando a uma cena de sexo igual às de milhares de outros filmes. É assim que acompanhamos um dia de trabalho num hospital público. Como retrato da falência do Rio de Janeiro e da saúde pública, o filme vai até bem. Como cinema, é um amontoado de situações dramáticas já muito (e melhor) vistas. SOB PRESSÃO DIREÇÃO Andrucha Waddington ELENCO Júlio Andrade, Andréa Beltrão, Stepan Nercessian PRODUÇÃO Brasil, 2016
ilustrada
Se acerta como retrato, 'Sob Pressão' falha como cinemaO maior mérito de "Sob Pressão", novo longa de Andrucha Waddington, é que passa depressa, tamanho o drama e a tensão do que vemos na tela. Há certa habilidade na narração, na condução dos atores e na fidelidade ao que promete o título. Júlio Andrade é Evandro, cirurgião que trabalha num hospital público do Rio e comanda a unidade que recebe vítimas da guerra do tráfico. Como o movimento é intenso e ele é obcecado em salvar vidas, acaba recorrendo a drogas para se manter acordado. Por essas e outras, a unidade não é bem vista pela diretora do hospital, Ana Lúcia (Andrea Beltrão), mas é defendida pelo administrador Samuel (Stepan Nercessian). Evandro conta com a ajuda do velho amigo Paulo (Ícaro Silva) e de uma nova cirurgiã, Carolina (Marjorie Estiano). O filme se apoia em inúmeros clichês, quase sempre usados sem muita imaginação. Emprega-se o atalho sem que este leve a algum lugar, ou ao menos promova um enriquecimento da trama. Como outros recursos, clichês podem ser bem ou mal usados. Ma o filme dá a ideia de que recorrer a eles é o único caminho para se chegar ao grande público. Não é. O clichê usado simplesmente como muleta não engana mais ninguém. É necessário partir do clichê para chegar a algo diferente, e essa segunda operação está ausente em "Sob Pressão". Na ideia que rege o filme, é necessário, por exemplo, que exista um romance. Como Evandro, o protagonista, é quase um zumbi, o romance acontece entre Paulo e Carolina, levando a uma cena de sexo igual às de milhares de outros filmes. É assim que acompanhamos um dia de trabalho num hospital público. Como retrato da falência do Rio de Janeiro e da saúde pública, o filme vai até bem. Como cinema, é um amontoado de situações dramáticas já muito (e melhor) vistas. SOB PRESSÃO DIREÇÃO Andrucha Waddington ELENCO Júlio Andrade, Andréa Beltrão, Stepan Nercessian PRODUÇÃO Brasil, 2016
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Em meio à incerteza quanto aos EUA, negociações sobre clima retornarão
O Acordo de Paris sobre o clima exige uma cooperação inédita entre 196 países cujas regras estarão no centro das negociações de Bonn a partir de segunda-feira (8), enquanto os Estados Unidos ameaçam se retirar deste pacto que busca limitar o aquecimento do planeta. "Temos que começar a definir de maneira operativa as disposições do Acordo de Paris" antes da 23ª Conferência das Partes (COP23), que será presidida por Fiji e se realizará em Bonn no final de 2017, explica David Levaï, pesquisador do Instituto de desenvolvimento sustentável e de relações internacionais (Iddri). No final de 2015 em Paris, 195 países e a União Europeia (UE) conseguiram fechar um acordo para combater o aquecimento global, o que implica –entre outras medidas– uma transição energética radical que substitua as energias fósseis (carvão, petróleo, gás). A Palestina se uniu depois à Convenção do clima da ONU. Em Marrakech, na COP22 de novembro passado, os negociadores ficaram abalados com a eleição do cético das mudanças climáticas Donald Trump nos Estados Unidos, mas demonstraram solidariedade e determinação para prosseguir com seus esforços. Desde então, Washington não deixou claro se quer ou não sair do Acordo de Paris, mas começou a desmantelar a política ambiental impulsada pelo ex-presidente Barack Obama. A Casa Branca deve anunciar suas intenções no final de maio. O próximo G20, no início de julho na Alemanha, também servirá de "esclarecimento", diz Laurence Tubiana, ex-negociadora francesa, para saber se o clima continua no topo da agenda dos países mais poderosos. Os membros do G20 representam cerca de três quartos das emissões mundiais de gases do efeito estufa. A reunião de Bonn (entre 8 e 18 de maio) ia ser "muito técnica", mas "a especulação sobre a posição de Washington figura no topo das nossas preocupações", diz à AFP Thoriq Ibrahim, ministro do Ambiente das Maldivas, em nome dos pequenos Estados insulares. Além da sua vontade de apoiar a exploração de energias fósseis, Trump prevê deixar de financiar o Fundo verde para o clima, a Convenção do clima da ONU (que supervisiona as negociações) e o Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (Giec). CONTEXTO DIFÍCIL Apesar dos maus sinais enviados pela administração americana, alguns opinam que as negociações poderão avançar. "Os Estados Unidos de Barack Obama nos ajudaram muito a construir o Acordo de Paris, mas o futuro do planeta não está só nas suas costas", afirma Laurence Tubiana, aludindo aos grandes países emergentes, como a China (maior poluidor do planeta), Índia (4º maior poluidor do planeta) e Brasil. No entanto, a situação atual cria "um contexto difícil", diz Paula Caballero, do World resources institute, com sede em Washington, já que "agora a liderança [para uma ação em favor do clima] está muito difusa". Para que o Acordo de Paris possa ser plenamente aplicado a partir de 2020, várias disposições devem ser aprofundadas. Que informações os países deverão publicar sobre sua política climática? Que tipos de projetos estão incluídos na contabilidade dos financiamentos do clima? Os países têm até a COP24, na Polônia em 2018, para redigir uma espécie de manual ("livro de regras") sobre o Acordo de Paris. Até lá, deverão decidir de que forma farão um pré-balanço em 2018, de caráter voluntário e chamado "diálogo facilitador". Trata-se de saber que informações deverão ser dadas e com que finalidade. Esta nova reunião foi agendada porque os cientistas consideram que os compromissos dos países adotados antes da COP21 implicarão em um aumento médio da temperatura global de 3°C em relação à era industrial, e que as emissões devem ser reduzidas o mais rápido possível para que a subida da temperatura fique abaixo de 2°C, um nível que já traria enormes alterações em grande escala.
ambiente
Em meio à incerteza quanto aos EUA, negociações sobre clima retornarãoO Acordo de Paris sobre o clima exige uma cooperação inédita entre 196 países cujas regras estarão no centro das negociações de Bonn a partir de segunda-feira (8), enquanto os Estados Unidos ameaçam se retirar deste pacto que busca limitar o aquecimento do planeta. "Temos que começar a definir de maneira operativa as disposições do Acordo de Paris" antes da 23ª Conferência das Partes (COP23), que será presidida por Fiji e se realizará em Bonn no final de 2017, explica David Levaï, pesquisador do Instituto de desenvolvimento sustentável e de relações internacionais (Iddri). No final de 2015 em Paris, 195 países e a União Europeia (UE) conseguiram fechar um acordo para combater o aquecimento global, o que implica –entre outras medidas– uma transição energética radical que substitua as energias fósseis (carvão, petróleo, gás). A Palestina se uniu depois à Convenção do clima da ONU. Em Marrakech, na COP22 de novembro passado, os negociadores ficaram abalados com a eleição do cético das mudanças climáticas Donald Trump nos Estados Unidos, mas demonstraram solidariedade e determinação para prosseguir com seus esforços. Desde então, Washington não deixou claro se quer ou não sair do Acordo de Paris, mas começou a desmantelar a política ambiental impulsada pelo ex-presidente Barack Obama. A Casa Branca deve anunciar suas intenções no final de maio. O próximo G20, no início de julho na Alemanha, também servirá de "esclarecimento", diz Laurence Tubiana, ex-negociadora francesa, para saber se o clima continua no topo da agenda dos países mais poderosos. Os membros do G20 representam cerca de três quartos das emissões mundiais de gases do efeito estufa. A reunião de Bonn (entre 8 e 18 de maio) ia ser "muito técnica", mas "a especulação sobre a posição de Washington figura no topo das nossas preocupações", diz à AFP Thoriq Ibrahim, ministro do Ambiente das Maldivas, em nome dos pequenos Estados insulares. Além da sua vontade de apoiar a exploração de energias fósseis, Trump prevê deixar de financiar o Fundo verde para o clima, a Convenção do clima da ONU (que supervisiona as negociações) e o Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (Giec). CONTEXTO DIFÍCIL Apesar dos maus sinais enviados pela administração americana, alguns opinam que as negociações poderão avançar. "Os Estados Unidos de Barack Obama nos ajudaram muito a construir o Acordo de Paris, mas o futuro do planeta não está só nas suas costas", afirma Laurence Tubiana, aludindo aos grandes países emergentes, como a China (maior poluidor do planeta), Índia (4º maior poluidor do planeta) e Brasil. No entanto, a situação atual cria "um contexto difícil", diz Paula Caballero, do World resources institute, com sede em Washington, já que "agora a liderança [para uma ação em favor do clima] está muito difusa". Para que o Acordo de Paris possa ser plenamente aplicado a partir de 2020, várias disposições devem ser aprofundadas. Que informações os países deverão publicar sobre sua política climática? Que tipos de projetos estão incluídos na contabilidade dos financiamentos do clima? Os países têm até a COP24, na Polônia em 2018, para redigir uma espécie de manual ("livro de regras") sobre o Acordo de Paris. Até lá, deverão decidir de que forma farão um pré-balanço em 2018, de caráter voluntário e chamado "diálogo facilitador". Trata-se de saber que informações deverão ser dadas e com que finalidade. Esta nova reunião foi agendada porque os cientistas consideram que os compromissos dos países adotados antes da COP21 implicarão em um aumento médio da temperatura global de 3°C em relação à era industrial, e que as emissões devem ser reduzidas o mais rápido possível para que a subida da temperatura fique abaixo de 2°C, um nível que já traria enormes alterações em grande escala.
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Se você estuda, cuidado para não estar aprendendo sobre o passado
O ponto de interrogação é o meu sinal de pontuação preferido. Afinal, as perguntas vêm sempre antes das respostas. Mas não espere respostas prontas para este momento em que tudo está mudando. É possível contar nos dedos os setores que (ainda) não estão em transformação. Se você está estudando alguma coisa, cuidado para não estar aprendendo sobre o passado. Estudar é ser humilde, é admitir que não se sabe o suficiente. Não devemos nunca abdicar de estudar, de fazer as perguntas. Ainda mais agora. Eu faço estágio com os jovens lá da Africa, que me informam e me transformam da mesma forma que minha experiência e meu conhecimento os informam e transformam. Uma vez fui falar de Brasil para a Microsoft do Bill Gates, e o que mais me impressionou no fundador da empresa de software e da Bill & Melinda Gates Foundation foi a deferência com que ele tratava os professores. Mas algumas coisas são tão novas que professores e alunos aprendem juntos um conhecimento ainda longe de estar consolidado ou mesmo formulado. A publicidade na internet, especialmente no "mobile", segue cada dia mais forte e abrangente, como mostram, trimestre a trimestre, os balanços de Google e Facebook, gigantes do novo mundo cuja alma comercial é a boa e nova propaganda. Mas o uso de bloqueadores de anúncios nessas novas plataformas também avança, criando novos desafios e novos caminhos dentro da inovação. A troca de mensagens por celular, por exemplo, evolui em ritmo frenético. Vistas no início como ferramentas da conversação informal entre pessoas próximas, elas já dominam boa parte da comunicação empresarial. Grupos de WhatsApp são cada vez mais fortes em determinar a conversa pública e privada, profissional e pessoal. Quando o Facebook investiu US$ 19 bilhões para adquirir o WhatsApp, em 2014, e muita gente criticou valor tão alto por empresa que faturava tão pouco, Mark Zuckerberg disse que o aplicativo valia muito mais. Ele estava certo. Marcas que surgem primeiro na internet e fazem o melhor uso de sua força crescem rapidamente e incomodam as grandes corporações globais. O Dollar Shave Club, por exemplo, uma empresa que vende produtos de barbear pela web, foi comprada pela Unilever neste mês por US$ 1 bilhão. A empresa tem menos de 200 funcionários, compra seus produtos na Coreia do Sul e os distribui pela web, cortando custos e intermediários. Sua propaganda começou no YouTube, com um vídeo irreverente que viralizou, viralizando o produto junto. Esses produtos e essas empresas são especialmente atraentes à geração do milênio, nativa digital e que consome, se informa e se comunica de formas diferentes até dos irmãos mais velhos. São marcas que já nascem com produção, distribuição e comunicação dentro desse ecossistema e têm facilidade de evoluir dentro dele. Empresas globais de bens de consumo sempre ganharam eficiência, escala e mercado por causa de seus volumosos recursos financeiros, produtivos, de distribuição e de comunicação. Hoje novos entrantes com uma boa ideia na cabeça e um bom aplicativo na mão podem terceirizar da produção à distribuição e se comunicar a um custo muito mais acessível. A luta entre Davi e Golias ficou muito mais equilibrada. Viva a competição. Dela virão as respostas.
colunas
Se você estuda, cuidado para não estar aprendendo sobre o passadoO ponto de interrogação é o meu sinal de pontuação preferido. Afinal, as perguntas vêm sempre antes das respostas. Mas não espere respostas prontas para este momento em que tudo está mudando. É possível contar nos dedos os setores que (ainda) não estão em transformação. Se você está estudando alguma coisa, cuidado para não estar aprendendo sobre o passado. Estudar é ser humilde, é admitir que não se sabe o suficiente. Não devemos nunca abdicar de estudar, de fazer as perguntas. Ainda mais agora. Eu faço estágio com os jovens lá da Africa, que me informam e me transformam da mesma forma que minha experiência e meu conhecimento os informam e transformam. Uma vez fui falar de Brasil para a Microsoft do Bill Gates, e o que mais me impressionou no fundador da empresa de software e da Bill & Melinda Gates Foundation foi a deferência com que ele tratava os professores. Mas algumas coisas são tão novas que professores e alunos aprendem juntos um conhecimento ainda longe de estar consolidado ou mesmo formulado. A publicidade na internet, especialmente no "mobile", segue cada dia mais forte e abrangente, como mostram, trimestre a trimestre, os balanços de Google e Facebook, gigantes do novo mundo cuja alma comercial é a boa e nova propaganda. Mas o uso de bloqueadores de anúncios nessas novas plataformas também avança, criando novos desafios e novos caminhos dentro da inovação. A troca de mensagens por celular, por exemplo, evolui em ritmo frenético. Vistas no início como ferramentas da conversação informal entre pessoas próximas, elas já dominam boa parte da comunicação empresarial. Grupos de WhatsApp são cada vez mais fortes em determinar a conversa pública e privada, profissional e pessoal. Quando o Facebook investiu US$ 19 bilhões para adquirir o WhatsApp, em 2014, e muita gente criticou valor tão alto por empresa que faturava tão pouco, Mark Zuckerberg disse que o aplicativo valia muito mais. Ele estava certo. Marcas que surgem primeiro na internet e fazem o melhor uso de sua força crescem rapidamente e incomodam as grandes corporações globais. O Dollar Shave Club, por exemplo, uma empresa que vende produtos de barbear pela web, foi comprada pela Unilever neste mês por US$ 1 bilhão. A empresa tem menos de 200 funcionários, compra seus produtos na Coreia do Sul e os distribui pela web, cortando custos e intermediários. Sua propaganda começou no YouTube, com um vídeo irreverente que viralizou, viralizando o produto junto. Esses produtos e essas empresas são especialmente atraentes à geração do milênio, nativa digital e que consome, se informa e se comunica de formas diferentes até dos irmãos mais velhos. São marcas que já nascem com produção, distribuição e comunicação dentro desse ecossistema e têm facilidade de evoluir dentro dele. Empresas globais de bens de consumo sempre ganharam eficiência, escala e mercado por causa de seus volumosos recursos financeiros, produtivos, de distribuição e de comunicação. Hoje novos entrantes com uma boa ideia na cabeça e um bom aplicativo na mão podem terceirizar da produção à distribuição e se comunicar a um custo muito mais acessível. A luta entre Davi e Golias ficou muito mais equilibrada. Viva a competição. Dela virão as respostas.
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Fox pede desculpas por cartaz de 'X-Men' considerado machista
A polêmica em torno de um cartaz que mostra o vilão Apocalipse asfixiando a personagem Mística, interpretada por Jennifer Lawrence no novo filme da franquia "X-Men", levou a Fox a pedir desculpas pela "conotação perturbadora" da cena. A imagem foi espalhada em outdoors nos Estados Unidos para promover a superprodução, que estreou no último dia 27 no país e em 19 de maio no Brasil. A imagem, acusada de machismo na internet, acompanhava a legenda "apenas os fortes sobreviverão". "Em nosso entusiasmo para mostrar a maldade do personagem Apocalipse, não percebemos de imediato a conotação perturbadora desta imagem", diz comunicado divulgado nos EUA pelo estúdio responsável pelo filme. "Assim que percebemos o quão indelicada ela era, rapidamente tomamos medidas para remover todo o material. Pedimos desculpas pelas nossas ações e nunca apoiaríamos a violência contra as mulheres." A controvérsia sobre o cartaz se tornou notória após a atriz Rose McGowan ("Jovens Bruxas) criticar a imagem em entrevista ao "The Hollywood Reporter". "Há um problema sério quando os homens e mulheres na Twentieth Century Fox acham que a violência casual contra mulheres é uma forma de vender um filme. Não há contexto no anúncio, apenas uma mulher sendo estrangulada. O fato de ninguém ter percebido isso é ofensivo e, francamente, estúpido", afirmou. "X-Men: Apocalipse" estreou sem brilho nos EUA, com uma bilheteria de US$ 65 milhões, uma queda significativa frente aos US$ 110,5 milhões vendidos no lançamento do filme anterior da franquia, "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido", na mesma época de 2014. Globalmente, o novo longa já arrecadou US$ 401 milhões.
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Fox pede desculpas por cartaz de 'X-Men' considerado machistaA polêmica em torno de um cartaz que mostra o vilão Apocalipse asfixiando a personagem Mística, interpretada por Jennifer Lawrence no novo filme da franquia "X-Men", levou a Fox a pedir desculpas pela "conotação perturbadora" da cena. A imagem foi espalhada em outdoors nos Estados Unidos para promover a superprodução, que estreou no último dia 27 no país e em 19 de maio no Brasil. A imagem, acusada de machismo na internet, acompanhava a legenda "apenas os fortes sobreviverão". "Em nosso entusiasmo para mostrar a maldade do personagem Apocalipse, não percebemos de imediato a conotação perturbadora desta imagem", diz comunicado divulgado nos EUA pelo estúdio responsável pelo filme. "Assim que percebemos o quão indelicada ela era, rapidamente tomamos medidas para remover todo o material. Pedimos desculpas pelas nossas ações e nunca apoiaríamos a violência contra as mulheres." A controvérsia sobre o cartaz se tornou notória após a atriz Rose McGowan ("Jovens Bruxas) criticar a imagem em entrevista ao "The Hollywood Reporter". "Há um problema sério quando os homens e mulheres na Twentieth Century Fox acham que a violência casual contra mulheres é uma forma de vender um filme. Não há contexto no anúncio, apenas uma mulher sendo estrangulada. O fato de ninguém ter percebido isso é ofensivo e, francamente, estúpido", afirmou. "X-Men: Apocalipse" estreou sem brilho nos EUA, com uma bilheteria de US$ 65 milhões, uma queda significativa frente aos US$ 110,5 milhões vendidos no lançamento do filme anterior da franquia, "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido", na mesma época de 2014. Globalmente, o novo longa já arrecadou US$ 401 milhões.
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Após vencer eleição, Alexis Tsipras faz juramento como premiê da Grécia
Alexis Tsipras prestou juramento nesta segunda-feira (21) como primeiro-ministro da Grécia ante o presidente da República, Prokopis Pavlopoulos, depois de vencer com folga as eleições legislativas de domingo. Em uma cerimônia civil no palácio presidencial, no centro de Atenas, o líder do partido de esquerda Syriza jurou "guardar a Constituição e as leis do país". Tsipras começou a trabalhar nesta segunda na formação de um governo encarregado de aplicar as reformas econômicas exigidas pelos credores em troca de mais financiamento. Ele vai participar em uma reunião com o chefe do partido de direita Gregos Independentes, Panos Kammenos, com quem repetirá a coalizão formada em janeiro, quando venceu pela primeira vez. Juntos, terão uma maioria de 155 deputados no Parlamento, em um total de 300. Tsipras se impôs com uma vitória esmagadora nas eleições de domingo e ganhou sua aposta de convocar novas eleições para recuperar impulso político depois de concluir o terceiro plano de resgate do país. ELEIÇÃO GREGA - Veja como será composto o novo Parlamento (em %)* Ele se comprometeu a cumprir as condições do novo resgate, de aproximadamente € 86 bilhões e previsto para três anos. Prometeu, no entanto, que sua aplicação buscará proteger os mais vulneráveis e que lutará pela redução da dívida pública pública do país, que com o novo plano chegará a 200% do PIB. Com cerca de 90% dos votos apurados, o partido de esquerda Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro, teve 35,53% dos votos, com vantagem de mais de sete pontos sobre seu grande rival Nova Democracia, de Evangelos Meimarakis, que teve 28,05% dos votos e reconheceu sua derrota e parabenizou Tsipras.
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Após vencer eleição, Alexis Tsipras faz juramento como premiê da GréciaAlexis Tsipras prestou juramento nesta segunda-feira (21) como primeiro-ministro da Grécia ante o presidente da República, Prokopis Pavlopoulos, depois de vencer com folga as eleições legislativas de domingo. Em uma cerimônia civil no palácio presidencial, no centro de Atenas, o líder do partido de esquerda Syriza jurou "guardar a Constituição e as leis do país". Tsipras começou a trabalhar nesta segunda na formação de um governo encarregado de aplicar as reformas econômicas exigidas pelos credores em troca de mais financiamento. Ele vai participar em uma reunião com o chefe do partido de direita Gregos Independentes, Panos Kammenos, com quem repetirá a coalizão formada em janeiro, quando venceu pela primeira vez. Juntos, terão uma maioria de 155 deputados no Parlamento, em um total de 300. Tsipras se impôs com uma vitória esmagadora nas eleições de domingo e ganhou sua aposta de convocar novas eleições para recuperar impulso político depois de concluir o terceiro plano de resgate do país. ELEIÇÃO GREGA - Veja como será composto o novo Parlamento (em %)* Ele se comprometeu a cumprir as condições do novo resgate, de aproximadamente € 86 bilhões e previsto para três anos. Prometeu, no entanto, que sua aplicação buscará proteger os mais vulneráveis e que lutará pela redução da dívida pública pública do país, que com o novo plano chegará a 200% do PIB. Com cerca de 90% dos votos apurados, o partido de esquerda Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro, teve 35,53% dos votos, com vantagem de mais de sete pontos sobre seu grande rival Nova Democracia, de Evangelos Meimarakis, que teve 28,05% dos votos e reconheceu sua derrota e parabenizou Tsipras.
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Petrobras atrasa pagamento de taxas para governo fluminense
Única empresa a não recorrer à Justiça contra as novas taxas criadas pelo governo do Rio sobre a produção de petróleo e de energia elétrica, a Petrobras está inadimplente com o Estado. De acordo com a Secretaria de Fazenda, a empresa não depositou, no último dia 10, os valores referentes à produção de março e abril, conforme previsto em decreto que regulamentou as cobranças. A estatal sofrerá uma fiscalização da Fazenda estadual, que definirá qual a penalidade pelo não pagamento. Segundo estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) baseada na produção de petróleo e gás em maio, a Petrobras deveria ter depositado pelo menos R$ 400 milhões, referentes à taxa de fiscalização e ao ICMS sobre o petróleo. O número não considera a cobrança sobre a produção de energia elétrica, que também passou a ser alvo de taxa de fiscalização. ENTENDA AS TAXAS As taxas foram criadas no último dia útil de 2015, como parte do esforço do governo fluminense para enfrentar a crise financeira, mas foram questionadas na Justiça pelas outras empresas que estariam sujeitas às cobranças. Entre as petroleiras, BG, Chevron, Repsol, Petrogal e Statoil já obtiveram liminares para não fazer o pagamento. Geradoras privadas de energia com operações no Rio também obtiveram o benefício, em ação coordenada pelo Sindicato Interestadual das Indústrias de Energia Elétrica (Sinergia). Além disso, há duas ações de inconstitucionalidade contra as cobranças no Supremo Tribunal Federal. A Petrobras chegou a informar, em seu balanço de 2015, que recorreria ao STF contra as cobranças, mas ainda não deu entrada com ação no tribunal. Procurada pela Folha, a estatal não quis comentar o assunto.
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Petrobras atrasa pagamento de taxas para governo fluminenseÚnica empresa a não recorrer à Justiça contra as novas taxas criadas pelo governo do Rio sobre a produção de petróleo e de energia elétrica, a Petrobras está inadimplente com o Estado. De acordo com a Secretaria de Fazenda, a empresa não depositou, no último dia 10, os valores referentes à produção de março e abril, conforme previsto em decreto que regulamentou as cobranças. A estatal sofrerá uma fiscalização da Fazenda estadual, que definirá qual a penalidade pelo não pagamento. Segundo estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) baseada na produção de petróleo e gás em maio, a Petrobras deveria ter depositado pelo menos R$ 400 milhões, referentes à taxa de fiscalização e ao ICMS sobre o petróleo. O número não considera a cobrança sobre a produção de energia elétrica, que também passou a ser alvo de taxa de fiscalização. ENTENDA AS TAXAS As taxas foram criadas no último dia útil de 2015, como parte do esforço do governo fluminense para enfrentar a crise financeira, mas foram questionadas na Justiça pelas outras empresas que estariam sujeitas às cobranças. Entre as petroleiras, BG, Chevron, Repsol, Petrogal e Statoil já obtiveram liminares para não fazer o pagamento. Geradoras privadas de energia com operações no Rio também obtiveram o benefício, em ação coordenada pelo Sindicato Interestadual das Indústrias de Energia Elétrica (Sinergia). Além disso, há duas ações de inconstitucionalidade contra as cobranças no Supremo Tribunal Federal. A Petrobras chegou a informar, em seu balanço de 2015, que recorreria ao STF contra as cobranças, mas ainda não deu entrada com ação no tribunal. Procurada pela Folha, a estatal não quis comentar o assunto.
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Dilma cai pela 2ª vez seguida em lista de mulheres poderosas da Forbes
A presidente Dilma Rousseff caiu de posição pelo segundo ano seguido no ranking da revista Forbes das cem mulheres mais poderosas do mundo. Agora em sétimo lugar, Dilma esteve na quarta posição no ano passado, tendo chegado ao segundo lugar em 2013. Em 2011 e 2012, ficou em terceiro. A campeã é a chanceler alemã Angela Merkel, que faz a sua décima aparição na lista, nove delas na primeira posição. As demais mulheres na frente de Dilma são a americana Hillary Clinton, que pretende ser a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, a empresária e filantropa Melinda Gates, a presidente do Fed (banco central dos EUA) Janet Yellen, a presidente-executiva da General Motors Mary Barra, e a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde. Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, Susan Wojcicki, chefe-executiva do Youtube, e Michelle Obama, primeira-dama dos Estados Unidos, completam as primeiras dez posições. BRASIL Do ano passado para cá, as outras duas mulheres brasileiras que acompanhavam Dilma na lista ficaram de fora. Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, chegou a aparecer na 16ª posição mas renunciou em fevereiro, em meio ao escândalo de corrupção na estatal. A modelo Gisele Bündchen, que já ficou em 89º lugar, se aposentou da passarela no mês passado. CHEFES Desde janeiro, oito das mulheres na lista são chefes de Estado –e uma é monarca– que comandam nações com PIB (Produto Interno Bruto) combinado de US$ 9,1 trilhões (R$ 28,7 trilhões) e população de mais de 600 milhões de cidadãos. As 24 presidente-executivas de corporações listadas controlam receita anual superior a US$ 1 trilhão (R$ 3,15 trilhões) de reais. Dezoito fundaram a própria companhia ou instituição.
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Dilma cai pela 2ª vez seguida em lista de mulheres poderosas da ForbesA presidente Dilma Rousseff caiu de posição pelo segundo ano seguido no ranking da revista Forbes das cem mulheres mais poderosas do mundo. Agora em sétimo lugar, Dilma esteve na quarta posição no ano passado, tendo chegado ao segundo lugar em 2013. Em 2011 e 2012, ficou em terceiro. A campeã é a chanceler alemã Angela Merkel, que faz a sua décima aparição na lista, nove delas na primeira posição. As demais mulheres na frente de Dilma são a americana Hillary Clinton, que pretende ser a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, a empresária e filantropa Melinda Gates, a presidente do Fed (banco central dos EUA) Janet Yellen, a presidente-executiva da General Motors Mary Barra, e a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde. Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, Susan Wojcicki, chefe-executiva do Youtube, e Michelle Obama, primeira-dama dos Estados Unidos, completam as primeiras dez posições. BRASIL Do ano passado para cá, as outras duas mulheres brasileiras que acompanhavam Dilma na lista ficaram de fora. Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, chegou a aparecer na 16ª posição mas renunciou em fevereiro, em meio ao escândalo de corrupção na estatal. A modelo Gisele Bündchen, que já ficou em 89º lugar, se aposentou da passarela no mês passado. CHEFES Desde janeiro, oito das mulheres na lista são chefes de Estado –e uma é monarca– que comandam nações com PIB (Produto Interno Bruto) combinado de US$ 9,1 trilhões (R$ 28,7 trilhões) e população de mais de 600 milhões de cidadãos. As 24 presidente-executivas de corporações listadas controlam receita anual superior a US$ 1 trilhão (R$ 3,15 trilhões) de reais. Dezoito fundaram a própria companhia ou instituição.
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Aliados de Temer avaliam nomes para ocupar Fazenda
Armínio Fraga e Henrique Meirelles são os nomes preferidos para o Ministério da Fazenda caso a presidente Dilma Rousseff sofra impeachment e o vice, Michel Temer, assuma o cargo. A Folha apurou que, embora negue publicamente, o grupo de aliados de Temer avalia os nomes para ocupar a área econômica, sensível no atual quadro de recessão. A ideia, por enquanto um rascunho, é ter no posto um nome com prestígio entre investidores do mercado financeiro e empresários. Isso ajudaria ainda o governo de transição a vender-se como produto de consenso de vários partidos –Armínio é ligado ao PSDB; Meirelles foi presidente do Banco Central de Luiz Inácio Lula da Silva. A ressalva é que o futuro ministro não pode ser ninguém com pretensões de ser candidato em 2018. Essa ambição atrairia adversários políticos, pondo em risco o resgate econômico. Também não seria desejável para os aliados de Temer, para quem a retomada seria um trunfo nas próximas eleições. Embora Armínio tenha elogiado publicamente o "Plano Temer", apelido dado ao programa "Ponte para o Futuro", apresentado pelo PMDB em novembro do ano passado, ele disse em entrevista à Folha que não aceitaria um convite do governo de transição. Recentemente, o economista teve conversas com emissários de Temer, mas se mostrou reticente. "Armínio só não assume se não quiser", diz uma pessoa próxima ao vice, que pediu anonimato. Meirelles não foi sondado, mas sabe que seu nome já está sendo cogitado. Outro nome próximo do vice, o senador José Serra (PSDB-SP), também economista, seria o preferido para a Saúde num eventual governo Temer. O Ministério do Planejamento também poderia abrigar o tucano. Colaboradores dizem que, se realmente assumir, Temer daria velocidade a propostas de reforma da Previdência, tributária e trabalhista. O ex-ministro Delfim Netto, um dos principais conselheiros do vice, diz que o plano econômico de Temer reúne a opinião de economistas de diferentes partidos. "O programa representa mais ou menos um consenso entre as pessoas que têm bom senso", disse Delfim. "É o programa de um liberal." Ele afirma que participou pouco da elaboração do documento, mas o apoia. "Tanto o Temer 1 quanto o 2", acrescentou. PROGRAMA TEMER 2 O segundo programa, focado na área social, deverá ser divulgado na próxima semana, quando o PMDB prepara sua festa de 50 anos. O texto ainda está em fase de finalização e circula entre economistas e conselheiros de Moreira Franco, político do PMDB que pilota a confecção dos programas econômicos do vice-presidente. Em linhas gerais, o documento dirá que, para distribuir renda, é preciso retomar o crescimento. Deverá propor ainda que o governo concentre suas ações na parcela mais pobre da população, adotando "não políticas paternalistas, mas inclusivas". Alguns dos que leram o programa disseram à Folha que o Temer 2 é "menos ambicioso" e carece de propostas, diferente do "Ponte para o Futuro". "É um programa do PMDB", limitou-se Delfim.
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Aliados de Temer avaliam nomes para ocupar FazendaArmínio Fraga e Henrique Meirelles são os nomes preferidos para o Ministério da Fazenda caso a presidente Dilma Rousseff sofra impeachment e o vice, Michel Temer, assuma o cargo. A Folha apurou que, embora negue publicamente, o grupo de aliados de Temer avalia os nomes para ocupar a área econômica, sensível no atual quadro de recessão. A ideia, por enquanto um rascunho, é ter no posto um nome com prestígio entre investidores do mercado financeiro e empresários. Isso ajudaria ainda o governo de transição a vender-se como produto de consenso de vários partidos –Armínio é ligado ao PSDB; Meirelles foi presidente do Banco Central de Luiz Inácio Lula da Silva. A ressalva é que o futuro ministro não pode ser ninguém com pretensões de ser candidato em 2018. Essa ambição atrairia adversários políticos, pondo em risco o resgate econômico. Também não seria desejável para os aliados de Temer, para quem a retomada seria um trunfo nas próximas eleições. Embora Armínio tenha elogiado publicamente o "Plano Temer", apelido dado ao programa "Ponte para o Futuro", apresentado pelo PMDB em novembro do ano passado, ele disse em entrevista à Folha que não aceitaria um convite do governo de transição. Recentemente, o economista teve conversas com emissários de Temer, mas se mostrou reticente. "Armínio só não assume se não quiser", diz uma pessoa próxima ao vice, que pediu anonimato. Meirelles não foi sondado, mas sabe que seu nome já está sendo cogitado. Outro nome próximo do vice, o senador José Serra (PSDB-SP), também economista, seria o preferido para a Saúde num eventual governo Temer. O Ministério do Planejamento também poderia abrigar o tucano. Colaboradores dizem que, se realmente assumir, Temer daria velocidade a propostas de reforma da Previdência, tributária e trabalhista. O ex-ministro Delfim Netto, um dos principais conselheiros do vice, diz que o plano econômico de Temer reúne a opinião de economistas de diferentes partidos. "O programa representa mais ou menos um consenso entre as pessoas que têm bom senso", disse Delfim. "É o programa de um liberal." Ele afirma que participou pouco da elaboração do documento, mas o apoia. "Tanto o Temer 1 quanto o 2", acrescentou. PROGRAMA TEMER 2 O segundo programa, focado na área social, deverá ser divulgado na próxima semana, quando o PMDB prepara sua festa de 50 anos. O texto ainda está em fase de finalização e circula entre economistas e conselheiros de Moreira Franco, político do PMDB que pilota a confecção dos programas econômicos do vice-presidente. Em linhas gerais, o documento dirá que, para distribuir renda, é preciso retomar o crescimento. Deverá propor ainda que o governo concentre suas ações na parcela mais pobre da população, adotando "não políticas paternalistas, mas inclusivas". Alguns dos que leram o programa disseram à Folha que o Temer 2 é "menos ambicioso" e carece de propostas, diferente do "Ponte para o Futuro". "É um programa do PMDB", limitou-se Delfim.
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Deputados tentam apoio do PT para destravar reforma política
Os líderes da Câmara voltarão a se reunir nesta segunda-feira (4) em busca de um acordo para votar a reforma política. Deputados tentarão conquistar o apoio do PT para aprovar a mudança do sistema eleitoral para o "semidistritão" –que elege os candidatos mais votados, mas também dá peso ao voto em legenda. Se essa negociação for destravada, os partidos querem colocar as duas Propostas de Emenda à Constituição da reforma em votação na terça-feira (5), incluindo a criação de um fundo público de financiamento de campanhas, o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira. O líder petista, Carlos Zarattini (SP), diz que ainda há "muitas restrições" no partido em relação ao "semidistritão" e que vai consultar a bancada da sigla ao longo do dia. "Esse modelo é uma jabuticaba, e não é nem aquela jabuticaba perfeitinha, é meio deformada. Ele reduz o número de candidatos e preserva os mandatos atuais. É um problema, porque nós achamos que a renovação é muito importante", diz Zarattini. A adesão do PT a essas negociações é considerada crucial para romper o impasse da reforma política, uma vez que as divergências entre as siglas impede que sejam atingidos os 308 votos necessários para aprovar as Propostas de Emenda à Constituição. Para tentar dobrar o PT, os partidos envolvidos nas discussões atrelam a negociação sobre o sistema eleitoral à criação do fundo eleitoral com recursos públicos. Os petistas defendem esse modelo de financiamento, acompanhado de dispositivos que reduzam o custo das campanhas. Os líderes da Câmara também sinalizam com a manutenção de uma cláusula de barreira que não prejudique o PC do B, aliado histórico do PT. Siglas como o PP ameaçavam elevar de 1,5% para 2,5% dos votos a linha de corte para que legendas tenham acesso ao financiamento público e a tempo na propaganda de rádio e TV, mas aceitam recuar caso os petistas entrem em acordo em relação ao sistema eleitoral. Os líderes devem se reunir na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no início da noite. Se houver consenso, tentarão colocar os projetos de reforma política em votação na terça-feira (5). Uma vez que a semana de trabalhos no Congresso será encurtada pelo feriado de Sete de Setembro, na quinta-feira, uma possível votação pode ocorrer somente por volta do dia 14 de setembro. Para valer nas eleições de 2018, eventuais mudanças têm que ser chanceladas pela Câmara e pelo Senado até o início de outubro.
poder
Deputados tentam apoio do PT para destravar reforma políticaOs líderes da Câmara voltarão a se reunir nesta segunda-feira (4) em busca de um acordo para votar a reforma política. Deputados tentarão conquistar o apoio do PT para aprovar a mudança do sistema eleitoral para o "semidistritão" –que elege os candidatos mais votados, mas também dá peso ao voto em legenda. Se essa negociação for destravada, os partidos querem colocar as duas Propostas de Emenda à Constituição da reforma em votação na terça-feira (5), incluindo a criação de um fundo público de financiamento de campanhas, o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira. O líder petista, Carlos Zarattini (SP), diz que ainda há "muitas restrições" no partido em relação ao "semidistritão" e que vai consultar a bancada da sigla ao longo do dia. "Esse modelo é uma jabuticaba, e não é nem aquela jabuticaba perfeitinha, é meio deformada. Ele reduz o número de candidatos e preserva os mandatos atuais. É um problema, porque nós achamos que a renovação é muito importante", diz Zarattini. A adesão do PT a essas negociações é considerada crucial para romper o impasse da reforma política, uma vez que as divergências entre as siglas impede que sejam atingidos os 308 votos necessários para aprovar as Propostas de Emenda à Constituição. Para tentar dobrar o PT, os partidos envolvidos nas discussões atrelam a negociação sobre o sistema eleitoral à criação do fundo eleitoral com recursos públicos. Os petistas defendem esse modelo de financiamento, acompanhado de dispositivos que reduzam o custo das campanhas. Os líderes da Câmara também sinalizam com a manutenção de uma cláusula de barreira que não prejudique o PC do B, aliado histórico do PT. Siglas como o PP ameaçavam elevar de 1,5% para 2,5% dos votos a linha de corte para que legendas tenham acesso ao financiamento público e a tempo na propaganda de rádio e TV, mas aceitam recuar caso os petistas entrem em acordo em relação ao sistema eleitoral. Os líderes devem se reunir na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no início da noite. Se houver consenso, tentarão colocar os projetos de reforma política em votação na terça-feira (5). Uma vez que a semana de trabalhos no Congresso será encurtada pelo feriado de Sete de Setembro, na quinta-feira, uma possível votação pode ocorrer somente por volta do dia 14 de setembro. Para valer nas eleições de 2018, eventuais mudanças têm que ser chanceladas pela Câmara e pelo Senado até o início de outubro.
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Turbinagem de célula de defesa cura doença autoimune em roedores
Uma nova técnica de turbinagem de células fora do organismo pode ser a cura de doenças autoimunes, condição em que o organismo é atacado pelo próprio sistema imunológico. A novidade está em um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia (EUA) e publicado recentemente pela revista científica "Science". Nas doenças autoimunes, as células de defesa passam a reconhecer componentes do próprio organismo como patógenos e atacá-los. Os tratamentos atuais requerem supressão de toda a imunidade, deixando o organismo suscetível a infecções. O estudo foi baseado em uma doença chamada pênfigo vulgar, que causa bolhas na pele e nas mucosas (como boca e garganta), e que pode levar à morte. No Brasil, existe um tipo de pênfigo, conhecido como "fogo selvagem". Os pênfigos são doenças causadas pela alteração de um subgrupo de linfócitos B que, durante a condição, produzem anticorpos contra uma proteína que funciona como "cola", a desmogleína. A consequência é o descolamento de porções da pele, fazendo com que apareçam as bolhas. Com a nova técnica proposta, os pesquisadores reprogramam um grupo de linfócitos T para que eles reconheçam e eliminem especificamente as células B anormais. Dessa forma, o sistema imunológico passa a corrigir suas próprias falhas. CACHORROS O tratamento para pacientes com doenças autoimunes ainda deve demorar para ser aplicado na prática. No estudo, a técnica foi testada apenas em camundongos. "Nossa próxima meta é usar essa tecnologia para curar o pênfigo em cachorros", diz uma das autoras da pesquisa, Aimee Payne. Poucos animais, além dos humanos, desenvolvem a doença. "Se nós pudermos tratar e potencialmente curar esses cães, será um importante avanço na medicina veterinária, e também irá encorajar médicos e pacientes a fazerem testes clínicos dessa promissora técnica", afirma. Payne diz que, caso a tecnologia se mostre eficaz, poderá ser utilizada como tratamento para qualquer doença autoimune mediada por anticorpos. Ela cita como exemplos a miastenia grave (fadiga acelerada nos músculos) e a neuromielite óptica (inflamação do nervo óptico). O mecanismo de "turbinagem" se assemelha à uma novas propostas de tratamento de câncer, principalmente do sangue, como mostrou reportagem da Folha. BRUNA QUEIROZ e PRISCILA BELLINI são trainees do 4º Programa de Treinamento em Ciência e Saúde da Folha. - Conheça a técnica de recauchutagem celular para casos de câncer
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Turbinagem de célula de defesa cura doença autoimune em roedoresUma nova técnica de turbinagem de células fora do organismo pode ser a cura de doenças autoimunes, condição em que o organismo é atacado pelo próprio sistema imunológico. A novidade está em um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia (EUA) e publicado recentemente pela revista científica "Science". Nas doenças autoimunes, as células de defesa passam a reconhecer componentes do próprio organismo como patógenos e atacá-los. Os tratamentos atuais requerem supressão de toda a imunidade, deixando o organismo suscetível a infecções. O estudo foi baseado em uma doença chamada pênfigo vulgar, que causa bolhas na pele e nas mucosas (como boca e garganta), e que pode levar à morte. No Brasil, existe um tipo de pênfigo, conhecido como "fogo selvagem". Os pênfigos são doenças causadas pela alteração de um subgrupo de linfócitos B que, durante a condição, produzem anticorpos contra uma proteína que funciona como "cola", a desmogleína. A consequência é o descolamento de porções da pele, fazendo com que apareçam as bolhas. Com a nova técnica proposta, os pesquisadores reprogramam um grupo de linfócitos T para que eles reconheçam e eliminem especificamente as células B anormais. Dessa forma, o sistema imunológico passa a corrigir suas próprias falhas. CACHORROS O tratamento para pacientes com doenças autoimunes ainda deve demorar para ser aplicado na prática. No estudo, a técnica foi testada apenas em camundongos. "Nossa próxima meta é usar essa tecnologia para curar o pênfigo em cachorros", diz uma das autoras da pesquisa, Aimee Payne. Poucos animais, além dos humanos, desenvolvem a doença. "Se nós pudermos tratar e potencialmente curar esses cães, será um importante avanço na medicina veterinária, e também irá encorajar médicos e pacientes a fazerem testes clínicos dessa promissora técnica", afirma. Payne diz que, caso a tecnologia se mostre eficaz, poderá ser utilizada como tratamento para qualquer doença autoimune mediada por anticorpos. Ela cita como exemplos a miastenia grave (fadiga acelerada nos músculos) e a neuromielite óptica (inflamação do nervo óptico). O mecanismo de "turbinagem" se assemelha à uma novas propostas de tratamento de câncer, principalmente do sangue, como mostrou reportagem da Folha. BRUNA QUEIROZ e PRISCILA BELLINI são trainees do 4º Programa de Treinamento em Ciência e Saúde da Folha. - Conheça a técnica de recauchutagem celular para casos de câncer
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A besta
SÃO PAULO - A vantagem de viver em sociedades multiculturais é que elas trazem diversidade, o que é bom para os negócios (companhias mais diversas tendem a lucrar mais), para a ciência (artigos acadêmicos escritos por equipes mais diversas tendem a ter impacto maior) e para os próprios cérebros de quem vive nessas comunidades (ter seus pressupostos questionados funciona como ginástica mental). Há, é claro, o outro lado dessa moeda. Grupos menos diversos têm mais facilidade para formar consensos sociais. Oferecem ainda menor espaço para desavenças interpessoais, o que, dependendo de outros fatores, ajuda a reduzir a violência. Faço essas reflexões a propósito da série de polêmicas envolvendo exposições artísticas. Uma das funções da arte, no que a aproxima da diversidade, é justamente a de provocar estranhamentos e dissensos interpretativos. Uma obra que cause rigorosamente a mesma reação em todos não é uma obra muito boa. Nesse contexto, é não apenas totalmente esperado como também positivo que a tribo dos progressistas e o clã dos conservadores discordem com veemência em seus juízos sobre "Queermuseu", a peça com Jesus como transexual e, mais recentemente, a performance "La Bête", que teve sua octanagem octuplicada pelo fato de uma criança ter interagido com o artista nu. Não há problema nenhum, além da falta de educação, em que os dois lados vociferem e se xinguem. Só o que não pode, se quisermos permanecer no terreno da democracia e do respeito à diversidade, é que se use a intimidação e o poder do Estado para calar artistas ou impedir o acesso do público a espetáculos. Vivemos num mundo complexo, mas a solução para o problema em questão é surpreendentemente simples. Quem não gosta de determinado gênero, estilo ou temática de arte não é obrigado a contemplá-la, mas não tem o direito de determinar o que os outros podem ver.
colunas
A bestaSÃO PAULO - A vantagem de viver em sociedades multiculturais é que elas trazem diversidade, o que é bom para os negócios (companhias mais diversas tendem a lucrar mais), para a ciência (artigos acadêmicos escritos por equipes mais diversas tendem a ter impacto maior) e para os próprios cérebros de quem vive nessas comunidades (ter seus pressupostos questionados funciona como ginástica mental). Há, é claro, o outro lado dessa moeda. Grupos menos diversos têm mais facilidade para formar consensos sociais. Oferecem ainda menor espaço para desavenças interpessoais, o que, dependendo de outros fatores, ajuda a reduzir a violência. Faço essas reflexões a propósito da série de polêmicas envolvendo exposições artísticas. Uma das funções da arte, no que a aproxima da diversidade, é justamente a de provocar estranhamentos e dissensos interpretativos. Uma obra que cause rigorosamente a mesma reação em todos não é uma obra muito boa. Nesse contexto, é não apenas totalmente esperado como também positivo que a tribo dos progressistas e o clã dos conservadores discordem com veemência em seus juízos sobre "Queermuseu", a peça com Jesus como transexual e, mais recentemente, a performance "La Bête", que teve sua octanagem octuplicada pelo fato de uma criança ter interagido com o artista nu. Não há problema nenhum, além da falta de educação, em que os dois lados vociferem e se xinguem. Só o que não pode, se quisermos permanecer no terreno da democracia e do respeito à diversidade, é que se use a intimidação e o poder do Estado para calar artistas ou impedir o acesso do público a espetáculos. Vivemos num mundo complexo, mas a solução para o problema em questão é surpreendentemente simples. Quem não gosta de determinado gênero, estilo ou temática de arte não é obrigado a contemplá-la, mas não tem o direito de determinar o que os outros podem ver.
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Em busca do tempo perdido
SÃO PAULO - O tempo existe? À primeira vista, a pergunta nem mesmo faz sentido. Basta olhar à nossa volta, notando, entre outras mazelas, a grave realidade da morte que nos cerca, para mandar internar num asilo para insanos aqueles que fazem perguntas desse quilate. Se deslocarmos a questão do plano da vida ordinária para o das leis da física, porém, a coisa muda de figura. Aí, o que está mais perto de um consenso é a noção de que o tempo é se não uma ilusão, ao menos algo não fundamental. Galileu e Newton, afinal, se propuseram a descobrir as leis eternas e imutáveis da natureza, aquilo que estava além do tempo. O quadro não é diferente para Einstein, que considerava a distinção entre passado, presente e futuro uma subjetividade humana, nem para a mecânica quântica, na qual o tempo simplesmente desaparece. O físico Lee Smolin, em seu controverso "Time Reborn" (tempo renascido), se propõe a reintroduzir o tempo na física, mas agora como algo fundamental. O preço a pagar não é pequeno, como admite o autor. Entre as vítimas se contam certos aspectos da relatividade geral, o espaço e a própria noção de que a matemática trata de realidades meio platônicas. O melhor momento do livro, a meu ver, são aqueles em que Smolin mostra como os grandes sistemas foram relegando o tempo a papéis secundários. Aí ele consegue combinar com competência didatismo nas explicações físicas e agudeza na percepção das implicações metafísicas. Não é que a parte em que ele propõe mudar tudo seja ruim. Mas ela é, como o próprio autor admite, altamente especulativa e incompleta. Ele tem menos que o esboço de uma teoria. Pela densidade, "Time Reborn" não é uma leitura fácil, mas vale não só para quem tem interesse nos meandros da física teórica mas também para aqueles com inclinações mais metafísicas, que gostam de fazer perguntas sobre o tempo, o infinito, o estatuto da matemática etc. [email protected]
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Em busca do tempo perdidoSÃO PAULO - O tempo existe? À primeira vista, a pergunta nem mesmo faz sentido. Basta olhar à nossa volta, notando, entre outras mazelas, a grave realidade da morte que nos cerca, para mandar internar num asilo para insanos aqueles que fazem perguntas desse quilate. Se deslocarmos a questão do plano da vida ordinária para o das leis da física, porém, a coisa muda de figura. Aí, o que está mais perto de um consenso é a noção de que o tempo é se não uma ilusão, ao menos algo não fundamental. Galileu e Newton, afinal, se propuseram a descobrir as leis eternas e imutáveis da natureza, aquilo que estava além do tempo. O quadro não é diferente para Einstein, que considerava a distinção entre passado, presente e futuro uma subjetividade humana, nem para a mecânica quântica, na qual o tempo simplesmente desaparece. O físico Lee Smolin, em seu controverso "Time Reborn" (tempo renascido), se propõe a reintroduzir o tempo na física, mas agora como algo fundamental. O preço a pagar não é pequeno, como admite o autor. Entre as vítimas se contam certos aspectos da relatividade geral, o espaço e a própria noção de que a matemática trata de realidades meio platônicas. O melhor momento do livro, a meu ver, são aqueles em que Smolin mostra como os grandes sistemas foram relegando o tempo a papéis secundários. Aí ele consegue combinar com competência didatismo nas explicações físicas e agudeza na percepção das implicações metafísicas. Não é que a parte em que ele propõe mudar tudo seja ruim. Mas ela é, como o próprio autor admite, altamente especulativa e incompleta. Ele tem menos que o esboço de uma teoria. Pela densidade, "Time Reborn" não é uma leitura fácil, mas vale não só para quem tem interesse nos meandros da física teórica mas também para aqueles com inclinações mais metafísicas, que gostam de fazer perguntas sobre o tempo, o infinito, o estatuto da matemática etc. [email protected]
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