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ABL apresenta troca de cartas entre Machado de Assis e José Veríssimo
Uma espécie de "troca de e-mails" sobre amenidades entre o maior ícone da literatura nacional, Machado de Assis, e um de seus colegas fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), José Veríssimo. Foi com essa analogia que a ABL apresentou nesta quinta-feira (15) 12 cartas inéditas de Machado de Assis que foram encontradas pelos herdeiros de Veríssimo em um apartamento no Flamengo, na zona sul do Rio. Os documentos, parte do acervo de Veríssimo, foram doados à ABL há dois meses. Dentre as 61 cartas encontradas, 12 eram inéditas. Fiquei emocionadíssima ao ver todo material", afirmou a pesquisadora Irene Moutinho, especialista na obra de Machado. "São correspondências curtas e bilhetes que trocavam entre eles. São importantes, pois fazem uma ponte com outras que estão na coleção. Era como se fosse uma forma pontual de mandarem e-mail um para o outro." Além da correspondência, também foram descobertas ao menos três fotografias nunca vistas na iconografia de Machado. Os documentos encontrados também ajudaram a descobrir erros de transcrição em materiais já publicados. "Li todas as correspondências encontradas no acervo e até notei algumas discrepâncias das transcrições anteriores para o original. Por mais cuidados que tenham as pessoas que transcrevem, às vezes é uma vírgula que falta, um parágrafo que não tinha", disse Moutinho. O material foi doado por Helena Araujo Lima Veríssimo, viúva do neto de José Veríssimo. Ele inclui ainda artigos de jornais, fotografias e correspondências para familiares e amigos. Entre as fotografias encontradas de Machado de Assis, chamou a atenção dos pesquisadores uma imagem em rara posição frontal, tirada quando o escritor tinha cerca de 50 anos. Para o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, a doação pode servir de exemplo. Segundo ele, muitos materiais podem se perder se não receberem os cuidados devidos. "É um acervo precioso, corresponde a uma época muito importante da ABL em 1916. Esse material é muito difícil de ser guardado em casa, se estraga com o tempo. Aqui temos um departamento com a melhor técnica de conservação que existe em matéria de documentos", afirmou Cavalcanti.
ilustrada
ABL apresenta troca de cartas entre Machado de Assis e José VeríssimoUma espécie de "troca de e-mails" sobre amenidades entre o maior ícone da literatura nacional, Machado de Assis, e um de seus colegas fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), José Veríssimo. Foi com essa analogia que a ABL apresentou nesta quinta-feira (15) 12 cartas inéditas de Machado de Assis que foram encontradas pelos herdeiros de Veríssimo em um apartamento no Flamengo, na zona sul do Rio. Os documentos, parte do acervo de Veríssimo, foram doados à ABL há dois meses. Dentre as 61 cartas encontradas, 12 eram inéditas. Fiquei emocionadíssima ao ver todo material", afirmou a pesquisadora Irene Moutinho, especialista na obra de Machado. "São correspondências curtas e bilhetes que trocavam entre eles. São importantes, pois fazem uma ponte com outras que estão na coleção. Era como se fosse uma forma pontual de mandarem e-mail um para o outro." Além da correspondência, também foram descobertas ao menos três fotografias nunca vistas na iconografia de Machado. Os documentos encontrados também ajudaram a descobrir erros de transcrição em materiais já publicados. "Li todas as correspondências encontradas no acervo e até notei algumas discrepâncias das transcrições anteriores para o original. Por mais cuidados que tenham as pessoas que transcrevem, às vezes é uma vírgula que falta, um parágrafo que não tinha", disse Moutinho. O material foi doado por Helena Araujo Lima Veríssimo, viúva do neto de José Veríssimo. Ele inclui ainda artigos de jornais, fotografias e correspondências para familiares e amigos. Entre as fotografias encontradas de Machado de Assis, chamou a atenção dos pesquisadores uma imagem em rara posição frontal, tirada quando o escritor tinha cerca de 50 anos. Para o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, a doação pode servir de exemplo. Segundo ele, muitos materiais podem se perder se não receberem os cuidados devidos. "É um acervo precioso, corresponde a uma época muito importante da ABL em 1916. Esse material é muito difícil de ser guardado em casa, se estraga com o tempo. Aqui temos um departamento com a melhor técnica de conservação que existe em matéria de documentos", afirmou Cavalcanti.
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Barcelona tem eleição com cédulas de papel e candidaturas milionárias
É temporada de eleição na Catalunha, e a disputa mais aguardada terá todos os ingredientes previsíveis: acusações de corrupção, candidatos nanicos, promessas de campanha implausíveis e tentativas escancaradas de influenciar os eleitores (alguém aí quer cortar o cabelo de graça?). O vencedor não ocupará um cargo público, mas sim a presidência do Barcelona, posto muito mais influente, dizem alguns moradores da cidade. A marca do Barcelona está entre as mais valiosas do esporte mundial. Dado esse fato, o clube, e com ele seu presidente, servem como face pública para toda a Catalunha. Mas embora virtualmente todas as grandes organizações esportivas do planeta dependam de um proprietário ou conselho diretor para selecionar sua liderança, o Barcelona, propriedade de seus 160 mil sócios, continua a optar por uma metodologia mais tradicional: papel, envelopes e muitas, muitas urnas. O resultado pode ser considerado charmoso –ou absurdo. O processo eleitoral é inegavelmente antiquado –os eleitores irão às urnas dentro de alguns meses, no famoso estádio Camp Nou, e lá serão organizados alfabeticamente para a votação; os sócios se sentem especialmente orgulhosos de seu direito ao voto, que muitas vezes descrevem como parte de sua identidade. De fato, embora partidas como o jogo contra o PSG, vencido pelos catalães na última terça-feira (21), sejam de fato decisivas, o dia mais importante do ano para um sócio do Barcelona será o da abertura das urnas. "Meu voto é como meu país", disse Xavier Sala i Martin, sócio vitalício do Barcelona que já foi tesoureiro do clube e agora é professor de Economia na Universidade Colúmbia. "É algo que me pertence". Mas como é frequentemente o caso em qualquer tipo de política, dentro desse idílico pacote de gloriosa democracia existem questões mais difíceis. A primeira delas envolve a premissa básica: será realmente sábio para uma organização avaliada em bilhões de dólares e com orçamento operacional de R$ 1,74 milhão ao ano deixar aos sócios, que certamente amam o clube mas provavelmente fazem pouca ideia de como operá-lo, a responsabilidade de escolher o presidente? "A eleição para a presidência do Barça é como uma eleição política comum", disse Agustí Benedito, empresário de Barcelona que declarou sua candidatura ao posto, em entrevista. "Há partes boas e há partes ruins". As partes ruins parecerão familiares. Os candidatos se vangloriam, como forma primária de comunicação, e prometem rotineiramente aos eleitores que contratarão, ou demitirão, determinado técnico ou jogador. Quase todo mundo aceita que um dos motivos para que Joan Laporta, presidente do clube entre 2003 e 2010, tenha conquistado o posto foi sua revelação, durante a campanha eleitoral, de que havia fechado um "pré-acordo" com o Manchester United para a contratação do meio-campista e astro David Beckham. Votem em mim, disse Laporta, e Beckham logo estará vestindo a camisa do Barcelona. (Beckham terminou contratado pelo Real Madrid, o maior rival do Barcelona). Há também um componente financeiro na escolha. Embora qualquer sócio do Barcelona possa votar para presidente, nem todo sócio pode concorrer ao posto. Para se tornar candidato, o aspirante e o conselho que ele propõe formar, em geral composto por 20 pessoas, precisam apresentar uma garantia financeira em valor de 15% do orçamento anual do Barcelona. Em outras palavras, só se pode disputar a presidência do clube se o candidato for capaz de apresentar um depósito de segurança de cerca de R$ 225 milhões. Como seria de esperar, isso limita o quadro de candidatos, e frequentemente os leva a selecionar os integrantes ao conselho com base em suas disponibilidades financeiras e não na capacidade de liderança ou conhecimento do futebol. Mesmo Josep Maria Bartomeu, o atual presidente, que se tornou parte do conselho inicialmente na gestão de Laporta, reconheceu que as pessoas que formam o conselho do Barcelona em geral são "empresários que têm tempo e dinheiro sobrando para concorrer". Para aqueles que conseguem levantar os fundos necessários, porém, o jogo sujo habitual da política é parte do negócio. Benedito tentou apelar ao compasso moral dos sócios, criticando a atual gestão por sua decisão de assinar um contrato de patrocínio com a Qatar Airways, empresa controlada pela família real do pequeno emirado do Golfo Pérsico. "Todo mundo sabe que o Qatar financia o terrorismo islâmico", acusou Benedito em seu escritório, em uma tarde recente. "Eles estão por trás do Estado Islâmico no Iraque e no Levante. Em um clube como este, um clube especial, não podemos estar do mesmo lado que essas pessoas." Ele acrescentou: "Hoje recebemos 35 milhões de euros ao ano deles. Mesmo que fossem 100 milhões de euros, eu diria não". O lado positivo dessa forma de escolha de líder está no discurso civil e nos debates que os sócios têm com os candidatos, o que resulta em uma franqueza inexistente na maioria dos grandes times mundiais –o New York Knicks e o New York Mets servem como exemplo. Bartomeu disse que tenta conversar regularmente com os sócios sobre reformas no estádio e o preço dos ingressos. Victor Font, outro antigo membro do conselho de Laporta que está pensando em disputar a presidência, diz ter conversado com outros sócios sobre profissionalizar o primeiro escalão da liderança do Barcelona. Benedito, o segundo colocado na eleição de 2010, diz ter realizado 474 reuniões com sócios desde sua derrota –um assistente mantém um registro–, em um esforço para garantir que sua plataforma reflita "o que as pessoas querem". Quase todos os candidatos parecem ávidos por enfatizar que são diferentes –muito diferentes– de Sandro Rosell, eleito em 2010, que renunciou no ano passado em meio a um escândalo financeiro relacionado à aquisição pelo clube do astro brasileiro Neymar, em 2013. A lista de problemas que pendem sobre o principal ativo do Barcelona, seu time de futebol, é considerável. Entre os mais sérios está a proibição de que o time contrate jogadores novos até janeiro, como punição por impropriedades em sua academia de formação de jogadores. O mais importante, porém, é a disputa judicial que tem por base as acusações de fraude tributária na transferência de Neymar. Mesmo Bartomeu, que era vice de Rosell e assumiu a presidência depois de sua renúncia, tentou se distanciar de seu bom amigo. Isso foi dificultado pelo fato de que Bartomeu esteve envolvido de perto nas negociações com Neymar e recentemente foi intimado por um juiz a depor no tribunal como parte da investigação sobre a transação. Isso deixa aberta a possibilidade, se bem bastante remota, de que os sócios do Barcelona elejam um presidente que pode terminar na cadeia. Essa perspectiva vem alimentando a oposição no Barcelona. Jordi Farré, que comanda um novo grupo chamado "Som Gent Normal", meneou a cabeça ao falar de Rosell e Bartomeu. Ele se referiu ao local que abriga os tribunais de Barcelona e disse que "queremos tirar o Barça da Cidade da Justiça e levá-lo de volta à Cidade do Esporte". Todos os candidatos concordam que existem sérias questões a debater. Em um referendo anterior, os sócios votaram pela reforma do Camp Nou. Definir como ela será realizada estará entre as tarefas essenciais da próxima presidência. O mesmo se aplica a futuros patrocínios –o time deve ficar com a Nike ou buscar acordo mais alto?– e à proposta de expandir o quadro de sócios. Farré deseja promover uma forte ligação entre o Barcelona e o movimento pela independência da Catalunha. Font deseja reformar todo o processo de liderança do clube, removendo os requisitos financeiros para os potenciais integrantes do conselho e estipulando, no lugar deles, padrões mínimos de experiência para cada posto. Font disse também que, se disputar a presidência e vencer, encontrará maneira de trazer de volta o treinador Pep Guardiola, que comandou o time na conquista de muitos títulos entre 2008 e 2012 e agora treina o Bayern de Munique. As diversas plataformas dos candidatos estarão expostas quando a campanha começar, se bem que a data, curiosamente, ainda não seja sabida. O mandato de Rosell ia até 2016, mas Bartomeu, ao assumir, pediu que as eleições fossem realizadas neste ano porque havia considerável pressão externa para que o Barcelona tivesse um presidente eleito, e não alguém que simplesmente herdou o posto. A data da eleição ainda não foi definida –deve acontecer um pouco depois do final da temporada, talvez em julho– e a campanha oficial se iniciará seis semanas antes disso. Muitos observadores acreditam que a disputa possa estar em aberto. Bartomeu disse que seus problemas legais não o impediriam de concorrer, e houve especulação de que Laporta talvez surja tardiamente na disputa; ele recusou múltiplos pedidos de entrevista. Quando a campanha começar oficialmente, cada candidato instalará uma sede de campanha concebida para atrair os sócios; Rosell oferecia cortes de cabelo e barba gratuitos na eleição passada, e Laporta, em 2003, instalou muitas mesas de pebolim em sua sede. Recentemente, alguns times europeus começaram a pressionar para que o Barcelona, assim como o Real Madrid e os demais clubes espanhóis controlados por seus sócios, mudem de estrutura. Operar da forma pela qual opera, dizem os críticos, permite que o Barcelona evite alguns dos requisitos fiscais que os clubes estruturados como empresas precisam cumprir. Parece improvável que o modelo mude, ao menos em curto prazo. Sala i Martin expressou desdém pela ideia. "Não sei como o pessoal de Manchester se sentiu quando uma família norte-americana rica comprou o clube deles", ele disse sobre aquisição do Manchester United pela família Glazer, em 2005. "O time continua a ser o time pelo qual você torce, sim, mas não é a mesma coisa, é?", ele disse. "É seu mas não é mesmo seu. No caso do Barça, todo sócio sabe que o clube pertence a nós." Tradução de PAULO MIGLIACCI
esporte
Barcelona tem eleição com cédulas de papel e candidaturas milionáriasÉ temporada de eleição na Catalunha, e a disputa mais aguardada terá todos os ingredientes previsíveis: acusações de corrupção, candidatos nanicos, promessas de campanha implausíveis e tentativas escancaradas de influenciar os eleitores (alguém aí quer cortar o cabelo de graça?). O vencedor não ocupará um cargo público, mas sim a presidência do Barcelona, posto muito mais influente, dizem alguns moradores da cidade. A marca do Barcelona está entre as mais valiosas do esporte mundial. Dado esse fato, o clube, e com ele seu presidente, servem como face pública para toda a Catalunha. Mas embora virtualmente todas as grandes organizações esportivas do planeta dependam de um proprietário ou conselho diretor para selecionar sua liderança, o Barcelona, propriedade de seus 160 mil sócios, continua a optar por uma metodologia mais tradicional: papel, envelopes e muitas, muitas urnas. O resultado pode ser considerado charmoso –ou absurdo. O processo eleitoral é inegavelmente antiquado –os eleitores irão às urnas dentro de alguns meses, no famoso estádio Camp Nou, e lá serão organizados alfabeticamente para a votação; os sócios se sentem especialmente orgulhosos de seu direito ao voto, que muitas vezes descrevem como parte de sua identidade. De fato, embora partidas como o jogo contra o PSG, vencido pelos catalães na última terça-feira (21), sejam de fato decisivas, o dia mais importante do ano para um sócio do Barcelona será o da abertura das urnas. "Meu voto é como meu país", disse Xavier Sala i Martin, sócio vitalício do Barcelona que já foi tesoureiro do clube e agora é professor de Economia na Universidade Colúmbia. "É algo que me pertence". Mas como é frequentemente o caso em qualquer tipo de política, dentro desse idílico pacote de gloriosa democracia existem questões mais difíceis. A primeira delas envolve a premissa básica: será realmente sábio para uma organização avaliada em bilhões de dólares e com orçamento operacional de R$ 1,74 milhão ao ano deixar aos sócios, que certamente amam o clube mas provavelmente fazem pouca ideia de como operá-lo, a responsabilidade de escolher o presidente? "A eleição para a presidência do Barça é como uma eleição política comum", disse Agustí Benedito, empresário de Barcelona que declarou sua candidatura ao posto, em entrevista. "Há partes boas e há partes ruins". As partes ruins parecerão familiares. Os candidatos se vangloriam, como forma primária de comunicação, e prometem rotineiramente aos eleitores que contratarão, ou demitirão, determinado técnico ou jogador. Quase todo mundo aceita que um dos motivos para que Joan Laporta, presidente do clube entre 2003 e 2010, tenha conquistado o posto foi sua revelação, durante a campanha eleitoral, de que havia fechado um "pré-acordo" com o Manchester United para a contratação do meio-campista e astro David Beckham. Votem em mim, disse Laporta, e Beckham logo estará vestindo a camisa do Barcelona. (Beckham terminou contratado pelo Real Madrid, o maior rival do Barcelona). Há também um componente financeiro na escolha. Embora qualquer sócio do Barcelona possa votar para presidente, nem todo sócio pode concorrer ao posto. Para se tornar candidato, o aspirante e o conselho que ele propõe formar, em geral composto por 20 pessoas, precisam apresentar uma garantia financeira em valor de 15% do orçamento anual do Barcelona. Em outras palavras, só se pode disputar a presidência do clube se o candidato for capaz de apresentar um depósito de segurança de cerca de R$ 225 milhões. Como seria de esperar, isso limita o quadro de candidatos, e frequentemente os leva a selecionar os integrantes ao conselho com base em suas disponibilidades financeiras e não na capacidade de liderança ou conhecimento do futebol. Mesmo Josep Maria Bartomeu, o atual presidente, que se tornou parte do conselho inicialmente na gestão de Laporta, reconheceu que as pessoas que formam o conselho do Barcelona em geral são "empresários que têm tempo e dinheiro sobrando para concorrer". Para aqueles que conseguem levantar os fundos necessários, porém, o jogo sujo habitual da política é parte do negócio. Benedito tentou apelar ao compasso moral dos sócios, criticando a atual gestão por sua decisão de assinar um contrato de patrocínio com a Qatar Airways, empresa controlada pela família real do pequeno emirado do Golfo Pérsico. "Todo mundo sabe que o Qatar financia o terrorismo islâmico", acusou Benedito em seu escritório, em uma tarde recente. "Eles estão por trás do Estado Islâmico no Iraque e no Levante. Em um clube como este, um clube especial, não podemos estar do mesmo lado que essas pessoas." Ele acrescentou: "Hoje recebemos 35 milhões de euros ao ano deles. Mesmo que fossem 100 milhões de euros, eu diria não". O lado positivo dessa forma de escolha de líder está no discurso civil e nos debates que os sócios têm com os candidatos, o que resulta em uma franqueza inexistente na maioria dos grandes times mundiais –o New York Knicks e o New York Mets servem como exemplo. Bartomeu disse que tenta conversar regularmente com os sócios sobre reformas no estádio e o preço dos ingressos. Victor Font, outro antigo membro do conselho de Laporta que está pensando em disputar a presidência, diz ter conversado com outros sócios sobre profissionalizar o primeiro escalão da liderança do Barcelona. Benedito, o segundo colocado na eleição de 2010, diz ter realizado 474 reuniões com sócios desde sua derrota –um assistente mantém um registro–, em um esforço para garantir que sua plataforma reflita "o que as pessoas querem". Quase todos os candidatos parecem ávidos por enfatizar que são diferentes –muito diferentes– de Sandro Rosell, eleito em 2010, que renunciou no ano passado em meio a um escândalo financeiro relacionado à aquisição pelo clube do astro brasileiro Neymar, em 2013. A lista de problemas que pendem sobre o principal ativo do Barcelona, seu time de futebol, é considerável. Entre os mais sérios está a proibição de que o time contrate jogadores novos até janeiro, como punição por impropriedades em sua academia de formação de jogadores. O mais importante, porém, é a disputa judicial que tem por base as acusações de fraude tributária na transferência de Neymar. Mesmo Bartomeu, que era vice de Rosell e assumiu a presidência depois de sua renúncia, tentou se distanciar de seu bom amigo. Isso foi dificultado pelo fato de que Bartomeu esteve envolvido de perto nas negociações com Neymar e recentemente foi intimado por um juiz a depor no tribunal como parte da investigação sobre a transação. Isso deixa aberta a possibilidade, se bem bastante remota, de que os sócios do Barcelona elejam um presidente que pode terminar na cadeia. Essa perspectiva vem alimentando a oposição no Barcelona. Jordi Farré, que comanda um novo grupo chamado "Som Gent Normal", meneou a cabeça ao falar de Rosell e Bartomeu. Ele se referiu ao local que abriga os tribunais de Barcelona e disse que "queremos tirar o Barça da Cidade da Justiça e levá-lo de volta à Cidade do Esporte". Todos os candidatos concordam que existem sérias questões a debater. Em um referendo anterior, os sócios votaram pela reforma do Camp Nou. Definir como ela será realizada estará entre as tarefas essenciais da próxima presidência. O mesmo se aplica a futuros patrocínios –o time deve ficar com a Nike ou buscar acordo mais alto?– e à proposta de expandir o quadro de sócios. Farré deseja promover uma forte ligação entre o Barcelona e o movimento pela independência da Catalunha. Font deseja reformar todo o processo de liderança do clube, removendo os requisitos financeiros para os potenciais integrantes do conselho e estipulando, no lugar deles, padrões mínimos de experiência para cada posto. Font disse também que, se disputar a presidência e vencer, encontrará maneira de trazer de volta o treinador Pep Guardiola, que comandou o time na conquista de muitos títulos entre 2008 e 2012 e agora treina o Bayern de Munique. As diversas plataformas dos candidatos estarão expostas quando a campanha começar, se bem que a data, curiosamente, ainda não seja sabida. O mandato de Rosell ia até 2016, mas Bartomeu, ao assumir, pediu que as eleições fossem realizadas neste ano porque havia considerável pressão externa para que o Barcelona tivesse um presidente eleito, e não alguém que simplesmente herdou o posto. A data da eleição ainda não foi definida –deve acontecer um pouco depois do final da temporada, talvez em julho– e a campanha oficial se iniciará seis semanas antes disso. Muitos observadores acreditam que a disputa possa estar em aberto. Bartomeu disse que seus problemas legais não o impediriam de concorrer, e houve especulação de que Laporta talvez surja tardiamente na disputa; ele recusou múltiplos pedidos de entrevista. Quando a campanha começar oficialmente, cada candidato instalará uma sede de campanha concebida para atrair os sócios; Rosell oferecia cortes de cabelo e barba gratuitos na eleição passada, e Laporta, em 2003, instalou muitas mesas de pebolim em sua sede. Recentemente, alguns times europeus começaram a pressionar para que o Barcelona, assim como o Real Madrid e os demais clubes espanhóis controlados por seus sócios, mudem de estrutura. Operar da forma pela qual opera, dizem os críticos, permite que o Barcelona evite alguns dos requisitos fiscais que os clubes estruturados como empresas precisam cumprir. Parece improvável que o modelo mude, ao menos em curto prazo. Sala i Martin expressou desdém pela ideia. "Não sei como o pessoal de Manchester se sentiu quando uma família norte-americana rica comprou o clube deles", ele disse sobre aquisição do Manchester United pela família Glazer, em 2005. "O time continua a ser o time pelo qual você torce, sim, mas não é a mesma coisa, é?", ele disse. "É seu mas não é mesmo seu. No caso do Barça, todo sócio sabe que o clube pertence a nós." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Em ano de ajustes, governo estuda aumentar taxa de inscrição do Enem
Em ano de ajuste fiscal e aperto nas contas, o governo federal estuda aumentar a taxa de inscrição do Enem 2015. Desde 2004, o valor cobrado é de R$ 35 —se considerada a inflação oficial no período, o montante hoje chegaria a pouco mais de R$ 62. Segundo a Folha apurou, o tema foi debatido no encontro entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro Renato Janine (Educação) na última quinta-feira (7), no Palácio do Planalto. Questionado na segunda-feira (11) pela reportagem, o ministro disse que ainda não há definição sobre o aumento. O edital do Enem 2015 deve ser publicado até a próxima semana. A expectativa é que a prova seja realizada no fim de semana de 24 e 25 de outubro. Procurado, o MEC disse que as informações estarão disponíveis no edital. O aumento da taxa tem impacto sobre um público restrito: a grande maioria dos candidatos está isenta do pagamento. É o caso de alunos da rede pública do último ano do ensino médio e pessoas com renda familiar de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.182). No ano passado, do total de 8,7 milhões de inscritos, 26,48% foram pagantes, o que corresponde a uma arrecadação de R$ 80,8 milhões. Ao mesmo tempo, toda a operação para a realização do Enem 2014 teve um custo de R$ 52 por aluno, ou R$ 453,5 milhões no total. Assim, o valor cobrado do estudante pagante ficou abaixo do custo individual da prova, principal porta de entrada em instituições federais de ensino superior do país. A taxa de R$ 35 contrasta com os valores cobrados por outros vestibulares do país. O preço da inscrição na edição mais recente da Fuvest, por exemplo, foi de R$ 145. O vestibular 2015 da Unicamp cobrou R$ 140. Em seu primeiro discurso como ministro, no mês passado, Renato Janine, afirmou que o MEC também faria "sua contribuição ao ajuste". "Até porque o ajuste não é um fim em si mesmo, mas sim o caminho para prosseguirmos no projeto de inclusão social e de melhoria dos serviços públicos, em especial da educação", afirmou. Programas como Fies e Pronatec já sentiram o impacto do aperto fiscal iniciado no segundo mandato da presidente Dilma. Até aqui, o número de novos financiamentos firmados neste ano corresponde a pouco mais da metade dos realizados no mesmo período do ano passado. Ainda não há definição se haverá abertura do Fies no próximo semestre. Já o Pronatec, programa de qualificação técnica e profissional, teve o início de suas aulas adiado por duas vezes.
educacao
Em ano de ajustes, governo estuda aumentar taxa de inscrição do EnemEm ano de ajuste fiscal e aperto nas contas, o governo federal estuda aumentar a taxa de inscrição do Enem 2015. Desde 2004, o valor cobrado é de R$ 35 —se considerada a inflação oficial no período, o montante hoje chegaria a pouco mais de R$ 62. Segundo a Folha apurou, o tema foi debatido no encontro entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro Renato Janine (Educação) na última quinta-feira (7), no Palácio do Planalto. Questionado na segunda-feira (11) pela reportagem, o ministro disse que ainda não há definição sobre o aumento. O edital do Enem 2015 deve ser publicado até a próxima semana. A expectativa é que a prova seja realizada no fim de semana de 24 e 25 de outubro. Procurado, o MEC disse que as informações estarão disponíveis no edital. O aumento da taxa tem impacto sobre um público restrito: a grande maioria dos candidatos está isenta do pagamento. É o caso de alunos da rede pública do último ano do ensino médio e pessoas com renda familiar de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.182). No ano passado, do total de 8,7 milhões de inscritos, 26,48% foram pagantes, o que corresponde a uma arrecadação de R$ 80,8 milhões. Ao mesmo tempo, toda a operação para a realização do Enem 2014 teve um custo de R$ 52 por aluno, ou R$ 453,5 milhões no total. Assim, o valor cobrado do estudante pagante ficou abaixo do custo individual da prova, principal porta de entrada em instituições federais de ensino superior do país. A taxa de R$ 35 contrasta com os valores cobrados por outros vestibulares do país. O preço da inscrição na edição mais recente da Fuvest, por exemplo, foi de R$ 145. O vestibular 2015 da Unicamp cobrou R$ 140. Em seu primeiro discurso como ministro, no mês passado, Renato Janine, afirmou que o MEC também faria "sua contribuição ao ajuste". "Até porque o ajuste não é um fim em si mesmo, mas sim o caminho para prosseguirmos no projeto de inclusão social e de melhoria dos serviços públicos, em especial da educação", afirmou. Programas como Fies e Pronatec já sentiram o impacto do aperto fiscal iniciado no segundo mandato da presidente Dilma. Até aqui, o número de novos financiamentos firmados neste ano corresponde a pouco mais da metade dos realizados no mesmo período do ano passado. Ainda não há definição se haverá abertura do Fies no próximo semestre. Já o Pronatec, programa de qualificação técnica e profissional, teve o início de suas aulas adiado por duas vezes.
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Mais de 1,7 milhão de carros devem deixar capital por causa do feriado
Cerca de 1,7 milhão de veículos vão deixar a capital paulista em direção ao litoral e ao interior do Estado a partir desta quarta-feira (25) em razão do feriado de Corpus Christi. A estimativa é da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que implantou uma operação para o feriado prolongado. Segundo a companhia, a operação tem por objetivo "garantir a segurança, a fluidez do tráfego e a mobilidade dos motoristas e pedestres devido ao intenso aumento do fluxo de veículos, especialmente nos acessos das rodovias". O rodízio municipal foi suspenso nesta sexta-feira (27). O entorno dos terminais rodoviários do Tietê, da Barra Funda e do Jabaquara também serão monitorados pela CET. O motorista que quiser escapar dos congestionamentos deve evitar pegar estrada na tarde e na noite desta quarta-feira (25), bem como na manhã e na tarde de quinta. Para o retorno, no domingo, o ideal é evitar a faixa de horário desde o início da tarde até as 22h. FERIADO DE CORPUS CHRISTI - Piores horários para viajar As ciclofaixas de lazer funcionarão na quinta e no domingo, das 7h às 16h. Confira abaixo o funcionamento de alguns dos principais serviços na capital durante o feriado prolongado. FERIADO DE CORPUS CHRISTI - Abre e fecha na capital
cotidiano
Mais de 1,7 milhão de carros devem deixar capital por causa do feriadoCerca de 1,7 milhão de veículos vão deixar a capital paulista em direção ao litoral e ao interior do Estado a partir desta quarta-feira (25) em razão do feriado de Corpus Christi. A estimativa é da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que implantou uma operação para o feriado prolongado. Segundo a companhia, a operação tem por objetivo "garantir a segurança, a fluidez do tráfego e a mobilidade dos motoristas e pedestres devido ao intenso aumento do fluxo de veículos, especialmente nos acessos das rodovias". O rodízio municipal foi suspenso nesta sexta-feira (27). O entorno dos terminais rodoviários do Tietê, da Barra Funda e do Jabaquara também serão monitorados pela CET. O motorista que quiser escapar dos congestionamentos deve evitar pegar estrada na tarde e na noite desta quarta-feira (25), bem como na manhã e na tarde de quinta. Para o retorno, no domingo, o ideal é evitar a faixa de horário desde o início da tarde até as 22h. FERIADO DE CORPUS CHRISTI - Piores horários para viajar As ciclofaixas de lazer funcionarão na quinta e no domingo, das 7h às 16h. Confira abaixo o funcionamento de alguns dos principais serviços na capital durante o feriado prolongado. FERIADO DE CORPUS CHRISTI - Abre e fecha na capital
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Mais um negro desarmado é morto pela polícia americana
A Justiça americana abriu uma investigação depois que um homem negro desarmado foi abatido por uma policial em Oklahoma, em um novo exemplo dos abusos das forças de segurança contra os afro-americanos. Câmeras gravaram a abordagem.
tv
Mais um negro desarmado é morto pela polícia americanaA Justiça americana abriu uma investigação depois que um homem negro desarmado foi abatido por uma policial em Oklahoma, em um novo exemplo dos abusos das forças de segurança contra os afro-americanos. Câmeras gravaram a abordagem.
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Mestre sorveteira Marcia Garbin inaugura segunda gelateria nos Jardins
DE SÃO PAULO Envidraçada e com dois andares, a nova loja da mestre sorveteira Marcia Garbin fica na esquina da alameda Itu com a rua Pamplona, no Jardim Paulista, perto da primeira unidade, no shopping Cidade São Paulo. As versões da chef —que em 2013 venceu o Festival de Gelatos de Florença— variam conforme a disponibilidade dos ingredientes. Os sabores de manga com maracujá e de doce de leite com cumaru (semente amazônica) valem, senão um copinho (de R$ 10 a R$ 14), pelo menos uma prova na colher. Além dos sorvetes (antes vendidos em um carrinho em feiras e eventos), há doces e cafés. R. Pamplona, 1.023, Jardim Paulista, tel. 3541-1532. Seg. a qui. e dom.: 12h às 20h. Sex. e sáb.: 12h às 23h. Dia 9: 12h às 21h.
saopaulo
Mestre sorveteira Marcia Garbin inaugura segunda gelateria nos JardinsDE SÃO PAULO Envidraçada e com dois andares, a nova loja da mestre sorveteira Marcia Garbin fica na esquina da alameda Itu com a rua Pamplona, no Jardim Paulista, perto da primeira unidade, no shopping Cidade São Paulo. As versões da chef —que em 2013 venceu o Festival de Gelatos de Florença— variam conforme a disponibilidade dos ingredientes. Os sabores de manga com maracujá e de doce de leite com cumaru (semente amazônica) valem, senão um copinho (de R$ 10 a R$ 14), pelo menos uma prova na colher. Além dos sorvetes (antes vendidos em um carrinho em feiras e eventos), há doces e cafés. R. Pamplona, 1.023, Jardim Paulista, tel. 3541-1532. Seg. a qui. e dom.: 12h às 20h. Sex. e sáb.: 12h às 23h. Dia 9: 12h às 21h.
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Rock in Rio foi evento manada
Fãs de rock costumam ser fiéis a suas bandas prediletas e fazem questão de homenageá-las, usando camisetas, bonés e tatuagens de seus artistas preferidos. Mas o público do Rock in Rio inovou: em vez de prestar tributo a bandas, agora veste camisetas de bancos, usa bonés de marca de cerveja e exibe tatuagens com o logotipo de uma fabricante de automóveis. Sinal dos tempos. Mesmo quem está acostumado com a presença de marcas em grandes festivais de música –logotipos nos palcos, comerciais nos telões, promotores distribuindo brindes– se assusta com a "blitzkrieg" corporativa que Roberto Medina impôs ao Rock in Rio. Não há um lugar para onde se olhe sem ver um imenso logotipo. O mais triste é que o público parece não se importar em pagar um ingresso caro –R$ 350– para servir de figurante a campanhas publicitárias. Pessoas gastavam uma hora ou mais na fila, perdendo shows, para ganhar uma camiseta "customizada" com o logotipo de um banco. Outra multidão reciclava copos de plástico no estande de uma marca de cerveja e ganhava produtos com o logo da bebida. Uma terceira fila –também imensa– juntava pessoas que queriam ganhar uma foto segurando uma guitarra em formato de um popular salgadinho. Mas o pior eram as tatuagens removíveis com o logotipo de uma fabricante de automóveis que admitiu ter fraudado o software de medição de poluentes em milhões de carros vendidos em todo o mundo. Como alguém pode ir a um festival cujo lema é "por um mundo melhor" e não se importar em sair por aí com a marca estampada no braço? O Rock in Rio é uma mistura de parque de diversões com shopping a céu aberto. Para muitos, a música importa menos que a balada –com exceção dos fãs de metal e rock mais pesado, sempre obsessivos. O festival já entrou para o calendário turístico da cidade e atrai dezenas de milhares de turistas de todo o mundo, que não se importam se estão vendo o Metallica ou o Elton John e esgotam os ingressos antes de anunciada a escalação completa de bandas. É o tal "evento manada", em que ninguém sabe se todo mundo vai porque é bom ou se é bom porque todo mundo vai. Roberto Medina conseguiu fazer um festival que se tornou mais popular do que qualquer dos artistas que se apresentam nele. Não vai demorar, nem música precisa mais: põe uma roda-gigante e distribui camisetas, que o pessoal vai e ainda pede bis.
ilustrada
Rock in Rio foi evento manadaFãs de rock costumam ser fiéis a suas bandas prediletas e fazem questão de homenageá-las, usando camisetas, bonés e tatuagens de seus artistas preferidos. Mas o público do Rock in Rio inovou: em vez de prestar tributo a bandas, agora veste camisetas de bancos, usa bonés de marca de cerveja e exibe tatuagens com o logotipo de uma fabricante de automóveis. Sinal dos tempos. Mesmo quem está acostumado com a presença de marcas em grandes festivais de música –logotipos nos palcos, comerciais nos telões, promotores distribuindo brindes– se assusta com a "blitzkrieg" corporativa que Roberto Medina impôs ao Rock in Rio. Não há um lugar para onde se olhe sem ver um imenso logotipo. O mais triste é que o público parece não se importar em pagar um ingresso caro –R$ 350– para servir de figurante a campanhas publicitárias. Pessoas gastavam uma hora ou mais na fila, perdendo shows, para ganhar uma camiseta "customizada" com o logotipo de um banco. Outra multidão reciclava copos de plástico no estande de uma marca de cerveja e ganhava produtos com o logo da bebida. Uma terceira fila –também imensa– juntava pessoas que queriam ganhar uma foto segurando uma guitarra em formato de um popular salgadinho. Mas o pior eram as tatuagens removíveis com o logotipo de uma fabricante de automóveis que admitiu ter fraudado o software de medição de poluentes em milhões de carros vendidos em todo o mundo. Como alguém pode ir a um festival cujo lema é "por um mundo melhor" e não se importar em sair por aí com a marca estampada no braço? O Rock in Rio é uma mistura de parque de diversões com shopping a céu aberto. Para muitos, a música importa menos que a balada –com exceção dos fãs de metal e rock mais pesado, sempre obsessivos. O festival já entrou para o calendário turístico da cidade e atrai dezenas de milhares de turistas de todo o mundo, que não se importam se estão vendo o Metallica ou o Elton John e esgotam os ingressos antes de anunciada a escalação completa de bandas. É o tal "evento manada", em que ninguém sabe se todo mundo vai porque é bom ou se é bom porque todo mundo vai. Roberto Medina conseguiu fazer um festival que se tornou mais popular do que qualquer dos artistas que se apresentam nele. Não vai demorar, nem música precisa mais: põe uma roda-gigante e distribui camisetas, que o pessoal vai e ainda pede bis.
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Livro traz relato sóbrio e claro sobre aquecimento global
Quer um conselho sobre o mercado imobiliário? Não compre terreno baixo em frente ao mar : você vai pagar caro hoje e ele vai deixar de existir qualquer dia desses. Mas a verdade é que o traçado da costa não é a única coisa que vai mudar profundamente no mundo nos próximos anos por causa do clima. Quase tudo vai mudar: nenhuma história é tão importante quanto essa para o nosso futuro. Daí a importância de ler "A Espiral da Morte". O livro é resultado de 15 anos de trabalho do jornalista Claudio Angelo, ao longo dos quais ele fez cinco viagens às regiões polares das duas pontas do mundo, andando no gelo com cientistas do clima, voando com pesquisadores da Nasa, navegando com militantes do Greenpeace, conversando com caçadores de urso-polar. Claudio é um sujeito comprometido com os temas que cobre: é o único repórter que já conheci que julgou importante tomar aulas de tupi. E ele tem vocação trágica: se apaixona por esses assuntos terríveis, essas tragédias de aparência irremediável (índios, clima...). Claro que o resto de nós está ocupado demais com nossos Facebooks, com as campanhas do nosso time na Libertadores, com os roteiros rocambolescos da disputa política. Não temos tempo de ficar nos preocupando com o destino dos índios, dos ursos polares, dos icebergs, das baleias. O que a maioria de nós nem suspeita é que essa história que A Espiral da Morte conta vai afetar profundamente a nossa vida - já está afetando. E também a vida dos nossos filhos, e a dos tataranetos dos tataranetos dos nossos filhos, e a dos nossos descendentes 40 mil anos no futuro. O livro não é um manifesto para que juntos salvemos a natureza, nem uma profecia sombria do apocalipse que nos aguarda. É um relato sóbrio, tranquilo, claro, e com algum humor (negro) de tudo o que sabemos sobre o que está acontecendo neste exato momento nos lugares mais frios da Terra. Enquanto damos like nuns posts e bloqueamos outros, bilhões de toneladas de gelo socado acumulado ao longo de milênios lentamente derretem nos extremos norte e sul do planeta, e vão ficando a cada dia mais escorregadios. Não é muito fácil prever exatamente como o gelo vai derreter, como qualquer um que já bebeu uma dose de uísque sabe, mas já está absolutamente claro que está derretendo. Claudio sabe bem disso: ele ouviu o barulho (o estrondo de cachoeira vindo de debaixo do chão de uma geleira). Um dia desses, pedações do tamanho de países inteiros começarão a despencar no mar como pingões de chuva, na Groenlândia e na Antártida. E aí o oceano do mundo vai subir, talvez vários metros. Em muitos lugares o ar vai secar. Tufões e furacões vão ficar cada vez mais frequentes, assim como epidemias espalhadas por mosquitos. Enfim, não é exatamente uma leitura leve para levantar o astral - como aliás Claudio cuidou de deixar bem claro já no título. Mas, ainda assim, espero que muita gente leia. Afinal, é meio assustador que algo tão enormemente importante, que definirá tão profundamente o destino de nossa espécie, seja tão pouco compreendido por nós humanos vivendo sobre a Terra. É assustador que todos os grandes partidos políticos do Brasil façam projetos de grandes obras ignorando completamente o fato consumado de que o clima está mudando. É assustador que o desenho de nossas cidades, nosso modelo produtivo e nossa matriz energética continuem extremamente desorganizados, despreparados para a crise ambiental que já começou a chegar. Eu estava lendo o catatau de quase 500 páginas anteontem, quando minha filha de 3 anos, decidida a evitar que eu cumprisse o prazo desta resenha para a Folha, entrou no meu quarto e pediu para eu contar a história do livro para ela. Quando ela viu a capa – um massivo iceberg groenlandês flutuando na água verde-esmeralda –, comentou: "que lindo, papai". Sorri e olhei para ela. Subitamente, me dei conta de algo que nunca havia me ocorrido: talvez chegue um dia na vida dela em que será muito difícil encontrar uma única praia para ela se deitar ao sol. DENIS RUSSO BURGIERMAN é diretor de Redação da revista "Superinteressante" * A ESPIRAL DA MORTE AUTOR Claudio Angelo EDITORA Companhia das Letras PREÇO R$ 59,90 (496 págs.) AVALIAÇÃO Muito bom
ambiente
Livro traz relato sóbrio e claro sobre aquecimento globalQuer um conselho sobre o mercado imobiliário? Não compre terreno baixo em frente ao mar : você vai pagar caro hoje e ele vai deixar de existir qualquer dia desses. Mas a verdade é que o traçado da costa não é a única coisa que vai mudar profundamente no mundo nos próximos anos por causa do clima. Quase tudo vai mudar: nenhuma história é tão importante quanto essa para o nosso futuro. Daí a importância de ler "A Espiral da Morte". O livro é resultado de 15 anos de trabalho do jornalista Claudio Angelo, ao longo dos quais ele fez cinco viagens às regiões polares das duas pontas do mundo, andando no gelo com cientistas do clima, voando com pesquisadores da Nasa, navegando com militantes do Greenpeace, conversando com caçadores de urso-polar. Claudio é um sujeito comprometido com os temas que cobre: é o único repórter que já conheci que julgou importante tomar aulas de tupi. E ele tem vocação trágica: se apaixona por esses assuntos terríveis, essas tragédias de aparência irremediável (índios, clima...). Claro que o resto de nós está ocupado demais com nossos Facebooks, com as campanhas do nosso time na Libertadores, com os roteiros rocambolescos da disputa política. Não temos tempo de ficar nos preocupando com o destino dos índios, dos ursos polares, dos icebergs, das baleias. O que a maioria de nós nem suspeita é que essa história que A Espiral da Morte conta vai afetar profundamente a nossa vida - já está afetando. E também a vida dos nossos filhos, e a dos tataranetos dos tataranetos dos nossos filhos, e a dos nossos descendentes 40 mil anos no futuro. O livro não é um manifesto para que juntos salvemos a natureza, nem uma profecia sombria do apocalipse que nos aguarda. É um relato sóbrio, tranquilo, claro, e com algum humor (negro) de tudo o que sabemos sobre o que está acontecendo neste exato momento nos lugares mais frios da Terra. Enquanto damos like nuns posts e bloqueamos outros, bilhões de toneladas de gelo socado acumulado ao longo de milênios lentamente derretem nos extremos norte e sul do planeta, e vão ficando a cada dia mais escorregadios. Não é muito fácil prever exatamente como o gelo vai derreter, como qualquer um que já bebeu uma dose de uísque sabe, mas já está absolutamente claro que está derretendo. Claudio sabe bem disso: ele ouviu o barulho (o estrondo de cachoeira vindo de debaixo do chão de uma geleira). Um dia desses, pedações do tamanho de países inteiros começarão a despencar no mar como pingões de chuva, na Groenlândia e na Antártida. E aí o oceano do mundo vai subir, talvez vários metros. Em muitos lugares o ar vai secar. Tufões e furacões vão ficar cada vez mais frequentes, assim como epidemias espalhadas por mosquitos. Enfim, não é exatamente uma leitura leve para levantar o astral - como aliás Claudio cuidou de deixar bem claro já no título. Mas, ainda assim, espero que muita gente leia. Afinal, é meio assustador que algo tão enormemente importante, que definirá tão profundamente o destino de nossa espécie, seja tão pouco compreendido por nós humanos vivendo sobre a Terra. É assustador que todos os grandes partidos políticos do Brasil façam projetos de grandes obras ignorando completamente o fato consumado de que o clima está mudando. É assustador que o desenho de nossas cidades, nosso modelo produtivo e nossa matriz energética continuem extremamente desorganizados, despreparados para a crise ambiental que já começou a chegar. Eu estava lendo o catatau de quase 500 páginas anteontem, quando minha filha de 3 anos, decidida a evitar que eu cumprisse o prazo desta resenha para a Folha, entrou no meu quarto e pediu para eu contar a história do livro para ela. Quando ela viu a capa – um massivo iceberg groenlandês flutuando na água verde-esmeralda –, comentou: "que lindo, papai". Sorri e olhei para ela. Subitamente, me dei conta de algo que nunca havia me ocorrido: talvez chegue um dia na vida dela em que será muito difícil encontrar uma única praia para ela se deitar ao sol. DENIS RUSSO BURGIERMAN é diretor de Redação da revista "Superinteressante" * A ESPIRAL DA MORTE AUTOR Claudio Angelo EDITORA Companhia das Letras PREÇO R$ 59,90 (496 págs.) AVALIAÇÃO Muito bom
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Chinesa CNOOC tem prejuízo e alerta para recuperação do preço do petróleo
A petroleira chinesa CNOOC divulgou um prejuízo para o primeiro semestre do ano nesta quarta-feira (24) e advertiu de que ventos contrários vão impedir uma recuperação nos preços do petróleo de sua pior queda em anos. A empresa, especialista chinesa em petróleo e gás no mar, registrou um prejuízo líquido de 7,74 bilhões de yuans (US$ 1,16 bilhão) nos primeiros seis meses do ano, em comparação com um lucro de 14,73 bilhões de yuans no mesmo período do ano passado, informou a companhia. As vendas de petróleo e gás no período despencaram 28,5%, de 77,03 bilhões de yuans para 55,08 bilhões de yuans, apesar de a produção líquida total ter registrado alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado, para 241,5 milhões de barris de óleo equivalente. A empresa petrolífera estatal prometeu continuar a cortar custos em meio a um mercado "complexo e volátil" e disse que as incertezas permanecem no ambiente macro global e doméstico, enquanto uma recuperação dos preços do petróleo enfrenta ventos contrários. O preço do petróleo Brent, referência global, subiu um terço no primeiro semestre, se recuperando de uma mínima de mais de uma década de US$ 27 por barril em meados de janeiro, em meio a esperanças de que os grandes produtores poderiam reduzir a produção, ajudando a corroer um excedente global. Atualmente, os preços operam perto de US$ 50 por barril, mas têm lutado para sustentar ganhos importantes. A CNOOC é uma das sócias da Petrobras na promissora área exploratória de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, sob regime de partilha, onde autoridades brasileiras acreditam que exista a maior reserva do petróleo do Brasil.
mercado
Chinesa CNOOC tem prejuízo e alerta para recuperação do preço do petróleoA petroleira chinesa CNOOC divulgou um prejuízo para o primeiro semestre do ano nesta quarta-feira (24) e advertiu de que ventos contrários vão impedir uma recuperação nos preços do petróleo de sua pior queda em anos. A empresa, especialista chinesa em petróleo e gás no mar, registrou um prejuízo líquido de 7,74 bilhões de yuans (US$ 1,16 bilhão) nos primeiros seis meses do ano, em comparação com um lucro de 14,73 bilhões de yuans no mesmo período do ano passado, informou a companhia. As vendas de petróleo e gás no período despencaram 28,5%, de 77,03 bilhões de yuans para 55,08 bilhões de yuans, apesar de a produção líquida total ter registrado alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado, para 241,5 milhões de barris de óleo equivalente. A empresa petrolífera estatal prometeu continuar a cortar custos em meio a um mercado "complexo e volátil" e disse que as incertezas permanecem no ambiente macro global e doméstico, enquanto uma recuperação dos preços do petróleo enfrenta ventos contrários. O preço do petróleo Brent, referência global, subiu um terço no primeiro semestre, se recuperando de uma mínima de mais de uma década de US$ 27 por barril em meados de janeiro, em meio a esperanças de que os grandes produtores poderiam reduzir a produção, ajudando a corroer um excedente global. Atualmente, os preços operam perto de US$ 50 por barril, mas têm lutado para sustentar ganhos importantes. A CNOOC é uma das sócias da Petrobras na promissora área exploratória de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, sob regime de partilha, onde autoridades brasileiras acreditam que exista a maior reserva do petróleo do Brasil.
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Meta de plantio de árvores da Olimpíada do Rio não será atingida
Para compensar o impacto ambiental da Olimpíada, o governo do Rio de Janeiro planejava plantar 36 milhões de árvores da mata atlântica, mas até agora menos de um quinto da meta foi cumprido. A meta havia sido anunciada em 2012 por Carlos Minc (PT), à época secretário do Ambiente. O número, inclusive, excedia os 24 milhões de árvores prometidas na época da candidatura do Rio para os jogos –chegando aos 13 mil hectares de floresta. "Nem eu nem minha equipe participamos da definição [da meta] de 24 milhões, que surgiram sem estudo", afirmou o Minc à Folha. "Uma consultoria internacional concluiu que precisávamos de 18 milhões para abater as emissões, então tomamos medidas que poderiam chegar ao plantio de 36 milhões, para garantir", disse. A ideia é compensar a emissão de gases-estufa gerados por causa do evento. A estimativa de um estudo da UFRJ publicado pelo comitê olímpico é que o equivalente a 3,6 milhões de toneladas de CO2 de sejam emitidas. Após a saída de Minc, a SEA-RJ diz não reconhecer a meta de 36 milhões. Em nota, foi dito que ela é responsável por compensar 1,6 milhão de toneladas de gases, sendo que metade já estariam compensados pelos 2,5 mil hectares plantados. O órgão também não esclarece quais árvores foram plantadas especificamente para compensar as emissões da Olimpíada. Na conta atual, entram florestamentos financiados por empresas privadas para "compensar" obras que não as do evento olímpico. Ambientalistas criticam a falta de transparência na definição de quem está pagando o quê. "Quando existe uma meta e não se define de onde vão vir os financiamentos, fica difícil mensurar se o projeto foi realmente adicional ao que teria acontecido normalmente", afirma Lucas Pereira, da ONG Iniciativa Verde. O plantio de árvores é um dos métodos mais eficientes para mitigar o efeito estufa. As árvores plantadas até agora no Rio, por exemplo, têm o potencial de absorver 50 mil toneladas de CO2 por ano enquanto estiverem crescendo. Em 2013, o site da SEA-RJ incluía o compromisso da Petrobras de compensar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro com o plantio de 7 milhões de árvores. Após questionamento da Folha, a página foi tirada do ar. O governo do Rio também tem sido alvo de críticas por não ter despoluído 80% do esgoto despejado na baía de Guanabara, onde acontecerão as provas de vela, remo e maratona aquática, e por ter autorizado a construção de um campo de golfe em área de reserva ambiental. EM LONDRES Nos jogos de Londres-2012, os planos de compensação de carbono também foram abandonados prematuramente. Em 2011, os organizadores recuaram de plano apresentado em 2009 que prometia investimentos em energia limpa em países em desenvolvimento. A única compensação foi patrocinada pela British Petroleum, parceira do evento, que comprou créditos de carbono equivalentes a 100 das 913 mil toneladas de emissões geradas pelo transporte dos espectadores —boa parte das 3,3 milhões de toneladas do evento. Outra iniciativa de destaque de Londres foi a reciclagem de 70% dos resíduos gerados pelo público e a compostagem dos resíduos orgânicos, que são uma das principais fonte de emissões no mundo. No Rio de Janeiro, o comitê organizador planeja manter esse patamar. O plano de reduzir o uso de combustíveis fósseis em 20% durante os jogos de 2012 também não se concretizou. A turbina eólica que forneceria energia sustentável não pôde ser instalada no lugar planejado devido a regulações de segurança; além disso, o relatório final do comitê de sustentabilidade da Olimpíada apontou que 40% dos locais visitados não cumpriram o plano de economia de energia.
ambiente
Meta de plantio de árvores da Olimpíada do Rio não será atingidaPara compensar o impacto ambiental da Olimpíada, o governo do Rio de Janeiro planejava plantar 36 milhões de árvores da mata atlântica, mas até agora menos de um quinto da meta foi cumprido. A meta havia sido anunciada em 2012 por Carlos Minc (PT), à época secretário do Ambiente. O número, inclusive, excedia os 24 milhões de árvores prometidas na época da candidatura do Rio para os jogos –chegando aos 13 mil hectares de floresta. "Nem eu nem minha equipe participamos da definição [da meta] de 24 milhões, que surgiram sem estudo", afirmou o Minc à Folha. "Uma consultoria internacional concluiu que precisávamos de 18 milhões para abater as emissões, então tomamos medidas que poderiam chegar ao plantio de 36 milhões, para garantir", disse. A ideia é compensar a emissão de gases-estufa gerados por causa do evento. A estimativa de um estudo da UFRJ publicado pelo comitê olímpico é que o equivalente a 3,6 milhões de toneladas de CO2 de sejam emitidas. Após a saída de Minc, a SEA-RJ diz não reconhecer a meta de 36 milhões. Em nota, foi dito que ela é responsável por compensar 1,6 milhão de toneladas de gases, sendo que metade já estariam compensados pelos 2,5 mil hectares plantados. O órgão também não esclarece quais árvores foram plantadas especificamente para compensar as emissões da Olimpíada. Na conta atual, entram florestamentos financiados por empresas privadas para "compensar" obras que não as do evento olímpico. Ambientalistas criticam a falta de transparência na definição de quem está pagando o quê. "Quando existe uma meta e não se define de onde vão vir os financiamentos, fica difícil mensurar se o projeto foi realmente adicional ao que teria acontecido normalmente", afirma Lucas Pereira, da ONG Iniciativa Verde. O plantio de árvores é um dos métodos mais eficientes para mitigar o efeito estufa. As árvores plantadas até agora no Rio, por exemplo, têm o potencial de absorver 50 mil toneladas de CO2 por ano enquanto estiverem crescendo. Em 2013, o site da SEA-RJ incluía o compromisso da Petrobras de compensar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro com o plantio de 7 milhões de árvores. Após questionamento da Folha, a página foi tirada do ar. O governo do Rio também tem sido alvo de críticas por não ter despoluído 80% do esgoto despejado na baía de Guanabara, onde acontecerão as provas de vela, remo e maratona aquática, e por ter autorizado a construção de um campo de golfe em área de reserva ambiental. EM LONDRES Nos jogos de Londres-2012, os planos de compensação de carbono também foram abandonados prematuramente. Em 2011, os organizadores recuaram de plano apresentado em 2009 que prometia investimentos em energia limpa em países em desenvolvimento. A única compensação foi patrocinada pela British Petroleum, parceira do evento, que comprou créditos de carbono equivalentes a 100 das 913 mil toneladas de emissões geradas pelo transporte dos espectadores —boa parte das 3,3 milhões de toneladas do evento. Outra iniciativa de destaque de Londres foi a reciclagem de 70% dos resíduos gerados pelo público e a compostagem dos resíduos orgânicos, que são uma das principais fonte de emissões no mundo. No Rio de Janeiro, o comitê organizador planeja manter esse patamar. O plano de reduzir o uso de combustíveis fósseis em 20% durante os jogos de 2012 também não se concretizou. A turbina eólica que forneceria energia sustentável não pôde ser instalada no lugar planejado devido a regulações de segurança; além disso, o relatório final do comitê de sustentabilidade da Olimpíada apontou que 40% dos locais visitados não cumpriram o plano de economia de energia.
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Projeto veta fechamento de ruas de São Paulo das 6h às 22h
A gestão Fernando Haddad (PT) elaborou projeto de lei que determina a abertura de vilas, ruas sem saída e de pouco trânsito fechadas pelos moradores entre as 6h e as 22h. Os moradores poderão fechar os portões no período noturno e impedir também a passagem de pedestres. Durante o dia ela é liberada. Segundo o projeto, será necessário ter anuência de 70% dos moradores do local para pedir autorização de fechamento e cumprir contrapartida definida pela prefeitura, como o plantio de árvores. Os moradores também deverão ficar responsáveis pela conservação do local, como a varrição e coleta de lixo. As subprefeituras terão até seis meses para se manifestar sobre os pedidos –depois disso, o bloqueio é liberado A lei valerá para os locais que já são fechados atualmente. Quem não se adequar à regras poderá ser multado em R$ 1.000 por casa. JUSTIÇA A legislação anterior autorizava o fechamento em tempo integral, mas foi questionada pelo Ministério Público e acabou anulada na Justiça. Segundo a prefeitura, um dos questionamentos era de que o tema não poderia ser uma iniciativa do Legislativo. A gestão Haddad espera que a lei seja aprovada em 40 dias, mas vereadores acreditam que os debates devem se estender até o fim do ano. Pressionada por associações de moradores, a Câmara deve alterar o texto do projeto para liberar o fechamento dos portões o dia todo. João Henrique Cardoso de Souza, que mora em uma rua fechada na zona norte, diz que o projeto prejudica as vilas pequenas e mais pobres. "Quem está fechado vai ter que abrir. Quem tem poder aquisitivo para manter uma segurança na porta, muito bem. Quem não tem, que é a maioria, vai ser prejudicado." Questionado sobre se a iniciativa contradiz o discurso da gestão Haddad de priorizar o espaço público, o secretário Fernando de Mello Franco (Desenvolvimento Urbano) disse que, "independente de posição pessoal", o objetivo do projeto é regulamentar o tema.
cotidiano
Projeto veta fechamento de ruas de São Paulo das 6h às 22hA gestão Fernando Haddad (PT) elaborou projeto de lei que determina a abertura de vilas, ruas sem saída e de pouco trânsito fechadas pelos moradores entre as 6h e as 22h. Os moradores poderão fechar os portões no período noturno e impedir também a passagem de pedestres. Durante o dia ela é liberada. Segundo o projeto, será necessário ter anuência de 70% dos moradores do local para pedir autorização de fechamento e cumprir contrapartida definida pela prefeitura, como o plantio de árvores. Os moradores também deverão ficar responsáveis pela conservação do local, como a varrição e coleta de lixo. As subprefeituras terão até seis meses para se manifestar sobre os pedidos –depois disso, o bloqueio é liberado A lei valerá para os locais que já são fechados atualmente. Quem não se adequar à regras poderá ser multado em R$ 1.000 por casa. JUSTIÇA A legislação anterior autorizava o fechamento em tempo integral, mas foi questionada pelo Ministério Público e acabou anulada na Justiça. Segundo a prefeitura, um dos questionamentos era de que o tema não poderia ser uma iniciativa do Legislativo. A gestão Haddad espera que a lei seja aprovada em 40 dias, mas vereadores acreditam que os debates devem se estender até o fim do ano. Pressionada por associações de moradores, a Câmara deve alterar o texto do projeto para liberar o fechamento dos portões o dia todo. João Henrique Cardoso de Souza, que mora em uma rua fechada na zona norte, diz que o projeto prejudica as vilas pequenas e mais pobres. "Quem está fechado vai ter que abrir. Quem tem poder aquisitivo para manter uma segurança na porta, muito bem. Quem não tem, que é a maioria, vai ser prejudicado." Questionado sobre se a iniciativa contradiz o discurso da gestão Haddad de priorizar o espaço público, o secretário Fernando de Mello Franco (Desenvolvimento Urbano) disse que, "independente de posição pessoal", o objetivo do projeto é regulamentar o tema.
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Exposição de Nino Cais tem obras inspiradas em 'falso e verdadeiro'
MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO "A oposição do falso e do verdadeiro é um reflexo do que vivemos nas artes plásticas. É pensar o que vale e o que não vale numa obra, o que dá identidade ao trabalho." Assim Nino Cais, que nasceu em 1969 —ano em que o homem pisou (supostamente?) pela primeira vez na Lua—, define de onde vem a inspiração para sua nova individual, "A Conquista da Lua". Em cartaz na Central Galeria de Arte, a exposição reúne instalações, fotos e uma videoinstalação inédita que jogam luz aos seus 15 anos de carreira. Para compor a mostra, o artista fez parcerias. A estilista Fernanda Yamamoto é uma delas, participando da série "Alegorias" —são 21 vestimentas coloridas penduradas em cabides pela sala. "A palavra 'alegoria' também se relaciona com o tema, pois ela apenas representa algo, não o é", reforça Cais. A atriz Bárbara Paz participa de uma videoinstalação inspirada em uma pintura do dinamarquês Vilheim Hammershoi (1864-1916). Na tela, uma mulher parece esperar por alguém que nunca irá chegar. Informe-se sobre a exposição
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Exposição de Nino Cais tem obras inspiradas em 'falso e verdadeiro'MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO "A oposição do falso e do verdadeiro é um reflexo do que vivemos nas artes plásticas. É pensar o que vale e o que não vale numa obra, o que dá identidade ao trabalho." Assim Nino Cais, que nasceu em 1969 —ano em que o homem pisou (supostamente?) pela primeira vez na Lua—, define de onde vem a inspiração para sua nova individual, "A Conquista da Lua". Em cartaz na Central Galeria de Arte, a exposição reúne instalações, fotos e uma videoinstalação inédita que jogam luz aos seus 15 anos de carreira. Para compor a mostra, o artista fez parcerias. A estilista Fernanda Yamamoto é uma delas, participando da série "Alegorias" —são 21 vestimentas coloridas penduradas em cabides pela sala. "A palavra 'alegoria' também se relaciona com o tema, pois ela apenas representa algo, não o é", reforça Cais. A atriz Bárbara Paz participa de uma videoinstalação inspirada em uma pintura do dinamarquês Vilheim Hammershoi (1864-1916). Na tela, uma mulher parece esperar por alguém que nunca irá chegar. Informe-se sobre a exposição
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Corpos de vítimas de acidente em SC são enterrados; 51 morreram
Os corpos das vítimas do mais grave acidente da história das rodovias catarinenses, que deixou 51 pessoas mortas e feriu outras oito no sábado (14), começaram a ser enterrados na manhã desta segunda-feira (16) em cidades do sul do Paraná e do norte de Santa Catarina. Em União da Vitória (PR), de onde o ônibus partiu, sete corpos foram velados no ginásio de esportes Benedito Albino. Em Porto União (SC), outros 12 foram velados na capela do bairro Santa Rosa. As duas cidades são separadas apenas por uma linha de trem. Algumas famílias preferiram realizar os velórios em casa. Carros dos bombeiros foram usados nesta segunda para levar os caixões até os cemitérios das duas cidades. Houve enterros também em municípios da região. No domingo (15), 32 corpos haviam sido transportados em um caminhão refrigerado para União da Vitória. Outros 18 foram levados à cidade por funerárias. Até o início desta tarde, um último corpo ainda se encontrava no IML (Instituto Médico Legal) de Joinville, mas a expectativa era que fosse liberado ainda nesta segunda. Com capacidade para 42 pessoas, o ônibus que se acidentou levava 59 jovens e adultos para um evento religioso em Guaratuba, no litoral do Paraná. O veículo, que estava superlotado, saiu da pista e capotou, caindo em uma ribanceira. Entre os mortos, há 11 crianças. O acidente ocorreu na serra Dona Francisca, que possui muitas curvas fechadas. A hipótese é que o ônibus tenha perdido o freio antes de sair da pista e capotar por cerca de 400 metros. O motorista, dono do veículo, morreu no acidente. O caso está sendo investigado pela polícia.
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Corpos de vítimas de acidente em SC são enterrados; 51 morreramOs corpos das vítimas do mais grave acidente da história das rodovias catarinenses, que deixou 51 pessoas mortas e feriu outras oito no sábado (14), começaram a ser enterrados na manhã desta segunda-feira (16) em cidades do sul do Paraná e do norte de Santa Catarina. Em União da Vitória (PR), de onde o ônibus partiu, sete corpos foram velados no ginásio de esportes Benedito Albino. Em Porto União (SC), outros 12 foram velados na capela do bairro Santa Rosa. As duas cidades são separadas apenas por uma linha de trem. Algumas famílias preferiram realizar os velórios em casa. Carros dos bombeiros foram usados nesta segunda para levar os caixões até os cemitérios das duas cidades. Houve enterros também em municípios da região. No domingo (15), 32 corpos haviam sido transportados em um caminhão refrigerado para União da Vitória. Outros 18 foram levados à cidade por funerárias. Até o início desta tarde, um último corpo ainda se encontrava no IML (Instituto Médico Legal) de Joinville, mas a expectativa era que fosse liberado ainda nesta segunda. Com capacidade para 42 pessoas, o ônibus que se acidentou levava 59 jovens e adultos para um evento religioso em Guaratuba, no litoral do Paraná. O veículo, que estava superlotado, saiu da pista e capotou, caindo em uma ribanceira. Entre os mortos, há 11 crianças. O acidente ocorreu na serra Dona Francisca, que possui muitas curvas fechadas. A hipótese é que o ônibus tenha perdido o freio antes de sair da pista e capotar por cerca de 400 metros. O motorista, dono do veículo, morreu no acidente. O caso está sendo investigado pela polícia.
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Em ação contra Cunha, STF mantém datas de testemunhas de acusação
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, negou nesta quarta-feira (20) pedido da defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e manteve o início da tomada de depoimentos de 11 testemunhas de acusação na ação penal na qual o parlamentar é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. No processo, Cunha é réu pelo suposto recebimento de US$ 5 milhões de propina em contratos de navios-sondas da Petrobras. Os advogados do peemedebista questionaram a decisão do juiz auxiliar do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, que determinou o início das audiências para ouvir testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República. Para os defensores do parlamentar, os depoimentos não poderiam ter sido agendados durante o mês de julho, período de recesso no tribunal. Outro argumento é que os advogados não foram intimados sobre a decisão que autorizou as audiências. A OAB também enviou manifestação ao Supremo reforçando a posição da defesa pela suspensão dos depoimentos. Lewandowski avaliou que o caso não é de urgência, portanto, não tem elementos que justifiquem ser analisado por ele durante o recesso. O presidente do STF considerou ainda entendimento fixado pela maioria do tribunal de que não cabe habeas corpus contra decisão de ministro. Para o advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, a decisão sobre os depoimentos em meio ao recesso prejudica a defesa do deputado. "É inequívoco o prejuízo para o processo: um juiz assistente profere decisão, no curso do recesso, enquanto a defesa encontra-se impedida de recorrer daquela decisão que denegou as provas. Se era caso de urgência, e não é, caberia ao ministro Presidente, não ao juiz assistente do ministro Teori, decidir sobre a causa", afirmou. Os depoimentos começam nesta quinta (21), com a fala do doleiro Alberto Youssef, e vão até o dia 8 de agosto. Serão realizadas audiências no Paraná, em Brasília, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Também serão ouvidos como os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, o doleiro Alberto Youssef, Júlio Camargo e Leonardo Meirelles. O deputado Sérgio Brito (PSD-BA) e o ex-diretor de informática da Câmara Luiz Antônio da Eira, que foi exonerado por Cunha depois que a Folha revelou que o requerimento apresentado por Solange Almeida era de autoria do peemedebista, também falarão à Justiça. Por terem assinado acordo de colaboração, os delatores são obrigados a contar os fatos de que tiverem conhecimento e não podem ficar calados durante à oitiva. Depois dessa etapa, serão ouvidas as testemunhas de defesa. Na sequência, será iniciada uma nova etapa de coletas de provas e questionamentos dos elementos do processo. Cunha também será interrogado e, depois, o Ministério Público e fará suas alegações finais, repassando o caso para o ministro Teori Zavascki fechar seu voto. Outro integrante do Supremo será encarregado de revisar o processo liberando o caso para votação. Na Lava Jato, o deputado afastado ainda é alvo de outra ação penal sob acusação de ter recebido R$ 5,2 milhões em propina de um negócio da Petrobras da África. Ele também é investigado em outros três inquéritos por suposto uso do cargo para beneficiar aliados em troca de vantagens indevidas. Cunha também foi denunciado por participação em um esquema de corrupção na Caixa. O deputado nega envolvimento com a Lava Jato.
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Em ação contra Cunha, STF mantém datas de testemunhas de acusaçãoO presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, negou nesta quarta-feira (20) pedido da defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e manteve o início da tomada de depoimentos de 11 testemunhas de acusação na ação penal na qual o parlamentar é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. No processo, Cunha é réu pelo suposto recebimento de US$ 5 milhões de propina em contratos de navios-sondas da Petrobras. Os advogados do peemedebista questionaram a decisão do juiz auxiliar do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, que determinou o início das audiências para ouvir testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República. Para os defensores do parlamentar, os depoimentos não poderiam ter sido agendados durante o mês de julho, período de recesso no tribunal. Outro argumento é que os advogados não foram intimados sobre a decisão que autorizou as audiências. A OAB também enviou manifestação ao Supremo reforçando a posição da defesa pela suspensão dos depoimentos. Lewandowski avaliou que o caso não é de urgência, portanto, não tem elementos que justifiquem ser analisado por ele durante o recesso. O presidente do STF considerou ainda entendimento fixado pela maioria do tribunal de que não cabe habeas corpus contra decisão de ministro. Para o advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, a decisão sobre os depoimentos em meio ao recesso prejudica a defesa do deputado. "É inequívoco o prejuízo para o processo: um juiz assistente profere decisão, no curso do recesso, enquanto a defesa encontra-se impedida de recorrer daquela decisão que denegou as provas. Se era caso de urgência, e não é, caberia ao ministro Presidente, não ao juiz assistente do ministro Teori, decidir sobre a causa", afirmou. Os depoimentos começam nesta quinta (21), com a fala do doleiro Alberto Youssef, e vão até o dia 8 de agosto. Serão realizadas audiências no Paraná, em Brasília, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Também serão ouvidos como os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, o doleiro Alberto Youssef, Júlio Camargo e Leonardo Meirelles. O deputado Sérgio Brito (PSD-BA) e o ex-diretor de informática da Câmara Luiz Antônio da Eira, que foi exonerado por Cunha depois que a Folha revelou que o requerimento apresentado por Solange Almeida era de autoria do peemedebista, também falarão à Justiça. Por terem assinado acordo de colaboração, os delatores são obrigados a contar os fatos de que tiverem conhecimento e não podem ficar calados durante à oitiva. Depois dessa etapa, serão ouvidas as testemunhas de defesa. Na sequência, será iniciada uma nova etapa de coletas de provas e questionamentos dos elementos do processo. Cunha também será interrogado e, depois, o Ministério Público e fará suas alegações finais, repassando o caso para o ministro Teori Zavascki fechar seu voto. Outro integrante do Supremo será encarregado de revisar o processo liberando o caso para votação. Na Lava Jato, o deputado afastado ainda é alvo de outra ação penal sob acusação de ter recebido R$ 5,2 milhões em propina de um negócio da Petrobras da África. Ele também é investigado em outros três inquéritos por suposto uso do cargo para beneficiar aliados em troca de vantagens indevidas. Cunha também foi denunciado por participação em um esquema de corrupção na Caixa. O deputado nega envolvimento com a Lava Jato.
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Governo diz que afastar Moreira causará 'danos irreparáveis' ao país
Em recurso à Justiça Federal, o governo Michel Temer afirma que o afastamento de Moreira Franco do cargo de ministro pode causar "danos irreparáveis ao país". A expressão está no recurso que a Advocacia-Geral da União apresentou nesta quarta (8) ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O Planalto tenta derrubar a liminar que anulou a nomeação de Moreira, citado na Operação Lava Jato. O peemedebista ganhou foro privilegiado três dias depois de as delações da Odebrecht serem homologadas. No recurso, a AGU sustenta que a manutenção da liminar pode provocar "grave lesão à ordem pública e administrativa". A defesa do governo também afirma que Moreira não ganhou o cargo para se blindar da Justiça. "Com o devido respeito, não há nada nos autos que dê a mínima pista de que o ato presidencial visava obstruir a Justiça", diz o recurso da AGU. O texto sustenta ainda que as delações que acusam o peemedebista ainda precisam ser comprovadas em juízo. E acrescenta que o foro especial não qualificaria privilégio, já que os ministros acusados de crime estão "sujeitos a julgamento pela mais alta corte do país". COMPARAÇÃO COM LULA Mais cedo, a ministra da AGU, Grace Mendonça, disse à Folha que a nomeação do peemedebista foi "muito diferente" da indicação do ex-presidente Lula para a Casa Civil, em março de 2016. O juiz da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, Eduardo Rocha Penteado, comparou os dois casos ao anular a portaria que nomeou o peemedebista.
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Governo diz que afastar Moreira causará 'danos irreparáveis' ao paísEm recurso à Justiça Federal, o governo Michel Temer afirma que o afastamento de Moreira Franco do cargo de ministro pode causar "danos irreparáveis ao país". A expressão está no recurso que a Advocacia-Geral da União apresentou nesta quarta (8) ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O Planalto tenta derrubar a liminar que anulou a nomeação de Moreira, citado na Operação Lava Jato. O peemedebista ganhou foro privilegiado três dias depois de as delações da Odebrecht serem homologadas. No recurso, a AGU sustenta que a manutenção da liminar pode provocar "grave lesão à ordem pública e administrativa". A defesa do governo também afirma que Moreira não ganhou o cargo para se blindar da Justiça. "Com o devido respeito, não há nada nos autos que dê a mínima pista de que o ato presidencial visava obstruir a Justiça", diz o recurso da AGU. O texto sustenta ainda que as delações que acusam o peemedebista ainda precisam ser comprovadas em juízo. E acrescenta que o foro especial não qualificaria privilégio, já que os ministros acusados de crime estão "sujeitos a julgamento pela mais alta corte do país". COMPARAÇÃO COM LULA Mais cedo, a ministra da AGU, Grace Mendonça, disse à Folha que a nomeação do peemedebista foi "muito diferente" da indicação do ex-presidente Lula para a Casa Civil, em março de 2016. O juiz da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, Eduardo Rocha Penteado, comparou os dois casos ao anular a portaria que nomeou o peemedebista.
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Diocese de cidade italiana enviará homilia a fiéis por WhatsApp
A diocese da cidade italiana de Padova informou nesta segunda-feira (15) que usará o WhatsApp para se comunicar com seus seus fiéis. Para tornar o aplicativo uma ferramenta de evangelização, o bispo da região, Claudio Cipolla, irá enviar suas homilias todos os domingos por meio do WhatsApp e de outras redes sociais. A princípio, a ação vai até a Páscoa. Batizado de "WhatsApphomilia", o projeto foi anunciado pelo papa Francisco como parte da campanha "Um Attimo di Pace" (um momento de paz, em livre). A ideia é promover reflexões sobre religião por meio da internet. "É um novo modelo pastoral, direcionado a adultos que têm pequenos períodos de tempo livre a sua disposição e estão interessados em mensagens rápidas", disse o coordenador do projeto, padre Marco Sanavio.
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Diocese de cidade italiana enviará homilia a fiéis por WhatsAppA diocese da cidade italiana de Padova informou nesta segunda-feira (15) que usará o WhatsApp para se comunicar com seus seus fiéis. Para tornar o aplicativo uma ferramenta de evangelização, o bispo da região, Claudio Cipolla, irá enviar suas homilias todos os domingos por meio do WhatsApp e de outras redes sociais. A princípio, a ação vai até a Páscoa. Batizado de "WhatsApphomilia", o projeto foi anunciado pelo papa Francisco como parte da campanha "Um Attimo di Pace" (um momento de paz, em livre). A ideia é promover reflexões sobre religião por meio da internet. "É um novo modelo pastoral, direcionado a adultos que têm pequenos períodos de tempo livre a sua disposição e estão interessados em mensagens rápidas", disse o coordenador do projeto, padre Marco Sanavio.
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El Niño faz deserto do Atacama se transformar em tapete de flores
Um gigantesco tapete de flores multicolorido cobre o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, localizado no norte do Chile, com uma intensidade nunca vista em décadas, um efeito maravilhoso do fenômeno El Niño. Nas imensas ladeiras desérticas, floresceram milhares de espécies de flores nas cores amarela, vermelha, branca e violeta, que encheram de cores esse imenso espaço vazio que nesta época atinge temperaturas superiores aos 40 graus. Milhares de flores Nolana paradoxa, em tons de violeta e branco, e Rhodophiala rhodocirion emergem para vestir de cor a habitual palidez de suas terras. Somam-se a essa festa colorida milhares de "leontochires" (Bomarea ovallei), espécie endêmica do Chile, de cor avermelhada, e de Calandrinia longiscapa, de diferentes tonalidades, que aportam todo o seu espetáculo da natureza, que costuma produzir a cada quatro ou cinco anos e que nesta ocasião atingiu uma intensidade nunca vista em décadas. "Este ano foi particularmente especial porque a quantidade de água que caiu fez com que seja talvez o mais espetacular dos últimos 40 ou 50 anos", disse à AFP Raúl Céspedes, museólogo e acadêmico da Universidade do Atacama. OUTROS EFEITOS O fenômeno climático El Niño, que impactou com maior força este ano, trouxe as chuvas necessárias para que germinem os bulbos e os rizomas (talos subterrâneos que crescem de forma horizontal), que se mantêm latentes neste local árido. "Quando a gente pensa no deserto, pensa em absoluta secura, mas há um ecossistema que está latente e esperando para que certas condições ocorram", como a queda d'água, altas temperaturas e umidade, explicou Céspedes. O fenômeno da floração foi particularmente extenso este ano. Após um primeiro florescimento no inverno, depois das incomuns chuvas que caíram em março e provocaram enxurradas que deixaram mais de 30 mortos na região do Atacama, uma segunda foi registrada no começo da primavera austral. "O caso de agora foi um fenômeno muito incomum, já que devido às enxurradas em março, ocorreu uma floração especial na época do inverno, situação da qual não havia registro, e depois houve outra floração na primavera", disse à AFP Daniel Díaz, diretor regional do Serviço Nacional de Turismo da Região do Atacama. "Duas florações ao ano é algo muito incomum no deserto mais árido do mundo e isso é algo que pudemos desfrutar na nossa primavera, junto com pessoas de todo o mundo. Há muita expectativa e interesse por conhecê-lo", acrescentou. O fenômeno foi muito benéfico para a região, que registra um aumento de 40% na visitação de turistas. "É muito incomum. Viemos tomar café da manhã com as flores. Viemos da Inglaterra dirigindo ao redor do mundo", contou à AFP Edward Zannahand, turista inglês, enquanto contemplava a paisagem.
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El Niño faz deserto do Atacama se transformar em tapete de floresUm gigantesco tapete de flores multicolorido cobre o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, localizado no norte do Chile, com uma intensidade nunca vista em décadas, um efeito maravilhoso do fenômeno El Niño. Nas imensas ladeiras desérticas, floresceram milhares de espécies de flores nas cores amarela, vermelha, branca e violeta, que encheram de cores esse imenso espaço vazio que nesta época atinge temperaturas superiores aos 40 graus. Milhares de flores Nolana paradoxa, em tons de violeta e branco, e Rhodophiala rhodocirion emergem para vestir de cor a habitual palidez de suas terras. Somam-se a essa festa colorida milhares de "leontochires" (Bomarea ovallei), espécie endêmica do Chile, de cor avermelhada, e de Calandrinia longiscapa, de diferentes tonalidades, que aportam todo o seu espetáculo da natureza, que costuma produzir a cada quatro ou cinco anos e que nesta ocasião atingiu uma intensidade nunca vista em décadas. "Este ano foi particularmente especial porque a quantidade de água que caiu fez com que seja talvez o mais espetacular dos últimos 40 ou 50 anos", disse à AFP Raúl Céspedes, museólogo e acadêmico da Universidade do Atacama. OUTROS EFEITOS O fenômeno climático El Niño, que impactou com maior força este ano, trouxe as chuvas necessárias para que germinem os bulbos e os rizomas (talos subterrâneos que crescem de forma horizontal), que se mantêm latentes neste local árido. "Quando a gente pensa no deserto, pensa em absoluta secura, mas há um ecossistema que está latente e esperando para que certas condições ocorram", como a queda d'água, altas temperaturas e umidade, explicou Céspedes. O fenômeno da floração foi particularmente extenso este ano. Após um primeiro florescimento no inverno, depois das incomuns chuvas que caíram em março e provocaram enxurradas que deixaram mais de 30 mortos na região do Atacama, uma segunda foi registrada no começo da primavera austral. "O caso de agora foi um fenômeno muito incomum, já que devido às enxurradas em março, ocorreu uma floração especial na época do inverno, situação da qual não havia registro, e depois houve outra floração na primavera", disse à AFP Daniel Díaz, diretor regional do Serviço Nacional de Turismo da Região do Atacama. "Duas florações ao ano é algo muito incomum no deserto mais árido do mundo e isso é algo que pudemos desfrutar na nossa primavera, junto com pessoas de todo o mundo. Há muita expectativa e interesse por conhecê-lo", acrescentou. O fenômeno foi muito benéfico para a região, que registra um aumento de 40% na visitação de turistas. "É muito incomum. Viemos tomar café da manhã com as flores. Viemos da Inglaterra dirigindo ao redor do mundo", contou à AFP Edward Zannahand, turista inglês, enquanto contemplava a paisagem.
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CBF comete gafe e dá medalha da Série C para lateral Fagner, do Corinthians
A CBF cometeu um pequeno erro na entrega da premiação ao Corinthians, hexacampeão Brasileiro, no último domingo (22). Após a goleada de 6 a 1 sobre o São Paulo, o time alvinegro recebeu o troféu e as medalhas, antes de dar a volta olímpica em Itaquera. O lateral direito Fagner, no entanto, recebeu o ouro errado. A confederação entregou ao jogador a medalha da Série C e não a da primeira divisão. O corintiano, no entanto, só percebeu horas mais tarde e comunicou a diretoria, que logo entrou em contato com a CBF para fazer a mudança. Segundo a assessoria da CBF e de Fagner, ele já recebeu a medalha correta. O erro gerou brincadeiras entre os jogadores. Até uma montagem do lateral levantando a taça com o Vila Nova, campeão da Série C, foi feita para brincar com a situação. Foi Walter Feldman, secretário-geral da CBF, quem fez a entrega de medalhas na Arena Corinthians. O presidente Marco Polo Del Nero não compareceu ao evento de premiação do Brasileiro.
esporte
CBF comete gafe e dá medalha da Série C para lateral Fagner, do CorinthiansA CBF cometeu um pequeno erro na entrega da premiação ao Corinthians, hexacampeão Brasileiro, no último domingo (22). Após a goleada de 6 a 1 sobre o São Paulo, o time alvinegro recebeu o troféu e as medalhas, antes de dar a volta olímpica em Itaquera. O lateral direito Fagner, no entanto, recebeu o ouro errado. A confederação entregou ao jogador a medalha da Série C e não a da primeira divisão. O corintiano, no entanto, só percebeu horas mais tarde e comunicou a diretoria, que logo entrou em contato com a CBF para fazer a mudança. Segundo a assessoria da CBF e de Fagner, ele já recebeu a medalha correta. O erro gerou brincadeiras entre os jogadores. Até uma montagem do lateral levantando a taça com o Vila Nova, campeão da Série C, foi feita para brincar com a situação. Foi Walter Feldman, secretário-geral da CBF, quem fez a entrega de medalhas na Arena Corinthians. O presidente Marco Polo Del Nero não compareceu ao evento de premiação do Brasileiro.
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No mercado ou no jardim, casas servem ceviche e falafel
Um estampa caveiras nas embalagens descartáveis. O outro faz comida "com foco na potência do amor". O importante é que dois novos endereços em Pinheiros, zona oeste, servem comida gostosa a preços justos. Em outubro, o chef boliviano Checho Gonzales abriu a Comedoria Gonzales, um box no Mercado Municipal de Pinheiros. Lá, o pedido deve ser feito antes, no caixa. Há 12 lugares em um charmoso balcão para provar ceviches de peixe (R$ 15) ou de frutos do mar (R$ 18) em quatro diferentes marinadas: de manga, açaí, tomate ou leite de amêndoas. Se a fome for muita –e o ceviche não for suficiente–, as costelinhas, as coxas de frango ou os galetos (R$ 15, cada um) resolvem o problema. Eles podem vir com batata bolinha ao alho, batata-inglesa com alecrim, batata-doce com tomilho-limão ou milho-verde cozido com erva-doce (nada na Comedoria é frito). O Vila das Rosas foi aberto há pouco mais de um mês e serve comida vegetariana em um agradável jardim. Há duas opções diárias de pratos no almoço, sendo o falafel sempre uma delas. A receita egípcia de Marie Attia leva, além do grão- de-bico, batata. Os leves bolinhos vêm no prato com hommus, babaganoush, tabule e salada de folhas (R$ 26) –podem ser servidos também no pão árabe ou como hambúrguer. O prato do dia pode ser quibe de abóbora recheado com coalhada, arroz com tâmaras, abobrinha ao curry e salada à parte. Para refrescar, tome um chá gelado (R$ 5). As opções variam (se possível, peça o de maracujá com hortelã). COMEDORIA GONZALES ENDEREÇO r. Pedro Cristi, 89, box 85; tel. (11) 3813-8719 HORÁRIO de seg. a sáb., das 8h às 18h OUTRA SUGESTÃO sanduíche de chola, com presunto e vinagrete de repolho (R$ 12) e salteñas de carne ou frango (R$ 8) VILA DAS ROSAS ENDEREÇO r. Jorge Rizzo, 146; tel. (11) 3814-2920 HORÁRIO de seg. a sex., das 11h30 as 15h OUTRA SUGESTÃO lasanha de brócolis com queijo e molho de tomate (R$ 20)
comida
No mercado ou no jardim, casas servem ceviche e falafelUm estampa caveiras nas embalagens descartáveis. O outro faz comida "com foco na potência do amor". O importante é que dois novos endereços em Pinheiros, zona oeste, servem comida gostosa a preços justos. Em outubro, o chef boliviano Checho Gonzales abriu a Comedoria Gonzales, um box no Mercado Municipal de Pinheiros. Lá, o pedido deve ser feito antes, no caixa. Há 12 lugares em um charmoso balcão para provar ceviches de peixe (R$ 15) ou de frutos do mar (R$ 18) em quatro diferentes marinadas: de manga, açaí, tomate ou leite de amêndoas. Se a fome for muita –e o ceviche não for suficiente–, as costelinhas, as coxas de frango ou os galetos (R$ 15, cada um) resolvem o problema. Eles podem vir com batata bolinha ao alho, batata-inglesa com alecrim, batata-doce com tomilho-limão ou milho-verde cozido com erva-doce (nada na Comedoria é frito). O Vila das Rosas foi aberto há pouco mais de um mês e serve comida vegetariana em um agradável jardim. Há duas opções diárias de pratos no almoço, sendo o falafel sempre uma delas. A receita egípcia de Marie Attia leva, além do grão- de-bico, batata. Os leves bolinhos vêm no prato com hommus, babaganoush, tabule e salada de folhas (R$ 26) –podem ser servidos também no pão árabe ou como hambúrguer. O prato do dia pode ser quibe de abóbora recheado com coalhada, arroz com tâmaras, abobrinha ao curry e salada à parte. Para refrescar, tome um chá gelado (R$ 5). As opções variam (se possível, peça o de maracujá com hortelã). COMEDORIA GONZALES ENDEREÇO r. Pedro Cristi, 89, box 85; tel. (11) 3813-8719 HORÁRIO de seg. a sáb., das 8h às 18h OUTRA SUGESTÃO sanduíche de chola, com presunto e vinagrete de repolho (R$ 12) e salteñas de carne ou frango (R$ 8) VILA DAS ROSAS ENDEREÇO r. Jorge Rizzo, 146; tel. (11) 3814-2920 HORÁRIO de seg. a sex., das 11h30 as 15h OUTRA SUGESTÃO lasanha de brócolis com queijo e molho de tomate (R$ 20)
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Nova regra permite que governo corte bolsas de estudos já concedidas
Uma das principais agências do governo federal responsáveis pelo fomento de estudos no exterior –como no programa Ciência sem Fronteiras– pode, a partir de agora, cancelar bolsas de pesquisa já concedidas devido à restrição orçamentária. A decisão foi publicada em junho em uma nova portaria que regulamenta as bolsas no exterior da Capes, agência de fomento vinculada ao MEC. A norma define que a agência "poderá cancelar a carta de concessão emitida em função de restrição orçamentária". Mesma coisa pode acontecer devido "documentação com dados parciais, incorretos ou inverídicos". Isso significa que pedidos concedidos não têm garantia de assinatura de contrato. A regra vale de graduação a pós-doutorado fora do país. A nova norma surge no momento em que o Senado vai decidir se dará continuidade ao programa federal de intercâmbio Ciência sem Fronteiras. A proposta está tramitando em projeto de lei –e tem causado controvérsias. bolsistas pelo mundo CIÊNCIA COM FRONTEIRAS - Estudantes da modalidade 'doutorado pleno' reclamam de bolsas interrompidas sem explicação A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), por exemplo, apoia o Ciência sem Fronteiras, mas tem torcido o nariz para a proposta do Senado. Em carta divulgada em junho, a entidade diz que a definição do financiamento do programa no projeto de lei "está vaga, imprecisa e aberta o suficiente para que o programa venha a ter problemas tanto de orçamento como de liberação de recursos." Lançado em 2011, o programa sobrevive com recursos das pastas de Educação e de Ciência. Conforme a Folha apurou, o receio é que o governo aprove novas concessões de bolsas que não consiga pagar. De acordo com assessoria de imprensa da Capes, apenas bolsas concedidas a partir de agora estarão submetidas ao novo regulamento. Em nota, a Capes afirma que "não há nenhuma referência a interromper bolsa de estudos em andamento por corte orçamentário." "Todos os bolsistas da Capes possuem garantia de terminar seus estudos, desde que possuam mérito e estejam cumprindo com as obrigações previstas." Para quem está estudando fora, o rumor de que a crise financeira poderia abalar as bolsas vigentes e a incerteza da continuidade do programa têm causado insônia. A especulação, dizem os bolsistas, surgiu diante da lentidão do governo em responder demandas dos cientistas que estão nas universidades estrangeiras. "Toda vez que se faz qualquer alteração no projeto, precisamos entrar em contato com eles [a agência de fomento], justificar e pedir autorização", diz Júlia* (nome fictício). A bolsista prefere não se identificar. PÂNICO "Às vezes, eles demoram mais de três meses para responder", diz. "Com todas as falhas de comunicação, tenho quase pânico. O medo maior é ter de restituir o valor recebido da bolsa [caso o pedido de renovação seja negado definitivamente], o que giraria em torno de meio milhão de reais. " Quem mais tem reclamado de "falha de comunicação" entre bolsistas e governo são os pós-graduandos que tiveram a renovação da concessão da bolsa negada depois de apresentação do relatório de desempenho acadêmico (cada ano, os bolsistas devem pedir renovação da concessão mediante relatório). Como a Folha informou em reportagem recente, quatro bolsistas relataram enfrentar problemas financeiros e até legais por causa da interrupção da bolsa durante o processo de renovação. Dois deles tiveram a bolsa renovada após a publicação da reportagem; outros dois ainda aguardam retorno da agência de fomento. De acordo com dados solicitados pela Folha, a agência recebeu 715 pedidos de renovação de concessão de bolsa de doutorado pleno no exterior neste ano. Desses, 22 pedidos foram, ainda na gestão anterior, negados "por questões de baixa qualidade". De quem teve o relatório negado, um foi definitivamente indeferido e outros seis foram aceitos depois de recurso. Ainda há 15 pedidos em avaliação pela Capes. - Contrato Bolsista assina um contrato de quatro anos com o governo Renovação A cada ano, o bolsista deve enviar um relatório três meses antes da renovação da concessão da bolsa para análise da agência de fomento. Não há renovação automática Recurso Se a agência negar o pedido de renovação, o bolsista pode entrar com um recurso em até dez dias. Não há prazo estipulado para que a agência de fomento responda o recurso Devolução Se o pedido de renovação da concessão foi indeferido definitivamente, o bolsista deve retornar ao Brasil e devolver ao governo o dinheiro investido COMO FICA AGORA Com a nova portaria, a Capes pode cancelar bolsas de pesquisa concedidas devido à restrição orçamentária De 715 pedidos de renovação de concessão de bolsa de doutorado pleno no exterior, 22 foram negados. Um foi indeferido definitivamente, seis foram aceitos depois do recurso e 15 pedidos estão em avaliação
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Nova regra permite que governo corte bolsas de estudos já concedidasUma das principais agências do governo federal responsáveis pelo fomento de estudos no exterior –como no programa Ciência sem Fronteiras– pode, a partir de agora, cancelar bolsas de pesquisa já concedidas devido à restrição orçamentária. A decisão foi publicada em junho em uma nova portaria que regulamenta as bolsas no exterior da Capes, agência de fomento vinculada ao MEC. A norma define que a agência "poderá cancelar a carta de concessão emitida em função de restrição orçamentária". Mesma coisa pode acontecer devido "documentação com dados parciais, incorretos ou inverídicos". Isso significa que pedidos concedidos não têm garantia de assinatura de contrato. A regra vale de graduação a pós-doutorado fora do país. A nova norma surge no momento em que o Senado vai decidir se dará continuidade ao programa federal de intercâmbio Ciência sem Fronteiras. A proposta está tramitando em projeto de lei –e tem causado controvérsias. bolsistas pelo mundo CIÊNCIA COM FRONTEIRAS - Estudantes da modalidade 'doutorado pleno' reclamam de bolsas interrompidas sem explicação A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), por exemplo, apoia o Ciência sem Fronteiras, mas tem torcido o nariz para a proposta do Senado. Em carta divulgada em junho, a entidade diz que a definição do financiamento do programa no projeto de lei "está vaga, imprecisa e aberta o suficiente para que o programa venha a ter problemas tanto de orçamento como de liberação de recursos." Lançado em 2011, o programa sobrevive com recursos das pastas de Educação e de Ciência. Conforme a Folha apurou, o receio é que o governo aprove novas concessões de bolsas que não consiga pagar. De acordo com assessoria de imprensa da Capes, apenas bolsas concedidas a partir de agora estarão submetidas ao novo regulamento. Em nota, a Capes afirma que "não há nenhuma referência a interromper bolsa de estudos em andamento por corte orçamentário." "Todos os bolsistas da Capes possuem garantia de terminar seus estudos, desde que possuam mérito e estejam cumprindo com as obrigações previstas." Para quem está estudando fora, o rumor de que a crise financeira poderia abalar as bolsas vigentes e a incerteza da continuidade do programa têm causado insônia. A especulação, dizem os bolsistas, surgiu diante da lentidão do governo em responder demandas dos cientistas que estão nas universidades estrangeiras. "Toda vez que se faz qualquer alteração no projeto, precisamos entrar em contato com eles [a agência de fomento], justificar e pedir autorização", diz Júlia* (nome fictício). A bolsista prefere não se identificar. PÂNICO "Às vezes, eles demoram mais de três meses para responder", diz. "Com todas as falhas de comunicação, tenho quase pânico. O medo maior é ter de restituir o valor recebido da bolsa [caso o pedido de renovação seja negado definitivamente], o que giraria em torno de meio milhão de reais. " Quem mais tem reclamado de "falha de comunicação" entre bolsistas e governo são os pós-graduandos que tiveram a renovação da concessão da bolsa negada depois de apresentação do relatório de desempenho acadêmico (cada ano, os bolsistas devem pedir renovação da concessão mediante relatório). Como a Folha informou em reportagem recente, quatro bolsistas relataram enfrentar problemas financeiros e até legais por causa da interrupção da bolsa durante o processo de renovação. Dois deles tiveram a bolsa renovada após a publicação da reportagem; outros dois ainda aguardam retorno da agência de fomento. De acordo com dados solicitados pela Folha, a agência recebeu 715 pedidos de renovação de concessão de bolsa de doutorado pleno no exterior neste ano. Desses, 22 pedidos foram, ainda na gestão anterior, negados "por questões de baixa qualidade". De quem teve o relatório negado, um foi definitivamente indeferido e outros seis foram aceitos depois de recurso. Ainda há 15 pedidos em avaliação pela Capes. - Contrato Bolsista assina um contrato de quatro anos com o governo Renovação A cada ano, o bolsista deve enviar um relatório três meses antes da renovação da concessão da bolsa para análise da agência de fomento. Não há renovação automática Recurso Se a agência negar o pedido de renovação, o bolsista pode entrar com um recurso em até dez dias. Não há prazo estipulado para que a agência de fomento responda o recurso Devolução Se o pedido de renovação da concessão foi indeferido definitivamente, o bolsista deve retornar ao Brasil e devolver ao governo o dinheiro investido COMO FICA AGORA Com a nova portaria, a Capes pode cancelar bolsas de pesquisa concedidas devido à restrição orçamentária De 715 pedidos de renovação de concessão de bolsa de doutorado pleno no exterior, 22 foram negados. Um foi indeferido definitivamente, seis foram aceitos depois do recurso e 15 pedidos estão em avaliação
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Por R$ 11 mil, serviço nos EUA permite ao usuário pegar quantos voos quiser
Com serviços como o Netflix, o usuário paga uma taxa mensal e assiste a quantos filmes e séries quiser (e puder). Mas que tal se em vez de passar horas vendo TV em casa você pudesse pegar um avião e viajar para qualquer lugar? É mais ou menos essa a ideia de um serviço lançado nos Estados Unidos na semana passada. O OneGo oferece, em troca de uma assinatura mensal de preço fixo, o direito a pegar voos ilimitados para diversos destinos –por enquanto, apenas nos EUA. O serviço é voltado a viajantes de negócios, que viajam com frequência maior. "Mas achamos que ele pode ajudar esses viajantes a aumentar as viagens a lazer também, tornando a linha que separa esses dois extremos menos e menos tênue", disse à Folha o fundador e presidente-executivo da empresa, Paulius Grigas. Ao site Mashable, ele traçou um paralelo: "Em restaurantes do tipo 'coma o quanto puder', as pessoas comem mais; se você não se preocupa com o preço dos voos, naturalmente viaja mais". Neste início, o serviço, que só funciona por um aplicativo, disponibiliza quatro modelos de assinatura, de acordo com as áreas do país. Para cinco Estados da costa oeste, como Califórnia, Arizona e Nevada, ele custa US$ 1.500 (ou R$ 5.845); para 13 Estados da região central, a exemplo de Texas, Novo México e Utah, sai por US$ 1.950 (R$ 7.599); e por US$ 2.300 (ou R$ 8.963) é possível voar entre mais de 20 Estados na região leste do país, como Nova York, Illinois e Flórida, e para a capital, Washington D.C. Também há um serviço nacional, que custa US$ 2.950 (ou R$ 11,4 mil). Para fazer parte do programa, é preciso ainda pagar uma taxa única de inscrição, de US$ 495 (R$ 1.930). Não foram divulgadas metas de assinantes –a assessoria da empresa falou apenas em "milhares, nos próximos meses". Segundo o site, é possível reservar um voo com no mínimo sete dias de antecedência e, no máximo, um mês. Vale dizer, nem todas as rotas nos Estados Unidos estão à disposição: são as cerca de 500 "mais populares", operadas em 76 aeroportos e por seis empresas aéreas. "Expandir em todas as maneiras (voos, rotas etc.) é um objetivo, e potencialmente queremos tornar o serviço global", disse Grigas. Também serão adicionados aos poucos serviços adicionais, como a possibilidade de fazer reservas de última hora ou de solicitar assentos na primeira classe e na classe executiva. Se a conta parece não fechar por causa do preço –já que, por exemplo, o serviço não permite ao usuário encontrar promoções de última hora–, o OneGo diz que "oferece uma plataforma de reservas previsível, simples, rápida e livre de chateações, que permite gastar menos tempo fazendo reservas de voos e mais com o seu trabalho".
turismo
Por R$ 11 mil, serviço nos EUA permite ao usuário pegar quantos voos quiserCom serviços como o Netflix, o usuário paga uma taxa mensal e assiste a quantos filmes e séries quiser (e puder). Mas que tal se em vez de passar horas vendo TV em casa você pudesse pegar um avião e viajar para qualquer lugar? É mais ou menos essa a ideia de um serviço lançado nos Estados Unidos na semana passada. O OneGo oferece, em troca de uma assinatura mensal de preço fixo, o direito a pegar voos ilimitados para diversos destinos –por enquanto, apenas nos EUA. O serviço é voltado a viajantes de negócios, que viajam com frequência maior. "Mas achamos que ele pode ajudar esses viajantes a aumentar as viagens a lazer também, tornando a linha que separa esses dois extremos menos e menos tênue", disse à Folha o fundador e presidente-executivo da empresa, Paulius Grigas. Ao site Mashable, ele traçou um paralelo: "Em restaurantes do tipo 'coma o quanto puder', as pessoas comem mais; se você não se preocupa com o preço dos voos, naturalmente viaja mais". Neste início, o serviço, que só funciona por um aplicativo, disponibiliza quatro modelos de assinatura, de acordo com as áreas do país. Para cinco Estados da costa oeste, como Califórnia, Arizona e Nevada, ele custa US$ 1.500 (ou R$ 5.845); para 13 Estados da região central, a exemplo de Texas, Novo México e Utah, sai por US$ 1.950 (R$ 7.599); e por US$ 2.300 (ou R$ 8.963) é possível voar entre mais de 20 Estados na região leste do país, como Nova York, Illinois e Flórida, e para a capital, Washington D.C. Também há um serviço nacional, que custa US$ 2.950 (ou R$ 11,4 mil). Para fazer parte do programa, é preciso ainda pagar uma taxa única de inscrição, de US$ 495 (R$ 1.930). Não foram divulgadas metas de assinantes –a assessoria da empresa falou apenas em "milhares, nos próximos meses". Segundo o site, é possível reservar um voo com no mínimo sete dias de antecedência e, no máximo, um mês. Vale dizer, nem todas as rotas nos Estados Unidos estão à disposição: são as cerca de 500 "mais populares", operadas em 76 aeroportos e por seis empresas aéreas. "Expandir em todas as maneiras (voos, rotas etc.) é um objetivo, e potencialmente queremos tornar o serviço global", disse Grigas. Também serão adicionados aos poucos serviços adicionais, como a possibilidade de fazer reservas de última hora ou de solicitar assentos na primeira classe e na classe executiva. Se a conta parece não fechar por causa do preço –já que, por exemplo, o serviço não permite ao usuário encontrar promoções de última hora–, o OneGo diz que "oferece uma plataforma de reservas previsível, simples, rápida e livre de chateações, que permite gastar menos tempo fazendo reservas de voos e mais com o seu trabalho".
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Nina Horta: Tem chef copiando os bifes de Cleópatra!!!!!
Adoro as comidas do Andoni. Andoni Aduziz, dono do Mugaritz. Logo que saiu seu livro, de nome Mugaritz, também, comprei, imaginando ficar por dentro de um pouco de suas sabedorias.  Tive uma decepção pequena. Ele estava na fase da ... Leia post completo no blog
comida
Nina Horta: Tem chef copiando os bifes de Cleópatra!!!!!Adoro as comidas do Andoni. Andoni Aduziz, dono do Mugaritz. Logo que saiu seu livro, de nome Mugaritz, também, comprei, imaginando ficar por dentro de um pouco de suas sabedorias.  Tive uma decepção pequena. Ele estava na fase da ... Leia post completo no blog
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O caso Abdelmassih e a cultura do estupro
O caso Roger Abdelmassih é um exemplo claro de como as instituições e autoridades brasileiras têm sido historicamente permissivas em relação ao estupro e a outras formas de assédio sexual masculino. O mecanismo geral de proteção do homem é simples: muitos machos locais estão acostumados a se impor pelo assédio, em maior ou menor grau, e, quando acontece uma crise e algum comportamento extremo vem à tona, um macho protege o outro e não deixa o crime vazar, faz que não viu, minimiza o ato ou transfere a culpa para a mulher. Dessa forma, o ex-médico abusou de dezenas de mulheres em sua clínica, durante 20 anos, e nunca um boato prosperou ou uma denúncia contra ele no Conselho de Medicina ou na polícia se tornou pública antes de 2009, embora Abdelmassih fosse conhecido por namorar pacientes e exagerar na propaganda de seus feitos. De um modo geral, o ex-médico pensava que suas vítimas davam motivo para serem atacadas, "jogavam o milho", como ele disse em uma das gravações feitas pela promotoria, quando foragido no Paraguai. É um raciocínio esquisito que serve de base para a ação de estupradores e que um típico macho brasileiro consegue entender. Estupra-se nesse país desde os tempos imemoriais, quando chegaram as caravelas de Cabral, porque as mulheres "jogam o milho". E as instituições dominadas por homens toleram esses desvios, que, até virem a público e se revelarem monstruosos sob qualquer ponto de vista, são tratados como duvidosos pelos critérios que orientam a manutenção do poder masculino. Os sistemas de controle sobre a violência sexual contra a mulher são frouxos por aqui e afrouxam ainda mais conforme a capacidade advocatícia dos acusados e a disposição da polícia de investigar o caso. O estupro coletivo da adolescente de 16 anos em uma favela da zona oeste do Rio mostra que nosso processo civilizatório avança claudicante. A tão aclamada sensualidade dos trópicos floresce no Brasil ao lado de uma cultura perversa e orientada para a violência sexual. Verifica-se que um comportamento selvagem de macho ressentido eclode a todo momento em áreas mais ou menos desenvolvidas do país e em todas as classes sociais para provar que o homem cordial brasileiro, seja pobre ou rico, pode demorar um segundo para se revelar um crápula. Pior do que estuprar, porém, é dedurar. Muitas denúncias de estupro não prosperam porque os outros machos (e também mulheres) que participaram, viram ou ficaram sabendo do ato compartilham um estranho código de honra em que impera a hipocrisia e o silêncio. É o que acontece nos trotes universitários, em especial nas melhores faculdades de medicina de São Paulo. Na USP, por exemplo, como mostrou uma comissão de sindicância interna, oito mulheres denunciaram ataques sexuais, entre 2011 e 2014, mas, segundo o Ministério Público, a diretoria da instituição não deu suporte às vítimas e deixou de "dar prosseguimento a procedimentos administrativos de apuração". O estupro é a manifestação mais elementar da barbárie e o nível de tolerância ao ato deveria ser zero. Mas no Brasil não é bem assim, percebe-se uma certa flexibilidade. Abdelmassih só passou mais de duas décadas posando de garanhão e aprontando na sua clínica médica porque deixaram. VICENTE VILARDAGA, 51, é jornalista e escritor. Publicou recentemente o livro "A Clínica - A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih" (ed. Record) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
opiniao
O caso Abdelmassih e a cultura do estuproO caso Roger Abdelmassih é um exemplo claro de como as instituições e autoridades brasileiras têm sido historicamente permissivas em relação ao estupro e a outras formas de assédio sexual masculino. O mecanismo geral de proteção do homem é simples: muitos machos locais estão acostumados a se impor pelo assédio, em maior ou menor grau, e, quando acontece uma crise e algum comportamento extremo vem à tona, um macho protege o outro e não deixa o crime vazar, faz que não viu, minimiza o ato ou transfere a culpa para a mulher. Dessa forma, o ex-médico abusou de dezenas de mulheres em sua clínica, durante 20 anos, e nunca um boato prosperou ou uma denúncia contra ele no Conselho de Medicina ou na polícia se tornou pública antes de 2009, embora Abdelmassih fosse conhecido por namorar pacientes e exagerar na propaganda de seus feitos. De um modo geral, o ex-médico pensava que suas vítimas davam motivo para serem atacadas, "jogavam o milho", como ele disse em uma das gravações feitas pela promotoria, quando foragido no Paraguai. É um raciocínio esquisito que serve de base para a ação de estupradores e que um típico macho brasileiro consegue entender. Estupra-se nesse país desde os tempos imemoriais, quando chegaram as caravelas de Cabral, porque as mulheres "jogam o milho". E as instituições dominadas por homens toleram esses desvios, que, até virem a público e se revelarem monstruosos sob qualquer ponto de vista, são tratados como duvidosos pelos critérios que orientam a manutenção do poder masculino. Os sistemas de controle sobre a violência sexual contra a mulher são frouxos por aqui e afrouxam ainda mais conforme a capacidade advocatícia dos acusados e a disposição da polícia de investigar o caso. O estupro coletivo da adolescente de 16 anos em uma favela da zona oeste do Rio mostra que nosso processo civilizatório avança claudicante. A tão aclamada sensualidade dos trópicos floresce no Brasil ao lado de uma cultura perversa e orientada para a violência sexual. Verifica-se que um comportamento selvagem de macho ressentido eclode a todo momento em áreas mais ou menos desenvolvidas do país e em todas as classes sociais para provar que o homem cordial brasileiro, seja pobre ou rico, pode demorar um segundo para se revelar um crápula. Pior do que estuprar, porém, é dedurar. Muitas denúncias de estupro não prosperam porque os outros machos (e também mulheres) que participaram, viram ou ficaram sabendo do ato compartilham um estranho código de honra em que impera a hipocrisia e o silêncio. É o que acontece nos trotes universitários, em especial nas melhores faculdades de medicina de São Paulo. Na USP, por exemplo, como mostrou uma comissão de sindicância interna, oito mulheres denunciaram ataques sexuais, entre 2011 e 2014, mas, segundo o Ministério Público, a diretoria da instituição não deu suporte às vítimas e deixou de "dar prosseguimento a procedimentos administrativos de apuração". O estupro é a manifestação mais elementar da barbárie e o nível de tolerância ao ato deveria ser zero. Mas no Brasil não é bem assim, percebe-se uma certa flexibilidade. Abdelmassih só passou mais de duas décadas posando de garanhão e aprontando na sua clínica médica porque deixaram. VICENTE VILARDAGA, 51, é jornalista e escritor. Publicou recentemente o livro "A Clínica - A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih" (ed. Record) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
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Recordes candentes
Mesmo que já se desse por certo que 2016 seria o ano mais quente registrado desde 1880, a confirmação oficial da marca veio nesta quarta-feira (18) com a chancela de três organizações de renome: a agência espacial americana (Nasa), a de atmosfera e oceanos (Noaa) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Trata-se da temperatura média na superfície do planeta, apurada com medições por satélite e uma miríade de boias e estações espalhadas pelo globo. O ar sobre os continentes e os mares ficou 0,83°C acima do que se observou no período 1961-1990, segundo a OMM. O recorde anterior se deu em 2015; antes deste, o campeão havia sido 2014. Pela primeira vez se registra uma sequência de três anos recordistas. É consenso entre especialistas que apenas a variação natural do clima seria incapaz de ensejar tal sucessão escaldante. A única explicação cabível, dada a magnitude do aquecimento, acha-se nas atividades humanas sobre a Terra, em especial os transportes e a produção de energia. Gases gerados na queima de combustíveis fósseis, entre eles vários compostos de carbono, aprisionam radiação solar na atmosfera, aquecendo-a além do normal. Os meios para o mundo enfrentar essa tendência ameaçadora começaram a ser delineados com o Acordo de Paris, em dezembro de 2015. A difícil negociação internacional para descarbonizar a economia sofreu seu maior revés com a eleição de Donald Trump —um cético estridente do aquecimento global— para a Presidência dos EUA. Trump decerto pode atrapalhar o processo de Paris, se de fato vier a repudiar o acordo, mas dificilmente terá o poder de estancá-lo. A descarbonização ganhou impulso próprio no setor privado e prioridade estratégica na China. A nação asiática investiu US$ 100 bilhões em energia renovável em 2015; os EUA, impulsionados por Barack Obama, US$ 44 bilhões. No Brasil, o governo Dilma Rousseff (PT), em seus estertores, vislumbrou as oportunidades econômicas e geopolíticas abertas ao país por sua matriz energética limpa e pelo imenso patrimônio florestal da Amazônia. Metas respeitáveis de descarbonização acabaram adotadas, ainda que sem projetos detalhados para realização. Com a crise na economia, o tema perdeu destaque e dinamismo no governo Michel Temer (PMDB) —e parece pouco provável que o triênio recordista de calor venha a despertá-lo para um dos problemas mais candentes do mundo. [email protected]
opiniao
Recordes candentesMesmo que já se desse por certo que 2016 seria o ano mais quente registrado desde 1880, a confirmação oficial da marca veio nesta quarta-feira (18) com a chancela de três organizações de renome: a agência espacial americana (Nasa), a de atmosfera e oceanos (Noaa) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Trata-se da temperatura média na superfície do planeta, apurada com medições por satélite e uma miríade de boias e estações espalhadas pelo globo. O ar sobre os continentes e os mares ficou 0,83°C acima do que se observou no período 1961-1990, segundo a OMM. O recorde anterior se deu em 2015; antes deste, o campeão havia sido 2014. Pela primeira vez se registra uma sequência de três anos recordistas. É consenso entre especialistas que apenas a variação natural do clima seria incapaz de ensejar tal sucessão escaldante. A única explicação cabível, dada a magnitude do aquecimento, acha-se nas atividades humanas sobre a Terra, em especial os transportes e a produção de energia. Gases gerados na queima de combustíveis fósseis, entre eles vários compostos de carbono, aprisionam radiação solar na atmosfera, aquecendo-a além do normal. Os meios para o mundo enfrentar essa tendência ameaçadora começaram a ser delineados com o Acordo de Paris, em dezembro de 2015. A difícil negociação internacional para descarbonizar a economia sofreu seu maior revés com a eleição de Donald Trump —um cético estridente do aquecimento global— para a Presidência dos EUA. Trump decerto pode atrapalhar o processo de Paris, se de fato vier a repudiar o acordo, mas dificilmente terá o poder de estancá-lo. A descarbonização ganhou impulso próprio no setor privado e prioridade estratégica na China. A nação asiática investiu US$ 100 bilhões em energia renovável em 2015; os EUA, impulsionados por Barack Obama, US$ 44 bilhões. No Brasil, o governo Dilma Rousseff (PT), em seus estertores, vislumbrou as oportunidades econômicas e geopolíticas abertas ao país por sua matriz energética limpa e pelo imenso patrimônio florestal da Amazônia. Metas respeitáveis de descarbonização acabaram adotadas, ainda que sem projetos detalhados para realização. Com a crise na economia, o tema perdeu destaque e dinamismo no governo Michel Temer (PMDB) —e parece pouco provável que o triênio recordista de calor venha a despertá-lo para um dos problemas mais candentes do mundo. [email protected]
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Turismo banca reforma em mansão da série 'Downton Abbey'
Um clima de melancolia e mudança nos tempos dominou o início da temporada final de "Downton Abbey". O ano é 1925, e já se ouvem os primeiros estrondos das tempestades econômicas que vão fustigar o final da década. Mas na verdadeira Downton Abbey, Highclere Castle -uma mansão grandiosa pertencente a George "Geordie" Herbert, o oitavo conde de Carnarvon-, as perspectivas econômicas raramente estiveram tão boas. Segundo lady Fiona Carnarvon, o enorme sucesso mundial da série "Downton Abbey" financiou um programa de reformas cujo objetivo é proteger e conservar Highclere para a próxima geração. Apenas o térreo e o primeiro andar de Highclere, no condado de Hampshire, foram usados na série. Mas este ano teve início um projeto de restauração dos cômodos decrépitos das torres da mansão. Quando as obras forem concluídas, os visitantes poderão subir pelo interior de uma torre para chegar a uma exposição da obra de sir Charles Barry, o arquiteto responsável pela sede do Parlamento britânico, que reconstruiu Highclere entre 1839 e 1842. A antes dilapidada London Lodge, arcada construída em 1793, hoje é alugada para férias, ao lado de outros chalés que integram a propriedade. Quando os produtores de "Downton Abbey" procuraram Highclere, em 2009, os reparos necessários para restaurar a propriedade custariam à família proprietária quase £12 milhões (R$ 38,6 milhões, em valores da época). Em 2012, porém, o "efeito Downton" já tinha começado a aliviar a pressão. Lorde Carnarvon disse na época: "A casa virou uma grande atração turística". O número de visitantes dobrou, chegando a 1.200 por dia, à medida que "Downton Abbey" chegava a todo o mundo. Hoje o seriado é exibido em 250 países. As contas da Highclere Enterprises relativas a 2014-2015 mostram que, desde 2012, seus ativos atuais quase triplicaram, chegando a £1 milhão (R$ 5,8 milhões). Peter Fincham, diretor de televisão da ITV, recorda o momento em que fechou o contrato para filmar em Highclere. "Uma mansão histórica é muito parecida com qualquer outra. Eu estava tão enganado! O castelo tem sido um personagem importantíssimo." A VisitBritain, comitê de turismo britânico, estima que quase 30% dos turistas estrangeiros incluem castelos e mansões históricas em seus itinerários. Quase metade dos potenciais turistas estrangeiros que vão ao Reino Unido dizem que querem fazer "set jetting": visitar locais que aparecem em filmes ou na televisão. A cada ano, mais de 1 milhão deles participam de tour de edifícios históricos, gastando mais de £1 bilhão (R$ 5,8 bi). Entre os maiores mercados emergentes, 51% dos turistas brasileiros, 42% dos russos e chineses e 35% dos indianos incluem uma visita a um local desse tipo. Hoje Garreth Neame, produtor-executivo da série, é embaixador da campanha GREAT Britain, que tem apoio de departamentos governamentais, usando-a para promover o Reino Unido em todo o mundo. Os eventos incluem recepções especiais com o tema "Downton Abbey" em embaixadas britânicas. Neame diz: "Muitos aqui veem a série como entretenimento leve. Em outros países, veem com grande respeito. Acredito no 'soft power'. Deveríamos nos orgulhar mais". "A série é icônica porque expressa o caráter britânico. É o primeiro drama de época feito para a televisão que realmente se destacou e virou parte da cultura popular." Lady Carnarvon faz questão de ressaltar que o futuro de longo prazo de Highclere Castle ainda não está necessariamente garantido. Algo que está sendo pensado é um evento em 2022 em torno do faraó Tutankhamon, para comemorar o centenário da descoberta de seu túmulo pelo quinto conde de Carnarvon. "O que não podemos fazer é ficar parados, apenas curtindo o que já foi conquistado", diz lady Carnarvon. "No passado, uma grande mansão podia definir e sustentar a família proprietária e seu estilo de vida, mas hoje a situação é inversa. O desafio para Geordie e para mim é buscar maneiras de sustentar e cuidar de Highclere Castle." Tradução de CLARA ALLAIN NA TV Downton Abbey Estreia da temporada final QUANDO sáb. (9) às 22h30, no GNT
ilustrada
Turismo banca reforma em mansão da série 'Downton Abbey'Um clima de melancolia e mudança nos tempos dominou o início da temporada final de "Downton Abbey". O ano é 1925, e já se ouvem os primeiros estrondos das tempestades econômicas que vão fustigar o final da década. Mas na verdadeira Downton Abbey, Highclere Castle -uma mansão grandiosa pertencente a George "Geordie" Herbert, o oitavo conde de Carnarvon-, as perspectivas econômicas raramente estiveram tão boas. Segundo lady Fiona Carnarvon, o enorme sucesso mundial da série "Downton Abbey" financiou um programa de reformas cujo objetivo é proteger e conservar Highclere para a próxima geração. Apenas o térreo e o primeiro andar de Highclere, no condado de Hampshire, foram usados na série. Mas este ano teve início um projeto de restauração dos cômodos decrépitos das torres da mansão. Quando as obras forem concluídas, os visitantes poderão subir pelo interior de uma torre para chegar a uma exposição da obra de sir Charles Barry, o arquiteto responsável pela sede do Parlamento britânico, que reconstruiu Highclere entre 1839 e 1842. A antes dilapidada London Lodge, arcada construída em 1793, hoje é alugada para férias, ao lado de outros chalés que integram a propriedade. Quando os produtores de "Downton Abbey" procuraram Highclere, em 2009, os reparos necessários para restaurar a propriedade custariam à família proprietária quase £12 milhões (R$ 38,6 milhões, em valores da época). Em 2012, porém, o "efeito Downton" já tinha começado a aliviar a pressão. Lorde Carnarvon disse na época: "A casa virou uma grande atração turística". O número de visitantes dobrou, chegando a 1.200 por dia, à medida que "Downton Abbey" chegava a todo o mundo. Hoje o seriado é exibido em 250 países. As contas da Highclere Enterprises relativas a 2014-2015 mostram que, desde 2012, seus ativos atuais quase triplicaram, chegando a £1 milhão (R$ 5,8 milhões). Peter Fincham, diretor de televisão da ITV, recorda o momento em que fechou o contrato para filmar em Highclere. "Uma mansão histórica é muito parecida com qualquer outra. Eu estava tão enganado! O castelo tem sido um personagem importantíssimo." A VisitBritain, comitê de turismo britânico, estima que quase 30% dos turistas estrangeiros incluem castelos e mansões históricas em seus itinerários. Quase metade dos potenciais turistas estrangeiros que vão ao Reino Unido dizem que querem fazer "set jetting": visitar locais que aparecem em filmes ou na televisão. A cada ano, mais de 1 milhão deles participam de tour de edifícios históricos, gastando mais de £1 bilhão (R$ 5,8 bi). Entre os maiores mercados emergentes, 51% dos turistas brasileiros, 42% dos russos e chineses e 35% dos indianos incluem uma visita a um local desse tipo. Hoje Garreth Neame, produtor-executivo da série, é embaixador da campanha GREAT Britain, que tem apoio de departamentos governamentais, usando-a para promover o Reino Unido em todo o mundo. Os eventos incluem recepções especiais com o tema "Downton Abbey" em embaixadas britânicas. Neame diz: "Muitos aqui veem a série como entretenimento leve. Em outros países, veem com grande respeito. Acredito no 'soft power'. Deveríamos nos orgulhar mais". "A série é icônica porque expressa o caráter britânico. É o primeiro drama de época feito para a televisão que realmente se destacou e virou parte da cultura popular." Lady Carnarvon faz questão de ressaltar que o futuro de longo prazo de Highclere Castle ainda não está necessariamente garantido. Algo que está sendo pensado é um evento em 2022 em torno do faraó Tutankhamon, para comemorar o centenário da descoberta de seu túmulo pelo quinto conde de Carnarvon. "O que não podemos fazer é ficar parados, apenas curtindo o que já foi conquistado", diz lady Carnarvon. "No passado, uma grande mansão podia definir e sustentar a família proprietária e seu estilo de vida, mas hoje a situação é inversa. O desafio para Geordie e para mim é buscar maneiras de sustentar e cuidar de Highclere Castle." Tradução de CLARA ALLAIN NA TV Downton Abbey Estreia da temporada final QUANDO sáb. (9) às 22h30, no GNT
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Operação Lava Jato completa dois anos sem nenhum político julgado
A Operação Lava Jato completou no último domingo (28) dois anos sem nenhum político condenado e só dois parlamentares réus em ações penais que estão ainda em fase inicial de julgamento no Supremo Tribunal Federal. A Lava Jato saiu às ruas em março de 2014, seis meses antes de chegar ao STF. Desde então, o juiz federal responsável pelas ações da primeira instância, Sergio Moro, já decidiu por 106 condenações. Em resposta a 45 acusações criminais do Ministério Público Federal contra 226 pessoas, em 21 casos (46% do total) Moro expediu sentença. A situação é bem distinta no âmbito da Procuradoria-Geral da República e do Supremo, responsáveis pelos casos que envolvem autoridades com foro privilegiado. A história da Lava Jato no STF começou em agosto de 2014, após depoimentos do ex-diretor de da Petrobras Paulo Roberto Costa à PGR. Ele levantou suspeitas sobre mais de duas dezenas de parlamentares. O doleiro Alberto Youssef fechou sua delação premiada no STF em dezembro do mesmo ano. Em março de 2015, a PGR apresentou ao relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, a primeira lista de políticos que deveriam ser investigados. Foram 28 pedidos de abertura de inquérito e sete pedidos de arquivamento. De lá para cá, mais 39 acordos foram homologados. Zavascki expediu 162 mandados de busca e apreensão. Toda a investigação já gerou 81 inquéritos que investigam 364 pessoas que detêm ou não foro privilegiado, sendo 54 parlamentares, além de ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e a ex-presidente Dilma Rousseff. Até a semana passada, a PGR havia entregue ao STF 14 denúncias que atingiram 45 pessoas. Só três foram acolhidas pelo STF: duas contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e uma contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR). Um dos atrasos mais notáveis é o que trata da denúncia contra o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL). O último dia 20 de agosto marcou um ano sem que o STF consiga dizer se a denúncia da PGR deve ou não se transformar em ação penal. OUTRO LADO Zavascki disse, via assessoria, disse que o andamento no Supremo "é mais complexo e regido por legislação específica" e que a principal razão da diferença de tramitação "é o fato de o STF ser instância única, com reduzidas possibilidades de recursos". "Além disso, os feitos criminais são analisados, obrigatoriamente, por um ministro relator e um ministro revisor e precisam ser julgados em sessão por órgão colegiado e não individualmente como numa vara criminal." O ministro destacou que a vara federal de Moro é "diferente do gabinete do ministro do Supremo, que permanece recebendo diariamente processo das mais diversas áreas do direito, muitos com pedido de liminar". Sobre o caso de Collor, disse que os prazos foram cumpridos, mas após o voto estar concluído o processo aguarda intimações de investigados de outros Estados. A PGR afirmou que cerca de 22 mil pessoas têm foro privilegiado e que, "na concepção atual, o foro por prerrogativa de função é inviável". Segundo a PGR, houve esforços para tornar mais eficiente a atuação dos ministros do STF, como a descentralização de processos. Porém, disse, "o aumento no número de casos envolvendo autoridades ainda não confere ao processo a celeridade desejada, apesar do empenho dos ministros".
poder
Operação Lava Jato completa dois anos sem nenhum político julgadoA Operação Lava Jato completou no último domingo (28) dois anos sem nenhum político condenado e só dois parlamentares réus em ações penais que estão ainda em fase inicial de julgamento no Supremo Tribunal Federal. A Lava Jato saiu às ruas em março de 2014, seis meses antes de chegar ao STF. Desde então, o juiz federal responsável pelas ações da primeira instância, Sergio Moro, já decidiu por 106 condenações. Em resposta a 45 acusações criminais do Ministério Público Federal contra 226 pessoas, em 21 casos (46% do total) Moro expediu sentença. A situação é bem distinta no âmbito da Procuradoria-Geral da República e do Supremo, responsáveis pelos casos que envolvem autoridades com foro privilegiado. A história da Lava Jato no STF começou em agosto de 2014, após depoimentos do ex-diretor de da Petrobras Paulo Roberto Costa à PGR. Ele levantou suspeitas sobre mais de duas dezenas de parlamentares. O doleiro Alberto Youssef fechou sua delação premiada no STF em dezembro do mesmo ano. Em março de 2015, a PGR apresentou ao relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, a primeira lista de políticos que deveriam ser investigados. Foram 28 pedidos de abertura de inquérito e sete pedidos de arquivamento. De lá para cá, mais 39 acordos foram homologados. Zavascki expediu 162 mandados de busca e apreensão. Toda a investigação já gerou 81 inquéritos que investigam 364 pessoas que detêm ou não foro privilegiado, sendo 54 parlamentares, além de ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e a ex-presidente Dilma Rousseff. Até a semana passada, a PGR havia entregue ao STF 14 denúncias que atingiram 45 pessoas. Só três foram acolhidas pelo STF: duas contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e uma contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR). Um dos atrasos mais notáveis é o que trata da denúncia contra o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL). O último dia 20 de agosto marcou um ano sem que o STF consiga dizer se a denúncia da PGR deve ou não se transformar em ação penal. OUTRO LADO Zavascki disse, via assessoria, disse que o andamento no Supremo "é mais complexo e regido por legislação específica" e que a principal razão da diferença de tramitação "é o fato de o STF ser instância única, com reduzidas possibilidades de recursos". "Além disso, os feitos criminais são analisados, obrigatoriamente, por um ministro relator e um ministro revisor e precisam ser julgados em sessão por órgão colegiado e não individualmente como numa vara criminal." O ministro destacou que a vara federal de Moro é "diferente do gabinete do ministro do Supremo, que permanece recebendo diariamente processo das mais diversas áreas do direito, muitos com pedido de liminar". Sobre o caso de Collor, disse que os prazos foram cumpridos, mas após o voto estar concluído o processo aguarda intimações de investigados de outros Estados. A PGR afirmou que cerca de 22 mil pessoas têm foro privilegiado e que, "na concepção atual, o foro por prerrogativa de função é inviável". Segundo a PGR, houve esforços para tornar mais eficiente a atuação dos ministros do STF, como a descentralização de processos. Porém, disse, "o aumento no número de casos envolvendo autoridades ainda não confere ao processo a celeridade desejada, apesar do empenho dos ministros".
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Dilma sanciona novo marco da biodiversidade
Durante evento nesta quarta-feira (20) no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff sancionou o Marco da Biodiversidade. Ele regulamenta o acesso ao patrimônio genético de plantas e animais do país, além de conhecimentos indígenas e tradicionais associados. Segundo a presidente, a atual legislação "tinha muitas falhas" que "desestimulavam os investimentos". O objetivo das novas regras é desburocratizar a pesquisa, especialmente na indústria farmacêutica e de cosméticos. Os obstáculos tinham sido herdados de uma medida provisória do ano 2000, que determinava a necessidade de autorização prévia das pesquisas pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), do Ministério do Meio Ambiente. A espera para conseguir tal documento era de cerca de 18 meses. Com o novo marco, tal requisito foi substituído por um cadastramento voluntário e eletrônico. A lei prevê ainda, como regra geral, a divisão de benefícios com povos indígenas e comunidades locais no valor de 1% da receita líquida obtida com produtos desenvolvidos a partir de seu conhecimento tradicional. Por fim, o texto anistia multas de mais de R$ 200 milhões de empresas e pesquisadores que desrespeitaram a legislação anterior. O benefício fica restrito àqueles que se comprometerem a se adequar às novas regras. Para Dilma, a burocracia que envolvia o processo era, na verdade, "uma fiscalização distorcida" e a nova lei servirá para melhorar as condições de exploração da biodiversidade do país, sem gerar "extremos conflitos". "Nós conseguimos elaborar uma legislação que gera inovação a partir de pesquisas em ciência e tecnologia", disse Dilma. "Estamos garantindo que pesquisadores não tenham limites para pesquisar e que as empresas possam utilizar esse conhecimento".
ambiente
Dilma sanciona novo marco da biodiversidadeDurante evento nesta quarta-feira (20) no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff sancionou o Marco da Biodiversidade. Ele regulamenta o acesso ao patrimônio genético de plantas e animais do país, além de conhecimentos indígenas e tradicionais associados. Segundo a presidente, a atual legislação "tinha muitas falhas" que "desestimulavam os investimentos". O objetivo das novas regras é desburocratizar a pesquisa, especialmente na indústria farmacêutica e de cosméticos. Os obstáculos tinham sido herdados de uma medida provisória do ano 2000, que determinava a necessidade de autorização prévia das pesquisas pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), do Ministério do Meio Ambiente. A espera para conseguir tal documento era de cerca de 18 meses. Com o novo marco, tal requisito foi substituído por um cadastramento voluntário e eletrônico. A lei prevê ainda, como regra geral, a divisão de benefícios com povos indígenas e comunidades locais no valor de 1% da receita líquida obtida com produtos desenvolvidos a partir de seu conhecimento tradicional. Por fim, o texto anistia multas de mais de R$ 200 milhões de empresas e pesquisadores que desrespeitaram a legislação anterior. O benefício fica restrito àqueles que se comprometerem a se adequar às novas regras. Para Dilma, a burocracia que envolvia o processo era, na verdade, "uma fiscalização distorcida" e a nova lei servirá para melhorar as condições de exploração da biodiversidade do país, sem gerar "extremos conflitos". "Nós conseguimos elaborar uma legislação que gera inovação a partir de pesquisas em ciência e tecnologia", disse Dilma. "Estamos garantindo que pesquisadores não tenham limites para pesquisar e que as empresas possam utilizar esse conhecimento".
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Governo atribui erro no Enem a 'equívoco' de coordenadores locais
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) atribuiu a um "equívoco dos coordenadores locais" a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ter sido realizada em escolas no Distrito Federal e no Pará que tinham sido incluídas na lista de locais em que a prova seria adiada para dezembro. Na manhã deste sábado (5), alunos que fariam a prova no Cemab (Centro de Ensino Médio Ave Branca), no Distrito Federal, e na Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), no Pará, receberam mensagens que informavam sobre o adiamento da prova. O Enem, no entanto, foi aplicado nesses locais. Segundo o Inep, os coordenadores informaram o governo que as escolas estavam ocupadas e as mensagens de adiamento foram disparadas. "Houve um equívoco dos coordenadores locais. Apenas em dois locais, nós tivemos esse equívoco dos coordenadores locais e do envio desses dados para o Inep. [...] Tivemos idas e vindas nesses locais onde os alunos haviam invadido", afirmou a presidente do Inep, Maria Inês Fini. A diretora de gestão e planejamento do Inep, Eunice Santos, disse que "é natural um equívoco desse num processo tão tumultuado", ao se referir à ocupação de escolas em todo o país. Nessas duas escolas, os alunos que fizeram a prova neste sábado (5) deverão comparecer no domingo (6) para fazer a segunda etapa. Aqueles que não foram aos locais de prova, devido às mensagens recebidas, poderão fazer as provas nos dias 3 e 4 de dezembro. Apesar do ocorrido, o Ministério da Educação e o Inep classificaram o primeiro dia de provas como "extremamente positivo". A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Castro, disse que o processo está correndo conforme esperado. "Foi bastante tranquilo mesmo em relação aos locais onde os alunos foram impedidos de comparecer para fazer a prova por razão de invasão e ocupação de escolas. O balanço é extremamente positivo". Se houver algum caso de ocupação neste domingo em escola onde a prova foi realizada neste sábado, o governo informou que a prova do sábado será cancelada e os alunos terão de fazer as duas etapas nos dias 3 e 4 de dezembro. NÚMEROS O governo informou que a quantidade de abstenções será divulgadas apenas no domingo (5). Os números divulgados na tarde deste sábado (5) são ainda as previsões informadas antes da prova, de aplicação do Enem em 16.071 locais, para 8.356.215. Devido às ocupações, 271.033 pessoas (3% dos inscritos) que fariam as provas em 405 escolas tiveram o Enem adiado para 3 e 4 de dezembro. O governo não informou qual será o custo adicional do adiamento de parte das provas. "Estamos analisando e vamos planejar o orçamento que sera necessário para realizar próxima prova", afirmou a secretária-executiva do Ministério da Educação. Enem 2016
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Governo atribui erro no Enem a 'equívoco' de coordenadores locaisO Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) atribuiu a um "equívoco dos coordenadores locais" a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ter sido realizada em escolas no Distrito Federal e no Pará que tinham sido incluídas na lista de locais em que a prova seria adiada para dezembro. Na manhã deste sábado (5), alunos que fariam a prova no Cemab (Centro de Ensino Médio Ave Branca), no Distrito Federal, e na Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), no Pará, receberam mensagens que informavam sobre o adiamento da prova. O Enem, no entanto, foi aplicado nesses locais. Segundo o Inep, os coordenadores informaram o governo que as escolas estavam ocupadas e as mensagens de adiamento foram disparadas. "Houve um equívoco dos coordenadores locais. Apenas em dois locais, nós tivemos esse equívoco dos coordenadores locais e do envio desses dados para o Inep. [...] Tivemos idas e vindas nesses locais onde os alunos haviam invadido", afirmou a presidente do Inep, Maria Inês Fini. A diretora de gestão e planejamento do Inep, Eunice Santos, disse que "é natural um equívoco desse num processo tão tumultuado", ao se referir à ocupação de escolas em todo o país. Nessas duas escolas, os alunos que fizeram a prova neste sábado (5) deverão comparecer no domingo (6) para fazer a segunda etapa. Aqueles que não foram aos locais de prova, devido às mensagens recebidas, poderão fazer as provas nos dias 3 e 4 de dezembro. Apesar do ocorrido, o Ministério da Educação e o Inep classificaram o primeiro dia de provas como "extremamente positivo". A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Castro, disse que o processo está correndo conforme esperado. "Foi bastante tranquilo mesmo em relação aos locais onde os alunos foram impedidos de comparecer para fazer a prova por razão de invasão e ocupação de escolas. O balanço é extremamente positivo". Se houver algum caso de ocupação neste domingo em escola onde a prova foi realizada neste sábado, o governo informou que a prova do sábado será cancelada e os alunos terão de fazer as duas etapas nos dias 3 e 4 de dezembro. NÚMEROS O governo informou que a quantidade de abstenções será divulgadas apenas no domingo (5). Os números divulgados na tarde deste sábado (5) são ainda as previsões informadas antes da prova, de aplicação do Enem em 16.071 locais, para 8.356.215. Devido às ocupações, 271.033 pessoas (3% dos inscritos) que fariam as provas em 405 escolas tiveram o Enem adiado para 3 e 4 de dezembro. O governo não informou qual será o custo adicional do adiamento de parte das provas. "Estamos analisando e vamos planejar o orçamento que sera necessário para realizar próxima prova", afirmou a secretária-executiva do Ministério da Educação. Enem 2016
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Diretora do FMI elogia governo por 'coragem política' em fazer cortes
A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira (22), em discurso no Rio, que o ajuste fiscal do governo e o aumento dos juros pelo Banco Central (BC) colocaram o país "claramente no caminho certo". Ela cobrou, no entanto, reforma tributária e mais investimentos em infraestrutura. Ao participar de um seminário do BC, em um hotel na zona sul do Rio, Lagarde disse que existem sinais de que a política monetária esteja surtindo efeito. Ela mencionou que a inflação deve ficar alta neste ano, mas as expectativas são de baixa no ano que vem. "A política monetária está claramente funcionado", disse Lagarde. Lagarde também elogiou o corte no Orçamento a ser anunciado pelo governo, de R$ 69 bilhões, mostraria a "coragem política e determinação" para entregar a meta de superávit fiscal (receita menos despesas) de 1,2% neste ano e de 2% ano ano que vem. "Isso é a maneira apropriada de enfrentar o problemas e entregar as metas. Não quero me antecipar se é muito ou pouco, o que precisa ser estudada cuidadosamente", disse Lagarde, após realizar uma discurso no evento. Em seu discurso, a diretora do FMI disse que o Brasil, como outros países, respondeu à crise de 2008 com medidas de estímulo econômico, mas que o momento atual exigiria reforçar as políticas de estabilidade macroecnômica. Lagarde defendeu uma combinação de medidas econômocas que no Brasil ficou conhecida como tripé e que compõe a base do plano Real: regime de metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante. "É encorajador que o governo brasileiro esteja perseguindo essa estratégia", disse Lagarde. JUROS EM MEIO A RECESSÃO A diretora do FMI reconheceu que a elevação de juros é num contexto de desaceleração econômica –a economia brasileira deve encolher 1% neste ano pelas projeções do FMI– se torna alvo de críticas. "Nossa análise, porém, indica que uma nova dose de estímulo poderia ameaçar a credibilidade arduamente conquistada dos esforços de política do passado. Tal credibilidade é particularmente importante para restaurar e sustentar as perspectivas de um crescimento forte, equilibrado e inclusivo", afirmou. INFRAESTRUTURA Apesar dos elogios sobre as recentes medidas adotadas pela equipe econômica comandada por Joaquim Levy, Lagarde disse que também tem críticas a fazer. Ela disse que o país precisa de reformas. Em seu discurso, Largarde elegeu três áreas em que o Brasil precisa avançar para um crescimento sustentável: reduzir custos dos negócios (por meio de reforma tributária), melhorar a infraestrutura de transportes e se integrar mais ao comércio global. Para ela, o programa de concessões em infraestrutura é "um passo na direção certa". Na quinta-feira (21), a diretora-gerente do FMI esteve reunida com o ministro Joaquim Levy (Fazenda) por meia hora, no gabinete do ministro em Brasília. Lagarde também se encontrou com a presidente Dilma Rousseff na quinta-feira.
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Diretora do FMI elogia governo por 'coragem política' em fazer cortesA diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira (22), em discurso no Rio, que o ajuste fiscal do governo e o aumento dos juros pelo Banco Central (BC) colocaram o país "claramente no caminho certo". Ela cobrou, no entanto, reforma tributária e mais investimentos em infraestrutura. Ao participar de um seminário do BC, em um hotel na zona sul do Rio, Lagarde disse que existem sinais de que a política monetária esteja surtindo efeito. Ela mencionou que a inflação deve ficar alta neste ano, mas as expectativas são de baixa no ano que vem. "A política monetária está claramente funcionado", disse Lagarde. Lagarde também elogiou o corte no Orçamento a ser anunciado pelo governo, de R$ 69 bilhões, mostraria a "coragem política e determinação" para entregar a meta de superávit fiscal (receita menos despesas) de 1,2% neste ano e de 2% ano ano que vem. "Isso é a maneira apropriada de enfrentar o problemas e entregar as metas. Não quero me antecipar se é muito ou pouco, o que precisa ser estudada cuidadosamente", disse Lagarde, após realizar uma discurso no evento. Em seu discurso, a diretora do FMI disse que o Brasil, como outros países, respondeu à crise de 2008 com medidas de estímulo econômico, mas que o momento atual exigiria reforçar as políticas de estabilidade macroecnômica. Lagarde defendeu uma combinação de medidas econômocas que no Brasil ficou conhecida como tripé e que compõe a base do plano Real: regime de metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante. "É encorajador que o governo brasileiro esteja perseguindo essa estratégia", disse Lagarde. JUROS EM MEIO A RECESSÃO A diretora do FMI reconheceu que a elevação de juros é num contexto de desaceleração econômica –a economia brasileira deve encolher 1% neste ano pelas projeções do FMI– se torna alvo de críticas. "Nossa análise, porém, indica que uma nova dose de estímulo poderia ameaçar a credibilidade arduamente conquistada dos esforços de política do passado. Tal credibilidade é particularmente importante para restaurar e sustentar as perspectivas de um crescimento forte, equilibrado e inclusivo", afirmou. INFRAESTRUTURA Apesar dos elogios sobre as recentes medidas adotadas pela equipe econômica comandada por Joaquim Levy, Lagarde disse que também tem críticas a fazer. Ela disse que o país precisa de reformas. Em seu discurso, Largarde elegeu três áreas em que o Brasil precisa avançar para um crescimento sustentável: reduzir custos dos negócios (por meio de reforma tributária), melhorar a infraestrutura de transportes e se integrar mais ao comércio global. Para ela, o programa de concessões em infraestrutura é "um passo na direção certa". Na quinta-feira (21), a diretora-gerente do FMI esteve reunida com o ministro Joaquim Levy (Fazenda) por meia hora, no gabinete do ministro em Brasília. Lagarde também se encontrou com a presidente Dilma Rousseff na quinta-feira.
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Ação para derrubar financiamento privado é 'peça falsa', diz Cunha
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se no final da tarde desta quinta-feira (11) com a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber. O motivo da visita, segundo o peemedebista, era mostrar a Weber que o pedido para anular decisão da Câmara favorável à constitucionalização do financiamento privado das campanhas é baseado em uma "peça falsa". Logo após o plenário da Câmara aprovar a inclusão na Constituição da permissão que empresas financiem os partidos políticos, siglas lideradas pelo PT ingressaram no STF com um mandado de segurança para tentar derrubar a votação. Eles questionam a manobra política adotada por Cunha, que após uma primeira rejeição pelo plenário da Câmara, quebrou um acordo político de que o tema só seria votado uma vez e o colocou novamente em votação. Por meio de uma pressão sobre aliados, a proposta acabou sendo aprovada. "Me pareceu que o texto do mandato estava tão mentiroso, que eu preciso mostrar que é uma litigância de ma-fé. Aquela peça é uma peça falsa, então faço questão de levar até ela [Weber, que relata o caso] para falar isso", afirmou Cunha. O peemedebista foi à corte acompanhado por uma comitiva de dez líderes partidários do DEM, PSDB, PMDB, Solidariedade, PR, PTB, PRB, PSC, PHS e PEN. Ele deixou a reunião sem dar detalhes da conversa com a ministra. "Foi um encontro que não me cabe comentar. Eu levei os documentos que foram solicitados", afirmou ao voltar para a Câmara. Segundo Cunha, não há prazo para uma decisão. AMEAÇA Em seu blog, o colunista da revista "Veja" Lauro Jardim publicou nesta quinta que Cunha fez chegar a Weber, por meio de um ministro da corte, a ameaça de que se ela der uma liminar favorável ao pedido dos partidos de esquerda haverá retaliação na Câmara em projetos de interesse do STF. Cunha negou e disse que irá processar o jornalista. Ligado ao mundo empresarial, Eduardo Cunha foi o principal articulador da aprovação da constitucionalização do financiamento privado das campanhas. Seu objetivo é barrar a inclinação do STF de proibir a prática. O texto aprovado na Câmara precisa ainda de uma segunda votação e da análise do Senado.
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Ação para derrubar financiamento privado é 'peça falsa', diz CunhaO presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se no final da tarde desta quinta-feira (11) com a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber. O motivo da visita, segundo o peemedebista, era mostrar a Weber que o pedido para anular decisão da Câmara favorável à constitucionalização do financiamento privado das campanhas é baseado em uma "peça falsa". Logo após o plenário da Câmara aprovar a inclusão na Constituição da permissão que empresas financiem os partidos políticos, siglas lideradas pelo PT ingressaram no STF com um mandado de segurança para tentar derrubar a votação. Eles questionam a manobra política adotada por Cunha, que após uma primeira rejeição pelo plenário da Câmara, quebrou um acordo político de que o tema só seria votado uma vez e o colocou novamente em votação. Por meio de uma pressão sobre aliados, a proposta acabou sendo aprovada. "Me pareceu que o texto do mandato estava tão mentiroso, que eu preciso mostrar que é uma litigância de ma-fé. Aquela peça é uma peça falsa, então faço questão de levar até ela [Weber, que relata o caso] para falar isso", afirmou Cunha. O peemedebista foi à corte acompanhado por uma comitiva de dez líderes partidários do DEM, PSDB, PMDB, Solidariedade, PR, PTB, PRB, PSC, PHS e PEN. Ele deixou a reunião sem dar detalhes da conversa com a ministra. "Foi um encontro que não me cabe comentar. Eu levei os documentos que foram solicitados", afirmou ao voltar para a Câmara. Segundo Cunha, não há prazo para uma decisão. AMEAÇA Em seu blog, o colunista da revista "Veja" Lauro Jardim publicou nesta quinta que Cunha fez chegar a Weber, por meio de um ministro da corte, a ameaça de que se ela der uma liminar favorável ao pedido dos partidos de esquerda haverá retaliação na Câmara em projetos de interesse do STF. Cunha negou e disse que irá processar o jornalista. Ligado ao mundo empresarial, Eduardo Cunha foi o principal articulador da aprovação da constitucionalização do financiamento privado das campanhas. Seu objetivo é barrar a inclinação do STF de proibir a prática. O texto aprovado na Câmara precisa ainda de uma segunda votação e da análise do Senado.
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Grupos de ensino enfrentam desafio de se adaptar à crise e à queda do Fies
A crise econômica e a inflexão na concessão do financiamento público pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) embaralham o mercado de ensino privado no país, que passou por mudanças radicais nos últimos dez anos. Até o final do ano passado, a legislação favorável ao investimento, atraente aos fundos internacionais, levou a um grande número de aquisições e fusões, transformou o setor em estrela do mercado acionário até 2014 e tornou o país sede da maior empresa de educação privada no mundo, a Kroton, com mais de 1 milhão de estudantes. Mas uma redução no desembolso do governo surpreendeu o setor. O número de novos financiamentos do Fies caiu 57% —o que não alivia o orçamento público, pois os gastos já contratados pelo governo podem levar a uma alta de até 20% nos desembolsos neste ano. Depois de um período de perplexidade, porém, os fundos educacionais reagiram. Wagner Rodrigues, diretor de pesquisa da empresa de acompanhamento de mercado TTR, aponta queda no número de fusões e aquisições até o início do mês. De janeiro até 3 de novembro, foram registrados 24 negócios frente aos 31 registrados no mesmo período de 2014. Já em investimentos de fundos de private equity (que compram participação em empresas de capital fechado) e venture capital (que investem em empresas iniciantes, de alto crescimento), o ano de 2015 manteve o nível de atividade. O grupo Estácio, segundo maior do país, divulgou no último dia 5 crescimento de 15% no número de alunos nos últimos 12 meses e avanço no lucro líquido de 18%. "Alguns grupos não sentiram até agora os efeitos da crise, nem na procura, nem na evasão. Todo mundo acha que o que pode acontecer é, no começo do próximo ano, rematrícula um pouco inferior. Tem uma certa incerteza com respeito aos novos entrantes", diz Christian Gamboa, da Pricewaterhouse Coopers (PwC). QUEDA NA BOLSA O consultor Carlos Monteiro, da CM Consultoria, concorda com outros especialistas que os grandes conglomerados têm fôlego financeiro e podem desenvolver produtos diversificados para fazer frente à crise no curto prazo (novos cursos, aquisições, novas formas de financiamento). Mas diz que grupos com ações negociadas em Bolsa estão sofrendo. A CM Consultoria aponta desvalorização da Kroton (-31,5 %), da Estácio (-30%), do grupo Anima (-61,8%) e do Ser Educacional (-67,3%), desde dezembro de 2014. São R$ 14,5 bilhões que evaporaram da Bolsa, em um ano, na soma desse grupo. FUSÕES E AQUISIÇÕES - Ainda assim, os valores de mercado atualizados ainda são robustos: R$ 17,2 bilhões (Kroton, dono da Universidade Anhanguera), R$ 5,2 bilhões (grupo Estácio), R$ 1,2 bilhão (Ser Educacional, forte no Nordeste), R$ 1,1 bilhão (Anima Educação, com a Universidade São Judas Tadeu). Apesar do recente protagonismo conquistado pelos grandes grupos, eles ainda têm peso relativo. "O ensino superior ainda é muito pulverizado, os 20 maiores grupos representam só 30% dos alunos", ressalta Ricardo Kim, da XP Investimento. TRANSAÇÕES ENVOLVENDO FUNDOS DE PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL - São 2.090 instituições superiores privadas e 301 públicas, segundo o último censo, de 2013. Fusões e aquisições continuam, mas podem não alcançar as pequenas, menos atraentes economicamente. E é nas instituições menores que a realidade é mais dura. Para Monteiro, "as instituições com menos de 2.000 alunos, que têm mais de 30% da receita oriunda do Fies, sentem a crise e vão sentir ainda mais. É a grande maioria". FINANCIAMENTO PRIVADO Uma das alternativas é o financiamento privado dos alunos. A Pravaler, gerida pela Ideal Invest e que tem o Itaú e o Banco Mundial entre seus acionistas, viu a procura crescer seis vezes este ano em relação ao mesmo período de 2014. "Tivemos um aumento generalizado da procura, em todas as estratificações", afirma Carlos Furlan, diretor-executivo da Ideal Invest. Os grandes grupos procuraram o Pravaler como alternativa ao Fies, bancando os juros, parcialmente ou integralmente. Segundo Furlan, 55% de todas as vagas no ensino superior privado já podem contar com o financiamento do Pravaler. Uma das mais recentes adesões foi a da Unip (Universidade Paulista). Ainda assim, o Pravaler ainda exibe números relativos diante das realidade nacional. Atendeu até agora 60 mil alunos, com previsão de desembolso de R$ 1 bilhão. O Fies prevê, apenas para os alunos contratados até 2015, despender R$ 28,45 bilhões. Novos contratos do Fies - ENSINO À DISTÂNCIA Uma das alternativas de crescimento para os grupos é o ensino à distância (EAD), com ticket (o jargão do mercado para mensalidade) mais baixo. No país, o volume de alunos na modalidade pulou de cerca de 60 mil, em 2004, para 1,15 milhão em 2013, segundo os últimos dados disponíveis, e a grande maioria é no setor privado. "EAD é o que mais cresce. Todos os grandes grupos já têm operação relevante em ensino à distância, eles enxergam como um aumento de capilaridade, com custo mais baixo", diz Gamboa. Empréstimos concedidos por meio do Fies - <br>
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Grupos de ensino enfrentam desafio de se adaptar à crise e à queda do FiesA crise econômica e a inflexão na concessão do financiamento público pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) embaralham o mercado de ensino privado no país, que passou por mudanças radicais nos últimos dez anos. Até o final do ano passado, a legislação favorável ao investimento, atraente aos fundos internacionais, levou a um grande número de aquisições e fusões, transformou o setor em estrela do mercado acionário até 2014 e tornou o país sede da maior empresa de educação privada no mundo, a Kroton, com mais de 1 milhão de estudantes. Mas uma redução no desembolso do governo surpreendeu o setor. O número de novos financiamentos do Fies caiu 57% —o que não alivia o orçamento público, pois os gastos já contratados pelo governo podem levar a uma alta de até 20% nos desembolsos neste ano. Depois de um período de perplexidade, porém, os fundos educacionais reagiram. Wagner Rodrigues, diretor de pesquisa da empresa de acompanhamento de mercado TTR, aponta queda no número de fusões e aquisições até o início do mês. De janeiro até 3 de novembro, foram registrados 24 negócios frente aos 31 registrados no mesmo período de 2014. Já em investimentos de fundos de private equity (que compram participação em empresas de capital fechado) e venture capital (que investem em empresas iniciantes, de alto crescimento), o ano de 2015 manteve o nível de atividade. O grupo Estácio, segundo maior do país, divulgou no último dia 5 crescimento de 15% no número de alunos nos últimos 12 meses e avanço no lucro líquido de 18%. "Alguns grupos não sentiram até agora os efeitos da crise, nem na procura, nem na evasão. Todo mundo acha que o que pode acontecer é, no começo do próximo ano, rematrícula um pouco inferior. Tem uma certa incerteza com respeito aos novos entrantes", diz Christian Gamboa, da Pricewaterhouse Coopers (PwC). QUEDA NA BOLSA O consultor Carlos Monteiro, da CM Consultoria, concorda com outros especialistas que os grandes conglomerados têm fôlego financeiro e podem desenvolver produtos diversificados para fazer frente à crise no curto prazo (novos cursos, aquisições, novas formas de financiamento). Mas diz que grupos com ações negociadas em Bolsa estão sofrendo. A CM Consultoria aponta desvalorização da Kroton (-31,5 %), da Estácio (-30%), do grupo Anima (-61,8%) e do Ser Educacional (-67,3%), desde dezembro de 2014. São R$ 14,5 bilhões que evaporaram da Bolsa, em um ano, na soma desse grupo. FUSÕES E AQUISIÇÕES - Ainda assim, os valores de mercado atualizados ainda são robustos: R$ 17,2 bilhões (Kroton, dono da Universidade Anhanguera), R$ 5,2 bilhões (grupo Estácio), R$ 1,2 bilhão (Ser Educacional, forte no Nordeste), R$ 1,1 bilhão (Anima Educação, com a Universidade São Judas Tadeu). Apesar do recente protagonismo conquistado pelos grandes grupos, eles ainda têm peso relativo. "O ensino superior ainda é muito pulverizado, os 20 maiores grupos representam só 30% dos alunos", ressalta Ricardo Kim, da XP Investimento. TRANSAÇÕES ENVOLVENDO FUNDOS DE PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL - São 2.090 instituições superiores privadas e 301 públicas, segundo o último censo, de 2013. Fusões e aquisições continuam, mas podem não alcançar as pequenas, menos atraentes economicamente. E é nas instituições menores que a realidade é mais dura. Para Monteiro, "as instituições com menos de 2.000 alunos, que têm mais de 30% da receita oriunda do Fies, sentem a crise e vão sentir ainda mais. É a grande maioria". FINANCIAMENTO PRIVADO Uma das alternativas é o financiamento privado dos alunos. A Pravaler, gerida pela Ideal Invest e que tem o Itaú e o Banco Mundial entre seus acionistas, viu a procura crescer seis vezes este ano em relação ao mesmo período de 2014. "Tivemos um aumento generalizado da procura, em todas as estratificações", afirma Carlos Furlan, diretor-executivo da Ideal Invest. Os grandes grupos procuraram o Pravaler como alternativa ao Fies, bancando os juros, parcialmente ou integralmente. Segundo Furlan, 55% de todas as vagas no ensino superior privado já podem contar com o financiamento do Pravaler. Uma das mais recentes adesões foi a da Unip (Universidade Paulista). Ainda assim, o Pravaler ainda exibe números relativos diante das realidade nacional. Atendeu até agora 60 mil alunos, com previsão de desembolso de R$ 1 bilhão. O Fies prevê, apenas para os alunos contratados até 2015, despender R$ 28,45 bilhões. Novos contratos do Fies - ENSINO À DISTÂNCIA Uma das alternativas de crescimento para os grupos é o ensino à distância (EAD), com ticket (o jargão do mercado para mensalidade) mais baixo. No país, o volume de alunos na modalidade pulou de cerca de 60 mil, em 2004, para 1,15 milhão em 2013, segundo os últimos dados disponíveis, e a grande maioria é no setor privado. "EAD é o que mais cresce. Todos os grandes grupos já têm operação relevante em ensino à distância, eles enxergam como um aumento de capilaridade, com custo mais baixo", diz Gamboa. Empréstimos concedidos por meio do Fies - <br>
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O Rio olímpico está aprovado pelos estrangeiros? Vídeo mostra impressões
Os Jogos do Rio chegam ao fim neste domingo e já deixam um gosto de "quero mais" aos visitantes estrangeiros que curtem o ensolarado inverno carioca.Nem as notícias sobre zika, segurança pública ou falta de estrutura veiculadas pela imprensa internacional antes da Olimpíada foram capazes de intimidar os entrevistados do vídeo acima. Eles vieram ao país e, agora, mostram um olhar estrangeiro otimista, mas com a ressalva da barreira idiomática.
tv
O Rio olímpico está aprovado pelos estrangeiros? Vídeo mostra impressõesOs Jogos do Rio chegam ao fim neste domingo e já deixam um gosto de "quero mais" aos visitantes estrangeiros que curtem o ensolarado inverno carioca.Nem as notícias sobre zika, segurança pública ou falta de estrutura veiculadas pela imprensa internacional antes da Olimpíada foram capazes de intimidar os entrevistados do vídeo acima. Eles vieram ao país e, agora, mostram um olhar estrangeiro otimista, mas com a ressalva da barreira idiomática.
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Mensageiro Sideral: Os planetas perdidos do Sistema Solar
Você já reparou como muitos dos sistemas planetários descobertos até agora têm vários planetas localizados em órbitas bem pequenas, bem menores que as da Terra? Pois bem. Agora uma dupla de astrônomos nos Estados Unidos está propondo que o Sistema ... Leia post completo no blog
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Mensageiro Sideral: Os planetas perdidos do Sistema SolarVocê já reparou como muitos dos sistemas planetários descobertos até agora têm vários planetas localizados em órbitas bem pequenas, bem menores que as da Terra? Pois bem. Agora uma dupla de astrônomos nos Estados Unidos está propondo que o Sistema ... Leia post completo no blog
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Leitor defende extradição de Pizzolato pela Justiça italiana
O governo da Itália está diante de uma boa oportunidade de mostrar-se superior ao brasileiro, respeitando a decisão de sua suprema corte e extraditando o corrupto Henrique Pizzolato. Caso contrário, igualar-se-á ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que, por questões ideológicas, deixou impune um assassino devidamente condenado em processo judicial regular italiano. O governo italiano pode mostrar ao mundo que é bem melhor. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor defende extradição de Pizzolato pela Justiça italianaO governo da Itália está diante de uma boa oportunidade de mostrar-se superior ao brasileiro, respeitando a decisão de sua suprema corte e extraditando o corrupto Henrique Pizzolato. Caso contrário, igualar-se-á ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que, por questões ideológicas, deixou impune um assassino devidamente condenado em processo judicial regular italiano. O governo italiano pode mostrar ao mundo que é bem melhor. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Setor de gás natural quer flexibilizar regras estaduais para o mercado livre
Comercializadores de energia e gás natural querem mudanças nas regras estaduais que permitem que os consumidores migrem para o mercado livre –aquele no qual poderiam escolher seus fornecedores. A Abraceel, a associação dos comercializadores, se reuniu com o Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (19), para apresentar demandas, diz Reginaldo Medeiros, presidente da entidade. São dez pedidos, no total, como poder comprar parte do gás de partilha (a parcela da produção que vai para a União) e mudar os tributos. O ministério concorda com a maioria delas, segundo a assessoria de imprensa. NO MÍNIMO - Limites para o consumidor livre por Estado<br><br><b>Em milhares de metros cúbicos</b> O entendimento é que algumas adaptações, como a de um modelo de transporte em que as empresas do setor de gás pagam tarifas por ponto de acesso, atrairiam interessados em ativos da Petrobras, como gasodutos. Um dos pleitos é a unificação dos limites mínimos para que os clientes entrem no mercado livre em todos os Estados. Hoje, cada unidade federal determina quanto o cliente deve consumir para poder escolher o fornecedor. Em São Paulo e Minas, as linhas são as menores, de 10 mil metros cúbicos. Em Mato Grosso, é preciso consumir 1 milhão de metros cúbicos para aderir ao mercado. Medeiros quer que a ANP (agência do petróleo e gás natural) e o ministério auxiliem na padronização. O executivo compara a atuação desejada à da Saúde: "A atribuição da política é dos municípios, mas a União harmoniza. Ao passar recursos, o governo induz à práticas." - VAREJO LIVRE A CCEE (câmara de energia elétrica) aprovou os primeiros comercializadores varejistas do mercado livre: a Comerc, a CPFL e a Elektro. A medida deverá facilitar a entrada de novos clientes no setor. O papel das empresas será representar os consumidores perante o órgão e cuidar de burocracias, como encargos e contratos. Hoje, as comercializadoras do mercado livre apenas vendem energia elétrica aos clientes, que também podem comprá-la diretamente de geradores. ENERGIA LIVRE - Adesões ao mercado livre em andamento "Principalmente os de menor porte não têm experiência para lidar com o setor elétrico. As varejistas serão facilitadoras", diz Rui Altieri, presidente da CCEE. Com a aprovação da câmara, a Comerc projeta um aumento de 10% na base de clientes e de 2,5% no consumo de energia em um prazo de um ano, afirma o presidente, Cristopher Vlavianos. Hoje, o mercado tem 2.516 consumidores. Até o fim deste ano, deverão ser 4.000. - CARRO DA FIRMA Três em cada dez empresas estenderam o tempo de uso de seus veículos corporativos no último ano, aponta levantamento feito pela CSA para a Arval, companhia do setor. Entre as que detêm grandes frotas, a taxa sobe para 40%. A tendência, que mostra uma busca maior por economia, se intensificou com a crise, diz o diretor da Arval Brasil Ricardo De Bolle. "Há dois anos, a substituição era feita em um prazo de 24 a 36 meses, mas isso tem mudado." ROTA AMPLIADA - Empresas que pretendem ampliar ou diminuir sua frota Na empresa, houve um aumento gradativo do intervalo, que hoje chega a quatro ou cinco anos. O envelhecimento da frota se repete na União Europeia em menor grau. Lá, o índice de empresas que estenderam os prazos é de 20%. "É um mercado mais maduro, a média de tempo já é de cerca de quatro anos." - REPÚBLICA DA VILA OLYMPIA Os 33 alunos bolsistas do Insper, de São Paulo, que hoje moram em apartamentos alugados pela instituição, mudarão de endereço no ano que vem. A Fundação Brava doou um prédio para o alojamento para 55 estudantes de fora da cidade. O espaço, de 400 m² e valor de R$ 8,5 milhões, fica a poucos metros do campus. O Insper vai reformar o prédio cedido em comodato. "É importante para os alunos com 100% de bolsa não restituível. E envolve os demais estudantes no projeto", diz Marcos Lisboa, presidente do Insper. "A demanda para o vestibular cresceu muito, de bolsistas e não bolsistas. Cria aquele clima de campus americano, todos participam, desenham soluções para o prédio, para o entorno dele." O fundo de bolsas recebeu R$ 2,36 milhões neste ano –em 2015 foram quase R$ 3 milhões. - Pé direito... Os preços dos imóveis na União Europeia subiram 3% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015, segundo a agência Eurostat. ...alto Os maiores aumentos foram observados na Hungria (15,2%), Áustria (13,4%) e Suécia (12,5%), enquanto as casas na Itália e em Chipre ficaram 1,2% mais baratas. Alisamento A Acqua Coco, de produtos capilares, investe R$ 5 milhões em sua fábrica e passará a exportar para Marrocos, Chile e Angola. HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Setor de gás natural quer flexibilizar regras estaduais para o mercado livreComercializadores de energia e gás natural querem mudanças nas regras estaduais que permitem que os consumidores migrem para o mercado livre –aquele no qual poderiam escolher seus fornecedores. A Abraceel, a associação dos comercializadores, se reuniu com o Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (19), para apresentar demandas, diz Reginaldo Medeiros, presidente da entidade. São dez pedidos, no total, como poder comprar parte do gás de partilha (a parcela da produção que vai para a União) e mudar os tributos. O ministério concorda com a maioria delas, segundo a assessoria de imprensa. NO MÍNIMO - Limites para o consumidor livre por Estado<br><br><b>Em milhares de metros cúbicos</b> O entendimento é que algumas adaptações, como a de um modelo de transporte em que as empresas do setor de gás pagam tarifas por ponto de acesso, atrairiam interessados em ativos da Petrobras, como gasodutos. Um dos pleitos é a unificação dos limites mínimos para que os clientes entrem no mercado livre em todos os Estados. Hoje, cada unidade federal determina quanto o cliente deve consumir para poder escolher o fornecedor. Em São Paulo e Minas, as linhas são as menores, de 10 mil metros cúbicos. Em Mato Grosso, é preciso consumir 1 milhão de metros cúbicos para aderir ao mercado. Medeiros quer que a ANP (agência do petróleo e gás natural) e o ministério auxiliem na padronização. O executivo compara a atuação desejada à da Saúde: "A atribuição da política é dos municípios, mas a União harmoniza. Ao passar recursos, o governo induz à práticas." - VAREJO LIVRE A CCEE (câmara de energia elétrica) aprovou os primeiros comercializadores varejistas do mercado livre: a Comerc, a CPFL e a Elektro. A medida deverá facilitar a entrada de novos clientes no setor. O papel das empresas será representar os consumidores perante o órgão e cuidar de burocracias, como encargos e contratos. Hoje, as comercializadoras do mercado livre apenas vendem energia elétrica aos clientes, que também podem comprá-la diretamente de geradores. ENERGIA LIVRE - Adesões ao mercado livre em andamento "Principalmente os de menor porte não têm experiência para lidar com o setor elétrico. As varejistas serão facilitadoras", diz Rui Altieri, presidente da CCEE. Com a aprovação da câmara, a Comerc projeta um aumento de 10% na base de clientes e de 2,5% no consumo de energia em um prazo de um ano, afirma o presidente, Cristopher Vlavianos. Hoje, o mercado tem 2.516 consumidores. Até o fim deste ano, deverão ser 4.000. - CARRO DA FIRMA Três em cada dez empresas estenderam o tempo de uso de seus veículos corporativos no último ano, aponta levantamento feito pela CSA para a Arval, companhia do setor. Entre as que detêm grandes frotas, a taxa sobe para 40%. A tendência, que mostra uma busca maior por economia, se intensificou com a crise, diz o diretor da Arval Brasil Ricardo De Bolle. "Há dois anos, a substituição era feita em um prazo de 24 a 36 meses, mas isso tem mudado." ROTA AMPLIADA - Empresas que pretendem ampliar ou diminuir sua frota Na empresa, houve um aumento gradativo do intervalo, que hoje chega a quatro ou cinco anos. O envelhecimento da frota se repete na União Europeia em menor grau. Lá, o índice de empresas que estenderam os prazos é de 20%. "É um mercado mais maduro, a média de tempo já é de cerca de quatro anos." - REPÚBLICA DA VILA OLYMPIA Os 33 alunos bolsistas do Insper, de São Paulo, que hoje moram em apartamentos alugados pela instituição, mudarão de endereço no ano que vem. A Fundação Brava doou um prédio para o alojamento para 55 estudantes de fora da cidade. O espaço, de 400 m² e valor de R$ 8,5 milhões, fica a poucos metros do campus. O Insper vai reformar o prédio cedido em comodato. "É importante para os alunos com 100% de bolsa não restituível. E envolve os demais estudantes no projeto", diz Marcos Lisboa, presidente do Insper. "A demanda para o vestibular cresceu muito, de bolsistas e não bolsistas. Cria aquele clima de campus americano, todos participam, desenham soluções para o prédio, para o entorno dele." O fundo de bolsas recebeu R$ 2,36 milhões neste ano –em 2015 foram quase R$ 3 milhões. - Pé direito... Os preços dos imóveis na União Europeia subiram 3% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015, segundo a agência Eurostat. ...alto Os maiores aumentos foram observados na Hungria (15,2%), Áustria (13,4%) e Suécia (12,5%), enquanto as casas na Itália e em Chipre ficaram 1,2% mais baratas. Alisamento A Acqua Coco, de produtos capilares, investe R$ 5 milhões em sua fábrica e passará a exportar para Marrocos, Chile e Angola. HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Anderson Silva abraça adversário na pesagem da luta de retorno ao UFC
De volta à ativa depois de 13 meses parado devido a uma fratura na perna, o brasileiro Anderson Silva, 39, abraçou seu adversário, o norte-americano Nick Diaz, nesta sexta-feira (30), durante a pesagem oficial da sua luta de retorno. "Estou muito feliz por estar aqui. Eu quebrei a perna. Minha família disse para eu não voltar, mas isso sou eu. Essa é a minha vida", afirmou ex-campeão dos médios. A pesagem passou longe do clima de provocação que marca muitos encontros desse tipo. Depois de descer da balança, o brasileiro deu um leve abraço no seu rival na luta da madrugada deste domingo. O "Spider" (Aranha), como é conhecido, marcou 84,4 kg na balança. Já Díaz pesou 83,9 kg. A última luta de Anderson Silva foi em dezembro de 2013, quando ele foi derrotado por Chris Weidman numa revanche e teve uma grave fratura na perna. Após a lesão, o brasileiro foi operado e precisou colocar uma haste de metal local para a correção da fratura. O retorno aos treinos aconteceu no primeiro semestre de 2014.
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Anderson Silva abraça adversário na pesagem da luta de retorno ao UFCDe volta à ativa depois de 13 meses parado devido a uma fratura na perna, o brasileiro Anderson Silva, 39, abraçou seu adversário, o norte-americano Nick Diaz, nesta sexta-feira (30), durante a pesagem oficial da sua luta de retorno. "Estou muito feliz por estar aqui. Eu quebrei a perna. Minha família disse para eu não voltar, mas isso sou eu. Essa é a minha vida", afirmou ex-campeão dos médios. A pesagem passou longe do clima de provocação que marca muitos encontros desse tipo. Depois de descer da balança, o brasileiro deu um leve abraço no seu rival na luta da madrugada deste domingo. O "Spider" (Aranha), como é conhecido, marcou 84,4 kg na balança. Já Díaz pesou 83,9 kg. A última luta de Anderson Silva foi em dezembro de 2013, quando ele foi derrotado por Chris Weidman numa revanche e teve uma grave fratura na perna. Após a lesão, o brasileiro foi operado e precisou colocar uma haste de metal local para a correção da fratura. O retorno aos treinos aconteceu no primeiro semestre de 2014.
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Todas as guitarras acordaram roucas, diz leitor sobre morte de B.B. King
Todas as guitarras acordaram roucas. Lucille, meus sinceros e profundos sentimentos. Já do outro lado, num boteco esfumaçado, são Pedro, são João e são Tiago irão tomar "umas" assistindo a um "pocket show" de B.B. King (Rei do blues', B.B. King morre aos 89 em Las Vegas). MARCELO BELLESSO (São Paulo, SP) Hoje o mundo amanheceu de luto! Perdemos Blues Boy King! Com sua inseparável guitarra "Lucille", técnica incomparável e inconfundível vozeirão, foi o ícone máximo do blues, embalando multidões de apaixonados pela sua forte e marcante presença cênica. Talentoso e genial, fará muita falta ao universo musical e certamente será insubstituível! MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR, farmacêutico (Ribeirão Preto, SP) * B.B. King e "Lucille", a viúva que cantava em seus braços. Difícil esquecer... RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Todas as guitarras acordaram roucas, diz leitor sobre morte de B.B. KingTodas as guitarras acordaram roucas. Lucille, meus sinceros e profundos sentimentos. Já do outro lado, num boteco esfumaçado, são Pedro, são João e são Tiago irão tomar "umas" assistindo a um "pocket show" de B.B. King (Rei do blues', B.B. King morre aos 89 em Las Vegas). MARCELO BELLESSO (São Paulo, SP) Hoje o mundo amanheceu de luto! Perdemos Blues Boy King! Com sua inseparável guitarra "Lucille", técnica incomparável e inconfundível vozeirão, foi o ícone máximo do blues, embalando multidões de apaixonados pela sua forte e marcante presença cênica. Talentoso e genial, fará muita falta ao universo musical e certamente será insubstituível! MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR, farmacêutico (Ribeirão Preto, SP) * B.B. King e "Lucille", a viúva que cantava em seus braços. Difícil esquecer... RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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'O cigano existe dentro de mim, fora, ele já foi faz tempo', diz Sidney Magal
A história é antiga e conhecida. No começo da carreira, Sidney Magal pediu para que Vinicius de Moraes (1913-1980), seu primo, lhe desse uma música. No lugar da canção, ganhou um conselho. "Olha, com a tua pinta, com o teu tamanho, com a tua beleza, você acha mesmo que vai gravar uma bossa nova, num banquinho? Seu negócio é partir para a galera que o público vai delirar com você." "Hoje eu entendi, mas na época fiquei meio cabreiro: 'poxa, ele não quer me dar porque eu sou uma merda'", diz Magal em entrevista à Folha. É 2017 e a dica do parente famoso parece ter vingado. Magal completa cinquenta anos de carreira, efeméride que comemora com a gravação do DVD "Bailamos" num show que acontece nesta quinta (17), em São Paulo (SP). Magal não estará sozinho. Dividirá o palco com Ney Matogrosso, Alexandre Pires, Rogério Flausino, Milton Guedes, Ana Carolina e Rincon Sapiência, o único que não tivera nenhum contato com o amante latino antes. Convidar Sapiência foi ideia do filho, Rodrigo West, que, de início, não obteve lá muita fé de Magal. "Eu disse, 'Rodrigo, você vai convidar o rapper para cantar no disco da Sandra Rosa Madalena? O rapper não vai se encaixar, vai falar 'não, não é minha praia'". Único "desconhecido", Sapiência é também o mais novo dos convidados. E, se por um lado ganha elogios de Magal –"é um cara que tem um cuidado com harmonia, com melodia, tem influências africanas muito fortes e é uma coisa muito legal de ouvir" –o mesmo não acontece com outros artistas da sua geração. "A música de hoje enfraqueceu muito a criatividade das pessoas. Existe uma chamada 'MPB moderna', que eu acho muito bonitinho, mas que eu também acho muito infantilzinho, muito suavezinho", diz Magal. "Talvez o mundo esteja precisando disso, mas eu acho que não tem a força da música popular brasileira que nós sempre tivemos. São todos muito parecidos", completa. MUSO Os cabelos grisalhos, o peso e as roupas mais discretas denunciam que o amante latino já não é mais o mesmo. O assédio continua, mas agora "com mais respeito" –"elas já não se jogam mais em cima de mim." Diz que deixou as camisas abertas, os saltos e as calças apertadas, figurino que alçou seu nome ao status de galã em décadas passadas. Agora, aposta em blazer –"tem a ver com a minha idade"– peça de roupa que deve ser usada na noite da gravação. "O Sidney Magal cigano existe dentro de mim. Fora, ele já foi faz tempo." ENERGIA "Bailamos" ganhou classificação indicativa de 18 anos, mas Magal garante que põe para dançar até o público mais jovem, que diz conhecer de festas de formaturas, eventos que hoje ocupam boa parte da sua agenda. "O que eu encontro de elogio é o seguinte: 'a tua energia é muito legal no palco'. Eu me jogo literalmente, mesmo com a idade que eu tenho. Chegam para mim e dizem: 'suas músicas são pra cima, você tem um pique incrível, faz tudo com um tesão tão grande que você contagia a gente'." Seus shows, afirma, escapam do coro "Fora, Temer", que costuma pautar grandes espetáculos da música brasileira –garante que também não ouviu "Fora, Dilma". "Eu acho que eu os envolvo com tanta alegria que as pessoas vão ali e pensam 'ah, quer saber de uma coisa? Que se dane, quero ser feliz'", diz. Mesmo com 19 discos no currículo, Magal se vangloria mesmo é da sua presença no palco. "Antes, eu pensava 'por que eu não ganho tantos discos de ouro quanto o Chitãozinho e Xororó?' Entendi que é porque eu sou um artista que as pessoas querem ver. Não sou um artista para a pessoa botar 'ah, ouve o Magal ai'." 'AUTOAJUDA COM SIDNEY MAGAL' Pelos 50 anos de carreira, Magal também deve ganhar uma biografia e um filme. O livro sairá pela editora Irmãos Vitale em outubro. Quem assina é a escritora Bruna Ramos da Fonte, que levou seis meses para finaliza-lo. "Há histórias contada por Sérgio Reis, Ney Matogrosso, Ronnie Von. Tive sorte também porque o Magal guardou recortes de jornais e revistas durante toda a carreira. Ele é muito autêntico, muito alto astral. Fala sobre erros e acertos com a mesma honestidade. Ele não é uma pessoa que fica tentando mascarar uma coisa ou outra", diz Fonte. "A gente brinca que é um livro de 'autoajuda com Sidney Magal'. Nas histórias dele, ele sempre tem um ponto de vista legal", completa. No livro, Fonte promete revelar a idade oficial do músico, segredo que o guardado até então. Também há trechos sobre a morte de uma ex-namorada, passagem que arrancou lágrimas de autor e biografado. Já a obra para as telonas deve ficar para 2018. A ideia, diz Magal, é contar a sua historia de amor com a mulher, Magali, com quem é casado há 37 anos. BAILAMOS QUANDO quinta-feira (17), às 22h ONDE Espaço das Américas, rua Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo (SP) QUANTO R$ 100 a R$ 220
ilustrada
'O cigano existe dentro de mim, fora, ele já foi faz tempo', diz Sidney MagalA história é antiga e conhecida. No começo da carreira, Sidney Magal pediu para que Vinicius de Moraes (1913-1980), seu primo, lhe desse uma música. No lugar da canção, ganhou um conselho. "Olha, com a tua pinta, com o teu tamanho, com a tua beleza, você acha mesmo que vai gravar uma bossa nova, num banquinho? Seu negócio é partir para a galera que o público vai delirar com você." "Hoje eu entendi, mas na época fiquei meio cabreiro: 'poxa, ele não quer me dar porque eu sou uma merda'", diz Magal em entrevista à Folha. É 2017 e a dica do parente famoso parece ter vingado. Magal completa cinquenta anos de carreira, efeméride que comemora com a gravação do DVD "Bailamos" num show que acontece nesta quinta (17), em São Paulo (SP). Magal não estará sozinho. Dividirá o palco com Ney Matogrosso, Alexandre Pires, Rogério Flausino, Milton Guedes, Ana Carolina e Rincon Sapiência, o único que não tivera nenhum contato com o amante latino antes. Convidar Sapiência foi ideia do filho, Rodrigo West, que, de início, não obteve lá muita fé de Magal. "Eu disse, 'Rodrigo, você vai convidar o rapper para cantar no disco da Sandra Rosa Madalena? O rapper não vai se encaixar, vai falar 'não, não é minha praia'". Único "desconhecido", Sapiência é também o mais novo dos convidados. E, se por um lado ganha elogios de Magal –"é um cara que tem um cuidado com harmonia, com melodia, tem influências africanas muito fortes e é uma coisa muito legal de ouvir" –o mesmo não acontece com outros artistas da sua geração. "A música de hoje enfraqueceu muito a criatividade das pessoas. Existe uma chamada 'MPB moderna', que eu acho muito bonitinho, mas que eu também acho muito infantilzinho, muito suavezinho", diz Magal. "Talvez o mundo esteja precisando disso, mas eu acho que não tem a força da música popular brasileira que nós sempre tivemos. São todos muito parecidos", completa. MUSO Os cabelos grisalhos, o peso e as roupas mais discretas denunciam que o amante latino já não é mais o mesmo. O assédio continua, mas agora "com mais respeito" –"elas já não se jogam mais em cima de mim." Diz que deixou as camisas abertas, os saltos e as calças apertadas, figurino que alçou seu nome ao status de galã em décadas passadas. Agora, aposta em blazer –"tem a ver com a minha idade"– peça de roupa que deve ser usada na noite da gravação. "O Sidney Magal cigano existe dentro de mim. Fora, ele já foi faz tempo." ENERGIA "Bailamos" ganhou classificação indicativa de 18 anos, mas Magal garante que põe para dançar até o público mais jovem, que diz conhecer de festas de formaturas, eventos que hoje ocupam boa parte da sua agenda. "O que eu encontro de elogio é o seguinte: 'a tua energia é muito legal no palco'. Eu me jogo literalmente, mesmo com a idade que eu tenho. Chegam para mim e dizem: 'suas músicas são pra cima, você tem um pique incrível, faz tudo com um tesão tão grande que você contagia a gente'." Seus shows, afirma, escapam do coro "Fora, Temer", que costuma pautar grandes espetáculos da música brasileira –garante que também não ouviu "Fora, Dilma". "Eu acho que eu os envolvo com tanta alegria que as pessoas vão ali e pensam 'ah, quer saber de uma coisa? Que se dane, quero ser feliz'", diz. Mesmo com 19 discos no currículo, Magal se vangloria mesmo é da sua presença no palco. "Antes, eu pensava 'por que eu não ganho tantos discos de ouro quanto o Chitãozinho e Xororó?' Entendi que é porque eu sou um artista que as pessoas querem ver. Não sou um artista para a pessoa botar 'ah, ouve o Magal ai'." 'AUTOAJUDA COM SIDNEY MAGAL' Pelos 50 anos de carreira, Magal também deve ganhar uma biografia e um filme. O livro sairá pela editora Irmãos Vitale em outubro. Quem assina é a escritora Bruna Ramos da Fonte, que levou seis meses para finaliza-lo. "Há histórias contada por Sérgio Reis, Ney Matogrosso, Ronnie Von. Tive sorte também porque o Magal guardou recortes de jornais e revistas durante toda a carreira. Ele é muito autêntico, muito alto astral. Fala sobre erros e acertos com a mesma honestidade. Ele não é uma pessoa que fica tentando mascarar uma coisa ou outra", diz Fonte. "A gente brinca que é um livro de 'autoajuda com Sidney Magal'. Nas histórias dele, ele sempre tem um ponto de vista legal", completa. No livro, Fonte promete revelar a idade oficial do músico, segredo que o guardado até então. Também há trechos sobre a morte de uma ex-namorada, passagem que arrancou lágrimas de autor e biografado. Já a obra para as telonas deve ficar para 2018. A ideia, diz Magal, é contar a sua historia de amor com a mulher, Magali, com quem é casado há 37 anos. BAILAMOS QUANDO quinta-feira (17), às 22h ONDE Espaço das Américas, rua Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo (SP) QUANTO R$ 100 a R$ 220
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Dengue se alastra no Estado de SP; São José dos Campos decreta epidemia
Nesta quarta-feira (18) a prefeitura de São José dos Campos (a 90 km de São Paulo) decretou epidemia de dengue na cidade. De acordo a Secretaria de Saúde, foram registrados 762 casos da doença neste ano no município. A última epidemia de dengue que São José dos Campos enfrentou foi em 2011. Na terça, a prefeitura de Birigui (a 503 km de São Paulo) confirmou que a primeira morte por dengue neste ano na cidade ocorreu no último dia 7. A vítima, de 85 anos, apresentava outras doenças crônicas, como pneumonia, o que a colocava no grupo de risco. Segundo a Vigilância Epidemiológica do município, o paciente foi hospitalizado em 2 de março, com quadro grave de pneumonia e febre e, depois de cinco dias internado, morreu. Em Campinas (a 90 km de São Paulo), a Secretaria de Saúde informou que, até o dia 16, foram confirmados 1.697 casos de dengue, com a morte de um homem de 78 anos. O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) tem outros 5.050 casos em observação. Na semana passada, foram registradas cinco mortes causadas por dengue no interior paulista. Em Mogi Mirim (a 148 km de São Paulo), onde foram confirmados até o momento 1.995 casos, contra 151 no mesmo período do ano passado, morreram duas mulheres, de 68 e de 28 anos; em Bauru, com 827 casos de dengue no ano, morreram uma mulher de 73 anos e dois homens, de 80 e de 74 anos. Em Sorocaba (a 97 km de São Paulo) há 12 casos de óbitos notificados, sendo cinco confirmados para dengue e sete aguardando resultado de exames. Em Limeira (a 143 km de São Paulo), de acordo com dados do último dia 9, há sete notificações de óbito aguardando confirmação. Na cidade de Marília (a 440 km de São Paulo), foram confirmadas seis mortes. Na capital do Estado, um menino de 11 anos, morador do Jardim Miriam, zona sul da cidade, também morreu por dengue. É a segunda morte que a doença causa neste ano na cidade. Segundo dados divulgados na semana passada, pela Secretaria Municipal de São Paulo, foram confirmados 2.438 casos de dengue na capital paulista entre 4 de janeiro a 28 de fevereiro. A quantidade é quase três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
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Dengue se alastra no Estado de SP; São José dos Campos decreta epidemiaNesta quarta-feira (18) a prefeitura de São José dos Campos (a 90 km de São Paulo) decretou epidemia de dengue na cidade. De acordo a Secretaria de Saúde, foram registrados 762 casos da doença neste ano no município. A última epidemia de dengue que São José dos Campos enfrentou foi em 2011. Na terça, a prefeitura de Birigui (a 503 km de São Paulo) confirmou que a primeira morte por dengue neste ano na cidade ocorreu no último dia 7. A vítima, de 85 anos, apresentava outras doenças crônicas, como pneumonia, o que a colocava no grupo de risco. Segundo a Vigilância Epidemiológica do município, o paciente foi hospitalizado em 2 de março, com quadro grave de pneumonia e febre e, depois de cinco dias internado, morreu. Em Campinas (a 90 km de São Paulo), a Secretaria de Saúde informou que, até o dia 16, foram confirmados 1.697 casos de dengue, com a morte de um homem de 78 anos. O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) tem outros 5.050 casos em observação. Na semana passada, foram registradas cinco mortes causadas por dengue no interior paulista. Em Mogi Mirim (a 148 km de São Paulo), onde foram confirmados até o momento 1.995 casos, contra 151 no mesmo período do ano passado, morreram duas mulheres, de 68 e de 28 anos; em Bauru, com 827 casos de dengue no ano, morreram uma mulher de 73 anos e dois homens, de 80 e de 74 anos. Em Sorocaba (a 97 km de São Paulo) há 12 casos de óbitos notificados, sendo cinco confirmados para dengue e sete aguardando resultado de exames. Em Limeira (a 143 km de São Paulo), de acordo com dados do último dia 9, há sete notificações de óbito aguardando confirmação. Na cidade de Marília (a 440 km de São Paulo), foram confirmadas seis mortes. Na capital do Estado, um menino de 11 anos, morador do Jardim Miriam, zona sul da cidade, também morreu por dengue. É a segunda morte que a doença causa neste ano na cidade. Segundo dados divulgados na semana passada, pela Secretaria Municipal de São Paulo, foram confirmados 2.438 casos de dengue na capital paulista entre 4 de janeiro a 28 de fevereiro. A quantidade é quase três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
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Sem CPMF, cenário é 'muito ruim', diz agência de risco Moody's
Mauro Leos, responsável pela classificação da América Latina na agência de classificação de risco Moody's, diz que, sem a recriação da CPMF, o "cenário fica muito ruim". No curto prazo, a principal questão é o Orçamento do ano que vem, disse Leos. O analista afirmou que uma aprovação do imposto do cheque seria fundamental para evitar o terceiro ano consecutivo de deficit primário. "É difícil ver o Orçamento sem CPMF. Pode não ser a solução mais eficiente, mas parece ser a única solução", disse. "A comunidade de negócios tem expectativa de que haja algum consenso [entre o governo e o Congresso]. O Brasil está no limite do grau de investimento na classificação da Moody's, mas já se perdeu o selo de bom pagador da agência Standard & Poor's. Leos participou de um evento da Americas Society-Council of Americas, em Nova York, nesta terça-feira (22). O analista disse que a Moody's anteciparia uma revisão da nota do Brasil "somente se tiver eventos que não previmos". "A aprovação ou não [da CPMF] seria um indicativo de quão forte ou quão fraca é a habilidade do governo de alcançar consenso. Não acho que por causa disso mudaríamos o rating, mas levaríamos em consideração em termos de análise." Leos afirmou que a expectativa de o impacto da dívida em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil bater 70% pesou no rebaixamento do país ao último grau antes do especulativo. Mas perspectiva está estável porque a Moody's enxerga como possíveis um crescimento de 2% do PIB e um superavit primário de 2% a partir de 2017. Leos comparou o Brasil a países com a mesma nota, como a Croácia, cujo peso da dívida saltou de 35% para quase 100%, porém registrou um crescimento econômico de menos 1%. "Ainda que o Brasil esteja passando por tempos difíceis, não é tão ruim quanto na Croácia", ponderou. Classificação de risco
mercado
Sem CPMF, cenário é 'muito ruim', diz agência de risco Moody'sMauro Leos, responsável pela classificação da América Latina na agência de classificação de risco Moody's, diz que, sem a recriação da CPMF, o "cenário fica muito ruim". No curto prazo, a principal questão é o Orçamento do ano que vem, disse Leos. O analista afirmou que uma aprovação do imposto do cheque seria fundamental para evitar o terceiro ano consecutivo de deficit primário. "É difícil ver o Orçamento sem CPMF. Pode não ser a solução mais eficiente, mas parece ser a única solução", disse. "A comunidade de negócios tem expectativa de que haja algum consenso [entre o governo e o Congresso]. O Brasil está no limite do grau de investimento na classificação da Moody's, mas já se perdeu o selo de bom pagador da agência Standard & Poor's. Leos participou de um evento da Americas Society-Council of Americas, em Nova York, nesta terça-feira (22). O analista disse que a Moody's anteciparia uma revisão da nota do Brasil "somente se tiver eventos que não previmos". "A aprovação ou não [da CPMF] seria um indicativo de quão forte ou quão fraca é a habilidade do governo de alcançar consenso. Não acho que por causa disso mudaríamos o rating, mas levaríamos em consideração em termos de análise." Leos afirmou que a expectativa de o impacto da dívida em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil bater 70% pesou no rebaixamento do país ao último grau antes do especulativo. Mas perspectiva está estável porque a Moody's enxerga como possíveis um crescimento de 2% do PIB e um superavit primário de 2% a partir de 2017. Leos comparou o Brasil a países com a mesma nota, como a Croácia, cujo peso da dívida saltou de 35% para quase 100%, porém registrou um crescimento econômico de menos 1%. "Ainda que o Brasil esteja passando por tempos difíceis, não é tão ruim quanto na Croácia", ponderou. Classificação de risco
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Taxistas não estão sendo razoáveis, escreve leitora sobre conflito com Uber
Ao ler "Taxista chamado por aplicativo se nega a transportar cão-guia em SP" ("Cotidiano", 29/1), penso que os taxistas não estão sendo razoáveis. No Uber há a opção "Uberpet" para motoristas que aceitam transportar pets. Depois os taxistas reclamam que estão perdendo clientes. Mariana Moura (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Taxistas não estão sendo razoáveis, escreve leitora sobre conflito com UberAo ler "Taxista chamado por aplicativo se nega a transportar cão-guia em SP" ("Cotidiano", 29/1), penso que os taxistas não estão sendo razoáveis. No Uber há a opção "Uberpet" para motoristas que aceitam transportar pets. Depois os taxistas reclamam que estão perdendo clientes. Mariana Moura (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Fotógrafo capta luz e sombra nas ruas de Portugal e Espanha; veja imagens
O fotógrafo da Folha Danilo Verpa fez a viagem pela Espanha e por Portugal em novembro do ano passado. "A Espanha tem parques impressionantes, e Portugal, uma gastronomia incrível", diz ele. Verpa conta que Sevilla, onde ficou três dias, foi a cidade que mais o encantou. "É muito agradável e não existe o tumulto de turistas como em Barcelona, por exemplo". Os trajetos entre as cidades de Madri, Barcelona, Sevilha, Porto e Lisboa, entre outras, foram feitos de trem e de carro. Em Portugal, sua parada favorita foi em Porto: "Me chamou a atenção por ser uma cidade pequena, com uma mobilidade urbana boa e muitas opções culturais". * Veja outras edições do Álbum de Viagem: Ilhabela, no litoral de São Paulo, por Carolina Muniz Taberoá, na Paraíba, por Renato Rocha Miranda Tribos da Etiópia, por Haroldo Castro Mistérios do Irã, por Cristiano Xavier Contrastes arquitetônicos de El Alto, na Bolívia, por Tatewaki Nio Uruguai de bicicleta, por William Cardoso Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger Praias do Ceará, por Marco Ankosqui Zellfie já visitou 69 países
turismo
Fotógrafo capta luz e sombra nas ruas de Portugal e Espanha; veja imagensO fotógrafo da Folha Danilo Verpa fez a viagem pela Espanha e por Portugal em novembro do ano passado. "A Espanha tem parques impressionantes, e Portugal, uma gastronomia incrível", diz ele. Verpa conta que Sevilla, onde ficou três dias, foi a cidade que mais o encantou. "É muito agradável e não existe o tumulto de turistas como em Barcelona, por exemplo". Os trajetos entre as cidades de Madri, Barcelona, Sevilha, Porto e Lisboa, entre outras, foram feitos de trem e de carro. Em Portugal, sua parada favorita foi em Porto: "Me chamou a atenção por ser uma cidade pequena, com uma mobilidade urbana boa e muitas opções culturais". * Veja outras edições do Álbum de Viagem: Ilhabela, no litoral de São Paulo, por Carolina Muniz Taberoá, na Paraíba, por Renato Rocha Miranda Tribos da Etiópia, por Haroldo Castro Mistérios do Irã, por Cristiano Xavier Contrastes arquitetônicos de El Alto, na Bolívia, por Tatewaki Nio Uruguai de bicicleta, por William Cardoso Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger Praias do Ceará, por Marco Ankosqui Zellfie já visitou 69 países
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Premiê do Japão determina nova rodada de gastos de estímulo fiscal
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, determinou uma nova rodada de gastos de estímulo fiscal após uma vitória esmagadora no fim de semana na câmara alta do Parlamento, conforme aumentam as evidências de que o setor corporativo sofre com a demanda fraca. Abe não deu detalhes do tamanho do pacote, mas as ações japonesas saltaram quase 4% e o iene enfraqueceu diante da percepção de que a vitória dá a ele agora liberdade em relação à política econômica. Uma inesperada queda nas encomendas de maquinário mostra que a economia precisa de algo para superar o investimento corporativo fraco. Economistas temem, entretanto, que o foco de Abe em gastos com obras públicas não vai lidar com as questões estruturais em torno da queda da população e da força de trabalho. Mais obras públicas também aumentam a pressão sobre o banco central japonês para manter a taxa de juros baixa e o iene fraco para garantir que os gastos ganharão força. O governo está proto para gastar mais de 10 trilhões de ienes (US$ 100 bilhões), disseram à Reuters fontes do partido governista antes da eleição. "Vamos fazer investimentos ousados em sementes de crescimento futuro", disse Abe em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (11), na sede do Partido Liberal Democrático. Abe afirmou que quer fortalecer as exportações agrícolas de áreas rurais e melhorar a infraestrutura, como trens e portos, para receber mais turistas.
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Premiê do Japão determina nova rodada de gastos de estímulo fiscalO primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, determinou uma nova rodada de gastos de estímulo fiscal após uma vitória esmagadora no fim de semana na câmara alta do Parlamento, conforme aumentam as evidências de que o setor corporativo sofre com a demanda fraca. Abe não deu detalhes do tamanho do pacote, mas as ações japonesas saltaram quase 4% e o iene enfraqueceu diante da percepção de que a vitória dá a ele agora liberdade em relação à política econômica. Uma inesperada queda nas encomendas de maquinário mostra que a economia precisa de algo para superar o investimento corporativo fraco. Economistas temem, entretanto, que o foco de Abe em gastos com obras públicas não vai lidar com as questões estruturais em torno da queda da população e da força de trabalho. Mais obras públicas também aumentam a pressão sobre o banco central japonês para manter a taxa de juros baixa e o iene fraco para garantir que os gastos ganharão força. O governo está proto para gastar mais de 10 trilhões de ienes (US$ 100 bilhões), disseram à Reuters fontes do partido governista antes da eleição. "Vamos fazer investimentos ousados em sementes de crescimento futuro", disse Abe em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (11), na sede do Partido Liberal Democrático. Abe afirmou que quer fortalecer as exportações agrícolas de áreas rurais e melhorar a infraestrutura, como trens e portos, para receber mais turistas.
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Pequena cidade dos Estados Unidos abre 1ª loja pública de maconha
A pequena cidade de North Bonneville, no Estado de Washington, se transformou no último sábado (dia 7) na primeira dos Estados Unidos a inaugurar uma loja pública de venda de maconha. Isso mesmo, uma propriedade da prefeitura, pensada para fomentar o turismo. The Cannabis Corner (o canto da cannabis) fica na entrada da cidade, de menos de mil habitantes, e dá as boas-vindas aos turistas. Em média, um grama de maconha custa US$ 15 (R$ 46). Segundo as previsões da prefeitura, a loja pode gerar US$ 2,7 milhões em seu primeiro ano, que aliviariam as dificuldades orçamentárias pelas quais passa a cidade. O uso recreativo da maconha tomou forte impulso nos últimos anos nos Estados Unidos e, atualmente, já são quatro os Estados onde é legal (Colorado, Washington, Oregon e Alasca), além da capital federal, Washington D.C., onde a prefeitura e o Congresso mantêm uma disputa aberta sobre a questão.
turismo
Pequena cidade dos Estados Unidos abre 1ª loja pública de maconhaA pequena cidade de North Bonneville, no Estado de Washington, se transformou no último sábado (dia 7) na primeira dos Estados Unidos a inaugurar uma loja pública de venda de maconha. Isso mesmo, uma propriedade da prefeitura, pensada para fomentar o turismo. The Cannabis Corner (o canto da cannabis) fica na entrada da cidade, de menos de mil habitantes, e dá as boas-vindas aos turistas. Em média, um grama de maconha custa US$ 15 (R$ 46). Segundo as previsões da prefeitura, a loja pode gerar US$ 2,7 milhões em seu primeiro ano, que aliviariam as dificuldades orçamentárias pelas quais passa a cidade. O uso recreativo da maconha tomou forte impulso nos últimos anos nos Estados Unidos e, atualmente, já são quatro os Estados onde é legal (Colorado, Washington, Oregon e Alasca), além da capital federal, Washington D.C., onde a prefeitura e o Congresso mantêm uma disputa aberta sobre a questão.
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Fãs de games conseguem R$ 25 mil para salvar fliperama de Londres
Considerado o último fliperama de Londres, o Heart of Gaming quase fechou as portas nesta semana. Após ser furtado na madrugada da terça-feira (21), os donos do local conseguiram reunir £ 5.000 (R$ 25 mil) em um financiamento coletivo on-line para mantê-lo funcionando. Os ladrões invadiram o estabelecimento ao arrombar a porta e, apesar do acervo de games clássicos do Heart of Gaming, levaram videogames da última geração, como um PlayStation 4 e jogos de Wii U, num prejuízo estimado de £ 5.000. "Diversas televisões e todos os nossos equipamentos da última geração de videogames foram levados. Os consoles, os jogos, os periféricos, tudo", escreveu o dono. "As máquinas de fliperama, felizmente, não foram vandalizadas, já que literalmente seriam insubstituíveis", afirmou. Sem condições de refazer o investimento e ainda precisando lidar com a investigação policial, o estabelecimento decidiu realizar uma campanha de financiamento coletivo on-line para levantar o valor necessário para repor os objetos levados. Em apenas um dia, 271 doadores fizeram o fliperama alcançar £ 5.000. Com o dinheiro recolhido e as máquinas repostas, o Heart of Gaming reabriu as portas nesta sexta-feira (24), às 14h, no horário local. Apesar de o objetivo já ter sido alcançado, a campanha de financiamento coletivo continua. Com o dinheiro extra, os donos querem adquirir um novo sistema de segurança.
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Fãs de games conseguem R$ 25 mil para salvar fliperama de LondresConsiderado o último fliperama de Londres, o Heart of Gaming quase fechou as portas nesta semana. Após ser furtado na madrugada da terça-feira (21), os donos do local conseguiram reunir £ 5.000 (R$ 25 mil) em um financiamento coletivo on-line para mantê-lo funcionando. Os ladrões invadiram o estabelecimento ao arrombar a porta e, apesar do acervo de games clássicos do Heart of Gaming, levaram videogames da última geração, como um PlayStation 4 e jogos de Wii U, num prejuízo estimado de £ 5.000. "Diversas televisões e todos os nossos equipamentos da última geração de videogames foram levados. Os consoles, os jogos, os periféricos, tudo", escreveu o dono. "As máquinas de fliperama, felizmente, não foram vandalizadas, já que literalmente seriam insubstituíveis", afirmou. Sem condições de refazer o investimento e ainda precisando lidar com a investigação policial, o estabelecimento decidiu realizar uma campanha de financiamento coletivo on-line para levantar o valor necessário para repor os objetos levados. Em apenas um dia, 271 doadores fizeram o fliperama alcançar £ 5.000. Com o dinheiro recolhido e as máquinas repostas, o Heart of Gaming reabriu as portas nesta sexta-feira (24), às 14h, no horário local. Apesar de o objetivo já ter sido alcançado, a campanha de financiamento coletivo continua. Com o dinheiro extra, os donos querem adquirir um novo sistema de segurança.
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Entidade acusa Cristina de uso excessivo de rede de TV
O uso da cadeia nacional de televisão e rádio pela presidente Cristina Kirchner, que em pouco mais de cinco meses já fez 19 pronunciamentos, foi alvo de uma denuncia da Fundação Led, entidade que defende a liberdade de expressão. Segundo o jornal "Clarín", a presidente da fundação, Silvana Giudici, e o representante da oposição no conselho da Afsca (Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual), Gerardo Milman, entraram na Justiça contra a presidente nesta quinta (21), por uso indevido da rede nacional. Para os acusadores, Cristina estaria violando a lei de comunicação audiovisual e impedindo os meios de comunicação de exibirem livremente sua programação. Além disso, conforme a acusação reproduzida pelo "Clarín", a presidente usaria os pronunciamentos em cadeia nacional para "realizar atos de proselitismo político, exibindo candidatos da Frente para a Vitória [partido de Cristina] enquanto os demais devem se ajustar às restrições previstas na lei". CENTRO CULTURAL Nesta quinta (21), a presidente Cristina Kirchner inaugurou o Centro Cultural Néstor Kirchner, uma obra gigantesca que, segundo estimativas, consumiu mais de 2 bilhões de pesos (cerca de R$ 500 milhões) e levou seis anos para ficar pronta. O orçamento inicial era de pouco mais de 900 milhões. "Inauguramos o maior centro cultural da América Latina. Em si mesmo, o edifício é uma obra de arte", afirmou Cristina. O edifício é uma remodelação do antigo Palácio dos Correios e Telégrafos, que é tombado e fica atrás da Casa Rosada, com mais de 100 mil m². O grandioso edifício tem sala de concertos com capacidade para 1.750 espectadores (chamada de "Baleia Azul") e salas para exposições e escritórios. "Remodelamos o edifício, o que é bem mais difícil do que construir um novo, e o fizemos em seis anos, o que é um tempo recorde", afirmou a presidente, quase justificando-se. A cúpula do edifício tem 2.300 m², com lâmpadas que podem reproduzir bandeiras de vários países. Do alto, também será possível ter uma vista privilegiada da capital argentina. Na inauguração, a presidente criticou o nome da estrutura interna que sustenta as novas instalações, chamada de "jaula". "Eu não gosto de jaula, prefiro colmeia", disse a presidente. Cristina aproveitou para falar também de política em seu discurso, novamente transmitido em rede nacional de televisão. "Algum dia vamos poder construir nossos sonhos também na cidade de Buenos Aires", afirmou. A capital é reduto político da oposição.
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Entidade acusa Cristina de uso excessivo de rede de TVO uso da cadeia nacional de televisão e rádio pela presidente Cristina Kirchner, que em pouco mais de cinco meses já fez 19 pronunciamentos, foi alvo de uma denuncia da Fundação Led, entidade que defende a liberdade de expressão. Segundo o jornal "Clarín", a presidente da fundação, Silvana Giudici, e o representante da oposição no conselho da Afsca (Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual), Gerardo Milman, entraram na Justiça contra a presidente nesta quinta (21), por uso indevido da rede nacional. Para os acusadores, Cristina estaria violando a lei de comunicação audiovisual e impedindo os meios de comunicação de exibirem livremente sua programação. Além disso, conforme a acusação reproduzida pelo "Clarín", a presidente usaria os pronunciamentos em cadeia nacional para "realizar atos de proselitismo político, exibindo candidatos da Frente para a Vitória [partido de Cristina] enquanto os demais devem se ajustar às restrições previstas na lei". CENTRO CULTURAL Nesta quinta (21), a presidente Cristina Kirchner inaugurou o Centro Cultural Néstor Kirchner, uma obra gigantesca que, segundo estimativas, consumiu mais de 2 bilhões de pesos (cerca de R$ 500 milhões) e levou seis anos para ficar pronta. O orçamento inicial era de pouco mais de 900 milhões. "Inauguramos o maior centro cultural da América Latina. Em si mesmo, o edifício é uma obra de arte", afirmou Cristina. O edifício é uma remodelação do antigo Palácio dos Correios e Telégrafos, que é tombado e fica atrás da Casa Rosada, com mais de 100 mil m². O grandioso edifício tem sala de concertos com capacidade para 1.750 espectadores (chamada de "Baleia Azul") e salas para exposições e escritórios. "Remodelamos o edifício, o que é bem mais difícil do que construir um novo, e o fizemos em seis anos, o que é um tempo recorde", afirmou a presidente, quase justificando-se. A cúpula do edifício tem 2.300 m², com lâmpadas que podem reproduzir bandeiras de vários países. Do alto, também será possível ter uma vista privilegiada da capital argentina. Na inauguração, a presidente criticou o nome da estrutura interna que sustenta as novas instalações, chamada de "jaula". "Eu não gosto de jaula, prefiro colmeia", disse a presidente. Cristina aproveitou para falar também de política em seu discurso, novamente transmitido em rede nacional de televisão. "Algum dia vamos poder construir nossos sonhos também na cidade de Buenos Aires", afirmou. A capital é reduto político da oposição.
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Dias sem carne podem ser ricos em texturas, cores e sabores; veja 9 bons pratos vegetarianos
MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Sem carne diariamente, às segundas ou só no dia do vegetarianismo (foi neste sábado, 1º), que seja, o prato à mesa tem tudo para ser farto em texturas, sabores, tons. "Mais interessante do que substituir a carne é olhar o ingrediente como elemento principal, explorar temperos, ervas, pimentas, métodos de cocção", conta Gabriela Barretto, do Chou (cheio de receitas vegetarianas, mesmo que meio "sem querer"). Dar à cenoura a complexidade de um filé. "É preciso entender o vegetal: se ele está mais mole, pode ser bem cozido, até ficar cremoso. Se está durinho, pode ser servido crocante", diz Gabriel Matteuzzi, do Tête à Tête. Com cereais, legumes, cogumelos: veja aqui dez pratos sem carne de restaurantes em São Paulo. * Amendoim A sopa fria inspirada na espanhola "ajo blanco", é servida como entrada no restaurante. Aqui, o amendoim entra no lugar da amêndoa da receita clássica (uma referência à substituição que portugueses fizeram ao chegar ao Brasil), que leva ainda vinagre de jerez e melão (R$ 44) Tuju. r. Fradique Coutinho, 1.248, Pinheiros, tel. 2691-5548. * Berinjela Assada (até ficar cremosa), é acompanhada de tomate, manjericão, ricota, miga de pão e dukkah (farofa de amêndoas, erva-doce e semente de coentro). A combinação de vegetais e queijo borbulhante, bem italiana, ganha a crocância da farofa e da miga (R$ 38) Chou. r. Mateus Grou, 345, Pinheiros, tel. 3083-6998. * Cogumelos Panelinha de cogumelos frescos, bem caramelizados, com vinho branco, creme e algas, servida com tostadas e ovo mollet (R$ 36). Faz parte do cardápio de entradinhas para compartilhar Carlota. r. Sergipe, 753, Higienópolis, tel. 3661-8670 * Feijão Com abobrinha, nabo, abóbora, quiabo e maxixe. Cada legume é cozido em seu tempo, para garantir a textura, e vai para a panela do feijão temperado (R$ 37, no almoço da quarta) Jiquitaia. r. Antônio Carlos, 268, Consolação, tel. 3262-2366. * Lentilha Para ir tudo na garfada: lentilhas cruas germinadas (crocantes e com gosto de leguminosa verde), quinoa, beterrabas assadas em sal grosso (que trazem gosto de terra), berinjelas na brasa (defumadas), tahine, coentro (sabor pungente) e pão de grão-de-bico (R$ 45) Arturito. r. Arthur de Azevedo, 542, Cerqueira César, tel. 3063-4951. * Pupunha Um dos pratos mais famosos da casa, que nasceu com uma forte pegada vegetariana. O talharim feito com o palmito, maneira de deixar a receita mais leve, foi inspirado no fettuccine à carbonara de Alex Atala e tem molho de parmesão e azeite de trufas brancas (R$ 79) Maní. r. Joaquim Antunes, 210, Pinheiros, tel. 3085-4148 * Quinoa Hambúrguer dos grãos com tomate e cebola confitados, rúcula, mozarela de búfala e maionese de mostarda Dijon. A quinoa é cozida em dois pontos (um mais macio e outro mais al dente) e misturada a ovos, queijo e temperos (R$ 49) Manioca. av. Brig. Faria Lima, 2.232, 3º piso, Jardim Paulistano, tel. 2924-2333 * Raízes Quatro tipos de rabanete, três de beterraba e cenoura (crocantes) com abóbora (cremosa) na marinada de cambuci e xarope de pimenta e capim-santo (R$ 49) Tête a Tête. r. Dr. Melo Alves, 216, Cerqueira César, tel. 3796-0090. * Ricota Massa fresca recheada com o queijo cremoso, raspas de laranja (uma combinação clássica e delicada) e manteiga de especiarias, com canela em pau, cardamomo, cravo, anis, semente de erva-doce (de inspiração mediterrânea), e pistaches (R$ 47) Tavola Salvatore Loi. Shopping Morumbi - av. Roque Petroni Júnior, 1.089, loja 234A, tel. 5181-0070
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Dias sem carne podem ser ricos em texturas, cores e sabores; veja 9 bons pratos vegetarianosMAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Sem carne diariamente, às segundas ou só no dia do vegetarianismo (foi neste sábado, 1º), que seja, o prato à mesa tem tudo para ser farto em texturas, sabores, tons. "Mais interessante do que substituir a carne é olhar o ingrediente como elemento principal, explorar temperos, ervas, pimentas, métodos de cocção", conta Gabriela Barretto, do Chou (cheio de receitas vegetarianas, mesmo que meio "sem querer"). Dar à cenoura a complexidade de um filé. "É preciso entender o vegetal: se ele está mais mole, pode ser bem cozido, até ficar cremoso. Se está durinho, pode ser servido crocante", diz Gabriel Matteuzzi, do Tête à Tête. Com cereais, legumes, cogumelos: veja aqui dez pratos sem carne de restaurantes em São Paulo. * Amendoim A sopa fria inspirada na espanhola "ajo blanco", é servida como entrada no restaurante. Aqui, o amendoim entra no lugar da amêndoa da receita clássica (uma referência à substituição que portugueses fizeram ao chegar ao Brasil), que leva ainda vinagre de jerez e melão (R$ 44) Tuju. r. Fradique Coutinho, 1.248, Pinheiros, tel. 2691-5548. * Berinjela Assada (até ficar cremosa), é acompanhada de tomate, manjericão, ricota, miga de pão e dukkah (farofa de amêndoas, erva-doce e semente de coentro). A combinação de vegetais e queijo borbulhante, bem italiana, ganha a crocância da farofa e da miga (R$ 38) Chou. r. Mateus Grou, 345, Pinheiros, tel. 3083-6998. * Cogumelos Panelinha de cogumelos frescos, bem caramelizados, com vinho branco, creme e algas, servida com tostadas e ovo mollet (R$ 36). Faz parte do cardápio de entradinhas para compartilhar Carlota. r. Sergipe, 753, Higienópolis, tel. 3661-8670 * Feijão Com abobrinha, nabo, abóbora, quiabo e maxixe. Cada legume é cozido em seu tempo, para garantir a textura, e vai para a panela do feijão temperado (R$ 37, no almoço da quarta) Jiquitaia. r. Antônio Carlos, 268, Consolação, tel. 3262-2366. * Lentilha Para ir tudo na garfada: lentilhas cruas germinadas (crocantes e com gosto de leguminosa verde), quinoa, beterrabas assadas em sal grosso (que trazem gosto de terra), berinjelas na brasa (defumadas), tahine, coentro (sabor pungente) e pão de grão-de-bico (R$ 45) Arturito. r. Arthur de Azevedo, 542, Cerqueira César, tel. 3063-4951. * Pupunha Um dos pratos mais famosos da casa, que nasceu com uma forte pegada vegetariana. O talharim feito com o palmito, maneira de deixar a receita mais leve, foi inspirado no fettuccine à carbonara de Alex Atala e tem molho de parmesão e azeite de trufas brancas (R$ 79) Maní. r. Joaquim Antunes, 210, Pinheiros, tel. 3085-4148 * Quinoa Hambúrguer dos grãos com tomate e cebola confitados, rúcula, mozarela de búfala e maionese de mostarda Dijon. A quinoa é cozida em dois pontos (um mais macio e outro mais al dente) e misturada a ovos, queijo e temperos (R$ 49) Manioca. av. Brig. Faria Lima, 2.232, 3º piso, Jardim Paulistano, tel. 2924-2333 * Raízes Quatro tipos de rabanete, três de beterraba e cenoura (crocantes) com abóbora (cremosa) na marinada de cambuci e xarope de pimenta e capim-santo (R$ 49) Tête a Tête. r. Dr. Melo Alves, 216, Cerqueira César, tel. 3796-0090. * Ricota Massa fresca recheada com o queijo cremoso, raspas de laranja (uma combinação clássica e delicada) e manteiga de especiarias, com canela em pau, cardamomo, cravo, anis, semente de erva-doce (de inspiração mediterrânea), e pistaches (R$ 47) Tavola Salvatore Loi. Shopping Morumbi - av. Roque Petroni Júnior, 1.089, loja 234A, tel. 5181-0070
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Primeiro atleta de Roraima, Thiago Maia dormiu em motel no início da carreira
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS O volante Thiago Maia já entrou para a história do esporte olímpico brasileiro. Ele é o primeiro atleta de Roraima a disputar uma edição dos Jogos. Até então, o estado, único do país que fica integralmente no hemisfério norte, era o único que nunca havia cedido um atleta para a delegação brasileira. Para chegar na seleção, o santista de 19 anos deixou Boa Vista no início da adolescência, enfrentou a fome em São Paulo e dormiu até em motel. "Dou risada hoje, mas foi bem triste. Minha mãe chorava por ter que fazer essa escolha [pagar um cachorro quente de noite na estação do Brás ou pegar o ônibus no dia seguinte para treinar] Mas conseguimos superar essa adversidade", lembra o jogador, em entrevista à Folha. Evangélico, ele é presença constante nos cultos promovidos por Ricardo Oliveira e gosta de curtir as férias em Boa Vista, capital de Roraima. Fã de games, ele disse que já jogou por cinco horas o "GTA" ("Grand Theft Auto"), game em que o jogador comete crimes para sobreviver e ganhar fama. * FOLHA - Qual a primeira Olimpíada que você se recorda de acompanhar? THIAGO MAIA - Quando era pequeno gostava de acompanhar o vôlei. Não gosto de ver futebol pela televisão, é o meu trabalho. Fico sempre muito nervoso. Qual o seu herói olímpico? O Neymar. Qual o melhor lugar para passar férias? Boa Vista, em Roraima. É lá que estão as minhas raízes, minha família, meus amigos. Lá recarrego as minhas baterias. Sua mãe já deu entrevista falando que você passou fome e tinha que escolher entre comprar um cachorro quente no Brás ou pagar a passagem para treinar no dia seguinte. Quais as recordações dessa época? Dou risada hoje, mas foi bem triste. Minha mãe chorava por ter que fazer essa escolha. Mas conseguimos superar essa adversidade. Estamos agora colhendo o que plantamos. Qual o prato que você mais gosta? Frango frito. O que sente mais falta de Boa Vista? Meu pai. Onde foi o lugar mais estranho que você dormiu? Com certeza, foi dormir num motel no início de carreira por não ter dinheiro para alugar um quarto. Escutava um monte de grito e não entendia nada. Qual a sua religião? Evangélico. Você costumava passar noite orando em igrejas em SP na noite de sexta. Você continua fazendo isso? Como é treinar no dia seguinte? Dei uma recuada por causa dos treinos e jogos. Mas quando posso, vou lá agradecer por tudo que Deus faz na minha vida. Você sabe quem é o Kanu [atacante nigeriano que eliminou o Brasil dos Jogos Olímpicos de Atlanta]? Não. Você pretende tietar algum atleta nos Jogos? Claro. Na seleção, já estou tirando um monte de fotos com o Neymar. Queria também conhecer o Douglas Costa, mas ele foi cortado. Você assiste televisão ou prefere computador? Fico mais no Facebook e no Instagran. Qual o seu jogo preferido no vídeo game? Futebol e GTA [game que o jogador mata, rouba e comete outros crimes para sobreviver e ganhar fama]. Já jogou quantas horas seguidas? Já fiquei cinco horas para zerar o GTA. Qual a sua posição política? Não tenho. Antes de entrar em campo, você tem alguma mania? Oro muito no vestiário. Quem é o seu ídolo no futebol? Tenho dois. Renato e Ricardo Oliveira. VEJA OUTRAS ENTREVISTAS Rogério Micale William Zeca Renato Augusto Você confia em algum político? Quem? Não confio. Quem você acha que deve ser o próximo presidente do Brasil? Meu pai (risos). Qual o melhor filme da sua vida? "Deus não está morto". Conta a história de um aluno que reafirma a sua fé ao entrar na universidade e conhecer um professor de filosofia que não acredita em Deus. Qual música não sai da sua cabeça? "Os sonho de Deus", do grupo "Preto no Branco". Qual o sabor que você acha que terá o ouro olímpico? Vai ser diferente de tudo que aconteceu na minha vida. Como você se define em poucas palavras? Um cara humilde e brincalhão que tenta agradar todo mundo e não esquece o que Deus fez na minha vida. RAIO-X THIAGO MAIA NOME COMPLETO Thiago Maia Alencar NASCIMENTO 23/03/1997 ATUAL CLUBE Santos POSIÇÃO Volante TÍTULOS Pelo Santos: Campeonato Pauista (2016)
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Primeiro atleta de Roraima, Thiago Maia dormiu em motel no início da carreira SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS O volante Thiago Maia já entrou para a história do esporte olímpico brasileiro. Ele é o primeiro atleta de Roraima a disputar uma edição dos Jogos. Até então, o estado, único do país que fica integralmente no hemisfério norte, era o único que nunca havia cedido um atleta para a delegação brasileira. Para chegar na seleção, o santista de 19 anos deixou Boa Vista no início da adolescência, enfrentou a fome em São Paulo e dormiu até em motel. "Dou risada hoje, mas foi bem triste. Minha mãe chorava por ter que fazer essa escolha [pagar um cachorro quente de noite na estação do Brás ou pegar o ônibus no dia seguinte para treinar] Mas conseguimos superar essa adversidade", lembra o jogador, em entrevista à Folha. Evangélico, ele é presença constante nos cultos promovidos por Ricardo Oliveira e gosta de curtir as férias em Boa Vista, capital de Roraima. Fã de games, ele disse que já jogou por cinco horas o "GTA" ("Grand Theft Auto"), game em que o jogador comete crimes para sobreviver e ganhar fama. * FOLHA - Qual a primeira Olimpíada que você se recorda de acompanhar? THIAGO MAIA - Quando era pequeno gostava de acompanhar o vôlei. Não gosto de ver futebol pela televisão, é o meu trabalho. Fico sempre muito nervoso. Qual o seu herói olímpico? O Neymar. Qual o melhor lugar para passar férias? Boa Vista, em Roraima. É lá que estão as minhas raízes, minha família, meus amigos. Lá recarrego as minhas baterias. Sua mãe já deu entrevista falando que você passou fome e tinha que escolher entre comprar um cachorro quente no Brás ou pagar a passagem para treinar no dia seguinte. Quais as recordações dessa época? Dou risada hoje, mas foi bem triste. Minha mãe chorava por ter que fazer essa escolha. Mas conseguimos superar essa adversidade. Estamos agora colhendo o que plantamos. Qual o prato que você mais gosta? Frango frito. O que sente mais falta de Boa Vista? Meu pai. Onde foi o lugar mais estranho que você dormiu? Com certeza, foi dormir num motel no início de carreira por não ter dinheiro para alugar um quarto. Escutava um monte de grito e não entendia nada. Qual a sua religião? Evangélico. Você costumava passar noite orando em igrejas em SP na noite de sexta. Você continua fazendo isso? Como é treinar no dia seguinte? Dei uma recuada por causa dos treinos e jogos. Mas quando posso, vou lá agradecer por tudo que Deus faz na minha vida. Você sabe quem é o Kanu [atacante nigeriano que eliminou o Brasil dos Jogos Olímpicos de Atlanta]? Não. Você pretende tietar algum atleta nos Jogos? Claro. Na seleção, já estou tirando um monte de fotos com o Neymar. Queria também conhecer o Douglas Costa, mas ele foi cortado. Você assiste televisão ou prefere computador? Fico mais no Facebook e no Instagran. Qual o seu jogo preferido no vídeo game? Futebol e GTA [game que o jogador mata, rouba e comete outros crimes para sobreviver e ganhar fama]. Já jogou quantas horas seguidas? Já fiquei cinco horas para zerar o GTA. Qual a sua posição política? Não tenho. Antes de entrar em campo, você tem alguma mania? Oro muito no vestiário. Quem é o seu ídolo no futebol? Tenho dois. Renato e Ricardo Oliveira. VEJA OUTRAS ENTREVISTAS Rogério Micale William Zeca Renato Augusto Você confia em algum político? Quem? Não confio. Quem você acha que deve ser o próximo presidente do Brasil? Meu pai (risos). Qual o melhor filme da sua vida? "Deus não está morto". Conta a história de um aluno que reafirma a sua fé ao entrar na universidade e conhecer um professor de filosofia que não acredita em Deus. Qual música não sai da sua cabeça? "Os sonho de Deus", do grupo "Preto no Branco". Qual o sabor que você acha que terá o ouro olímpico? Vai ser diferente de tudo que aconteceu na minha vida. Como você se define em poucas palavras? Um cara humilde e brincalhão que tenta agradar todo mundo e não esquece o que Deus fez na minha vida. RAIO-X THIAGO MAIA NOME COMPLETO Thiago Maia Alencar NASCIMENTO 23/03/1997 ATUAL CLUBE Santos POSIÇÃO Volante TÍTULOS Pelo Santos: Campeonato Pauista (2016)
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'Prioridades do Congresso são claras', diz leitor sobre fundo partidário
REFORMA POLÍTICA A Câmara aprovou o fundo partidário de R$ 2 bilhões. Se o povo não se manifesta, então é sinal de que concorda. Parabéns mais uma vez ao povo, que prefere ficar em casa vendo novela e futebol em vez de lutar por um país melhor. Quem cala consente. LUCIANO VETTORAZZO (São José do Rio Preto, SP) * Não tem problema. Vou continuar trabalhando e pagando impostos para isso. Que maravilha! DALTON M. CHICON (Florianópolis, SC) * Esses são nossos representantes. Bilhões para um fundo partidário e o que nos interessa —saúde, segurança e educação— está em frangalhos. As prioridades do Congresso são claras. REINALDO CUNHA (Passo Fundo, RS) - DENÚNCIA CONTRA TEMER Ilegal e imoral é o bando de chacais que golpeou a democracia, roubou R$ 570 milhões em propinas e sangra os cofres públicos para não perder o poder usurpado. FLÁVIA V. HARTMANN (Brasília, DF) * A denúncia contra Temer deveria ser suspensa pela Câmara. Sua aceitação só vai provocar um imbróglio político sem necessidade. Seria trocar seis por meia dúzia e causar instabilidade política. Só as eleições para darão um final democrático para a péssima chapa presidencial eleita em 2014. No campo econômico, o governo vai bem, tendo conseguido descascar o abacaxi deixado de herança. Sendo isso o mais importante, o resto vamos levando. REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP) - CORRUPÇÃO NO COB Nuzman é um tubarão que já deveria ter sido engaiolado desde os Jogos Panamericanos. Nuzman torrou R$ 3 bilhões até o final do Pan, envolto em suspeitas de desvios de toda a ordem. Era só o aperitivo para a farra que viria, a Olimpíada. JOSÉ MARIA LEAL PAES (Belém, PA) * É óbvio que o governo federal sabia perfeitamente dessa mutreta quando tudo ocorreu. A Copa do Mundo não foi diferente. PETER JANOS WECHSLER (São Paulo, SP) * Triste fim de carreira para Nuzman. Sempre foi rico e não tinha a menor necessidade de ingressar nesse caminho do crime para obter mais poder e prestígio. Cria de Havelange, deslumbrou-se com os holofotes e se tornou íntimo de Sérgio Cabral, governador responsável pelo sepultamento do Rio de Janeiro. O legado dos Jogos hoje são escombros imprestáveis, mas os responsáveis se escondem ou estão presos. Eles não esperavam por essa. VICTOR CLAUDIO (São Paulo, SP) - CANDIDATURA SEM PARTIDO O ministro do STF Gilmar Mendes critica as possíveis candidaturas de pessoas sem partido. Ministro, o que não pode é juiz com partido, não concorda? PAULO FERREIRA (São Paulo, SP) * O eleitor também tem direito de se candidatar sem precisar entrar na panelinha dos partidos. Os membros do STF deveriam ser escolhidos por escrutínio popular, com mandato de, no máximo, oito anos. ANTONIO F. DA COSTA NETO (Belo Horizonte, MG) * Se aprovadas as candidaturas independentes, o sistema político atual implode. Porém a "corte brasileira" lutará com unhas e dentes contra essas candidaturas. A "corte" que mantemos com nossos suados impostos. ROGÉRIO DE MENDONÇA LIMA (Goiânia, GO) - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA O ministro Osmar Terra diz, sobre transferência de renda, que "vamos continuar dando o peixe, mas ensinando a pescar". É necessário dizer que também é preciso deixar chegar ao rio. Sem isso, não há como pescar. MÁRIO NOGUEIRA NETO (Ponta Grossa, PR) - POLÊMICA NA ARTE Sobre o texto da essencial Mônica Bergamo sobre o MAM, além do desprezível oportunismo eleitoreiro do prefeito João Doria, acho que dá para dizer que quem enxerga lascívia, pecado e, principalmente, sujeira sexual em tudo —até em um homem com o órgão sexual inerte— é que é o lascivo, o pecaminoso. Por favor, não transformem o MAM no Museu do Atraso Medieval! ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP) * Lamento a coluna de Marco Aurélio Canônico por criticar o prefeito Marcelo Crivella por vetar a mostra "Queermuseu" no MAR, do Rio. O prefeito está de parabéns por vetar essa exposição que tenta expor e difundir, em nome da liberdade de expressão, uma pedofilia camuflada de arte. Mas claro que a Folha e seus colunistas iriam ficar contra o prefeito, afinal ele é um "conservador nos costumes". GUILHERME NEVES (São Paulo, SP) - REFORMA PROTESTANTE Parabéns à Folha pela excelente reportagem sobre os 500 anos da Reforma Protestante. Com a bela foto da igreja do Castelo, a repórter descreve interessantes detalhes da casa-museu, uma visita obrigatória para quem passa pela pequena e graciosa Wittenberg. Nessa mesma casa, acontece a festa em comemoração ao casamento de Martinho Lutero e Catarina de Bora, recordando o 13 de junho de 1525, com flores, músicas e iguarias para uma comemoração inesquecível. ANTÔNIO LUIZ AMADESI GOMES (Jundiaí, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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'Prioridades do Congresso são claras', diz leitor sobre fundo partidárioREFORMA POLÍTICA A Câmara aprovou o fundo partidário de R$ 2 bilhões. Se o povo não se manifesta, então é sinal de que concorda. Parabéns mais uma vez ao povo, que prefere ficar em casa vendo novela e futebol em vez de lutar por um país melhor. Quem cala consente. LUCIANO VETTORAZZO (São José do Rio Preto, SP) * Não tem problema. Vou continuar trabalhando e pagando impostos para isso. Que maravilha! DALTON M. CHICON (Florianópolis, SC) * Esses são nossos representantes. Bilhões para um fundo partidário e o que nos interessa —saúde, segurança e educação— está em frangalhos. As prioridades do Congresso são claras. REINALDO CUNHA (Passo Fundo, RS) - DENÚNCIA CONTRA TEMER Ilegal e imoral é o bando de chacais que golpeou a democracia, roubou R$ 570 milhões em propinas e sangra os cofres públicos para não perder o poder usurpado. FLÁVIA V. HARTMANN (Brasília, DF) * A denúncia contra Temer deveria ser suspensa pela Câmara. Sua aceitação só vai provocar um imbróglio político sem necessidade. Seria trocar seis por meia dúzia e causar instabilidade política. Só as eleições para darão um final democrático para a péssima chapa presidencial eleita em 2014. No campo econômico, o governo vai bem, tendo conseguido descascar o abacaxi deixado de herança. Sendo isso o mais importante, o resto vamos levando. REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP) - CORRUPÇÃO NO COB Nuzman é um tubarão que já deveria ter sido engaiolado desde os Jogos Panamericanos. Nuzman torrou R$ 3 bilhões até o final do Pan, envolto em suspeitas de desvios de toda a ordem. Era só o aperitivo para a farra que viria, a Olimpíada. JOSÉ MARIA LEAL PAES (Belém, PA) * É óbvio que o governo federal sabia perfeitamente dessa mutreta quando tudo ocorreu. A Copa do Mundo não foi diferente. PETER JANOS WECHSLER (São Paulo, SP) * Triste fim de carreira para Nuzman. Sempre foi rico e não tinha a menor necessidade de ingressar nesse caminho do crime para obter mais poder e prestígio. Cria de Havelange, deslumbrou-se com os holofotes e se tornou íntimo de Sérgio Cabral, governador responsável pelo sepultamento do Rio de Janeiro. O legado dos Jogos hoje são escombros imprestáveis, mas os responsáveis se escondem ou estão presos. Eles não esperavam por essa. VICTOR CLAUDIO (São Paulo, SP) - CANDIDATURA SEM PARTIDO O ministro do STF Gilmar Mendes critica as possíveis candidaturas de pessoas sem partido. Ministro, o que não pode é juiz com partido, não concorda? PAULO FERREIRA (São Paulo, SP) * O eleitor também tem direito de se candidatar sem precisar entrar na panelinha dos partidos. Os membros do STF deveriam ser escolhidos por escrutínio popular, com mandato de, no máximo, oito anos. ANTONIO F. DA COSTA NETO (Belo Horizonte, MG) * Se aprovadas as candidaturas independentes, o sistema político atual implode. Porém a "corte brasileira" lutará com unhas e dentes contra essas candidaturas. A "corte" que mantemos com nossos suados impostos. ROGÉRIO DE MENDONÇA LIMA (Goiânia, GO) - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA O ministro Osmar Terra diz, sobre transferência de renda, que "vamos continuar dando o peixe, mas ensinando a pescar". É necessário dizer que também é preciso deixar chegar ao rio. Sem isso, não há como pescar. MÁRIO NOGUEIRA NETO (Ponta Grossa, PR) - POLÊMICA NA ARTE Sobre o texto da essencial Mônica Bergamo sobre o MAM, além do desprezível oportunismo eleitoreiro do prefeito João Doria, acho que dá para dizer que quem enxerga lascívia, pecado e, principalmente, sujeira sexual em tudo —até em um homem com o órgão sexual inerte— é que é o lascivo, o pecaminoso. Por favor, não transformem o MAM no Museu do Atraso Medieval! ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP) * Lamento a coluna de Marco Aurélio Canônico por criticar o prefeito Marcelo Crivella por vetar a mostra "Queermuseu" no MAR, do Rio. O prefeito está de parabéns por vetar essa exposição que tenta expor e difundir, em nome da liberdade de expressão, uma pedofilia camuflada de arte. Mas claro que a Folha e seus colunistas iriam ficar contra o prefeito, afinal ele é um "conservador nos costumes". GUILHERME NEVES (São Paulo, SP) - REFORMA PROTESTANTE Parabéns à Folha pela excelente reportagem sobre os 500 anos da Reforma Protestante. Com a bela foto da igreja do Castelo, a repórter descreve interessantes detalhes da casa-museu, uma visita obrigatória para quem passa pela pequena e graciosa Wittenberg. Nessa mesma casa, acontece a festa em comemoração ao casamento de Martinho Lutero e Catarina de Bora, recordando o 13 de junho de 1525, com flores, músicas e iguarias para uma comemoração inesquecível. ANTÔNIO LUIZ AMADESI GOMES (Jundiaí, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Com Tiago Leifert, novo 'BBB' investe em público da internet
Ana Paula Renault fez de tudo no "BBB16" (Globo). Discutiu com praticamente todos os demais participantes, tentou bater boca com a produção, saiu em um paredão falso, voltou gritando "olha ela" e acabou como o primeira participante eliminado após agredir um concorrente —deu dois tapas em Renan Oliveira durante uma festa. O público acompanhou tudo —ao menos pelas redes sociais. Fã-clubes, não só para ela, mas para os demais candidatos, foram montados e fizeram com que a última edição do reality tivesse uma das maiores votações da história do programa. O embate entre a própria Ana Paula e Juliana Dias passou dos 100 milhões de votos, marca que não era alcançada desde a décima edição do programa, em 2010. Para tentar surfar nesse renascimento do reality entre os usuários da web, a 17ª edição do "BBB" terá conteúdo exclusivo para eles. No site oficial do programa, haverá uma mesa de debates, comandada pelo apresentador Rafael Cortez, sobre os principais acontecimentos da casa. A emissora também ampliou a presença nas redes sociais, com perfis no Snapchat, Instagram e YouTube, além dos que já tinha em Twitter e Facebook. A importância para a web é tanta que alguns influenciadores digitais, como Thaynara OG (uma das figuras mais populares do Snapchat) e o tuítero Cleytu, foram chamados para conhecer a casa dias antes de os participantes entrarem no confinamento. O reality só estreia nesta segunda (23), após "A Lei do Amor". E, para tentar encontrar uma nova Ana Paula, a produção do "BBB" esteve em 11 capitais, além de vasculhar a internet em busca de possíveis candidatos do programa. Desse processo, saiu um grupo mais diversificado, fugindo da ideia de que é preciso ser malhado e sarado para entrar no programa. Entre os escolhidos, estão Marinalva de Almeida, 39, que disputou a Paraolimpíada do Rio, Ieda Wobeto, 70, a participante de mais idade da história do programa, e Roberta Diniz, 21, que prometeu não usar a academia, um dos locais mais populares do confinamento. Por causa do elenco, as provas que valem liderança, anjo e comida serão equilibradas, para que todos tenham chance de vencer. Algumas serão de sorte, outras de lógica. Mas isso quer dizer que não haverá as tradicionais provas de resistência? "Não, claro que não. Um participante não precisa vencer todas a provas", diz Rodrigo Dourado, diretor da atração. No restante, a dinâmica do jogo segue a mesma. Tirando alguma surpresa que pode acontecer para apimentar o jogo, às quintas um participante ganha a liderança e pode indicar, no domingo, um colega ao paredão. Os demais candidatos escolhem o outro. E nos dias dias seguintes os telespectadores definem quem deve sair. NOVO COMANDANTE A diferença é que dessa vez não haverá discurso de eliminação, uma vez que Pedro Bial será substituído por Tiago Leifert no comando do "BBB". O novo apresentador afirma que não está preocupado com as comparações com Bial. Nem com comentários que possa receber na internet —no ano passado, criticou Ana Paula após um barraco com Laércio de Moura. "Ter vindo do esporte me ajuda nesse caso. Existe a torcida organizada e a comum. A organizada sempre vai defender para quem ela torce. Mas na comum a gente acaba ficando de olho para ver o que estão achando do programa", afirma. "Mas eu já avisei aos meus seguidores que vou usar menos as redes sociais durante o 'BBB'", completa o apresentador, que pretende chegar à Globo e só ir embora quando os participantes começarem a ir dormir. Leifert disse, ainda, que acompanha o programa desde a segunda edição —a primeira não viu porque estava estudando nos EUA. Inclusive, mandava sugestão de provas para o produção do programa em anos anteriores. Agora, disse que está ajudando a definir como serão algumas das disputas. O jornalista viajou a convite da Globo.
ilustrada
Com Tiago Leifert, novo 'BBB' investe em público da internetAna Paula Renault fez de tudo no "BBB16" (Globo). Discutiu com praticamente todos os demais participantes, tentou bater boca com a produção, saiu em um paredão falso, voltou gritando "olha ela" e acabou como o primeira participante eliminado após agredir um concorrente —deu dois tapas em Renan Oliveira durante uma festa. O público acompanhou tudo —ao menos pelas redes sociais. Fã-clubes, não só para ela, mas para os demais candidatos, foram montados e fizeram com que a última edição do reality tivesse uma das maiores votações da história do programa. O embate entre a própria Ana Paula e Juliana Dias passou dos 100 milhões de votos, marca que não era alcançada desde a décima edição do programa, em 2010. Para tentar surfar nesse renascimento do reality entre os usuários da web, a 17ª edição do "BBB" terá conteúdo exclusivo para eles. No site oficial do programa, haverá uma mesa de debates, comandada pelo apresentador Rafael Cortez, sobre os principais acontecimentos da casa. A emissora também ampliou a presença nas redes sociais, com perfis no Snapchat, Instagram e YouTube, além dos que já tinha em Twitter e Facebook. A importância para a web é tanta que alguns influenciadores digitais, como Thaynara OG (uma das figuras mais populares do Snapchat) e o tuítero Cleytu, foram chamados para conhecer a casa dias antes de os participantes entrarem no confinamento. O reality só estreia nesta segunda (23), após "A Lei do Amor". E, para tentar encontrar uma nova Ana Paula, a produção do "BBB" esteve em 11 capitais, além de vasculhar a internet em busca de possíveis candidatos do programa. Desse processo, saiu um grupo mais diversificado, fugindo da ideia de que é preciso ser malhado e sarado para entrar no programa. Entre os escolhidos, estão Marinalva de Almeida, 39, que disputou a Paraolimpíada do Rio, Ieda Wobeto, 70, a participante de mais idade da história do programa, e Roberta Diniz, 21, que prometeu não usar a academia, um dos locais mais populares do confinamento. Por causa do elenco, as provas que valem liderança, anjo e comida serão equilibradas, para que todos tenham chance de vencer. Algumas serão de sorte, outras de lógica. Mas isso quer dizer que não haverá as tradicionais provas de resistência? "Não, claro que não. Um participante não precisa vencer todas a provas", diz Rodrigo Dourado, diretor da atração. No restante, a dinâmica do jogo segue a mesma. Tirando alguma surpresa que pode acontecer para apimentar o jogo, às quintas um participante ganha a liderança e pode indicar, no domingo, um colega ao paredão. Os demais candidatos escolhem o outro. E nos dias dias seguintes os telespectadores definem quem deve sair. NOVO COMANDANTE A diferença é que dessa vez não haverá discurso de eliminação, uma vez que Pedro Bial será substituído por Tiago Leifert no comando do "BBB". O novo apresentador afirma que não está preocupado com as comparações com Bial. Nem com comentários que possa receber na internet —no ano passado, criticou Ana Paula após um barraco com Laércio de Moura. "Ter vindo do esporte me ajuda nesse caso. Existe a torcida organizada e a comum. A organizada sempre vai defender para quem ela torce. Mas na comum a gente acaba ficando de olho para ver o que estão achando do programa", afirma. "Mas eu já avisei aos meus seguidores que vou usar menos as redes sociais durante o 'BBB'", completa o apresentador, que pretende chegar à Globo e só ir embora quando os participantes começarem a ir dormir. Leifert disse, ainda, que acompanha o programa desde a segunda edição —a primeira não viu porque estava estudando nos EUA. Inclusive, mandava sugestão de provas para o produção do programa em anos anteriores. Agora, disse que está ajudando a definir como serão algumas das disputas. O jornalista viajou a convite da Globo.
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Alto de Pinheiros ganha predinhos com boa arquitetura e tecnologia
DHIEGO MAIA DE SÃO PAULO Os novos prédios erguidos no Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital, são baixos, sofisticados e caros. De 2013 para cá, a região recebeu seis edifícios considerados de altíssimo padrão (a partir de R$ 1,5 milhão), segundo a consultoria imobiliária VivaReal-Geoimovel. Todos os novos empreendimentos começam com três pavimentos e não ultrapassam oito, uma determinação do novo Plano Diretor, que restringe a altura de prédios em zonas residenciais. Cinco dos seis projetos mais recentes estão a cerca de 1 km do parque Villa-Lobos, que ocupa quase 10% do bairro e tem estrutura para a prática de esportes em meio a árvores da mata atlântica. ARQUITETURA Além do parque, a proximidade de escolas tradicionais, como Vera Cruz e Rainha da Paz, e o acesso facilitado por corredores de transporte, como a Marginal Pinheiros, fizeram a arquiteta Marina Della Mana, 39, escolher o edifício Mirá para voltar a viver no bairro em que morava quando criança. "É um prédio mais família, diferente dos conjuntos enormes que vemos hoje. São poucos andares, sem aquele ar de clube", diz Della Mana. O Mirá, construído pela IdeaZarvos, tem oito andares e fachada de tijolo aparente. O projeto, do arquiteto Isay Weinfeld, privilegia as áreas particulares. As varandas dos 16 apartamentos são amplas e dão ao morador uma vista de quase 360º. "É um prédio que lembra muito a arquitetura arrojada de Higienópolis e que se integra muito bem à essência residencial de Alto de Pinheiros", diz Otávio Zarvos, fundador da construtora. Uma unidade do Mirá de 211 metros quadrados custa a partir de R$ 3 milhões. Outra construção entregue no final de 2016 na região chama a atenção também pela tecnologia. No Art Cube, cada uma das duas torres tem 24 apartamentos distribuídos por oito andares. As unidades podem ser personalizadas com facilidades como ligar a banheira pelo celular ou acionar persianas e sistema de som por controle remoto. Os dois prédios são servidos por sistema de energia solar. "É um condomínio muito pequeno, que me faz sentir no interior, mas é cheio de aparatos tecnológicos", diz Arival Casimiro, 52, professor, que vive no Art Cube com a mulher e mais dois filhos. Há uma área verde logo na entrada do condomínio. "Erguemos um bosque de 250 metros quadrados para estimular mais o convívio entre os moradores", diz Fernando Trota, da incorporadora MDL. A construtora Tecnisa também apostou na região e vai começar a construir em maio o Arruda 168, de quatro pavimentos, com 12 unidades em seis opções de plantas. O maior apartamento, um dúplex, chega a ter até 588 m². Uma unidade do Arruda custa a partir de R$ 5,3 milhões. Enzo Riccetti, diretor da Tecnisa, diz que o preço dos empreendimentos de Alto de Pinheiros se justifica pela exclusividade do projeto e a escassa oferta de terrenos. "O Alto de Pinheiros carrega um status que já o torna mais caro em relação ao resto da cidade pela estrutura de seus serviços. E deverá seguir atraindo projetos exclusivos para famílias endinheiradas que buscam por mais contato com uma vida de bairro e mais verde", afirma Riccetti. Os empreendimentos no Alto de Pinheiros foram erguidos em áreas onde existiam grandes casarões. O terreno de 2.500 metros quadrados onde está o Art Cube corresponde à área de sete casas que foram demolidas, segundo Fernando Trota.
sobretudo
Alto de Pinheiros ganha predinhos com boa arquitetura e tecnologia DHIEGO MAIA DE SÃO PAULO Os novos prédios erguidos no Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital, são baixos, sofisticados e caros. De 2013 para cá, a região recebeu seis edifícios considerados de altíssimo padrão (a partir de R$ 1,5 milhão), segundo a consultoria imobiliária VivaReal-Geoimovel. Todos os novos empreendimentos começam com três pavimentos e não ultrapassam oito, uma determinação do novo Plano Diretor, que restringe a altura de prédios em zonas residenciais. Cinco dos seis projetos mais recentes estão a cerca de 1 km do parque Villa-Lobos, que ocupa quase 10% do bairro e tem estrutura para a prática de esportes em meio a árvores da mata atlântica. ARQUITETURA Além do parque, a proximidade de escolas tradicionais, como Vera Cruz e Rainha da Paz, e o acesso facilitado por corredores de transporte, como a Marginal Pinheiros, fizeram a arquiteta Marina Della Mana, 39, escolher o edifício Mirá para voltar a viver no bairro em que morava quando criança. "É um prédio mais família, diferente dos conjuntos enormes que vemos hoje. São poucos andares, sem aquele ar de clube", diz Della Mana. O Mirá, construído pela IdeaZarvos, tem oito andares e fachada de tijolo aparente. O projeto, do arquiteto Isay Weinfeld, privilegia as áreas particulares. As varandas dos 16 apartamentos são amplas e dão ao morador uma vista de quase 360º. "É um prédio que lembra muito a arquitetura arrojada de Higienópolis e que se integra muito bem à essência residencial de Alto de Pinheiros", diz Otávio Zarvos, fundador da construtora. Uma unidade do Mirá de 211 metros quadrados custa a partir de R$ 3 milhões. Outra construção entregue no final de 2016 na região chama a atenção também pela tecnologia. No Art Cube, cada uma das duas torres tem 24 apartamentos distribuídos por oito andares. As unidades podem ser personalizadas com facilidades como ligar a banheira pelo celular ou acionar persianas e sistema de som por controle remoto. Os dois prédios são servidos por sistema de energia solar. "É um condomínio muito pequeno, que me faz sentir no interior, mas é cheio de aparatos tecnológicos", diz Arival Casimiro, 52, professor, que vive no Art Cube com a mulher e mais dois filhos. Há uma área verde logo na entrada do condomínio. "Erguemos um bosque de 250 metros quadrados para estimular mais o convívio entre os moradores", diz Fernando Trota, da incorporadora MDL. A construtora Tecnisa também apostou na região e vai começar a construir em maio o Arruda 168, de quatro pavimentos, com 12 unidades em seis opções de plantas. O maior apartamento, um dúplex, chega a ter até 588 m². Uma unidade do Arruda custa a partir de R$ 5,3 milhões. Enzo Riccetti, diretor da Tecnisa, diz que o preço dos empreendimentos de Alto de Pinheiros se justifica pela exclusividade do projeto e a escassa oferta de terrenos. "O Alto de Pinheiros carrega um status que já o torna mais caro em relação ao resto da cidade pela estrutura de seus serviços. E deverá seguir atraindo projetos exclusivos para famílias endinheiradas que buscam por mais contato com uma vida de bairro e mais verde", afirma Riccetti. Os empreendimentos no Alto de Pinheiros foram erguidos em áreas onde existiam grandes casarões. O terreno de 2.500 metros quadrados onde está o Art Cube corresponde à área de sete casas que foram demolidas, segundo Fernando Trota.
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PM não desocupará escola, mas desbloqueará via, diz secretário
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse à Folha que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) não usará a Polícia Militar para fazer reintegrações de posse das escolas ocupadas, mas vai impedir os estudantes de fecharem completamente as vias durante manifestações. "Se tiver algum dano, a polícia vai ingressar na escola, mas ela não será usada para fazer a reintegração. Quem vai cumprir a reintegração é a Secretaria da Educação. Temos ordens de reintegração de posse há mais de duas semanas e não fizemos nenhuma", afirmou Moraes. Nos primeiros dias de ocupação, a PM montou um cerco ao colégio Fernão Dias Paes, em Pinheiros (zona oeste), pioneiro do movimento dos alunos contra a proposta da gestão Alckmin de reorganização da rede de ensino. Mas os policiais acabaram saindo da frente da escola após a Justiça revogar a reintegração de posse do local. O Tribunal de Justiça, dias depois, também negou pedido de reintegração de posse das escolas tomadas por alunos na cidade de São Paulo. A decisão dos três desembargadores da 7ª Câmara de Direito Público foi unânime. Para eles, não se tratava de questão de posse, mas de uma discussão de política pública. VIAS PÚBLICAS O secretário Alexandre de Moraes disse que a orientação é que os dirigentes de ensino negociem a saída dos alunos com diretores e professores das unidades -sem a participação da polícia. Por outro lado, ele afirmou que a polícia vai agir sempre que os estudantes bloquearem completamente a via durante os protestos contra fechamento das escolas. "Toda manifestação precisa de uma prévia comunicação ao poder público para garantir a segurança dos estudantes e daqueles que não se manifestam. A ideia é que o protesto não afete o direito dos outros", afirmou Moraes. O chefe da pasta diz que não vê problemas em protestos que ocorrem em vias públicas, desde que eles não bloqueiem todas as faixas de vias de vias importantes, como ocorreu nesta terça (2) na avenida Doutor Arnaldo (centro). "A polícia vai impedir crimes e que qualquer dessas manifestações suprima completamente o direito de ir e vir dos outros moradores. A polícia militar negocia para não fechar a via totalmente, para que ao menos algumas faixas estejam abertas para o fluxo de veículos. No momento em que isso não é possível, a polícia vai intervir para garantir o acesso das pessoas." Veja o vídeo EXCESSO O secretário de Alckmin, mais cedo, negou ter havido excesso da PM devido à utilização de bombas de gás para desobstruir vias ocupadas pelos estudantes nos últimos dois dias -como a Nove de Julho e a Teodoro Sampaio. "A ação foi absolutamente legítima, não houve nenhum excesso. Temos tudo gravado. O que ocorre é que algumas gravações pegam só o momento após jogar pedra na polícia, após agredir os policiais", afirmou Moraes. NA CONSTITUIÇÃO A Constituição prevê o direito de realizar reuniões em locais públicos, mas o texto da lei diz que é "exigido prévio aviso à autoridade competente". Para o consultor em segurança José Vicente da Silva, coronel da reserva da PM, sem essa comunicação antecipada o policial pode dar uma ordem legal para liberação da via. E, em caso de descumprimento e se as tentativas de diálogo fracassarem, ele poderá fazer uso da força. No caso das manifestações dos estudantes, o coronel afirma que não houve abuso por parte dos policiais nas ações de liberação de vias obstruídas. "Toda ação de mobilização de uma pessoa se debatendo, resistindo, sugere truculência do policial." Já o Ouvidor da Polícia de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, diz que nada justifica o excesso praticado por alguns policiais, ainda que os estudantes não tenham avisado as autoridades sobre as manifestações nas ruas. "Há certos policiais que deveriam ter ficado no quartel. São atitudes desnecessárias e lamentáveis, para não dizer desastrosas", afirmou Neves. "O cara pegar um cassetete e ficar batendo na perna da moça. São procedimentos que nos deixam tristes de ver", disse. Ainda de acordo com Neves, falta diálogo por parte governo sobre o projeto de restruturação das escolas. "Tem que evitar até as últimas consequências [o impasse], para que não haja truculência." Colaborou o "AGORA"
educacao
PM não desocupará escola, mas desbloqueará via, diz secretárioO secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse à Folha que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) não usará a Polícia Militar para fazer reintegrações de posse das escolas ocupadas, mas vai impedir os estudantes de fecharem completamente as vias durante manifestações. "Se tiver algum dano, a polícia vai ingressar na escola, mas ela não será usada para fazer a reintegração. Quem vai cumprir a reintegração é a Secretaria da Educação. Temos ordens de reintegração de posse há mais de duas semanas e não fizemos nenhuma", afirmou Moraes. Nos primeiros dias de ocupação, a PM montou um cerco ao colégio Fernão Dias Paes, em Pinheiros (zona oeste), pioneiro do movimento dos alunos contra a proposta da gestão Alckmin de reorganização da rede de ensino. Mas os policiais acabaram saindo da frente da escola após a Justiça revogar a reintegração de posse do local. O Tribunal de Justiça, dias depois, também negou pedido de reintegração de posse das escolas tomadas por alunos na cidade de São Paulo. A decisão dos três desembargadores da 7ª Câmara de Direito Público foi unânime. Para eles, não se tratava de questão de posse, mas de uma discussão de política pública. VIAS PÚBLICAS O secretário Alexandre de Moraes disse que a orientação é que os dirigentes de ensino negociem a saída dos alunos com diretores e professores das unidades -sem a participação da polícia. Por outro lado, ele afirmou que a polícia vai agir sempre que os estudantes bloquearem completamente a via durante os protestos contra fechamento das escolas. "Toda manifestação precisa de uma prévia comunicação ao poder público para garantir a segurança dos estudantes e daqueles que não se manifestam. A ideia é que o protesto não afete o direito dos outros", afirmou Moraes. O chefe da pasta diz que não vê problemas em protestos que ocorrem em vias públicas, desde que eles não bloqueiem todas as faixas de vias de vias importantes, como ocorreu nesta terça (2) na avenida Doutor Arnaldo (centro). "A polícia vai impedir crimes e que qualquer dessas manifestações suprima completamente o direito de ir e vir dos outros moradores. A polícia militar negocia para não fechar a via totalmente, para que ao menos algumas faixas estejam abertas para o fluxo de veículos. No momento em que isso não é possível, a polícia vai intervir para garantir o acesso das pessoas." Veja o vídeo EXCESSO O secretário de Alckmin, mais cedo, negou ter havido excesso da PM devido à utilização de bombas de gás para desobstruir vias ocupadas pelos estudantes nos últimos dois dias -como a Nove de Julho e a Teodoro Sampaio. "A ação foi absolutamente legítima, não houve nenhum excesso. Temos tudo gravado. O que ocorre é que algumas gravações pegam só o momento após jogar pedra na polícia, após agredir os policiais", afirmou Moraes. NA CONSTITUIÇÃO A Constituição prevê o direito de realizar reuniões em locais públicos, mas o texto da lei diz que é "exigido prévio aviso à autoridade competente". Para o consultor em segurança José Vicente da Silva, coronel da reserva da PM, sem essa comunicação antecipada o policial pode dar uma ordem legal para liberação da via. E, em caso de descumprimento e se as tentativas de diálogo fracassarem, ele poderá fazer uso da força. No caso das manifestações dos estudantes, o coronel afirma que não houve abuso por parte dos policiais nas ações de liberação de vias obstruídas. "Toda ação de mobilização de uma pessoa se debatendo, resistindo, sugere truculência do policial." Já o Ouvidor da Polícia de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, diz que nada justifica o excesso praticado por alguns policiais, ainda que os estudantes não tenham avisado as autoridades sobre as manifestações nas ruas. "Há certos policiais que deveriam ter ficado no quartel. São atitudes desnecessárias e lamentáveis, para não dizer desastrosas", afirmou Neves. "O cara pegar um cassetete e ficar batendo na perna da moça. São procedimentos que nos deixam tristes de ver", disse. Ainda de acordo com Neves, falta diálogo por parte governo sobre o projeto de restruturação das escolas. "Tem que evitar até as últimas consequências [o impasse], para que não haja truculência." Colaborou o "AGORA"
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Após ataques, bancos fecham caixas, e clientes viajam para sacar dinheiro
A comerciante Regina Sayuri Nohama já até se acostumou. Está fazendo todas as transações bancárias por meio da internet e, quando precisa de dinheiro, deixa sua cidade para viajar ao menos 50 quilômetros e sacar em algum município vizinho. É que Sarapuí (SP), onde mora, está sem caixas eletrônicos para sacar após uma série de ataques de quadrilhas às agências bancárias locais. A única em funcionamento é uma do Banco do Brasil, mas que tem operado sem dinheiro. Ela foi alvo de dois ataques, assim como um posto do Bradesco e uma agência do Santander, que não estão mais na pacata cidade, de pouco menos de 10 mil habitantes. Assim como ocorre em Sarapuí, outras localidades de SP, PE, BA, MG, CE e RN sofrem com transtornos gerados após explosões a bancos, que chegam a ficar fechados quatro meses antes de serem reabertos -quando são e, por vezes, sem caixas eletrônicos e dinheiro. "O banco não mexe mais com dinheiro. Se precisarmos, temos de ir a Itapetininga ou Pilar do Sul [cidades próximas]. Dizem que não adianta trabalhar com dinheiro, pois sempre há ataques", disse a comerciante. Em Batatais, ocorreu situação semelhante. Clientes do HSBC —que deve ter operações integradas ao Bradesco em outubro- que quisessem manter conta no banco foram obrigados desde 2015 a viajar 52 quilômetros (ida e volta) até Altinópolis, após a agência local ter sido "expulsa" por moradores. A agência funcionava no térreo de um edifício mas, após a explosão de um caixa num prédio público vizinho, moradores contrataram um engenheiro que emitiu laudo dizendo que os caixas estavam perto de colunas de sustentação do edifício e, em caso de explosão, poderiam danificar a estrutura. Pressionaram a prefeitura, que não renovou o alvará do banco, que preferiu transferir as contas para a cidade vizinha. "Quando atacados, os bancos públicos são os que mais demoram para funcionarem, pois precisam de licitação", disse Julio Cesar Machado, presidente do sindicato dos bancários na região de Sorocaba, que teve ao menos outros três roubos do gênero. No Ceará, foram quase 40 ataques neste ano, a maioria a partir de junho, e duas agências do Banco do Brasil, em Independência e Novo Oriente, foram reabertas sem dinheiro após a reforma, segundo o sindicato. "Não temos muito o que fazer. Vamos deixar morrer bancário e cliente? Se colocar dinheiro, no outro dia é assaltada de novo", disse o diretor do sindicato João Bosco Cavalcanti Mota. O problema atinge fortemente o interior de Pernambuco, de acordo com o Sindicato dos Bancários no Estado, que contabilizou 35 agências explodidas nos últimos 18 meses, a maioria delas não reabertas. "Teve um caso em que a agência desapareceu, de tantos explosivos. Às vezes procuram outro prédio, porque o explodido não tem como usar mais", disse Sandra Trajano, secretária-geral do sindicato. A última a ser explodida no Estado foi em Condado, há cerca de 15 dias. Também houve casos em locais como Cabrobó, Inajá, Cumaru e Machados. Antes do fechamento de agências, ainda que temporários, os ataques já tinham resultado em anos anteriores na retirada de caixas eletrônicos de supermercados e postos de combustíveis. Isso fez, também, com que praias do litoral norte de São Paulo ficassem sem caixas. Em Juqueí, que chegou a ter 11 há cinco anos, hoje não há nenhum, segundo lojistas ouvidos pela Folha. ESCOLHA Os ataques ocorrem normalmente em cidades pequenas, que têm baixo efetivo policial. Como normalmente a agência é a única daquele banco na cidade, isso obriga os clientes e também os funcionários a se deslocarem para municípios próximos. Com isso, para sacar salários ou aposentadorias é preciso viajar e muitas vezes os clientes acabam gastando em outra cidade, prejudicando o município de origem. "As intermediações financeiras ficam fortemente prejudicadas [sem banco], o que atrapalha o desenvolvimento econômico", disse o economista Nelson Rocha Augusto, presidente do BRP (Banco Ribeirão Preto). Quando uma agência é atacada, os bancos precisam reformar o local, repor os equipamentos danificados (sem reaproveitar máquinas ou peças) e, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), isso exige tempo. Em São Paulo, as ocorrências envolvendo ataques a caixas caíram 57,5% nos sete primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2015. Foram 77 crimes, ante 181 no ano passado. Por meio de sua assessoria, o Banco do Brasil informou lamentar os transtornos em Sarapuí e que não há previsão de normalizar o atendimento na unidade. TECNOLOGIA Os bancos triplicaram os gastos anuais no aprimoramento da segurança, reduziram o volume de dinheiro disponível e adotaram medidas preventivas para coibir ataques a agências e caixas eletrônicos. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que afirma acompanhar os ataques aos caixas com "extrema preocupação" e que os bancos são vítimas, os investimentos anuais do setor para melhorar a segurança chegam a R$ 9 bilhões, o triplo do que era investido há uma década, e é preciso combater as causas dessa modalidade criminosa. Medidas foram e estão sendo tomadas também para melhorar recursos tecnológicos que permitam operações mais rápidas e seguras por meio da internet, reduzindo a necessidade de dinheiro vivo dentro das agências, conforme a entidade. Entre as ações tomadas nos últimos anos estão as instalações e melhorias de cofres com dispositivo de tempo, circuitos fechados de TV, sistemas de detecção e monitoramento e alarmes, além de reduzir o montante de dinheiro nas agências e incentivar os clientes a usarem meios eletrônicos para fazer suas operações bancárias. O fim do limite da TED —transferência eletrônica cujo crédito cai no mesmo dia—, ainda de acordo com a Febraban, teve como objetivo evitar que o cliente faça saques de somas elevadas nas agências. Conforme a entidade, os bancos também desenvolveram equipes especializadas para atuar com órgãos de segurança dos Estados em patrulhamento, inteligência e troca de informações. Sobre as explosões de caixas e agências, a federação dos bancos afirma que é preciso combater as causas, impedindo o fácil acesso de criminosos a explosivos, prendendo as quadrilhas e dificultando o acesso dos ladrões ao dinheiro.
cotidiano
Após ataques, bancos fecham caixas, e clientes viajam para sacar dinheiroA comerciante Regina Sayuri Nohama já até se acostumou. Está fazendo todas as transações bancárias por meio da internet e, quando precisa de dinheiro, deixa sua cidade para viajar ao menos 50 quilômetros e sacar em algum município vizinho. É que Sarapuí (SP), onde mora, está sem caixas eletrônicos para sacar após uma série de ataques de quadrilhas às agências bancárias locais. A única em funcionamento é uma do Banco do Brasil, mas que tem operado sem dinheiro. Ela foi alvo de dois ataques, assim como um posto do Bradesco e uma agência do Santander, que não estão mais na pacata cidade, de pouco menos de 10 mil habitantes. Assim como ocorre em Sarapuí, outras localidades de SP, PE, BA, MG, CE e RN sofrem com transtornos gerados após explosões a bancos, que chegam a ficar fechados quatro meses antes de serem reabertos -quando são e, por vezes, sem caixas eletrônicos e dinheiro. "O banco não mexe mais com dinheiro. Se precisarmos, temos de ir a Itapetininga ou Pilar do Sul [cidades próximas]. Dizem que não adianta trabalhar com dinheiro, pois sempre há ataques", disse a comerciante. Em Batatais, ocorreu situação semelhante. Clientes do HSBC —que deve ter operações integradas ao Bradesco em outubro- que quisessem manter conta no banco foram obrigados desde 2015 a viajar 52 quilômetros (ida e volta) até Altinópolis, após a agência local ter sido "expulsa" por moradores. A agência funcionava no térreo de um edifício mas, após a explosão de um caixa num prédio público vizinho, moradores contrataram um engenheiro que emitiu laudo dizendo que os caixas estavam perto de colunas de sustentação do edifício e, em caso de explosão, poderiam danificar a estrutura. Pressionaram a prefeitura, que não renovou o alvará do banco, que preferiu transferir as contas para a cidade vizinha. "Quando atacados, os bancos públicos são os que mais demoram para funcionarem, pois precisam de licitação", disse Julio Cesar Machado, presidente do sindicato dos bancários na região de Sorocaba, que teve ao menos outros três roubos do gênero. No Ceará, foram quase 40 ataques neste ano, a maioria a partir de junho, e duas agências do Banco do Brasil, em Independência e Novo Oriente, foram reabertas sem dinheiro após a reforma, segundo o sindicato. "Não temos muito o que fazer. Vamos deixar morrer bancário e cliente? Se colocar dinheiro, no outro dia é assaltada de novo", disse o diretor do sindicato João Bosco Cavalcanti Mota. O problema atinge fortemente o interior de Pernambuco, de acordo com o Sindicato dos Bancários no Estado, que contabilizou 35 agências explodidas nos últimos 18 meses, a maioria delas não reabertas. "Teve um caso em que a agência desapareceu, de tantos explosivos. Às vezes procuram outro prédio, porque o explodido não tem como usar mais", disse Sandra Trajano, secretária-geral do sindicato. A última a ser explodida no Estado foi em Condado, há cerca de 15 dias. Também houve casos em locais como Cabrobó, Inajá, Cumaru e Machados. Antes do fechamento de agências, ainda que temporários, os ataques já tinham resultado em anos anteriores na retirada de caixas eletrônicos de supermercados e postos de combustíveis. Isso fez, também, com que praias do litoral norte de São Paulo ficassem sem caixas. Em Juqueí, que chegou a ter 11 há cinco anos, hoje não há nenhum, segundo lojistas ouvidos pela Folha. ESCOLHA Os ataques ocorrem normalmente em cidades pequenas, que têm baixo efetivo policial. Como normalmente a agência é a única daquele banco na cidade, isso obriga os clientes e também os funcionários a se deslocarem para municípios próximos. Com isso, para sacar salários ou aposentadorias é preciso viajar e muitas vezes os clientes acabam gastando em outra cidade, prejudicando o município de origem. "As intermediações financeiras ficam fortemente prejudicadas [sem banco], o que atrapalha o desenvolvimento econômico", disse o economista Nelson Rocha Augusto, presidente do BRP (Banco Ribeirão Preto). Quando uma agência é atacada, os bancos precisam reformar o local, repor os equipamentos danificados (sem reaproveitar máquinas ou peças) e, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), isso exige tempo. Em São Paulo, as ocorrências envolvendo ataques a caixas caíram 57,5% nos sete primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2015. Foram 77 crimes, ante 181 no ano passado. Por meio de sua assessoria, o Banco do Brasil informou lamentar os transtornos em Sarapuí e que não há previsão de normalizar o atendimento na unidade. TECNOLOGIA Os bancos triplicaram os gastos anuais no aprimoramento da segurança, reduziram o volume de dinheiro disponível e adotaram medidas preventivas para coibir ataques a agências e caixas eletrônicos. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que afirma acompanhar os ataques aos caixas com "extrema preocupação" e que os bancos são vítimas, os investimentos anuais do setor para melhorar a segurança chegam a R$ 9 bilhões, o triplo do que era investido há uma década, e é preciso combater as causas dessa modalidade criminosa. Medidas foram e estão sendo tomadas também para melhorar recursos tecnológicos que permitam operações mais rápidas e seguras por meio da internet, reduzindo a necessidade de dinheiro vivo dentro das agências, conforme a entidade. Entre as ações tomadas nos últimos anos estão as instalações e melhorias de cofres com dispositivo de tempo, circuitos fechados de TV, sistemas de detecção e monitoramento e alarmes, além de reduzir o montante de dinheiro nas agências e incentivar os clientes a usarem meios eletrônicos para fazer suas operações bancárias. O fim do limite da TED —transferência eletrônica cujo crédito cai no mesmo dia—, ainda de acordo com a Febraban, teve como objetivo evitar que o cliente faça saques de somas elevadas nas agências. Conforme a entidade, os bancos também desenvolveram equipes especializadas para atuar com órgãos de segurança dos Estados em patrulhamento, inteligência e troca de informações. Sobre as explosões de caixas e agências, a federação dos bancos afirma que é preciso combater as causas, impedindo o fácil acesso de criminosos a explosivos, prendendo as quadrilhas e dificultando o acesso dos ladrões ao dinheiro.
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Presidente do PSDB de Minas convoca panelaço durante propaganda do PT
Presidente estadual do PSDB de Minas Gerais, o deputado federal Marcus Pestana convocou, por meio das redes sociais, um panelaço de dez minutos durante propaganda do PT na TV, que será veiculada em rede nacional na noite desta terça-feira (5). "Galera, o panelaço é hoje! Espalhem! Vamos dar um basta na mentira e na corrupção", escreveu o tucano em sua página no Twitter. "Dia 5 de maio tem programa eleitoral do PT na TV, das 20h30 às 20h40. Será o maior panelaço da história", completou o deputado, em mensagem no Facebook acompanhada da imagem de uma panela. A mensagem foi amplamente replicada por usuários, e também ganhou espaço nas páginas dos principais movimentos que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff, como o Vem pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre). Terra do senador tucano Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições do ano passado, Minas também viu o PSDB perder o governo do Estado para o petista Fernando Pimentel. "Dilma fugiu de novo! Propaganda petista hoje 5/05 às 20h30. Panelaço", diz mensagem do MBL. "Se estiver no trânsito... buzinaço!", sugere o Vem pra Rua. O programa do PT não terá a participação da presidente Dilma Rousseff. Ela aparece de relance nas imagens, mas não há mensagem da petista. Auxiliares de Dilma defendem que ela só se exponha em agendas positivas enquanto estiver passando pelo processo de recuperação de imagem junto à população. Com medo de um novo panelaço, Dilma também não fez o tradicional pronunciamento do Dia do Trabalho. O primeiro panelaço contra a presidente ocorreu no dia 8 de março, após pronunciamento em rádio e TV, em ao menos 12 capitais. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas e xingavam a presidente enquanto piscavam as luzes do apartamento. O movimento foi convocado por meio de redes sociais e aplicativos de celular. No feriado de 1º de Maio, Dilma desistiu de falar na TV e fez um pronunciamento apenas pela internet –foi a primeira vez que a presidente não se pronunciou em rádio e TV no Dia do Trabalhador.
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Presidente do PSDB de Minas convoca panelaço durante propaganda do PTPresidente estadual do PSDB de Minas Gerais, o deputado federal Marcus Pestana convocou, por meio das redes sociais, um panelaço de dez minutos durante propaganda do PT na TV, que será veiculada em rede nacional na noite desta terça-feira (5). "Galera, o panelaço é hoje! Espalhem! Vamos dar um basta na mentira e na corrupção", escreveu o tucano em sua página no Twitter. "Dia 5 de maio tem programa eleitoral do PT na TV, das 20h30 às 20h40. Será o maior panelaço da história", completou o deputado, em mensagem no Facebook acompanhada da imagem de uma panela. A mensagem foi amplamente replicada por usuários, e também ganhou espaço nas páginas dos principais movimentos que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff, como o Vem pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre). Terra do senador tucano Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições do ano passado, Minas também viu o PSDB perder o governo do Estado para o petista Fernando Pimentel. "Dilma fugiu de novo! Propaganda petista hoje 5/05 às 20h30. Panelaço", diz mensagem do MBL. "Se estiver no trânsito... buzinaço!", sugere o Vem pra Rua. O programa do PT não terá a participação da presidente Dilma Rousseff. Ela aparece de relance nas imagens, mas não há mensagem da petista. Auxiliares de Dilma defendem que ela só se exponha em agendas positivas enquanto estiver passando pelo processo de recuperação de imagem junto à população. Com medo de um novo panelaço, Dilma também não fez o tradicional pronunciamento do Dia do Trabalho. O primeiro panelaço contra a presidente ocorreu no dia 8 de março, após pronunciamento em rádio e TV, em ao menos 12 capitais. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas e xingavam a presidente enquanto piscavam as luzes do apartamento. O movimento foi convocado por meio de redes sociais e aplicativos de celular. No feriado de 1º de Maio, Dilma desistiu de falar na TV e fez um pronunciamento apenas pela internet –foi a primeira vez que a presidente não se pronunciou em rádio e TV no Dia do Trabalhador.
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Príncipe Charles encontra líder de partido relacionado ao IRA na Irlanda
No primeiro dia da viagem que faz à República da Irlanda, o príncipe Charles encontrou-se nesta terça (19) com Gerry Adams, líder do partido republicano Sinn Fein, antigo braço político do grupo separatista IRA (Exército Republicano Irlandês). O encontro, na Universidade Nacional da Irlanda, em Galway, foi o primeiro entre o líder do partido e um membro da família real britânica. Segundo Adams, os dois expressaram pesar pelo que se passou desde 1968 na Irlanda do Norte. Em outubro daquele ano, iniciaram-se os conflitos entre protestantes e católicos depois que a polícia reprimiu uma manifestação dos católicos em Derry, no norte da Irlanda do Norte, por mais direitos civis. "Concordamos com que a realização desse encontro seria algo importante", afirmou Adams. Nesta quarta, o herdeiro do trono britânico visitará Mullaghmore, na República da Irlanda, onde o lorde Mounbatten, alto membro da família real e tio de Charles, foi assassinado em 1979 pelo IRA. O grupo irlandês colocou uma bomba no iate do lorde, matando, além dele, dois parentes seus e um garoto que cuidava da manutenção do barco. Em importância simbólica, o cumprimento entre o príncipe Charles e Adams perde apenas para o encontro entre a rainha Elizabeth 2ª e o antigo líder do IRA Martin McGuinness em 2012, em Belfast, capital da Irlanda do Norte.
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Príncipe Charles encontra líder de partido relacionado ao IRA na IrlandaNo primeiro dia da viagem que faz à República da Irlanda, o príncipe Charles encontrou-se nesta terça (19) com Gerry Adams, líder do partido republicano Sinn Fein, antigo braço político do grupo separatista IRA (Exército Republicano Irlandês). O encontro, na Universidade Nacional da Irlanda, em Galway, foi o primeiro entre o líder do partido e um membro da família real britânica. Segundo Adams, os dois expressaram pesar pelo que se passou desde 1968 na Irlanda do Norte. Em outubro daquele ano, iniciaram-se os conflitos entre protestantes e católicos depois que a polícia reprimiu uma manifestação dos católicos em Derry, no norte da Irlanda do Norte, por mais direitos civis. "Concordamos com que a realização desse encontro seria algo importante", afirmou Adams. Nesta quarta, o herdeiro do trono britânico visitará Mullaghmore, na República da Irlanda, onde o lorde Mounbatten, alto membro da família real e tio de Charles, foi assassinado em 1979 pelo IRA. O grupo irlandês colocou uma bomba no iate do lorde, matando, além dele, dois parentes seus e um garoto que cuidava da manutenção do barco. Em importância simbólica, o cumprimento entre o príncipe Charles e Adams perde apenas para o encontro entre a rainha Elizabeth 2ª e o antigo líder do IRA Martin McGuinness em 2012, em Belfast, capital da Irlanda do Norte.
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Viúva de Steve Jobs quis barrar filme sobre fundador da Apple, diz revista
A depender da viúva do icônico ex-presidente da Apple, o filme "Steve Jobs", que estreia nesta sexta-feira (9) nos Estados Unidos, jamais teria chegado aos cinemas. É o que diz reportagem da revista "Hollywood Reporter" sobre Laurene Powell Jobs, que teria pressionado estúdios americanos e os atores Leonardo DiCaprio e Christian Bale para que não filmassem a história do inventor do Macintosh, do iPod e do iPhone. Diz a revista que em 2011, quando Jobs estava no leito de morte, produtores da Sony Entertainment tiveram acesso aos originais da biografia escrita por Walter Isaacson, publicada naquele mesmo ano. Uma soma de US$ 3 milhões garantiu os diretos de filmagem à Sony e, desde então, o projeto de um filme sobre o fundador da Apple teve perdas e ganhos. O diretor David Fincher e os atores Leonardo DiCaprio e Christian Bale deixaram a produção. A direção ficou então com Danny Boyle e o papel de Jobs, com Michael Fassbender. Com diretor e ator acertados, o filme ainda teria diversos obstáculos, dois deles nas figuras de Tim Cook, atual presidente da Apple, e Laurene Jobs. "Eles não ajudaram", disse o diretor do filme à revista. O roteirista Aaron Sorkin chegou a se desculpar e dizer que esperava que Cook gostasse da produção. Tempos antes, o executivo da Apple havia dito, no programa "The Late Show with Stephen Colbert", talk show de maior audiência dos Estados Unidos, que as tentativas de imortalizar seu antecessor nas telas de cinema não passavam de oportunismo. "Essa não é uma das partes boas do mundo", disse Cook ao apresentador do programa. Mas foi da viúva de Jobs que veio a maior resistência. Fontes da produção do filme ouvidas pela revista dão conta de que Laurene tentou barrar o filme. Ela teria pedido à Sony que não fosse em frente com o projeto e, diante da resposta negativa da empresa, teria ligado a DiCaprio e Bale pedindo que não aceitassem papéis na biografia. Outra fonte disse que ela teria feito lobby em cada um dos grandes estúdios para que o filme fosse enterrado. Veja o trailer do filme: veja o vídeo
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Viúva de Steve Jobs quis barrar filme sobre fundador da Apple, diz revistaA depender da viúva do icônico ex-presidente da Apple, o filme "Steve Jobs", que estreia nesta sexta-feira (9) nos Estados Unidos, jamais teria chegado aos cinemas. É o que diz reportagem da revista "Hollywood Reporter" sobre Laurene Powell Jobs, que teria pressionado estúdios americanos e os atores Leonardo DiCaprio e Christian Bale para que não filmassem a história do inventor do Macintosh, do iPod e do iPhone. Diz a revista que em 2011, quando Jobs estava no leito de morte, produtores da Sony Entertainment tiveram acesso aos originais da biografia escrita por Walter Isaacson, publicada naquele mesmo ano. Uma soma de US$ 3 milhões garantiu os diretos de filmagem à Sony e, desde então, o projeto de um filme sobre o fundador da Apple teve perdas e ganhos. O diretor David Fincher e os atores Leonardo DiCaprio e Christian Bale deixaram a produção. A direção ficou então com Danny Boyle e o papel de Jobs, com Michael Fassbender. Com diretor e ator acertados, o filme ainda teria diversos obstáculos, dois deles nas figuras de Tim Cook, atual presidente da Apple, e Laurene Jobs. "Eles não ajudaram", disse o diretor do filme à revista. O roteirista Aaron Sorkin chegou a se desculpar e dizer que esperava que Cook gostasse da produção. Tempos antes, o executivo da Apple havia dito, no programa "The Late Show with Stephen Colbert", talk show de maior audiência dos Estados Unidos, que as tentativas de imortalizar seu antecessor nas telas de cinema não passavam de oportunismo. "Essa não é uma das partes boas do mundo", disse Cook ao apresentador do programa. Mas foi da viúva de Jobs que veio a maior resistência. Fontes da produção do filme ouvidas pela revista dão conta de que Laurene tentou barrar o filme. Ela teria pedido à Sony que não fosse em frente com o projeto e, diante da resposta negativa da empresa, teria ligado a DiCaprio e Bale pedindo que não aceitassem papéis na biografia. Outra fonte disse que ela teria feito lobby em cada um dos grandes estúdios para que o filme fosse enterrado. Veja o trailer do filme: veja o vídeo
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Clássico de William Golding, 'Senhor das Moscas' ganha versão teatral
Na primeira imagem do espetáculo "Senhor das Moscas", 12 garotos ingleses aparecem enfileirados e estáticos cantando "Gaudete", uma música em latim de coral. Aos poucos, a atmosfera asséptica, quase sacra, construída neste instante, vai dando lugar a uma energia oposta, mais abrupta e selvagem. É este contraponto entre civilização e barbárie que norteia o eixo central da peça, uma adaptação para os palcos escrita por Nigel Williams a partir do romance homônimo do inglês William Golding (1911-1993). Publicado em 1954, o livro é um clássico do pós-guerra ao lado de títulos como "A Revolução dos Bichos" (1945), do escritor George Orwell. Na história, meninos ficam presos em uma ilha após a queda do avião que os transportava para longe do conflito. Ali, sem serem supervisionados, eles buscam se organizar para tentar sobreviver. "Ao ler o romance, lembro de ter uma sensação de esperança pensando que algum modelo diferente de sociedade poderia surgir da interação entre essas crianças", comenta Zé Henrique de Paula, do Núcleo Experimental, que assina a direção da montagem. Ao lado de Fernanda Maia, responsável pela direção musical, a dupla leva ao Teatro do Sesi uma versão da trama de Golding musicada e destinada ao público jovem. Além de conter no repertório canções de coral em latim e francês, o espetáculo tem uma música original composta por Maia e cantada pelo ator Bruno Fagundes. "Ela é um rito de passagem da infância para a idade adulta. O personagem começa a ter consciência da maldade e percebe que o bem e o mal não estão tão separados", afirma a diretora musical. O "BICHO" Fagundes interpreta Ralph, espécie de líder democrático cuja conduta em relação ao que é prioridade para a sobrevivência do grupo na ilha choca-se com a visão de Jack, personagem de Ghilherme Lobo. Ralph quer construir abrigos e deixar uma fogueira acessa para que eles possam ser resgatados, Jack preocupa-se em caçar porcos e o "Bicho", uma figura desconhecida que os assombra de diferentes formas. "Jack acaba instigando o medo nos outros para que eles aceitem sua liderança. Algo semelhante ao mecanismo do fascismo", diz Zé Henrique. Ficam entre os líderes personagens como Porquinho (Felipe Hintze), um garoto gordo que sofre bullying dos colegas, mas não deixa de ser o mais sensato entre eles, e Simon (Thalles Cabral), o sensível da turma, que chega a questionar a existência física do "Bicho": "engraçado vocês pensarem que ele é algo que vocês possam matar e caçar", diz. "Ao enfrentarem elementos externos nesta ilha, estes garotos vão ao encontro do que eles realmente são", diz Zé Henrique. "Há um pouco de cada um deles em nossa essência, mas temos em nós, principalmente, um 'Bicho'. O que faremos com ele é uma das principais questões que a peça levanta", completa. * SENHOR DAS MOSCAS QUANDO até 3/12 (qui. a sáb.: às 15h. dom.: às 14h30. 90 min. 14 anos) ONDE Teatro do Sesi-SP - av. Paulista, 1.313, tel. 3143-7439 QUANTO grátis
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Clássico de William Golding, 'Senhor das Moscas' ganha versão teatralNa primeira imagem do espetáculo "Senhor das Moscas", 12 garotos ingleses aparecem enfileirados e estáticos cantando "Gaudete", uma música em latim de coral. Aos poucos, a atmosfera asséptica, quase sacra, construída neste instante, vai dando lugar a uma energia oposta, mais abrupta e selvagem. É este contraponto entre civilização e barbárie que norteia o eixo central da peça, uma adaptação para os palcos escrita por Nigel Williams a partir do romance homônimo do inglês William Golding (1911-1993). Publicado em 1954, o livro é um clássico do pós-guerra ao lado de títulos como "A Revolução dos Bichos" (1945), do escritor George Orwell. Na história, meninos ficam presos em uma ilha após a queda do avião que os transportava para longe do conflito. Ali, sem serem supervisionados, eles buscam se organizar para tentar sobreviver. "Ao ler o romance, lembro de ter uma sensação de esperança pensando que algum modelo diferente de sociedade poderia surgir da interação entre essas crianças", comenta Zé Henrique de Paula, do Núcleo Experimental, que assina a direção da montagem. Ao lado de Fernanda Maia, responsável pela direção musical, a dupla leva ao Teatro do Sesi uma versão da trama de Golding musicada e destinada ao público jovem. Além de conter no repertório canções de coral em latim e francês, o espetáculo tem uma música original composta por Maia e cantada pelo ator Bruno Fagundes. "Ela é um rito de passagem da infância para a idade adulta. O personagem começa a ter consciência da maldade e percebe que o bem e o mal não estão tão separados", afirma a diretora musical. O "BICHO" Fagundes interpreta Ralph, espécie de líder democrático cuja conduta em relação ao que é prioridade para a sobrevivência do grupo na ilha choca-se com a visão de Jack, personagem de Ghilherme Lobo. Ralph quer construir abrigos e deixar uma fogueira acessa para que eles possam ser resgatados, Jack preocupa-se em caçar porcos e o "Bicho", uma figura desconhecida que os assombra de diferentes formas. "Jack acaba instigando o medo nos outros para que eles aceitem sua liderança. Algo semelhante ao mecanismo do fascismo", diz Zé Henrique. Ficam entre os líderes personagens como Porquinho (Felipe Hintze), um garoto gordo que sofre bullying dos colegas, mas não deixa de ser o mais sensato entre eles, e Simon (Thalles Cabral), o sensível da turma, que chega a questionar a existência física do "Bicho": "engraçado vocês pensarem que ele é algo que vocês possam matar e caçar", diz. "Ao enfrentarem elementos externos nesta ilha, estes garotos vão ao encontro do que eles realmente são", diz Zé Henrique. "Há um pouco de cada um deles em nossa essência, mas temos em nós, principalmente, um 'Bicho'. O que faremos com ele é uma das principais questões que a peça levanta", completa. * SENHOR DAS MOSCAS QUANDO até 3/12 (qui. a sáb.: às 15h. dom.: às 14h30. 90 min. 14 anos) ONDE Teatro do Sesi-SP - av. Paulista, 1.313, tel. 3143-7439 QUANTO grátis
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Fundação Pró-Rim alcança 1.500 transplantes realizados em todo o país
Ao longo dos seus 30 anos, a Fundação Pró-Rim conseguiu alcançar a marca de 1.500 transplantes realizados. A marca foi atingida em maio, no Hospital Municipal São José, em Joinville (SC). A instituição catarinense já conseguiu chegar a 17 Estados, expansão que permitiu beneficiar ainda mais pacientes. Santa Catarina ainda lidera o número de beneficiados, com 84,6% dos transplantes realizados pela Pró-Rim. Paraná, Tocantins e Mato Grosso vêm na sequência. No levantamento feito pela organização, os homens representam 62,5% dos transplantados, e o tempo médio de espera foi pouco mais de cinco meses. O trabalho da Pró-Rim já foi reconhecido pelo Prêmio Empreendedor Social em 2014, quando Hercílio Alexandre da Luz, então presidente, foi o vencedor da Escolha do Leitor.
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Fundação Pró-Rim alcança 1.500 transplantes realizados em todo o paísAo longo dos seus 30 anos, a Fundação Pró-Rim conseguiu alcançar a marca de 1.500 transplantes realizados. A marca foi atingida em maio, no Hospital Municipal São José, em Joinville (SC). A instituição catarinense já conseguiu chegar a 17 Estados, expansão que permitiu beneficiar ainda mais pacientes. Santa Catarina ainda lidera o número de beneficiados, com 84,6% dos transplantes realizados pela Pró-Rim. Paraná, Tocantins e Mato Grosso vêm na sequência. No levantamento feito pela organização, os homens representam 62,5% dos transplantados, e o tempo médio de espera foi pouco mais de cinco meses. O trabalho da Pró-Rim já foi reconhecido pelo Prêmio Empreendedor Social em 2014, quando Hercílio Alexandre da Luz, então presidente, foi o vencedor da Escolha do Leitor.
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Religião é benéfica para tratamento psiquiátrico, diz associação
"É mole? Vou ao médico tratar da depressão e ele me manda rezar!". A recomendação que gerou surpresa na médica e professora universitária Maria Inês Gomes, 67, agora tem aval da Associação Mundial de Psiquiatria. No mês passado, a entidade aprovou documento declarando a importância de se incluir a espiritualidade no ensino, pesquisa e prática clínica da psiquiatria. A SBP (Sociedade Brasileira de Psiquiatria) ainda não se posicionou sobre o assunto. A proposta, obviamente, não é "receitar" uma crença religiosa ao paciente, mas conversar sobre o assunto. O indexador de estudos científicos PubMed, do governo americano, lista mais de mil estudos sobre o tema. Os recursos espirituais avaliados nesses trabalhos variam bastante, desde acreditar em Deus ou um poder superior, freqüentar alguma instituição religiosa ou mesmo participar de programas de meditação e de perdão espiritual, mas a grande maioria conclui que há correlação entre espiritualidade e bem-estar. O maior impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental é entre pessoas sob estresse ou em situações de fragilidade, como idosos, pessoas com deficiências e doenças clínicas. Não se trata, claro, da prova científica da ação de Deus –uma hipótese dos pesquisadores é que religiosidade sirva, por exemplo, para reforçar laços sociais, reduzindo a incidência de solidão e depressão e amenizando o estresse causado por doenças ou perdas. Três meta-análises (revisões científicas) já realizadas sobre o tema indicam que, após controle de variáveis como estado de saúde da pessoa, a frequência a serviços religiosos esteve associada a um aumento médio 37% na probabilidade de sobrevida em doenças como o câncer. O desafio é entender exatamente como isso acontece. Uma das explicações propostas é a ativação do chamado eixo "psiconeuroimunoendócrino", em que uma emoção positiva seria capaz de alterar a produção de hormônios que, por exemplo, reduziriam a pressão arterial. "O impacto da religião e espiritualidade sobre a mortalidade tem se mostrado maior que a maioria das intervenções, como o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial ou o uso de estatinas", afirma Alexander Moreira-Almeida, professor de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora. Um outro estudo recente publicado na revista "Cancer", da Sociedade Americana de Câncer, revisou dados obtidos com mais de 44 mil pacientes e concluiu que são os aspectos emotivos da espiritualidade e da religiosidade aqueles que mais trazem benefícios para a saúde física e mental de pacientes com a doença. O mesmo não acontece quando o paciente se dedica a meramente estudar ou pesquisar sobre a religião. EFEITO NEGATIVO Ao mesmo tempo, segundo Almeida, as crenças religiosas também podem atuar de modo negativo, quando enfatizam a culpa e a aceitação acrítica de ideias ou transferem responsabilidades. "Piores desfechos em saúde são observados quando há uma ênfase na culpa, punição, intolerância, abandono de tratamentos médicos. A existência de conflitos religiosos internos ao indivíduo ou em relação à sua comunidade religiosa também está associada a piores indicadores de saúde." Por essa razão, é importante que os profissionais tenham em conta a dupla natureza da religião e espiritualidade, segundo Kenneth Pargament, professor de psicologia clínica na Bowling Green State University (Ohio). "Elas [religião e espiritualidade] podem ser recursos vitais para a saúde e bem-estar, mas eles também podem ser fontes de perigo", diz ele, que esteve no Brasil neste mês falando sobre o assunto no início do mês no Congresso Brasileiro de Psiquiatria. Ele lembra que, por muitos anos, psicólogos e psiquiatras evitaram a religião e a espiritualidade na prática clínica. Entre as razões, estaria a antipatia pela religião que sempre houve entre os ícones da psicologia, como Sigmund Freud. Para Pargament, é importante a compreensão de que a religião e a espiritualidade são entrelaçadas no comportamento humano e que os profissionais precisam estar preparados para avaliar e abordar questões que surjam no tratamento. "Para muitas pessoas, a religião e a espiritualidade são recursos-chave que podem facilitar o seu crescimento. Para outros, são fontes de problemas que precisam ser abordadas durante o tratamento. Isso precisa ser compreendido pelos profissionais de saúde." Entre as técnicas que estão sendo estudadas para essa abordagem estão programas, por exemplo, para ajudar pessoas divorciadas a lidar com amargura e raiva, ou vítimas de abuso sexual e mulheres com distúrbios alimentares. - ESTUDOS SOBRE FÉ, ESPIRITUALIDADE E SAÚDE Religião, espiritualidade e saúde física em pacientes com câncer > Publicação: 2015, no periódico "Cancer" > Resumo: A meta-análise congregou resultados obtidos com mais de 32 mil pacientes para concluir que a saúde física dos pacientes com câncer melhora com a experiência de religiosidade ou de espiritualidade. Isso ocorre mais pela relação emotiva do que por aquela mais racional com a religião/espiritualidade. Caminhos distintos entre Religiosidade, Espiritualidade e Saúde > Publicação: 2014, no periódico "Circulation" > Resumo: Os autores do estudo propõem separar os efeitos na saúde física que poderiam ser atribuídos à religião e os que poderiam ser atribuídos à espiritualidade. A proposta é que a religião poderia fomentar hábitos saudáveis, enquanto a espiritualidade traria melhor equilíbrio emocional Doenças mentais, religião e espiritualidade > Publicação: 2013, no periódico "Journal of Religion and Health" > Resumo: A meta-análise analisou 43 estudos do período entre 1990 e 2010 e viu que 72% deles mostram resultados positivos entre a dimensão espiritual/religiosa e a saúde física, especialmente para demência, depressão e dependência química. A Esquizofrenia e o transtorno bipolar não são afetados
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Religião é benéfica para tratamento psiquiátrico, diz associação"É mole? Vou ao médico tratar da depressão e ele me manda rezar!". A recomendação que gerou surpresa na médica e professora universitária Maria Inês Gomes, 67, agora tem aval da Associação Mundial de Psiquiatria. No mês passado, a entidade aprovou documento declarando a importância de se incluir a espiritualidade no ensino, pesquisa e prática clínica da psiquiatria. A SBP (Sociedade Brasileira de Psiquiatria) ainda não se posicionou sobre o assunto. A proposta, obviamente, não é "receitar" uma crença religiosa ao paciente, mas conversar sobre o assunto. O indexador de estudos científicos PubMed, do governo americano, lista mais de mil estudos sobre o tema. Os recursos espirituais avaliados nesses trabalhos variam bastante, desde acreditar em Deus ou um poder superior, freqüentar alguma instituição religiosa ou mesmo participar de programas de meditação e de perdão espiritual, mas a grande maioria conclui que há correlação entre espiritualidade e bem-estar. O maior impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental é entre pessoas sob estresse ou em situações de fragilidade, como idosos, pessoas com deficiências e doenças clínicas. Não se trata, claro, da prova científica da ação de Deus –uma hipótese dos pesquisadores é que religiosidade sirva, por exemplo, para reforçar laços sociais, reduzindo a incidência de solidão e depressão e amenizando o estresse causado por doenças ou perdas. Três meta-análises (revisões científicas) já realizadas sobre o tema indicam que, após controle de variáveis como estado de saúde da pessoa, a frequência a serviços religiosos esteve associada a um aumento médio 37% na probabilidade de sobrevida em doenças como o câncer. O desafio é entender exatamente como isso acontece. Uma das explicações propostas é a ativação do chamado eixo "psiconeuroimunoendócrino", em que uma emoção positiva seria capaz de alterar a produção de hormônios que, por exemplo, reduziriam a pressão arterial. "O impacto da religião e espiritualidade sobre a mortalidade tem se mostrado maior que a maioria das intervenções, como o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial ou o uso de estatinas", afirma Alexander Moreira-Almeida, professor de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora. Um outro estudo recente publicado na revista "Cancer", da Sociedade Americana de Câncer, revisou dados obtidos com mais de 44 mil pacientes e concluiu que são os aspectos emotivos da espiritualidade e da religiosidade aqueles que mais trazem benefícios para a saúde física e mental de pacientes com a doença. O mesmo não acontece quando o paciente se dedica a meramente estudar ou pesquisar sobre a religião. EFEITO NEGATIVO Ao mesmo tempo, segundo Almeida, as crenças religiosas também podem atuar de modo negativo, quando enfatizam a culpa e a aceitação acrítica de ideias ou transferem responsabilidades. "Piores desfechos em saúde são observados quando há uma ênfase na culpa, punição, intolerância, abandono de tratamentos médicos. A existência de conflitos religiosos internos ao indivíduo ou em relação à sua comunidade religiosa também está associada a piores indicadores de saúde." Por essa razão, é importante que os profissionais tenham em conta a dupla natureza da religião e espiritualidade, segundo Kenneth Pargament, professor de psicologia clínica na Bowling Green State University (Ohio). "Elas [religião e espiritualidade] podem ser recursos vitais para a saúde e bem-estar, mas eles também podem ser fontes de perigo", diz ele, que esteve no Brasil neste mês falando sobre o assunto no início do mês no Congresso Brasileiro de Psiquiatria. Ele lembra que, por muitos anos, psicólogos e psiquiatras evitaram a religião e a espiritualidade na prática clínica. Entre as razões, estaria a antipatia pela religião que sempre houve entre os ícones da psicologia, como Sigmund Freud. Para Pargament, é importante a compreensão de que a religião e a espiritualidade são entrelaçadas no comportamento humano e que os profissionais precisam estar preparados para avaliar e abordar questões que surjam no tratamento. "Para muitas pessoas, a religião e a espiritualidade são recursos-chave que podem facilitar o seu crescimento. Para outros, são fontes de problemas que precisam ser abordadas durante o tratamento. Isso precisa ser compreendido pelos profissionais de saúde." Entre as técnicas que estão sendo estudadas para essa abordagem estão programas, por exemplo, para ajudar pessoas divorciadas a lidar com amargura e raiva, ou vítimas de abuso sexual e mulheres com distúrbios alimentares. - ESTUDOS SOBRE FÉ, ESPIRITUALIDADE E SAÚDE Religião, espiritualidade e saúde física em pacientes com câncer > Publicação: 2015, no periódico "Cancer" > Resumo: A meta-análise congregou resultados obtidos com mais de 32 mil pacientes para concluir que a saúde física dos pacientes com câncer melhora com a experiência de religiosidade ou de espiritualidade. Isso ocorre mais pela relação emotiva do que por aquela mais racional com a religião/espiritualidade. Caminhos distintos entre Religiosidade, Espiritualidade e Saúde > Publicação: 2014, no periódico "Circulation" > Resumo: Os autores do estudo propõem separar os efeitos na saúde física que poderiam ser atribuídos à religião e os que poderiam ser atribuídos à espiritualidade. A proposta é que a religião poderia fomentar hábitos saudáveis, enquanto a espiritualidade traria melhor equilíbrio emocional Doenças mentais, religião e espiritualidade > Publicação: 2013, no periódico "Journal of Religion and Health" > Resumo: A meta-análise analisou 43 estudos do período entre 1990 e 2010 e viu que 72% deles mostram resultados positivos entre a dimensão espiritual/religiosa e a saúde física, especialmente para demência, depressão e dependência química. A Esquizofrenia e o transtorno bipolar não são afetados
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Britânicos e brasileiros criam obra imersiva com imagens de SP captadas em 360 graus
MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO Quem assiste ao vídeo "In the Eyes of the Animals" (nos olhos dos animais) tem a sensação de se transformar em diversos bichos. Com o auxílio de óculos, fone de ouvido e um colete que vibra, o trabalho de realidade virtual do coletivo de arte britânico MLF (Marshmallow Laser Feast) recria, por exemplo, o voo de uma libélula sobre uma floresta, simulando visão e experiência em primeira pessoa. Um trabalho desenvolvido com técnica semelhante fora criado pelo MLF na capital paulista, em março deste ano. Intitulado "Dividing Lines" (linhas divisórias), o vídeo nasceu a partir de um workshop realizado pelo Sesi-SP e pelo British Council. O grupo saiu por São Paulo com 13 artistas brasileiros para captar imagens com um dispositivo de escaneamento em 360 graus. Depois, as cenas foram recriadas no computador para se tornarem tridimensionais e imersivas. A produção integra a mostra "Vestígios Paulistanos - Poética da Metrópole Distraída", que estreia na Galeria de Arte Digital Sesi-SP na sexta (30). "Basicamente, o conceito é apresentar histórias, contrastes e mundos que são separados apenas por paredes", explica Barney Steel, cofundador e diretor do coletivo do qual também fazem parte Robin McNicholas, Ersinhan Ersin e Eleanor Whitley. Além desta, outras três obras de artistas nacionais compõem a exposição: "Zonas de Indiscernibilidade", "Fragmentos" e "Contemplação do Invisível". Em comum, elas lançam olhares distintos a aspectos que os artistas avaliam serem pouco evidentes em São Paulo. O público poderá interagir com as obras no espaço montado na alameda das Flores, em frente ao edifício do Sesi. Galeria de Arte Digital Sesi-SP. Av. Paulista, 1.313, Bela Vista, região central, tel. 3146-7406. Seg. a dom.: 20h às 22h. Abertura: sexta, 30/9. Até 15/11. Livre
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Britânicos e brasileiros criam obra imersiva com imagens de SP captadas em 360 grausMARIANA MARINHO DE SÃO PAULO Quem assiste ao vídeo "In the Eyes of the Animals" (nos olhos dos animais) tem a sensação de se transformar em diversos bichos. Com o auxílio de óculos, fone de ouvido e um colete que vibra, o trabalho de realidade virtual do coletivo de arte britânico MLF (Marshmallow Laser Feast) recria, por exemplo, o voo de uma libélula sobre uma floresta, simulando visão e experiência em primeira pessoa. Um trabalho desenvolvido com técnica semelhante fora criado pelo MLF na capital paulista, em março deste ano. Intitulado "Dividing Lines" (linhas divisórias), o vídeo nasceu a partir de um workshop realizado pelo Sesi-SP e pelo British Council. O grupo saiu por São Paulo com 13 artistas brasileiros para captar imagens com um dispositivo de escaneamento em 360 graus. Depois, as cenas foram recriadas no computador para se tornarem tridimensionais e imersivas. A produção integra a mostra "Vestígios Paulistanos - Poética da Metrópole Distraída", que estreia na Galeria de Arte Digital Sesi-SP na sexta (30). "Basicamente, o conceito é apresentar histórias, contrastes e mundos que são separados apenas por paredes", explica Barney Steel, cofundador e diretor do coletivo do qual também fazem parte Robin McNicholas, Ersinhan Ersin e Eleanor Whitley. Além desta, outras três obras de artistas nacionais compõem a exposição: "Zonas de Indiscernibilidade", "Fragmentos" e "Contemplação do Invisível". Em comum, elas lançam olhares distintos a aspectos que os artistas avaliam serem pouco evidentes em São Paulo. O público poderá interagir com as obras no espaço montado na alameda das Flores, em frente ao edifício do Sesi. Galeria de Arte Digital Sesi-SP. Av. Paulista, 1.313, Bela Vista, região central, tel. 3146-7406. Seg. a dom.: 20h às 22h. Abertura: sexta, 30/9. Até 15/11. Livre
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Fórum Desmatamento Zero terá inscrições gratuitas e vagas limitadas
O Fórum Desmatamento Zero, que será realiza pela Folha nos dias 21 e 22 de setembro, com o apoio da Clua (Climate and Land Use Alliance), e que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele, terá inscrição gratuita, mas as vagas serão limitadas. Os debates e palestras acontecerão no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800 777 0360 ou pelo endereço de e-mail [email protected].
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Fórum Desmatamento Zero terá inscrições gratuitas e vagas limitadasO Fórum Desmatamento Zero, que será realiza pela Folha nos dias 21 e 22 de setembro, com o apoio da Clua (Climate and Land Use Alliance), e que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele, terá inscrição gratuita, mas as vagas serão limitadas. Os debates e palestras acontecerão no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800 777 0360 ou pelo endereço de e-mail [email protected].
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Morre Carl Djerassi, o pai da pílula anticoncepcional, anos 91 anos
Carl Djerassi, o eminente químico que há 63 anos mudou o mundo sintetizando o ingrediente chave para o contraceptivo oral conhecido como "a pílula", morreu na sexta-feira (30) em sua casa em San Francisco. Ele tinha 91 anos. Seu filho, Dale, disse que a causa da morte foram complicações de câncer de fígado e ósseo. Dr. Djerassi chegou aos EUA após a Segunda Guerra Mundial assolar a Europa: um menino de 16 anos, refugiado austríaco judeu que, com sua mãe, perdeu os últimos US$ 20 com um golpe de um taxista de Nova York. Ele escreveu a Eleanor Roosevelt pedindo ajuda, e obteve uma bolsa de estudos. Foi uma pequena ajuda que fez uma grande diferença. Dr. Djerassi escreveu livros, peças de teatro e 1.200 artigos científicos; lecionou em universidades durante cinco décadas, criou uma colônia de artistas na Califórnia, e obteve uma patente no primeiro anti-histamínico. Seus trabalhos sobre a ciência do controle de natalidade geraram controvérsias e mudanças sociais, alterando as práticas sexuais e comportamentos reprodutivos, a economia da família e a vida profissional de milhões de mulheres em todo o mundo. Embora nunca tenha sido um nome familiar, Dr. Djerassi foi muitas vezes chamado "o pai da pílula". Mas era um exagero. Ele não inventou a pílula anticoncepcional comercial; era apenas um de vários cientistas que trabalharam por décadas e que foram pioneiros das bases químicas do que se tornaria a pílula. E, no mesmo dia da descoberta, ele foi um dos dois químicos que trabalharam com um aluno em um pequeno laboratório farmacêutico na Cidade do México que primeiro sintetizou uma progestina chamado norethindrone, que se tornou o principal ingrediente da pílula. Foi no dia 15 de outubro de 1951 –uma daquelas datas registradas para a posteridade– um ano antes da criação de compostos semelhantes. Os cientistas há muito sabiam que os altos níveis de estrogênio e progesterona inibem a ovulação. Mas sintetizá-los a partir de extratos de origem animal ou vegetal se provou caro e ineficaz para uso como contraceptivos orais. A síntese por Dr. Djerassi e seu colega, Dr. George Rosenkranz e o aluno, Luis E. Miramontes tornou o uso oral economicamente viável e eficaz. Todos os três nomes constaram na patente. Primeiramente, a equipe considerou a descoberta um avanço para a fertilidade, não para o controle de natalidade. Embora o significado da pílula como um inibidora gravidez foi logo reconhecida, foram necessários cinco anos de ensaios para demonstrar a sua relativa segurança e eficácia. Mesmo assim, as empresas farmacêuticas estavam relutantes em comercializar a pílula, temendo boicote de seus produtos por grupos religiosos e outros que se opunham ao controle de natalidade. Na década de 1960, no entanto, a pílula –com base também no trabalho pioneiro de M. C. Chang, Gregory G. Pincus, John Rock e outros, e tecnicamente conhecido como a pílula anticoncepcional– foi desenvolvida e comercializada por várias empresas farmacêuticas. Entre elas a Syntex, onde o Dr. Djerassi e seus colegas haviam trabalhado. O uso da pílula se espalhou rapidamente e produziu grandes efeitos econômicos e sociais. Ele deu às mulheres controle sem precedentes sobre a fertilidade ao separar o sexo da procriação. Permitiu a casais planejarem a gravidez e controlar o tamanho da família e às mulheres planejar a formação educacional e a carreira. O uso também gerou debates sobre a promiscuidade e sobre a moralidade do controle de natalidade. A Igreja Católica, em particular, enfatizou sua proibição sobre a contracepção artificial. Ao longo dos anos, o Dr. Djerassi palestrou para promover a pílula e enfrentou controvérsias sobre possíveis efeitos colaterais, incluindo aumento do risco de coágulos de sangue, câncer e sangramento excessivo durante a menstruação. Ele rejeitou tais alegações, mas as doses de estrogênio e progesterona da pílula foram posteriormente reduzidas para reduzir o risco de efeitos colaterais. A pílula tornou o Dr. Djerassi rico e uma espécie de celebridade. Ele alternava entre as atividades de professor de química, empresário de controle de insetos, colecionador de arte, um fazendeiro, autor de romances de ciência e livros de não ficção, poeta, dramaturgo e fundador de uma colônia de artistas. "Sim, eu tenho orgulho de ser chamado de pai da pílula", disse em 2000. "Mas identificar os cientistas é realmente apenas uma fachada para a identificação das invenções ou descobertas. Talvez seja verdade que as peças de Shakespeare nunca teriam sido escritas, se não fosse por Shakespeare. Mas estou certo de que se nós não tivéssemos feito o nosso trabalho, alguém teria vindo logo depois e realizado." HISTÓRIA Carl Djerassi nasceu em Viena em 29 de outubro de 1923, filho de Samuel e Alice Friedmann Djerassi. Seus pais eram médicos que se divorciaram quando ele tinha 6 anos. Era um aluno brilhante, frequentou escolas em Viena, e passava o verão em Sófia, Bulgária, onde seu pai especialista no tratamento de doenças venéreas antes da penicilina. Em 1938, quando a Alemanha nazista anexou a Áustria e 70.000 judeus e comunistas austríacos foram rapidamente cercados, o patriarca Dr. Djerassi retornou a Viena e se casou novamente sua esposa, a fim de levá-la e também Carl para fora do país. O casamento foi logo anulado, e Carl e sua mãe tomaram o seu caminho para os Estados Unidos em 1939, estabelecendo-se no interior de Nova York, onde sua mãe trabalhava em um consultório médico. Seu pai emigrou para os Estados Unidos em 1949. Com uma bolsa de estudos organizada pela intercessão de Eleanor Roosevelt, Carl passou brevemente por Tarkio College, em Missouri, e em seguida obteve o grau de bacharel com honras em química na Kenyon College em Ohio, em 1942, quando não tinha nem 19 anos. Em 1945, obteve o doutorado na Universidade de Wisconsin e se tornou um cidadão americano naturalizado. Nos quatro anos seguintes, o Dr. Djerassi foi químico da Ciba, empresa farmacêutica suíça em Nova Jersey, onde ele recebeu uma patente para o desenvolvimento de Pyribenzamine (tripelenamina), o primeiro anti-histamínico comercial. CASAMENTOS E FAMÍLIA Seu casamento com Virginia Jeremiah terminou em divórcio em 1950. Ele e Norma Lundholm se casaram naquele mesmo ano e tiveram um filho, Dale, e uma filha, Pamela, que cometeu suicídio em 1978. Esse casamento acabou em divórcio em 1976. Diane Middlebrook, com quem se casou em 1985, morreu em 2007. Além de seu filho, ele deixa uma enteada, Leah Middlebrook, e um neto, Alexander Djerassi. Em 1949, Dr. Djerassi tornou-se diretor associado de pesquisa da Syntex na Cidade do México, onde estudou os usos de cortisona, assim como distúrbios menstruais e câncer. Depois de seu trabalho inovador no primeiro contraceptivo oral sintético, ele se tornou um professor de química na Wayne State University, em Detroit, em 1952. Em 1959, ele se juntou ao corpo docente da Universidade de Stanford, onde lecionou até se aposentar em 2002. Em 1959, ele também se tornou presidente da Syntex Laboratories na Cidade do México e Palo Alto, Califórnia, o que o fez rico. Em Woodside, perto de Palo Alto, ele comprou 1.200 hectares, montou uma fazenda de gado e começou a colecionar obras de arte, principalmente pinturas de Paul Klee, suíço-alemão expressionista. Em 1968, Dr. Djerassi fundou a Zoecon, empresa que desenvolveu controles de insetos com uso de hormônios de crescimento de insetos modificados para evitar metamorfoses de larvas à pupa e à fase adulta. Em 1979, após a morte de sua filha, que era uma artista, Dr. Djerassi transformou metade de sua fazenda de gado em uma colônia de artistas com abrigo e estúdios para dezenas de artistas visuais e performáticos, escritores, dramaturgos, coreógrafos e compositores. Dr. Djerassi escreveu muitos livros sobre temas científicos, incluindo óptica, esteróides e a pílula; um livro sobre a política de contracepção; e várias memórias, incluindo uma publicada no ano passado, "Em Retrospectiva: da Pílula para a Caneta". A partir do final dos anos 1980, ele também escreveu romances, incluindo o que ele chamou de "ciência-em-ficção", que incidiu sobre a ética de pesquisa científica moderna e os conflitos que os cientistas enfrentam na sua busca de conhecimento e reconhecimento. Ele também escreveu uma série de peças que foram produzidas na Europa, Ásia e América. Dr. Djerassi, que também tinha casas em Viena e Londres, recebeu 34 doutorados honorários e um grande número de prêmios profissionais e governamentais, incluindo a National Medal of Science (química), a maior honraria da ciência do país, conferida pelo presidente Richard M. Nixon em 1973, e a Medalha Nacional de Tecnologia e Inovação, a mais alta condecoração em tecnologia do país, conferida pelo presidente George W. Bush em 1991.
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Morre Carl Djerassi, o pai da pílula anticoncepcional, anos 91 anosCarl Djerassi, o eminente químico que há 63 anos mudou o mundo sintetizando o ingrediente chave para o contraceptivo oral conhecido como "a pílula", morreu na sexta-feira (30) em sua casa em San Francisco. Ele tinha 91 anos. Seu filho, Dale, disse que a causa da morte foram complicações de câncer de fígado e ósseo. Dr. Djerassi chegou aos EUA após a Segunda Guerra Mundial assolar a Europa: um menino de 16 anos, refugiado austríaco judeu que, com sua mãe, perdeu os últimos US$ 20 com um golpe de um taxista de Nova York. Ele escreveu a Eleanor Roosevelt pedindo ajuda, e obteve uma bolsa de estudos. Foi uma pequena ajuda que fez uma grande diferença. Dr. Djerassi escreveu livros, peças de teatro e 1.200 artigos científicos; lecionou em universidades durante cinco décadas, criou uma colônia de artistas na Califórnia, e obteve uma patente no primeiro anti-histamínico. Seus trabalhos sobre a ciência do controle de natalidade geraram controvérsias e mudanças sociais, alterando as práticas sexuais e comportamentos reprodutivos, a economia da família e a vida profissional de milhões de mulheres em todo o mundo. Embora nunca tenha sido um nome familiar, Dr. Djerassi foi muitas vezes chamado "o pai da pílula". Mas era um exagero. Ele não inventou a pílula anticoncepcional comercial; era apenas um de vários cientistas que trabalharam por décadas e que foram pioneiros das bases químicas do que se tornaria a pílula. E, no mesmo dia da descoberta, ele foi um dos dois químicos que trabalharam com um aluno em um pequeno laboratório farmacêutico na Cidade do México que primeiro sintetizou uma progestina chamado norethindrone, que se tornou o principal ingrediente da pílula. Foi no dia 15 de outubro de 1951 –uma daquelas datas registradas para a posteridade– um ano antes da criação de compostos semelhantes. Os cientistas há muito sabiam que os altos níveis de estrogênio e progesterona inibem a ovulação. Mas sintetizá-los a partir de extratos de origem animal ou vegetal se provou caro e ineficaz para uso como contraceptivos orais. A síntese por Dr. Djerassi e seu colega, Dr. George Rosenkranz e o aluno, Luis E. Miramontes tornou o uso oral economicamente viável e eficaz. Todos os três nomes constaram na patente. Primeiramente, a equipe considerou a descoberta um avanço para a fertilidade, não para o controle de natalidade. Embora o significado da pílula como um inibidora gravidez foi logo reconhecida, foram necessários cinco anos de ensaios para demonstrar a sua relativa segurança e eficácia. Mesmo assim, as empresas farmacêuticas estavam relutantes em comercializar a pílula, temendo boicote de seus produtos por grupos religiosos e outros que se opunham ao controle de natalidade. Na década de 1960, no entanto, a pílula –com base também no trabalho pioneiro de M. C. Chang, Gregory G. Pincus, John Rock e outros, e tecnicamente conhecido como a pílula anticoncepcional– foi desenvolvida e comercializada por várias empresas farmacêuticas. Entre elas a Syntex, onde o Dr. Djerassi e seus colegas haviam trabalhado. O uso da pílula se espalhou rapidamente e produziu grandes efeitos econômicos e sociais. Ele deu às mulheres controle sem precedentes sobre a fertilidade ao separar o sexo da procriação. Permitiu a casais planejarem a gravidez e controlar o tamanho da família e às mulheres planejar a formação educacional e a carreira. O uso também gerou debates sobre a promiscuidade e sobre a moralidade do controle de natalidade. A Igreja Católica, em particular, enfatizou sua proibição sobre a contracepção artificial. Ao longo dos anos, o Dr. Djerassi palestrou para promover a pílula e enfrentou controvérsias sobre possíveis efeitos colaterais, incluindo aumento do risco de coágulos de sangue, câncer e sangramento excessivo durante a menstruação. Ele rejeitou tais alegações, mas as doses de estrogênio e progesterona da pílula foram posteriormente reduzidas para reduzir o risco de efeitos colaterais. A pílula tornou o Dr. Djerassi rico e uma espécie de celebridade. Ele alternava entre as atividades de professor de química, empresário de controle de insetos, colecionador de arte, um fazendeiro, autor de romances de ciência e livros de não ficção, poeta, dramaturgo e fundador de uma colônia de artistas. "Sim, eu tenho orgulho de ser chamado de pai da pílula", disse em 2000. "Mas identificar os cientistas é realmente apenas uma fachada para a identificação das invenções ou descobertas. Talvez seja verdade que as peças de Shakespeare nunca teriam sido escritas, se não fosse por Shakespeare. Mas estou certo de que se nós não tivéssemos feito o nosso trabalho, alguém teria vindo logo depois e realizado." HISTÓRIA Carl Djerassi nasceu em Viena em 29 de outubro de 1923, filho de Samuel e Alice Friedmann Djerassi. Seus pais eram médicos que se divorciaram quando ele tinha 6 anos. Era um aluno brilhante, frequentou escolas em Viena, e passava o verão em Sófia, Bulgária, onde seu pai especialista no tratamento de doenças venéreas antes da penicilina. Em 1938, quando a Alemanha nazista anexou a Áustria e 70.000 judeus e comunistas austríacos foram rapidamente cercados, o patriarca Dr. Djerassi retornou a Viena e se casou novamente sua esposa, a fim de levá-la e também Carl para fora do país. O casamento foi logo anulado, e Carl e sua mãe tomaram o seu caminho para os Estados Unidos em 1939, estabelecendo-se no interior de Nova York, onde sua mãe trabalhava em um consultório médico. Seu pai emigrou para os Estados Unidos em 1949. Com uma bolsa de estudos organizada pela intercessão de Eleanor Roosevelt, Carl passou brevemente por Tarkio College, em Missouri, e em seguida obteve o grau de bacharel com honras em química na Kenyon College em Ohio, em 1942, quando não tinha nem 19 anos. Em 1945, obteve o doutorado na Universidade de Wisconsin e se tornou um cidadão americano naturalizado. Nos quatro anos seguintes, o Dr. Djerassi foi químico da Ciba, empresa farmacêutica suíça em Nova Jersey, onde ele recebeu uma patente para o desenvolvimento de Pyribenzamine (tripelenamina), o primeiro anti-histamínico comercial. CASAMENTOS E FAMÍLIA Seu casamento com Virginia Jeremiah terminou em divórcio em 1950. Ele e Norma Lundholm se casaram naquele mesmo ano e tiveram um filho, Dale, e uma filha, Pamela, que cometeu suicídio em 1978. Esse casamento acabou em divórcio em 1976. Diane Middlebrook, com quem se casou em 1985, morreu em 2007. Além de seu filho, ele deixa uma enteada, Leah Middlebrook, e um neto, Alexander Djerassi. Em 1949, Dr. Djerassi tornou-se diretor associado de pesquisa da Syntex na Cidade do México, onde estudou os usos de cortisona, assim como distúrbios menstruais e câncer. Depois de seu trabalho inovador no primeiro contraceptivo oral sintético, ele se tornou um professor de química na Wayne State University, em Detroit, em 1952. Em 1959, ele se juntou ao corpo docente da Universidade de Stanford, onde lecionou até se aposentar em 2002. Em 1959, ele também se tornou presidente da Syntex Laboratories na Cidade do México e Palo Alto, Califórnia, o que o fez rico. Em Woodside, perto de Palo Alto, ele comprou 1.200 hectares, montou uma fazenda de gado e começou a colecionar obras de arte, principalmente pinturas de Paul Klee, suíço-alemão expressionista. Em 1968, Dr. Djerassi fundou a Zoecon, empresa que desenvolveu controles de insetos com uso de hormônios de crescimento de insetos modificados para evitar metamorfoses de larvas à pupa e à fase adulta. Em 1979, após a morte de sua filha, que era uma artista, Dr. Djerassi transformou metade de sua fazenda de gado em uma colônia de artistas com abrigo e estúdios para dezenas de artistas visuais e performáticos, escritores, dramaturgos, coreógrafos e compositores. Dr. Djerassi escreveu muitos livros sobre temas científicos, incluindo óptica, esteróides e a pílula; um livro sobre a política de contracepção; e várias memórias, incluindo uma publicada no ano passado, "Em Retrospectiva: da Pílula para a Caneta". A partir do final dos anos 1980, ele também escreveu romances, incluindo o que ele chamou de "ciência-em-ficção", que incidiu sobre a ética de pesquisa científica moderna e os conflitos que os cientistas enfrentam na sua busca de conhecimento e reconhecimento. Ele também escreveu uma série de peças que foram produzidas na Europa, Ásia e América. Dr. Djerassi, que também tinha casas em Viena e Londres, recebeu 34 doutorados honorários e um grande número de prêmios profissionais e governamentais, incluindo a National Medal of Science (química), a maior honraria da ciência do país, conferida pelo presidente Richard M. Nixon em 1973, e a Medalha Nacional de Tecnologia e Inovação, a mais alta condecoração em tecnologia do país, conferida pelo presidente George W. Bush em 1991.
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Candidato precisou lidar com tempo e ter boa leitura no 3º dia da Unicamp
Quem fez o terceiro dia da segunda fase da Unicamp, nesta terça (19), encontrou uma prova com temas diversificados, mas teve de lidar com o tempo para ter boa interpretação da prova, principalmente em biologia, segundo professores de cursinhos. A avaliação, que encerrou o vestibular de 2016, contou não só com questões de biologia, mas também com química e física. Na avaliação geral dos professores, o nível da prova foi de médio para difícil, mas nenhuma das matérias apresentou em sua resolução excesso de cálculos. A abstenção geral do terceiro dia foi de 15,6% –um pouco maior do que aquela registrada no ano anterior (12,3%). 13.379 candidatos compareceram, e a versão completa do exame está no site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares), responsável pela prova. As perguntas de biologia foram de nível mais elevado, segundo Luiz Carlos Bellinello, diretor do curso Objetivo. "A tendência foi de interdisciplinaridade, o estudante precisou ter bom conhecimento não só da biologia, mas da química e da física". Já para o professor Ronaldo Carilho, supervisor do Anglo, as questões da disciplina foram mais difíceis do que anos anteriores. "Não caiu genética, uma tônica de outros vestibulares", afirmou. Já a prova de física teve uma surpresa curiosa, de acordo com Edmilson Motta, coordenador do Etapa. Uma das questões, que abordou o cálculo de velocidade escalar média tinha um enunciado de outra pergunta da Fuvest deste ano. "Nunca havia visto algo parecido no mesmo ano", disse. Todas as informações que não faziam parte são fornecidas ao aluno e não houve uma grande uma grande mudança a anos anteriores em física, para o professor Carrilho. As questões de química não contaram com perguntas sobre orgânica. Para os professores Motta e Bellinello, a prova foi clássica e acessível, e apresentou bastante contextualização nos enunciados. "Não houve uma questão interdisciplinar em química, e a prova contou com uma questão de cálculos estequiométricos", completou Carilho". A lista com os aprovados na primeira chamada será no dia 12 de fevereiro, no portal da Comvest.
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Candidato precisou lidar com tempo e ter boa leitura no 3º dia da UnicampQuem fez o terceiro dia da segunda fase da Unicamp, nesta terça (19), encontrou uma prova com temas diversificados, mas teve de lidar com o tempo para ter boa interpretação da prova, principalmente em biologia, segundo professores de cursinhos. A avaliação, que encerrou o vestibular de 2016, contou não só com questões de biologia, mas também com química e física. Na avaliação geral dos professores, o nível da prova foi de médio para difícil, mas nenhuma das matérias apresentou em sua resolução excesso de cálculos. A abstenção geral do terceiro dia foi de 15,6% –um pouco maior do que aquela registrada no ano anterior (12,3%). 13.379 candidatos compareceram, e a versão completa do exame está no site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares), responsável pela prova. As perguntas de biologia foram de nível mais elevado, segundo Luiz Carlos Bellinello, diretor do curso Objetivo. "A tendência foi de interdisciplinaridade, o estudante precisou ter bom conhecimento não só da biologia, mas da química e da física". Já para o professor Ronaldo Carilho, supervisor do Anglo, as questões da disciplina foram mais difíceis do que anos anteriores. "Não caiu genética, uma tônica de outros vestibulares", afirmou. Já a prova de física teve uma surpresa curiosa, de acordo com Edmilson Motta, coordenador do Etapa. Uma das questões, que abordou o cálculo de velocidade escalar média tinha um enunciado de outra pergunta da Fuvest deste ano. "Nunca havia visto algo parecido no mesmo ano", disse. Todas as informações que não faziam parte são fornecidas ao aluno e não houve uma grande uma grande mudança a anos anteriores em física, para o professor Carrilho. As questões de química não contaram com perguntas sobre orgânica. Para os professores Motta e Bellinello, a prova foi clássica e acessível, e apresentou bastante contextualização nos enunciados. "Não houve uma questão interdisciplinar em química, e a prova contou com uma questão de cálculos estequiométricos", completou Carilho". A lista com os aprovados na primeira chamada será no dia 12 de fevereiro, no portal da Comvest.
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Ainda nas cordas
Centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (16) para protestar contra o governo Dilma Rousseff (PT). Criticando a administração federal, condenando a corrupção, execrando Lula e o PT ou pedindo o afastamento da presidente, os manifestantes se reuniram em pelo menos 120 cidades. Não eram tantos quanto no dia 15 de março, quando o maior ato, na avenida Paulista (São Paulo), atraiu 210 mil pessoas, de acordo com medição do Datafolha. Mas os 135 mil que, segundo o instituto, se aglomeraram desta vez no mesmo local constituem, ainda assim, multidão bastante expressiva sob qualquer perspectiva –basta lembrar, por exemplo, que no dia 12 de abril se contaram 100 mil manifestantes. Sem que tenham sido os maiores, mas sem que tenham perdido força, os protestos deste 16 de agosto não parecem destinados a provocar mudanças no atual ritmo da crise política. Se mantêm Dilma nas cordas, não a nocauteiam –pelo menos não por enquanto. Ainda muito pressionada e tendo três anos e três meses de governo adiante, a presidente mais impopular da nossa história começou nos últimos dias um atabalhoado diálogo com variados setores da sociedade. Ao país não interessa que essas conversas resultem em conchavos ou acordões por baixo dos panos –e a cobrança das ruas sem dúvida inibirá movimentações nessa vergonhosa direção. Interessa, contudo, que se apresentem soluções para a crise brasileira, que não se resume a uma recessão na economia e a um desarranjo na coalizão parlamentar. O que há de relevante no governo Dilma são as providências econômicas propostas, negociadas e implementadas parcialmente pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Trabalhos, porém, que também se limitam à administração de emergência dos imensos problemas gestados de 2011 a 2014. As solicitações de apoio e o novo fôlego que o PMDB parece disposto a oferecer devem ter como contraparte um plano de reformas. Trata-se de um novo pacto, um reconhecimento de que é preciso reorganizar o governo em outros termos, pois as ações do primeiro mandato de Dilma, seu programa eleitoral e a base política que mal e mal o sustentavam se esfarelaram. Não se trata de dizer apenas que a presidente precisa reconhecer seus erros ou fazer um "mea culpa" público –isso não basta. Dilma Rousseff precisa governar com a nova coalizão que procura formar e em resposta a uma realidade econômica dramática. Suas palavras não podem ser oportunistas ou vazias. [email protected]
opiniao
Ainda nas cordasCentenas de milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (16) para protestar contra o governo Dilma Rousseff (PT). Criticando a administração federal, condenando a corrupção, execrando Lula e o PT ou pedindo o afastamento da presidente, os manifestantes se reuniram em pelo menos 120 cidades. Não eram tantos quanto no dia 15 de março, quando o maior ato, na avenida Paulista (São Paulo), atraiu 210 mil pessoas, de acordo com medição do Datafolha. Mas os 135 mil que, segundo o instituto, se aglomeraram desta vez no mesmo local constituem, ainda assim, multidão bastante expressiva sob qualquer perspectiva –basta lembrar, por exemplo, que no dia 12 de abril se contaram 100 mil manifestantes. Sem que tenham sido os maiores, mas sem que tenham perdido força, os protestos deste 16 de agosto não parecem destinados a provocar mudanças no atual ritmo da crise política. Se mantêm Dilma nas cordas, não a nocauteiam –pelo menos não por enquanto. Ainda muito pressionada e tendo três anos e três meses de governo adiante, a presidente mais impopular da nossa história começou nos últimos dias um atabalhoado diálogo com variados setores da sociedade. Ao país não interessa que essas conversas resultem em conchavos ou acordões por baixo dos panos –e a cobrança das ruas sem dúvida inibirá movimentações nessa vergonhosa direção. Interessa, contudo, que se apresentem soluções para a crise brasileira, que não se resume a uma recessão na economia e a um desarranjo na coalizão parlamentar. O que há de relevante no governo Dilma são as providências econômicas propostas, negociadas e implementadas parcialmente pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Trabalhos, porém, que também se limitam à administração de emergência dos imensos problemas gestados de 2011 a 2014. As solicitações de apoio e o novo fôlego que o PMDB parece disposto a oferecer devem ter como contraparte um plano de reformas. Trata-se de um novo pacto, um reconhecimento de que é preciso reorganizar o governo em outros termos, pois as ações do primeiro mandato de Dilma, seu programa eleitoral e a base política que mal e mal o sustentavam se esfarelaram. Não se trata de dizer apenas que a presidente precisa reconhecer seus erros ou fazer um "mea culpa" público –isso não basta. Dilma Rousseff precisa governar com a nova coalizão que procura formar e em resposta a uma realidade econômica dramática. Suas palavras não podem ser oportunistas ou vazias. [email protected]
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Financiamento, consórcio e leilão ajudam na compra da casa própria
Quem quiser aproveitar os descontos oferecidos por construtoras e imobiliárias para comprar um imóvel novo -ou mesmo adquirir um usado- precisa avaliar se, mesmo com a oferta, o preço cabe mesmo no bolso. O preço médio do metro quadrado de um apartamento novo de três quartos em São Paulo era de R$ 9.051 no terceiro trimestre, segundo levantamento da consultoria Geoimovel. Portanto, um imóvel de 80 m² teria preço médio de R$ 724 mil. Os bancos costumam financiar de 70% a 80% do valor. Quanto maior for o valor da entrada, menor será o custo do financiamento, e maiores as chances de se obter um desconto -que aumentam se a entrada for de pelo menos metade do preço total. COMO ESCOLHER UM IMÓVEL Além desse valor, porém, o comprador precisa ter dinheiro para os custos extras de cartório e com impostos. Por causa da crise, as instituições financeiras estão mais restritivas para conceder empréstimo, o que pode encarecer o financiamento -além dos juros, as parcelas embutem seguro obrigatório. A dica, portanto, é pesquisar. Caso o interessado ainda não tenha o mínimo para pagar a entrada, ou queira juntar mais dinheiro para tentar um desconto melhor, o planejamento passa pela escolha de uma aplicação que ajude a acumular recursos. Especialistas indicam a renda fixa, como títulos públicos que acompanhem a taxa de juros (Tesouro Selic) e CDBs (papéis emitidos por instituições financeiras) pós-fixados, para evitar perdas ou oscilações de curto prazo. Enquanto isso, a planejadora Paula Sauer recomenda que o futuro comprador alugue um imóvel que atenda às necessidades, sem exageros. "Em vez de alugar o imóvel dos sonhos, deixo o dinheiro aplicado e alugo um apartamento de acordo com a vida que tenho hoje, perto de onde trabalho e com um quarto, em vez de dois ou três." Se organização e disciplina forem um problema, o consórcio pode ajudar, embora tenha taxa de administração. "É importante para quem tem dificuldade de poupar", diz Marcelo Prata, do Canal do Crédito. "É um custo que você vai ter para alguém mandar o boleto e pela chance de ser sorteado antes do prazo." Se for sorteado ou se der o maior lance, o cliente recebe uma carta de crédito no valor contratado -que pode ter mudado, considerando a inflação no período. CUIDADOS NA HORA DE ALUGAR LEILÃO Outra opção é tentar um leilão. O número de imóveis leiloados por falta de pagamento dos mutuários saltou 53,8% de 2014 a 2015, segundo a Caixa Econômica. Muitos chegam a ser oferecidos por metade do preço, mas nem sempre é um bom negócio, diz Paula Sauer. É preciso analisar as condições do bem, custo de eventuais reformas e as exigências do leilão -alguns não aceitam pagamento longo, por exemplo-, além de dívidas, como condomínio e IPTU. Existe também uma comissão ao leiloeiro. Uma situação que deve ser contemplada é se o ex-morador continua no apartamento. Se for o caso, deve-se incluir na conta os custos de uma ação judicial, que pode durar de um a dois anos para ser concluída -e não necessariamente a favor do comprador, diz o advogado Marcelo Tapai. Como comprar um imóvel
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Financiamento, consórcio e leilão ajudam na compra da casa própriaQuem quiser aproveitar os descontos oferecidos por construtoras e imobiliárias para comprar um imóvel novo -ou mesmo adquirir um usado- precisa avaliar se, mesmo com a oferta, o preço cabe mesmo no bolso. O preço médio do metro quadrado de um apartamento novo de três quartos em São Paulo era de R$ 9.051 no terceiro trimestre, segundo levantamento da consultoria Geoimovel. Portanto, um imóvel de 80 m² teria preço médio de R$ 724 mil. Os bancos costumam financiar de 70% a 80% do valor. Quanto maior for o valor da entrada, menor será o custo do financiamento, e maiores as chances de se obter um desconto -que aumentam se a entrada for de pelo menos metade do preço total. COMO ESCOLHER UM IMÓVEL Além desse valor, porém, o comprador precisa ter dinheiro para os custos extras de cartório e com impostos. Por causa da crise, as instituições financeiras estão mais restritivas para conceder empréstimo, o que pode encarecer o financiamento -além dos juros, as parcelas embutem seguro obrigatório. A dica, portanto, é pesquisar. Caso o interessado ainda não tenha o mínimo para pagar a entrada, ou queira juntar mais dinheiro para tentar um desconto melhor, o planejamento passa pela escolha de uma aplicação que ajude a acumular recursos. Especialistas indicam a renda fixa, como títulos públicos que acompanhem a taxa de juros (Tesouro Selic) e CDBs (papéis emitidos por instituições financeiras) pós-fixados, para evitar perdas ou oscilações de curto prazo. Enquanto isso, a planejadora Paula Sauer recomenda que o futuro comprador alugue um imóvel que atenda às necessidades, sem exageros. "Em vez de alugar o imóvel dos sonhos, deixo o dinheiro aplicado e alugo um apartamento de acordo com a vida que tenho hoje, perto de onde trabalho e com um quarto, em vez de dois ou três." Se organização e disciplina forem um problema, o consórcio pode ajudar, embora tenha taxa de administração. "É importante para quem tem dificuldade de poupar", diz Marcelo Prata, do Canal do Crédito. "É um custo que você vai ter para alguém mandar o boleto e pela chance de ser sorteado antes do prazo." Se for sorteado ou se der o maior lance, o cliente recebe uma carta de crédito no valor contratado -que pode ter mudado, considerando a inflação no período. CUIDADOS NA HORA DE ALUGAR LEILÃO Outra opção é tentar um leilão. O número de imóveis leiloados por falta de pagamento dos mutuários saltou 53,8% de 2014 a 2015, segundo a Caixa Econômica. Muitos chegam a ser oferecidos por metade do preço, mas nem sempre é um bom negócio, diz Paula Sauer. É preciso analisar as condições do bem, custo de eventuais reformas e as exigências do leilão -alguns não aceitam pagamento longo, por exemplo-, além de dívidas, como condomínio e IPTU. Existe também uma comissão ao leiloeiro. Uma situação que deve ser contemplada é se o ex-morador continua no apartamento. Se for o caso, deve-se incluir na conta os custos de uma ação judicial, que pode durar de um a dois anos para ser concluída -e não necessariamente a favor do comprador, diz o advogado Marcelo Tapai. Como comprar um imóvel
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Congresso sente o cheiro das quentinhas de Curitiba
Um dos maiores problemas do Brasil é que nunca corruptos poderosos tiveram medo de cadeia. A reação cangaceira no Senado de Renan Calheiros (codinome "Justiça" na planilha de corrupção da Odebrecht) e na Câmara de Rodrigo Maia (o "Botafogo") contra a Lava Jato são tentativas desesperadas de voltar a esse passado. A Lava Jato é hoje o único elemento integrador do país depois das mentiras e da recessão de Dilma Rousseff, da posse de um Temer suspeito e de seu gabinete podre e das demonstrações de corporativismo retrógrado do Congresso, com um batalhão de clientes do departamento de "operações estruturadas" da Odebrecht. A ordem do ministro do Supremo Luiz Fux para que a Câmara volte à estaca zero na análise do pacote de dez medidas contra a corrupção desfigurado pelos parlamentares pode parecer intromissão na "independência" de um Legislativo dependente de uma empreiteira. Mas ela vai ao encontro do anseio das 2 milhões de assinaturas que apoiam as medidas. Assim como de outros milhões que protestaram nas ruas pela punição de corruptos e corruptores nos últimos meses. Hoje temos, entre outros, Sérgio Cabral, José Dirceu, Antonio Palocci, Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht presos. As provas contra eles até aqui se mostraram irrefutáveis. Renan "Justiça" ainda não foi condenado a nada. Mas age como se estivesse sentindo o cheiro das quentinhas ao querer intimidar os procuradores com tentativas de puni-los por abuso de poder. O projeto seria legítimo não fosse patrocinado pelo próprio Renan e agora. Quem não deve não deveria temer, certo? Denunciado na Lava Jato e alvo de outros 11 inquéritos diversos, o presidente do Senado tenta suas últimas cartadas para se proteger e angariar o apoio da turma de citados na operação. Nas próximas semanas assistiremos ao "espetáculo do desespero". Quando mais e mais delações mostrarem como uma empreiteira mandava no país financiando campanhas e a vida desses citados. Com sua dinâmica própria, apoio popular e dezenas de delatores já pegos no anzol, a Lava Jato mostra ser cada vez menos provável que protelações e esperneio geral livrem seus investigados. Assim como não livrou, no final, o chefe da gangue, Marcelo Odebrecht. Dizem que gênio solto jamais retorna à lâmpada. A Lava Jato está no caminho de confirmar essa regra. * A coluna sai do ar nos próximos meses por conta de uma temporada de estudos fora do país.
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Congresso sente o cheiro das quentinhas de CuritibaUm dos maiores problemas do Brasil é que nunca corruptos poderosos tiveram medo de cadeia. A reação cangaceira no Senado de Renan Calheiros (codinome "Justiça" na planilha de corrupção da Odebrecht) e na Câmara de Rodrigo Maia (o "Botafogo") contra a Lava Jato são tentativas desesperadas de voltar a esse passado. A Lava Jato é hoje o único elemento integrador do país depois das mentiras e da recessão de Dilma Rousseff, da posse de um Temer suspeito e de seu gabinete podre e das demonstrações de corporativismo retrógrado do Congresso, com um batalhão de clientes do departamento de "operações estruturadas" da Odebrecht. A ordem do ministro do Supremo Luiz Fux para que a Câmara volte à estaca zero na análise do pacote de dez medidas contra a corrupção desfigurado pelos parlamentares pode parecer intromissão na "independência" de um Legislativo dependente de uma empreiteira. Mas ela vai ao encontro do anseio das 2 milhões de assinaturas que apoiam as medidas. Assim como de outros milhões que protestaram nas ruas pela punição de corruptos e corruptores nos últimos meses. Hoje temos, entre outros, Sérgio Cabral, José Dirceu, Antonio Palocci, Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht presos. As provas contra eles até aqui se mostraram irrefutáveis. Renan "Justiça" ainda não foi condenado a nada. Mas age como se estivesse sentindo o cheiro das quentinhas ao querer intimidar os procuradores com tentativas de puni-los por abuso de poder. O projeto seria legítimo não fosse patrocinado pelo próprio Renan e agora. Quem não deve não deveria temer, certo? Denunciado na Lava Jato e alvo de outros 11 inquéritos diversos, o presidente do Senado tenta suas últimas cartadas para se proteger e angariar o apoio da turma de citados na operação. Nas próximas semanas assistiremos ao "espetáculo do desespero". Quando mais e mais delações mostrarem como uma empreiteira mandava no país financiando campanhas e a vida desses citados. Com sua dinâmica própria, apoio popular e dezenas de delatores já pegos no anzol, a Lava Jato mostra ser cada vez menos provável que protelações e esperneio geral livrem seus investigados. Assim como não livrou, no final, o chefe da gangue, Marcelo Odebrecht. Dizem que gênio solto jamais retorna à lâmpada. A Lava Jato está no caminho de confirmar essa regra. * A coluna sai do ar nos próximos meses por conta de uma temporada de estudos fora do país.
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Falha humana lidera causas de acidentes com a série King Air
As investigações da Aeronáutica sobre dez acidentes e incidentes graves ocorridos nos últimos dez anos com aviões King Air revelaram que, em sete dos casos, a falha humana esteve entre os principais fatores que contribuíram para a queda. Os acidentes e incidentes causaram a morte de nove pessoas ao todo. Os dez casos considerados pela Folha a partir dos relatórios do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes) são de aviões da mesma série C90. O avião em que Teori Zavascki e mais quatro pessoas morreram na quinta-feira (19) era um modelo C90GT. Dos dez casos ocorridos entre 2006 e 2015, seis eram C90A, três, C90 e outros dois, GTi. Há diferenças entre os modelos, mas são considerados da mesma "família" do turboélice fabricado pela empresa norte-americana Beechcraft. No mesmo período de dez anos, houve outros acidentes com King Air da série C90, como o ocorrido em janeiro de 2016 e que matou duas pessoas também próximo a Paraty (RJ). O relatório final sobre esse acidente, contudo, ainda não foi liberado pelo Cenipa. Nas investigações, o Cenipa faz uma análise sobre os fatores que contribuíram para o acidente e lista recomendações para evitar repetição dos erros. Os relatórios analisam os fatores humanos, materiais, concernentes à aeronave, e os relativos aos órgãos de tráfego aéreo. * OS ACIDENTES COM O KING AIR Centro de investigação da Aeronáutica aponta falha humana em quedas do King Air Data: 15.mai.2006 || O que houve: Em pouso de emergência com um motor inoperante, a aeronave ultrapassou os limites da pista e caiu em um barranco Ocupantes: 1 piloto e 7 passageiros Mortes: 0 Origem: Campo de Marte (SP) Destino: Ribeirão Preto (SP) Causas apontadas: avaria em palheta de motor Recomendação: melhorias em manutenção * Data: 13.jun.2009 O que houve: Em aproximação final para pouso, avião tocou em monte de terra e chocou-se contra um carro. Piloto relatou chuva Ocupantes: 1 piloto e 2 passageiros Mortes: 0 Origem: Belo Horizonte (MG) Destino: Nanuque (MG) Causas apontadas: Execução de uma curva acentuada, pelo piloto, na aproximação final; "falta de atenção às condições de voo visual"; clima adverso Recomendação: reforçar orientação a tripulantes sobre instruções de descida; melhorias no aeródromo * Data: 26.ago.2009 || O que houve: Nos procedimentos de partida, perdeu controle em solo, se movimentou e colidiu contra 3 aviões estacionados no pátio Ocupantes: 2 pilotos e 1 mecânico Mortes: 0 Origem: Congonhas-SP Destino: Rio de Janeiro Causas apontadas: manutenção indevida por mecânico tripulante Recomendação: divulgar o relatório em palestras e cursos de formação de profissionais do setor * Data: 30.abr.2010 || O que houve: durante corrida para a decolagem, houve desprendimento da carenagem superior do motor direito Ocupantes: 2 pilotos e 6 passageiros Mortes: 0 Origem: Salvador (BA) Destino: Porto Seguro (BA) Causas apontadas: Falha em operação do fecho da carenagem Recomendação: "Divulgar este relatório final, alertando para a observação" * Data: 12.dez.2010 || O que houve: Na aproximação final para pouso, avião sofreu forte turbulência e caiu em uma plantação de soja; chovia muito Ocupantes: 2 pilotos e 5 passageiros Mortes: 0 Origem: Uberaba (MG) Destino: Londrina (PR) Causas apontadas: "Prejuízo ao foco de atenção aos procedimentos de pouso"; "excessiva confiança no piloto" Recomendação: Divulgar a investigação aos operadores da aviação geral * Data: 20.abr.2012 || O que houve: durante o pouso, após o piloto declarar emergência, avião colidiu contra o solo a 180 m da cabeceira da pista Ocupantes: 1 piloto Mortes: 1 Origem: Jundiaí Destino: Jundiaí Causas apontadas: Pouca experiência do piloto; "pode ter aplicado comando de pedal de forma inadequada" Recomendação: Reavaliar o nível de fiscalização de modo a impedir violações verificadas * Data: 9.jun.2012 || O que houve: No voo, piloto disse ter ouvido barulho no motor esquerdo e por isso o cortou. Fez pouso de emergência em Varginha (MG) Ocupantes: 2 pilotos e 2 passageiros Mortes: 0 Origem: São Paulo Destino: Lavras (MG) Causas apontadas: Vazamento de óleo lubrificante e despalhetamento do motor Recomendação: Não houve * Data: 03.fev.2013 || O que houve: Meia hora após a decolagem, avião perdeu contato com controle aéreo e caiu em área rural em Cândido Mota (SP) Ocupantes: 1 piloto e 4 passageiros Mortes: 5 Origem: Maringá (PR) Destino: Congonhas (SP) Causas apontadas: Condições metereológicas adversas, causando "formação de gelo na aeronave"; porém o piloto teve problemas de atenção e percepção Recomendação: Reforçar treinamento em cursos aprovados por setores governamentais * Data: 03.dez.2013 || O que houve: Falha na luz de indicação de trem de pouso; em solo, houve recolhimento anormal do trem, colidindo com pás da hélice Ocupantes: 1 piloto e 3 passageiros Mortes: 0 Origem: Curitiba (PR) Destino: Curitiba (PR) Causas apontadas: "Esquecimento do piloto"; "procedimentos de emergência foram omitidos, apesar da experiência do piloto no modelo" Recomendação: Não houve * Data: 07.jun.2015 || O que houve: ao final de uma manobra arriscada para decolagem, a aeronave entrou em parafuso e caiu sem controle Ocupantes: 2 pilotos e 1 passageiro Mortes: 3 Origem: Belo Horizonte (MG) Destino: Setubinha (MG) Causas apontadas: Cenipa paralisou investigação porque houve 'níveis de segurança abaixo dos mínimos aceitáveis estabelecidos pelo Estado brasileiro' Recomendação: Não houve
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Falha humana lidera causas de acidentes com a série King AirAs investigações da Aeronáutica sobre dez acidentes e incidentes graves ocorridos nos últimos dez anos com aviões King Air revelaram que, em sete dos casos, a falha humana esteve entre os principais fatores que contribuíram para a queda. Os acidentes e incidentes causaram a morte de nove pessoas ao todo. Os dez casos considerados pela Folha a partir dos relatórios do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes) são de aviões da mesma série C90. O avião em que Teori Zavascki e mais quatro pessoas morreram na quinta-feira (19) era um modelo C90GT. Dos dez casos ocorridos entre 2006 e 2015, seis eram C90A, três, C90 e outros dois, GTi. Há diferenças entre os modelos, mas são considerados da mesma "família" do turboélice fabricado pela empresa norte-americana Beechcraft. No mesmo período de dez anos, houve outros acidentes com King Air da série C90, como o ocorrido em janeiro de 2016 e que matou duas pessoas também próximo a Paraty (RJ). O relatório final sobre esse acidente, contudo, ainda não foi liberado pelo Cenipa. Nas investigações, o Cenipa faz uma análise sobre os fatores que contribuíram para o acidente e lista recomendações para evitar repetição dos erros. Os relatórios analisam os fatores humanos, materiais, concernentes à aeronave, e os relativos aos órgãos de tráfego aéreo. * OS ACIDENTES COM O KING AIR Centro de investigação da Aeronáutica aponta falha humana em quedas do King Air Data: 15.mai.2006 || O que houve: Em pouso de emergência com um motor inoperante, a aeronave ultrapassou os limites da pista e caiu em um barranco Ocupantes: 1 piloto e 7 passageiros Mortes: 0 Origem: Campo de Marte (SP) Destino: Ribeirão Preto (SP) Causas apontadas: avaria em palheta de motor Recomendação: melhorias em manutenção * Data: 13.jun.2009 O que houve: Em aproximação final para pouso, avião tocou em monte de terra e chocou-se contra um carro. Piloto relatou chuva Ocupantes: 1 piloto e 2 passageiros Mortes: 0 Origem: Belo Horizonte (MG) Destino: Nanuque (MG) Causas apontadas: Execução de uma curva acentuada, pelo piloto, na aproximação final; "falta de atenção às condições de voo visual"; clima adverso Recomendação: reforçar orientação a tripulantes sobre instruções de descida; melhorias no aeródromo * Data: 26.ago.2009 || O que houve: Nos procedimentos de partida, perdeu controle em solo, se movimentou e colidiu contra 3 aviões estacionados no pátio Ocupantes: 2 pilotos e 1 mecânico Mortes: 0 Origem: Congonhas-SP Destino: Rio de Janeiro Causas apontadas: manutenção indevida por mecânico tripulante Recomendação: divulgar o relatório em palestras e cursos de formação de profissionais do setor * Data: 30.abr.2010 || O que houve: durante corrida para a decolagem, houve desprendimento da carenagem superior do motor direito Ocupantes: 2 pilotos e 6 passageiros Mortes: 0 Origem: Salvador (BA) Destino: Porto Seguro (BA) Causas apontadas: Falha em operação do fecho da carenagem Recomendação: "Divulgar este relatório final, alertando para a observação" * Data: 12.dez.2010 || O que houve: Na aproximação final para pouso, avião sofreu forte turbulência e caiu em uma plantação de soja; chovia muito Ocupantes: 2 pilotos e 5 passageiros Mortes: 0 Origem: Uberaba (MG) Destino: Londrina (PR) Causas apontadas: "Prejuízo ao foco de atenção aos procedimentos de pouso"; "excessiva confiança no piloto" Recomendação: Divulgar a investigação aos operadores da aviação geral * Data: 20.abr.2012 || O que houve: durante o pouso, após o piloto declarar emergência, avião colidiu contra o solo a 180 m da cabeceira da pista Ocupantes: 1 piloto Mortes: 1 Origem: Jundiaí Destino: Jundiaí Causas apontadas: Pouca experiência do piloto; "pode ter aplicado comando de pedal de forma inadequada" Recomendação: Reavaliar o nível de fiscalização de modo a impedir violações verificadas * Data: 9.jun.2012 || O que houve: No voo, piloto disse ter ouvido barulho no motor esquerdo e por isso o cortou. Fez pouso de emergência em Varginha (MG) Ocupantes: 2 pilotos e 2 passageiros Mortes: 0 Origem: São Paulo Destino: Lavras (MG) Causas apontadas: Vazamento de óleo lubrificante e despalhetamento do motor Recomendação: Não houve * Data: 03.fev.2013 || O que houve: Meia hora após a decolagem, avião perdeu contato com controle aéreo e caiu em área rural em Cândido Mota (SP) Ocupantes: 1 piloto e 4 passageiros Mortes: 5 Origem: Maringá (PR) Destino: Congonhas (SP) Causas apontadas: Condições metereológicas adversas, causando "formação de gelo na aeronave"; porém o piloto teve problemas de atenção e percepção Recomendação: Reforçar treinamento em cursos aprovados por setores governamentais * Data: 03.dez.2013 || O que houve: Falha na luz de indicação de trem de pouso; em solo, houve recolhimento anormal do trem, colidindo com pás da hélice Ocupantes: 1 piloto e 3 passageiros Mortes: 0 Origem: Curitiba (PR) Destino: Curitiba (PR) Causas apontadas: "Esquecimento do piloto"; "procedimentos de emergência foram omitidos, apesar da experiência do piloto no modelo" Recomendação: Não houve * Data: 07.jun.2015 || O que houve: ao final de uma manobra arriscada para decolagem, a aeronave entrou em parafuso e caiu sem controle Ocupantes: 2 pilotos e 1 passageiro Mortes: 3 Origem: Belo Horizonte (MG) Destino: Setubinha (MG) Causas apontadas: Cenipa paralisou investigação porque houve 'níveis de segurança abaixo dos mínimos aceitáveis estabelecidos pelo Estado brasileiro' Recomendação: Não houve
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Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBF
José Maria Marin assumiu um mandato "tampão" após Ricardo Teixeira renunciar ao cargo de presidente da CBF, em março de 2012. Com a mesma base de aliados do sucessor, o cartola paulista mostrou-se diferente nas articulações políticas, na relação com jogadores e técnicos e também com a imprensa. Tentou aproximar-se de críticos da entidade, como Romário (sem sucesso), deu pitacos sobre a seleção e passou a frequentar o vestiário da equipe, o que Teixeira evitava fazer. Diferentemente do sucessor, que era avesso aos jornalistas imprensa, Marin adorava dar entrevistas e, principalmente, ser fotografado. Mano Menezes assumiu o comando da seleção em julho de 2010 após Muricy Ramalho recusar o convite feito pelo até então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O ex-técnico do Corinthians, porém, não teve vida longa no cargo. Menos de dois anos e meio depois, foi demitido por José Maria Marin com quem teve algumas desavenças. No período, Marin exigia ver a lista de convocados antes do treinador anunciar para a imprensa. Insatisfeito com o trabalho de Mano Menezes, Marin voltou ao passado. Trouxe Luiz Felipe Scolari, pentacampeão com o time nacional em 2002, para comandar a equipe na Copa. Como se não bastasse, ainda colocou Carlos Alberto Parreira no cargo de coordenador-técnico. Foi criticado por muitos que queriam ver um rosto novo na equipe. Alguns falavam até em Guardiola. A conquista da Copa das Confederações foi a única alegria da seleção brasileira durante a gestão Marin. Não teve o que comemorar na Copa do Mundo e nem mesmo na Olimpíada, já que a seleção, ainda comandada por Mano Menezes, perdeu na final para o México. Marin será substituído por Marco Polo Del Nero, que foi eleito presidente em eleição realizada ainda em 2014. Desde 2012, quando Marin assumiu o cargo, Del Nero sempre esteve ligado diretamente ao dirigente. Ele inclusive participou da demissão de Mano Menezes. Del Nero, que também é membro do Comitê Executivo da Fifa e da Conmebol, será empossado presidente da CBF pelos próximos quatro anos. Marin sabia da responsabilidade que a seleção brasileira tinha em jogar uma Copa do Mundo em casa. Menos de três meses antes do torneio, ele definiu bem o que pensava sobre o cenário que encontraria no Mundial. "Estamos no purgatório. "Se ganharmos a Copa, vamos para o céu. Se perdermos, vamos todos para o inferno". O resultado final, definitivamente, não levou a seleção para o céu. Em sua gestão como presidente da CBF, a seleção brasileira sofreu a maior goleada em sua história centenária -perdeu para a Alemanha por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo. Com cinco gols sofridos em 29 minutos, conseguiu bater uma marca do então Zaire, hoje República Democrática do Congo. O placar também foi a maior goleada já dada na fase semifinal.
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Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBFJosé Maria Marin assumiu um mandato "tampão" após Ricardo Teixeira renunciar ao cargo de presidente da CBF, em março de 2012. Com a mesma base de aliados do sucessor, o cartola paulista mostrou-se diferente nas articulações políticas, na relação com jogadores e técnicos e também com a imprensa. Tentou aproximar-se de críticos da entidade, como Romário (sem sucesso), deu pitacos sobre a seleção e passou a frequentar o vestiário da equipe, o que Teixeira evitava fazer. Diferentemente do sucessor, que era avesso aos jornalistas imprensa, Marin adorava dar entrevistas e, principalmente, ser fotografado. Mano Menezes assumiu o comando da seleção em julho de 2010 após Muricy Ramalho recusar o convite feito pelo até então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O ex-técnico do Corinthians, porém, não teve vida longa no cargo. Menos de dois anos e meio depois, foi demitido por José Maria Marin com quem teve algumas desavenças. No período, Marin exigia ver a lista de convocados antes do treinador anunciar para a imprensa. Insatisfeito com o trabalho de Mano Menezes, Marin voltou ao passado. Trouxe Luiz Felipe Scolari, pentacampeão com o time nacional em 2002, para comandar a equipe na Copa. Como se não bastasse, ainda colocou Carlos Alberto Parreira no cargo de coordenador-técnico. Foi criticado por muitos que queriam ver um rosto novo na equipe. Alguns falavam até em Guardiola. A conquista da Copa das Confederações foi a única alegria da seleção brasileira durante a gestão Marin. Não teve o que comemorar na Copa do Mundo e nem mesmo na Olimpíada, já que a seleção, ainda comandada por Mano Menezes, perdeu na final para o México. Marin será substituído por Marco Polo Del Nero, que foi eleito presidente em eleição realizada ainda em 2014. Desde 2012, quando Marin assumiu o cargo, Del Nero sempre esteve ligado diretamente ao dirigente. Ele inclusive participou da demissão de Mano Menezes. Del Nero, que também é membro do Comitê Executivo da Fifa e da Conmebol, será empossado presidente da CBF pelos próximos quatro anos. Marin sabia da responsabilidade que a seleção brasileira tinha em jogar uma Copa do Mundo em casa. Menos de três meses antes do torneio, ele definiu bem o que pensava sobre o cenário que encontraria no Mundial. "Estamos no purgatório. "Se ganharmos a Copa, vamos para o céu. Se perdermos, vamos todos para o inferno". O resultado final, definitivamente, não levou a seleção para o céu. Em sua gestão como presidente da CBF, a seleção brasileira sofreu a maior goleada em sua história centenária -perdeu para a Alemanha por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo. Com cinco gols sofridos em 29 minutos, conseguiu bater uma marca do então Zaire, hoje República Democrática do Congo. O placar também foi a maior goleada já dada na fase semifinal.
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Louvre de Abu Dhabi anuncia diretor e novo adiamento; museu abre em 2017
Os turistas amantes da arte terão que esperar um pouco mais para visitar a muito aguardada filial do museu do Louvre –que será comandada por um francês envolvido há anos no projeto. A Autoridade para Turismo e Cultura de Abu Dhabi informou, nesta terça-feira (20), que a "sucursal" nos Emirados Árabes Unidos não deve receber seus primeiros visitantes até um dia de 2017. Trata-se do mais recente de uma série de adiamentos no projeto, originalmente previsto para ser inaugurado em 2012. A expectativa mais recente era que fosse finalizado até o final deste ano. O órgão oficial de turismo nomeou o experiente museólogo parisiense Manuel Rabaté como primeiro diretor do museu. O profissional, de 40 anos de idade, trabalhou no Louvre "original" e era, desde 2013, presidente da Agence France-Museums, encarregada de levar adiante os compromissos franceses de desenvolver o museu nos Emirados Árabes. Projetado pelo renomado arquiteto Jean Nouvel, o museu em forma de domo e iluminado por claraboias é o ponto central de um ambicioso distrito cultural à beira-mar, que também incluirá uma filial do museu Guggenheim. A região, conhecida como Saadiyat Island, foi, por muitos anos, alvo de críticas por causa do tratamento e baixos salários concedidos aos milhares de trabalhadores imigrantes de sua construção. A Tourism Development and Investment, que desenvolve o projeto bancado pelo governo, adotou políticas de proteção aos trabalhadores e monitoramento no canteiro de obras. Ativistas afirmam que as mudanças não foram suficientes para prevenir a exploração e o abuso. Um trabalhador morreu nas obras do Louvre no ano passado. Os curadores adquiriram 600 obras de arte até aqui e planejam exibi-las junto de outas 300, emprestadas de museus franceses. A coleção inclui peças dos pintores franceses Paul Gauguin e Édouard Manet, bem como obras religiosas, entre elas uma escultura chinesa de Buda do século 6o e uma torá de mais de 500 anos do Iêmen.
turismo
Louvre de Abu Dhabi anuncia diretor e novo adiamento; museu abre em 2017Os turistas amantes da arte terão que esperar um pouco mais para visitar a muito aguardada filial do museu do Louvre –que será comandada por um francês envolvido há anos no projeto. A Autoridade para Turismo e Cultura de Abu Dhabi informou, nesta terça-feira (20), que a "sucursal" nos Emirados Árabes Unidos não deve receber seus primeiros visitantes até um dia de 2017. Trata-se do mais recente de uma série de adiamentos no projeto, originalmente previsto para ser inaugurado em 2012. A expectativa mais recente era que fosse finalizado até o final deste ano. O órgão oficial de turismo nomeou o experiente museólogo parisiense Manuel Rabaté como primeiro diretor do museu. O profissional, de 40 anos de idade, trabalhou no Louvre "original" e era, desde 2013, presidente da Agence France-Museums, encarregada de levar adiante os compromissos franceses de desenvolver o museu nos Emirados Árabes. Projetado pelo renomado arquiteto Jean Nouvel, o museu em forma de domo e iluminado por claraboias é o ponto central de um ambicioso distrito cultural à beira-mar, que também incluirá uma filial do museu Guggenheim. A região, conhecida como Saadiyat Island, foi, por muitos anos, alvo de críticas por causa do tratamento e baixos salários concedidos aos milhares de trabalhadores imigrantes de sua construção. A Tourism Development and Investment, que desenvolve o projeto bancado pelo governo, adotou políticas de proteção aos trabalhadores e monitoramento no canteiro de obras. Ativistas afirmam que as mudanças não foram suficientes para prevenir a exploração e o abuso. Um trabalhador morreu nas obras do Louvre no ano passado. Os curadores adquiriram 600 obras de arte até aqui e planejam exibi-las junto de outas 300, emprestadas de museus franceses. A coleção inclui peças dos pintores franceses Paul Gauguin e Édouard Manet, bem como obras religiosas, entre elas uma escultura chinesa de Buda do século 6o e uma torá de mais de 500 anos do Iêmen.
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Com apoio de farmacêuticas, associações pedem mais remédios na lista do SUS
Várias associações têm se dedicado a aumentar a quantidade de remédios oferecidos gratuitamente pelo SUS, a maioria com apoio da indústria farmacêutica. Pacientes com diabetes, câncer e artrite reumatoide, por exemplo, têm seus grupos organizados de lobby. A estratégia inclui utilizar o dinheiro das associações para agendar encontros e promover eventos, tentando influenciar políticos, formadores de opinião, médicos e técnicos do governo. A Sociedade Brasileira de Diabetes, por exemplo, promoveu um evento na última sexta na Câmara Municipal de São Paulo. Embora a inclusão de medicamentos na lista do SUS se dê na esfera federal, o objetivo era chamar a atenção para o assunto. "Como o dinheiro do SUS é curto, quem chora mais ganha", afirma o médico e vereador Gilberto Natalini (PV). A decisão pela inclusão ou não de um novo medicamento ou procedimento pelo SUS é feita pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Entre os participantes, estão representantes do Ministério da Saúde, do CNS (Conselho Nacional de Saúde), das secretarias estaduais e municipais de Saúde, da Anvisa, do Conselho Federal de Medicina e da ANS (que regula os planos de saúde). Desde 2011, mais de 70 medicamentos entraram na lista, que agora tem 820 remédios. Em 2014, o governo gastou R$ 12,4 bilhões com eles. No caso dos diabéticos, o desejo é incluir novos tipos de insulinas (do tipo glisulina, asparte e lispro), que custam aproximadamente três vezes mais do que as regulares, já distribuídas hoje. O custo por paciente iria de R$ 30 por mês para R$ 80 e R$ 100. Como mais de 1,4 milhão de brasileiros recebem insulinas pelo SUS, o impacto financeiro seria razoável. Segundo o Conitec, não há evidências de superioridade das novas insulinas. Por outro lado, na literatura médica há estudos que afirmam que as insulinas mais modernas conseguem reduzir picos de hiperglicemia e de hipoglicemia, melhorando a vida dos diabéticos do tipo 1 (juvenil). Para a indústria, apoiar financeiramente essas sociedades é "promover a colaboração entre todos os envolvidos no sistema de cuidado com a saúde, a fim de atingir nossos objetivos comuns", diz Allan Finkel, gerente geral da Novo Nordisk no Brasil, que produz vários produtos para tratar diabetes, inclusive as novas insulinas. O poder de organização acaba sendo um fator crucial na hora de exercer pressão política, algo que, para Marcos Bosi Ferraz, médico e professor da disciplina de economia e gestão em saúde da Universidade Federal de São Paulo, não deveria acontecer. "O ideal é que a decisão seja somente técnica, como se aqueles que estão decidindo jamais pudessem se beneficiar delas", diz. "Precisamos ter mais dados e estudos para orientar as decisões." CÂNCER Outro campo para o lobby é a lista de remédios de fornecimento obrigatório por planos de saúde. Um exemplo é o Instituto Oncoguia. Patrocinada por farmacêuticas como Pfizer, Merck e Roche, a entidade conseguiu incluir em 2013 quimioterápicos orais na cobertura dos convênios. A presidente, Luciana Holtz, atribui o sucesso, em parte, ao apoio de políticos. Entre eles, estava a senadora Ana Amélia (PP-RS). "Não sei se por preocupação com impacto financeiro, mas é difícil liberar novos medicamentos", disse ela à Folha. O Ongoguia tem ainda um departamento jurídico à disposição dos pacientes. Já a ONG Encontrar, que reúne pacientes com artrite reumatoide, levou mais de três anos até conseguir incluir os mais recentes anticorpos monoclonais entre as opções de tratamento disponíveis. A tática incluía um "diário" dos pacientes a ser feito na rede social Twitter. A cada horário de tomar remédio, o que ocorre várias vezes por dia, uma postagem era feita, por cada um dos manifestantes virtuais. Em 2012, os anticorpos entraram na lista do SUS.
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Com apoio de farmacêuticas, associações pedem mais remédios na lista do SUSVárias associações têm se dedicado a aumentar a quantidade de remédios oferecidos gratuitamente pelo SUS, a maioria com apoio da indústria farmacêutica. Pacientes com diabetes, câncer e artrite reumatoide, por exemplo, têm seus grupos organizados de lobby. A estratégia inclui utilizar o dinheiro das associações para agendar encontros e promover eventos, tentando influenciar políticos, formadores de opinião, médicos e técnicos do governo. A Sociedade Brasileira de Diabetes, por exemplo, promoveu um evento na última sexta na Câmara Municipal de São Paulo. Embora a inclusão de medicamentos na lista do SUS se dê na esfera federal, o objetivo era chamar a atenção para o assunto. "Como o dinheiro do SUS é curto, quem chora mais ganha", afirma o médico e vereador Gilberto Natalini (PV). A decisão pela inclusão ou não de um novo medicamento ou procedimento pelo SUS é feita pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Entre os participantes, estão representantes do Ministério da Saúde, do CNS (Conselho Nacional de Saúde), das secretarias estaduais e municipais de Saúde, da Anvisa, do Conselho Federal de Medicina e da ANS (que regula os planos de saúde). Desde 2011, mais de 70 medicamentos entraram na lista, que agora tem 820 remédios. Em 2014, o governo gastou R$ 12,4 bilhões com eles. No caso dos diabéticos, o desejo é incluir novos tipos de insulinas (do tipo glisulina, asparte e lispro), que custam aproximadamente três vezes mais do que as regulares, já distribuídas hoje. O custo por paciente iria de R$ 30 por mês para R$ 80 e R$ 100. Como mais de 1,4 milhão de brasileiros recebem insulinas pelo SUS, o impacto financeiro seria razoável. Segundo o Conitec, não há evidências de superioridade das novas insulinas. Por outro lado, na literatura médica há estudos que afirmam que as insulinas mais modernas conseguem reduzir picos de hiperglicemia e de hipoglicemia, melhorando a vida dos diabéticos do tipo 1 (juvenil). Para a indústria, apoiar financeiramente essas sociedades é "promover a colaboração entre todos os envolvidos no sistema de cuidado com a saúde, a fim de atingir nossos objetivos comuns", diz Allan Finkel, gerente geral da Novo Nordisk no Brasil, que produz vários produtos para tratar diabetes, inclusive as novas insulinas. O poder de organização acaba sendo um fator crucial na hora de exercer pressão política, algo que, para Marcos Bosi Ferraz, médico e professor da disciplina de economia e gestão em saúde da Universidade Federal de São Paulo, não deveria acontecer. "O ideal é que a decisão seja somente técnica, como se aqueles que estão decidindo jamais pudessem se beneficiar delas", diz. "Precisamos ter mais dados e estudos para orientar as decisões." CÂNCER Outro campo para o lobby é a lista de remédios de fornecimento obrigatório por planos de saúde. Um exemplo é o Instituto Oncoguia. Patrocinada por farmacêuticas como Pfizer, Merck e Roche, a entidade conseguiu incluir em 2013 quimioterápicos orais na cobertura dos convênios. A presidente, Luciana Holtz, atribui o sucesso, em parte, ao apoio de políticos. Entre eles, estava a senadora Ana Amélia (PP-RS). "Não sei se por preocupação com impacto financeiro, mas é difícil liberar novos medicamentos", disse ela à Folha. O Ongoguia tem ainda um departamento jurídico à disposição dos pacientes. Já a ONG Encontrar, que reúne pacientes com artrite reumatoide, levou mais de três anos até conseguir incluir os mais recentes anticorpos monoclonais entre as opções de tratamento disponíveis. A tática incluía um "diário" dos pacientes a ser feito na rede social Twitter. A cada horário de tomar remédio, o que ocorre várias vezes por dia, uma postagem era feita, por cada um dos manifestantes virtuais. Em 2012, os anticorpos entraram na lista do SUS.
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Apresentadora diz que TV Cultura censurou crítica a Doria e Alckmin
Roberta Martinelli, apresentadora do "Cultura Livre", da TV Cultura, afirmou que uma música que criticava o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador paulista, Geraldo Alckmin, foi censurada no programa que foi ao ar na madrugada de quarta-feira (12). A emissora retirou de seu canal no YouTube os dois vídeos do episódio. "Muita gente está me escrevendo para saber o que aconteceu com a banda Aláfia no 'Cultura Livre'. A música 'Liga nas de Cem' foi editada (sem meu conhecimento) na parte que criticava o prefeito e o governador de São Paulo", disse a apresentadora em uma publicação nas redes sociais nesta terça (18). "Liga nas de cem que trinca/ Nas pedra que brilha/ Na noite que finca as garra/ SP é fio de navalha/ O pior do ruim/ Doria, Alckmin/ Não encosta em mim, playboy/ Eu sei que tu quer o meu fim", dizia o trecho retirado na edição. "Eu criei o programa em 2009 e sempre lutei pela liberdade na curadoria e para os artistas", escreveu Martinelli. "Jamais censuraria qualquer tipo de posicionamento político, editaria ou tiraria vídeos do ar por motivo de livre manifestação. Não aprovo tal prática. Não existe semi liberdade. Eu sempre defendi e defenderei a cultura livre." Roberta Martinelli A banda Aláfia já havia denunciado nas redes sociais o ocorrido. "Sabemos que essa atitude não é natural do programa 'Cultura Livre', e imaginamos que também estejam indignados com essa decisão da TV Cultura em vetar nossa fala", afirmaram os músicos no perfil da banda no Facebook. "Nos posicionamos por nos sentirmos afetados e para que coletivamente não nos calemos diante dos abusos contra nossa liberdade de expressão", concluíram. Procurada pela reportagem, a emissora ainda não se pronunciou sobre o ocorrido envolvendo os tucanos. A TV Cultura é administrada pela Fundação Padre Anchieta, ligada ao governo do Estado de São Paulo.
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Apresentadora diz que TV Cultura censurou crítica a Doria e AlckminRoberta Martinelli, apresentadora do "Cultura Livre", da TV Cultura, afirmou que uma música que criticava o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador paulista, Geraldo Alckmin, foi censurada no programa que foi ao ar na madrugada de quarta-feira (12). A emissora retirou de seu canal no YouTube os dois vídeos do episódio. "Muita gente está me escrevendo para saber o que aconteceu com a banda Aláfia no 'Cultura Livre'. A música 'Liga nas de Cem' foi editada (sem meu conhecimento) na parte que criticava o prefeito e o governador de São Paulo", disse a apresentadora em uma publicação nas redes sociais nesta terça (18). "Liga nas de cem que trinca/ Nas pedra que brilha/ Na noite que finca as garra/ SP é fio de navalha/ O pior do ruim/ Doria, Alckmin/ Não encosta em mim, playboy/ Eu sei que tu quer o meu fim", dizia o trecho retirado na edição. "Eu criei o programa em 2009 e sempre lutei pela liberdade na curadoria e para os artistas", escreveu Martinelli. "Jamais censuraria qualquer tipo de posicionamento político, editaria ou tiraria vídeos do ar por motivo de livre manifestação. Não aprovo tal prática. Não existe semi liberdade. Eu sempre defendi e defenderei a cultura livre." Roberta Martinelli A banda Aláfia já havia denunciado nas redes sociais o ocorrido. "Sabemos que essa atitude não é natural do programa 'Cultura Livre', e imaginamos que também estejam indignados com essa decisão da TV Cultura em vetar nossa fala", afirmaram os músicos no perfil da banda no Facebook. "Nos posicionamos por nos sentirmos afetados e para que coletivamente não nos calemos diante dos abusos contra nossa liberdade de expressão", concluíram. Procurada pela reportagem, a emissora ainda não se pronunciou sobre o ocorrido envolvendo os tucanos. A TV Cultura é administrada pela Fundação Padre Anchieta, ligada ao governo do Estado de São Paulo.
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Cerrado está sendo devastado mais rápido do que a Amazônia
Números divulgados na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente revelam um panorama desfavorável para o segundo maior bioma brasileiro. O cerrado tem atualmente níveis preocupantes de desmatamento –9.483 km² anuais. Isso equivale a uma perda de quase 0,5% do total original do bioma ao ano. Para comparação, a Amazônia, entre 2014 e 2016, teve uma média de desmatamento de 6.400 km² ao ano. O bioma, porém, tem mais do que o dobro de área do cerrado, fazendo que o ritmo de desmatamento fique na casa de 0,1% ao ano. Trocando em miúdos, o ritmo de destruição do cerrado é cinco vezes mais rápido do que o da Amazônia. Os dados são do Programa de Controle e Prevenção do Desmatamento, do Ministério do Meio Ambiente. Apesar dos números apresentados, a meta de redução do desmatamento do cerrado foi cumprida. A ideia era reduzi-lo em 40% –baseado na média 15.700 km² de desmatamento anual do bioma entre 1994 e 2008. Segundo o Observatório do Clima, no entanto, a meta, calculada e proposta em 2009, foi praticamente cumprida "por coincidência" na sequência. Ao contabilizarem o desmatamento do mesmo ano de 2009, o valor já estava na casa dos 10.000 km² de perdas anuais, próximo da marca pré-estabelecida para 2020, de 9.421 km². Essa taxa de desmatamento equivale a cerca de 1% do bioma de cerrado remanescente e é considerada alta por ambientalistas. Desmatamento anual na Amazônia e no cerrado - Em km² CAMPEÕES Os municípios que mais destruíram o bioma com a ocupação humana estão na região conhecida como Mapitoba (que contém envolve áreas do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia). O município com maior índice de antropismo (mudança do bioma por ação humana) no triênio 2013-2015 é São Desidério (Bahia), com 337 km². O pódio dos três mais é completado, nas sequência, por outros dois municípios Bahianos –Jaborandi e Formosa do Rio Preto. Completam a lista dos dez maiores desmatadores de cerrado Uruçuí (PI), Balsas (MA), Grajaú (MA), Baixa Grande do Ribeiro (PI), Cocos (BA), Correntina (BA) e Peixe (TO), nessa ordem. Esses dez municípios respondem por 89% do antropismo do período, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
ambiente
Cerrado está sendo devastado mais rápido do que a AmazôniaNúmeros divulgados na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente revelam um panorama desfavorável para o segundo maior bioma brasileiro. O cerrado tem atualmente níveis preocupantes de desmatamento –9.483 km² anuais. Isso equivale a uma perda de quase 0,5% do total original do bioma ao ano. Para comparação, a Amazônia, entre 2014 e 2016, teve uma média de desmatamento de 6.400 km² ao ano. O bioma, porém, tem mais do que o dobro de área do cerrado, fazendo que o ritmo de desmatamento fique na casa de 0,1% ao ano. Trocando em miúdos, o ritmo de destruição do cerrado é cinco vezes mais rápido do que o da Amazônia. Os dados são do Programa de Controle e Prevenção do Desmatamento, do Ministério do Meio Ambiente. Apesar dos números apresentados, a meta de redução do desmatamento do cerrado foi cumprida. A ideia era reduzi-lo em 40% –baseado na média 15.700 km² de desmatamento anual do bioma entre 1994 e 2008. Segundo o Observatório do Clima, no entanto, a meta, calculada e proposta em 2009, foi praticamente cumprida "por coincidência" na sequência. Ao contabilizarem o desmatamento do mesmo ano de 2009, o valor já estava na casa dos 10.000 km² de perdas anuais, próximo da marca pré-estabelecida para 2020, de 9.421 km². Essa taxa de desmatamento equivale a cerca de 1% do bioma de cerrado remanescente e é considerada alta por ambientalistas. Desmatamento anual na Amazônia e no cerrado - Em km² CAMPEÕES Os municípios que mais destruíram o bioma com a ocupação humana estão na região conhecida como Mapitoba (que contém envolve áreas do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia). O município com maior índice de antropismo (mudança do bioma por ação humana) no triênio 2013-2015 é São Desidério (Bahia), com 337 km². O pódio dos três mais é completado, nas sequência, por outros dois municípios Bahianos –Jaborandi e Formosa do Rio Preto. Completam a lista dos dez maiores desmatadores de cerrado Uruçuí (PI), Balsas (MA), Grajaú (MA), Baixa Grande do Ribeiro (PI), Cocos (BA), Correntina (BA) e Peixe (TO), nessa ordem. Esses dez municípios respondem por 89% do antropismo do período, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
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Quais mistérios se escondem no céu? Leia coluna de Marina, 10
Gosto de observar a noite. Usar a criatividade, criar imagens olhando as estrelas até que, por fim, a bela e triunfante Lua aparece no céu. Deitada no chão, gosto de observá-la, às vezes como um queijo que um rato comeu, um sorriso com dentes brilhantes ou até como uma bola rolando no espaço, em meio aos jogadores, as estrelas. Leia a coluna completa de Marina, 10, aqui.
folhinha
Quais mistérios se escondem no céu? Leia coluna de Marina, 10Gosto de observar a noite. Usar a criatividade, criar imagens olhando as estrelas até que, por fim, a bela e triunfante Lua aparece no céu. Deitada no chão, gosto de observá-la, às vezes como um queijo que um rato comeu, um sorriso com dentes brilhantes ou até como uma bola rolando no espaço, em meio aos jogadores, as estrelas. Leia a coluna completa de Marina, 10, aqui.
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Accenture compra agência digital brasileira AD.Dialeto
A Accenture Interactive, divisão da empresa de serviços de tecnologia Accenture Digital, anunciou nesta sexta-feira (28) a compra da agência digital brasileira AD.Dialeto, em estratégia para ampliar serviços de marketing digital para clientes da América Latina. A Accenture Interactive não informou os termos da transação. De acordo com a empresa, a aquisição da AD.Dialeto quase dobrará sua presença no mercado brasileiro. A AD.Dialeto é liderada pelos empresários Leo Cid Ferreira, filho do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, e Philippe Jorge. O acordo se enquadra em uma série de negociações realizadas pela Accenture Digital, que em fevereiro adquiriu a empresa brasileira de análise de dados Gapso. A companhia também tem ampliado atuação em outros mercados, como Hong Kong e China, com a compra do grupo conglomerado de agências digitais Pacific Link, e a empresa sueca de conteúdo e soluções para comércio eletrônico Brightstep. A aquisição ocorreu em momento em que a rápida desvalorização do real ante o dólar tem incentivado a compra de ativos brasileiros por grupos internacionais. O comércio eletrônico brasileiro teve faturamento de R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, crescimento nominal de 16% frente ao mesmo período de 2014, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado E-bit. A projeção é de que o faturamento deste ano some R$ 41,2 bilhões, crescimento de 15% ante 2014. A previsão foi revisada para baixo, já que no começo do ano a consultoria projetava aumento de 20%.
tec
Accenture compra agência digital brasileira AD.DialetoA Accenture Interactive, divisão da empresa de serviços de tecnologia Accenture Digital, anunciou nesta sexta-feira (28) a compra da agência digital brasileira AD.Dialeto, em estratégia para ampliar serviços de marketing digital para clientes da América Latina. A Accenture Interactive não informou os termos da transação. De acordo com a empresa, a aquisição da AD.Dialeto quase dobrará sua presença no mercado brasileiro. A AD.Dialeto é liderada pelos empresários Leo Cid Ferreira, filho do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, e Philippe Jorge. O acordo se enquadra em uma série de negociações realizadas pela Accenture Digital, que em fevereiro adquiriu a empresa brasileira de análise de dados Gapso. A companhia também tem ampliado atuação em outros mercados, como Hong Kong e China, com a compra do grupo conglomerado de agências digitais Pacific Link, e a empresa sueca de conteúdo e soluções para comércio eletrônico Brightstep. A aquisição ocorreu em momento em que a rápida desvalorização do real ante o dólar tem incentivado a compra de ativos brasileiros por grupos internacionais. O comércio eletrônico brasileiro teve faturamento de R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, crescimento nominal de 16% frente ao mesmo período de 2014, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado E-bit. A projeção é de que o faturamento deste ano some R$ 41,2 bilhões, crescimento de 15% ante 2014. A previsão foi revisada para baixo, já que no começo do ano a consultoria projetava aumento de 20%.
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Criticidade: problemas, soluções e olhar dos leitores
DE SÃO PAULO Veja problemas, soluções e o olhar dos leitores em São Paulo: * VAI MAL - MATO À SOLTA A grama está alta em diversos pontos do parque Cidade Toronto, no City América, zona norte. A Secretaria do Verde disse que uma empresa deve começar a aparar o mato por lá a partir de junho VAI BEM - BICICLETA PRESA Há um bicicletário aberto 24 horas no terminal de ônibus Amaral Gurgel, na Vila Buarque, centro. O serviço é gratuito e não é necessário cadastro prévio para utilizá-lo. Leve seu cadeado e corrente * FOTO DO LEITOR Confira a melhor foto enviada por um leitor com o tema "MÃES E FILHOS": Amor puro Autor: Anderson Angelucci, 36, fotógrafo e gerente financeiro "A mãe e os filhos Lucas, Caio (futuro) e Hommer (dog)"
saopaulo
Criticidade: problemas, soluções e olhar dos leitoresDE SÃO PAULO Veja problemas, soluções e o olhar dos leitores em São Paulo: * VAI MAL - MATO À SOLTA A grama está alta em diversos pontos do parque Cidade Toronto, no City América, zona norte. A Secretaria do Verde disse que uma empresa deve começar a aparar o mato por lá a partir de junho VAI BEM - BICICLETA PRESA Há um bicicletário aberto 24 horas no terminal de ônibus Amaral Gurgel, na Vila Buarque, centro. O serviço é gratuito e não é necessário cadastro prévio para utilizá-lo. Leve seu cadeado e corrente * FOTO DO LEITOR Confira a melhor foto enviada por um leitor com o tema "MÃES E FILHOS": Amor puro Autor: Anderson Angelucci, 36, fotógrafo e gerente financeiro "A mãe e os filhos Lucas, Caio (futuro) e Hommer (dog)"
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Não há qualquer hipótese do impeachment ser golpe, diz leitor
IMPEACHMENT Perfeita a exposição de João Maurício Adeodato sobre o impeachment, tanto sob o ponto de vista jurídico quanto sociológico, ainda mais se considerado que as decisões dos parlamentares não precisam ser fundamentadas. Diversamente dos juízes, eles não são obrigados a expor as razões de seu convencimento. É isso o que prevê a nossa Constituição, que ainda se mantém plenamente vigente, afastando qualquer hipótese de golpe de Estado. RENATO BÁEZ NETO (São Paulo, SP) * Dificilmente li algo na Folha mais conservador e ultrapassado do que o artigo de João Maurício Adeodato. Eleger a supremacia do procedimento quando este é substancialmente viciado é algo tão ultrapassado na ciência jurídica que espanta que alguém ainda sustente argumento tão absurdo. FRANCIS AUGUSTO MEDEIROS (Oslo, Noruega) * O leitor José Padilha, em sua carta, não levou em consideração que a nossa democracia é representativa e que Michel Temer foi eleito vice-presidente por 54 milhões de eleitores, cabendo a ele, constitucionalmente, assumir a Presidência em caso de impeachment. Golpe é o "Fora, Temer" ou o "Diretas Já", que quer consultar outra vez o povo. PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ) - MANIFESTAÇÕES É muito fácil apontar os erros da Polícia Militar quanto aos últimos fatos ocorridos nas manifestações. O colunista Vladimir Safatle sabe usar bem os números para criticar a PM. Por que não criticar também o governo do Estado, que não dá uma estrutura digna, equipamentos e salário adequado para quem arrisca a vida numa cidade violenta como São Paulo? Bandidos são glorificados e a polícia, demonizada. Baderneiros são heróis da resistência e a polícia é a vilã. RODRIGO LIMA BATISTA (São Paulo, SP) * O colunista Ruy Castro demonstra muita coragem em seu artigo "Vitória e derrota", no qual mostra sua indignação com juízes que defendem a irracionalidade e a truculência dos atos dos vândalos back blocs. NEUZA ZIMMERMANN (São Paulo, SP) - PARAOLIMPÍADA Emociona e inspira ver os atletas paraolímpicos na Rio-2016. Seus exemplos de superação, alegria, fé, esperança – de vida! – nos confirmam que as pessoas têm possibilidade de superar as deficiências com valor e com dignidade. Por isso, parabéns, obrigada e boa competição para todos os paratletas! ANA C. N. SASAKI (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Gostei muito da coluna de Clóvis Rossi. Domesticar o capitalismo é algo que não precisa ser tratado como um bicho de sete cabeças. Para começar, é preciso taxar progressivamente a renda e as heranças, cobrar impostos de quem não os paga (igrejas em geral), eliminar isenções, punir severamente as fraudes fiscais e a sonegação, e, por fim, fiscalizar com esmero o uso do dinheiro público. Não me parece impossível nem impensável ("Civilizar o capitalismo", "Mundo", 8/9). GUSTAVO A J AMARANTE (São Paulo, SP) * Muito oportuno o comentário de Hélio Schwartsman no texto "Sangria na saúde", que aborda a judicialização que sangra os cofres do Ministério da Saúde e das operadoras de planos de saúde. Clientes entram na Justiça antes de solicitar procedimentos e, na maioria das vezes, o juiz concede o que não consta do contrato nem do rol da agência reguladora. Essa insegurança contratual também afeta investimentos no Brasil. MOHAMAD AKL, presidente da Central Nacional Unimed (São Paulo, SP) * O colunista Reinaldo Azevedo tenta, semanalmente, mostrar-se merecedor de substituir José Simão na "Ilustrada". Na coluna desta sexta-feira, ele se supera. Toma, na mão grande, a função da ombudsman. Deixa de ser um pândego para se tornar um usurpador. Sinal dos tempos. DEJALCI EDUARDO FONTANA MARTINS (Bauru, SP) - METRÔ Lamentável que a Folha atribua ao Metrô responsabilidades que não lhe cabe. A presença de moradores de rua na cidade é uma questão social e, mesmo sendo alertada, a reportagem resolveu ignorar o fato, deixando de cobrar da prefeitura assistência a uma situação importante. Para a implantação da Linha 17, o Metrô indenizou 335 famílias vulneráveis de três diferentes comunidades da região e reassentou outras 125 famílias em unidades habitacionais. ADELE NABHAN, chefe do departamento de imprensa do Metrô (São Paulo, SP) - RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP) A Folha traz um equívoco na análise "Aluno chega à escola de peito estufado e sai de cabeça baixa". O Estado de São Paulo não ficou com 3,7 no Ideb no ensino médio, mas com 3,9 pontos, que a jornalista aponta como sendo a meta – outro erro. Mesmo com as ocupações das escolas no ano passado, como diz o texto, São Paulo foi o primeiro Estado na história a ocupar o topo do ranking dos três ciclos de ensino avaliados pelo Ideb. RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP) * NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção "Erramos". - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Não há qualquer hipótese do impeachment ser golpe, diz leitorIMPEACHMENT Perfeita a exposição de João Maurício Adeodato sobre o impeachment, tanto sob o ponto de vista jurídico quanto sociológico, ainda mais se considerado que as decisões dos parlamentares não precisam ser fundamentadas. Diversamente dos juízes, eles não são obrigados a expor as razões de seu convencimento. É isso o que prevê a nossa Constituição, que ainda se mantém plenamente vigente, afastando qualquer hipótese de golpe de Estado. RENATO BÁEZ NETO (São Paulo, SP) * Dificilmente li algo na Folha mais conservador e ultrapassado do que o artigo de João Maurício Adeodato. Eleger a supremacia do procedimento quando este é substancialmente viciado é algo tão ultrapassado na ciência jurídica que espanta que alguém ainda sustente argumento tão absurdo. FRANCIS AUGUSTO MEDEIROS (Oslo, Noruega) * O leitor José Padilha, em sua carta, não levou em consideração que a nossa democracia é representativa e que Michel Temer foi eleito vice-presidente por 54 milhões de eleitores, cabendo a ele, constitucionalmente, assumir a Presidência em caso de impeachment. Golpe é o "Fora, Temer" ou o "Diretas Já", que quer consultar outra vez o povo. PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ) - MANIFESTAÇÕES É muito fácil apontar os erros da Polícia Militar quanto aos últimos fatos ocorridos nas manifestações. O colunista Vladimir Safatle sabe usar bem os números para criticar a PM. Por que não criticar também o governo do Estado, que não dá uma estrutura digna, equipamentos e salário adequado para quem arrisca a vida numa cidade violenta como São Paulo? Bandidos são glorificados e a polícia, demonizada. Baderneiros são heróis da resistência e a polícia é a vilã. RODRIGO LIMA BATISTA (São Paulo, SP) * O colunista Ruy Castro demonstra muita coragem em seu artigo "Vitória e derrota", no qual mostra sua indignação com juízes que defendem a irracionalidade e a truculência dos atos dos vândalos back blocs. NEUZA ZIMMERMANN (São Paulo, SP) - PARAOLIMPÍADA Emociona e inspira ver os atletas paraolímpicos na Rio-2016. Seus exemplos de superação, alegria, fé, esperança – de vida! – nos confirmam que as pessoas têm possibilidade de superar as deficiências com valor e com dignidade. Por isso, parabéns, obrigada e boa competição para todos os paratletas! ANA C. N. SASAKI (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Gostei muito da coluna de Clóvis Rossi. Domesticar o capitalismo é algo que não precisa ser tratado como um bicho de sete cabeças. Para começar, é preciso taxar progressivamente a renda e as heranças, cobrar impostos de quem não os paga (igrejas em geral), eliminar isenções, punir severamente as fraudes fiscais e a sonegação, e, por fim, fiscalizar com esmero o uso do dinheiro público. Não me parece impossível nem impensável ("Civilizar o capitalismo", "Mundo", 8/9). GUSTAVO A J AMARANTE (São Paulo, SP) * Muito oportuno o comentário de Hélio Schwartsman no texto "Sangria na saúde", que aborda a judicialização que sangra os cofres do Ministério da Saúde e das operadoras de planos de saúde. Clientes entram na Justiça antes de solicitar procedimentos e, na maioria das vezes, o juiz concede o que não consta do contrato nem do rol da agência reguladora. Essa insegurança contratual também afeta investimentos no Brasil. MOHAMAD AKL, presidente da Central Nacional Unimed (São Paulo, SP) * O colunista Reinaldo Azevedo tenta, semanalmente, mostrar-se merecedor de substituir José Simão na "Ilustrada". Na coluna desta sexta-feira, ele se supera. Toma, na mão grande, a função da ombudsman. Deixa de ser um pândego para se tornar um usurpador. Sinal dos tempos. DEJALCI EDUARDO FONTANA MARTINS (Bauru, SP) - METRÔ Lamentável que a Folha atribua ao Metrô responsabilidades que não lhe cabe. A presença de moradores de rua na cidade é uma questão social e, mesmo sendo alertada, a reportagem resolveu ignorar o fato, deixando de cobrar da prefeitura assistência a uma situação importante. Para a implantação da Linha 17, o Metrô indenizou 335 famílias vulneráveis de três diferentes comunidades da região e reassentou outras 125 famílias em unidades habitacionais. ADELE NABHAN, chefe do departamento de imprensa do Metrô (São Paulo, SP) - RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP) A Folha traz um equívoco na análise "Aluno chega à escola de peito estufado e sai de cabeça baixa". O Estado de São Paulo não ficou com 3,7 no Ideb no ensino médio, mas com 3,9 pontos, que a jornalista aponta como sendo a meta – outro erro. Mesmo com as ocupações das escolas no ano passado, como diz o texto, São Paulo foi o primeiro Estado na história a ocupar o topo do ranking dos três ciclos de ensino avaliados pelo Ideb. RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP) * NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção "Erramos". - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Carlo Azeglio Ciampi, ex-presidente e premiê da Itália, morre aos 95 anos
Carlo Azeglio Ciampi, ex-presidente da Itália e senador vitalício, morreu aos 95 anos, segundo anúncio do governo nesta sexta-feira (16). Ciampi era um dos políticos mais importantes do país, visto, por exemplo, como mentor da adesão à moeda comum europeia, o euro. Segundo informações preliminares circuladas durante esta manhã, a saúde de Ciampi já vinha se deteriorando. Não havia detalhes sobre a causa de sua morte. Descrito como calmo e confiante, o ex-presidente teve longa carreira no Banco da Itália, ao qual se uniu em 1946 e no qual trabalhou por 47 anos, 14 deles como líder. Antes disso, ele havia estudado literatura grega clássica e batalhado nas forças de resistência durante a Segunda Guerra (1939-1945). Ciampi foi premiê entre 1993 e 1994, o primeiro não parlamentar a ocupar o cargo em um século. Em seguida, foi ministro das Finanças entre 1996 e 1999. Foi nessa pasta que ele desempenhou um de seus principais papéis –garantir o lugar da Itália na zona do euro, apesar da desconfiança em relação às contas do país. Também foi presidente da Itália de 1999 a 2006, cargo de importância principalmente cerimonial na Itália. Havia expectativa de que ele assumisse a Presidência por um segundo mandato, o que foi chamado de "Ciampi-bis". Ele, no entanto, recusou essa ideia em 2006. MÁFIA O trabalho do ex-presidente durante os anos 1990 chocou-se contra diversas resistências, como a desvalorização da então moeda italiana, a lira, e a onda de assassinatos realizadas pela máfia. Ele afirmou ter temido, àquela época, um golpe de Estado. Uma de suas bandeiras, quando presidente, foi a unificação da Europa em torno de uma Constituição. O projeto foi rejeitado pela França e pela Holanda em 2005. Matteo Renzi, premiê italiano, reagiu à morte de Ciampi afirmando que o ex-presidente havia servido o país "com paixão", ao qual trabalhou sem cessar. Enrico Letta, ex-premiê, disse por sua vez que "um de nossos pais nos deixou". "Se a Itália é ainda um grande país, então temos uma enorme dívida de gratidão com Ciampi."
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Carlo Azeglio Ciampi, ex-presidente e premiê da Itália, morre aos 95 anosCarlo Azeglio Ciampi, ex-presidente da Itália e senador vitalício, morreu aos 95 anos, segundo anúncio do governo nesta sexta-feira (16). Ciampi era um dos políticos mais importantes do país, visto, por exemplo, como mentor da adesão à moeda comum europeia, o euro. Segundo informações preliminares circuladas durante esta manhã, a saúde de Ciampi já vinha se deteriorando. Não havia detalhes sobre a causa de sua morte. Descrito como calmo e confiante, o ex-presidente teve longa carreira no Banco da Itália, ao qual se uniu em 1946 e no qual trabalhou por 47 anos, 14 deles como líder. Antes disso, ele havia estudado literatura grega clássica e batalhado nas forças de resistência durante a Segunda Guerra (1939-1945). Ciampi foi premiê entre 1993 e 1994, o primeiro não parlamentar a ocupar o cargo em um século. Em seguida, foi ministro das Finanças entre 1996 e 1999. Foi nessa pasta que ele desempenhou um de seus principais papéis –garantir o lugar da Itália na zona do euro, apesar da desconfiança em relação às contas do país. Também foi presidente da Itália de 1999 a 2006, cargo de importância principalmente cerimonial na Itália. Havia expectativa de que ele assumisse a Presidência por um segundo mandato, o que foi chamado de "Ciampi-bis". Ele, no entanto, recusou essa ideia em 2006. MÁFIA O trabalho do ex-presidente durante os anos 1990 chocou-se contra diversas resistências, como a desvalorização da então moeda italiana, a lira, e a onda de assassinatos realizadas pela máfia. Ele afirmou ter temido, àquela época, um golpe de Estado. Uma de suas bandeiras, quando presidente, foi a unificação da Europa em torno de uma Constituição. O projeto foi rejeitado pela França e pela Holanda em 2005. Matteo Renzi, premiê italiano, reagiu à morte de Ciampi afirmando que o ex-presidente havia servido o país "com paixão", ao qual trabalhou sem cessar. Enrico Letta, ex-premiê, disse por sua vez que "um de nossos pais nos deixou". "Se a Itália é ainda um grande país, então temos uma enorme dívida de gratidão com Ciampi."
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Níveis históricos de poluição levam Nova Déli a fechar escolas
Cerca de 1.800 escolas de Nova Déli serão fechadas no sábado a devido a um nível de poluição histórico na capital indiana, indicaram as autoridades nesta sexta-feira (4). A medida afeta 900 mil alunos de escolas públicas, em uma megalópole coberta por uma espessa fumaça desde as celebrações da grande festa hindu do Diwali, no domingo, durante a qual se costuma fazer espetáculos com fogos de artifício. "Foi decidido manter as escolas públicas fechadas no sábado devido à névoa da poluição em Déli", declarou à AFP Yogendra Maan, porta-voz da municipalidade. Mas "as escolas funcionarão normalmente a partir de segunda-feira", detalhou. A maioria das escolas na Índia têm aulas durante seis dias por semana. A qualidade do ar em Nova Déli piorou de forma dramática nos últimos anos. A rápida urbanização provoca um aumento das emissões dos carros com motor a diesel, das fábricas e das usinas elétricas que usam o carvão como combustível. Este novo episódio de poluição foi provocado pelas celebrações da festa hindu das luzes - o Diwali, conhecida por ser muito poluente devido à queima de fogos de artifício, o que implica sérios riscos respiratórios para os habitantes da capital, de acordo com as autoridades. Na segunda-feira, pela primeira vez na capital indiana, o recorde de 1.000 microgramas de partículas finas por metro cúbico de ar (μg/m3) foi superado em um bairro do sul, o RK Puram. O dado é dez vezes superior aos máximos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Níveis históricos de poluição levam Nova Déli a fechar escolasCerca de 1.800 escolas de Nova Déli serão fechadas no sábado a devido a um nível de poluição histórico na capital indiana, indicaram as autoridades nesta sexta-feira (4). A medida afeta 900 mil alunos de escolas públicas, em uma megalópole coberta por uma espessa fumaça desde as celebrações da grande festa hindu do Diwali, no domingo, durante a qual se costuma fazer espetáculos com fogos de artifício. "Foi decidido manter as escolas públicas fechadas no sábado devido à névoa da poluição em Déli", declarou à AFP Yogendra Maan, porta-voz da municipalidade. Mas "as escolas funcionarão normalmente a partir de segunda-feira", detalhou. A maioria das escolas na Índia têm aulas durante seis dias por semana. A qualidade do ar em Nova Déli piorou de forma dramática nos últimos anos. A rápida urbanização provoca um aumento das emissões dos carros com motor a diesel, das fábricas e das usinas elétricas que usam o carvão como combustível. Este novo episódio de poluição foi provocado pelas celebrações da festa hindu das luzes - o Diwali, conhecida por ser muito poluente devido à queima de fogos de artifício, o que implica sérios riscos respiratórios para os habitantes da capital, de acordo com as autoridades. Na segunda-feira, pela primeira vez na capital indiana, o recorde de 1.000 microgramas de partículas finas por metro cúbico de ar (μg/m3) foi superado em um bairro do sul, o RK Puram. O dado é dez vezes superior aos máximos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Funcionário é avaliado o tempo todo durante período de experiência
JUSSARA SOARES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Se o funcionário procura por sinais de que o ambiente corporativo se adequa a seu perfil, a empresa passa boa parte dos três meses de experiência avaliando o comportamento do novato. Especialistas em recursos humanos alertam que esse é um período crucial para o profissional demonstrar interesse em conhecer o ambiente de trabalho e tirar todas as dúvidas sobre a nova rotina. "O funcionário pode e deve perguntar muito, porque, caso se cale, a organização acreditará que ele absorveu e concordou com tudo. E vai cobrá-lo depois", diz Maria Candida Azevedo, da consultoria People & Results. Por outro lado, o novo funcionário precisa demonstrar também que valoriza o que já foi construído dentro da empresa. "O contratante espera que o colaborador traga suas contribuições, mas não que destrua o que já existe. O perfil desejado é o de alguém que respeite o que já existe e consiga evoluir a partir dali". Representante de políticas e regras no Mercado Livre, Bruno Stelzeneder, 25, diz que demonstrar interesse foi o diferencial para ser efetivado na empresa de vendas on-line, há cinco meses. "Eu pergunto tudo e verifico minhas dúvidas. Nas minhas avaliações, observaram que minha curiosidade era um ponto positivo", diz. "Além disso, semanalmente a minha gerente me chamava para avaliar o meu desempenho", completa. Os novos contratados da empresa passam por um programa de acompanhamento mensal. "O contato mês a mês nos permite fazer ajustes e oferecer treinamento específico antes de tomar uma decisão negativa", diz Helen Menezes, gerente de recursos humanos da empresa. Se a empresa não faz o contato com o funcionário, não significa que ele não esteja sendo avaliado, alerta Raphael Falcão, diretor da consultoria Hays. Na maioria dos casos, essas análises são feitas "da porta para dentro" e não ficam explícitas ao longo do processo seletivo. "A maioria dos candidatos é escolhida por aptidões técnicas, enquanto que os desligamentos ocorrem por questões pessoais", afirma Falcão, da consultoria Hays. "Por mais que se aprofunde uma entrevista, nada substitui a prática", diz. * A VAGA É SUA Como aproveitar os primeiros 90 dias no novo cargo ANALISE Conheça o seu gestor e seu estilo de liderança. Reflita se você vai aprender com ele. Ter admiração pelo chefe é fundamental Avalie seu relacionamento com os colegas de trabalho. Você está na empresa certa quando existe aprendizado e cooperação entre a equipe Peça feedback constantes de seus gestores no período de experiência. Isso é importante para você nortear seu caminho Caso peçam para você fazer algo que contrarie seus valores, é melhor repensar se o emprego vale mesmo a pena IMPRESSIONE Entenda os valores e a cultura da nova empresa, já que você é o estranho no ninho. Apresente propostas, mas valorize projetos das equipes anteriores Demonstre curiosidade e interesse pelo trabalho. Não tenha vergonha de fazer perguntas. Seja proativo, mas tome cuidado para não tentar impor sua visão Saiba quais as suas metas e o que a empresa espera de você. Isso o ajudará a alcançar seus resultados Não tente aparentar ser um profissional diferente do que você é. Ninguém consegue fingir por muito tempo Fonte: People & Results, assessoria de recursos humanos
sobretudo
Funcionário é avaliado o tempo todo durante período de experiência JUSSARA SOARES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Se o funcionário procura por sinais de que o ambiente corporativo se adequa a seu perfil, a empresa passa boa parte dos três meses de experiência avaliando o comportamento do novato. Especialistas em recursos humanos alertam que esse é um período crucial para o profissional demonstrar interesse em conhecer o ambiente de trabalho e tirar todas as dúvidas sobre a nova rotina. "O funcionário pode e deve perguntar muito, porque, caso se cale, a organização acreditará que ele absorveu e concordou com tudo. E vai cobrá-lo depois", diz Maria Candida Azevedo, da consultoria People & Results. Por outro lado, o novo funcionário precisa demonstrar também que valoriza o que já foi construído dentro da empresa. "O contratante espera que o colaborador traga suas contribuições, mas não que destrua o que já existe. O perfil desejado é o de alguém que respeite o que já existe e consiga evoluir a partir dali". Representante de políticas e regras no Mercado Livre, Bruno Stelzeneder, 25, diz que demonstrar interesse foi o diferencial para ser efetivado na empresa de vendas on-line, há cinco meses. "Eu pergunto tudo e verifico minhas dúvidas. Nas minhas avaliações, observaram que minha curiosidade era um ponto positivo", diz. "Além disso, semanalmente a minha gerente me chamava para avaliar o meu desempenho", completa. Os novos contratados da empresa passam por um programa de acompanhamento mensal. "O contato mês a mês nos permite fazer ajustes e oferecer treinamento específico antes de tomar uma decisão negativa", diz Helen Menezes, gerente de recursos humanos da empresa. Se a empresa não faz o contato com o funcionário, não significa que ele não esteja sendo avaliado, alerta Raphael Falcão, diretor da consultoria Hays. Na maioria dos casos, essas análises são feitas "da porta para dentro" e não ficam explícitas ao longo do processo seletivo. "A maioria dos candidatos é escolhida por aptidões técnicas, enquanto que os desligamentos ocorrem por questões pessoais", afirma Falcão, da consultoria Hays. "Por mais que se aprofunde uma entrevista, nada substitui a prática", diz. * A VAGA É SUA Como aproveitar os primeiros 90 dias no novo cargo ANALISE Conheça o seu gestor e seu estilo de liderança. Reflita se você vai aprender com ele. Ter admiração pelo chefe é fundamental Avalie seu relacionamento com os colegas de trabalho. Você está na empresa certa quando existe aprendizado e cooperação entre a equipe Peça feedback constantes de seus gestores no período de experiência. Isso é importante para você nortear seu caminho Caso peçam para você fazer algo que contrarie seus valores, é melhor repensar se o emprego vale mesmo a pena IMPRESSIONE Entenda os valores e a cultura da nova empresa, já que você é o estranho no ninho. Apresente propostas, mas valorize projetos das equipes anteriores Demonstre curiosidade e interesse pelo trabalho. Não tenha vergonha de fazer perguntas. Seja proativo, mas tome cuidado para não tentar impor sua visão Saiba quais as suas metas e o que a empresa espera de você. Isso o ajudará a alcançar seus resultados Não tente aparentar ser um profissional diferente do que você é. Ninguém consegue fingir por muito tempo Fonte: People & Results, assessoria de recursos humanos
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Alarme falso de assalto a banco mobiliza PM no Rio
Um alarme falso de assalto a banco no Rio causou a mobilização de policiais e provocou um nó no trânsito na tarde desta segunda (7). A Polícia enviou agentes ao local e chegou a pedir a ajuda do Bope (Batalhão de Operações Especiais), mas, ao chegar ao local, constatou que tratava-se de um engano. Segundo o titular da Delegacia de Roubos e Furtos, Márcio Braga, responsável pelo caso, a confusão começou quando uma mulher entrou na agência acompanhada por um segurança, que se postou do lado de fora, ao lado da porta de saída. Um transeunte confundiu o segurança com um assaltante e avisou um policial que estava na rua. Este, por sua vez, não entrou na agência e pediu reforço. O Bope foi chamado porque, segundo a polícia, havia a informação de que a ocorrência do assalto envolvia reféns. Ainda de acordo com o delegado, o grupo de policiais se aproximou da agência, alarmando o vigia da agência, que acreditou que acontecesse um assalto. O vigia então pediu que todos os que estavam na agência se abaixassem. Logo depois, os policiais perceberam que não havia assaltantes no local. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a avenida Armando Lombardi, onde fica a agência, na Barra da Tijuca, zona oeste, foi interditada no sentido zona sul por cerca de 30 minutos. O congestionamento chegou à Gávea, na zona sul, e ao Recreio, na zona oeste.
cotidiano
Alarme falso de assalto a banco mobiliza PM no RioUm alarme falso de assalto a banco no Rio causou a mobilização de policiais e provocou um nó no trânsito na tarde desta segunda (7). A Polícia enviou agentes ao local e chegou a pedir a ajuda do Bope (Batalhão de Operações Especiais), mas, ao chegar ao local, constatou que tratava-se de um engano. Segundo o titular da Delegacia de Roubos e Furtos, Márcio Braga, responsável pelo caso, a confusão começou quando uma mulher entrou na agência acompanhada por um segurança, que se postou do lado de fora, ao lado da porta de saída. Um transeunte confundiu o segurança com um assaltante e avisou um policial que estava na rua. Este, por sua vez, não entrou na agência e pediu reforço. O Bope foi chamado porque, segundo a polícia, havia a informação de que a ocorrência do assalto envolvia reféns. Ainda de acordo com o delegado, o grupo de policiais se aproximou da agência, alarmando o vigia da agência, que acreditou que acontecesse um assalto. O vigia então pediu que todos os que estavam na agência se abaixassem. Logo depois, os policiais perceberam que não havia assaltantes no local. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a avenida Armando Lombardi, onde fica a agência, na Barra da Tijuca, zona oeste, foi interditada no sentido zona sul por cerca de 30 minutos. O congestionamento chegou à Gávea, na zona sul, e ao Recreio, na zona oeste.
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Queda de árvore mata mãe e filho durante chuva em Rio Pardo (RS)
Uma jovem de 21 anos e o filho dela, de três, morreram após serem atingidos por uma árvore de grande porte, no Jardim Boa Vista, em Rio Pardo (a 151 km de Porto Alegre), na noite desta quarta-feira (14). A queda da árvore ocorreu durante uma tempestade com queda de granizo e fortes ventos que atingiu a cidade por volta das 21h30. Katiuscia Severo de Oliveira e o filho Eduardo de Oliveira estavam na cama quando a casa de madeira onde moravam foi atingida pela árvore. O imóvel ficou totalmente destruído, segundo o Corpo de Bombeiros. Ao ver Katiuscia sob os escombros, o irmão foi a pé ao batalhão do Corpo de Bombeiros em busca de ajuda. Ele disse aos bombeiros que a irmã estava gritando embaixo dos escombros. A mãe e o filho, no entanto, já estava mortos quando os bombeiros conseguiram retirá-los do local. No mesmo quintal onde morava as vítimas, os bombeiros retiraram uma família de outra casa que corria risco de desabamento. Segundo os bombeiros, ao menos 2.000 casas foram destelhadas pelo granizo ou tiveram o telhado arrancado pelos fortes ventos. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão distribuindo lonas e retirando árvores caídas. Nem mesmo o quartel dos bombeiros escapou dos estragos causados pela chuva. As pedras de granizo danificaram o telhado da corporação. A maior parte da cidade ficou sem energia elétrica, inclusive o quartel dos bombeiros, devido à queda de grande número de postes. Os bombeiros estimam que ao menos 50 árvores caíram na cidade. Desde a última sexta (9) a cidade sofre com as fortes chuvas que atingem a região e provocaram inundações. Os bombeiros informaram que, nesta quarta, o nível da água na cidade estava 12 metros acima do normal. Na noite de quinta (14), choveu 98 milímetros, de acordo com os bombeiros. CHUVAS Mais de 49 mil pessoas já foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul, segundo informações da Defesa Civil do Estado. Na terça (13), o governador José Ivo Sartori decretou situação de emergência em 26 cidades.
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Queda de árvore mata mãe e filho durante chuva em Rio Pardo (RS)Uma jovem de 21 anos e o filho dela, de três, morreram após serem atingidos por uma árvore de grande porte, no Jardim Boa Vista, em Rio Pardo (a 151 km de Porto Alegre), na noite desta quarta-feira (14). A queda da árvore ocorreu durante uma tempestade com queda de granizo e fortes ventos que atingiu a cidade por volta das 21h30. Katiuscia Severo de Oliveira e o filho Eduardo de Oliveira estavam na cama quando a casa de madeira onde moravam foi atingida pela árvore. O imóvel ficou totalmente destruído, segundo o Corpo de Bombeiros. Ao ver Katiuscia sob os escombros, o irmão foi a pé ao batalhão do Corpo de Bombeiros em busca de ajuda. Ele disse aos bombeiros que a irmã estava gritando embaixo dos escombros. A mãe e o filho, no entanto, já estava mortos quando os bombeiros conseguiram retirá-los do local. No mesmo quintal onde morava as vítimas, os bombeiros retiraram uma família de outra casa que corria risco de desabamento. Segundo os bombeiros, ao menos 2.000 casas foram destelhadas pelo granizo ou tiveram o telhado arrancado pelos fortes ventos. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão distribuindo lonas e retirando árvores caídas. Nem mesmo o quartel dos bombeiros escapou dos estragos causados pela chuva. As pedras de granizo danificaram o telhado da corporação. A maior parte da cidade ficou sem energia elétrica, inclusive o quartel dos bombeiros, devido à queda de grande número de postes. Os bombeiros estimam que ao menos 50 árvores caíram na cidade. Desde a última sexta (9) a cidade sofre com as fortes chuvas que atingem a região e provocaram inundações. Os bombeiros informaram que, nesta quarta, o nível da água na cidade estava 12 metros acima do normal. Na noite de quinta (14), choveu 98 milímetros, de acordo com os bombeiros. CHUVAS Mais de 49 mil pessoas já foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul, segundo informações da Defesa Civil do Estado. Na terça (13), o governador José Ivo Sartori decretou situação de emergência em 26 cidades.
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Mostra traz mais 120 filmes de Jean-Luc Godard à São Paulo
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO O franco-suíço Jean-Luc Godard tem um pique invejável: sua vasta produção cinematográfica ultrapassa cem trabalhos. Prestes a completar 85 anos, em dezembro, o cineasta continua a criar —em 2015, por exemplo, lançou o elogiado "Adeus à Linguagem" (veja na pág. 46), seu primeiro longa em 3D. Na quarta (21), chega a São Paulo a "Retrospectiva Jean-Luc Cinéma Godard". Segundo o curador, Eugenio Puppo, esta é a maior mostra feita no mundo sobre o cineasta, com 125 obras exibidas —entre elas, longas, curtas-metragens, séries de TV, vídeo-cartas e até material publicitário feito por ele. "Levamos mais de dois anos para reunir os filmes", diz Puppo. "O Consulado da França só tinha a película de três longas; o resto veio mesmo da França." As exibições começam no Centro Cultural Banco do Brasil e, a partir de 26/11, se estendem ao CineSesc, onde permanecem até 2/12. Além das sessões, estão previstos também debates e palestras na programação paralela. Centro Cultural Banco do Brasil. R. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. (11) 3113-3651. Ingr.: R$ 4. Até 30/11. - PROGRAME-SE De quarta (21) a sábado (24), o CCBB apresenta 22 filmes; a seguir, confira quatro destaques da programação. "CARMEN DE GODARD" (1982) Escolhido para inaugurar a retrospectiva, o filme é baseado na ópera "Carmen", do francês Georges Bizet (1838-1875). Na trama de Godard, Carmen X (interpretada por Maruschka Detmers) é integrante de um grupo terrorista, que planeja roubar um banco. Entretanto, a mulher se apaixona pelo segurança do local. Qua. (21): 17h. 85 min. 14 anos. * "EU VOS SAÚDO, MARIA" (1983) Nesta releitura da Bíblia, Godard discute o contraste entre sagrado e profano. No filme, Maria é uma jovem virgem que joga basquete. Quando ela se descobre grávida, seu namorado fica inconformado. O anjo Gabriel, então, tenta convencê-lo a aceitar os plano divinos. Na sessão, será exibido o curta "O Livro de Maria", dirigido por Anne-Marie Miéville, ex-mulher de Godard. Qua. (21): 19h. 100 min. 18 anos. * "REI LEAR" (1987) Depois do desastre de Chernobyl, a civilização é praticamente destruída. Trancafiado em um hotel, um descendente de William Shakespeare tenta, então, recuperar a obra de seu ancestral -assim, a trama de "Rei Lear" se transpõe para a vida real. Antes, será exibido o curta "Mudar de Imagem - Carta à Bem-Amada". Sáb. (24): 15h. 100 min. 12 anos. * PUBLICIDADE (1971-1982) Nesta etapa, serão exibidos cinco vídeos que o diretor francês produziu sob encomenda de marcas -entre eles, três feitos para os estilistas franceses Marithé e François Girbaud. Depois, será projetado o longa "As Crianças Brincam de Rússia". Sáb. (24): 19h. 83 min. Livre. Veja outros destaques da programação aqui
saopaulo
Mostra traz mais 120 filmes de Jean-Luc Godard à São PauloLUIZA WOLF DE SÃO PAULO O franco-suíço Jean-Luc Godard tem um pique invejável: sua vasta produção cinematográfica ultrapassa cem trabalhos. Prestes a completar 85 anos, em dezembro, o cineasta continua a criar —em 2015, por exemplo, lançou o elogiado "Adeus à Linguagem" (veja na pág. 46), seu primeiro longa em 3D. Na quarta (21), chega a São Paulo a "Retrospectiva Jean-Luc Cinéma Godard". Segundo o curador, Eugenio Puppo, esta é a maior mostra feita no mundo sobre o cineasta, com 125 obras exibidas —entre elas, longas, curtas-metragens, séries de TV, vídeo-cartas e até material publicitário feito por ele. "Levamos mais de dois anos para reunir os filmes", diz Puppo. "O Consulado da França só tinha a película de três longas; o resto veio mesmo da França." As exibições começam no Centro Cultural Banco do Brasil e, a partir de 26/11, se estendem ao CineSesc, onde permanecem até 2/12. Além das sessões, estão previstos também debates e palestras na programação paralela. Centro Cultural Banco do Brasil. R. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. (11) 3113-3651. Ingr.: R$ 4. Até 30/11. - PROGRAME-SE De quarta (21) a sábado (24), o CCBB apresenta 22 filmes; a seguir, confira quatro destaques da programação. "CARMEN DE GODARD" (1982) Escolhido para inaugurar a retrospectiva, o filme é baseado na ópera "Carmen", do francês Georges Bizet (1838-1875). Na trama de Godard, Carmen X (interpretada por Maruschka Detmers) é integrante de um grupo terrorista, que planeja roubar um banco. Entretanto, a mulher se apaixona pelo segurança do local. Qua. (21): 17h. 85 min. 14 anos. * "EU VOS SAÚDO, MARIA" (1983) Nesta releitura da Bíblia, Godard discute o contraste entre sagrado e profano. No filme, Maria é uma jovem virgem que joga basquete. Quando ela se descobre grávida, seu namorado fica inconformado. O anjo Gabriel, então, tenta convencê-lo a aceitar os plano divinos. Na sessão, será exibido o curta "O Livro de Maria", dirigido por Anne-Marie Miéville, ex-mulher de Godard. Qua. (21): 19h. 100 min. 18 anos. * "REI LEAR" (1987) Depois do desastre de Chernobyl, a civilização é praticamente destruída. Trancafiado em um hotel, um descendente de William Shakespeare tenta, então, recuperar a obra de seu ancestral -assim, a trama de "Rei Lear" se transpõe para a vida real. Antes, será exibido o curta "Mudar de Imagem - Carta à Bem-Amada". Sáb. (24): 15h. 100 min. 12 anos. * PUBLICIDADE (1971-1982) Nesta etapa, serão exibidos cinco vídeos que o diretor francês produziu sob encomenda de marcas -entre eles, três feitos para os estilistas franceses Marithé e François Girbaud. Depois, será projetado o longa "As Crianças Brincam de Rússia". Sáb. (24): 19h. 83 min. Livre. Veja outros destaques da programação aqui
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A 32 km do centro, escola com pior nota em São Paulo sofre com roubos
Grades amareladas trancam qualquer opção de entrada ou saída, de portas a janelas. A comunicação entre quem está dentro e fora do prédio se dá por um pequeno quadrado no portão, pouco maior que a palma de uma mão. Ao entrar, mais estruturas metálicas separam espaços internos. A descrição é da entrada principal da Escola Estadual Professor Sergio Murillo Raduan, localizada no Jardim Varginha, extremo sul de São Paulo, a 32 km do centro da cidade. A estrutura de segurança da escola existe para evitar os assaltos que, segundo os estudantes, acontecem pelo menos uma vez por ano. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, a região onde fica a escola registrou ao longo do ano passado 961 casos de roubos e 791 furtos. Um estudo de 2013 da Rede Nossa São Paulo classificou o distrito do Grajaú, onde fica o colégio, como o pior lugar para se viver na capital paulista. Mais da metade da população não tem o ensino fundamental completo; e apenas 7% tem o ensino superior, de acordo com o Datafolha. Nessa escola, em 2014, 28 computadores foram roubados durante as férias e agora não há nenhuma máquina para os estudantes. Não fez grande diferença: de acordo com os alunos, os computadores nunca tinham sido usados e estavam parados havia dois anos no local, "pegando poeira", porque nenhum deles estava conectado à internet. Os 40 alunos matriculados na instituição que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2014 conseguiram, em média, 466,3 pontos no exame, a pior nota da capital paulista, segundo dados divulgados pelo MEC (Ministério da Educação). Apenas 45,6% dos professores da escola, conhecida também como Varginha II, possui formação adequada, segundo o ministério. A taxa de reprovação é de um a cada cinco alunos, e a de abandono é de 6,5%. Apesar dos assaltos, professores e alunos afirmam não existir problemas de violência dentro da escola. Para uma professora do ensino médio que não quis se identificar, os resultados do Enem são explicados pelo contexto social da região, uma das mais pobres da cidade. "Temos alunos com pais presos. Como uma criança dessas vai conseguir estudar?", questiona a professora. "A gente não precisa de mais escolas, como pedem por aí. A gente precisa de mais pais e mães presentes nas escolas que já temos, cuidando, fiscalizando, cobrando a escola e também seus filhos", completa. Outra funcionária lembra de um aluno que costumava reclamar de dor de dente. "Uma vez abriram a boca dele, e a gengiva estava podre. Assim ninguém tem condição de estudar mesmo." ESPAÇOS DE LAZER Catarina Ângelo, 16, foi uma das estudantes que prestaram o Enem no ano passado. Sua nota, diz, foi "por volta de 500". Como estava no primeiro ano do ensino médio, havia estudado apenas uma pequena parte do conteúdo cobrado e fez a prova para ganhar experiência. Para a estudante do segundo ano, a falta de espaços de lazer na região está relacionada com o desempenho ruim da escola. "Um lugar onde não tem lazer é um lugar onde o adolescente vai se criar frustrado. Ele não tem um meio pelo qual se distrair." A quadra esportiva da escola fica aberta aos finais de semana e é uma das únicas fontes de diversão da população local, dizem os funcionários. Todos os dias, o namorado de Catarina, Fernando Alves, 19, busca a secundarista depois do fim das aulas, às 22h50. Ele se formou no mesmo colégio em 2013 e diz não se espantar com o último lugar no ranking. "Nunca foi aquela escola de botar ordem. Mas hoje está mais tranquilo que na minha época." Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que a "unidade conta com o apoio da Polícia Militar para o monitoramento das imediações e mantém diálogo permanente com pais, alunos e comunidade escolar." Clique na infografia: Desempenho Enem 2014
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A 32 km do centro, escola com pior nota em São Paulo sofre com roubosGrades amareladas trancam qualquer opção de entrada ou saída, de portas a janelas. A comunicação entre quem está dentro e fora do prédio se dá por um pequeno quadrado no portão, pouco maior que a palma de uma mão. Ao entrar, mais estruturas metálicas separam espaços internos. A descrição é da entrada principal da Escola Estadual Professor Sergio Murillo Raduan, localizada no Jardim Varginha, extremo sul de São Paulo, a 32 km do centro da cidade. A estrutura de segurança da escola existe para evitar os assaltos que, segundo os estudantes, acontecem pelo menos uma vez por ano. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, a região onde fica a escola registrou ao longo do ano passado 961 casos de roubos e 791 furtos. Um estudo de 2013 da Rede Nossa São Paulo classificou o distrito do Grajaú, onde fica o colégio, como o pior lugar para se viver na capital paulista. Mais da metade da população não tem o ensino fundamental completo; e apenas 7% tem o ensino superior, de acordo com o Datafolha. Nessa escola, em 2014, 28 computadores foram roubados durante as férias e agora não há nenhuma máquina para os estudantes. Não fez grande diferença: de acordo com os alunos, os computadores nunca tinham sido usados e estavam parados havia dois anos no local, "pegando poeira", porque nenhum deles estava conectado à internet. Os 40 alunos matriculados na instituição que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2014 conseguiram, em média, 466,3 pontos no exame, a pior nota da capital paulista, segundo dados divulgados pelo MEC (Ministério da Educação). Apenas 45,6% dos professores da escola, conhecida também como Varginha II, possui formação adequada, segundo o ministério. A taxa de reprovação é de um a cada cinco alunos, e a de abandono é de 6,5%. Apesar dos assaltos, professores e alunos afirmam não existir problemas de violência dentro da escola. Para uma professora do ensino médio que não quis se identificar, os resultados do Enem são explicados pelo contexto social da região, uma das mais pobres da cidade. "Temos alunos com pais presos. Como uma criança dessas vai conseguir estudar?", questiona a professora. "A gente não precisa de mais escolas, como pedem por aí. A gente precisa de mais pais e mães presentes nas escolas que já temos, cuidando, fiscalizando, cobrando a escola e também seus filhos", completa. Outra funcionária lembra de um aluno que costumava reclamar de dor de dente. "Uma vez abriram a boca dele, e a gengiva estava podre. Assim ninguém tem condição de estudar mesmo." ESPAÇOS DE LAZER Catarina Ângelo, 16, foi uma das estudantes que prestaram o Enem no ano passado. Sua nota, diz, foi "por volta de 500". Como estava no primeiro ano do ensino médio, havia estudado apenas uma pequena parte do conteúdo cobrado e fez a prova para ganhar experiência. Para a estudante do segundo ano, a falta de espaços de lazer na região está relacionada com o desempenho ruim da escola. "Um lugar onde não tem lazer é um lugar onde o adolescente vai se criar frustrado. Ele não tem um meio pelo qual se distrair." A quadra esportiva da escola fica aberta aos finais de semana e é uma das únicas fontes de diversão da população local, dizem os funcionários. Todos os dias, o namorado de Catarina, Fernando Alves, 19, busca a secundarista depois do fim das aulas, às 22h50. Ele se formou no mesmo colégio em 2013 e diz não se espantar com o último lugar no ranking. "Nunca foi aquela escola de botar ordem. Mas hoje está mais tranquilo que na minha época." Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que a "unidade conta com o apoio da Polícia Militar para o monitoramento das imediações e mantém diálogo permanente com pais, alunos e comunidade escolar." Clique na infografia: Desempenho Enem 2014
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Garoto autista e mãe escrevem livro sobre dragãozinho perdido da família
Quando tinha dois anos, Thor Cugnier Guenther foi diagnosticado com autismo. Os médicos não sabiam se ele conseguiria falar um dia. Hoje, aos 11 anos, o garoto acaba de lançar um livro e conta como teve a ideia: "A professora de português me passou uma tarefa e eu pensei em transformar num livro. Adoro dinossauros e dragões", diz ele à Folha por telefone. "O Bebê Dragão", lançado em outubro, é sobre um dragãozinho, chamado Popeye Júnior, cujo ovo foi encontrado por uma família de humanos. Ao longo da história, o dragão e seu amigo, RJ, tentam encontrar os verdadeiros pais de Popeye Júnior. A aventura foi criada e desenhada pelo próprio Thor e depois escrita pela mãe, Claudia Guenther. Ela aponta que o filho está sempre tendo novas ideias. "Tudo na cabeça dele vira história, e ele tem uma para contar todo dia", diz. "Falam que crianças com autismo têm dificuldade com interação social, de se colocar no lugar do outro, de entrar no mundo da imaginação, mas o Thor acabou rompendo com essa característica." Como não tiveram apoio de editoras, Thor e a mãe lançaram o livro de forma independente. Em 2011, Claudia, que é fonoaudióloga, também havia publicado "A História do Thor: um Tom e um Som para as Palavras que Não Foram Ditas", contando como foi o processo de diagnóstico e tratamento do filho. A mãe conta que Thor sempre estudou em uma escola regular. "A relação que ele tem com a turma é um barato, a turma o abraçou", diz Claudia. Quando está em época de aula, o menino vai à escola de manhã e, quando não ocupa a tarde com os atendimentos terapêuticos ou dever de casa, adora assistir a animações. "Hoje vai ter um filme do Charlie Brown e do Snoopy", disse ele na entrevista. "Eu acompanho tudo sobre cinema e sei quando vão ser as estreias." Thor diz que não vê a hora de escrever um próximo livro. E ele já tem até o enredo na cabeça: "Vai ser uma história no deserto do Saara: os vilões vão ser coiotes, vai ter uma águia que não sabe voar e uma naja sem veneno", revela. O QUE É AUTISMO O autismo –ou Transtorno do Espectro Autista– afeta diferentes aspectos da comunicação. O professor Estevão Vadasz, do Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, explica que os principais sintomas são dificuldade em estabelecer contato visual, problemas de socialização, comportamentos repetitivos e até mesmo falta de coordenação motora em alguns casos. "Cada caso pode ser mais intenso ou menos intenso. Mas, se a criança é tratada adequadamente, como foi o caso do Thor, ela vai tendo uma melhora", diz. Vadasz reitera que o diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível, com um ano e meio, para que o tratamento possa surtir melhores resultados. "Tenho muitos pacientes já adultos e adolescentes que estão namorando e na faculdade", diz. "Há uma possibilidade muito grande de viverem uma vida normal." Estima-se que existam no país 2 milhões de crianças com autismo, mas 95% delas ainda não foram diagnosticadas. "Geralmente no Brasil o diagnóstico é tardio, feito entre o quinto ou sexto ano de vida. Ainda dá para trabalhar bem, mas não é o ideal", aponta Vadasz. O pesquisador afirma que a criatividade de Thor é comum em muitos autistas. "Eles têm uma fixação muito grande em dinossauros, dragões, criam personagens. Na parede do meu consultório, tenho um quadro de uma criança que desenhou um dragão e hoje em dia ela é adulta e virou ilustradora", conta.
folhinha
Garoto autista e mãe escrevem livro sobre dragãozinho perdido da famíliaQuando tinha dois anos, Thor Cugnier Guenther foi diagnosticado com autismo. Os médicos não sabiam se ele conseguiria falar um dia. Hoje, aos 11 anos, o garoto acaba de lançar um livro e conta como teve a ideia: "A professora de português me passou uma tarefa e eu pensei em transformar num livro. Adoro dinossauros e dragões", diz ele à Folha por telefone. "O Bebê Dragão", lançado em outubro, é sobre um dragãozinho, chamado Popeye Júnior, cujo ovo foi encontrado por uma família de humanos. Ao longo da história, o dragão e seu amigo, RJ, tentam encontrar os verdadeiros pais de Popeye Júnior. A aventura foi criada e desenhada pelo próprio Thor e depois escrita pela mãe, Claudia Guenther. Ela aponta que o filho está sempre tendo novas ideias. "Tudo na cabeça dele vira história, e ele tem uma para contar todo dia", diz. "Falam que crianças com autismo têm dificuldade com interação social, de se colocar no lugar do outro, de entrar no mundo da imaginação, mas o Thor acabou rompendo com essa característica." Como não tiveram apoio de editoras, Thor e a mãe lançaram o livro de forma independente. Em 2011, Claudia, que é fonoaudióloga, também havia publicado "A História do Thor: um Tom e um Som para as Palavras que Não Foram Ditas", contando como foi o processo de diagnóstico e tratamento do filho. A mãe conta que Thor sempre estudou em uma escola regular. "A relação que ele tem com a turma é um barato, a turma o abraçou", diz Claudia. Quando está em época de aula, o menino vai à escola de manhã e, quando não ocupa a tarde com os atendimentos terapêuticos ou dever de casa, adora assistir a animações. "Hoje vai ter um filme do Charlie Brown e do Snoopy", disse ele na entrevista. "Eu acompanho tudo sobre cinema e sei quando vão ser as estreias." Thor diz que não vê a hora de escrever um próximo livro. E ele já tem até o enredo na cabeça: "Vai ser uma história no deserto do Saara: os vilões vão ser coiotes, vai ter uma águia que não sabe voar e uma naja sem veneno", revela. O QUE É AUTISMO O autismo –ou Transtorno do Espectro Autista– afeta diferentes aspectos da comunicação. O professor Estevão Vadasz, do Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, explica que os principais sintomas são dificuldade em estabelecer contato visual, problemas de socialização, comportamentos repetitivos e até mesmo falta de coordenação motora em alguns casos. "Cada caso pode ser mais intenso ou menos intenso. Mas, se a criança é tratada adequadamente, como foi o caso do Thor, ela vai tendo uma melhora", diz. Vadasz reitera que o diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível, com um ano e meio, para que o tratamento possa surtir melhores resultados. "Tenho muitos pacientes já adultos e adolescentes que estão namorando e na faculdade", diz. "Há uma possibilidade muito grande de viverem uma vida normal." Estima-se que existam no país 2 milhões de crianças com autismo, mas 95% delas ainda não foram diagnosticadas. "Geralmente no Brasil o diagnóstico é tardio, feito entre o quinto ou sexto ano de vida. Ainda dá para trabalhar bem, mas não é o ideal", aponta Vadasz. O pesquisador afirma que a criatividade de Thor é comum em muitos autistas. "Eles têm uma fixação muito grande em dinossauros, dragões, criam personagens. Na parede do meu consultório, tenho um quadro de uma criança que desenhou um dragão e hoje em dia ela é adulta e virou ilustradora", conta.
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Minuto da Política: veja destaques desta quarta-feira
Nesta quarta-feira, foi revelado o teor da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ele afirmou que o presidente interino Michel Temer, do PMDB, teria acertado com ele propina de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo em 2012. O dinheiro teria vindo por meio de doação da Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, estuda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça para anular a votação do Conselho de Ética que aprovou sua cassação. A votação final que pode levar a sua perda de mandato deve ocorrer entre os dias 19 e 20 de julho. Veja estes e outros destaques neste vídeo, com Angela Boldrini.
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Minuto da Política: veja destaques desta quarta-feiraNesta quarta-feira, foi revelado o teor da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ele afirmou que o presidente interino Michel Temer, do PMDB, teria acertado com ele propina de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo em 2012. O dinheiro teria vindo por meio de doação da Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, estuda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça para anular a votação do Conselho de Ética que aprovou sua cassação. A votação final que pode levar a sua perda de mandato deve ocorrer entre os dias 19 e 20 de julho. Veja estes e outros destaques neste vídeo, com Angela Boldrini.
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Trama apelativa e frágil não se sustenta sem música e visual
O canadense Denis Villeneuve vem construindo uma carreira que parece ter como objetivo afirmar seu nome como competente realizador de filmes de prestígio no interior da máquina hollywoodiana. "Sicario: Terra de Ninguém" é mais um passo nessa direção. Assim como "Incêndios" (2010), o longa indicado ao Oscar que colocou Villeneuve no radar da indústria, e o celebrado thriller "Os Suspeitos" (2013), "Sicario" se alterna entre o suspense e o melodrama (disfarçado de tragédia), dirigindo-se enfaticamente a um desfecho-surpresa, de alto impacto. A primeira sequência já pretende "tirar o fôlego". Emily Blunt vive uma agente da divisão antissequestro do FBI que participa de uma operação no Arizona. Em uma casa aparentemente abandonada, onde eles esperavam resgatar reféns, encontram dezenas de cadáveres emparedados. O cenário de horror se repetirá algumas vezes. A personagem de Emily é convocada a uma operação para chegar ao poderoso chefão do cartel de drogas mexicano Manuel Diaz. A própria operação tem contornos misteriosos e sombrios, principalmente por conta da participação de um homem de passado desconhecido, interpretado por Benicio Del Toro. Mas "Sicario" é como um frágil castelo de cartas, que depende fortemente de elementos como a fotografia e a música para não se desmantelar. Tanto o roteiro de Taylor Sheridan quanto a direção de Villeneuve não se sustentam com autonomia, e o uso exagerado da música se torna um dos elementos que chamam a atenção para a fragilidade do filme e seu imenso esforço em construir uma expectativa que não se cumpre. A questão mais problemática, no entanto, está no caráter fortemente apelativo da trama, que observa com ar escandaloso e uma suposta "isenção política" os horrores do cartel do tráfico mexicano –transformando-o em uma encarnação do mal sobre a Terra que só poderia ser enfrentado por um mal de proporção semelhante. SICARIO: TERRA DE NINGUÉM (Sicario) DIREÇÃO Denis Villeneuve ELENCO Emily Blunt, Josh Brolin, Benicio Del Toro PRODUÇÃO EUA, 2015, 16 anos QUANDO estreia nesta quinta (22)
ilustrada
Trama apelativa e frágil não se sustenta sem música e visualO canadense Denis Villeneuve vem construindo uma carreira que parece ter como objetivo afirmar seu nome como competente realizador de filmes de prestígio no interior da máquina hollywoodiana. "Sicario: Terra de Ninguém" é mais um passo nessa direção. Assim como "Incêndios" (2010), o longa indicado ao Oscar que colocou Villeneuve no radar da indústria, e o celebrado thriller "Os Suspeitos" (2013), "Sicario" se alterna entre o suspense e o melodrama (disfarçado de tragédia), dirigindo-se enfaticamente a um desfecho-surpresa, de alto impacto. A primeira sequência já pretende "tirar o fôlego". Emily Blunt vive uma agente da divisão antissequestro do FBI que participa de uma operação no Arizona. Em uma casa aparentemente abandonada, onde eles esperavam resgatar reféns, encontram dezenas de cadáveres emparedados. O cenário de horror se repetirá algumas vezes. A personagem de Emily é convocada a uma operação para chegar ao poderoso chefão do cartel de drogas mexicano Manuel Diaz. A própria operação tem contornos misteriosos e sombrios, principalmente por conta da participação de um homem de passado desconhecido, interpretado por Benicio Del Toro. Mas "Sicario" é como um frágil castelo de cartas, que depende fortemente de elementos como a fotografia e a música para não se desmantelar. Tanto o roteiro de Taylor Sheridan quanto a direção de Villeneuve não se sustentam com autonomia, e o uso exagerado da música se torna um dos elementos que chamam a atenção para a fragilidade do filme e seu imenso esforço em construir uma expectativa que não se cumpre. A questão mais problemática, no entanto, está no caráter fortemente apelativo da trama, que observa com ar escandaloso e uma suposta "isenção política" os horrores do cartel do tráfico mexicano –transformando-o em uma encarnação do mal sobre a Terra que só poderia ser enfrentado por um mal de proporção semelhante. SICARIO: TERRA DE NINGUÉM (Sicario) DIREÇÃO Denis Villeneuve ELENCO Emily Blunt, Josh Brolin, Benicio Del Toro PRODUÇÃO EUA, 2015, 16 anos QUANDO estreia nesta quinta (22)
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Domingos Montagner é encontrado morto submerso no rio São Francisco
O ator Domingos Montagner, 54, morreu afogado na tarde de quinta (15) após mergulhar de uma pedra no rio São Francisco. Ele estava acompanhado da atriz Camila Pitanga, durante um intervalo das gravações de "Velho Chico", novela das 21h da Globo. Seu corpo foi encontrado por mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Sergipe. Estava a 18 metros de profundidade, preso em pedras, a cerca de 50 metros do local onde havia mergulhado. Nascido em São Paulo em 1962, morador de Embu das Artes, Montagner era o protagonista da produção ambientada no Nordeste, seu 12º trabalho na televisão. Em depoimento à polícia, Camila Pitanga contou que nadava com o ator quando sentiu uma forte correnteza e se segurou em uma pedra. Ao perceber que o colega estava sendo levado, ela tentou agarrar sua mão por duas vezes. Montagner, então, afundou e voltou à superfície duas vezes, depois desapareceu. Ela gritou por ajuda aos que estavam na orla do rio, chamada de Prainha. Os dois haviam almoçado pouco antes no restaurante Caçuá, próximo ao local. De manhã, gravaram cenas para a novela. As polícias civil e militar, o Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo foram acionados e mobilizaram inicialmente 50 profissionais para as buscas, que incluíram dois helicópteros. A atriz foi resgatada por uma lancha. O corpo de Montagner foi encontrado mais de quatro horas depois. A novela estava nas cenas finais, e o ator deveria voltar ao Rio de Janeiro neste domingo (18). Ele era casado havia 15 anos com a atriz Luciana Lima e deixa três filhos. NOVELA A equipe da Globo se preparava para deixar a região. O último capítulo deveria ir ao ar no dia 30/9. Não se sabe que rumos a novela tomará. A produção, dirigida por Luiz Fernando Carvalho e escrita por Benedito Ruy Barbosa, não teve sua transmissão interrompida e o episódio desta quinta (15) foi ao ar como era programado antes da tragédia. Na trama, o personagem de Montagner vivia um agricultor que lutava contra coronéis da região. Em um dos embates, o personagem tomou três tiros e sumiu nas águas do São Francisco. Desaparecido e dado como morto, reapareceu semanas depois numa aldeia indígena. A região onde foi construída a hidrelétrica de Xingó, inaugurada em 1994, na cidade de Canindé de São Francisco, apresenta fendas e cânions sob o leito do rio, onde se formam rodamoinhos que podem ter puxado o ator para baixo. A profundidade chega a alcançar 120 metros. O município registra 12 mortes por afogamento desde 2005, numa média de um por ano, segundo dados do Sistema Único de Saúde. No início deste ano, um adolescente morreu ali ao navegar com um barco. Segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, que administra a usina de Xingó, a vazão atual da água é de 600 m³/s, um décimo da vazão máxima, de 6.000 m³/s. O rio passa por uma seca histórica, e as comportas da usina estavam fechadas nesta quinta-feira (15). Foi a segunda morte ocorrida durante as gravações de "Velho Chico". Em abril, o ator Umberto Magnani, que fazia o padre Romão, morreu aos 75 anos devido a um acidente vascular encefálico. * Santo, personagem de "Velho Chico", marcou a 12ª participação de Montagner na televisão, que apresentou o ator no seriado "Mothern", do GNT, em 2008, e, dois anos depois, como Carlos, amante da protagonista vivida por Lília Cabral na minissérie "Divã", da Rede Globo. Em 2011, Montagner recebeu seu primeiro papel em uma novela, já com destaque, como o cangaceiro Herculano em "Cordel Encantado". Depois, transformou-se em rosto recorrente na emissora, atuando em títulos como "Salve Jorge" e "Sete Vidas". O ator, que fazia questão de se afirmar palhaço, começou a carreira estudando com a atriz Myriam Muniz e, em seguida, no Circo Escola Picadeiro. Foi lá que conheceu Fernando Sampaio, com quem criou o La Mínima, em 1997. O espetáculo "A Noite dos Palhaços Mudos", inspirado em uma história de Laerte, rendeu-lhe um prêmio Shell de melhor ator em 2008. A dupla de palhaços também originou o coletivo Circo Zanni, do qual o Montagner era diretor artístico. O ator estreou no cinemas em 2012, fazendo uma participação no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira, sobre o rei do baião e seu filho. O papel como coronel Raimundo no longa de Silveira rendeu a ele a primeira indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro –ele concorreu na mesma categoria por interpretar Milton em "A Grande Vitória" (2015). No mesmo ano, ele deu vida ao delegado Espinosa, personagem criado pelo escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza no livro "Espinosa Sem Saída", na adaptação televisiva "Romance Policial - Espinosa", do GNT. Em 2016, estrelou os longas "Vidas Partidas", de Marcos Schechtman, "De Onde te Vejo", de Luiz Villaça, "O Outro Lado do Vento", de Walter Lima Jr, e "Um Namorado para Minha Mulher", de Julia Rezende, lançado em agosto. Montagner estava escalado para elenco de "O Que Nos Une", trama global das 23h com previsão de estreia para abril de 2017.
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Domingos Montagner é encontrado morto submerso no rio São FranciscoO ator Domingos Montagner, 54, morreu afogado na tarde de quinta (15) após mergulhar de uma pedra no rio São Francisco. Ele estava acompanhado da atriz Camila Pitanga, durante um intervalo das gravações de "Velho Chico", novela das 21h da Globo. Seu corpo foi encontrado por mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Sergipe. Estava a 18 metros de profundidade, preso em pedras, a cerca de 50 metros do local onde havia mergulhado. Nascido em São Paulo em 1962, morador de Embu das Artes, Montagner era o protagonista da produção ambientada no Nordeste, seu 12º trabalho na televisão. Em depoimento à polícia, Camila Pitanga contou que nadava com o ator quando sentiu uma forte correnteza e se segurou em uma pedra. Ao perceber que o colega estava sendo levado, ela tentou agarrar sua mão por duas vezes. Montagner, então, afundou e voltou à superfície duas vezes, depois desapareceu. Ela gritou por ajuda aos que estavam na orla do rio, chamada de Prainha. Os dois haviam almoçado pouco antes no restaurante Caçuá, próximo ao local. De manhã, gravaram cenas para a novela. As polícias civil e militar, o Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo foram acionados e mobilizaram inicialmente 50 profissionais para as buscas, que incluíram dois helicópteros. A atriz foi resgatada por uma lancha. O corpo de Montagner foi encontrado mais de quatro horas depois. A novela estava nas cenas finais, e o ator deveria voltar ao Rio de Janeiro neste domingo (18). Ele era casado havia 15 anos com a atriz Luciana Lima e deixa três filhos. NOVELA A equipe da Globo se preparava para deixar a região. O último capítulo deveria ir ao ar no dia 30/9. Não se sabe que rumos a novela tomará. A produção, dirigida por Luiz Fernando Carvalho e escrita por Benedito Ruy Barbosa, não teve sua transmissão interrompida e o episódio desta quinta (15) foi ao ar como era programado antes da tragédia. Na trama, o personagem de Montagner vivia um agricultor que lutava contra coronéis da região. Em um dos embates, o personagem tomou três tiros e sumiu nas águas do São Francisco. Desaparecido e dado como morto, reapareceu semanas depois numa aldeia indígena. A região onde foi construída a hidrelétrica de Xingó, inaugurada em 1994, na cidade de Canindé de São Francisco, apresenta fendas e cânions sob o leito do rio, onde se formam rodamoinhos que podem ter puxado o ator para baixo. A profundidade chega a alcançar 120 metros. O município registra 12 mortes por afogamento desde 2005, numa média de um por ano, segundo dados do Sistema Único de Saúde. No início deste ano, um adolescente morreu ali ao navegar com um barco. Segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, que administra a usina de Xingó, a vazão atual da água é de 600 m³/s, um décimo da vazão máxima, de 6.000 m³/s. O rio passa por uma seca histórica, e as comportas da usina estavam fechadas nesta quinta-feira (15). Foi a segunda morte ocorrida durante as gravações de "Velho Chico". Em abril, o ator Umberto Magnani, que fazia o padre Romão, morreu aos 75 anos devido a um acidente vascular encefálico. * Santo, personagem de "Velho Chico", marcou a 12ª participação de Montagner na televisão, que apresentou o ator no seriado "Mothern", do GNT, em 2008, e, dois anos depois, como Carlos, amante da protagonista vivida por Lília Cabral na minissérie "Divã", da Rede Globo. Em 2011, Montagner recebeu seu primeiro papel em uma novela, já com destaque, como o cangaceiro Herculano em "Cordel Encantado". Depois, transformou-se em rosto recorrente na emissora, atuando em títulos como "Salve Jorge" e "Sete Vidas". O ator, que fazia questão de se afirmar palhaço, começou a carreira estudando com a atriz Myriam Muniz e, em seguida, no Circo Escola Picadeiro. Foi lá que conheceu Fernando Sampaio, com quem criou o La Mínima, em 1997. O espetáculo "A Noite dos Palhaços Mudos", inspirado em uma história de Laerte, rendeu-lhe um prêmio Shell de melhor ator em 2008. A dupla de palhaços também originou o coletivo Circo Zanni, do qual o Montagner era diretor artístico. O ator estreou no cinemas em 2012, fazendo uma participação no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira, sobre o rei do baião e seu filho. O papel como coronel Raimundo no longa de Silveira rendeu a ele a primeira indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro –ele concorreu na mesma categoria por interpretar Milton em "A Grande Vitória" (2015). No mesmo ano, ele deu vida ao delegado Espinosa, personagem criado pelo escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza no livro "Espinosa Sem Saída", na adaptação televisiva "Romance Policial - Espinosa", do GNT. Em 2016, estrelou os longas "Vidas Partidas", de Marcos Schechtman, "De Onde te Vejo", de Luiz Villaça, "O Outro Lado do Vento", de Walter Lima Jr, e "Um Namorado para Minha Mulher", de Julia Rezende, lançado em agosto. Montagner estava escalado para elenco de "O Que Nos Une", trama global das 23h com previsão de estreia para abril de 2017.
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Veja o cartum de Odyr da edição deste domingo
ODYR, 48, é quadrinista. Ilustrou o poema "Honey Boo" de Matilde Campilho (honeyboocomics.wordpress.com).
ilustrissima
Veja o cartum de Odyr da edição deste domingoODYR, 48, é quadrinista. Ilustrou o poema "Honey Boo" de Matilde Campilho (honeyboocomics.wordpress.com).
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'Recauchutagem' de célula de defesa ajuda a combater leucemia
Uma nova e arriscada modalidade de terapia tem saltado aos olhos dos médicos como uma possível cura para alguns casos de leucemia difíceis de tratar. Ela envolve uma espécie de recauchutagem (fora do organismo) de células do sistema de defesa. Após a injeção das células turbinadas, o impacto na doença é notório. A terapia com células CAR T (com receptor antigênico quimérico) obtido taxas de sucesso que chegam a 90% em um estudos clínicos –a terapia ainda é experimental– com pacientes com leucemias linfoides crônica e aguda. Também há relativo sucesso em testes com outros tipos câncer, mas não tanto. As conquistas dessa modalidade de tratamento leucemia linfoide aguda, que representa cerca de 10% do total das leucemias, foi classificada como "sem precedentes" pela pesquisadora Noelle Frey, médica da Universidade da Pensilvânia (EUA). O problema da modalidade é a complexidade, afirma o coordenador de hematologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa Phillip Scheinberg. De acordo com Scheinberg, não temos e dificilmente teríamos um protocolo de pesquisa do tipo no Brasil: "Há muito poucos locais capacitados; o tratamento de de ser feito em altas condições de limpeza". Para a recauchutagem, é necessária uma etapa chamada leucoferese, que remove do organismo as células brancas de defesa do sangue. O potencial impacto disso no organismo é severo: infecções "bobas", como uma virose, podem matar. Fora do organismo, essa células são tratadas e são transformadas, isto é, recebem um DNA exógeno. Elas são multiplicadas e passam a apresentar, em sua membrana, uma proteína quimérica, projetada para se ligar a um antígeno, no caso a molécula CD19, proteína geralmente presente nas células cancerosas. Mirando no CD19, a terapia com células T recauchutadas, conseguem se ligar às células-alvo e descarregar todo seu arsenal antitumoral, tratando a doença. No "projeto" do receptor quimérico, também constam regiões, que ficam pra dentro da célula, responsáveis por essa melhor ativação dos linfócitos e que aumentam sua sobrevivência de maneira expressiva, potencializando sua ação. REMÉDIO AMARGO O problema da terapia com as células CAR T é uma resposta inflamatória exagerada que acompanha a ação antitumoral. Essa reação pode matar, se não for controlada adequadamente. "Ainda temos muito o que aprender, o efeito da terapia pode ser desastroso, se ela não for bem controlada." Em um estudo, Noelle e colegas resolveu tentar fracionar a dose de células para ver o balanço entre eficácia e segurança (ausência da resposta inflamatória exacerbada). A dose "normal" era de 500 milhões de células, que tinha resposta em 100% dos casos e também inflamação em todos os pacientes. Fracionado em 3 a dose original, em 3 dias seguidos, a eficácia passou a 86% e a inflamação apareceu em 66% dos casos. Uma única dos de 50 milhões de células reduziu a eficácia para 33% e a inflamação apareceu em 66% dos casos. O estudo era de fase 1: pequeno, preliminar e com poucos pacientes (46). Um de seus objetivos era de ver a segurança, e foi visto que pacientes com uma forma mais branda da doença eram razoavelmente protegidos desses efeitos inflamatórios -nenhum foi afetado enquanto 44% dos que tinham versão mais grave tiveram a complicação. Os pacientes mais graves também estão mais sujeitos à toxicidade no sistema nervoso. A saída, afirma Scheinberg, é otimizar ainda mais o processo, além de se valer de outras moléculas para deixar o tratamento mais seguro, como o anticorpo tocilizumabe. A sobrevida após um ano ficou em 73% e 57% para os grupos menos e mais graves, respectivamente. Também está inversamente associada à melhor eficácia do tratamento a idade dos pacientes em tratamento. O trabalho foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de 2016, que aconteceu em Chicago entre 3 e 7 de junho. TUMOR SÓLIDO A esperança dos oncologistas é levar esse "caso de sucesso" para os tumores sólidos (como de pulmão ou ovário). No entanto, apesar de a abordagem fazer sentido, não houve grande progresso. A saída seria mexer na estrutura desses receptores quiméricos, fazendo que eles encontrem outros marcadores, além do CD19, que possam estar presente na superfície de outras tipos de células cancerosas. "As células T CAR foram estudadas mais extensivamente em malignidades hematológicas (neoplasias de célula B), em que vimos resultados arrebatadores", diz o oncologista Mauro Zukim, do Grupo COI, do Rio. "No entanto, o modelo de tratamento dos tumores sólidos é mais desafiador do que as malignidades de células B com células CAR-T por causa das características da estrutura histopatológicas, escassez de antígenos específicos e forte ambiente imunossupressor desses tumores", diz. Já o oncologista clínico Fernando Maluf, oncologista do Hospital Albert Einstein e do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes, diz que o tratamento "é uma das formas promissoras de imunoterapia que existem para os tumores sólidos. Há dados interessantes em câncer de colo de útero –as células foram projetadas para atacar proteínas do HPV. Mesmo sendo pacientes já tratadas, metastáticas e com péssimo prognóstico, houve bons resultados". Também é possível combinar a "recauchutagem celular" com outras terapias que modulam o sistema imunológico, tentando criar um efeito de somação no combate ao câncer. O jornalista GABRIEL ALVES viajou a convite da Pfizer
equilibrioesaude
'Recauchutagem' de célula de defesa ajuda a combater leucemiaUma nova e arriscada modalidade de terapia tem saltado aos olhos dos médicos como uma possível cura para alguns casos de leucemia difíceis de tratar. Ela envolve uma espécie de recauchutagem (fora do organismo) de células do sistema de defesa. Após a injeção das células turbinadas, o impacto na doença é notório. A terapia com células CAR T (com receptor antigênico quimérico) obtido taxas de sucesso que chegam a 90% em um estudos clínicos –a terapia ainda é experimental– com pacientes com leucemias linfoides crônica e aguda. Também há relativo sucesso em testes com outros tipos câncer, mas não tanto. As conquistas dessa modalidade de tratamento leucemia linfoide aguda, que representa cerca de 10% do total das leucemias, foi classificada como "sem precedentes" pela pesquisadora Noelle Frey, médica da Universidade da Pensilvânia (EUA). O problema da modalidade é a complexidade, afirma o coordenador de hematologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa Phillip Scheinberg. De acordo com Scheinberg, não temos e dificilmente teríamos um protocolo de pesquisa do tipo no Brasil: "Há muito poucos locais capacitados; o tratamento de de ser feito em altas condições de limpeza". Para a recauchutagem, é necessária uma etapa chamada leucoferese, que remove do organismo as células brancas de defesa do sangue. O potencial impacto disso no organismo é severo: infecções "bobas", como uma virose, podem matar. Fora do organismo, essa células são tratadas e são transformadas, isto é, recebem um DNA exógeno. Elas são multiplicadas e passam a apresentar, em sua membrana, uma proteína quimérica, projetada para se ligar a um antígeno, no caso a molécula CD19, proteína geralmente presente nas células cancerosas. Mirando no CD19, a terapia com células T recauchutadas, conseguem se ligar às células-alvo e descarregar todo seu arsenal antitumoral, tratando a doença. No "projeto" do receptor quimérico, também constam regiões, que ficam pra dentro da célula, responsáveis por essa melhor ativação dos linfócitos e que aumentam sua sobrevivência de maneira expressiva, potencializando sua ação. REMÉDIO AMARGO O problema da terapia com as células CAR T é uma resposta inflamatória exagerada que acompanha a ação antitumoral. Essa reação pode matar, se não for controlada adequadamente. "Ainda temos muito o que aprender, o efeito da terapia pode ser desastroso, se ela não for bem controlada." Em um estudo, Noelle e colegas resolveu tentar fracionar a dose de células para ver o balanço entre eficácia e segurança (ausência da resposta inflamatória exacerbada). A dose "normal" era de 500 milhões de células, que tinha resposta em 100% dos casos e também inflamação em todos os pacientes. Fracionado em 3 a dose original, em 3 dias seguidos, a eficácia passou a 86% e a inflamação apareceu em 66% dos casos. Uma única dos de 50 milhões de células reduziu a eficácia para 33% e a inflamação apareceu em 66% dos casos. O estudo era de fase 1: pequeno, preliminar e com poucos pacientes (46). Um de seus objetivos era de ver a segurança, e foi visto que pacientes com uma forma mais branda da doença eram razoavelmente protegidos desses efeitos inflamatórios -nenhum foi afetado enquanto 44% dos que tinham versão mais grave tiveram a complicação. Os pacientes mais graves também estão mais sujeitos à toxicidade no sistema nervoso. A saída, afirma Scheinberg, é otimizar ainda mais o processo, além de se valer de outras moléculas para deixar o tratamento mais seguro, como o anticorpo tocilizumabe. A sobrevida após um ano ficou em 73% e 57% para os grupos menos e mais graves, respectivamente. Também está inversamente associada à melhor eficácia do tratamento a idade dos pacientes em tratamento. O trabalho foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de 2016, que aconteceu em Chicago entre 3 e 7 de junho. TUMOR SÓLIDO A esperança dos oncologistas é levar esse "caso de sucesso" para os tumores sólidos (como de pulmão ou ovário). No entanto, apesar de a abordagem fazer sentido, não houve grande progresso. A saída seria mexer na estrutura desses receptores quiméricos, fazendo que eles encontrem outros marcadores, além do CD19, que possam estar presente na superfície de outras tipos de células cancerosas. "As células T CAR foram estudadas mais extensivamente em malignidades hematológicas (neoplasias de célula B), em que vimos resultados arrebatadores", diz o oncologista Mauro Zukim, do Grupo COI, do Rio. "No entanto, o modelo de tratamento dos tumores sólidos é mais desafiador do que as malignidades de células B com células CAR-T por causa das características da estrutura histopatológicas, escassez de antígenos específicos e forte ambiente imunossupressor desses tumores", diz. Já o oncologista clínico Fernando Maluf, oncologista do Hospital Albert Einstein e do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes, diz que o tratamento "é uma das formas promissoras de imunoterapia que existem para os tumores sólidos. Há dados interessantes em câncer de colo de útero –as células foram projetadas para atacar proteínas do HPV. Mesmo sendo pacientes já tratadas, metastáticas e com péssimo prognóstico, houve bons resultados". Também é possível combinar a "recauchutagem celular" com outras terapias que modulam o sistema imunológico, tentando criar um efeito de somação no combate ao câncer. O jornalista GABRIEL ALVES viajou a convite da Pfizer
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Schweinsteiger é negociado com United; Casillas acerta com Porto
O presidente do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, anunciou neste sábado (11), que o meia Schweinsteiger, 30, foi negociado e defenderá o Manchester United. "O jogador deseja fazer algo novo antes do fim de sua carreira e os dois clubes encontraram uma solução séria e justa para ambos e para responder os desejos do atleta", disse Karl-Heinz Rummenigge. Campeão da Copa do Mundo com a Alemanha, o meia é o jogador que mais títulos conquistou pelo Bayern (25), incluindo oito troféus do Campeonato Alemão (2003, 2005, 2006, 2008, 2010, 2013, 2014 e 2015), quatro Copas da Alemanha (2005, 2008, 2010 e 2013) e uma Liga dos Campeões (2013). De acordo com o jornal alemão Bild, o United desembolsou entre 18 e 20 milhões de euros (aproximadamente 70 milhões de reais) para contratar o atleta, que deve receber um salário de 10 milhões de euros por ano. O técnico da seleção alemã, Joachim Löw, disse que "a Premier League será muito boa para Basti, que ainda tem grandes metas e ambições". No Twitter, o Manchester teve cautela ao dizer que "o acordo está sujeito a uma condição de ordem médica e pessoal. Um outro anúncio será feito quando o processo estiver concluído". Schweinsteiger perdeu todo o início da temporada por lesão, e atuou em apenas vinte partidas do Campeonato Alemão. Bastian, como também é conhecido, será o primeiro atleta alemão a fazer parte do time principal do Manchester United. Bastian CASILLAS O goleiro Iker Casillas é outro jogador que está de saída do clube onde conquistou diverso títulos e fez história. O Real Madrid anunciou, neste sábado (11), em seu site oficial que o jogador foi negociado junto ao Porto, de Portugal. Em 25 anos no clube, Casillas conquistou três Ligas dos Campeões, um Mundial de Clubes, dois Intercontinentais, duas Supercopas da Europa, cinco Campeonatos Espanhol, duas Copas do Rei e quatro Supercopas da Espanha com o Real Madrid. O time madrilenho agradeceu o atleta: Obrigado, Iker, por tudo que realizou. Obrigado por ser um símbolo do melhor de nossa história. Você vai, mas não esqueceremos que você pertence para sempre o coração do Real Madrid.
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Schweinsteiger é negociado com United; Casillas acerta com PortoO presidente do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, anunciou neste sábado (11), que o meia Schweinsteiger, 30, foi negociado e defenderá o Manchester United. "O jogador deseja fazer algo novo antes do fim de sua carreira e os dois clubes encontraram uma solução séria e justa para ambos e para responder os desejos do atleta", disse Karl-Heinz Rummenigge. Campeão da Copa do Mundo com a Alemanha, o meia é o jogador que mais títulos conquistou pelo Bayern (25), incluindo oito troféus do Campeonato Alemão (2003, 2005, 2006, 2008, 2010, 2013, 2014 e 2015), quatro Copas da Alemanha (2005, 2008, 2010 e 2013) e uma Liga dos Campeões (2013). De acordo com o jornal alemão Bild, o United desembolsou entre 18 e 20 milhões de euros (aproximadamente 70 milhões de reais) para contratar o atleta, que deve receber um salário de 10 milhões de euros por ano. O técnico da seleção alemã, Joachim Löw, disse que "a Premier League será muito boa para Basti, que ainda tem grandes metas e ambições". No Twitter, o Manchester teve cautela ao dizer que "o acordo está sujeito a uma condição de ordem médica e pessoal. Um outro anúncio será feito quando o processo estiver concluído". Schweinsteiger perdeu todo o início da temporada por lesão, e atuou em apenas vinte partidas do Campeonato Alemão. Bastian, como também é conhecido, será o primeiro atleta alemão a fazer parte do time principal do Manchester United. Bastian CASILLAS O goleiro Iker Casillas é outro jogador que está de saída do clube onde conquistou diverso títulos e fez história. O Real Madrid anunciou, neste sábado (11), em seu site oficial que o jogador foi negociado junto ao Porto, de Portugal. Em 25 anos no clube, Casillas conquistou três Ligas dos Campeões, um Mundial de Clubes, dois Intercontinentais, duas Supercopas da Europa, cinco Campeonatos Espanhol, duas Copas do Rei e quatro Supercopas da Espanha com o Real Madrid. O time madrilenho agradeceu o atleta: Obrigado, Iker, por tudo que realizou. Obrigado por ser um símbolo do melhor de nossa história. Você vai, mas não esqueceremos que você pertence para sempre o coração do Real Madrid.
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Agruras argentinas
A Argentina encerrou 2016 com desempenho econômico decepcionante dadas as expectativas criadas pela eleição de Mauricio Macri. Estima-se que o PIB tenha encolhido em torno de 2%, na terceira queda anual desde 2012. E, a despeito da marcha à ré na economia, a inflação avançou da vizinhança dos 30% para a dos 40%. O desconforto da Casa Rosada tornou-se explícito com a demissão do ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, no dia seguinte ao Natal e após meses de luta inglória contra o deficit orçamentário. As agruras argentinas naturalmente suscitam paralelos com os claudicantes resultados obtidos até aqui pelo governo de Michel Temer (PMDB). Trata-se de exercício que requer boa dose de cuidado em suas conclusões. Nos dois países, a incúria no manejo das contas públicas e a tolerância com a aceleração dos preços chegaram a tal ponto que ajustes simultâneos e conflitantes tornaram-se inadiáveis. O combate à inflação exigiu juros elevados que derrubaram a economia e a arrecadação, comprometendo o equilíbrio dos cofres nacionais; o corte de gastos, por sua vez, eliminou subsídios estatais e levou à alta de tarifas públicas. Vitorioso nas urnas em 2015, o presidente Macri pôs fim a uma era de políticas populistas conduzidas por Néstor e Cristina Kirchner, que incluíam controles artificiais do câmbio e manipulação dos índices oficiais de preços. No Brasil, a reviravolta da gestão econômica começou ainda sob Dilma Rousseff, antes de a petista ser afastada no Congresso por mascarar o deficit do Orçamento. A maior contribuição de Temer até aqui foi a aprovação de emenda constitucional que fixa limites ao aumento das despesas federais. Lá como aqui, as escolhas foram acertadas e os avanços não são desprezíveis —ainda que se arque com o custo previsível do desgaste político e que certos recuos e concessões sejam inevitáveis. Postergar as reformas muito provavelmente implicaria sacrifícios ainda maiores no futuro. Há que se reconhecer, entretanto, que a prometida retomada do crescimento tarda além do esperado. Ou, vale dizer, que a recuperação da confiança de empresários e consumidores ainda deixa a desejar. Menos mal que os analistas de mercado brasileiros e argentinos projetem alguma melhora neste ano. Feitos mais palpáveis serão vitais para o apoio popular às agendas em curso. [email protected]
opiniao
Agruras argentinasA Argentina encerrou 2016 com desempenho econômico decepcionante dadas as expectativas criadas pela eleição de Mauricio Macri. Estima-se que o PIB tenha encolhido em torno de 2%, na terceira queda anual desde 2012. E, a despeito da marcha à ré na economia, a inflação avançou da vizinhança dos 30% para a dos 40%. O desconforto da Casa Rosada tornou-se explícito com a demissão do ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, no dia seguinte ao Natal e após meses de luta inglória contra o deficit orçamentário. As agruras argentinas naturalmente suscitam paralelos com os claudicantes resultados obtidos até aqui pelo governo de Michel Temer (PMDB). Trata-se de exercício que requer boa dose de cuidado em suas conclusões. Nos dois países, a incúria no manejo das contas públicas e a tolerância com a aceleração dos preços chegaram a tal ponto que ajustes simultâneos e conflitantes tornaram-se inadiáveis. O combate à inflação exigiu juros elevados que derrubaram a economia e a arrecadação, comprometendo o equilíbrio dos cofres nacionais; o corte de gastos, por sua vez, eliminou subsídios estatais e levou à alta de tarifas públicas. Vitorioso nas urnas em 2015, o presidente Macri pôs fim a uma era de políticas populistas conduzidas por Néstor e Cristina Kirchner, que incluíam controles artificiais do câmbio e manipulação dos índices oficiais de preços. No Brasil, a reviravolta da gestão econômica começou ainda sob Dilma Rousseff, antes de a petista ser afastada no Congresso por mascarar o deficit do Orçamento. A maior contribuição de Temer até aqui foi a aprovação de emenda constitucional que fixa limites ao aumento das despesas federais. Lá como aqui, as escolhas foram acertadas e os avanços não são desprezíveis —ainda que se arque com o custo previsível do desgaste político e que certos recuos e concessões sejam inevitáveis. Postergar as reformas muito provavelmente implicaria sacrifícios ainda maiores no futuro. Há que se reconhecer, entretanto, que a prometida retomada do crescimento tarda além do esperado. Ou, vale dizer, que a recuperação da confiança de empresários e consumidores ainda deixa a desejar. Menos mal que os analistas de mercado brasileiros e argentinos projetem alguma melhora neste ano. Feitos mais palpáveis serão vitais para o apoio popular às agendas em curso. [email protected]
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Epanhola faz elogio à liberdade feminina em livro sem moralismos
É um alívio ler um romance como "Isso Também Vai Passar", em que uma mulher conta sua própria história sem fazer concessões ao hipócrita bom mocismo atual nem baixar a cabeça para supostas normas machistas ou feministas. Aos 40 anos, Blanca enterra a mãe em Cadaqués, Espanha, onde costumavam passar as férias. Durante os dias de luto, porque "a única coisa que não dá ressaca e que dissipa momentaneamente a morte é o sexo", transa com um dos dois ex-maridos e com seu amante casado, flerta com mais dois ou três no caminho, bebe de manhã à noite, fuma enormes baseados e, principalmente, deixa evidente que nada disso é rebeldia gratuita ou desvio de caráter. Não existe culpa, nem moralismos. É o retrato de uma mulher que foi educada pela própria mãe "tão feroz e eficazmente contra qualquer tipo de submissão não lúdica que eu nem precisei virar feminista". A espanhola Milena Busquets conseguiu neste brevíssimo e imperfeito romance fazer um comovente elogio à liberdade. (ROBERTO TADDEI) ISSO TAMBÉM VAI PASSAR QUANTO: R$ 34,90 (144 PÁGS.) E R$ 23,90 (E-BOOK) AUTOR: MILENA BUSQUETS EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS TRADUÇÃO: JOANA ANGÉLICA D'AVILA MELO * DUBLIN AO SUL Não leia posts de Facebook; leia contos —tão curtos quanto e bem mais nutritivos. O conto é a homenagem que a poesia rende à prosa: por sua contenção, tensão e capacidade de epifania, "um bom conto ganha uma partida por nocaute, enquanto um romance só leva por pontos", dizia Cortázar. Conterrâneo do cronópio, Isidoro Blaisten é outro mestre nascido na pátria de Borges, Rodolfo Walsh e Samanta Schweblin. Feliz e tardiamente —morreu em 2008—, chega ao português a clássica coletânea de relatos fantásticos "Dublin ao Sul". Sua prosa clara, irônica e inventiva flagra personagens decadentes, em busca de um mínimo suspiro metafísico que os arranque de uma vida medíocre: um suicida com hora marcada para morrer, preso à ansiedade de um pensamento super-racional, em "A Pontualidade É a Cortesia dos Reis"; casais casados com o consumo conspícuo, em "A Sede"; um tio que é tido como o lixo da família, em "Tio Facundo"; um homem que tenta comprar algo que o salve em "A Salvação"; e até uma espécie de Gregor Samsa feliz em "Vitorcito, um Homem Oblíquo". (RONALDO BRESSANE) DUBLIN AO SUL QUANTO: R$ 35 (206 PÁGS.) AUTOR: ISIDORO BLAISTEN EDITORA: A GIRAFA TRADUÇÃO: MAURO GAMA * BOTCHAN Natsume Soseki (1867-1916), o "Machado de Assis" nipônico (foi severamente influenciado por Lawrence Sterne, assim como o pai de Capitu), notabilizado por sua narrativa anti-naturalista e psicológica, vertentes literárias que ele próprio introduziu no Japão, praticou outro gênero ocidental, o "Bildungsroman" ou romance de formação. E não poucas vezes: com "E Depois" e "Sanshiro", publicados pela Estação Liberdade em 2011 e 2014, respectivamente, e também com "Botchan". O aprendiz existencial do título, ao assumir seu primeiro cargo profissional como professor de província, é obrigado a encarar a maledicência, letal como só é possível em cidades muito pequenas ou ambientes restritos. Desajeitado e mimado pela criada familiar após a morte da mãe, Botchan é menosprezado pelo pai e irmãos, depois é zombado pelos alunos, desentende-se com outros professores e assim compreende do que é feita a vida: o atrito, que o move adiante, a novas paragens. Bom livro, com a graça habitual de Soseki. (JOCA REINERS TERRON) BOTCHAN QUANTO: R$ 38 (184 PÁGS.) AUTOR: NATSUME SOSEKI EDITORA: ESTAÇÃO LIBERDADE TRADUÇÃO: JEFFERSON JOSÉ TEIXEIRA * AS RÃS Mo Yan, prêmio Nobel de 2012, é usualmente comparado a García Márquez. Pode ser curioso ler o chinês sob a perspectiva do realismo mágico: a leveza da linguagem de "As Rãs" tem pouca proximidade com o visualismo rebuscado do colombiano, acrescida da graça do humor oriental e de certa comicidade involuntária advinda da tradução (em alguns casos, nomes próprios apostos a apelidos dão em engraçados quase cacófatos como "Chen Nariz" ou "Chen Testa"). De fato, parentesco mais evidente se encontra na força do imaginário popular de crenças e superstições na conformação de ambos. "As Rãs" é narrado pelo escritor em formação Corre Corre, devotado a relatar a vida de sua tia, enfermeira a cargo da educação sexual e de abortos que chega a se tornar responsável pelo controle de natalidade na Revolução Cultural na China. Verdadeiro épico a culminar na peça teatral por fim escrita pelo sobrinho, a estrutura do romance também tem outro inusitado paralelo: o do romance pós-moderno norte-americano dos anos 1970, de John Barth e William Gaddis, com sua impureza de gêneros e formas. (JOCA REINERS TERRON) AS RÃS QUANTO: R$ 52,90 (496 PÁGS.) AUTOR: MO YAN EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS TRADUÇÃO: AMILTON REIS * ANA DE AMSTERDAM Há quem não consiga ter orgasmos e saia às ruas batendo panelas, e há quem transforme sua falta de gozo em arte. Felizmente, este é o caso de Ana Cássia Rebelo. Advogada lisboeta e mãe de três filhos, ao atingir a meia-idade e subitamente perder a capacidade de atingir o clímax —mas não o interesse no sexo, na vida e nos mistérios entre um e outra-, ela desatinou. Sob o pseudônimo de Ana de Amsterdam -a puta musa de Chico Buarque "dos dentes rangendo e dos olhos enxutos"—, Ana devassou num blog toda sua intimidade. Transformando o blog em livro, houve um ganho sutil em profundidade e colorido, mantendo no entanto o ritmo hipnótico dos posts curtos. Pela não-linearidade serena com que encara sua angústia, foi comparada a um Bernardo Soares de saias. Mas, temperada pelo apelo ao mundo —filhos, marido, carreira, viagens—, sua vida é mais divertida que o melancólico autor do "Livro do Desassossego". (RONALDO BRESSANE) ANA DE AMSTERDAM QUANTO: R$ 34,90 (190 PÁGS.) AUTOR: ANA CÁSSIA REBELO EDITORA: GLOBO/BIBLIOTECA AZUL * O POMAR DAS ALMAS PERDIDAS Mulheres de gerações e condições sociais diversas enfrentam o cotidiano da ditadura militar na Somália e da guerra civil que se espalhou pelo país nos anos 1980. O romance da somali Nadifa Mohamed, nascida em 1981 em Hargeisa e educada na Inglaterra, adota a perspectiva feminina para tratar de um drama histórico recorrente: a perversa degradação do humano pelo poder. Nadifa faz um acerto de contas com a história sofrida de pessoas comuns que são conduzidas como marionetes, violentadas e desprezadas tanto pelas elites como por revolucionários, para que sua voz alcance certo sentido no caos. A pequena Deqo sonha com um par de sapatos novos, a jovem soldada Filson busca posição de prestígio e a velha Kawsar, marcada pela morte brutal da filha, faz do desprezo a sua luta particular e inútil contra o sistema opressor. Ainda que a brutalidade prevaleça, Nadifa arranca nacos de poesia do encontro fortuito das três mulheres, que podem sugerir uma surda e persistente resistência, talvez o germe da revolução possível. (REYNALDO DAMAZIO) O POMAR DAS ALMAS PERDIDAS QUANTO: R$ 39,90 (296 PÁGS.) E R$ 27,90 (E-BOOK) AUTOR: NADIFA MOHAMED EDITORA: TORDESILHAS TRADUÇÃO: OTACILIO NUNES * O DILEMA Na edição ianque, o romance de John Grisham chama-se "Gray Mountain", referindo-se ao local em que, na trama, importantes documentos foram escondidos. Então, podemos revelar agora mesmo, sem perigo de "spoiler", o dilema anunciado no título da edição brasileira. A protagonista terá que se decidir entre dois futuros: num poderoso escritório de advocacia em Manhattan, defendendo clientes endinheirados, ou numa ONG na pequena Brady, na Virgínia, defendendo gente humilde. A advogada Samantha Kofer é a heroína desse best-seller que denuncia a mineração predatória. Quando o escritório em que trabalha afunda, durante a crise financeira precipitada pela falência do banco Lehman Brothers, Samantha é forçada a aceitar um emprego provisório, não remunerado, no coração dos Apalaches. Um emprego bastante perigoso, se você é uma advogada decida a enfrentar as gananciosas empresas mineradoras que estão devastando o ecossistema. Mais um delicioso "page-turner" de um mestre dos thrillers jurídicos. (NELSON DE OLIVEIRA) O DILEMA QUANTO: R$ 34,50 (416 PÁGS.) AUTOR: JOHN GRISHAM EDITORA: ROCCO TRADUÇÃO: MAIRA PARULA * CIDADE DOS ÚLTIMOS DIAS Ben H. Winters fez a dobradinha dos principais galardões da ficção científica e do romance policial com a trilogia "O Último Policial" (da qual este segundo volume dá sequência no Brasil) ao levar os prêmios Philip K. Dick e Edgar. É boa diversão, com situação inicial que coloca o investigador Hank Palace em papel não muito invejável: ele, que ansiava ser policial desde garoto, é admitido na força pouco antes de anunciarem que o asteroide 2011GV está em rota de colisão com a Terra. Após o choque, não restará donut sobre donut. De hora para outra, instituições não instituem mais, governos não governam e a polícia não policia: o mundo virou baderna. No meio disso, Palace vaga da pequena Concord a comunas anarquistas e milícias anti-imigrantes à procura do desaparecido Brett Cavattone. O que não chega a ser simples, quando já não restam rastros digitais das pessoas. Para complicar, seu cunhado é acusado de terrorismo, e sua irmã foi sequestrada. Mal dá para esperar a série de TV, não é? (JOCA REINERS TERRON) CIDADE DOS ÚLTIMOS DIAS QUANTO: R$ 34,50 (320 PÁGS.) E R$ 22,50 (E-BOOK) AUTOR: BEN H. WINTERS EDITORA: ROCCO TRADUÇÃO: RYTA VINAGRE
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Epanhola faz elogio à liberdade feminina em livro sem moralismosÉ um alívio ler um romance como "Isso Também Vai Passar", em que uma mulher conta sua própria história sem fazer concessões ao hipócrita bom mocismo atual nem baixar a cabeça para supostas normas machistas ou feministas. Aos 40 anos, Blanca enterra a mãe em Cadaqués, Espanha, onde costumavam passar as férias. Durante os dias de luto, porque "a única coisa que não dá ressaca e que dissipa momentaneamente a morte é o sexo", transa com um dos dois ex-maridos e com seu amante casado, flerta com mais dois ou três no caminho, bebe de manhã à noite, fuma enormes baseados e, principalmente, deixa evidente que nada disso é rebeldia gratuita ou desvio de caráter. Não existe culpa, nem moralismos. É o retrato de uma mulher que foi educada pela própria mãe "tão feroz e eficazmente contra qualquer tipo de submissão não lúdica que eu nem precisei virar feminista". A espanhola Milena Busquets conseguiu neste brevíssimo e imperfeito romance fazer um comovente elogio à liberdade. (ROBERTO TADDEI) ISSO TAMBÉM VAI PASSAR QUANTO: R$ 34,90 (144 PÁGS.) E R$ 23,90 (E-BOOK) AUTOR: MILENA BUSQUETS EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS TRADUÇÃO: JOANA ANGÉLICA D'AVILA MELO * DUBLIN AO SUL Não leia posts de Facebook; leia contos —tão curtos quanto e bem mais nutritivos. O conto é a homenagem que a poesia rende à prosa: por sua contenção, tensão e capacidade de epifania, "um bom conto ganha uma partida por nocaute, enquanto um romance só leva por pontos", dizia Cortázar. Conterrâneo do cronópio, Isidoro Blaisten é outro mestre nascido na pátria de Borges, Rodolfo Walsh e Samanta Schweblin. Feliz e tardiamente —morreu em 2008—, chega ao português a clássica coletânea de relatos fantásticos "Dublin ao Sul". Sua prosa clara, irônica e inventiva flagra personagens decadentes, em busca de um mínimo suspiro metafísico que os arranque de uma vida medíocre: um suicida com hora marcada para morrer, preso à ansiedade de um pensamento super-racional, em "A Pontualidade É a Cortesia dos Reis"; casais casados com o consumo conspícuo, em "A Sede"; um tio que é tido como o lixo da família, em "Tio Facundo"; um homem que tenta comprar algo que o salve em "A Salvação"; e até uma espécie de Gregor Samsa feliz em "Vitorcito, um Homem Oblíquo". (RONALDO BRESSANE) DUBLIN AO SUL QUANTO: R$ 35 (206 PÁGS.) AUTOR: ISIDORO BLAISTEN EDITORA: A GIRAFA TRADUÇÃO: MAURO GAMA * BOTCHAN Natsume Soseki (1867-1916), o "Machado de Assis" nipônico (foi severamente influenciado por Lawrence Sterne, assim como o pai de Capitu), notabilizado por sua narrativa anti-naturalista e psicológica, vertentes literárias que ele próprio introduziu no Japão, praticou outro gênero ocidental, o "Bildungsroman" ou romance de formação. E não poucas vezes: com "E Depois" e "Sanshiro", publicados pela Estação Liberdade em 2011 e 2014, respectivamente, e também com "Botchan". O aprendiz existencial do título, ao assumir seu primeiro cargo profissional como professor de província, é obrigado a encarar a maledicência, letal como só é possível em cidades muito pequenas ou ambientes restritos. Desajeitado e mimado pela criada familiar após a morte da mãe, Botchan é menosprezado pelo pai e irmãos, depois é zombado pelos alunos, desentende-se com outros professores e assim compreende do que é feita a vida: o atrito, que o move adiante, a novas paragens. Bom livro, com a graça habitual de Soseki. (JOCA REINERS TERRON) BOTCHAN QUANTO: R$ 38 (184 PÁGS.) AUTOR: NATSUME SOSEKI EDITORA: ESTAÇÃO LIBERDADE TRADUÇÃO: JEFFERSON JOSÉ TEIXEIRA * AS RÃS Mo Yan, prêmio Nobel de 2012, é usualmente comparado a García Márquez. Pode ser curioso ler o chinês sob a perspectiva do realismo mágico: a leveza da linguagem de "As Rãs" tem pouca proximidade com o visualismo rebuscado do colombiano, acrescida da graça do humor oriental e de certa comicidade involuntária advinda da tradução (em alguns casos, nomes próprios apostos a apelidos dão em engraçados quase cacófatos como "Chen Nariz" ou "Chen Testa"). De fato, parentesco mais evidente se encontra na força do imaginário popular de crenças e superstições na conformação de ambos. "As Rãs" é narrado pelo escritor em formação Corre Corre, devotado a relatar a vida de sua tia, enfermeira a cargo da educação sexual e de abortos que chega a se tornar responsável pelo controle de natalidade na Revolução Cultural na China. Verdadeiro épico a culminar na peça teatral por fim escrita pelo sobrinho, a estrutura do romance também tem outro inusitado paralelo: o do romance pós-moderno norte-americano dos anos 1970, de John Barth e William Gaddis, com sua impureza de gêneros e formas. (JOCA REINERS TERRON) AS RÃS QUANTO: R$ 52,90 (496 PÁGS.) AUTOR: MO YAN EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS TRADUÇÃO: AMILTON REIS * ANA DE AMSTERDAM Há quem não consiga ter orgasmos e saia às ruas batendo panelas, e há quem transforme sua falta de gozo em arte. Felizmente, este é o caso de Ana Cássia Rebelo. Advogada lisboeta e mãe de três filhos, ao atingir a meia-idade e subitamente perder a capacidade de atingir o clímax —mas não o interesse no sexo, na vida e nos mistérios entre um e outra-, ela desatinou. Sob o pseudônimo de Ana de Amsterdam -a puta musa de Chico Buarque "dos dentes rangendo e dos olhos enxutos"—, Ana devassou num blog toda sua intimidade. Transformando o blog em livro, houve um ganho sutil em profundidade e colorido, mantendo no entanto o ritmo hipnótico dos posts curtos. Pela não-linearidade serena com que encara sua angústia, foi comparada a um Bernardo Soares de saias. Mas, temperada pelo apelo ao mundo —filhos, marido, carreira, viagens—, sua vida é mais divertida que o melancólico autor do "Livro do Desassossego". (RONALDO BRESSANE) ANA DE AMSTERDAM QUANTO: R$ 34,90 (190 PÁGS.) AUTOR: ANA CÁSSIA REBELO EDITORA: GLOBO/BIBLIOTECA AZUL * O POMAR DAS ALMAS PERDIDAS Mulheres de gerações e condições sociais diversas enfrentam o cotidiano da ditadura militar na Somália e da guerra civil que se espalhou pelo país nos anos 1980. O romance da somali Nadifa Mohamed, nascida em 1981 em Hargeisa e educada na Inglaterra, adota a perspectiva feminina para tratar de um drama histórico recorrente: a perversa degradação do humano pelo poder. Nadifa faz um acerto de contas com a história sofrida de pessoas comuns que são conduzidas como marionetes, violentadas e desprezadas tanto pelas elites como por revolucionários, para que sua voz alcance certo sentido no caos. A pequena Deqo sonha com um par de sapatos novos, a jovem soldada Filson busca posição de prestígio e a velha Kawsar, marcada pela morte brutal da filha, faz do desprezo a sua luta particular e inútil contra o sistema opressor. Ainda que a brutalidade prevaleça, Nadifa arranca nacos de poesia do encontro fortuito das três mulheres, que podem sugerir uma surda e persistente resistência, talvez o germe da revolução possível. (REYNALDO DAMAZIO) O POMAR DAS ALMAS PERDIDAS QUANTO: R$ 39,90 (296 PÁGS.) E R$ 27,90 (E-BOOK) AUTOR: NADIFA MOHAMED EDITORA: TORDESILHAS TRADUÇÃO: OTACILIO NUNES * O DILEMA Na edição ianque, o romance de John Grisham chama-se "Gray Mountain", referindo-se ao local em que, na trama, importantes documentos foram escondidos. Então, podemos revelar agora mesmo, sem perigo de "spoiler", o dilema anunciado no título da edição brasileira. A protagonista terá que se decidir entre dois futuros: num poderoso escritório de advocacia em Manhattan, defendendo clientes endinheirados, ou numa ONG na pequena Brady, na Virgínia, defendendo gente humilde. A advogada Samantha Kofer é a heroína desse best-seller que denuncia a mineração predatória. Quando o escritório em que trabalha afunda, durante a crise financeira precipitada pela falência do banco Lehman Brothers, Samantha é forçada a aceitar um emprego provisório, não remunerado, no coração dos Apalaches. Um emprego bastante perigoso, se você é uma advogada decida a enfrentar as gananciosas empresas mineradoras que estão devastando o ecossistema. Mais um delicioso "page-turner" de um mestre dos thrillers jurídicos. (NELSON DE OLIVEIRA) O DILEMA QUANTO: R$ 34,50 (416 PÁGS.) AUTOR: JOHN GRISHAM EDITORA: ROCCO TRADUÇÃO: MAIRA PARULA * CIDADE DOS ÚLTIMOS DIAS Ben H. Winters fez a dobradinha dos principais galardões da ficção científica e do romance policial com a trilogia "O Último Policial" (da qual este segundo volume dá sequência no Brasil) ao levar os prêmios Philip K. Dick e Edgar. É boa diversão, com situação inicial que coloca o investigador Hank Palace em papel não muito invejável: ele, que ansiava ser policial desde garoto, é admitido na força pouco antes de anunciarem que o asteroide 2011GV está em rota de colisão com a Terra. Após o choque, não restará donut sobre donut. De hora para outra, instituições não instituem mais, governos não governam e a polícia não policia: o mundo virou baderna. No meio disso, Palace vaga da pequena Concord a comunas anarquistas e milícias anti-imigrantes à procura do desaparecido Brett Cavattone. O que não chega a ser simples, quando já não restam rastros digitais das pessoas. Para complicar, seu cunhado é acusado de terrorismo, e sua irmã foi sequestrada. Mal dá para esperar a série de TV, não é? (JOCA REINERS TERRON) CIDADE DOS ÚLTIMOS DIAS QUANTO: R$ 34,50 (320 PÁGS.) E R$ 22,50 (E-BOOK) AUTOR: BEN H. WINTERS EDITORA: ROCCO TRADUÇÃO: RYTA VINAGRE
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Operação da PF apreende cerca de 500 kg de maconha em Curitiba (PR)
Uma operação da PF (Policia Federal) em parceria com a PM (Polícia Militar) apreendeu nesta quinta-feira (30) cerca de 500 kg de maconha em Curitiba (PR). A ação fez parte de uma força-tarefa de combate ao crime organizado e resultou na prisão de sete pessoas. De acordo com a PF, os policiais receberam a informação de que uma grande quantidade de drogas seria recebida por um casal de traficantes de Fazenda Rio Grande (PR) e passaram a monitorar o local. Perto da hora do almoço, foram avistados dois carros chegando à casa denunciada. Percebendo a movimentação suspeita, a equipe da força-tarefa entrou em ação. Parte da droga foi encontrada em um dos veículos e o restante no interior da casa. Os policiais também prenderam num posto de gasolina outros participantes do grupo. Eles atuavam como batedores, acompanhando o transporte da droga entre Foz do Iguaçu e Fazenda Rio Grande. As sete pessoas presas, três veículos e a maconha foram encaminhados para a superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e estão à disposição da Justiça.
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Operação da PF apreende cerca de 500 kg de maconha em Curitiba (PR)Uma operação da PF (Policia Federal) em parceria com a PM (Polícia Militar) apreendeu nesta quinta-feira (30) cerca de 500 kg de maconha em Curitiba (PR). A ação fez parte de uma força-tarefa de combate ao crime organizado e resultou na prisão de sete pessoas. De acordo com a PF, os policiais receberam a informação de que uma grande quantidade de drogas seria recebida por um casal de traficantes de Fazenda Rio Grande (PR) e passaram a monitorar o local. Perto da hora do almoço, foram avistados dois carros chegando à casa denunciada. Percebendo a movimentação suspeita, a equipe da força-tarefa entrou em ação. Parte da droga foi encontrada em um dos veículos e o restante no interior da casa. Os policiais também prenderam num posto de gasolina outros participantes do grupo. Eles atuavam como batedores, acompanhando o transporte da droga entre Foz do Iguaçu e Fazenda Rio Grande. As sete pessoas presas, três veículos e a maconha foram encaminhados para a superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e estão à disposição da Justiça.
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Presidente do BC diz que interesses particulares atrapalham ajuste fiscal
Diante da resistência do Congresso em aprovar medidas de ajuste fiscal, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirma que interesses coletivos precisam prevalecer sobre os individuais para o Brasil voltar a crescer."Essa ideia de que todo mundo é a favor do fiscal na teoria, mas na prática cada um cuida do seu [interesse] é um entrave", diz, insistindo que, "se cada um se preocupar apenas com seu lado", a inflação não vai cair.Durante entrevista na sede do BC em São Paulo, Ilan Goldfajn avaliou que a economia "estabilizou e parou de cair". Previu "uma recuperação moderada" em 2017.Ilan assumiu o comando do BC em 9 de junho. Neste período, o BC continuou com a sua política de buscar frear a queda do dólar -ainda assim a moeda recuou 6,24% neste período, para R$ 3,17- e adotou uma linguagem mais clara e sucinta na ata do Copom (documento que analisa a reunião do comitê responsável pela definição da taxa de juros).Sobre as pressões da ala política do governo para o BC cortar juros e usar outros instrumentos para conter a inflação, ele afirmou: "É como se a recomendação fosse botar um pé na geladeira e outro no fogão e, na média, estamos iguais. Não estamos".
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Presidente do BC diz que interesses particulares atrapalham ajuste fiscalDiante da resistência do Congresso em aprovar medidas de ajuste fiscal, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirma que interesses coletivos precisam prevalecer sobre os individuais para o Brasil voltar a crescer."Essa ideia de que todo mundo é a favor do fiscal na teoria, mas na prática cada um cuida do seu [interesse] é um entrave", diz, insistindo que, "se cada um se preocupar apenas com seu lado", a inflação não vai cair.Durante entrevista na sede do BC em São Paulo, Ilan Goldfajn avaliou que a economia "estabilizou e parou de cair". Previu "uma recuperação moderada" em 2017.Ilan assumiu o comando do BC em 9 de junho. Neste período, o BC continuou com a sua política de buscar frear a queda do dólar -ainda assim a moeda recuou 6,24% neste período, para R$ 3,17- e adotou uma linguagem mais clara e sucinta na ata do Copom (documento que analisa a reunião do comitê responsável pela definição da taxa de juros).Sobre as pressões da ala política do governo para o BC cortar juros e usar outros instrumentos para conter a inflação, ele afirmou: "É como se a recomendação fosse botar um pé na geladeira e outro no fogão e, na média, estamos iguais. Não estamos".
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Apesar da fama de esporte violento, rugby pode ser seguro; veja dicas
Após 92 anos de ausência, o rugby vai voltar à Olimpíada –será disputado nos Jogos do Rio, em 2016; a última participação havia sido em Paris, em 1924. Apesar de ser um esporte em crescimento no país, ele ainda tem fama de ser violento e de machucar os competidores (conheça crianças que jogam). Isso porque o objetivo é chegar com a bola até o fim do campo adversário. E, para evitar que isso aconteça, a defesa pode agarrar e derrubar os jogadores. "O rugby pode machucar como qualquer outro esporte. O importante é ter supervisão", afirma Gustavo Foronda, pediatra do Hospital Albert Einstein. Para garantir a segurança das crianças, as regras são adaptadas: a bola é mais leve, o campo é menor e as partidas são mais curtas, por exemplo. Já na hora de "tacklear", ou seja, derrubar o adversário no chão, a recomendação é cair com o colega. Assim o impacto é menor. Essa é uma das jogadas favoritas de Peter Thomsen, 8, que treina no São Paulo Athletic Club. O menino é difícil de ser derrubado. "É que sou bom em driblar", garante. Lucas Frigo, 12, gosta de correr com a bola. "Ninguém me pega", diz o garoto, que já ganhou apelidos como Muralha, Touro sem Chifre e Trem Bala. * 5 DICAS DE SEGURANÇA PARA CRIANÇAS NO RUGBY 1. Quando derrubar o adversário, caia junto. Assim o impacto é menor 2. Mire sempre o quadril do oponente na hora de bloqueá-lo; nunca o rosto 3. Quando estiver no chão, sempre solte a bola 4. Modere a força usada 5. Jogue com protetor bucal. Eles custam cerca de R$ 20
folhinha
Apesar da fama de esporte violento, rugby pode ser seguro; veja dicasApós 92 anos de ausência, o rugby vai voltar à Olimpíada –será disputado nos Jogos do Rio, em 2016; a última participação havia sido em Paris, em 1924. Apesar de ser um esporte em crescimento no país, ele ainda tem fama de ser violento e de machucar os competidores (conheça crianças que jogam). Isso porque o objetivo é chegar com a bola até o fim do campo adversário. E, para evitar que isso aconteça, a defesa pode agarrar e derrubar os jogadores. "O rugby pode machucar como qualquer outro esporte. O importante é ter supervisão", afirma Gustavo Foronda, pediatra do Hospital Albert Einstein. Para garantir a segurança das crianças, as regras são adaptadas: a bola é mais leve, o campo é menor e as partidas são mais curtas, por exemplo. Já na hora de "tacklear", ou seja, derrubar o adversário no chão, a recomendação é cair com o colega. Assim o impacto é menor. Essa é uma das jogadas favoritas de Peter Thomsen, 8, que treina no São Paulo Athletic Club. O menino é difícil de ser derrubado. "É que sou bom em driblar", garante. Lucas Frigo, 12, gosta de correr com a bola. "Ninguém me pega", diz o garoto, que já ganhou apelidos como Muralha, Touro sem Chifre e Trem Bala. * 5 DICAS DE SEGURANÇA PARA CRIANÇAS NO RUGBY 1. Quando derrubar o adversário, caia junto. Assim o impacto é menor 2. Mire sempre o quadril do oponente na hora de bloqueá-lo; nunca o rosto 3. Quando estiver no chão, sempre solte a bola 4. Modere a força usada 5. Jogue com protetor bucal. Eles custam cerca de R$ 20
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Leitor comenta coluna de Cony sobre impeachment de Dilma Rousseff
Carlos Heitor Cony desfila cronológica e criteriosamente todas as principais "materialidades" que apontam para as falhas graves cometidas pela presidente ("Opinião", 28/4). No parágrafo final de seu artigo, pede a instalação de uma comissão isenta para analisar e confirmar tudo o que ele próprio afirmou. Pergunto: para que essa comissão, Cony, já que os fatos são tão cristalinos? * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor comenta coluna de Cony sobre impeachment de Dilma RousseffCarlos Heitor Cony desfila cronológica e criteriosamente todas as principais "materialidades" que apontam para as falhas graves cometidas pela presidente ("Opinião", 28/4). No parágrafo final de seu artigo, pede a instalação de uma comissão isenta para analisar e confirmar tudo o que ele próprio afirmou. Pergunto: para que essa comissão, Cony, já que os fatos são tão cristalinos? * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Filme mostra como crianças brincam em regiões do Brasil; veja trailer
Um menino pega sua tábua de madeira e vai escorregar morro abaixo. A brincadeira é comum entre crianças, o cenário, nem tanto: ao som de violinos, ele surfa sobre uma grande duna de areia. É assim que começa o filme "Território do Brincar", que mostra, sem nenhuma narração ou explicação didática, como as crianças brincam em diferentes regiões do Brasil. Uma semana depois de estrear em São Paulo e no Rio, o longa chega nesta quinta (4) a várias cidades do país, entre elas Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Salvador (assista ao trailer acima). Acompanhados dos filhos, os diretores Renata Meirelles e David Reeks passaram um ano e meio viajando pelo Brasil para registrar o dia a dia das crianças em diferentes ambientes –comunidades rurais, indígenas e quilombolas, zonas urbanas, sertão e litoral. A diretora, que também é educadora, foi uma das especialistas consultadas em 2009 para o Mapa do Brincar, site da "Folhinha" que reúne hoje mais de 750 brincadeiras, sugeridas por 10 mil crianças das cinco regiões do país. O filme "Território do Brincar" faz parte de um projeto maior do casal que também inclui textos, fotos e gravações em áudio, disponíveis em um site.
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Filme mostra como crianças brincam em regiões do Brasil; veja trailerUm menino pega sua tábua de madeira e vai escorregar morro abaixo. A brincadeira é comum entre crianças, o cenário, nem tanto: ao som de violinos, ele surfa sobre uma grande duna de areia. É assim que começa o filme "Território do Brincar", que mostra, sem nenhuma narração ou explicação didática, como as crianças brincam em diferentes regiões do Brasil. Uma semana depois de estrear em São Paulo e no Rio, o longa chega nesta quinta (4) a várias cidades do país, entre elas Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Salvador (assista ao trailer acima). Acompanhados dos filhos, os diretores Renata Meirelles e David Reeks passaram um ano e meio viajando pelo Brasil para registrar o dia a dia das crianças em diferentes ambientes –comunidades rurais, indígenas e quilombolas, zonas urbanas, sertão e litoral. A diretora, que também é educadora, foi uma das especialistas consultadas em 2009 para o Mapa do Brincar, site da "Folhinha" que reúne hoje mais de 750 brincadeiras, sugeridas por 10 mil crianças das cinco regiões do país. O filme "Território do Brincar" faz parte de um projeto maior do casal que também inclui textos, fotos e gravações em áudio, disponíveis em um site.
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'Estou cautelosamente otimista com o Brasil', diz 'Sr. Apocalipse'
Investidores e analistas brasileiros estão se tornando "excessivamente pessimistas" em relação ao futuro econômico do país. A opinião é do badalado economista americano Nouriel Roubini, conhecido por "Sr. Apocalipse", em razão de seu contumaz pessimismo. No caso brasileiro, ao contrário, diz-se "cautelosamente otimista". Não que a situação do país seja positiva. Para Roubini, o governo cometeu erros nos últimos anos que levaram à situação de baixa confiança na economia, desajuste nas contas públicas, inflação elevada e crescimento fraco. Mas, segundo o economista, o novo time econômico nomeado por Dilma Rousseff está comprometido em adotar as medidas necessárias para reverter esse quadro. "Eles estão comprometidos em fazer a coisa certa ainda que, paradoxalmente, isso leve no curto prazo a crescimento zero, inflação e desemprego mais altos", disse Roubini ontem, em palestra organizada pelo banco Credit Suisse, em São Paulo. O economista diz ter se encontrado com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na semana passada. Ele ressaltou que o novo time econômico demonstrou compromisso com um superavit primário (economia feita para pagamento de juros da dívida) de 2% do PIB. Segundo Roubini, ainda prevalece no Brasil a percepção de que Dilma e os líderes políticos brasileiros retirarão o apoio às medidas anunciadas por Levy –como corte de gastos e aumento de impostos– conforme seus resultados recessivos de curto prazo surgirem. Mas ele discorda dessa visão: "Se eles fizerem isso, será suicídio econômico e político". Para o economista, caso o ajuste seja abandonado, o real entrará em "queda livre" e o Brasil perderá o grau de investimento, espécie de selo dado pelas agências de risco que atesta ser seguro aplicar dinheiro em uma empresa ou um país.
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'Estou cautelosamente otimista com o Brasil', diz 'Sr. Apocalipse'Investidores e analistas brasileiros estão se tornando "excessivamente pessimistas" em relação ao futuro econômico do país. A opinião é do badalado economista americano Nouriel Roubini, conhecido por "Sr. Apocalipse", em razão de seu contumaz pessimismo. No caso brasileiro, ao contrário, diz-se "cautelosamente otimista". Não que a situação do país seja positiva. Para Roubini, o governo cometeu erros nos últimos anos que levaram à situação de baixa confiança na economia, desajuste nas contas públicas, inflação elevada e crescimento fraco. Mas, segundo o economista, o novo time econômico nomeado por Dilma Rousseff está comprometido em adotar as medidas necessárias para reverter esse quadro. "Eles estão comprometidos em fazer a coisa certa ainda que, paradoxalmente, isso leve no curto prazo a crescimento zero, inflação e desemprego mais altos", disse Roubini ontem, em palestra organizada pelo banco Credit Suisse, em São Paulo. O economista diz ter se encontrado com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na semana passada. Ele ressaltou que o novo time econômico demonstrou compromisso com um superavit primário (economia feita para pagamento de juros da dívida) de 2% do PIB. Segundo Roubini, ainda prevalece no Brasil a percepção de que Dilma e os líderes políticos brasileiros retirarão o apoio às medidas anunciadas por Levy –como corte de gastos e aumento de impostos– conforme seus resultados recessivos de curto prazo surgirem. Mas ele discorda dessa visão: "Se eles fizerem isso, será suicídio econômico e político". Para o economista, caso o ajuste seja abandonado, o real entrará em "queda livre" e o Brasil perderá o grau de investimento, espécie de selo dado pelas agências de risco que atesta ser seguro aplicar dinheiro em uma empresa ou um país.
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Como uma piada de bar entre amigos se tornou um negócio milionário
Como tantas boas ideias, aquela inspiração chegou para um grupo de amigos após algumas cervejas. Naquela época, os três atuais sócios da MorphCostumes tinham carreiras de sucesso no mundo corporativo. Ainda assim, a ideia de abrir um negócio de fantasias de lycra pareceu um bom plano. Egressos da Universidade de Edimburgo, Gregor Lawson, 36 anos, e os irmãos Fraser, 36, e Ali Smeaton, 34, criaram a empresa de fantasias Morphsuits, atual MorphCostumes (um jogo de palavras entre metamorfose, "morph", e fantasias, "costumes"). Embalado pelo álcool ou não, o instinto estava certo: a firma vendeu US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 7 milhões, em valores atuais) no primeiro ano, 2009. O primeiro plano de negócios registrou a meta de vender 20 mil trajes porque os sócios achavam que esse era o número máximo de interessados. Eles estavam errados. Até hoje, já venderam 2,5 milhões de fantasias. O que atraiu primeiro a atenção do trio foram os trajes - hoje batizados de "morphsuits" porque quem os usa se transforma numa versão mais divertida de si. Um amigo apareceu numa festinha com uma fantasia de lycra que havia comprado na internet. E quando o rapaz usou o traje nas ruas de Dublin, na Irlanda, o sucesso foi tanto que artistas de rua perdiam público enquanto ele passava. "Centenas de pessoas queriam uma foto e até pagavam drinques para ele", conta Fraser. Interessados em reproduzir toda aquela atenção, Fraser, Ali e Gregor compraram seus próprios trajes na internet. Mas descobriram que o material era muito grosso, o que dificultava enxergar alguma coisa. E depois da noitada em janeiro de 2009, eles decidiram que poderiam melhorar o desenho das peças e vendê-las. "Pensamos: 'Podemos tentar isso. Será um pouco de diversão fora do trabalho - vamos ver quantos conseguimos vender", relembrou Fraser. O grupo começou a trabalhar em um protótipo logo em seguida. Lançaram um pedido no Alibaba, um site que conecta pequenas empresas a fábricas pelo mundo, e encontraram um fornecedor na China. As fantasias são feitas por lá até hoje. Eles aperfeiçoaram o traje de modo a permitir a visão do usuário - até um drinque é possível com o rosto escondido atrás do tecido. Um detalhe importante foi deixar o nome da marca na parte de trás da fantasia, para que interessados pudessem procurar e comprar as suas. Cada sócio entrou com o equivalente a R$ 6 mil, e o trio encomendou 200 macacões em seis cores, que ocuparam um terço do quarto de Fraser. "Gregor lia os endereços e eu escrevia nos envelopes", conta Fraser. "Eu levava as encomendas ao trabalho numa sacola enorme e postava tudo na hora do almoço. Claro que isso era insustentável, então logo encontramos um depósito." O BOOM O primeiro site da empresa custou R$ 4,1 mil, e os amigos usaram o Facebook para divulgar o negócio. Em maio de 2009, venderam o primeiro "morphsuit". O estoque esgotou em duas semanas e eles encomendaram mais 2,5 mil fantasias. A ficha do sucesso caiu na época do Halloween. Embora a empresa tivesse apenas alguns meses, eles quase não conseguiam suprir a demanda. "Colocamos o novo estoque à venda no final da tarde de uma segunda-feira e vendemos 5 mil libras (cerca de R$ 30 mil) numa noite e 25 mil libras (R$ 150 mil) no outro dia. E pensamos: 'Uau!", afirma Fraser. Um ano após a ideia de boteco, em janeiro de 2010, a companhia se tornou global após anunciar no Facebook na Austrália e nos Estados Unidos. O sucesso era animador, mas o trabalho era duro. Os três ainda mantinham carreiras estáveis. Fraser era chefe de marketing na empresa de tecnologia BT Broadband, Gregor era gerente de marca na Procter & Gamble, e Ali era contador no banco Barclays. "Todos trabalhávamos em período integral em empregos corporativos, chegando em casa às 19h30, trabalhando no nosso negócio até 2h, acordando e fazendo tudo de novo", diz Fraser. Na metade de 2010, ficou claro para os amigos que eles já podiam largar os empregos para se dedicar à sociedade. CONSOLIDAÇÃO Os três descobriram que embora a ideia fosse de nicho, havia um enorme espaço para ela. O mercado de fantasias movimenta US$ 2 bilhões (R$ 7,7 bilhões) nos EUA, e a MorphCostumes gira 10 milhões de libras (cerca de R$ 60 milhões) por ano. Hoje Fraser é executivo-chefe, Gregor é diretor de marketing e Ali é diretor de operações, funções definidas de acordo com suas especialidades nas áreas comercial, criativa e financeira. Independentemente do posto, cada um tem uma fatia igual da companhia. Eles ainda controlam o negócio, e investidores e outros funcionários possuem partes menores. Trabalhar com amigos, contudo, nem sempre é fácil. "Há diferenças de opinião sobre estratégias a seguir, mas sempre conseguimos ter uma boa discussão e concordar sobre um rumo sem criar longas discórdias", afirma Fraser. "Um bom debate é importante porque assegura que você realmente pensou naquilo." JOGO DA IMITAÇÃO Eles têm a patente do nome Morphsuits, mas não podem evitar a ação de piratas. As primeiras cópias apareceram três meses após o início da empresa. Fraser estima que 50 empresas já tenham copiado seus modelos. "No começo ficamos revoltados, mas depois percebemos que todo novo produto traz competidores. Isso nos força a continuar criando melhores produtos para manter a dianteira", afirma o executivo-chefe. MorphCostumes tem filiais em Edimburgo, na Escócia, e em Londres. Emprega 29 pessoas e vende a 29 países - os EUA são o maior mercado. A fantasia mais popular é a preta, mas trajes especiais são populares, como o dos Stormtroopers da saga Star Wars. TRUQUES DIGITAIS Em 2012, um aporte de 4,2 milhões de libras (R$ 25 milhões) do Business Growth Fund permitiu ao trio entrar no mercado mais tradicional de fantasias de tecidos comuns. Um ano depois, eles começaram a introduzir apetrechos digitais nas fantasias. Isso só foi possível após a compra de uma firma de fantasias desenvolvida por um cientista da Nasa (a agência especial americana), a Digital Dudz. No ano passado, eles relançaram a marca e se tornaram MorphCostumes, para refletir o cardápio mais amplo de produtos à venda. O plano agora é manter o ritmo de crescimento, e boa parte dos lucros vem sendo reinvestida no negócio com esse objetivo. Nada mau para uma ideia que começou depois de algumas despretensiosas cervejas.
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Como uma piada de bar entre amigos se tornou um negócio milionárioComo tantas boas ideias, aquela inspiração chegou para um grupo de amigos após algumas cervejas. Naquela época, os três atuais sócios da MorphCostumes tinham carreiras de sucesso no mundo corporativo. Ainda assim, a ideia de abrir um negócio de fantasias de lycra pareceu um bom plano. Egressos da Universidade de Edimburgo, Gregor Lawson, 36 anos, e os irmãos Fraser, 36, e Ali Smeaton, 34, criaram a empresa de fantasias Morphsuits, atual MorphCostumes (um jogo de palavras entre metamorfose, "morph", e fantasias, "costumes"). Embalado pelo álcool ou não, o instinto estava certo: a firma vendeu US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 7 milhões, em valores atuais) no primeiro ano, 2009. O primeiro plano de negócios registrou a meta de vender 20 mil trajes porque os sócios achavam que esse era o número máximo de interessados. Eles estavam errados. Até hoje, já venderam 2,5 milhões de fantasias. O que atraiu primeiro a atenção do trio foram os trajes - hoje batizados de "morphsuits" porque quem os usa se transforma numa versão mais divertida de si. Um amigo apareceu numa festinha com uma fantasia de lycra que havia comprado na internet. E quando o rapaz usou o traje nas ruas de Dublin, na Irlanda, o sucesso foi tanto que artistas de rua perdiam público enquanto ele passava. "Centenas de pessoas queriam uma foto e até pagavam drinques para ele", conta Fraser. Interessados em reproduzir toda aquela atenção, Fraser, Ali e Gregor compraram seus próprios trajes na internet. Mas descobriram que o material era muito grosso, o que dificultava enxergar alguma coisa. E depois da noitada em janeiro de 2009, eles decidiram que poderiam melhorar o desenho das peças e vendê-las. "Pensamos: 'Podemos tentar isso. Será um pouco de diversão fora do trabalho - vamos ver quantos conseguimos vender", relembrou Fraser. O grupo começou a trabalhar em um protótipo logo em seguida. Lançaram um pedido no Alibaba, um site que conecta pequenas empresas a fábricas pelo mundo, e encontraram um fornecedor na China. As fantasias são feitas por lá até hoje. Eles aperfeiçoaram o traje de modo a permitir a visão do usuário - até um drinque é possível com o rosto escondido atrás do tecido. Um detalhe importante foi deixar o nome da marca na parte de trás da fantasia, para que interessados pudessem procurar e comprar as suas. Cada sócio entrou com o equivalente a R$ 6 mil, e o trio encomendou 200 macacões em seis cores, que ocuparam um terço do quarto de Fraser. "Gregor lia os endereços e eu escrevia nos envelopes", conta Fraser. "Eu levava as encomendas ao trabalho numa sacola enorme e postava tudo na hora do almoço. Claro que isso era insustentável, então logo encontramos um depósito." O BOOM O primeiro site da empresa custou R$ 4,1 mil, e os amigos usaram o Facebook para divulgar o negócio. Em maio de 2009, venderam o primeiro "morphsuit". O estoque esgotou em duas semanas e eles encomendaram mais 2,5 mil fantasias. A ficha do sucesso caiu na época do Halloween. Embora a empresa tivesse apenas alguns meses, eles quase não conseguiam suprir a demanda. "Colocamos o novo estoque à venda no final da tarde de uma segunda-feira e vendemos 5 mil libras (cerca de R$ 30 mil) numa noite e 25 mil libras (R$ 150 mil) no outro dia. E pensamos: 'Uau!", afirma Fraser. Um ano após a ideia de boteco, em janeiro de 2010, a companhia se tornou global após anunciar no Facebook na Austrália e nos Estados Unidos. O sucesso era animador, mas o trabalho era duro. Os três ainda mantinham carreiras estáveis. Fraser era chefe de marketing na empresa de tecnologia BT Broadband, Gregor era gerente de marca na Procter & Gamble, e Ali era contador no banco Barclays. "Todos trabalhávamos em período integral em empregos corporativos, chegando em casa às 19h30, trabalhando no nosso negócio até 2h, acordando e fazendo tudo de novo", diz Fraser. Na metade de 2010, ficou claro para os amigos que eles já podiam largar os empregos para se dedicar à sociedade. CONSOLIDAÇÃO Os três descobriram que embora a ideia fosse de nicho, havia um enorme espaço para ela. O mercado de fantasias movimenta US$ 2 bilhões (R$ 7,7 bilhões) nos EUA, e a MorphCostumes gira 10 milhões de libras (cerca de R$ 60 milhões) por ano. Hoje Fraser é executivo-chefe, Gregor é diretor de marketing e Ali é diretor de operações, funções definidas de acordo com suas especialidades nas áreas comercial, criativa e financeira. Independentemente do posto, cada um tem uma fatia igual da companhia. Eles ainda controlam o negócio, e investidores e outros funcionários possuem partes menores. Trabalhar com amigos, contudo, nem sempre é fácil. "Há diferenças de opinião sobre estratégias a seguir, mas sempre conseguimos ter uma boa discussão e concordar sobre um rumo sem criar longas discórdias", afirma Fraser. "Um bom debate é importante porque assegura que você realmente pensou naquilo." JOGO DA IMITAÇÃO Eles têm a patente do nome Morphsuits, mas não podem evitar a ação de piratas. As primeiras cópias apareceram três meses após o início da empresa. Fraser estima que 50 empresas já tenham copiado seus modelos. "No começo ficamos revoltados, mas depois percebemos que todo novo produto traz competidores. Isso nos força a continuar criando melhores produtos para manter a dianteira", afirma o executivo-chefe. MorphCostumes tem filiais em Edimburgo, na Escócia, e em Londres. Emprega 29 pessoas e vende a 29 países - os EUA são o maior mercado. A fantasia mais popular é a preta, mas trajes especiais são populares, como o dos Stormtroopers da saga Star Wars. TRUQUES DIGITAIS Em 2012, um aporte de 4,2 milhões de libras (R$ 25 milhões) do Business Growth Fund permitiu ao trio entrar no mercado mais tradicional de fantasias de tecidos comuns. Um ano depois, eles começaram a introduzir apetrechos digitais nas fantasias. Isso só foi possível após a compra de uma firma de fantasias desenvolvida por um cientista da Nasa (a agência especial americana), a Digital Dudz. No ano passado, eles relançaram a marca e se tornaram MorphCostumes, para refletir o cardápio mais amplo de produtos à venda. O plano agora é manter o ritmo de crescimento, e boa parte dos lucros vem sendo reinvestida no negócio com esse objetivo. Nada mau para uma ideia que começou depois de algumas despretensiosas cervejas.
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Em crise, Vale deve deixar empregados sem reajuste salarial em 2015
A crise no mercado de minério de ferro deve deixar os empregados da Vale sem reajuste salarial este ano. A proposta da empresa, que prevê apenas o pagamento de abono, já começou a ser votada em assembleias. Os sindicatos pediam pelo menos a reposição da inflação, mas a companhia diz que o cenário atual não permite aumento de custos. Desde o começo da queda dos preços do minério, a Vale vem adotando medidas para enxugar operações, como demissão de trabalhadores (são 60 mil empregados no Brasil) e venda de ativos. Além da crise do minério de ferro, a companhia pode ser chamada a resgatar a controlada Samarco, que corre o risco de fechar após o rompimento da barragem em Mariana (MG). A proposta atual, além de não prever aumento, reduz os benefícios com o plano de saúde, segundo sindicatos. A oferta é de um abono de R$ 4.600 mais uma compensação de R$ 1.200 pelas mudanças no plano de saúde. A proposta será votada pelos trabalhadores até a semana que vem. Os trabalhadores do Rio criticam também a mudança da sede do centro para a Barra da Tijuca (zona oeste).
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Em crise, Vale deve deixar empregados sem reajuste salarial em 2015A crise no mercado de minério de ferro deve deixar os empregados da Vale sem reajuste salarial este ano. A proposta da empresa, que prevê apenas o pagamento de abono, já começou a ser votada em assembleias. Os sindicatos pediam pelo menos a reposição da inflação, mas a companhia diz que o cenário atual não permite aumento de custos. Desde o começo da queda dos preços do minério, a Vale vem adotando medidas para enxugar operações, como demissão de trabalhadores (são 60 mil empregados no Brasil) e venda de ativos. Além da crise do minério de ferro, a companhia pode ser chamada a resgatar a controlada Samarco, que corre o risco de fechar após o rompimento da barragem em Mariana (MG). A proposta atual, além de não prever aumento, reduz os benefícios com o plano de saúde, segundo sindicatos. A oferta é de um abono de R$ 4.600 mais uma compensação de R$ 1.200 pelas mudanças no plano de saúde. A proposta será votada pelos trabalhadores até a semana que vem. Os trabalhadores do Rio criticam também a mudança da sede do centro para a Barra da Tijuca (zona oeste).
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