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Delfim não menciona aposentadorias de funcionários públicos, critica leitor
O ilustre ex-ministro Antonio Delfim Netto tem pavor apocalíptico da retirada do fator previdenciário (Aritmética) e cita duas alternativas à sua falta, sempre com a oneração do trabalhador, mas não toca no ponto mais vulnerável do orçamento do INSS, que são as grandes aposentadorias de políticos e funcionários públicos, as quais teriam que ser revistas e postas num padrão aceitável ao Brasil atual. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Delfim não menciona aposentadorias de funcionários públicos, critica leitorO ilustre ex-ministro Antonio Delfim Netto tem pavor apocalíptico da retirada do fator previdenciário (Aritmética) e cita duas alternativas à sua falta, sempre com a oneração do trabalhador, mas não toca no ponto mais vulnerável do orçamento do INSS, que são as grandes aposentadorias de políticos e funcionários públicos, as quais teriam que ser revistas e postas num padrão aceitável ao Brasil atual. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Crianças prestam homenagens pelo mundo a vítimas de atentado em Paris
Após os atentados que espalharam o terror por Paris na última sexta (13), crianças de diversas cidades do mundo prestaram homenagens às vítimas. Na Cisjordânia, território de conflito entre palestinos e israelenses, meninas e meninos seguraram cartazes que traziam escrita a mensagem: "Em nome da humanidade nós dizemos: não ao terrorismo" (veja galeria acima). Crianças também acenderam velas, levaram flores e mensagens e rezaram em frente a embaixadas da França em países como Romênia, Suécia, Rússia, Chipre, Correia do Sul, Colômbia e Guatemala. Em uma escola no Líbano, alunos desenharam bandeiras dos dois países. O ato prestava solidariedade às pessoas que foram atingidas não apenas pelos ataques na França, mas também em Beirute, capital do país, na quinta-feira (12) –ambos foram reivindicados pela milícia radical Estado Islâmico (EI). Em Paris, os ataques com tiros e explosões atingiram restaurantes, o lado de fora de um estádio de futebol e a casa de shows Bataclan, no centro da capital francesa. Até o momento, 129 pessoas morreram e centenas ficaram feridas nos ataques que foram os principais atentados terroristas contra um país do Ocidente em mais de uma década.
folhinha
Crianças prestam homenagens pelo mundo a vítimas de atentado em ParisApós os atentados que espalharam o terror por Paris na última sexta (13), crianças de diversas cidades do mundo prestaram homenagens às vítimas. Na Cisjordânia, território de conflito entre palestinos e israelenses, meninas e meninos seguraram cartazes que traziam escrita a mensagem: "Em nome da humanidade nós dizemos: não ao terrorismo" (veja galeria acima). Crianças também acenderam velas, levaram flores e mensagens e rezaram em frente a embaixadas da França em países como Romênia, Suécia, Rússia, Chipre, Correia do Sul, Colômbia e Guatemala. Em uma escola no Líbano, alunos desenharam bandeiras dos dois países. O ato prestava solidariedade às pessoas que foram atingidas não apenas pelos ataques na França, mas também em Beirute, capital do país, na quinta-feira (12) –ambos foram reivindicados pela milícia radical Estado Islâmico (EI). Em Paris, os ataques com tiros e explosões atingiram restaurantes, o lado de fora de um estádio de futebol e a casa de shows Bataclan, no centro da capital francesa. Até o momento, 129 pessoas morreram e centenas ficaram feridas nos ataques que foram os principais atentados terroristas contra um país do Ocidente em mais de uma década.
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Restaurante londrino reúne mulheres imigrantes e comida típica
Instalada em um teatro no sul de Londres, "Mazi Mas" é um restaurante que se declara feminista e que busca a integração na sociedade britânica de sete cozinheiras imigrantes, entre elas quatro latino-americanas. "Queremos dar poder às mulheres invisíveis de todo o mundo", resumiu a brasileira Roberta Sião, com as mãos submersas em maracujás. A carioca de 43 anos, que comanda a cozinha do restaurante, explica como "sem contatos, nem rede de apoios ou experiência" não conseguia encontrar trabalho no Reino Unido, apesar de seus diplomas e anos de experiência como funcionária de banco no Brasil. Depois de alguns anos em casa criando seu filho, seu encontro com a fundadora do Mazi Mas foi determinante. "Mazi Mas foi para mim uma verdadeira ponte que me permitiu passar de um isolamento total para o regresso ao mundo do trabalho, dos encontros e das oportunidades", explicou. Além de Sião, há outras três latino-americanas nos fogões de Mazi Mas: as peruanas Marlith Tenazoa e Susana Urteaga e a nicaraguense Saira Talavera. "Ceviche de Marlith", "musse de maracujá da Roberta" ou "borek de Ezgi": o menu não deixa dúvidas, é cozinha caseira e familiar do Irã, Etiópia, Brasil, Peru, Nicarágua, Senegal e Turquia, que cerca de cinquenta clientes podem provar diariamente de terça até sábado no teatro Ovalhouse, ao sul do rio Tâmisa. FORMATO POP-UP O restaurante em formato "pop-up" –como são chamados os negócios que vão mudando de lugar– tem seu nome inspirado na tradicional frase grega de boas-vindas: "Elate na fate mazi mas", que significa "venha comer conosco". Nikandre Kopcke, sua fundadora, tirou a frase de sua babá grega, cujo sonho, nunca realizado por oposição do marido, era abrir uma padaria. Aberto em 2012, Mazi Mas recebe abrigo gratuito desde o primeiro semestre deste ano e, pelo menos até o final dele, no Ovalhouse, depois de uma passagem por outro teatro, o do Hackney, e de ter cozinhado para jantares privados, entre outros para o Tate Modern, o grande museu de arte contemporânea em Londres. É "uma aliança em que todo mundo ganha", explicou Mara Klein, uma alemã de 27 anos responsável pelo desenvolvimento da empresa. O restaurante paga somente as contas de luz e gás, não paga aluguel. Em contrapartida, os clientes compram bebidas no bar do Ovalhouse, que foi durante muito tempo um importante ponto de encontro entre os militantes de esquerda e que hoje busca recuperar sua popularidade. Esse sistema permite pagar as cozinheiras, que trabalham meio período, um salário médio de 9,50 libras esterlinas por hora (R$ 57), superior as 6,50 libras do salário mínimo. "Mazi Mas nos dá chance de mostrar nossa comida e nossa cultura", diz a peruana Marlith Tenazoa, que migrou primeiro para a Espanha e que agora prepara as especialidades cada vez mais prestigiadas da comida peruana com produtos orgânicos e locais. EXPANSÃO Laura Harrison, uma londrina de 24 anos, veio jantar no restaurante seduzida por "este sentimento de comunidade em torno da comida" e por dar apoio a uma causa. Diante do êxito da casa, cheia quase todas as noites, os projetos se acumulam. Mazi Mas abrirá um segundo restaurante itinerante no bairro de Shoreditch no início de 2016 e, outro fixo, no meio do ano. "Temos 40 chefs na lista de espera em Londres e vamos abrir uma unidade também em Berlim e outra em Leeds [norte da Inglaterra]" e há, ainda, planos de estabelecer outro em Lyon, na França, adiantou Klein.
comida
Restaurante londrino reúne mulheres imigrantes e comida típicaInstalada em um teatro no sul de Londres, "Mazi Mas" é um restaurante que se declara feminista e que busca a integração na sociedade britânica de sete cozinheiras imigrantes, entre elas quatro latino-americanas. "Queremos dar poder às mulheres invisíveis de todo o mundo", resumiu a brasileira Roberta Sião, com as mãos submersas em maracujás. A carioca de 43 anos, que comanda a cozinha do restaurante, explica como "sem contatos, nem rede de apoios ou experiência" não conseguia encontrar trabalho no Reino Unido, apesar de seus diplomas e anos de experiência como funcionária de banco no Brasil. Depois de alguns anos em casa criando seu filho, seu encontro com a fundadora do Mazi Mas foi determinante. "Mazi Mas foi para mim uma verdadeira ponte que me permitiu passar de um isolamento total para o regresso ao mundo do trabalho, dos encontros e das oportunidades", explicou. Além de Sião, há outras três latino-americanas nos fogões de Mazi Mas: as peruanas Marlith Tenazoa e Susana Urteaga e a nicaraguense Saira Talavera. "Ceviche de Marlith", "musse de maracujá da Roberta" ou "borek de Ezgi": o menu não deixa dúvidas, é cozinha caseira e familiar do Irã, Etiópia, Brasil, Peru, Nicarágua, Senegal e Turquia, que cerca de cinquenta clientes podem provar diariamente de terça até sábado no teatro Ovalhouse, ao sul do rio Tâmisa. FORMATO POP-UP O restaurante em formato "pop-up" –como são chamados os negócios que vão mudando de lugar– tem seu nome inspirado na tradicional frase grega de boas-vindas: "Elate na fate mazi mas", que significa "venha comer conosco". Nikandre Kopcke, sua fundadora, tirou a frase de sua babá grega, cujo sonho, nunca realizado por oposição do marido, era abrir uma padaria. Aberto em 2012, Mazi Mas recebe abrigo gratuito desde o primeiro semestre deste ano e, pelo menos até o final dele, no Ovalhouse, depois de uma passagem por outro teatro, o do Hackney, e de ter cozinhado para jantares privados, entre outros para o Tate Modern, o grande museu de arte contemporânea em Londres. É "uma aliança em que todo mundo ganha", explicou Mara Klein, uma alemã de 27 anos responsável pelo desenvolvimento da empresa. O restaurante paga somente as contas de luz e gás, não paga aluguel. Em contrapartida, os clientes compram bebidas no bar do Ovalhouse, que foi durante muito tempo um importante ponto de encontro entre os militantes de esquerda e que hoje busca recuperar sua popularidade. Esse sistema permite pagar as cozinheiras, que trabalham meio período, um salário médio de 9,50 libras esterlinas por hora (R$ 57), superior as 6,50 libras do salário mínimo. "Mazi Mas nos dá chance de mostrar nossa comida e nossa cultura", diz a peruana Marlith Tenazoa, que migrou primeiro para a Espanha e que agora prepara as especialidades cada vez mais prestigiadas da comida peruana com produtos orgânicos e locais. EXPANSÃO Laura Harrison, uma londrina de 24 anos, veio jantar no restaurante seduzida por "este sentimento de comunidade em torno da comida" e por dar apoio a uma causa. Diante do êxito da casa, cheia quase todas as noites, os projetos se acumulam. Mazi Mas abrirá um segundo restaurante itinerante no bairro de Shoreditch no início de 2016 e, outro fixo, no meio do ano. "Temos 40 chefs na lista de espera em Londres e vamos abrir uma unidade também em Berlim e outra em Leeds [norte da Inglaterra]" e há, ainda, planos de estabelecer outro em Lyon, na França, adiantou Klein.
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Receita espera nova alta no uso de certificado digital neste ano
O número de contribuintes pessoa física que utiliza o certificado digital, uma espécie de assinatura eletrônica, para fazer a declaração do Imposto de Renda aumenta a cada ano, segundo a Receita. Em 2014, já foram 30 mil declarações enviadas com essa certificação, volume 36% maior do que no ano anterior. O documento eletrônico aumenta a segurança contra fraude e ajuda o contribuinte a não cair na malha fina. Pela certificação digital, o contribuinte confirma a autenticidade de dados como nome, CPF e outras informações pessoais. Para este ano, a Receita Federal estima que pelo menos 40 mil contribuintes deverão utilizar a assinatura eletrônica na declaração do IR. O percentual de usuários da certificação, porém ainda é mínimo –0,11% das 27 milhões de declarações de IR entregues no ano passado. Por este mecanismo, os contribuintes têm acesso à declaração pré-preenchida com dados inseridos pela Receita. Assim, basta conferir e confirmá-los. Além da declaração do IR, a assinatura eletrônica pode ser utilizada também no preenchimento de documentos e impostos dos governos federal, estaduais e municipais. Também são aceitos na Justiça, além de cartórios, bancos e até nos bancos de dados de hospitais. Em 2014, cerca de 2,5 milhões de certificados foram emitidos entre pessoas físicas e empresas. Em 2010, o número era de 1,3 milhão. Para contratar o serviço, é preciso entrar no site do ITI (www.iti.gov.br), onde se pode ter acesso à rede de empresas credenciadas. Há três formatos: cartão, que necessita de uma leitora on-line, token (espécie de pen-drive) ou o instalado no computador do dono do certificado. Para finalizar o processo, a emissão precisa ser feita presencialmente com a entrega de documentos de identificação à empresa. QUEM FAZ SERASA EXPERIAN www.serasa.certificadodigital.com.br Preço: a partir de R$ 149 VALID www.validcertificadora.com.br Preço: a partir de R$ 133 BOA VISTA www.certificadoboavista.com.br Preço: a partir de R$ 130 SOLUTI www.solutinet.com.br Preço: a partir de R$ 135
mercado
Receita espera nova alta no uso de certificado digital neste anoO número de contribuintes pessoa física que utiliza o certificado digital, uma espécie de assinatura eletrônica, para fazer a declaração do Imposto de Renda aumenta a cada ano, segundo a Receita. Em 2014, já foram 30 mil declarações enviadas com essa certificação, volume 36% maior do que no ano anterior. O documento eletrônico aumenta a segurança contra fraude e ajuda o contribuinte a não cair na malha fina. Pela certificação digital, o contribuinte confirma a autenticidade de dados como nome, CPF e outras informações pessoais. Para este ano, a Receita Federal estima que pelo menos 40 mil contribuintes deverão utilizar a assinatura eletrônica na declaração do IR. O percentual de usuários da certificação, porém ainda é mínimo –0,11% das 27 milhões de declarações de IR entregues no ano passado. Por este mecanismo, os contribuintes têm acesso à declaração pré-preenchida com dados inseridos pela Receita. Assim, basta conferir e confirmá-los. Além da declaração do IR, a assinatura eletrônica pode ser utilizada também no preenchimento de documentos e impostos dos governos federal, estaduais e municipais. Também são aceitos na Justiça, além de cartórios, bancos e até nos bancos de dados de hospitais. Em 2014, cerca de 2,5 milhões de certificados foram emitidos entre pessoas físicas e empresas. Em 2010, o número era de 1,3 milhão. Para contratar o serviço, é preciso entrar no site do ITI (www.iti.gov.br), onde se pode ter acesso à rede de empresas credenciadas. Há três formatos: cartão, que necessita de uma leitora on-line, token (espécie de pen-drive) ou o instalado no computador do dono do certificado. Para finalizar o processo, a emissão precisa ser feita presencialmente com a entrega de documentos de identificação à empresa. QUEM FAZ SERASA EXPERIAN www.serasa.certificadodigital.com.br Preço: a partir de R$ 149 VALID www.validcertificadora.com.br Preço: a partir de R$ 133 BOA VISTA www.certificadoboavista.com.br Preço: a partir de R$ 130 SOLUTI www.solutinet.com.br Preço: a partir de R$ 135
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Natal em família
Não sem razão, Natal é festa em família. O Natal cristão faz referência a um acontecimento sagrado, vivido no seio familiar. Na história de Deus com os homens, a vida do casal, a paternidade, a maternidade e a filiação são realidades por meio das quais Ele se insere na história humana e se comunica conosco. A família é o lugar onde Deus revela sua proximidade e seu desígnio salvador. O acontecimento do Natal mostra como Deus entra na família e se revela no entrelaçamento das relações familiares. Deus envia ao mundo o seu Filho unigênito, que nasce humanamente de uma jovem mulher, Maria, noiva de José. Ela tem parentes e uma prima, chamada Isabel, está casada com o sacerdote Zacarias; ela é citada pelo anjo Gabriel, que anuncia a maternidade a Maria. Nessa história de Deus, vindo ao encontro da humanidade, há duas mulheres grávidas, ambas envolvidas pela ação surpreendente de Deus. Uma anciã, que se torna mãe, toda feliz, tendo a seu lado um marido incrédulo. Bem que Zacarias queria ter um filho, mas já havia desistido de esperar, porque estava velho, assim como sua mulher. Ele duvida das palavras do anjo, que lhe anunciava o nascimento do filho, João Batista. Depois de ficar mudo por um tempo, tudo termina bem e o filho nasce, espalhando grande alegria pela vizinhança. O pai proclama as misericórdias de Deus, fiel às suas promessas. José, o noivo de Maria, pensa em abandonar a companheira porque, perplexo, a vê tornar-se mãe e não sabe como isso está acontecendo. O anjo de Deus o tranquiliza e lhe revela o segredo: é mistério bonito de Deus, para quem nada é impossível. E José, homem justo e cheio de fé, abraça a missão de amparar Maria e o "filho do Altíssimo Deus", que dela nasce para este mundo. As histórias de família continuam com os dois nascimentos. O de João, o precursor, faz todo mundo perceber que algo de grande está por acontecer, pois a mão de Deus estava sobre esse menino. O de Jesus, embora bem humilde e despojado, foi envolto em luz e sinais prodigiosos, que logo fizeram atrair para Ele os olhares e as homenagens. Para Ele voltam-se bem depressa também as atenções dos poderosos: uns chegam de longe para o homenagear, atraídos pela luz que dele irradia; outros, de perto, já se sentem ameaçados e pensam em eliminar o recém-nascido. Maria, a mãe, fica a pensar: o que será que Deus quer dele e de nós? Os pais pensam nisso, quando olham para seus filhos pequenos... O destino dos filhos não lhes pertence. Como pais religiosos e de profunda fé, José e Maria levam o pequeno ao templo, para apresentá-lo a Deus; ali se alegram com a bênção recebida. O filho é sempre uma bênção. Maria, entretanto, ouve palavras que a preocupam, pois já se anuncia que o menino será causa de sofrimentos para a mãe e muitos o rejeitarão e o perseguirão. José e Maria trabalham, cuidam do filho e passam também pela experiência da incerteza e até do exílio. A vida desta família está nas mãos de Deus. A história do Natal lembra a vida cotidiana da sagrada família de Nazaré que, entre alegrias e esperanças, vê o filho crescer e faz de tudo para ajudá-lo a ser o que Deus quer dele. De alguma forma, é a história de todas as famílias, que também são lugares onde Deus está presente e se revela. CARDEAL DOM ODILO PEDRO SCHERER, 66, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), é arcebispo de São Paulo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Natal em famíliaNão sem razão, Natal é festa em família. O Natal cristão faz referência a um acontecimento sagrado, vivido no seio familiar. Na história de Deus com os homens, a vida do casal, a paternidade, a maternidade e a filiação são realidades por meio das quais Ele se insere na história humana e se comunica conosco. A família é o lugar onde Deus revela sua proximidade e seu desígnio salvador. O acontecimento do Natal mostra como Deus entra na família e se revela no entrelaçamento das relações familiares. Deus envia ao mundo o seu Filho unigênito, que nasce humanamente de uma jovem mulher, Maria, noiva de José. Ela tem parentes e uma prima, chamada Isabel, está casada com o sacerdote Zacarias; ela é citada pelo anjo Gabriel, que anuncia a maternidade a Maria. Nessa história de Deus, vindo ao encontro da humanidade, há duas mulheres grávidas, ambas envolvidas pela ação surpreendente de Deus. Uma anciã, que se torna mãe, toda feliz, tendo a seu lado um marido incrédulo. Bem que Zacarias queria ter um filho, mas já havia desistido de esperar, porque estava velho, assim como sua mulher. Ele duvida das palavras do anjo, que lhe anunciava o nascimento do filho, João Batista. Depois de ficar mudo por um tempo, tudo termina bem e o filho nasce, espalhando grande alegria pela vizinhança. O pai proclama as misericórdias de Deus, fiel às suas promessas. José, o noivo de Maria, pensa em abandonar a companheira porque, perplexo, a vê tornar-se mãe e não sabe como isso está acontecendo. O anjo de Deus o tranquiliza e lhe revela o segredo: é mistério bonito de Deus, para quem nada é impossível. E José, homem justo e cheio de fé, abraça a missão de amparar Maria e o "filho do Altíssimo Deus", que dela nasce para este mundo. As histórias de família continuam com os dois nascimentos. O de João, o precursor, faz todo mundo perceber que algo de grande está por acontecer, pois a mão de Deus estava sobre esse menino. O de Jesus, embora bem humilde e despojado, foi envolto em luz e sinais prodigiosos, que logo fizeram atrair para Ele os olhares e as homenagens. Para Ele voltam-se bem depressa também as atenções dos poderosos: uns chegam de longe para o homenagear, atraídos pela luz que dele irradia; outros, de perto, já se sentem ameaçados e pensam em eliminar o recém-nascido. Maria, a mãe, fica a pensar: o que será que Deus quer dele e de nós? Os pais pensam nisso, quando olham para seus filhos pequenos... O destino dos filhos não lhes pertence. Como pais religiosos e de profunda fé, José e Maria levam o pequeno ao templo, para apresentá-lo a Deus; ali se alegram com a bênção recebida. O filho é sempre uma bênção. Maria, entretanto, ouve palavras que a preocupam, pois já se anuncia que o menino será causa de sofrimentos para a mãe e muitos o rejeitarão e o perseguirão. José e Maria trabalham, cuidam do filho e passam também pela experiência da incerteza e até do exílio. A vida desta família está nas mãos de Deus. A história do Natal lembra a vida cotidiana da sagrada família de Nazaré que, entre alegrias e esperanças, vê o filho crescer e faz de tudo para ajudá-lo a ser o que Deus quer dele. De alguma forma, é a história de todas as famílias, que também são lugares onde Deus está presente e se revela. CARDEAL DOM ODILO PEDRO SCHERER, 66, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), é arcebispo de São Paulo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Aluno brasileiro gosta de ciências, mas é massacrado pelo conteúdo
Os resultados do exame internacional Pisa mostram uma esquizofrenia nacional. Os alunos por aqui gostam mais de ciências do que quem estuda em países desenvolvidos, mas, em comparação internacional, o desempenho brasileiro é bem menor. De acordo com o Pisa, 40% dos estudantes do país declaram que querem seguir carreiras ligadas à ciência e à tecnologia –taxa maior do que a encontrada nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é de 24%. Mais: metade dos alunos brasileiros afirma ter interesse por ciências –foco do Pisa deste ano. Os estudantes por aqui disseram que até se divertem com conteúdos científicos. O problema é, na hora da avaliação, quem estuda no Brasil acerta só 30,6% das questões de ciências. Para se ter uma ideia do que isso significa, na Finlândia, país referência na educação mundial, o índice de acerto nas mesmas questões chega a 56,4%. Menos da metade de nossos estudantes sabe o básico de ciências. Em Estados como Alagoas, o pior do país no exame, os brasileirinhos erram três de cada quatro questões de ciências. Estamos no final da fila na avaliação de ciências, em 63º lugar, de um total de 70 países. É basicamente um desastre. Gostar de ciências, como declaram os estudantes brasileiros no Pisa, não é difícil. A ciência explica a vida em todas as suas formas e trata do mundo de uma escala milhares de vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo até o tamanho do Universo. Quem é curioso gosta de ciências. Jovens são curiosos. BRASIL NO PISA 2015 - Matemática apresenta pior desempenho no país A forma como o conteúdo científico chega aos alunos, no entanto, faz com que ninguém aprenda nada. Faltam professores de ciências: uma pesquisa da ONG Todos pela Educação que acabou de sair do forno, por exemplo, mostra que há mais matemáticos ensinando física nas escolas brasileiras do que licenciados em física. Dá para falar de Universo –um dos tópicos preferidos pelos alunos brasileiros, de acordo com o Pisa,– sendo formado em matemática? Não. O Pisa mostra também que faltam laboratórios nas escolas. A pontuação dos alunos sobe significativamente na rede federal de ensino, que basicamente é composta pelas escolas profissionalizantes. São instituições ricas em espaços de experimentação. Nessas escolas, os alunos chegam a 517 pontos no exame, contra 401 pontos da média nacional. É uma pontuação maior do que a dos países da OCDE (493 pontos). Brasil x mundo Também falta investir em educação não formal de ciências, que é feita fora da escola, por exemplo em museus. Esse tipo de atividade é fundamental para despertar os alunos para a ciência, ajudam a entender a prática científica, a formular perguntas, estimulam os estudos. A última pesquisa nacional de percepção pública da ciência, de 2015, mostra que só 12% dos brasileiros –jovens e adultos– foram a um museu de ciência no ano anterior. É muito pouco. O Pisa não mostra tudo e, inclusive, tem sido alvo de uma série de questionamentos. Finlândia e Brasil, por exemplo, são extremos quase incomparáveis em um mesmo exame. Neste ano, a prova inovou ao avaliar a capacidade de o aluno trabalhar em grupo –algo fundamental na ciência–, mas ainda não capta aspectos não cognitivos importantes para a formação, inclusive, de um cientista. Caso de resiliência, por exemplo. Dentro de suas limitações, o exame mostra, de novo, que o problema não está nos jovens, mas sim no ensino. Sem professores formados em ciências, sem laboratórios e sem ciência explorada em museus, não há interesse e nem curiosidade que garanta o aprendizado. PISA 2015 NO MUNDO - Cingapura tem o melhor desempenho nas três áreas avaliadas
educacao
Aluno brasileiro gosta de ciências, mas é massacrado pelo conteúdoOs resultados do exame internacional Pisa mostram uma esquizofrenia nacional. Os alunos por aqui gostam mais de ciências do que quem estuda em países desenvolvidos, mas, em comparação internacional, o desempenho brasileiro é bem menor. De acordo com o Pisa, 40% dos estudantes do país declaram que querem seguir carreiras ligadas à ciência e à tecnologia –taxa maior do que a encontrada nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é de 24%. Mais: metade dos alunos brasileiros afirma ter interesse por ciências –foco do Pisa deste ano. Os estudantes por aqui disseram que até se divertem com conteúdos científicos. O problema é, na hora da avaliação, quem estuda no Brasil acerta só 30,6% das questões de ciências. Para se ter uma ideia do que isso significa, na Finlândia, país referência na educação mundial, o índice de acerto nas mesmas questões chega a 56,4%. Menos da metade de nossos estudantes sabe o básico de ciências. Em Estados como Alagoas, o pior do país no exame, os brasileirinhos erram três de cada quatro questões de ciências. Estamos no final da fila na avaliação de ciências, em 63º lugar, de um total de 70 países. É basicamente um desastre. Gostar de ciências, como declaram os estudantes brasileiros no Pisa, não é difícil. A ciência explica a vida em todas as suas formas e trata do mundo de uma escala milhares de vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo até o tamanho do Universo. Quem é curioso gosta de ciências. Jovens são curiosos. BRASIL NO PISA 2015 - Matemática apresenta pior desempenho no país A forma como o conteúdo científico chega aos alunos, no entanto, faz com que ninguém aprenda nada. Faltam professores de ciências: uma pesquisa da ONG Todos pela Educação que acabou de sair do forno, por exemplo, mostra que há mais matemáticos ensinando física nas escolas brasileiras do que licenciados em física. Dá para falar de Universo –um dos tópicos preferidos pelos alunos brasileiros, de acordo com o Pisa,– sendo formado em matemática? Não. O Pisa mostra também que faltam laboratórios nas escolas. A pontuação dos alunos sobe significativamente na rede federal de ensino, que basicamente é composta pelas escolas profissionalizantes. São instituições ricas em espaços de experimentação. Nessas escolas, os alunos chegam a 517 pontos no exame, contra 401 pontos da média nacional. É uma pontuação maior do que a dos países da OCDE (493 pontos). Brasil x mundo Também falta investir em educação não formal de ciências, que é feita fora da escola, por exemplo em museus. Esse tipo de atividade é fundamental para despertar os alunos para a ciência, ajudam a entender a prática científica, a formular perguntas, estimulam os estudos. A última pesquisa nacional de percepção pública da ciência, de 2015, mostra que só 12% dos brasileiros –jovens e adultos– foram a um museu de ciência no ano anterior. É muito pouco. O Pisa não mostra tudo e, inclusive, tem sido alvo de uma série de questionamentos. Finlândia e Brasil, por exemplo, são extremos quase incomparáveis em um mesmo exame. Neste ano, a prova inovou ao avaliar a capacidade de o aluno trabalhar em grupo –algo fundamental na ciência–, mas ainda não capta aspectos não cognitivos importantes para a formação, inclusive, de um cientista. Caso de resiliência, por exemplo. Dentro de suas limitações, o exame mostra, de novo, que o problema não está nos jovens, mas sim no ensino. Sem professores formados em ciências, sem laboratórios e sem ciência explorada em museus, não há interesse e nem curiosidade que garanta o aprendizado. PISA 2015 NO MUNDO - Cingapura tem o melhor desempenho nas três áreas avaliadas
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Bebê com doença genética misteriosa corre risco de ficar sem convênio
Aos três meses de gestação, Jaqueline descobriu no exame morfológico que seu bebê tinha malformações congênitas graves, com poucas as chances de sobrevida. Ainda na barriga, na 32ª semana, precisou passar por uma punção de líquido no pulmão e, em seguida, colocar dreno no órgão. Ao nascer, Davi foi direto para a UTI neonatal. Hoje, com um ano e quatro meses, está em casa, mas depende de cuidados de homecare, com presença de enfermeira 12 horas por dia. Alimenta-se por meio de sonda (gastrostomia) e é monitorado durante o sono com um aparelho que mede a oxigenação sanguínea. Por conta da malformação no maxilar e da fenda palatina (abertura no céu da boca), tem dificuldades para respirar quando está dormindo. A família tem dois problemas: não sabe qual a doença genética que o filho tem e também corre o risco de ficar sem plano de saúde. Davi é dependente no plano empresarial da mãe, que foi demitida após o fim da licença-maternidade. "Precisava cuidar do meu filho", conta Jaqueline do Valle, 30, que trabalhava no RH de uma empresa de engenharia. Pelas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regula os planos), o funcionário tem direito a permanecer no convênio da empresa durante um terço do período de contribuição –no caso de Jaqueline, até o próximo mês de maio. Ela já procurou a CNU (Central Nacional Unimed), onde é conveniada hoje, para tentar se manter na operadora, pagando o valor integral, mas a resposta foi que isso não será possível e que ela deverá contratar um novo plano de saúde. Fazer um novo plano em uma outra operadora exigiria o cumprimento de uma carência de dois anos –Jaqueline e o marido, Douglas do Valle, 33, professor de educação física, já consultaram outras cinco empresas. Segundo a advogada Renata Vilhena Silva, como Jaqueline foi demitida sem justa causa, ela tem direito à portabilidade especial, ou seja, migrar para outro plano sem cumprimento de carência. O Código de Defesa do Consumidor também garante a continuidade no plano, pagando o valor integral. "Mas muitas pessoas só têm conseguido fazer valer esses direitos recorrendo à Justiça." SEM DIAGNÓSTICO Outro dilema que atormenta os pais de Davi é não saber qual a doença o filho tem. "Ele já passou por um geneticista, fez exames, mas não houve diagnóstico. É angustiante. Ele tem febre há uns três meses e ninguém sabe o que é, se faz parte da síndrome ou não", diz a mãe. O menino apresenta atraso no desenvolvimento cognitivo e motor. Não fala e não anda. Mas sorri para os pais. A esperança reside em um novo exame genético que rastreia várias síndromes raras, mas que o plano de saúde não cobre. O teste custa R$ 12 mil e a família tem feito bazares para alcançar esse valor. Segundo o geneticista Salmo Raskin, professor da PUC do Paraná, muitas famílias vivem a mesma situação dos Valle. Às vezes, até pior porque nem acesso a um médico geneticista elas têm. As doenças raras afetam, em média, 1,3 nascimento a cada grupo de 2.000. Estima-se que existam ao menos 8.000 tipos possíveis de diagnóstico. Mais que 80% têm origem genética e 75% atingem crianças. Para desvendá-las, os geneticistas são os especialistas mais indicados. Porém, só existem 250 no país, a maioria na rede privada e distribuída nos grandes centros. Raskin diz que é rotina as operadoras de saúde alegarem que exames genéticos não têm cobertura, o que obriga as famílias a recorrem à Justiça ou a desistirem da busca por falta de recursos. Depois do diagnóstico de uma doença rara, vem um novo desafio: a falta de tratamento, seja porque não existe mesmo, seja porque o SUS ou os planos não oferecem. Para Jaqueline, o simples fato de descobrir o nome da doença de Davi já seria um avanço. "Mesmo que não tenha tratamento, a gente acredita que será possível melhorar a qualidade de vida dele." OUTRO LADO A CNU (Central Nacional Unimed) informou por meio de uma nota que o plano de saúde de Jaqueline ficará inativo, pois ele decorre de um contrato empresarial desfeito com o seu desligamento da empresa. Afirma ainda que até 30 dias antes do encerramento do plano, que acontece em 31 de maio, ela poderá fazer outro, individual, na Unimed Paulistana. Jaqueline alega, no entanto, que a Unimed Paulistana já foi consultada e insiste no cumprimento da carência de dois anos como condição para a adesão. Segundo a CNU, será avaliado o aproveitamento de suas carências e as de seus dependentes. "Para isso, ela pagará o valor vigente em tabela e terá uma rede credenciada diferente do plano pessoa jurídica anterior." Em relação ao serviço de homecare, a CNU diz que ele não é contratual, e sim uma concessão da operadora, feita após análise técnica por uma empresa especializada.
equilibrioesaude
Bebê com doença genética misteriosa corre risco de ficar sem convênioAos três meses de gestação, Jaqueline descobriu no exame morfológico que seu bebê tinha malformações congênitas graves, com poucas as chances de sobrevida. Ainda na barriga, na 32ª semana, precisou passar por uma punção de líquido no pulmão e, em seguida, colocar dreno no órgão. Ao nascer, Davi foi direto para a UTI neonatal. Hoje, com um ano e quatro meses, está em casa, mas depende de cuidados de homecare, com presença de enfermeira 12 horas por dia. Alimenta-se por meio de sonda (gastrostomia) e é monitorado durante o sono com um aparelho que mede a oxigenação sanguínea. Por conta da malformação no maxilar e da fenda palatina (abertura no céu da boca), tem dificuldades para respirar quando está dormindo. A família tem dois problemas: não sabe qual a doença genética que o filho tem e também corre o risco de ficar sem plano de saúde. Davi é dependente no plano empresarial da mãe, que foi demitida após o fim da licença-maternidade. "Precisava cuidar do meu filho", conta Jaqueline do Valle, 30, que trabalhava no RH de uma empresa de engenharia. Pelas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regula os planos), o funcionário tem direito a permanecer no convênio da empresa durante um terço do período de contribuição –no caso de Jaqueline, até o próximo mês de maio. Ela já procurou a CNU (Central Nacional Unimed), onde é conveniada hoje, para tentar se manter na operadora, pagando o valor integral, mas a resposta foi que isso não será possível e que ela deverá contratar um novo plano de saúde. Fazer um novo plano em uma outra operadora exigiria o cumprimento de uma carência de dois anos –Jaqueline e o marido, Douglas do Valle, 33, professor de educação física, já consultaram outras cinco empresas. Segundo a advogada Renata Vilhena Silva, como Jaqueline foi demitida sem justa causa, ela tem direito à portabilidade especial, ou seja, migrar para outro plano sem cumprimento de carência. O Código de Defesa do Consumidor também garante a continuidade no plano, pagando o valor integral. "Mas muitas pessoas só têm conseguido fazer valer esses direitos recorrendo à Justiça." SEM DIAGNÓSTICO Outro dilema que atormenta os pais de Davi é não saber qual a doença o filho tem. "Ele já passou por um geneticista, fez exames, mas não houve diagnóstico. É angustiante. Ele tem febre há uns três meses e ninguém sabe o que é, se faz parte da síndrome ou não", diz a mãe. O menino apresenta atraso no desenvolvimento cognitivo e motor. Não fala e não anda. Mas sorri para os pais. A esperança reside em um novo exame genético que rastreia várias síndromes raras, mas que o plano de saúde não cobre. O teste custa R$ 12 mil e a família tem feito bazares para alcançar esse valor. Segundo o geneticista Salmo Raskin, professor da PUC do Paraná, muitas famílias vivem a mesma situação dos Valle. Às vezes, até pior porque nem acesso a um médico geneticista elas têm. As doenças raras afetam, em média, 1,3 nascimento a cada grupo de 2.000. Estima-se que existam ao menos 8.000 tipos possíveis de diagnóstico. Mais que 80% têm origem genética e 75% atingem crianças. Para desvendá-las, os geneticistas são os especialistas mais indicados. Porém, só existem 250 no país, a maioria na rede privada e distribuída nos grandes centros. Raskin diz que é rotina as operadoras de saúde alegarem que exames genéticos não têm cobertura, o que obriga as famílias a recorrem à Justiça ou a desistirem da busca por falta de recursos. Depois do diagnóstico de uma doença rara, vem um novo desafio: a falta de tratamento, seja porque não existe mesmo, seja porque o SUS ou os planos não oferecem. Para Jaqueline, o simples fato de descobrir o nome da doença de Davi já seria um avanço. "Mesmo que não tenha tratamento, a gente acredita que será possível melhorar a qualidade de vida dele." OUTRO LADO A CNU (Central Nacional Unimed) informou por meio de uma nota que o plano de saúde de Jaqueline ficará inativo, pois ele decorre de um contrato empresarial desfeito com o seu desligamento da empresa. Afirma ainda que até 30 dias antes do encerramento do plano, que acontece em 31 de maio, ela poderá fazer outro, individual, na Unimed Paulistana. Jaqueline alega, no entanto, que a Unimed Paulistana já foi consultada e insiste no cumprimento da carência de dois anos como condição para a adesão. Segundo a CNU, será avaliado o aproveitamento de suas carências e as de seus dependentes. "Para isso, ela pagará o valor vigente em tabela e terá uma rede credenciada diferente do plano pessoa jurídica anterior." Em relação ao serviço de homecare, a CNU diz que ele não é contratual, e sim uma concessão da operadora, feita após análise técnica por uma empresa especializada.
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Curso em Cambridge muda código de vestuário para incluir transgêneros
O diretor de uma das unidades da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, alterou um código de vestuário de 650 anos para permitir que estudantes transgêneros se vistam como quiser em eventos formais. A mudança feita pelo decano da Escola de Santa Catarina, Mark Elliot, foi motivada por uma campanha comandada pela estudante de pós-graduação Charlie Northrup, que adotou a idade de gênero feminina no início deste ano. Charlie Northrup, em foto de setembro O código determinava que os estudantes do sexo masculino deveriam se apresentar de terno e gravata, enquanto as alunas tinham que escolher entre saia e blusa ou vestido nos eventos da universidade. Pela nova redação, os estudantes devem usar "roupa social apropriada". "A definição de 'roupa social' é feita sem se referir a considerações de identidade de gênero ou expressão", diz o código de vestuário revisado. A mudança foi comemorada pelos alunos. O jornal estudantil de Cambridge, "Varsity", refere-se à mudança como um esforço conjunto "inspirador para outras faculdades que adotem um comportamento progressivo similar". Northrup também parabenizou a faculdade, em mensagem no microblog Twitter. "Mesmo mudar o mundo em pequena escala nos faz sentir extraordinários. Parabéns!" Charlie Northrup agradece a mudança no Twitter Segundo a Associação Internacional para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais e Intersexuais (ILGA, em inglês), os transgêneros são mais discriminados em ambientes sociais e sofrem mais violência que gays e lésbicas. No início do mês, a ONU informou que, embora a população LGBTTI tenha recebido mais direitos, estes são ofuscados pela violência provocada por homofobia e transfobia, que continua subestimada.
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Curso em Cambridge muda código de vestuário para incluir transgênerosO diretor de uma das unidades da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, alterou um código de vestuário de 650 anos para permitir que estudantes transgêneros se vistam como quiser em eventos formais. A mudança feita pelo decano da Escola de Santa Catarina, Mark Elliot, foi motivada por uma campanha comandada pela estudante de pós-graduação Charlie Northrup, que adotou a idade de gênero feminina no início deste ano. Charlie Northrup, em foto de setembro O código determinava que os estudantes do sexo masculino deveriam se apresentar de terno e gravata, enquanto as alunas tinham que escolher entre saia e blusa ou vestido nos eventos da universidade. Pela nova redação, os estudantes devem usar "roupa social apropriada". "A definição de 'roupa social' é feita sem se referir a considerações de identidade de gênero ou expressão", diz o código de vestuário revisado. A mudança foi comemorada pelos alunos. O jornal estudantil de Cambridge, "Varsity", refere-se à mudança como um esforço conjunto "inspirador para outras faculdades que adotem um comportamento progressivo similar". Northrup também parabenizou a faculdade, em mensagem no microblog Twitter. "Mesmo mudar o mundo em pequena escala nos faz sentir extraordinários. Parabéns!" Charlie Northrup agradece a mudança no Twitter Segundo a Associação Internacional para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais e Intersexuais (ILGA, em inglês), os transgêneros são mais discriminados em ambientes sociais e sofrem mais violência que gays e lésbicas. No início do mês, a ONU informou que, embora a população LGBTTI tenha recebido mais direitos, estes são ofuscados pela violência provocada por homofobia e transfobia, que continua subestimada.
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Uber tem 5 vezes mais downloads em SP em dia de protesto, diz empresa
O aplicativo Uber teve cinco vezes mais downloads em São Paulo nesta quarta-feira (8) após taxistas organizarem protestos em cinco cidades do país, afirmou o serviço on-line que conecta motoristas profissionais e usuários em busca de transporte. Taxistas organizaram nesta quarta-feira protestos em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte pedindo o banimento do aplicativo. Eles alegam que o serviço promove o transporte ilegal de usuários e afirmam que os motoristas cadastrados pelo Uber não têm licença de taxistas. Em São Paulo, o protesto reuniu 5.000 taxistas, segundo a Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi), que convocou uma carreata com destino à Câmara dos Vereadores, no centro da cidade. Criado em 2010 nos Estados Unidos, o aplicativo permite que o usuário chame um motorista profissional a preços mais acessíveis que o serviços de táxi convencionais. A empresa não revelou números de usuários no Brasil ou na cidade de São Paulo, mas a associação de taxistas estima que o aplicativo tenha 1.200 usuários cadastrados na capital paulista, número não confirmado pela empresa. Dados sobre performance de downloads do aplicativo nas outras cidades do país onde houve protestos de taxistas ainda não tinham sido computados, informou a companhia. Em nota com comentários sobre os protestos, a empresa no Brasil disse acreditar que "os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades". "A Uber ressalta ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes", disse a companhia. Em seu site, a companhia diz não ser um serviço ilegal. "Trazemos um modelo disruptivo e inovador para o mercado. Por isso, ainda não existe uma regulação específica para esta indústria chamada de 'economia colaborativa'", disse. Em redes sociais como Twitter, usuários brasileiros defenderam o Uber após notícias sobre as manifestações de taxistas. Alguns disseram que até então não conheciam o aplicativo, mas que fariam o download após os protestos desta quarta-feira. A companhia norte-americana também está enfrentando investigação do Ministério Público Federal (MPF), que já questionou a Prefeitura de São Paulo sobre a legalidade do serviço, segundo Ivana Crivelli, advogada da Associação Boa Vista de Taxistas, que entrou com a reclamação no MPF. A empresa disse que não iria comentar a investigação. BRIGA MUNDIAL As batalhas regulatórias com autoridades locais têm se tornado frequentes para o Uber, que está presente em 295 cidades de 55 países e é a empresa iniciante de tecnologia mais valiosa do mundo. A empresa entrou com queixas em Bruxelas contra a Espanha e a Alemanha por terem proibido seus serviços, intensificando a batalha da companhia norte-americana em disputas jurídicas pela Europa. Nos Estados Unidos, a empresa pediu esta semana para um tribunal do país arquivar um processo aberto por uma suposta vítima de estupro na capital indiana Nova Déli, afirmando que a companhia não poderia ser considerada responsável pelos atos do motorista. Na segunda feira, acusações contra um motorista do serviço na cidade norte-americana de Chicago acusado de estupro no ano passado foram derrubadas. Para o diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos, houve casos de cidades que inicialmente proibiram o Uber, mas que posteriormente regularizaram a situação do aplicativo após pressão dos usuários. "No Brasil, vai ser uma batalha imprevisível. Será interessante para saber em que medida o país tem um ambiente de negócios aberto à inovação", declarou, completando que iniciativas como a do aplicativo contribuem para melhorar a situação da mobilidade urbana nas grandes cidades.
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Uber tem 5 vezes mais downloads em SP em dia de protesto, diz empresaO aplicativo Uber teve cinco vezes mais downloads em São Paulo nesta quarta-feira (8) após taxistas organizarem protestos em cinco cidades do país, afirmou o serviço on-line que conecta motoristas profissionais e usuários em busca de transporte. Taxistas organizaram nesta quarta-feira protestos em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte pedindo o banimento do aplicativo. Eles alegam que o serviço promove o transporte ilegal de usuários e afirmam que os motoristas cadastrados pelo Uber não têm licença de taxistas. Em São Paulo, o protesto reuniu 5.000 taxistas, segundo a Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi), que convocou uma carreata com destino à Câmara dos Vereadores, no centro da cidade. Criado em 2010 nos Estados Unidos, o aplicativo permite que o usuário chame um motorista profissional a preços mais acessíveis que o serviços de táxi convencionais. A empresa não revelou números de usuários no Brasil ou na cidade de São Paulo, mas a associação de taxistas estima que o aplicativo tenha 1.200 usuários cadastrados na capital paulista, número não confirmado pela empresa. Dados sobre performance de downloads do aplicativo nas outras cidades do país onde houve protestos de taxistas ainda não tinham sido computados, informou a companhia. Em nota com comentários sobre os protestos, a empresa no Brasil disse acreditar que "os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades". "A Uber ressalta ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes", disse a companhia. Em seu site, a companhia diz não ser um serviço ilegal. "Trazemos um modelo disruptivo e inovador para o mercado. Por isso, ainda não existe uma regulação específica para esta indústria chamada de 'economia colaborativa'", disse. Em redes sociais como Twitter, usuários brasileiros defenderam o Uber após notícias sobre as manifestações de taxistas. Alguns disseram que até então não conheciam o aplicativo, mas que fariam o download após os protestos desta quarta-feira. A companhia norte-americana também está enfrentando investigação do Ministério Público Federal (MPF), que já questionou a Prefeitura de São Paulo sobre a legalidade do serviço, segundo Ivana Crivelli, advogada da Associação Boa Vista de Taxistas, que entrou com a reclamação no MPF. A empresa disse que não iria comentar a investigação. BRIGA MUNDIAL As batalhas regulatórias com autoridades locais têm se tornado frequentes para o Uber, que está presente em 295 cidades de 55 países e é a empresa iniciante de tecnologia mais valiosa do mundo. A empresa entrou com queixas em Bruxelas contra a Espanha e a Alemanha por terem proibido seus serviços, intensificando a batalha da companhia norte-americana em disputas jurídicas pela Europa. Nos Estados Unidos, a empresa pediu esta semana para um tribunal do país arquivar um processo aberto por uma suposta vítima de estupro na capital indiana Nova Déli, afirmando que a companhia não poderia ser considerada responsável pelos atos do motorista. Na segunda feira, acusações contra um motorista do serviço na cidade norte-americana de Chicago acusado de estupro no ano passado foram derrubadas. Para o diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos, houve casos de cidades que inicialmente proibiram o Uber, mas que posteriormente regularizaram a situação do aplicativo após pressão dos usuários. "No Brasil, vai ser uma batalha imprevisível. Será interessante para saber em que medida o país tem um ambiente de negócios aberto à inovação", declarou, completando que iniciativas como a do aplicativo contribuem para melhorar a situação da mobilidade urbana nas grandes cidades.
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Coronel da PM recebe homenagem de Elizabeth 2ª (e tem foto para provar)
ELVIS PEREIRA DE SÃO PAULO Sem querer, o coronel da PM José Mauricio Perez, 51, quebrou o protocolo diante da rainha Elizabeth 2ª. Paulista do interior, ele queria ser fotografado ao lado da majestade para registrar a homenagem que recebia no castelo de Windsor, na Inglaterra. "Não me contaram que não se pede as coisas a ela", afirma Perez. Ele esteve com a alteza britânica no dia 16 de junho deste ano, convidado para receber um diploma pelo esforço na redução da violência no treino de cadetes na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. "Quando entramos no gabinete, a rainha já veio esticando a mão", conta o coronel. Na ocasião, também estavam presentes o empresário brasileiro Eduardo Moreira e o escritor americano Monty Roberts —todos sem celular ou máquina fotográfica, ali proibidos. Sem cerimônia nem chá, o evento deveria acontecer em dez minutos. Mas, conversa vai, conversa vem (a rainha, diz o policial, quis saber como andava São Paulo), ele temia sair de lá sem a foto com sua majestade —havia ali apenas a fotógrafa oficial. Foi cochichar no ouvido de Moreira. "A rainha viu e perguntou o que era", conta o coronel. Moreira traduziu. Ela topou e tiraram a foto. O encontro durou 27 minutos. Mas a história começa bem antes. Em fevereiro de 2012, o coronel assumiu o comando da academia de Barro Branco. No mesmo mês, um cadete queixou-se de maus-tratos. Na mesma época, Perez ganhou o livro "O Homem que Ouve Cavalos", escrito por Roberts, que fala da doma desses animais sem violência. "Quando li, pensei: Será que o modo tradicional de formar cadetes, submetendo-os a pressão e cargas intensas, não causará uma revolta?" Resolveu, então, propor mudanças como o fim da separação de turmas em atividades, do trote e do uso da palavra "bicho" para se referir aos novatos. Em meio às alterações, a academia recebeu uma palestra do empresário Moreira, que conhecia e escreveu sobre os métodos do autor americano —ele depois falou de Perez para o escritor. No mesmo ano, Roberts, o mago dos cavalos, visitou o Barro Branco. "Dei um livro sobre a academia e ele pediu que fizesse dedicatórias para ele e a rainha", afirma o coronel. Perez fez, mesmo achando tudo "muito maluco". Mas a foto está aí para ninguém duvidar. - QUALQUER NÚMERO 395.635,91 foi o que a rede McDonald's afirma ter revertido em doações para instituições de combate ao câncer infantil e juvenil apenas com a isenção da cobrança de ICMS sobre a venda de sanduíches Big Mac em nove Estados do Brasil durante o McDia Feliz de 2014. A edição 2015 do projeto será realizada em 29/8. * CHUVA DE ROSAS Marco nos casamentos realizados na Paróquia Santa Teresinha, em Higienópolis, a garoa de pétalas voltará a embelezar cerimônias a partir de 8/8, quando a igreja retoma a celebração de matrimônios após sete meses de restauração. Para a 'reinauguração', uma missa aberta será celebrada no dia 6/8, seguida de coquetel com apresentação de Afonso Nigro (ex-Dominó) no vizinho bufê Fiorelo (ingressos R$ 30). * CADEIRA CATIVANTE O que o auditório de imprensa da Casa Branca, a sala Philharmonie de Paris, o Templo de Salomão, no Brás, e o futuro Teatro Santander (previsto para outubro), na Vila Olímpia, terão em comum? Poltronas da fabricante espanhola Figueras. A nova casa de SP encomendou 1.200 assentos de cor cinza com estampas de poá. * O DISPENSÁVEL INDISPENSÁVEL O Ateliê Mariposas, conhecido pelas fantasias infantis de bichos, prepara uma fornada de adereços de cabeça: tem cocar de índio, chapéu de pirata, coroa de princesa... As peças de espuma e algodão custam a partir de R$ 49. Em pré-venda no site ateliemariposas.com.br. * OS FANTASMAS SE DIVERTEM Dos mesmos criadores da "The Godfather Party", festa em junho regada a muito Chivas Regal na estação Júlio Prestes, a agência We Clap colocou à venda ingressos para a "Halloween Gala", que ocupará a Casa Fasano em 17/10. O primeiro lote feminino (R$ 180) já está esgotado. Para homens, o open bar sai por R$ 240. Mais em: www.weclap.com.br.
saopaulo
Coronel da PM recebe homenagem de Elizabeth 2ª (e tem foto para provar)ELVIS PEREIRA DE SÃO PAULO Sem querer, o coronel da PM José Mauricio Perez, 51, quebrou o protocolo diante da rainha Elizabeth 2ª. Paulista do interior, ele queria ser fotografado ao lado da majestade para registrar a homenagem que recebia no castelo de Windsor, na Inglaterra. "Não me contaram que não se pede as coisas a ela", afirma Perez. Ele esteve com a alteza britânica no dia 16 de junho deste ano, convidado para receber um diploma pelo esforço na redução da violência no treino de cadetes na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. "Quando entramos no gabinete, a rainha já veio esticando a mão", conta o coronel. Na ocasião, também estavam presentes o empresário brasileiro Eduardo Moreira e o escritor americano Monty Roberts —todos sem celular ou máquina fotográfica, ali proibidos. Sem cerimônia nem chá, o evento deveria acontecer em dez minutos. Mas, conversa vai, conversa vem (a rainha, diz o policial, quis saber como andava São Paulo), ele temia sair de lá sem a foto com sua majestade —havia ali apenas a fotógrafa oficial. Foi cochichar no ouvido de Moreira. "A rainha viu e perguntou o que era", conta o coronel. Moreira traduziu. Ela topou e tiraram a foto. O encontro durou 27 minutos. Mas a história começa bem antes. Em fevereiro de 2012, o coronel assumiu o comando da academia de Barro Branco. No mesmo mês, um cadete queixou-se de maus-tratos. Na mesma época, Perez ganhou o livro "O Homem que Ouve Cavalos", escrito por Roberts, que fala da doma desses animais sem violência. "Quando li, pensei: Será que o modo tradicional de formar cadetes, submetendo-os a pressão e cargas intensas, não causará uma revolta?" Resolveu, então, propor mudanças como o fim da separação de turmas em atividades, do trote e do uso da palavra "bicho" para se referir aos novatos. Em meio às alterações, a academia recebeu uma palestra do empresário Moreira, que conhecia e escreveu sobre os métodos do autor americano —ele depois falou de Perez para o escritor. No mesmo ano, Roberts, o mago dos cavalos, visitou o Barro Branco. "Dei um livro sobre a academia e ele pediu que fizesse dedicatórias para ele e a rainha", afirma o coronel. Perez fez, mesmo achando tudo "muito maluco". Mas a foto está aí para ninguém duvidar. - QUALQUER NÚMERO 395.635,91 foi o que a rede McDonald's afirma ter revertido em doações para instituições de combate ao câncer infantil e juvenil apenas com a isenção da cobrança de ICMS sobre a venda de sanduíches Big Mac em nove Estados do Brasil durante o McDia Feliz de 2014. A edição 2015 do projeto será realizada em 29/8. * CHUVA DE ROSAS Marco nos casamentos realizados na Paróquia Santa Teresinha, em Higienópolis, a garoa de pétalas voltará a embelezar cerimônias a partir de 8/8, quando a igreja retoma a celebração de matrimônios após sete meses de restauração. Para a 'reinauguração', uma missa aberta será celebrada no dia 6/8, seguida de coquetel com apresentação de Afonso Nigro (ex-Dominó) no vizinho bufê Fiorelo (ingressos R$ 30). * CADEIRA CATIVANTE O que o auditório de imprensa da Casa Branca, a sala Philharmonie de Paris, o Templo de Salomão, no Brás, e o futuro Teatro Santander (previsto para outubro), na Vila Olímpia, terão em comum? Poltronas da fabricante espanhola Figueras. A nova casa de SP encomendou 1.200 assentos de cor cinza com estampas de poá. * O DISPENSÁVEL INDISPENSÁVEL O Ateliê Mariposas, conhecido pelas fantasias infantis de bichos, prepara uma fornada de adereços de cabeça: tem cocar de índio, chapéu de pirata, coroa de princesa... As peças de espuma e algodão custam a partir de R$ 49. Em pré-venda no site ateliemariposas.com.br. * OS FANTASMAS SE DIVERTEM Dos mesmos criadores da "The Godfather Party", festa em junho regada a muito Chivas Regal na estação Júlio Prestes, a agência We Clap colocou à venda ingressos para a "Halloween Gala", que ocupará a Casa Fasano em 17/10. O primeiro lote feminino (R$ 180) já está esgotado. Para homens, o open bar sai por R$ 240. Mais em: www.weclap.com.br.
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Caixa e Banco do Brasil são os mais citados quando o assunto é dinheiro
Instituição financeira identificada com o patrocínio do futebol brasileiro, a Caixa Econômica Federal marcou um golaço nesta edição 2015 da Folha Top of Mind. Patrocinadora do Corinthians, entre outros times, ela levantou a taça na categoria Poupança e ainda venceu o Top Performance. A imagem da poupança da Caixa foi alavancada por promoções como a "Quem tem sonhos tem poupança", lançada em junho com um filme publicitário que aposta no humor ao retratar um pai dividido entre os sonhos de comprar um barco ou ajudar na festa de casamento da filha. O conceito é o de que, poupando, ninguém precisa desistir de um sonho para realizar outro. A promoção, restrita aos poupadores cadastrados, sorteia prêmios de R$ 10 mil a R$ 500 mil. Com o resultado deste ano, a Caixa se isola ainda mais na liderança na categoria (54% das lembranças), posição que ocupa desde 2002, quando passou a figurar na pesquisa Datafolha. Apesar de seu perfil mais popular, ela é lembrada principalmente pelos mais escolarizados (59%) e pelos moradores de regiões metropolitanas (61%). Outras marcas citadas foram: Bradesco (9%), Banco do Brasil (8%) e Itaú (5%). BANCO Maior instituição financeira pública do país, o Banco do Brasil repetiu a liderança, conquistada desde a primeira edição da categoria, em 1992, e se manteve com folga à frente, apesar da oscilação de dois pontos percentuais, de 33% para 31%, neste ano. Um dos fatores que explicam o elevado índice de lembrança é a ampla penetração da instituição. O banco está presente em 70% dos municípios por meio de caixas eletrônicos ou agências, cujo número supera as 5.000 unidades. E chega a quase todos os cantos do país através do Banco Postal, uma parceria com os Correios. Não surpreende, portanto, que seja ainda mais lembrado onde há menor concentração bancária, como no interior (37%) e nas regiões Nordeste (45%), Centro-Oeste (38%) e Norte (36%). Neste ano, o BB consolidou o conceito, lançado em 2014, de "Banco de mercado com espírito público", que é traduzido na campanha "Bom para todos", segundo Luís Aniceto Silva Cavicchioli, diretor de estratégia da marca. O banco aparece com força institucional nas áreas de esporte e cultura. O primeiro semestre foi dominado pela dúvida em relação à manutenção do patrocínio à Confederação Brasileira de Vôlei, suspenso duas vezes devido à falta de transparência na utilização dos recursos. Em junho, finalmente, o contrato foi retomado. O banco também entrou com mais força na Fórmula 1, patrocinando a equipe Sauber, do piloto brasileiro Felipe Nasr, estreante no Mundial da categoria. "A ideia é internacionalizar a marca Banco do Brasil", explica Cavicchioli. Na cultura, a instituição mantém a intensa atividade dos seus centros culturais em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília. O destaque em 2015 foram as exposições de Picasso e Kandinsky. Os dois maiores bancos privados do país não cresceram na lembrança dos brasileiros. O Bradesco, um dos patrocinadores dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, manteve-se nos 23%. Como no caso do BB, a forte penetração ajudou no desempenho —os pontos de atendimento em todo o país aumentaram 1,5% nos 12 meses encerrados em junho. O Itaú apareceu na sequência, com 20%. CARTÃO DE CRÉDITO Na área de cartões de crédito, as duas principais bandeiras defenderam suas posições no Top of Mind, ambas com oscilação de um ponto percentual para baixo. A Visa segue isolada na liderança, com 35% das lembranças, patamar em que se encontra desde 2011, depois do pico de 40% no ano anterior. A marca está mais presente na memória daqueles com maior poder aquisitivo (47%) e com mais escolaridade (48%). "O foco da nossa ação é o consumidor e os benefícios que ele pode obter com o uso do cartão", diz Martha Krawczyk, vice-presidente de marketing da Visa do Brasil. Ela citou como uma das principais iniciativas o sistema de "proteção do preço", segundo o qual o Visa Platinum reembolsa a diferença de uma compra feita por um valor mais elevado. A compensação, válida no Brasil e no exterior, deve ser requerida até quatro dias depois da compra. A executiva também atribui o bom desempenho do cartão à extensa rede com milhões de estabelecimentos no Brasil e no exterior que aceitam Visa. Segundo Martha Krawczyk, a ação de marketing da marca se ergue sobre dois pilares: a educação financeira, que a bandeira procura transmitir em campanhas publicitárias, orientando o público sobre formas de pagamento, e o patrocínio ao esporte. A Visa mundial é patrocinadora da Fifa, e, ao lado de outros patrocinadores, pressionou a entidade para o afastamento de seu presidente, Joseph Blatter, envolvido no escândalo de corrupção. "Nosso compromisso com o futebol continua", disse Martha, de San Francisco, na Califórnia (EUA), onde participava da reunião anual das equipes de marketing da Visa de todo o mundo. O cartão também é sócio do exclusivo clube de patrocinadores olímpicos mundiais e tem visibilidade crescente com a aproximação da Olimpíada de 2016. A bandeira MasterCard tem menos da metade das lembranças de seu principal concorrente: 16%. O cartão estabilizou nesse patamar desde 2008 (com variações entre 14% e 17%), depois de ficar alguns anos numa faixa inferior (entre 2% e 13%). Beatriz Galloni, vice-presidente de marketing Brasil e Cone Sul da MasterCard, atribui a escalada gradual à consistência da campanha "Não tem preço", no ar desde 1997. "A campanha mexe com o emocional das pessoas", afirmou. Para a executiva, a memória dos brasileiros em relação à MasterCard também é alimentada por campanhas como a "Surpreenda", um programa de lealdade em que o cliente pode trocar pontos ganhos com o uso do cartão para obter de graça um segundo produto igual ao adquirido (ou de valor equivalente) para presentear um parente ou amigo. SEGURO Entre as seguradoras, as duas maiores, Bradesco e Porto Seguro, estão empatadas em primeiro lugar. A Bradesco Seguros é a marca lembrada por 10% dos entrevistados, enquanto 9% indicaram a Porto Seguro. A diferença está dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. As duas marcas campeãs são mais citadas entre os mais ricos (Porto Seguro, 20%; Bradesco, 15%) e escolarizados (Porto Seguro, 19%; Bradesco, 14%). Bradesco fica na média em todas as regiões do país, enquanto Porto Seguro se destaca no Sudeste, com 17% das lembranças. A Porto Seguro lidera os segmentos de automóveis e residências. Tem mais de 5 milhões de veículos e mais de 2 milhões de casas segurados, o que lhe garante pouco mais de 25% de market share nos dois ramos. A Bradesco Seguros colhe os frutos de ter sido o primeiro patrocinador oficial da Olimpíada. "Nossa estratégia consiste em incentivar ações que traduzam os princípios dos Jogos Olímpicos que tanto prezamos", afirma o diretor Alexandre Nogueira, porta-voz do grupo. Desde 2010, o Bradesco, nas áreas de serviços financeiros e seguros, vem ganhando visibilidade com o patrocínio. Desde meados deste ano, a empresa tem colocado no ar peças publicitárias que fazem eco ao slogan "Bradesco Seguros. É melhor ter", criada com o mote do "vai que...". Os filmes deste ano, destacando basquete, judô e natação, encerram com a expressão "Preparação. É melhor ter", algo que se aplica ao esporte e à própria vida. Itaú e SulAmérica ficaram, respectivamente, com 4% e 2% das respostas na pesquisa Datafolha. Na SulAmérica, o ano foi marcado por ações de marketing associadas a esportes praticados pela população. A empresa patrocinou a corrida noturna Night Run em várias cidades do país. "A promoção faz parte da diretriz de gestão de saúde da SulAmérica de estimular hábitos saudáveis", disse Zeca Vieira, diretor de marketing. Uma particularidade desse segmento é que, tradicionalmente, a maioria dos entrevistados não tem uma seguradora na memória. Neste ano, 59% não souberam responder ao Datafolha. PLANO DE SAÚDE No setor de plano de saúde, a Unimed, embora tenha registrado variação de três pontos, de 39% para 36%, venceu com folga e pela 23ª vez consecutiva na pesquisa. A Unimed do Brasil —que gerencia a marca Unimed junto a 351 cooperativas médicas, tem cerca de 20 milhões de beneficiários e está presente em mais de 80% do território nacional— se destaca na memória dos brasileiros com renda mais alta (52%) e entre os mais escolarizados (50%). A pesquisa Datafolha, realizada entre 3 e 8 de agosto, não foi contaminada pelo noticiário sobre a Unimed Paulistana, que ganhou manchetes a partir de setembro. No início daquele mês, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) determinou que a Unimed Paulistana entregasse sua carteira de 744 mil clientes a outros gestores. No fim de setembro, o Sistema Unimed assinou um acordo em que se comprometeu a atender 300 mil clientes da Unimed Paulistana com planos de até 30 beneficiários. Em 2015, todas as cooperativas do sistema Unimed aderiram a uma campanha institucional unificada. "A ação, que reforçou a vocação do conceito de 'cuidar das pessoas', contribuiu fortemente para intensificar o posicionamento do sistema", declara Edvard José de Araújo, diretor de desenvolvimento e marketing da Unimed do Brasil. A Amil, com cerca de 4 milhões de beneficiários e market share de 9,4%, foi lembrada em 6% das respostas, oscilação de um ponto percentual para cima em relação à pesquisa do ano passado. "Os principais esforços de marketing da empresa foram voltados para a luta contra a obesidade infantil, causa que a Amil abraçou no início de 2014", afirma Rodrigo Rocha, diretor de marketing da empresa. "Neste ano, direcionamos o foco para os pais, para conscientizá-los de que os filhos são um reflexo das suas escolhas e do seu comportamento", diz.
topofmind
Caixa e Banco do Brasil são os mais citados quando o assunto é dinheiroInstituição financeira identificada com o patrocínio do futebol brasileiro, a Caixa Econômica Federal marcou um golaço nesta edição 2015 da Folha Top of Mind. Patrocinadora do Corinthians, entre outros times, ela levantou a taça na categoria Poupança e ainda venceu o Top Performance. A imagem da poupança da Caixa foi alavancada por promoções como a "Quem tem sonhos tem poupança", lançada em junho com um filme publicitário que aposta no humor ao retratar um pai dividido entre os sonhos de comprar um barco ou ajudar na festa de casamento da filha. O conceito é o de que, poupando, ninguém precisa desistir de um sonho para realizar outro. A promoção, restrita aos poupadores cadastrados, sorteia prêmios de R$ 10 mil a R$ 500 mil. Com o resultado deste ano, a Caixa se isola ainda mais na liderança na categoria (54% das lembranças), posição que ocupa desde 2002, quando passou a figurar na pesquisa Datafolha. Apesar de seu perfil mais popular, ela é lembrada principalmente pelos mais escolarizados (59%) e pelos moradores de regiões metropolitanas (61%). Outras marcas citadas foram: Bradesco (9%), Banco do Brasil (8%) e Itaú (5%). BANCO Maior instituição financeira pública do país, o Banco do Brasil repetiu a liderança, conquistada desde a primeira edição da categoria, em 1992, e se manteve com folga à frente, apesar da oscilação de dois pontos percentuais, de 33% para 31%, neste ano. Um dos fatores que explicam o elevado índice de lembrança é a ampla penetração da instituição. O banco está presente em 70% dos municípios por meio de caixas eletrônicos ou agências, cujo número supera as 5.000 unidades. E chega a quase todos os cantos do país através do Banco Postal, uma parceria com os Correios. Não surpreende, portanto, que seja ainda mais lembrado onde há menor concentração bancária, como no interior (37%) e nas regiões Nordeste (45%), Centro-Oeste (38%) e Norte (36%). Neste ano, o BB consolidou o conceito, lançado em 2014, de "Banco de mercado com espírito público", que é traduzido na campanha "Bom para todos", segundo Luís Aniceto Silva Cavicchioli, diretor de estratégia da marca. O banco aparece com força institucional nas áreas de esporte e cultura. O primeiro semestre foi dominado pela dúvida em relação à manutenção do patrocínio à Confederação Brasileira de Vôlei, suspenso duas vezes devido à falta de transparência na utilização dos recursos. Em junho, finalmente, o contrato foi retomado. O banco também entrou com mais força na Fórmula 1, patrocinando a equipe Sauber, do piloto brasileiro Felipe Nasr, estreante no Mundial da categoria. "A ideia é internacionalizar a marca Banco do Brasil", explica Cavicchioli. Na cultura, a instituição mantém a intensa atividade dos seus centros culturais em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília. O destaque em 2015 foram as exposições de Picasso e Kandinsky. Os dois maiores bancos privados do país não cresceram na lembrança dos brasileiros. O Bradesco, um dos patrocinadores dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, manteve-se nos 23%. Como no caso do BB, a forte penetração ajudou no desempenho —os pontos de atendimento em todo o país aumentaram 1,5% nos 12 meses encerrados em junho. O Itaú apareceu na sequência, com 20%. CARTÃO DE CRÉDITO Na área de cartões de crédito, as duas principais bandeiras defenderam suas posições no Top of Mind, ambas com oscilação de um ponto percentual para baixo. A Visa segue isolada na liderança, com 35% das lembranças, patamar em que se encontra desde 2011, depois do pico de 40% no ano anterior. A marca está mais presente na memória daqueles com maior poder aquisitivo (47%) e com mais escolaridade (48%). "O foco da nossa ação é o consumidor e os benefícios que ele pode obter com o uso do cartão", diz Martha Krawczyk, vice-presidente de marketing da Visa do Brasil. Ela citou como uma das principais iniciativas o sistema de "proteção do preço", segundo o qual o Visa Platinum reembolsa a diferença de uma compra feita por um valor mais elevado. A compensação, válida no Brasil e no exterior, deve ser requerida até quatro dias depois da compra. A executiva também atribui o bom desempenho do cartão à extensa rede com milhões de estabelecimentos no Brasil e no exterior que aceitam Visa. Segundo Martha Krawczyk, a ação de marketing da marca se ergue sobre dois pilares: a educação financeira, que a bandeira procura transmitir em campanhas publicitárias, orientando o público sobre formas de pagamento, e o patrocínio ao esporte. A Visa mundial é patrocinadora da Fifa, e, ao lado de outros patrocinadores, pressionou a entidade para o afastamento de seu presidente, Joseph Blatter, envolvido no escândalo de corrupção. "Nosso compromisso com o futebol continua", disse Martha, de San Francisco, na Califórnia (EUA), onde participava da reunião anual das equipes de marketing da Visa de todo o mundo. O cartão também é sócio do exclusivo clube de patrocinadores olímpicos mundiais e tem visibilidade crescente com a aproximação da Olimpíada de 2016. A bandeira MasterCard tem menos da metade das lembranças de seu principal concorrente: 16%. O cartão estabilizou nesse patamar desde 2008 (com variações entre 14% e 17%), depois de ficar alguns anos numa faixa inferior (entre 2% e 13%). Beatriz Galloni, vice-presidente de marketing Brasil e Cone Sul da MasterCard, atribui a escalada gradual à consistência da campanha "Não tem preço", no ar desde 1997. "A campanha mexe com o emocional das pessoas", afirmou. Para a executiva, a memória dos brasileiros em relação à MasterCard também é alimentada por campanhas como a "Surpreenda", um programa de lealdade em que o cliente pode trocar pontos ganhos com o uso do cartão para obter de graça um segundo produto igual ao adquirido (ou de valor equivalente) para presentear um parente ou amigo. SEGURO Entre as seguradoras, as duas maiores, Bradesco e Porto Seguro, estão empatadas em primeiro lugar. A Bradesco Seguros é a marca lembrada por 10% dos entrevistados, enquanto 9% indicaram a Porto Seguro. A diferença está dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. As duas marcas campeãs são mais citadas entre os mais ricos (Porto Seguro, 20%; Bradesco, 15%) e escolarizados (Porto Seguro, 19%; Bradesco, 14%). Bradesco fica na média em todas as regiões do país, enquanto Porto Seguro se destaca no Sudeste, com 17% das lembranças. A Porto Seguro lidera os segmentos de automóveis e residências. Tem mais de 5 milhões de veículos e mais de 2 milhões de casas segurados, o que lhe garante pouco mais de 25% de market share nos dois ramos. A Bradesco Seguros colhe os frutos de ter sido o primeiro patrocinador oficial da Olimpíada. "Nossa estratégia consiste em incentivar ações que traduzam os princípios dos Jogos Olímpicos que tanto prezamos", afirma o diretor Alexandre Nogueira, porta-voz do grupo. Desde 2010, o Bradesco, nas áreas de serviços financeiros e seguros, vem ganhando visibilidade com o patrocínio. Desde meados deste ano, a empresa tem colocado no ar peças publicitárias que fazem eco ao slogan "Bradesco Seguros. É melhor ter", criada com o mote do "vai que...". Os filmes deste ano, destacando basquete, judô e natação, encerram com a expressão "Preparação. É melhor ter", algo que se aplica ao esporte e à própria vida. Itaú e SulAmérica ficaram, respectivamente, com 4% e 2% das respostas na pesquisa Datafolha. Na SulAmérica, o ano foi marcado por ações de marketing associadas a esportes praticados pela população. A empresa patrocinou a corrida noturna Night Run em várias cidades do país. "A promoção faz parte da diretriz de gestão de saúde da SulAmérica de estimular hábitos saudáveis", disse Zeca Vieira, diretor de marketing. Uma particularidade desse segmento é que, tradicionalmente, a maioria dos entrevistados não tem uma seguradora na memória. Neste ano, 59% não souberam responder ao Datafolha. PLANO DE SAÚDE No setor de plano de saúde, a Unimed, embora tenha registrado variação de três pontos, de 39% para 36%, venceu com folga e pela 23ª vez consecutiva na pesquisa. A Unimed do Brasil —que gerencia a marca Unimed junto a 351 cooperativas médicas, tem cerca de 20 milhões de beneficiários e está presente em mais de 80% do território nacional— se destaca na memória dos brasileiros com renda mais alta (52%) e entre os mais escolarizados (50%). A pesquisa Datafolha, realizada entre 3 e 8 de agosto, não foi contaminada pelo noticiário sobre a Unimed Paulistana, que ganhou manchetes a partir de setembro. No início daquele mês, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) determinou que a Unimed Paulistana entregasse sua carteira de 744 mil clientes a outros gestores. No fim de setembro, o Sistema Unimed assinou um acordo em que se comprometeu a atender 300 mil clientes da Unimed Paulistana com planos de até 30 beneficiários. Em 2015, todas as cooperativas do sistema Unimed aderiram a uma campanha institucional unificada. "A ação, que reforçou a vocação do conceito de 'cuidar das pessoas', contribuiu fortemente para intensificar o posicionamento do sistema", declara Edvard José de Araújo, diretor de desenvolvimento e marketing da Unimed do Brasil. A Amil, com cerca de 4 milhões de beneficiários e market share de 9,4%, foi lembrada em 6% das respostas, oscilação de um ponto percentual para cima em relação à pesquisa do ano passado. "Os principais esforços de marketing da empresa foram voltados para a luta contra a obesidade infantil, causa que a Amil abraçou no início de 2014", afirma Rodrigo Rocha, diretor de marketing da empresa. "Neste ano, direcionamos o foco para os pais, para conscientizá-los de que os filhos são um reflexo das suas escolhas e do seu comportamento", diz.
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Ainda em queda
Se no mês passado tratou de divulgar pessoalmente a criação de 36 mil empregos com carteira assinada em fevereiro, desta vez o presidente Michel Temer (PMDB) achou por bem ausentar-se do anúncio do fechamento de 64 mil vagas no país em março. Foi precipitado, sem dúvida, considerar que o primeiro resultado já se afigurava como sinal inequívoco da retomada da economia. Mas tampouco existe motivo para concluir o oposto agora. O mais moroso dos mercados, o de trabalho, costuma reagir com atraso às tendências de melhora ou piora da confiança de empresários e consumidores. Logo que o país entrou em recessão, em 2014, o desemprego manteve-se baixo; as demissões só ganharam impulso no ano seguinte. Neste momento, embora os dados ainda mostrem grande dose de fragilidade, a tendência já se revela menos negativa. A perda de postos no primeiro trimestre, praticamente igual à de março, foi bem menor que a de 319 mil no período correspondente de 2016. O contraste é ainda mais evidente ao se observar o comportamento dos últimos 12 meses, quando o número de celetistas encolheu de 39,3 milhões para 38,3 milhões, queda de 3,8% –neste ano, a redução limita-se a 0,2%. A trajetória de fechamento de vagas pode encerrar-se em breve, mas as contratações provavelmente demorarão a prevalecer. Dados os custos para admitir, treinar e demitir mão de obra, as empresas só alteram suas folhas de pagamento em larga escala quando a direção de seus negócios é clara. No cenário atual, ademais, há espaço para produzir mais com o mesmo quadro de pessoal. Enquanto isso, o desemprego permanecerá alto, na casa dos 13%. Por outro lado, as condições que antecedem a recuperação econômica já estão dadas. A renda do trabalho estabiliza-se; o recuo da inflação favorece o poder de compra; famílias reduzem suas dívidas. Lançam-se, assim, os alicerces para o aumento do consumo das famílias, que partirá da parcela majoritária da população que se mantém empregada. Para tanto, a confiança —crescente, mas ainda sujeita às intempéries do mundo político— terá papel crucial. [email protected]
opiniao
Ainda em quedaSe no mês passado tratou de divulgar pessoalmente a criação de 36 mil empregos com carteira assinada em fevereiro, desta vez o presidente Michel Temer (PMDB) achou por bem ausentar-se do anúncio do fechamento de 64 mil vagas no país em março. Foi precipitado, sem dúvida, considerar que o primeiro resultado já se afigurava como sinal inequívoco da retomada da economia. Mas tampouco existe motivo para concluir o oposto agora. O mais moroso dos mercados, o de trabalho, costuma reagir com atraso às tendências de melhora ou piora da confiança de empresários e consumidores. Logo que o país entrou em recessão, em 2014, o desemprego manteve-se baixo; as demissões só ganharam impulso no ano seguinte. Neste momento, embora os dados ainda mostrem grande dose de fragilidade, a tendência já se revela menos negativa. A perda de postos no primeiro trimestre, praticamente igual à de março, foi bem menor que a de 319 mil no período correspondente de 2016. O contraste é ainda mais evidente ao se observar o comportamento dos últimos 12 meses, quando o número de celetistas encolheu de 39,3 milhões para 38,3 milhões, queda de 3,8% –neste ano, a redução limita-se a 0,2%. A trajetória de fechamento de vagas pode encerrar-se em breve, mas as contratações provavelmente demorarão a prevalecer. Dados os custos para admitir, treinar e demitir mão de obra, as empresas só alteram suas folhas de pagamento em larga escala quando a direção de seus negócios é clara. No cenário atual, ademais, há espaço para produzir mais com o mesmo quadro de pessoal. Enquanto isso, o desemprego permanecerá alto, na casa dos 13%. Por outro lado, as condições que antecedem a recuperação econômica já estão dadas. A renda do trabalho estabiliza-se; o recuo da inflação favorece o poder de compra; famílias reduzem suas dívidas. Lançam-se, assim, os alicerces para o aumento do consumo das famílias, que partirá da parcela majoritária da população que se mantém empregada. Para tanto, a confiança —crescente, mas ainda sujeita às intempéries do mundo político— terá papel crucial. [email protected]
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Brasileiras se inspiram em Beyoncé e aderem a perucas modernas e realistas
O que antes servia apenas para esconder os poucos cabelos agora virou acessório. Sim, as perucas estão na moda. Mas em formatos e modelos muito mais modernos do que aquelas usadas por pais e avós. Chamadas de "lace wigs", as perucas modernas impressionam pela naturalidade. O segredo está justamente nas "laces", ou seja, nas telas onde são colocados, à mão, os fios de cabelo e que imitam o couro cabeludo. Isso sem contar a qualidade das fibras sintéticas que imitam os fios, o que garante preço baixo e uma variedade incrível. Mesmo olhando com muita atenção, é difícil acreditar que é uma peruca. As "lace wigs" já são sucesso na cabeça das cantoras Beyoncé e Rihanna, além da brasileira Ludmilla. Até a atriz Taís Araújo escondeu suas madeixas para usar uma "lace wig" na série "Mister Brau", na qual vive a personagem Michele Brau. Com a moda, a mulherada passou a trocar de peruca como troca de roupa. A publicitária Tuianny Tomé, 27, é uma das adeptas das "laces wigs". Descobriu as perucas em uma pesquisa pela internet. Comprou a primeira há um ano "somente para experimentar", pois tinha receio de ficar coçando ou com calor no cabeça. Agora já tem sete, uma para cada dia da semana. "Eu ficava refém dos apliques, que tinha que trocar a cada três meses. Agora me libertei dos apliques e das químicas. E nem coça ou esquenta a cabeça", disse. Tuianny conta que já foi até para a praia e entrou no mar com uma de suas perucas. Para essas ocasiões, ela usa um adesivo que fixa a peruca no couro cabeludo, o que dá mais segurança a quem usa o adereço. "Nunca sabem que é peruca. Já perguntaram para a minha mãe o que eu passo no cabelo para deixá-lo tão sedoso. Quando eu conto, ninguém acredita. Acham que eu sou careca", afirmou ela. AUTOESTIMA A vendedora Magna da Silva, 28, recuperou a autoestima depois que comprou sua primeira "lace wig". Ela tinha perdido quase todo o cabelo devido ao uso excessivo de química. Estava há meses sem sair de casa, quando decidiu procurar na internet uma solução. Comprou a primeira em agosto e agora já tem três modelos: duas lisas e uma encaracolada. Ela vai para o trabalho e até para a balada de peruca. E não se importa com os comentários. "Se alguém pergunta, eu falo que é peruca, porque é muita mudança de cabelo. Não tenho vergonha de dizer: 'sim, é peruca e eu adoro'", afirma. "Quero agora uma colorida." O cabelo encaracolado sempre foi a marca da modelo Valeska Reis, 31 anos, assistente de palco do programa "Hora do Faro", da TV Record. Mas há um ano conheceu o mundo das perucas modernas. Comprou alguns modelos nos Estados Unidos, mas percebeu que poderia melhorar a qualidade do acessório para as brasileiras. Ainda neste mês deve lançar uma marca de perucas "laces". "Não quero vender peruca. Quero vender autoestima e quero que as mulheres se sintam bem usando", disse Valeska. PREÇOS Não é exagero dizer que existe uma peruca moderna para cada ocasião. Na internet é possível encontrar centenas de modelos diferentes. Tem ondulado, encaracolado, liso e crespo, que podem ser curtos, médios ou longos. Os preços também variam: de R$ 200 a R$ 600. Mas antes de comprar é importante saber as diferenças entre os tipos de "lace", ressalta a empresária Letícia Korndorser, 40, da Tress Cabelos, que vende perucas. A mais usada é a "front lace", que tem as telas que imitam o couro cabeludo na parte frontal da cabeça, de orelha a orelha. A "part lace" tem a tela onde o cabelo reparte na lateral e a "full lace", em toda a peruca. A cabeleireira Joyce Vitoriano, 35, disse que a maioria de suas clientes negras fazem trança nagô (afro) antes de fixar a peruca. Quem não quer tirar a peruca pode passar cola ou adesivo. Mas deve ter cuidado ao lavar e pentear para não perder os fios nem o volume original. Dura até dois anos. Para quem não tem trança, dá para prender o cabelo de várias formas. Tutoriais na internet também ensinam a colocar a peruca
cotidiano
Brasileiras se inspiram em Beyoncé e aderem a perucas modernas e realistasO que antes servia apenas para esconder os poucos cabelos agora virou acessório. Sim, as perucas estão na moda. Mas em formatos e modelos muito mais modernos do que aquelas usadas por pais e avós. Chamadas de "lace wigs", as perucas modernas impressionam pela naturalidade. O segredo está justamente nas "laces", ou seja, nas telas onde são colocados, à mão, os fios de cabelo e que imitam o couro cabeludo. Isso sem contar a qualidade das fibras sintéticas que imitam os fios, o que garante preço baixo e uma variedade incrível. Mesmo olhando com muita atenção, é difícil acreditar que é uma peruca. As "lace wigs" já são sucesso na cabeça das cantoras Beyoncé e Rihanna, além da brasileira Ludmilla. Até a atriz Taís Araújo escondeu suas madeixas para usar uma "lace wig" na série "Mister Brau", na qual vive a personagem Michele Brau. Com a moda, a mulherada passou a trocar de peruca como troca de roupa. A publicitária Tuianny Tomé, 27, é uma das adeptas das "laces wigs". Descobriu as perucas em uma pesquisa pela internet. Comprou a primeira há um ano "somente para experimentar", pois tinha receio de ficar coçando ou com calor no cabeça. Agora já tem sete, uma para cada dia da semana. "Eu ficava refém dos apliques, que tinha que trocar a cada três meses. Agora me libertei dos apliques e das químicas. E nem coça ou esquenta a cabeça", disse. Tuianny conta que já foi até para a praia e entrou no mar com uma de suas perucas. Para essas ocasiões, ela usa um adesivo que fixa a peruca no couro cabeludo, o que dá mais segurança a quem usa o adereço. "Nunca sabem que é peruca. Já perguntaram para a minha mãe o que eu passo no cabelo para deixá-lo tão sedoso. Quando eu conto, ninguém acredita. Acham que eu sou careca", afirmou ela. AUTOESTIMA A vendedora Magna da Silva, 28, recuperou a autoestima depois que comprou sua primeira "lace wig". Ela tinha perdido quase todo o cabelo devido ao uso excessivo de química. Estava há meses sem sair de casa, quando decidiu procurar na internet uma solução. Comprou a primeira em agosto e agora já tem três modelos: duas lisas e uma encaracolada. Ela vai para o trabalho e até para a balada de peruca. E não se importa com os comentários. "Se alguém pergunta, eu falo que é peruca, porque é muita mudança de cabelo. Não tenho vergonha de dizer: 'sim, é peruca e eu adoro'", afirma. "Quero agora uma colorida." O cabelo encaracolado sempre foi a marca da modelo Valeska Reis, 31 anos, assistente de palco do programa "Hora do Faro", da TV Record. Mas há um ano conheceu o mundo das perucas modernas. Comprou alguns modelos nos Estados Unidos, mas percebeu que poderia melhorar a qualidade do acessório para as brasileiras. Ainda neste mês deve lançar uma marca de perucas "laces". "Não quero vender peruca. Quero vender autoestima e quero que as mulheres se sintam bem usando", disse Valeska. PREÇOS Não é exagero dizer que existe uma peruca moderna para cada ocasião. Na internet é possível encontrar centenas de modelos diferentes. Tem ondulado, encaracolado, liso e crespo, que podem ser curtos, médios ou longos. Os preços também variam: de R$ 200 a R$ 600. Mas antes de comprar é importante saber as diferenças entre os tipos de "lace", ressalta a empresária Letícia Korndorser, 40, da Tress Cabelos, que vende perucas. A mais usada é a "front lace", que tem as telas que imitam o couro cabeludo na parte frontal da cabeça, de orelha a orelha. A "part lace" tem a tela onde o cabelo reparte na lateral e a "full lace", em toda a peruca. A cabeleireira Joyce Vitoriano, 35, disse que a maioria de suas clientes negras fazem trança nagô (afro) antes de fixar a peruca. Quem não quer tirar a peruca pode passar cola ou adesivo. Mas deve ter cuidado ao lavar e pentear para não perder os fios nem o volume original. Dura até dois anos. Para quem não tem trança, dá para prender o cabelo de várias formas. Tutoriais na internet também ensinam a colocar a peruca
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Vietnã, a vitória capitalista
Há 40 anos, completados dia 30 de abril, o Viet Cong derrotou os Estados Unidos e unificou o Vietnã sob o domínio comunista. Mas, se perderam a guerra, os Estados Unidos ganharam a paz, conforme dados impressionantes de uma pesquisa do Pew Research Center. Apesar de todos os horrores praticados pelas tropas norte-americanas, fartamente documentados, inclusive pela televisão dos próprios EUA, os vietnamitas adoram a América: mais de três quartos deles (76%) têm uma opinião favorável do antigo inimigo. Essa porcentagem sobe para 89% quando os pesquisados são jovens entre 18 e 29 anos, que não viveram a guerra. Mas, mesmo entre os que foram testemunhas do horror (os de 50 anos ou mais), acima de 60% gostam dos Estados Unidos. O grande paradoxo é que os EUA lutaram no Vietnã para evitar que caísse nas mãos do comunismo, então o inimigo existencial, no contexto da Guerra Fria. Não conseguiram com armas, mas o capitalismo ganhou a paz. Incríveis 95% dos vietnamitas pesquisados concordaram com a proposição segundo a qual as pessoas vivem melhor em uma economia de livre mercado, mesmo que alguns sejam ricos e outros sejam pobres. Conceitos essenciais para o livre mercado têm ampla aceitação no Vietnã, uma ditadura capitalista: o livre-comércio, por exemplo, tem efeitos positivos na criação do emprego para 78% e, para 72%, favorece o aumento dos ganhos dos trabalhadores. Duvido que porcentagens parecidas sejam encontradas no Brasil, por exemplo, ou mesmo nas democracias avançadas da Europa. Nesse ambiente, não chega a ser surpreendente que Bruno Philip, enviado especial de "Le Monde", registre a ironia de que Saigon, a antiga capital do Sul (hoje Cidade Ho Chi Minh), retomou "os ares furiosos de 'Saigon, a depravada' que os comunistas austeros do Norte prometiam corrigir" ao ocupá-la em 1975. É igualmente sintomático que em um festival de filmes sobre os 40 anos da vitória, promovido pelas autoridades comunistas, apenas quatro sejam produções locais; dezenas de outras são "made in Hollywood". "A indústria cinematográfica do Vietnã, agora privatizada, faz poucos filmes sobre a guerra, e poucas pessoas querem vê-los", escreve para "The New York Times" Nguyen Qui Duc, jornalista que inicialmente se refugiou nos Estados Unidos, mas voltou para dirigir uma galeria de arte em Hanói, por mais anticomunista que tenha sido e continue sendo. Há um segundo paradoxo na história desses 40 anos: se os vietnamitas parecem ter perdoado o adversário, os norte-americanos ainda não perdoaram a própria derrota. Afinal, como disse Henry Kissinger, o então secretário de Estado, o Vietnã foi "a primeira experiência da América com limites na política externa, o que foi algo doloroso de aceitar". Tão doloroso que os Estados Unidos reincidiram no erro de forçar os limites, no Afeganistão e no Iraque, sem reconhecer que "os americanos têm pouco poder para de fato promover mudanças e a paz", como escreve para "The New York Times" a vietnamita Lien-Hang Nguyen, da Universidade de Kentucky.
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Vietnã, a vitória capitalistaHá 40 anos, completados dia 30 de abril, o Viet Cong derrotou os Estados Unidos e unificou o Vietnã sob o domínio comunista. Mas, se perderam a guerra, os Estados Unidos ganharam a paz, conforme dados impressionantes de uma pesquisa do Pew Research Center. Apesar de todos os horrores praticados pelas tropas norte-americanas, fartamente documentados, inclusive pela televisão dos próprios EUA, os vietnamitas adoram a América: mais de três quartos deles (76%) têm uma opinião favorável do antigo inimigo. Essa porcentagem sobe para 89% quando os pesquisados são jovens entre 18 e 29 anos, que não viveram a guerra. Mas, mesmo entre os que foram testemunhas do horror (os de 50 anos ou mais), acima de 60% gostam dos Estados Unidos. O grande paradoxo é que os EUA lutaram no Vietnã para evitar que caísse nas mãos do comunismo, então o inimigo existencial, no contexto da Guerra Fria. Não conseguiram com armas, mas o capitalismo ganhou a paz. Incríveis 95% dos vietnamitas pesquisados concordaram com a proposição segundo a qual as pessoas vivem melhor em uma economia de livre mercado, mesmo que alguns sejam ricos e outros sejam pobres. Conceitos essenciais para o livre mercado têm ampla aceitação no Vietnã, uma ditadura capitalista: o livre-comércio, por exemplo, tem efeitos positivos na criação do emprego para 78% e, para 72%, favorece o aumento dos ganhos dos trabalhadores. Duvido que porcentagens parecidas sejam encontradas no Brasil, por exemplo, ou mesmo nas democracias avançadas da Europa. Nesse ambiente, não chega a ser surpreendente que Bruno Philip, enviado especial de "Le Monde", registre a ironia de que Saigon, a antiga capital do Sul (hoje Cidade Ho Chi Minh), retomou "os ares furiosos de 'Saigon, a depravada' que os comunistas austeros do Norte prometiam corrigir" ao ocupá-la em 1975. É igualmente sintomático que em um festival de filmes sobre os 40 anos da vitória, promovido pelas autoridades comunistas, apenas quatro sejam produções locais; dezenas de outras são "made in Hollywood". "A indústria cinematográfica do Vietnã, agora privatizada, faz poucos filmes sobre a guerra, e poucas pessoas querem vê-los", escreve para "The New York Times" Nguyen Qui Duc, jornalista que inicialmente se refugiou nos Estados Unidos, mas voltou para dirigir uma galeria de arte em Hanói, por mais anticomunista que tenha sido e continue sendo. Há um segundo paradoxo na história desses 40 anos: se os vietnamitas parecem ter perdoado o adversário, os norte-americanos ainda não perdoaram a própria derrota. Afinal, como disse Henry Kissinger, o então secretário de Estado, o Vietnã foi "a primeira experiência da América com limites na política externa, o que foi algo doloroso de aceitar". Tão doloroso que os Estados Unidos reincidiram no erro de forçar os limites, no Afeganistão e no Iraque, sem reconhecer que "os americanos têm pouco poder para de fato promover mudanças e a paz", como escreve para "The New York Times" a vietnamita Lien-Hang Nguyen, da Universidade de Kentucky.
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Saídas para a tragédia carcerária
O massacre de presos em Manaus (AM) deixou 56 mortos. Em Boa Vista (RR), foram 43 presos assassinados em dois conflitos. É ultrajante ver em rede nacional a falência do sistema carcerário brasileiro, com facções se digladiando a ferro e sangue nos pátios dos presídios. Violência criminal não é novidade em Boa Vista, cidade de apenas 330 mil habitantes. Há 16 anos, em meu segundo mandato como prefeita eleita, tínhamos 35 gangues juvenis praticando crimes e brigas nas ruas. Assumi meu quinto mandato neste ano com nova onda de insegurança, fruto da chegada de criminosos estrangeiros infiltrados entre famílias fugindo da crise na Venezuela. E convivemos com o medo diário de mais sangue correndo na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a apenas 10 quilômetros da cidade. A questão carcerária não é só estadual ou federal; os municípios têm que ser envolvidos. A experiência mostra que não é construindo mais penitenciárias que as cidades ficarão seguras. Pergunto: estamos buscando soluções consistentes ou apenas aplicando paliativos? Presidentes da República e dezenas de governadores eleitos não deram atenção a aspectos fundamentais: o aumento do ingresso de jovens no mundo do crime; o controle precaríssimo de nossas fronteiras (de onde vêm as armas e as drogas); e a gestão deficiente do sistema carcerário. Em Boa Vista, de 2001 a 2006, a prefeitura tirou quase 700 adolescentes do crime, através de oficinas de cultura, esportes e cursos profissionalizantes do programa Crescer. Atualmente, temos 500 alunos no programa. Resultado: em uma década, a taxa de homicídios de jovens (15 a 24 anos) caiu 49%. Boa Vista é a capital estadual que tem o menor índice de homicídios por armas de fogo ("Mapa da Violência 2016"). São duas realidades. Em nossa cidade, a prefeitura afasta jovens do crime. Mas o Estado de Roraima e a União mal conseguem entrar num presídio dominado pelo PCC e pelo CV. As políticas de segurança pública de São Paulo e Rio focam na guerra policial ao tráfico, no aumento do número de presídios e na "exportação" de presos perigosos para os rincões (quão mais longe do Sudeste, melhor...). É uma ótica policial. Não trata as causas, e não conseguiu reduzir nem a força das quadrilhas nem os indicadores de violência. O tráfico tem quatro pilares: mão de obra (traficantes), produtos (drogas), equipamento bélico (armas e munições) e consumidores (usuários de drogas). Impedir o consumo é difícil. Mas interromper o abastecimento nos demais pilares é viável. As drogas e armas são contrabandeadas facilmente por nossas fronteiras terrestres, aeroportos e portos. No tocante à mão de obra, seu grande fornecedor é a desigualdade social, cujas consequências recaem sobre jovens em situação de vulnerabilidade social. Não vejo na União e nos governos Gerald Alckmin (SP) e Pezão (RJ) - os Estados que concentram as principais quadrilhas - políticas públicas que contemplem esses focos de atuação. Tampouco vejo integração entre União, Estados e municípios, inclusive em ações para afastar a juventude de riscos sociais. Essas duas frentes - jovens vulneráveis e controle de fronteiras - são caminhos rápidos para reduzir a força das quadrilhas que matam nos presídios. Mas requerem políticas públicas consistentes, integradas e de longo prazo. Se não tivéssemos, lá atrás, iniciado o programa Crescer, provavelmente mais jovens estariam envolvidos no massacre do presídio. Se a pequena Boa Vista consegue reduzir o número de adolescentes no crime, por que o Brasil não pode? TERESA SURITA é prefeita de Boa Vista (PMDB-RR). Foi deputada federal PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Saídas para a tragédia carceráriaO massacre de presos em Manaus (AM) deixou 56 mortos. Em Boa Vista (RR), foram 43 presos assassinados em dois conflitos. É ultrajante ver em rede nacional a falência do sistema carcerário brasileiro, com facções se digladiando a ferro e sangue nos pátios dos presídios. Violência criminal não é novidade em Boa Vista, cidade de apenas 330 mil habitantes. Há 16 anos, em meu segundo mandato como prefeita eleita, tínhamos 35 gangues juvenis praticando crimes e brigas nas ruas. Assumi meu quinto mandato neste ano com nova onda de insegurança, fruto da chegada de criminosos estrangeiros infiltrados entre famílias fugindo da crise na Venezuela. E convivemos com o medo diário de mais sangue correndo na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a apenas 10 quilômetros da cidade. A questão carcerária não é só estadual ou federal; os municípios têm que ser envolvidos. A experiência mostra que não é construindo mais penitenciárias que as cidades ficarão seguras. Pergunto: estamos buscando soluções consistentes ou apenas aplicando paliativos? Presidentes da República e dezenas de governadores eleitos não deram atenção a aspectos fundamentais: o aumento do ingresso de jovens no mundo do crime; o controle precaríssimo de nossas fronteiras (de onde vêm as armas e as drogas); e a gestão deficiente do sistema carcerário. Em Boa Vista, de 2001 a 2006, a prefeitura tirou quase 700 adolescentes do crime, através de oficinas de cultura, esportes e cursos profissionalizantes do programa Crescer. Atualmente, temos 500 alunos no programa. Resultado: em uma década, a taxa de homicídios de jovens (15 a 24 anos) caiu 49%. Boa Vista é a capital estadual que tem o menor índice de homicídios por armas de fogo ("Mapa da Violência 2016"). São duas realidades. Em nossa cidade, a prefeitura afasta jovens do crime. Mas o Estado de Roraima e a União mal conseguem entrar num presídio dominado pelo PCC e pelo CV. As políticas de segurança pública de São Paulo e Rio focam na guerra policial ao tráfico, no aumento do número de presídios e na "exportação" de presos perigosos para os rincões (quão mais longe do Sudeste, melhor...). É uma ótica policial. Não trata as causas, e não conseguiu reduzir nem a força das quadrilhas nem os indicadores de violência. O tráfico tem quatro pilares: mão de obra (traficantes), produtos (drogas), equipamento bélico (armas e munições) e consumidores (usuários de drogas). Impedir o consumo é difícil. Mas interromper o abastecimento nos demais pilares é viável. As drogas e armas são contrabandeadas facilmente por nossas fronteiras terrestres, aeroportos e portos. No tocante à mão de obra, seu grande fornecedor é a desigualdade social, cujas consequências recaem sobre jovens em situação de vulnerabilidade social. Não vejo na União e nos governos Gerald Alckmin (SP) e Pezão (RJ) - os Estados que concentram as principais quadrilhas - políticas públicas que contemplem esses focos de atuação. Tampouco vejo integração entre União, Estados e municípios, inclusive em ações para afastar a juventude de riscos sociais. Essas duas frentes - jovens vulneráveis e controle de fronteiras - são caminhos rápidos para reduzir a força das quadrilhas que matam nos presídios. Mas requerem políticas públicas consistentes, integradas e de longo prazo. Se não tivéssemos, lá atrás, iniciado o programa Crescer, provavelmente mais jovens estariam envolvidos no massacre do presídio. Se a pequena Boa Vista consegue reduzir o número de adolescentes no crime, por que o Brasil não pode? TERESA SURITA é prefeita de Boa Vista (PMDB-RR). Foi deputada federal PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Leitores comentam a crise econômica da Grécia
Admiro a Grécia pelo imenso legado que dela recebemos em arte, filosofia, religião e política. Embora o governo atual tenha sido eleito, o povo grego não merece ser zombado, pois sofre as consequências de uma economia muito mal conduzida. Também não precisam de comiseração. Precisam, sim, de nossa solidariedade e respeito para que consigam logo superar a crise. Esther Proença Soares (São Paulo, SP) * Na coluna "O inferno não são os outros" ("Poder", 4/7), Demétrio Magnoli faz uma análise perfeita sobre os movimentos de esquerda no mundo, apenas esquecendo-se de dizer que a Grécia chegou à atual situação com governos liberais de direita, que foram irresponsáveis na administração pública. O atual, conduzido por um partido de esquerda que está no poder há pouco tempo, tem como argumento a seu favor ter conseguido estancar a queda do PIB, com medidas de austeridade, mas que não são suficientes para reduzir o desemprego e a dívida pública. José Osvaldo Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG) * Um dos assuntos "tabu" na chamada discussão da economia globalizada é a necessidade de auditoria independente, fato nunca realizado, nas dívidas públicas dos países devedores, como é o caso da Grécia atualmente. A ausência dessa análise é tão suspeita que leva alguns renomados especialistas da área econômica, inclusive alguns vencedores de Prêmio Nobel, a se tornarem críticos das soluções de austeridade, que são pregadas aos países devedores. JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado (Rio de Janeiro, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam a crise econômica da GréciaAdmiro a Grécia pelo imenso legado que dela recebemos em arte, filosofia, religião e política. Embora o governo atual tenha sido eleito, o povo grego não merece ser zombado, pois sofre as consequências de uma economia muito mal conduzida. Também não precisam de comiseração. Precisam, sim, de nossa solidariedade e respeito para que consigam logo superar a crise. Esther Proença Soares (São Paulo, SP) * Na coluna "O inferno não são os outros" ("Poder", 4/7), Demétrio Magnoli faz uma análise perfeita sobre os movimentos de esquerda no mundo, apenas esquecendo-se de dizer que a Grécia chegou à atual situação com governos liberais de direita, que foram irresponsáveis na administração pública. O atual, conduzido por um partido de esquerda que está no poder há pouco tempo, tem como argumento a seu favor ter conseguido estancar a queda do PIB, com medidas de austeridade, mas que não são suficientes para reduzir o desemprego e a dívida pública. José Osvaldo Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG) * Um dos assuntos "tabu" na chamada discussão da economia globalizada é a necessidade de auditoria independente, fato nunca realizado, nas dívidas públicas dos países devedores, como é o caso da Grécia atualmente. A ausência dessa análise é tão suspeita que leva alguns renomados especialistas da área econômica, inclusive alguns vencedores de Prêmio Nobel, a se tornarem críticos das soluções de austeridade, que são pregadas aos países devedores. JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado (Rio de Janeiro, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Delcídio inocenta André Esteves de plano para silenciar Cerveró
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) inocentou o banqueiro André Esteves de participar de negociações com familiares do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo mensagem encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (15), obtida pela Folha, Delcídio afirma que Esteves "jamais teve qualquer participação nos fatos". "A menção a seu nome foi um blefe, para dar à família de Cerveró uma ideia de que poderia obter algum consolo ou mesmo a tão exigida vantagem que há muito tempo vinha fustigando de forma energética o ora investigado", diz o documento, assinado por advogados do escritório Figueiredo Basto. Os advogados tentam convencer o STF a revogar a prisão cautelar do senador. Pedem ainda que a corte considere a prisão domiciliar caso não conceda sua liberdade. Segundo o documento, é indiscutível que "Delcídio agiu de forma inadequada". A defesa argumenta, contudo, que ele fora alvo de uma armadilha: uma "gravação clandestina engendrada sob truques cênicos". Delcídio e Esteves foram presos no dia 25 de novembro por ordem do Supremo. O pedido baseou-se numa gravação feita por Bernardo, filho de Cerveró. Nela, Delcídio oferece uma mesada de R$ 50 mil para que o ex-diretor da estatal desista de fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. E afirma que André Esteves garantiria outros R$ 4 milhões. Na conversa, Delcídio discute com Bernardo planos de fuga. A ideia era que Cerveró se escondesse na Espanha. Também cita movimentações para influenciar a decisão de ministros do STF. Cerveró acusa Delcídio de receber propina na compra de sondas da Petrobras e na refinaria de Pasadena. A delação do diretor também citaria o envolvimento de Esteves em esquema de corrupção na petroleira estatal. Delcídio também exime seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, também preso por participar da trama. Segundo o senador, Ferreira "sempre agiu sob seu comando". NULIDADE A defesa de Esteves, por sua vez, ingressou no Supremo com pedido de revogação de sua prisão com o argumento de que as menções ao seu nome feitas por Delcídio eram "venda de fumaça", "irresponsável bravata" e que ele "está preso por ser rico". Uma das acusações contra Esteves é de possuir cópia da delação de Cerveró, documento que é sigiloso. "André Esteves não possuía –e nunca possuiu– os anexos da colaboração premiada de Nestor Cerveró, que ensejaram sua prisão, e jamais participou de qualquer reunião", afirmam os advogados de Esteves. O nome do banqueiro, diz a defesa, foi usado pelo senador para dar credibilidade à oferta de dinheiro. A peça nega que Esteves tenha se reunido com o filho e o advogado de Cerveró e apresenta imagens da câmera do banco para comprovar isso. Também refuta que o banqueiro tenha enviado por celular uma cópia da delação de Cerveró a Bernando. Assinam o pedido de revogação da prisão o ex-ministro do Supremo Sepúlveda Pertence, Antônio Carlos de Almeida Castro e Sônia Ráo. O trio rebate todas as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República contra o banqueiro. Segundo a defesa, Esteves não participou e nunca esteve na sede de uma empresa do grupo BTG, a qual foi acusada de pagar propina ao senador Fernando Collor (PTB-AL) para que uma rede de postos do banqueiro passasse a operar com a bandeira da BR Distribuidora. Collor também nega. Os advogados classificam de "conteúdo absolutamente mentiroso" um papel encontrado com o chefe de gabinete de Delcídio, segundo o qual o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido R$ 45 milhões de Esteves para aprovar a medida provisória 608, que trata de créditos tributários de bancos que quebraram. Para a defesa, a medida não trouxe benefício ao BTG, já que o crédito tributário só poderia ser usado para compras de bancos feitas após 1º de janeiro de 2014. O BTG comprou a parte podre do Bamerindus em janeiro de 2013. Os advogados refutam também que Esteves tenha sido beneficiado pela compra de 50% da um braço da Petrobras na África, a Petro África, por US$ 1,525 bilhão.
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Delcídio inocenta André Esteves de plano para silenciar CerveróO senador Delcídio do Amaral (PT-MS) inocentou o banqueiro André Esteves de participar de negociações com familiares do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo mensagem encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (15), obtida pela Folha, Delcídio afirma que Esteves "jamais teve qualquer participação nos fatos". "A menção a seu nome foi um blefe, para dar à família de Cerveró uma ideia de que poderia obter algum consolo ou mesmo a tão exigida vantagem que há muito tempo vinha fustigando de forma energética o ora investigado", diz o documento, assinado por advogados do escritório Figueiredo Basto. Os advogados tentam convencer o STF a revogar a prisão cautelar do senador. Pedem ainda que a corte considere a prisão domiciliar caso não conceda sua liberdade. Segundo o documento, é indiscutível que "Delcídio agiu de forma inadequada". A defesa argumenta, contudo, que ele fora alvo de uma armadilha: uma "gravação clandestina engendrada sob truques cênicos". Delcídio e Esteves foram presos no dia 25 de novembro por ordem do Supremo. O pedido baseou-se numa gravação feita por Bernardo, filho de Cerveró. Nela, Delcídio oferece uma mesada de R$ 50 mil para que o ex-diretor da estatal desista de fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. E afirma que André Esteves garantiria outros R$ 4 milhões. Na conversa, Delcídio discute com Bernardo planos de fuga. A ideia era que Cerveró se escondesse na Espanha. Também cita movimentações para influenciar a decisão de ministros do STF. Cerveró acusa Delcídio de receber propina na compra de sondas da Petrobras e na refinaria de Pasadena. A delação do diretor também citaria o envolvimento de Esteves em esquema de corrupção na petroleira estatal. Delcídio também exime seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, também preso por participar da trama. Segundo o senador, Ferreira "sempre agiu sob seu comando". NULIDADE A defesa de Esteves, por sua vez, ingressou no Supremo com pedido de revogação de sua prisão com o argumento de que as menções ao seu nome feitas por Delcídio eram "venda de fumaça", "irresponsável bravata" e que ele "está preso por ser rico". Uma das acusações contra Esteves é de possuir cópia da delação de Cerveró, documento que é sigiloso. "André Esteves não possuía –e nunca possuiu– os anexos da colaboração premiada de Nestor Cerveró, que ensejaram sua prisão, e jamais participou de qualquer reunião", afirmam os advogados de Esteves. O nome do banqueiro, diz a defesa, foi usado pelo senador para dar credibilidade à oferta de dinheiro. A peça nega que Esteves tenha se reunido com o filho e o advogado de Cerveró e apresenta imagens da câmera do banco para comprovar isso. Também refuta que o banqueiro tenha enviado por celular uma cópia da delação de Cerveró a Bernando. Assinam o pedido de revogação da prisão o ex-ministro do Supremo Sepúlveda Pertence, Antônio Carlos de Almeida Castro e Sônia Ráo. O trio rebate todas as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República contra o banqueiro. Segundo a defesa, Esteves não participou e nunca esteve na sede de uma empresa do grupo BTG, a qual foi acusada de pagar propina ao senador Fernando Collor (PTB-AL) para que uma rede de postos do banqueiro passasse a operar com a bandeira da BR Distribuidora. Collor também nega. Os advogados classificam de "conteúdo absolutamente mentiroso" um papel encontrado com o chefe de gabinete de Delcídio, segundo o qual o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido R$ 45 milhões de Esteves para aprovar a medida provisória 608, que trata de créditos tributários de bancos que quebraram. Para a defesa, a medida não trouxe benefício ao BTG, já que o crédito tributário só poderia ser usado para compras de bancos feitas após 1º de janeiro de 2014. O BTG comprou a parte podre do Bamerindus em janeiro de 2013. Os advogados refutam também que Esteves tenha sido beneficiado pela compra de 50% da um braço da Petrobras na África, a Petro África, por US$ 1,525 bilhão.
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Brasil precisa de reformas tributária e política, não da Previdência, diz leitor
PREVIDÊNCIA Espero que esta reportagem não seja apenas retórica dos deputados. Caso seja fato, esses parlamentares estarão defendendo os interesses da população, não só de 1% da elite econômica. Afinal, democracia verdadeira não é preponderar o direito da maioria? A dita elite não precisa da Previdência. Ademais, o tal "rombo" é discutível. ROGERIO LUSTOSA BASTOS (Rio de Janeiro, RJ) * Essa reforma da Previdência seria a única saída a médio prazo, levando em conta que a tributária é um sonho distante, e a política, com esses que comandam o país, uma utopia. Como o alto funcionalismo esperneia e todos querem continuar mamando nas tetas do governo, com um Estado cada vez maior, parece que realmente entrou areia! Apertem os cintos. CLAUDIO ROCHA (São Paulo, SP) * O governo federal tenta impor um sacrifício sem medida à população do país, e a imprensa apoia o governo, tratando o assunto sem dar o devido destaque ao que realmente importa. As reformas importantes e necessárias são a política e a tributária. Com as duas reformas não seria necessário sangrar ainda mais a população e, se mesmo assim houvesse a necessidade de reformar a Previdência, com as reformas política e tributária concluídas, o povo receberia a da Previdência de forma mais simpática. ERNESTO ANTONIO DOS SANTOS (São Paulo, SP) * No máximo, as nova regras deveriam valer para quem está se iniciando no mercado de trabalho, pois haverá tempo para planejar outras formas de garantir seu futuro. Para quem já contribui, as regras devem permanecer as mesmas. Só apoia essas mudanças quem não será afetado por elas. MARCO ANTONIO YUKI BERETTA (São Paulo, SP) * Está na hora de parar com essa comparação esdrúxula entre o Brasil e os países desenvolvidos, como na coluna de Hélio Schwartsman. Se neles não há cobradores e as mulheres se aposentam na mesma idade, talvez seja pelo motivo de que possuem escolas que ensinam, a rede de saúde funciona e a desigualdade é menor. O Brasil não é um país desenvolvido e, às vezes, nem em desenvolvimento. SIMONE BANDEIRA (Curitiba, PR) - GOVERNO TEMER Michel Temer e vários de seus ministros sofrem constantes acusações. Até quando vamos conviver com um presidente que a cada semana tem de explicar suas relações com acusados de corrupção? O Brasil tem de realizar novas eleições gerais, antecedidas por ampla discussão sobre o voto distrital e o parlamentarismo. Precisamos acabar com o domínio de castas e políticos que pensam apenas em seus interesses pessoais. O eleitorado precisa, por sua vez, agir com mais responsabilidade, votando com consciência e não se omitindo. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) - JUDICIÁRIO Reportagens como esta deveriam ser rotineiras na Folha para demonstrar que o Poder Judiciário tem juízes que não se acovardam diante da casta política que corroí o futuro do Brasil. Existem vários juízes como o paranaense Sergio Moro, só que, infelizmente, a atuação deles não é noticiada. HEVERTON-CRISTHIÉ SOUZA COSTA LEMOS (Sardoá, MG) * Quando um juiz passa a receber aplausos por cumprir com a sua obrigação, e a imprensa faz alarde disso, é porque algo de muito grave está acontecendo com o Estado de Direito e com seus agentes. JOSÉ ANCHIETA B. TORRES (Sorocaba, SP) * É uma notícia que nos enche de esperança. Magistrados em todos os cantos do país estão encurralando e colocando nas cadeias aqueles que teimam em servir-se dos cargos públicos, "esquecendo" sua verdadeira função. VERA LUCIA BAPTISTAO (São Paulo, SP) * Sejamos sinceros: a Lava Jato teria ido adiante se o foco inicial não fosse o PT? Penso que não, mas cada um que faça a sua avaliação. JOAQUIM BRANCO (Rio de Janeiro, RJ) - JAIR BOLSONARO Não vou felicitar a Hebraica por ter desconvidado o deputado Jair Bolsonaro para uma palestra. Antes, vou perguntar aos dirigentes desse clube judaico: por que inicialmente o convidaram? Até então não conheciam a personalidade e a ideologia desse personagem? AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA (São Paulo, SP) - BETH CARVALHO Eu votei duas vezes no Lula e me arrependo amargamente. É certo que ele aproveitou a casa arrumada deixada pelo governo anterior e o bom momento da economia mundial e fez coisas boas, mas isso não lhe dava o direito de chutar a ética para escanteio. Esse estado das coisas não me permite entender a razão que leva artistas como a grande sambista Beth Carvalho a fazer tábula rasa de todo esse lamaçal deixado por Lula e pelo seu PT para brandir o "Lula lá" e o "fora, Temer". EDMAR LÁZARPO BORGES (Goiânia, GO) - CARNAVAL A festa foi boa, as fantasias, lindas, os blocos animados nas ruas, as famílias pulando juntas, mas o Carnaval acabou. Agora, se Deus quiser, o Brasil começará a funcionar para valer. Teremos a continuação da Operação Lava Jato, as superdelações da Odebrecht, o projeto de reforma da Previdência, o desemprego crescente, a crise econômica, a violência urbana, as injustiças sociais, os sem terra, os políticos cara de pau que nunca sabem de nada, a Copa do Brasil, o trabalhador pagando a conta de tudo, enfim, voltando à vida real! Apertem seus cintos de segurança e um feliz Ano Novo! JOÃO MANUEL MAIO (São José dos Campos, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Brasil precisa de reformas tributária e política, não da Previdência, diz leitorPREVIDÊNCIA Espero que esta reportagem não seja apenas retórica dos deputados. Caso seja fato, esses parlamentares estarão defendendo os interesses da população, não só de 1% da elite econômica. Afinal, democracia verdadeira não é preponderar o direito da maioria? A dita elite não precisa da Previdência. Ademais, o tal "rombo" é discutível. ROGERIO LUSTOSA BASTOS (Rio de Janeiro, RJ) * Essa reforma da Previdência seria a única saída a médio prazo, levando em conta que a tributária é um sonho distante, e a política, com esses que comandam o país, uma utopia. Como o alto funcionalismo esperneia e todos querem continuar mamando nas tetas do governo, com um Estado cada vez maior, parece que realmente entrou areia! Apertem os cintos. CLAUDIO ROCHA (São Paulo, SP) * O governo federal tenta impor um sacrifício sem medida à população do país, e a imprensa apoia o governo, tratando o assunto sem dar o devido destaque ao que realmente importa. As reformas importantes e necessárias são a política e a tributária. Com as duas reformas não seria necessário sangrar ainda mais a população e, se mesmo assim houvesse a necessidade de reformar a Previdência, com as reformas política e tributária concluídas, o povo receberia a da Previdência de forma mais simpática. ERNESTO ANTONIO DOS SANTOS (São Paulo, SP) * No máximo, as nova regras deveriam valer para quem está se iniciando no mercado de trabalho, pois haverá tempo para planejar outras formas de garantir seu futuro. Para quem já contribui, as regras devem permanecer as mesmas. Só apoia essas mudanças quem não será afetado por elas. MARCO ANTONIO YUKI BERETTA (São Paulo, SP) * Está na hora de parar com essa comparação esdrúxula entre o Brasil e os países desenvolvidos, como na coluna de Hélio Schwartsman. Se neles não há cobradores e as mulheres se aposentam na mesma idade, talvez seja pelo motivo de que possuem escolas que ensinam, a rede de saúde funciona e a desigualdade é menor. O Brasil não é um país desenvolvido e, às vezes, nem em desenvolvimento. SIMONE BANDEIRA (Curitiba, PR) - GOVERNO TEMER Michel Temer e vários de seus ministros sofrem constantes acusações. Até quando vamos conviver com um presidente que a cada semana tem de explicar suas relações com acusados de corrupção? O Brasil tem de realizar novas eleições gerais, antecedidas por ampla discussão sobre o voto distrital e o parlamentarismo. Precisamos acabar com o domínio de castas e políticos que pensam apenas em seus interesses pessoais. O eleitorado precisa, por sua vez, agir com mais responsabilidade, votando com consciência e não se omitindo. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) - JUDICIÁRIO Reportagens como esta deveriam ser rotineiras na Folha para demonstrar que o Poder Judiciário tem juízes que não se acovardam diante da casta política que corroí o futuro do Brasil. Existem vários juízes como o paranaense Sergio Moro, só que, infelizmente, a atuação deles não é noticiada. HEVERTON-CRISTHIÉ SOUZA COSTA LEMOS (Sardoá, MG) * Quando um juiz passa a receber aplausos por cumprir com a sua obrigação, e a imprensa faz alarde disso, é porque algo de muito grave está acontecendo com o Estado de Direito e com seus agentes. JOSÉ ANCHIETA B. TORRES (Sorocaba, SP) * É uma notícia que nos enche de esperança. Magistrados em todos os cantos do país estão encurralando e colocando nas cadeias aqueles que teimam em servir-se dos cargos públicos, "esquecendo" sua verdadeira função. VERA LUCIA BAPTISTAO (São Paulo, SP) * Sejamos sinceros: a Lava Jato teria ido adiante se o foco inicial não fosse o PT? Penso que não, mas cada um que faça a sua avaliação. JOAQUIM BRANCO (Rio de Janeiro, RJ) - JAIR BOLSONARO Não vou felicitar a Hebraica por ter desconvidado o deputado Jair Bolsonaro para uma palestra. Antes, vou perguntar aos dirigentes desse clube judaico: por que inicialmente o convidaram? Até então não conheciam a personalidade e a ideologia desse personagem? AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA (São Paulo, SP) - BETH CARVALHO Eu votei duas vezes no Lula e me arrependo amargamente. É certo que ele aproveitou a casa arrumada deixada pelo governo anterior e o bom momento da economia mundial e fez coisas boas, mas isso não lhe dava o direito de chutar a ética para escanteio. Esse estado das coisas não me permite entender a razão que leva artistas como a grande sambista Beth Carvalho a fazer tábula rasa de todo esse lamaçal deixado por Lula e pelo seu PT para brandir o "Lula lá" e o "fora, Temer". EDMAR LÁZARPO BORGES (Goiânia, GO) - CARNAVAL A festa foi boa, as fantasias, lindas, os blocos animados nas ruas, as famílias pulando juntas, mas o Carnaval acabou. Agora, se Deus quiser, o Brasil começará a funcionar para valer. Teremos a continuação da Operação Lava Jato, as superdelações da Odebrecht, o projeto de reforma da Previdência, o desemprego crescente, a crise econômica, a violência urbana, as injustiças sociais, os sem terra, os políticos cara de pau que nunca sabem de nada, a Copa do Brasil, o trabalhador pagando a conta de tudo, enfim, voltando à vida real! Apertem seus cintos de segurança e um feliz Ano Novo! JOÃO MANUEL MAIO (São José dos Campos, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Greve de agentes e falta de larvicida no NE agravam surto de microcefalia
Em pleno surto de microcefalia e com alta nos casos de dengue neste ano, o Nordeste enfrenta greve de agentes de controle de vetores, corte nas equipes e falta de larvicida para combater o mosquito Aedes aegypti. Além da dengue e da chikungunya, o Aedes transmite o vírus zika, apontado como o responsável pelo avanço da microcefalia no país. Em 14 Estados, 1.248 recém-nascidos foram diagnosticados com suspeita de má-formação do cérebro. O Nordeste concentra 90% dos registros, e quatro Estados decretaram emergência. Assim como ocorreu no país, o número de casos de dengue mais que triplicou no Nordeste até novembro deste ano –de 83,6 mil, no ano passado, para 278,9 mil. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, terceiro Estado com mais notificações da doença, a greve dos agentes de controle de vetores já dura um mês, e a prefeitura local tenta na Justiça a sua suspensão. A demissão de agentes não se limita a Pernambuco. Como a Folha revelou, o Estado, que é recordista de casos de microcefalia, teve 40% de redução das equipes. No Piauí, prefeitos também estão demitindo funcionários, por repasse insuficiente de verbas federais, segundo Leopoldina Cipriano, do conselho de secretários municipais de saúde do Estado. Em Salvador, há 2.400 agentes, mas a União só ajuda a custear 1.100 deles. "Está todo mundo extremamente chateado. O governo fez uma conta maluca e manda menos recursos do que precisamos", disse Estela Souza, do conselho baiano. A crítica se repete nos outros Estados. Uma portaria do ministério, de julho, alterou os critérios de pagamento dos agentes pelo governo federal. Na prática, dizem, o número máximo de funcionários a serem pagos pela União diminuiu, pois os novos critérios não levam em conta a realidade atual das cidades. Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), muitas prefeituras têm de arcar com gastos extras com os agentes ou demiti-los. "O ministério deu com uma mão, mas tirou com a outra", afirmou à Folha o secretário Gilberto Martin, de Londrina (norte do Paraná). LARVICIDA Se falta equipe, falta também material. Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba chegaram a ficar sem larvicida por quatro meses, e houve racionamento do produto no Ceará, Piauí, Bahia e Alagoas. O larvicida, fornecido pelo Ministério da Saúde, é aplicado pelos agentes nas casas para eliminar potenciais criadouros do Aedes. Segundo Josete Malheiros, do conselho de secretários do Ceará, a pasta orientou os municípios a economizarem o produto. "Adotamos o racionamento para não entrar em colapso", diz. OUTRO LADO O Ministério da Saúde não explicou o motivo do atraso do larvicida. Em nota, disse que enviou no mês passado 20 toneladas dele aos Estados. Em janeiro, repassará o dobro. A pasta diz recomendar o uso do produto "como último recurso na eliminação de focos", quando não se pode limpar ou remover os criadouros. Orienta, ainda, que Estados chequem se as prefeituras estão fazendo uso correto do larvicida. A pasta disse que "não é correto supor que a portaria publicada determine uma possível diminuição no número de agentes" e prefeitos são livres para contratar com recursos próprios. Infográfico: Entenda a microcefalia
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Greve de agentes e falta de larvicida no NE agravam surto de microcefaliaEm pleno surto de microcefalia e com alta nos casos de dengue neste ano, o Nordeste enfrenta greve de agentes de controle de vetores, corte nas equipes e falta de larvicida para combater o mosquito Aedes aegypti. Além da dengue e da chikungunya, o Aedes transmite o vírus zika, apontado como o responsável pelo avanço da microcefalia no país. Em 14 Estados, 1.248 recém-nascidos foram diagnosticados com suspeita de má-formação do cérebro. O Nordeste concentra 90% dos registros, e quatro Estados decretaram emergência. Assim como ocorreu no país, o número de casos de dengue mais que triplicou no Nordeste até novembro deste ano –de 83,6 mil, no ano passado, para 278,9 mil. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, terceiro Estado com mais notificações da doença, a greve dos agentes de controle de vetores já dura um mês, e a prefeitura local tenta na Justiça a sua suspensão. A demissão de agentes não se limita a Pernambuco. Como a Folha revelou, o Estado, que é recordista de casos de microcefalia, teve 40% de redução das equipes. No Piauí, prefeitos também estão demitindo funcionários, por repasse insuficiente de verbas federais, segundo Leopoldina Cipriano, do conselho de secretários municipais de saúde do Estado. Em Salvador, há 2.400 agentes, mas a União só ajuda a custear 1.100 deles. "Está todo mundo extremamente chateado. O governo fez uma conta maluca e manda menos recursos do que precisamos", disse Estela Souza, do conselho baiano. A crítica se repete nos outros Estados. Uma portaria do ministério, de julho, alterou os critérios de pagamento dos agentes pelo governo federal. Na prática, dizem, o número máximo de funcionários a serem pagos pela União diminuiu, pois os novos critérios não levam em conta a realidade atual das cidades. Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), muitas prefeituras têm de arcar com gastos extras com os agentes ou demiti-los. "O ministério deu com uma mão, mas tirou com a outra", afirmou à Folha o secretário Gilberto Martin, de Londrina (norte do Paraná). LARVICIDA Se falta equipe, falta também material. Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba chegaram a ficar sem larvicida por quatro meses, e houve racionamento do produto no Ceará, Piauí, Bahia e Alagoas. O larvicida, fornecido pelo Ministério da Saúde, é aplicado pelos agentes nas casas para eliminar potenciais criadouros do Aedes. Segundo Josete Malheiros, do conselho de secretários do Ceará, a pasta orientou os municípios a economizarem o produto. "Adotamos o racionamento para não entrar em colapso", diz. OUTRO LADO O Ministério da Saúde não explicou o motivo do atraso do larvicida. Em nota, disse que enviou no mês passado 20 toneladas dele aos Estados. Em janeiro, repassará o dobro. A pasta diz recomendar o uso do produto "como último recurso na eliminação de focos", quando não se pode limpar ou remover os criadouros. Orienta, ainda, que Estados chequem se as prefeituras estão fazendo uso correto do larvicida. A pasta disse que "não é correto supor que a portaria publicada determine uma possível diminuição no número de agentes" e prefeitos são livres para contratar com recursos próprios. Infográfico: Entenda a microcefalia
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Como comprar dólar ou euro para viajar
Danielle Brant dá dicas para quem vai viajar e não sabe quando e como trocar o dinheiro. Assista mais vídeos de economia em: http://goo.gl/plKELx Mais sobre economia e finanças pessoas em: http://folha.com/mercado Acompanhe a Folha no Facebook: https://www.facebook.com/folhadesp/
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Como comprar dólar ou euro para viajarDanielle Brant dá dicas para quem vai viajar e não sabe quando e como trocar o dinheiro. Assista mais vídeos de economia em: http://goo.gl/plKELx Mais sobre economia e finanças pessoas em: http://folha.com/mercado Acompanhe a Folha no Facebook: https://www.facebook.com/folhadesp/
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Primavera começa nesta sexta com intensificação do tempo seco em SP
O tempo seco que tem predominado em todo o Estado de São Paulo não deve dar folga com a mudança de estação. A chegada da primavera, às 17h02 da próxima sexta-feira (22), não interromperá a sequência de dias ensolarados e com umidade do ar baixa. Já no primeiro dia da estação, a umidade poderá chegar aos 15% na capital paulista, o que caracterizaria estado de alerta. A brisa marítima que amenizará o tempo seco na última semana do inverno começará a perder força na quinta (21) e quase não atuará na sexta, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), umidade menor do que 60% é nociva à saúde humana. Pelo órgão, índices entre 30% e 20% caracterizam estado de atenção; de 19% a 12% são de estado de alerta; e inferiores a 12% correspondem ao estado de emergência. O tempo seco e ensolarado que tem atingido todo o Estado é resultado de uma massa de ar seco que se concentra no centro-sul do país. As temperaturas também continuarão altas no início da nova estação, com os termômetros marcando de 17°C a 30°C na sexta. As doenças respiratórias podem ser agravadas nessas condições climáticas devido ao ressecamento das mucosas. Sintomas como complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos são ocasionados pelo ar seco. Recomenda-se ingerir bastante água, usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas, umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhar os jardins e permanecer em locais protegidos do sol. Apesar da continuidade do tempo seco e ensolarado nos primeiros dias da estação, as chuvas devem voltar a aparece com mais frequência na região, principalmente, a partir da segunda quinzena de outubro, apesar de a primavera ainda ser um período de chuvas irregulares. Segundo o Inmet, a faixa leste do país, que inclui a capital paulista, deve ter precipitações dentro da média, enquanto o interior registrará chuvas abaixo do normal. Já as temperaturas ficarão levemente mais altas em todo o país, com exceção da região Sul, em que os números ficarão dentro dos índices históricos. * - Complicações alérgicas e respiratórias - Sangramento pelo nariz - Ressecamento da pele - Irritação dos olhos - Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos - Aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas Umidificador de ar É a melhor opção, mas não pode ser usado por períodos longos. Deve estar bem higienizado Toalha molhada Por ter grande área de evaporação, é a segunda opção mais eficaz. Deve ser deixada perto da pessoa Balde de água Umedece o ar, porém de maneira menos efetiva Outras orientações - Beba 2 litros de água por dia - Limpe olhos e nariz com soro fisiológico - Evite exercícios das 11h às 15h - Evite banhos longos e quentes e use hidratante - Evite ar-condicionado (no carro, porém, é melhor manter os vidros fechados para se proteger da poluição) - Regue os jardins
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Primavera começa nesta sexta com intensificação do tempo seco em SPO tempo seco que tem predominado em todo o Estado de São Paulo não deve dar folga com a mudança de estação. A chegada da primavera, às 17h02 da próxima sexta-feira (22), não interromperá a sequência de dias ensolarados e com umidade do ar baixa. Já no primeiro dia da estação, a umidade poderá chegar aos 15% na capital paulista, o que caracterizaria estado de alerta. A brisa marítima que amenizará o tempo seco na última semana do inverno começará a perder força na quinta (21) e quase não atuará na sexta, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), umidade menor do que 60% é nociva à saúde humana. Pelo órgão, índices entre 30% e 20% caracterizam estado de atenção; de 19% a 12% são de estado de alerta; e inferiores a 12% correspondem ao estado de emergência. O tempo seco e ensolarado que tem atingido todo o Estado é resultado de uma massa de ar seco que se concentra no centro-sul do país. As temperaturas também continuarão altas no início da nova estação, com os termômetros marcando de 17°C a 30°C na sexta. As doenças respiratórias podem ser agravadas nessas condições climáticas devido ao ressecamento das mucosas. Sintomas como complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos são ocasionados pelo ar seco. Recomenda-se ingerir bastante água, usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas, umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhar os jardins e permanecer em locais protegidos do sol. Apesar da continuidade do tempo seco e ensolarado nos primeiros dias da estação, as chuvas devem voltar a aparece com mais frequência na região, principalmente, a partir da segunda quinzena de outubro, apesar de a primavera ainda ser um período de chuvas irregulares. Segundo o Inmet, a faixa leste do país, que inclui a capital paulista, deve ter precipitações dentro da média, enquanto o interior registrará chuvas abaixo do normal. Já as temperaturas ficarão levemente mais altas em todo o país, com exceção da região Sul, em que os números ficarão dentro dos índices históricos. * - Complicações alérgicas e respiratórias - Sangramento pelo nariz - Ressecamento da pele - Irritação dos olhos - Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos - Aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas Umidificador de ar É a melhor opção, mas não pode ser usado por períodos longos. Deve estar bem higienizado Toalha molhada Por ter grande área de evaporação, é a segunda opção mais eficaz. Deve ser deixada perto da pessoa Balde de água Umedece o ar, porém de maneira menos efetiva Outras orientações - Beba 2 litros de água por dia - Limpe olhos e nariz com soro fisiológico - Evite exercícios das 11h às 15h - Evite banhos longos e quentes e use hidratante - Evite ar-condicionado (no carro, porém, é melhor manter os vidros fechados para se proteger da poluição) - Regue os jardins
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Na França, pesticidas viram obstáculo para os vinhos naturais
A tarefa que se apresentava seria uma maratona de dois dias de degustação de vinhos com uma miríade de rótulos confusos: natural, orgânico, prática orgânica e biodinâmica. Mas para Jean Bardet, chef com duas estrelas Michelin, não havia nenhuma dúvida sobre a qualidade dessas garrafas. "Hoje você vê esses jovens com piercings no nariz, que não entendem nada de vinho, dizendo 'se é orgânico, é melhor'. Isso é loucura. Todo vinho dá prazer e felicidade. Ou não. É tudo uma questão de paladar", disse Bardet, especialista em vinhos do Vale do Loire. Bardet disse que não é pró-pesticida -afinal de contas, seu pomar e sua horta aqui estão livres dessas substâncias. Ele é apenas contra a má produção de vinho. O uso de pesticidas se tornou um grande problema entre os viticultores e bebedores franceses. Muitos veem a repentina enxurrada de novos vinhos que proclamam sua virtude ambiental como um modismo naturalista. Outros condenam a resistência aos pesticidas, que entendem como uma ameaça em potencial a outros vinhos da mesma região. Muitos europeus acreditam que a França usa pesticidas em excesso em todos os tipos de produtos. O país é o terceiro maior consumidor de defensores agrícolas do mundo, depois dos Estados Unidos e do Japão. Um problema para os produtores de vinho é que não existe uma definição nem em regulamento do que constitui um vinho "puro" ou "natural" na França. Um vinho definido como orgânico pela União Europeia é produzido a partir de uvas cultivadas organicamente, mas que podem ser manipuladas quimicamente, com limitações do uso de sulfitos no processo de produção da bebida. Muitos produtores dizem que seu vinho é natural, o que exige algo mais: nada pode ser adicionado ou removido durante a produção. Alguns produtores de vinhos naturais adicionam uma pequena quantidade de sulfitos no momento de engarrafar; outros apenas engarrafam suco de uva fermentado, chamam-o de vinho e torcem para que seja bebível. Métodos biodinâmicos envolvem uma abordagem holística que trata o solo como um organismo. A primeira degustação este ano foi a Renaissance, em Angers, que reuniu produtores que apresentaram vinhos orgânicos, sem pesticidas, mas não necessariamente sem sulfito. A estrela improvável foi Emmanuel Giboulot, proprietário de um vinhedo na região de Côte d'Or. Giboulot produz uvas orgânicas e biodinâmicas. Em dezembro, ele ganhou uma longa batalha jurídica para não cumprir a ordem do governo de pulverizar um pesticida chamado Pyrevert em seu vinhedo. Isso havia sido determinado para combater um inseto que espalha a doença bacteriana "flavescence dorée" ou "podridão dourada". Ele disse que "vivemos um paradoxo. A indústria do vinho luta por pesticidas ao mesmo tempo que alega que o bom vinho francês pode somente vir do terroir localizado no país", essa combinação indescritível de solo, clima, geografia e conexão emocional com a terra. No final, a "flavescence dorée" apareceu em apenas três aldeias em toda a Côte d'Or. Em Les Anonymes, as degustações foram inflexíveis. Lá, muitos rótulos eram feitos à mão; grande parte das centenas de vinhos oferecidos era de baixa qualidade, como vinho feito no quintal. "Faço suco de uva fermentado e engarrafado, ponto final", disse Lilian Bauchet, que produz um Gamay de Beaujolais. Em Saumur, a cerca de 40 quilômetros de distância, quase 200 produtores de vinho de 15 países estavam reunidos em um labirinto de caves para o La Dive Bouteille, maior exposição mundial de vinho natural. "A cada ano isso fica mais emocionante. Alguns dizem que é uma moda passageira, mas quem começa a beber esses vinhos nunca volta aos tradicionais", disse Camille Rivière, importadora de vinhos naturais de Nova York, enquanto passeava pela feira.
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Na França, pesticidas viram obstáculo para os vinhos naturaisA tarefa que se apresentava seria uma maratona de dois dias de degustação de vinhos com uma miríade de rótulos confusos: natural, orgânico, prática orgânica e biodinâmica. Mas para Jean Bardet, chef com duas estrelas Michelin, não havia nenhuma dúvida sobre a qualidade dessas garrafas. "Hoje você vê esses jovens com piercings no nariz, que não entendem nada de vinho, dizendo 'se é orgânico, é melhor'. Isso é loucura. Todo vinho dá prazer e felicidade. Ou não. É tudo uma questão de paladar", disse Bardet, especialista em vinhos do Vale do Loire. Bardet disse que não é pró-pesticida -afinal de contas, seu pomar e sua horta aqui estão livres dessas substâncias. Ele é apenas contra a má produção de vinho. O uso de pesticidas se tornou um grande problema entre os viticultores e bebedores franceses. Muitos veem a repentina enxurrada de novos vinhos que proclamam sua virtude ambiental como um modismo naturalista. Outros condenam a resistência aos pesticidas, que entendem como uma ameaça em potencial a outros vinhos da mesma região. Muitos europeus acreditam que a França usa pesticidas em excesso em todos os tipos de produtos. O país é o terceiro maior consumidor de defensores agrícolas do mundo, depois dos Estados Unidos e do Japão. Um problema para os produtores de vinho é que não existe uma definição nem em regulamento do que constitui um vinho "puro" ou "natural" na França. Um vinho definido como orgânico pela União Europeia é produzido a partir de uvas cultivadas organicamente, mas que podem ser manipuladas quimicamente, com limitações do uso de sulfitos no processo de produção da bebida. Muitos produtores dizem que seu vinho é natural, o que exige algo mais: nada pode ser adicionado ou removido durante a produção. Alguns produtores de vinhos naturais adicionam uma pequena quantidade de sulfitos no momento de engarrafar; outros apenas engarrafam suco de uva fermentado, chamam-o de vinho e torcem para que seja bebível. Métodos biodinâmicos envolvem uma abordagem holística que trata o solo como um organismo. A primeira degustação este ano foi a Renaissance, em Angers, que reuniu produtores que apresentaram vinhos orgânicos, sem pesticidas, mas não necessariamente sem sulfito. A estrela improvável foi Emmanuel Giboulot, proprietário de um vinhedo na região de Côte d'Or. Giboulot produz uvas orgânicas e biodinâmicas. Em dezembro, ele ganhou uma longa batalha jurídica para não cumprir a ordem do governo de pulverizar um pesticida chamado Pyrevert em seu vinhedo. Isso havia sido determinado para combater um inseto que espalha a doença bacteriana "flavescence dorée" ou "podridão dourada". Ele disse que "vivemos um paradoxo. A indústria do vinho luta por pesticidas ao mesmo tempo que alega que o bom vinho francês pode somente vir do terroir localizado no país", essa combinação indescritível de solo, clima, geografia e conexão emocional com a terra. No final, a "flavescence dorée" apareceu em apenas três aldeias em toda a Côte d'Or. Em Les Anonymes, as degustações foram inflexíveis. Lá, muitos rótulos eram feitos à mão; grande parte das centenas de vinhos oferecidos era de baixa qualidade, como vinho feito no quintal. "Faço suco de uva fermentado e engarrafado, ponto final", disse Lilian Bauchet, que produz um Gamay de Beaujolais. Em Saumur, a cerca de 40 quilômetros de distância, quase 200 produtores de vinho de 15 países estavam reunidos em um labirinto de caves para o La Dive Bouteille, maior exposição mundial de vinho natural. "A cada ano isso fica mais emocionante. Alguns dizem que é uma moda passageira, mas quem começa a beber esses vinhos nunca volta aos tradicionais", disse Camille Rivière, importadora de vinhos naturais de Nova York, enquanto passeava pela feira.
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Dois cometas passam 'raspando' na Terra entre hoje e amanhã
No passado, quando um cometa aparecia nos céus, era tido como um sinal de mau agouro, muitas vezes prenunciando a morte de reis e a queda de impérios. Sem querer soar apocalíptico, mas entre segunda e terça-feira teremos não um, mas dois cometas fazendo aproximações rasantes da Terra —e um deles é o que passará mais próximo do nosso planeta desde 1770. Nesta segunda (21), o cometa 252P/Linear estará a cerca de 5,34 milhões de km da Terra. Já no dia seguinte, o P/2016 BA14 estará a 3,5 milhões de km -cerca de nove vezes a distância até a Lua. Pode parecer muito, mas diante da imensidão do espaço, é praticamente uma quase colisão. O último cometa a passar tão perto foi o Lexell (D/1770 L1), que em 1º de julho de 1770 passou a 2,2 milhões de km. Os dois cometas em rápida aproximação estão praticamente na mesma órbita e têm o mesmo período: pouco mais de cinco anos. Isso faz alguns astrônomos digam que o P/2016 BA14 seja um pedaço do 252P que se desprendeu. A missão da sonda Rosetta ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko mostrou que os astros são basicamente pedaços de gelo e rocha, recobertos por uma camada de compostos orgânicos, sendo passíveis de quebras como essa. O encontro dos dois cometas com a Terra se dá perto de seu periélio —o momento de máxima aproximação do Sol. Apesar disso, são astros pouco brilhantes, em função de seu período orbital curto. Afinal, depois de múltiplas passagens pelas redondezas do Sol, muito de seu gelo já evaporou e se foi. É justamente esse processo que aumenta seu brilho e produz as famosas caudas dos cometas. "O interessante é que o 252P está aumentando bastante de brilho", diz Cristóvão Jacques, do Observatório Sonear, em Oliveira (MG). Nos últimos dias, ele chegou ao limite da sensibilidade para observação a olho nu. No céu, o cometa está próximo à Grande Nuvem de Magalhães, a mais notável das galáxias-satélites da Via Láctea.
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Dois cometas passam 'raspando' na Terra entre hoje e amanhãNo passado, quando um cometa aparecia nos céus, era tido como um sinal de mau agouro, muitas vezes prenunciando a morte de reis e a queda de impérios. Sem querer soar apocalíptico, mas entre segunda e terça-feira teremos não um, mas dois cometas fazendo aproximações rasantes da Terra —e um deles é o que passará mais próximo do nosso planeta desde 1770. Nesta segunda (21), o cometa 252P/Linear estará a cerca de 5,34 milhões de km da Terra. Já no dia seguinte, o P/2016 BA14 estará a 3,5 milhões de km -cerca de nove vezes a distância até a Lua. Pode parecer muito, mas diante da imensidão do espaço, é praticamente uma quase colisão. O último cometa a passar tão perto foi o Lexell (D/1770 L1), que em 1º de julho de 1770 passou a 2,2 milhões de km. Os dois cometas em rápida aproximação estão praticamente na mesma órbita e têm o mesmo período: pouco mais de cinco anos. Isso faz alguns astrônomos digam que o P/2016 BA14 seja um pedaço do 252P que se desprendeu. A missão da sonda Rosetta ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko mostrou que os astros são basicamente pedaços de gelo e rocha, recobertos por uma camada de compostos orgânicos, sendo passíveis de quebras como essa. O encontro dos dois cometas com a Terra se dá perto de seu periélio —o momento de máxima aproximação do Sol. Apesar disso, são astros pouco brilhantes, em função de seu período orbital curto. Afinal, depois de múltiplas passagens pelas redondezas do Sol, muito de seu gelo já evaporou e se foi. É justamente esse processo que aumenta seu brilho e produz as famosas caudas dos cometas. "O interessante é que o 252P está aumentando bastante de brilho", diz Cristóvão Jacques, do Observatório Sonear, em Oliveira (MG). Nos últimos dias, ele chegou ao limite da sensibilidade para observação a olho nu. No céu, o cometa está próximo à Grande Nuvem de Magalhães, a mais notável das galáxias-satélites da Via Láctea.
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USP diz que enviará suposta droga contra o câncer pelo correio
O Instituto de Química da USP em São Carlos divulgou um comunicado que orienta pacientes a não irem à instituição para buscar a fosfoetanolamina –substância que supostamente trata vários tipos de câncer–, e afirma que enviará a droga por correio a pacientes que obtiveram liminares. O suposto medicamento foi desenvolvido por um professor da instituição, mas ainda não foi testado em humanos —passou apenas por estudos iniciais em células e em animais. No comunicado, a USP reitera que "não dispõe de dados sobre a eficácia da fosfoetanolamina" e também "não dispõe de médico para orientar e prescrever a utilização da referida substância". Em uma espécie de cartilha com perguntas e respostas, o informe diz que a droga não irá acompanhada de bula nem de informações sobre eventuais contraindicações e efeitos colaterais. "O IQSC será notificado da liminar através do oficial de justiça e encaminhará a substância via sedex/AR no endereço constante na petição inicial. O serviço do correio será cobrado do destinatário", diz o tópico sobre a entrega das cápsulas. A universidade vinha sendo procurada por centenas de pacientes nos últimos dias, depois que, no dia 9, o presidente do TJ-SP, desembargador José Renato Nalini, reconsiderou a suspensão de entrega da substância, tendo como base uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que liberou a entrega das cápsulas a um paciente. Infográfico: Droga anticâncer?
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USP diz que enviará suposta droga contra o câncer pelo correioO Instituto de Química da USP em São Carlos divulgou um comunicado que orienta pacientes a não irem à instituição para buscar a fosfoetanolamina –substância que supostamente trata vários tipos de câncer–, e afirma que enviará a droga por correio a pacientes que obtiveram liminares. O suposto medicamento foi desenvolvido por um professor da instituição, mas ainda não foi testado em humanos —passou apenas por estudos iniciais em células e em animais. No comunicado, a USP reitera que "não dispõe de dados sobre a eficácia da fosfoetanolamina" e também "não dispõe de médico para orientar e prescrever a utilização da referida substância". Em uma espécie de cartilha com perguntas e respostas, o informe diz que a droga não irá acompanhada de bula nem de informações sobre eventuais contraindicações e efeitos colaterais. "O IQSC será notificado da liminar através do oficial de justiça e encaminhará a substância via sedex/AR no endereço constante na petição inicial. O serviço do correio será cobrado do destinatário", diz o tópico sobre a entrega das cápsulas. A universidade vinha sendo procurada por centenas de pacientes nos últimos dias, depois que, no dia 9, o presidente do TJ-SP, desembargador José Renato Nalini, reconsiderou a suspensão de entrega da substância, tendo como base uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que liberou a entrega das cápsulas a um paciente. Infográfico: Droga anticâncer?
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De volta ao bangue-bangue
O retrocesso na segurança pública que o governo do Rio tenta negar voltou a se mostrar com clareza no episódio da morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta. Conhecido como Playboy, o criminoso mais procurado do Rio foi morto pela polícia no sábado (8) numa das áreas que comandava, o morro da Pedreira, em Costa Barros –local em que a "polícia pacificadora" ainda não chegou. Não que as UPPs tenham hoje grande efeito inibidor sobre os criminosos: segundo as informações divulgadas, Playboy foi morto quando estava prestes a invadir o Complexo da Maré para retomar território perdido para outras facções. Encravada entre as principais vias de acesso ao Rio –e no caminho por onde passam todos os que desembarcam no Galeão–, a Maré foi ocupada pelas Forças Armadas até abril. Desde então, a PM assumiu a tarefa, com o objetivo de instalar UPPs. Paralelamente, o Comando Vermelho, o Terceiro Comando e milicianos ocupam pedaços do complexo. Uma guerra do tráfico de grandes proporções, como a que se desenha com os planos expansionistas da ADA –a facção de Playboy–, é uma desgraça como o Rio não vê desde os anos 1990. Completando o cenário sombrio, os comparsas do traficante impuseram luto na Pedreira e arredores; nesta segunda (10), incapaz de garantir a segurança, governo e prefeitura fecharam as escolas da região, deixando milhares de alunos sem aula. Áudios em que os bandidos ameaçam matar PMs em retaliação também não tardaram a aparecer. Por fim, em outro sinal de que a cidade está voltando ao tempo da infame "gratificação faroeste", quando os PMs ganhavam bônus por matar criminosos, a família de Playboy diz que ele foi executado após se render –a polícia nega e afirma que ele resistiu armado. Tudo remete a um Rio de triste lembrança.
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De volta ao bangue-bangueO retrocesso na segurança pública que o governo do Rio tenta negar voltou a se mostrar com clareza no episódio da morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta. Conhecido como Playboy, o criminoso mais procurado do Rio foi morto pela polícia no sábado (8) numa das áreas que comandava, o morro da Pedreira, em Costa Barros –local em que a "polícia pacificadora" ainda não chegou. Não que as UPPs tenham hoje grande efeito inibidor sobre os criminosos: segundo as informações divulgadas, Playboy foi morto quando estava prestes a invadir o Complexo da Maré para retomar território perdido para outras facções. Encravada entre as principais vias de acesso ao Rio –e no caminho por onde passam todos os que desembarcam no Galeão–, a Maré foi ocupada pelas Forças Armadas até abril. Desde então, a PM assumiu a tarefa, com o objetivo de instalar UPPs. Paralelamente, o Comando Vermelho, o Terceiro Comando e milicianos ocupam pedaços do complexo. Uma guerra do tráfico de grandes proporções, como a que se desenha com os planos expansionistas da ADA –a facção de Playboy–, é uma desgraça como o Rio não vê desde os anos 1990. Completando o cenário sombrio, os comparsas do traficante impuseram luto na Pedreira e arredores; nesta segunda (10), incapaz de garantir a segurança, governo e prefeitura fecharam as escolas da região, deixando milhares de alunos sem aula. Áudios em que os bandidos ameaçam matar PMs em retaliação também não tardaram a aparecer. Por fim, em outro sinal de que a cidade está voltando ao tempo da infame "gratificação faroeste", quando os PMs ganhavam bônus por matar criminosos, a família de Playboy diz que ele foi executado após se render –a polícia nega e afirma que ele resistiu armado. Tudo remete a um Rio de triste lembrança.
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Confira os vencedores do concurso de colunistas da 'Folhinha'
Como é ser criança hoje? Mais de 350 meninas e meninos responderam a essa pergunta no concurso de redações da "Folhinha". As produções vieram de diferentes Estados, como Rondônia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, de onde saiu o vencedor: Tales Evangelinellis, 10, que receberá 20 livros, enquanto seu colégio, o Santa Maria, ganhará 50 exemplares. O texto de Tales e dos outros três vencedores estão no especial abaixo. A edição comemora o Dia da Criança (12) e também o aniversário de um ano da coluna "Ideias...", que convida uma criança diferente por mês para escrever. Clique no "player" e assista também a meninos e meninas dando conselhos para que outras crianças aproveitem a infância. |
folhinha
Confira os vencedores do concurso de colunistas da 'Folhinha'Como é ser criança hoje? Mais de 350 meninas e meninos responderam a essa pergunta no concurso de redações da "Folhinha". As produções vieram de diferentes Estados, como Rondônia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, de onde saiu o vencedor: Tales Evangelinellis, 10, que receberá 20 livros, enquanto seu colégio, o Santa Maria, ganhará 50 exemplares. O texto de Tales e dos outros três vencedores estão no especial abaixo. A edição comemora o Dia da Criança (12) e também o aniversário de um ano da coluna "Ideias...", que convida uma criança diferente por mês para escrever. Clique no "player" e assista também a meninos e meninas dando conselhos para que outras crianças aproveitem a infância. |
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Rodada na Europa tem consagração do Barcelona, vaias ao hino da Espanha, tríplice do PSG e Luiz Gustavo decisivo
A final da Copa do Rei, que aconteceu no último sábado (30), no Camp Nou, foi além da consagração do Barcelona. A equipe catalã venceu o Athletic Bilbao com placar de 3 a 1, com dois gols de Messi e um de Neymar. A partida foi palco de polêmicas. Antes mesmo do início do jogo, os torcedores presentes começaram a vaiar a execução do hino nacional espanhol. As torcidas catalã e basca têm em comum um histórico de oposição à soberania do Rei da Espanha, Felipe VI, que assistiu à partida no Camp Nou. Outro destaque foi creditado a Neymar. Quase no fim do jogo, ele deu uma lambreta no jogador adversário, que foi pra cima do brasileiro iniciando uma discussão. O lance, no entanto, também não agradou o técnico Luis Enrique. Neymar se defendeu alegando que "foi um drible como outro qualquer", e que "futebol é alegria". - O jogo entre Barcelona e Athletic Bilbao foi disputado no Camp Nou, estádio do Barcelona, mas não foi só ele que ficou lotado para a decisão. Em Bilbao, o estádio San Memes, do Athletic, também ficou tomado pelos torcedores. Isso porque a diretoria do clube colocou seis telões no gramado e os torcedores bascos puderam assistir ao jogo que acontecia na Catalunha das arquibancadas de Bilbao. - Com um gol marcado pelo uruguaio Cavani, o Paris Saint-Germain bateu o Auxerre, time da segunda divisão francesa, por 1 a 0, e faturou o título da Copa da França, no Stade de France. Com o título deste sábado (30), a equipe do técnico Laurent Blanc conquistou a simbólica tríplice coroa na França, já que o PSG já havia faturado na temporada o Campeonato Francês e a Copa da Liga. Em campo, o PSG contou com os brasileiros Thiago Silva, David Luiz, Maxwell e Lucas, além do brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta. O zagueiro Marquinhos ficou no banco de reservas. - Em partida pela final da Copa da Inglaterra, o Arsenal não decepcionou os torcedores que lotaram o estádio de Wembley. Com uma goleada de 4 a 0 contra o Aston Villa, o clube de Londres conquistou o 12º título na competição. O resultado ainda faz do técnico Arsene Wenger o maior vencedor da copa na história, com um total de seis troféus. - Com um gol do volante da seleção brasileira, Luiz Gustavo, o Wolfsburg venceu o Borussia Dortmund por 3 a 1, no sábado (30), e conquistou o título da Copa da Alemanha. É a primeira vez que o Wolfsburg fatura o título da competição. A partida ainda foi a última do Borussia Dortmund sob o comando do técnico Jurgen Klopp. - O zagueiro Rio Ferdinand, do Queens Park Rangers, anunciou, no sábado (30), sua aposentadoria. Ex-jogador da seleção da Inglaterra e ídolo do Manchester United, ele pendura as chuteiras após 18 anos de atuação no futebol profissional. Dentre os títulos conquistados por Ferdinand na carreira estão seis no Campeonato Inglês (2002-03, 2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2012-13), uma Liga dos Campeões (2007-08) e um Mundial de Clubes da Fifa (2008), todos pelo Manchester United. - Quase uma semana após salvar o Newcastle do rebaixamento, o jogador argentino Jonas Gutiérrez foi dispensado da equipe na última sexta-feira (29) – seu contrato acabou no fim da temporada. Ele havia voltado a defender a camisa do time inglês após receber alta médica de tratamento para tratar de um câncer no testículo. No Twitter, Gutiérrez expressou sua insatisfação. "Duas coisas que aprendi com minha doença: como você pode apoiar um jogador [fãs do Newcastle] e como você deixar um jogador sozinho [dono do Newcastle]", escreveu, em referência a Mike Ashley, dono da equipe. -
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Rodada na Europa tem consagração do Barcelona, vaias ao hino da Espanha, tríplice do PSG e Luiz Gustavo decisivoA final da Copa do Rei, que aconteceu no último sábado (30), no Camp Nou, foi além da consagração do Barcelona. A equipe catalã venceu o Athletic Bilbao com placar de 3 a 1, com dois gols de Messi e um de Neymar. A partida foi palco de polêmicas. Antes mesmo do início do jogo, os torcedores presentes começaram a vaiar a execução do hino nacional espanhol. As torcidas catalã e basca têm em comum um histórico de oposição à soberania do Rei da Espanha, Felipe VI, que assistiu à partida no Camp Nou. Outro destaque foi creditado a Neymar. Quase no fim do jogo, ele deu uma lambreta no jogador adversário, que foi pra cima do brasileiro iniciando uma discussão. O lance, no entanto, também não agradou o técnico Luis Enrique. Neymar se defendeu alegando que "foi um drible como outro qualquer", e que "futebol é alegria". - O jogo entre Barcelona e Athletic Bilbao foi disputado no Camp Nou, estádio do Barcelona, mas não foi só ele que ficou lotado para a decisão. Em Bilbao, o estádio San Memes, do Athletic, também ficou tomado pelos torcedores. Isso porque a diretoria do clube colocou seis telões no gramado e os torcedores bascos puderam assistir ao jogo que acontecia na Catalunha das arquibancadas de Bilbao. - Com um gol marcado pelo uruguaio Cavani, o Paris Saint-Germain bateu o Auxerre, time da segunda divisão francesa, por 1 a 0, e faturou o título da Copa da França, no Stade de France. Com o título deste sábado (30), a equipe do técnico Laurent Blanc conquistou a simbólica tríplice coroa na França, já que o PSG já havia faturado na temporada o Campeonato Francês e a Copa da Liga. Em campo, o PSG contou com os brasileiros Thiago Silva, David Luiz, Maxwell e Lucas, além do brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta. O zagueiro Marquinhos ficou no banco de reservas. - Em partida pela final da Copa da Inglaterra, o Arsenal não decepcionou os torcedores que lotaram o estádio de Wembley. Com uma goleada de 4 a 0 contra o Aston Villa, o clube de Londres conquistou o 12º título na competição. O resultado ainda faz do técnico Arsene Wenger o maior vencedor da copa na história, com um total de seis troféus. - Com um gol do volante da seleção brasileira, Luiz Gustavo, o Wolfsburg venceu o Borussia Dortmund por 3 a 1, no sábado (30), e conquistou o título da Copa da Alemanha. É a primeira vez que o Wolfsburg fatura o título da competição. A partida ainda foi a última do Borussia Dortmund sob o comando do técnico Jurgen Klopp. - O zagueiro Rio Ferdinand, do Queens Park Rangers, anunciou, no sábado (30), sua aposentadoria. Ex-jogador da seleção da Inglaterra e ídolo do Manchester United, ele pendura as chuteiras após 18 anos de atuação no futebol profissional. Dentre os títulos conquistados por Ferdinand na carreira estão seis no Campeonato Inglês (2002-03, 2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2012-13), uma Liga dos Campeões (2007-08) e um Mundial de Clubes da Fifa (2008), todos pelo Manchester United. - Quase uma semana após salvar o Newcastle do rebaixamento, o jogador argentino Jonas Gutiérrez foi dispensado da equipe na última sexta-feira (29) – seu contrato acabou no fim da temporada. Ele havia voltado a defender a camisa do time inglês após receber alta médica de tratamento para tratar de um câncer no testículo. No Twitter, Gutiérrez expressou sua insatisfação. "Duas coisas que aprendi com minha doença: como você pode apoiar um jogador [fãs do Newcastle] e como você deixar um jogador sozinho [dono do Newcastle]", escreveu, em referência a Mike Ashley, dono da equipe. -
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Retirado do futebol, Ataíde diz que errou ao aceitar cargo na gestão Aidar
Retirado da vice-presidência de futebol do São Paulo na última sexta-feira (18), Ataíde Gil Guerreiro afirmou que errou ao aceitar o cargo na gestão do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e que tinha atualmente restrição da torcida e da diretoria. Ele começou como homem forte do futebol no início da gestão Carlos Miguel Aidar, em abril de 2014, e se manteve até semana passada, quando foi anunciada sua saída. Ele assumirá agora o cargo de diretor de relações institucionais. "Meu maior erro foi ter aceitado o cargo lá atrás. Eu não pensei no que poderia acontecer. O maior acerto é a modernização que estamos fazendo, um trabalho de scout, que está ficando pronto. Na base, o trabalho que estamos fazendo. Vocês vão ver no futuro os jogadores, além dos que estão aqui. Esse intercâmbio vai ser cada vez maior", avaliou o dirigente, que diz ter restrição de conselheiros e diretores. "Há dois lados. Um do conselho e outro da torcida. Se um dos lados fosse favorável, poderia seguir na luta. Mas não tinha. Tinha restrição total da torcida e de grande parte do Conselho. Desse jeito, era ruim seguir assim. O reflexo caía sob o presidente. A pressão ia para cima dele também", acrescentou. "No ano passado, tivemos a perda de um time de futebol, por vendas e depois no fim de ano, jogadores que eram fundamentais dentro do São Paulo, que decidiam. A partir daí, trouxemos um técnico que colocasse organização no futebol, e dentro daquilo que tínhamos, sabendo que tínhamos necessidades de reforços. E não tínhamos recursos, agora o Leco está fazendo esforço para que tenhamos esses reforços. A partir daí, esses resultados não vindo, fiquei em situação complicada, da torcida e do conselho. E tinha o Leco tentando segurar minha posição para eu não sair totalmente derrotado. Aí tivemos uma conversa na sexta, ele é meu amigo, e eu disse para ele, 'a situação está complicada'. E ele disse: é verdade. Qualquer coisa que acontece a culpa é sua. E decidimos", completou Ataíde, que foi o pivô da renúncia de Aidar. NOVO DIRETOR DE FUTEBOL A princípio, o São Paulo não nomeou um novo vice-presidente de futebol. O clube optou por colocar Luiz Cunha como novo diretor de futebol profissional. Em sua primeira entrevista, Cunha disse ser prematuro analisar questões internas do time e explicou sua ligação com o São Paulo e com o futebol de base do clube. "A priori, vamos continuar o trabalho do Moreno [Rubens, ex-diretor de futebol] e do Ataíde. O trabalho da base começou aqui, eu era um seguidor do Ataíde. Foi fruto de um trabalho de nossos antecessores na diretoria e a chefia forte e cobradora do Ataíde. Vamos continuar esse trabalho", afirmou Luiz Cunha, apresentado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. O novo diretor também foi perguntado sobre o trabalho do técnico Edgardo Bauza. "Futebol é resultado, mas a contratação de um profissional leva em conta o tempo de trabalho de maturação para que os resultados venham. Eu estive pouco com ele, apenas dois dias, mas criei a convicção de que a contratação dele foi muito bem feita, e ele terá de mim todo apoio para maturar o trabalho dele, e trazer os resultados que a gente espera", completou.
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Retirado do futebol, Ataíde diz que errou ao aceitar cargo na gestão AidarRetirado da vice-presidência de futebol do São Paulo na última sexta-feira (18), Ataíde Gil Guerreiro afirmou que errou ao aceitar o cargo na gestão do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e que tinha atualmente restrição da torcida e da diretoria. Ele começou como homem forte do futebol no início da gestão Carlos Miguel Aidar, em abril de 2014, e se manteve até semana passada, quando foi anunciada sua saída. Ele assumirá agora o cargo de diretor de relações institucionais. "Meu maior erro foi ter aceitado o cargo lá atrás. Eu não pensei no que poderia acontecer. O maior acerto é a modernização que estamos fazendo, um trabalho de scout, que está ficando pronto. Na base, o trabalho que estamos fazendo. Vocês vão ver no futuro os jogadores, além dos que estão aqui. Esse intercâmbio vai ser cada vez maior", avaliou o dirigente, que diz ter restrição de conselheiros e diretores. "Há dois lados. Um do conselho e outro da torcida. Se um dos lados fosse favorável, poderia seguir na luta. Mas não tinha. Tinha restrição total da torcida e de grande parte do Conselho. Desse jeito, era ruim seguir assim. O reflexo caía sob o presidente. A pressão ia para cima dele também", acrescentou. "No ano passado, tivemos a perda de um time de futebol, por vendas e depois no fim de ano, jogadores que eram fundamentais dentro do São Paulo, que decidiam. A partir daí, trouxemos um técnico que colocasse organização no futebol, e dentro daquilo que tínhamos, sabendo que tínhamos necessidades de reforços. E não tínhamos recursos, agora o Leco está fazendo esforço para que tenhamos esses reforços. A partir daí, esses resultados não vindo, fiquei em situação complicada, da torcida e do conselho. E tinha o Leco tentando segurar minha posição para eu não sair totalmente derrotado. Aí tivemos uma conversa na sexta, ele é meu amigo, e eu disse para ele, 'a situação está complicada'. E ele disse: é verdade. Qualquer coisa que acontece a culpa é sua. E decidimos", completou Ataíde, que foi o pivô da renúncia de Aidar. NOVO DIRETOR DE FUTEBOL A princípio, o São Paulo não nomeou um novo vice-presidente de futebol. O clube optou por colocar Luiz Cunha como novo diretor de futebol profissional. Em sua primeira entrevista, Cunha disse ser prematuro analisar questões internas do time e explicou sua ligação com o São Paulo e com o futebol de base do clube. "A priori, vamos continuar o trabalho do Moreno [Rubens, ex-diretor de futebol] e do Ataíde. O trabalho da base começou aqui, eu era um seguidor do Ataíde. Foi fruto de um trabalho de nossos antecessores na diretoria e a chefia forte e cobradora do Ataíde. Vamos continuar esse trabalho", afirmou Luiz Cunha, apresentado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. O novo diretor também foi perguntado sobre o trabalho do técnico Edgardo Bauza. "Futebol é resultado, mas a contratação de um profissional leva em conta o tempo de trabalho de maturação para que os resultados venham. Eu estive pouco com ele, apenas dois dias, mas criei a convicção de que a contratação dele foi muito bem feita, e ele terá de mim todo apoio para maturar o trabalho dele, e trazer os resultados que a gente espera", completou.
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Seis mulheres e uma 'peixa' estão em cartaz nos cinemas de SP; confira onde assistir
DE SÃO PAULO A sãopaulo fez uma lista com sete sugestões de filmes em cartaz para assistir na capital paulista, todos com protagonistas femininas. Deles, seis levam nomes de mulheres. Um, o de uma icônica e querida 'peixa'. * 1. "JULIETA" Drama Perseguida pela perda da filha, a espanhola Julieta (Adriana Ugarte e Emma Suárez) revive a própria história -e muda o curso de sua vida- depois de um encontro casual. Ao descobrir que Antía está viva, revela as duras memórias dos últimos 20 anos, escrevendo sobre os fatos em um diário. Veja salas e horários aqui 2. "ESPAÇO ALÉM - MARINA ABRAMOVIC E O BRASIL" Documentário Abandonar os hábitos e se abrir ao destino: a performer sérvia Marina Abramovic esteve no Brasil, entre 2012 e 2015, em uma busca por conexões entre arte e espiritualidade. Essas vivências, pessoais e artísticas, foram registradas em seis diferentes Estados do país e publicadas no documentário de Marco Del Fiol. Veja salas e horários aqui 3. "FLORENCE - QUEM É ESSA MULHER?" Drama Música era a vida de Florence Foster Jenkins (1868-1944), interpretada por Meryl Streep. Dedicada, estudava canto uma hora, às vezes duas, por dia. Era um "pouquinho" desafinada, no entanto (e quem seria o responsável por alerta-la disso?). Bem, nada impediu a socialite de tentar, e essa é uma lição de coragem. Florence foi uma diva (do grito). Veja salas e horários aqui 4."PAULINA" Drama Para Paulina, não importa ser brilhante se isso "não modifica a vida de ninguém". A advogada argentina, interpretada por Dolores Fonzi, abandona a bem-sucedida carreira em Buenos Aires e vai para Misiones, onde nasceu, fazer trabalhos sociais num violento bairro. Em uma noite, é espancada por um grupo, mas decide seguir sua função apesar dos alertas e da reprovação da família. Veja salas e horários aqui 5. NISE - O CORAÇÃO DA LOUCURA Drama Uma brasileira à frente de seu tempo, a médica Nise da Silveira (1905-1999), interpretada por Glória Pires, muda paradigmas de um hospital psiquiátrico ao eliminar a violência do eletrochoque e da lobotomia e adotar a terapia ocupacional como tratamento, embelezada por "imagens do inconsciente". "Meu instrumento é o pincel", disse. Veja salas e horários aqui 6. JANIS - LITTLE GIRL BLUE Documentário Os vestidos, os óculos redondos, a voz rouca. Janis Joplin (1943-1970), que abriu espaço para as mulheres no rock, foi uma grande cantora e também uma pequena menina, de infância e adolescência difíceis no Texas, entregue a seus sentimentos. Os depoimentos, da própria Janis e de seus próximos, contam a história de uma a artista brilhante, de morte tão prematura. Veja salas e horários aqui 7. "PROCURANDO DORY" Animação A esquecida 'peixinha' agora conta com o ajuda de Marlin e Nemo para procurar... o que mesmo? Ah, sua família. Por causa de sua perda de memória recente, Dory se afastou dos pais. Mas cruzará o oceano, se preciso for, para chegar até eles. A atrapalhada jornada leva a protagonista (dublada por Ellen DeGeneres na versão original) até um aquário, onde conhece o polvo Hank e desvenda sua origem. Veja salas e horários aqui
saopaulo
Seis mulheres e uma 'peixa' estão em cartaz nos cinemas de SP; confira onde assistirDE SÃO PAULO A sãopaulo fez uma lista com sete sugestões de filmes em cartaz para assistir na capital paulista, todos com protagonistas femininas. Deles, seis levam nomes de mulheres. Um, o de uma icônica e querida 'peixa'. * 1. "JULIETA" Drama Perseguida pela perda da filha, a espanhola Julieta (Adriana Ugarte e Emma Suárez) revive a própria história -e muda o curso de sua vida- depois de um encontro casual. Ao descobrir que Antía está viva, revela as duras memórias dos últimos 20 anos, escrevendo sobre os fatos em um diário. Veja salas e horários aqui 2. "ESPAÇO ALÉM - MARINA ABRAMOVIC E O BRASIL" Documentário Abandonar os hábitos e se abrir ao destino: a performer sérvia Marina Abramovic esteve no Brasil, entre 2012 e 2015, em uma busca por conexões entre arte e espiritualidade. Essas vivências, pessoais e artísticas, foram registradas em seis diferentes Estados do país e publicadas no documentário de Marco Del Fiol. Veja salas e horários aqui 3. "FLORENCE - QUEM É ESSA MULHER?" Drama Música era a vida de Florence Foster Jenkins (1868-1944), interpretada por Meryl Streep. Dedicada, estudava canto uma hora, às vezes duas, por dia. Era um "pouquinho" desafinada, no entanto (e quem seria o responsável por alerta-la disso?). Bem, nada impediu a socialite de tentar, e essa é uma lição de coragem. Florence foi uma diva (do grito). Veja salas e horários aqui 4."PAULINA" Drama Para Paulina, não importa ser brilhante se isso "não modifica a vida de ninguém". A advogada argentina, interpretada por Dolores Fonzi, abandona a bem-sucedida carreira em Buenos Aires e vai para Misiones, onde nasceu, fazer trabalhos sociais num violento bairro. Em uma noite, é espancada por um grupo, mas decide seguir sua função apesar dos alertas e da reprovação da família. Veja salas e horários aqui 5. NISE - O CORAÇÃO DA LOUCURA Drama Uma brasileira à frente de seu tempo, a médica Nise da Silveira (1905-1999), interpretada por Glória Pires, muda paradigmas de um hospital psiquiátrico ao eliminar a violência do eletrochoque e da lobotomia e adotar a terapia ocupacional como tratamento, embelezada por "imagens do inconsciente". "Meu instrumento é o pincel", disse. Veja salas e horários aqui 6. JANIS - LITTLE GIRL BLUE Documentário Os vestidos, os óculos redondos, a voz rouca. Janis Joplin (1943-1970), que abriu espaço para as mulheres no rock, foi uma grande cantora e também uma pequena menina, de infância e adolescência difíceis no Texas, entregue a seus sentimentos. Os depoimentos, da própria Janis e de seus próximos, contam a história de uma a artista brilhante, de morte tão prematura. Veja salas e horários aqui 7. "PROCURANDO DORY" Animação A esquecida 'peixinha' agora conta com o ajuda de Marlin e Nemo para procurar... o que mesmo? Ah, sua família. Por causa de sua perda de memória recente, Dory se afastou dos pais. Mas cruzará o oceano, se preciso for, para chegar até eles. A atrapalhada jornada leva a protagonista (dublada por Ellen DeGeneres na versão original) até um aquário, onde conhece o polvo Hank e desvenda sua origem. Veja salas e horários aqui
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Vistoria às sedes da Copa América agrada estafe da seleção brasileira
Parte do estafe da comissão técnica da seleção brasileira e de setores de segurança e logística da CBF estão nesta semana no Chile para definir os detalhes finais da estadia do Brasil durante a Copa América, que será disputada de 11 de junho a 4 de julho. A seleção chega a Temuco, 670 km ao sul da capital chilena Santiago, dia 12 de junho, dois dias antes da estreia contra o Peru, no estádio Germán Becker. Com capacidade para 18,5 mil pessoas, o acanhado campo preocupava parte do estafe da CBF, mas a impressão tomada na terça-feira (12) foi boa. Apesar de pequeno, tem boas instalações, gramado e vestiários novos. Construído nos anos 1960, foi derrubado e reconstruído em 2008, para ser sede do Mundial feminino sub-20. Os membros da delegação da CBF também visitaram o estádio Monumental, em Santiago, no qual o Brasil jogará as duas partidas seguintes seguintes na competição, dia 17 contra a Colômbia e 21 frente a Venezuela. Também haverá vistoria do estádio Ester Roa, em Concepción, 500 km ao sul da capital, cidade onde o Brasil atuará caso termine em primeiro no Grupo C. Se for segundo, voltará a Temuco. Nesta etapa de vistoria, os membros da CBF avaliam questões de logística, chefiados por Guilherme Ribeiro, administrador da seleção, como chegada aos hotéis, ao centro de treinamento (a base principal será o CT da Universidad de Chile, na capital chilena) e ao estádio. A segurança, chefiada pelo coronel Moacyr Alcoforado, avalia quantos homens serão precisos em cada cidade e acertam com as autoridades locais e polícia os trajetos do ônibus e quantos policiais atuarão nos deslocamentos. No próximo fim de semana, acontece em Santiago o Congresso Técnico da competição, onde serão detalhados a represenatantes dos times o regulamento do torneio, e dúvidas sobre quando se poderá treinar nos estádios dos jogos. Dunga não viaja e o Brasil será representado por seu auxiliar, Andrey Lopes. O jornalista viaja a convite da TAM e da Secretaria Nacional de Turismo do Chile
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Vistoria às sedes da Copa América agrada estafe da seleção brasileiraParte do estafe da comissão técnica da seleção brasileira e de setores de segurança e logística da CBF estão nesta semana no Chile para definir os detalhes finais da estadia do Brasil durante a Copa América, que será disputada de 11 de junho a 4 de julho. A seleção chega a Temuco, 670 km ao sul da capital chilena Santiago, dia 12 de junho, dois dias antes da estreia contra o Peru, no estádio Germán Becker. Com capacidade para 18,5 mil pessoas, o acanhado campo preocupava parte do estafe da CBF, mas a impressão tomada na terça-feira (12) foi boa. Apesar de pequeno, tem boas instalações, gramado e vestiários novos. Construído nos anos 1960, foi derrubado e reconstruído em 2008, para ser sede do Mundial feminino sub-20. Os membros da delegação da CBF também visitaram o estádio Monumental, em Santiago, no qual o Brasil jogará as duas partidas seguintes seguintes na competição, dia 17 contra a Colômbia e 21 frente a Venezuela. Também haverá vistoria do estádio Ester Roa, em Concepción, 500 km ao sul da capital, cidade onde o Brasil atuará caso termine em primeiro no Grupo C. Se for segundo, voltará a Temuco. Nesta etapa de vistoria, os membros da CBF avaliam questões de logística, chefiados por Guilherme Ribeiro, administrador da seleção, como chegada aos hotéis, ao centro de treinamento (a base principal será o CT da Universidad de Chile, na capital chilena) e ao estádio. A segurança, chefiada pelo coronel Moacyr Alcoforado, avalia quantos homens serão precisos em cada cidade e acertam com as autoridades locais e polícia os trajetos do ônibus e quantos policiais atuarão nos deslocamentos. No próximo fim de semana, acontece em Santiago o Congresso Técnico da competição, onde serão detalhados a represenatantes dos times o regulamento do torneio, e dúvidas sobre quando se poderá treinar nos estádios dos jogos. Dunga não viaja e o Brasil será representado por seu auxiliar, Andrey Lopes. O jornalista viaja a convite da TAM e da Secretaria Nacional de Turismo do Chile
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Mercado incipiente, internet das coisas conecta de bueiro a boi
Bueiros, coleiras, aparelhos hospitalares, eletrodomésticos, equipamentos industriais e fazendas. Tudo isso está na mira de novas empresas em busca de seu espaço no incipiente mercado de internet das coisas. Produtos e serviços que conectem esses itens a sensores e transmissores de informações têm potencial para ganhar terreno no cotidiano de consumidores, de empresas e do poder público, segundo Samuel Rodrigues, analista da consultoria IDC. Dados da empresa apontam que existem no Brasil aproximadamente 140 milhões de objetos conectados à internet (sem contar celulares). Para 2020, a consultoria espera que o número ultrapasse os 400 milhões. O potencial desse mercado vem do aumento da eficiência que proporcionam, por oferecer grande quantidade de dados para a tomada de melhores decisões, de acordo com Ricardo Buranello, vice-presidente da Telit (fornecedora de componentes para o segmento) para a América Latina. TUDO CONECTADO - Veja projetos que usam a internet das coisas Os bueiros e as lixeiras inteligentes da Net Sensors, por exemplo, possuem sensores que analisam qual seu nível de preenchimento. A partir dessa informação, a limpeza da cidade pode ser feita de forma mais eficiente, afirma Carlos Chiaradia, presidente da empresa. "Quase 50% dos bueiros que são limpos diariamente não têm sujeira a ser removida", diz. A empresa, que foi uma das vencedoras de desafio de inovação urbana promovido pela Cisco em 2015, realizou projetos-pilotos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro neste ano. Um dos setores que mais têm a ganhar com a conexão de objetos é a indústria. Para ela, a start-up Indwise desenvolveu aparelho que, a partir da leitura de impulsos elétricos, mede a produtividade de máquinas e compara o dado com a produção esperada para que gestores possam reconhecer problemas rapidamente, diz João Marinheiro, fundador da companhia. A companhia, que tem apoio da Wayra (aceleradora de start-ups da Telefónica), realiza testes em clientes de médio e grande porte, incluindo a BRF, afirma Marinheiro. INTERNET RURAL Outra aposta do setor está em levar conectividade às fazendas. A Agrosmart, empresa que foi acelerada pelo Google, oferece um kit com 14 sensores diferentes que monitoram plantações, acompanhando qualidade do solo, necessidade de irrigação e desenvolvimento da cultura. A partir das informações coletadas, a empresa oferece recomendações automatizadas para o produtor, diz Mariana Vasconcelos, cofundadora da empresa. A companhia não informa quantas fazendas usam sua ferramenta. A BovControl também busca unir internet e campo, oferecendo um aplicativo que permite o armazenamento de informações sobre gado, substituindo as anotações em papel. Danilo Leão, cofundador da empresa, afirma que parte da interação com a plataforma pode ser feita de modo automatizada, a partir de objetos conectados. O aplicativo consegue se conectar com equipamentos de identificação bovina (brincos e chips, por exemplo), balanças e termômetros, desde que esses usem a tecnologia bluetooth (sem fio) e sejam de fornecedor já integrado com a companhia, diz. DESAFIOS Se, por um lado, muitos projetos vêm demonstrando uso inteligente das possibilidades abertas pela internet das coisas, torná-los negócios de grande escala ainda é um desafio, afirma Mario Lemos, líder da área de internet das coisas na consultoria Accenture. Segundo ele, atualmente existem hardwares flexíveis, compatíveis com grande variedade de sensores e que permitem um desenvolvimento rápido de protótipos. Porém esses aparelhos não são adequados para uma produção em larga escala, por serem caros. O crescimento depende de um estudo detalhado para criar um projeto específico para a solução da empresa, encontrar e desenvolver fornecedores e decidir onde produzir, se no Brasil ou em outro mercado, diz.
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Mercado incipiente, internet das coisas conecta de bueiro a boiBueiros, coleiras, aparelhos hospitalares, eletrodomésticos, equipamentos industriais e fazendas. Tudo isso está na mira de novas empresas em busca de seu espaço no incipiente mercado de internet das coisas. Produtos e serviços que conectem esses itens a sensores e transmissores de informações têm potencial para ganhar terreno no cotidiano de consumidores, de empresas e do poder público, segundo Samuel Rodrigues, analista da consultoria IDC. Dados da empresa apontam que existem no Brasil aproximadamente 140 milhões de objetos conectados à internet (sem contar celulares). Para 2020, a consultoria espera que o número ultrapasse os 400 milhões. O potencial desse mercado vem do aumento da eficiência que proporcionam, por oferecer grande quantidade de dados para a tomada de melhores decisões, de acordo com Ricardo Buranello, vice-presidente da Telit (fornecedora de componentes para o segmento) para a América Latina. TUDO CONECTADO - Veja projetos que usam a internet das coisas Os bueiros e as lixeiras inteligentes da Net Sensors, por exemplo, possuem sensores que analisam qual seu nível de preenchimento. A partir dessa informação, a limpeza da cidade pode ser feita de forma mais eficiente, afirma Carlos Chiaradia, presidente da empresa. "Quase 50% dos bueiros que são limpos diariamente não têm sujeira a ser removida", diz. A empresa, que foi uma das vencedoras de desafio de inovação urbana promovido pela Cisco em 2015, realizou projetos-pilotos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro neste ano. Um dos setores que mais têm a ganhar com a conexão de objetos é a indústria. Para ela, a start-up Indwise desenvolveu aparelho que, a partir da leitura de impulsos elétricos, mede a produtividade de máquinas e compara o dado com a produção esperada para que gestores possam reconhecer problemas rapidamente, diz João Marinheiro, fundador da companhia. A companhia, que tem apoio da Wayra (aceleradora de start-ups da Telefónica), realiza testes em clientes de médio e grande porte, incluindo a BRF, afirma Marinheiro. INTERNET RURAL Outra aposta do setor está em levar conectividade às fazendas. A Agrosmart, empresa que foi acelerada pelo Google, oferece um kit com 14 sensores diferentes que monitoram plantações, acompanhando qualidade do solo, necessidade de irrigação e desenvolvimento da cultura. A partir das informações coletadas, a empresa oferece recomendações automatizadas para o produtor, diz Mariana Vasconcelos, cofundadora da empresa. A companhia não informa quantas fazendas usam sua ferramenta. A BovControl também busca unir internet e campo, oferecendo um aplicativo que permite o armazenamento de informações sobre gado, substituindo as anotações em papel. Danilo Leão, cofundador da empresa, afirma que parte da interação com a plataforma pode ser feita de modo automatizada, a partir de objetos conectados. O aplicativo consegue se conectar com equipamentos de identificação bovina (brincos e chips, por exemplo), balanças e termômetros, desde que esses usem a tecnologia bluetooth (sem fio) e sejam de fornecedor já integrado com a companhia, diz. DESAFIOS Se, por um lado, muitos projetos vêm demonstrando uso inteligente das possibilidades abertas pela internet das coisas, torná-los negócios de grande escala ainda é um desafio, afirma Mario Lemos, líder da área de internet das coisas na consultoria Accenture. Segundo ele, atualmente existem hardwares flexíveis, compatíveis com grande variedade de sensores e que permitem um desenvolvimento rápido de protótipos. Porém esses aparelhos não são adequados para uma produção em larga escala, por serem caros. O crescimento depende de um estudo detalhado para criar um projeto específico para a solução da empresa, encontrar e desenvolver fornecedores e decidir onde produzir, se no Brasil ou em outro mercado, diz.
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Astrologia
Astral inspirador para artes, esportes e relações comerciais. LUA CRESCENTE EM ÁRIES: 16/1 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Água, dança, música, rituais –a combinação perfeita para restaurar sua fé, clarear a intuição e trazer de volta o sentimento do mundo. Outra onda positiva de hoje é vivenciar o amor como companheirismo, sem convenções limitantes. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Vênus e Júpiter começam hoje a formar tensão astral –é só uma dica para você não se deixar arrastar pela preguicinha e por surtos consumistas. De resto, vai tudo bem: arejamento interno, inspiração artística, ajuda inesperada. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Coragem, geminiano: Vênus e Urano trazem novos ventos no setor de parcerias e amores! Alguém amigo será como um relâmpago que passa e liberta de preocupações. Seu desafio hoje é fazer uma ótima síntese entre sensibilidade e ação decisiva. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Tudo flui bem melhor hoje. Então vai ser mais fácil também seguir adiante com o que estava emperrado! Um sonho tem poder de esclarecer dúvidas. Mudanças no setor financeiro e profissional estão para ocorrer nos próximos dias. Algo desafiante e novo! LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Clima astral de divagações, bom para o ócio criativo –para antever mundos melhores, também. Tempo livre para cabeça e coração funcionarem de verdade. Dinheiro que vem de trabalho: miúdo, mas de fonte segura. E amor que vem de compromisso. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Cabe a você entusiasmar os desconfiados e renitentes hoje. Parece que vai conseguir –é o recado de Júpiter! Parceria encantadora faz sonhar com mundos mais bonitos. E isso é bom: eleva além do imediato e faz fluir a generosidade com todos. LIBRA (23 set. a 22 out.) Alguém próximo está para fazer uma proposta de parceria interessante! Por que não pensar? Você tem até o fim do mês para refletir. Saúde vulnerável hoje –caos doméstico pode trazer mal-estar e desarranjos. Reencontro com alguém inesperado. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Sonhos de verão com Marte, Lua e Netuno trazendo a rima e o ritmo, o planejamento e a sensibilidade. Ótimo para esportes aquáticos, apostas no escuro, amores incondicionais que atravessam eras e espaços. Você está muito criativo –deixe brotar. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Lembranças e revisitação do passado podem estar nas relações de hoje: antigos amores, sócios, parceiros. Algo volta, para uma reflexão mais efetiva. Reequacionar, redimensionar, rever –no trabalho, na vida pessoal, numa viagem. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Sol e Júpiter em ângulo positivo sinalizam dia de prestígio, abertura e oportunidades para você mostrar seu talento! No plano emocional e mental, você está sensível à voz do povo. Incorpore algumas dicas do que captar ao que irá fazer no trabalho. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Hoje é dia de sentir o vento para saber o que fazer com seu dinheiro. As dicas virão da sensibilidade, do sinal de um pássaro, de uma palavra entreouvida, uma cisma. Não é a lógica que responderá. Burocracias são resolvidas com inspiração. Escute. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Lua, Marte e Netuno criam tal sincronia astral delicada e profunda, que só mesmo as artes como canais apropriados para extravasar toda a garra e compreensão do infinito circundante. E você capta tudo. Com outras pessoas, será capaz de expressar.
ilustrada
AstrologiaAstral inspirador para artes, esportes e relações comerciais. LUA CRESCENTE EM ÁRIES: 16/1 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Água, dança, música, rituais –a combinação perfeita para restaurar sua fé, clarear a intuição e trazer de volta o sentimento do mundo. Outra onda positiva de hoje é vivenciar o amor como companheirismo, sem convenções limitantes. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Vênus e Júpiter começam hoje a formar tensão astral –é só uma dica para você não se deixar arrastar pela preguicinha e por surtos consumistas. De resto, vai tudo bem: arejamento interno, inspiração artística, ajuda inesperada. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Coragem, geminiano: Vênus e Urano trazem novos ventos no setor de parcerias e amores! Alguém amigo será como um relâmpago que passa e liberta de preocupações. Seu desafio hoje é fazer uma ótima síntese entre sensibilidade e ação decisiva. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Tudo flui bem melhor hoje. Então vai ser mais fácil também seguir adiante com o que estava emperrado! Um sonho tem poder de esclarecer dúvidas. Mudanças no setor financeiro e profissional estão para ocorrer nos próximos dias. Algo desafiante e novo! LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Clima astral de divagações, bom para o ócio criativo –para antever mundos melhores, também. Tempo livre para cabeça e coração funcionarem de verdade. Dinheiro que vem de trabalho: miúdo, mas de fonte segura. E amor que vem de compromisso. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Cabe a você entusiasmar os desconfiados e renitentes hoje. Parece que vai conseguir –é o recado de Júpiter! Parceria encantadora faz sonhar com mundos mais bonitos. E isso é bom: eleva além do imediato e faz fluir a generosidade com todos. LIBRA (23 set. a 22 out.) Alguém próximo está para fazer uma proposta de parceria interessante! Por que não pensar? Você tem até o fim do mês para refletir. Saúde vulnerável hoje –caos doméstico pode trazer mal-estar e desarranjos. Reencontro com alguém inesperado. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Sonhos de verão com Marte, Lua e Netuno trazendo a rima e o ritmo, o planejamento e a sensibilidade. Ótimo para esportes aquáticos, apostas no escuro, amores incondicionais que atravessam eras e espaços. Você está muito criativo –deixe brotar. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Lembranças e revisitação do passado podem estar nas relações de hoje: antigos amores, sócios, parceiros. Algo volta, para uma reflexão mais efetiva. Reequacionar, redimensionar, rever –no trabalho, na vida pessoal, numa viagem. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Sol e Júpiter em ângulo positivo sinalizam dia de prestígio, abertura e oportunidades para você mostrar seu talento! No plano emocional e mental, você está sensível à voz do povo. Incorpore algumas dicas do que captar ao que irá fazer no trabalho. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Hoje é dia de sentir o vento para saber o que fazer com seu dinheiro. As dicas virão da sensibilidade, do sinal de um pássaro, de uma palavra entreouvida, uma cisma. Não é a lógica que responderá. Burocracias são resolvidas com inspiração. Escute. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Lua, Marte e Netuno criam tal sincronia astral delicada e profunda, que só mesmo as artes como canais apropriados para extravasar toda a garra e compreensão do infinito circundante. E você capta tudo. Com outras pessoas, será capaz de expressar.
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Jogos mortais
RIO DE JANEIRO - O jogo entre Arsenal e Chelsea, no domingo (26), foi chocho: 0 a 0. Mas era até comovente ver os lances de escanteio ou de falta perto da área. Em vez do vale-tudo que acontece no Brasil, os atletas dos times ingleses não se agarravam. Mal se tocavam. Pareciam seguir um princípio simplório: para eu jogar, o outro precisa jogar também. Se a Inglaterra criou as regras, foi o Brasil quem inventou o futebol como "arte", utopia. Pois hoje é na Inglaterra –atulhada de estrangeiros, é claro– que a bola corre solta, enquanto aqui o mantra é não deixar o adversário se mexer. O futebol é algo muito central na vida nacional –como nos mostram de Nelson Rodrigues a Nuno Ramos, de José Lins do Rego a José Miguel Wisnik– para fingirmos que ele não traduz o que somos fora de campo. Temos lutado para não compartilhar espaços (físicos e simbólicos); para que "eles" (os diferentes, os outros) fiquem longe de "nós"; para que o necessariamente público se torne criminosamente privado. Deputados e um governador eleitos pela população convocam a polícia para impedir que professores entrem numa casa mantida pelo contribuinte; parlamentares votam contra os direitos trabalhistas de seus eleitores e a favor dos interesses de seus doadores de campanha; parte da sociedade defende que mais e mais pessoas sejam encarceradas e, se possível, mortas. Em vez de civilização do futuro, somos a barbárie do presente. Nossa Constituição é: pouca farinha, meu pirão primeiro. * Vladimir Safatle, o brilhante colega desta página 2, deu à sua coluna de terça (28) o título "Governo autista". Não há por que transformar o adjetivo "autista", alusivo a um transtorno de fundo genético, numa ofensa política ou moral. Nossos filhos não precisam de mais esse estigma.
colunas
Jogos mortaisRIO DE JANEIRO - O jogo entre Arsenal e Chelsea, no domingo (26), foi chocho: 0 a 0. Mas era até comovente ver os lances de escanteio ou de falta perto da área. Em vez do vale-tudo que acontece no Brasil, os atletas dos times ingleses não se agarravam. Mal se tocavam. Pareciam seguir um princípio simplório: para eu jogar, o outro precisa jogar também. Se a Inglaterra criou as regras, foi o Brasil quem inventou o futebol como "arte", utopia. Pois hoje é na Inglaterra –atulhada de estrangeiros, é claro– que a bola corre solta, enquanto aqui o mantra é não deixar o adversário se mexer. O futebol é algo muito central na vida nacional –como nos mostram de Nelson Rodrigues a Nuno Ramos, de José Lins do Rego a José Miguel Wisnik– para fingirmos que ele não traduz o que somos fora de campo. Temos lutado para não compartilhar espaços (físicos e simbólicos); para que "eles" (os diferentes, os outros) fiquem longe de "nós"; para que o necessariamente público se torne criminosamente privado. Deputados e um governador eleitos pela população convocam a polícia para impedir que professores entrem numa casa mantida pelo contribuinte; parlamentares votam contra os direitos trabalhistas de seus eleitores e a favor dos interesses de seus doadores de campanha; parte da sociedade defende que mais e mais pessoas sejam encarceradas e, se possível, mortas. Em vez de civilização do futuro, somos a barbárie do presente. Nossa Constituição é: pouca farinha, meu pirão primeiro. * Vladimir Safatle, o brilhante colega desta página 2, deu à sua coluna de terça (28) o título "Governo autista". Não há por que transformar o adjetivo "autista", alusivo a um transtorno de fundo genético, numa ofensa política ou moral. Nossos filhos não precisam de mais esse estigma.
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Atuação exagerada de Juliette Binoche desequilibra trama
Existem dois tipos de filmes com a bela Juliette Binoche: aqueles em que ela vive personagens sofridas ou decididas e outros em que ela faz o papel de si mesma. "Ninguém Deseja a Noite" quer ser um exemplo do primeiro gênero, mas seu resultado pouco ultrapassa o segundo. Força e sofrimento são o que menos falta à reconstituição das desventuras de Josephine Peary, mulher do explorador Robert Peary, que se dizia o primeiro a alcançar o polo Norte no início do século 20. A primeira cena mostra Josephine abatendo um urso polar e celebrando a façanha como uma madame que conquista tudo o que deseja. Nas etapas seguintes, a vemos avançar nas terras geladas vestida como se fosse dar uma volta em Park Avenue, referência aristocrática de Nova York onde ela vive. Ela viaja como uma rainha, bem acomodada num trenó, conduzida por um guia que conhece os riscos e por esquimós. A atitude superiora, misturada à teimosia, culminam em seu isolamento, durante a congelante noite polar, numa cabana, onde aguarda o retorno de Robert. Ela tem somente a esquimó Allaka como companhia e contraponto. O que interessa à diretora espanhola Isabel Coixet no material não é tanto a luta pela sobrevivência em condições extremas. A realizadora conduz nossa atenção para o contraste entre Josephine e Allaka, opostas em físico e modos. A representação contrastada das duas mulheres também serve para implodir estereótipos da imagem feminina, do tipo "sexo frágil", sem com isso descartar aspectos como delicadeza e afetuosidade, quando o relato enfatiza a mútua proteção como recurso de sobrevivência. Por fim, a situação dramática é desenvolvida com base na expectativa de um retorno de Robert, esse desbravador, representação de um poderio masculino que, no entanto, é apagado pela ausência. Esse equilíbrio de nuances, no entanto, perde-se com a onipresença de Binoche. Sua função exagerada de estrela rouba a atenção e, dessa vez, seu desempenho excessivamente composto de voz emotiva e olhares úmidos desaba na caricatura. Ao lado dela, a japonesa Rinko Kikuchi, a quem caberia o papel de escada, deixa a francesa de cara no chão. * NINGUÉM DESEJA A NOITE (Nadie quiere la noche) DIREÇÃO Isabel Coixet ELENCO Juliette Binoche, Rinko Kikuchi e Gabriel Byrne PRODUÇÃO Espanha/França/Bulgária, 2015, 14 anos QUANDO: estreia nesta quinta (1º)
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Atuação exagerada de Juliette Binoche desequilibra tramaExistem dois tipos de filmes com a bela Juliette Binoche: aqueles em que ela vive personagens sofridas ou decididas e outros em que ela faz o papel de si mesma. "Ninguém Deseja a Noite" quer ser um exemplo do primeiro gênero, mas seu resultado pouco ultrapassa o segundo. Força e sofrimento são o que menos falta à reconstituição das desventuras de Josephine Peary, mulher do explorador Robert Peary, que se dizia o primeiro a alcançar o polo Norte no início do século 20. A primeira cena mostra Josephine abatendo um urso polar e celebrando a façanha como uma madame que conquista tudo o que deseja. Nas etapas seguintes, a vemos avançar nas terras geladas vestida como se fosse dar uma volta em Park Avenue, referência aristocrática de Nova York onde ela vive. Ela viaja como uma rainha, bem acomodada num trenó, conduzida por um guia que conhece os riscos e por esquimós. A atitude superiora, misturada à teimosia, culminam em seu isolamento, durante a congelante noite polar, numa cabana, onde aguarda o retorno de Robert. Ela tem somente a esquimó Allaka como companhia e contraponto. O que interessa à diretora espanhola Isabel Coixet no material não é tanto a luta pela sobrevivência em condições extremas. A realizadora conduz nossa atenção para o contraste entre Josephine e Allaka, opostas em físico e modos. A representação contrastada das duas mulheres também serve para implodir estereótipos da imagem feminina, do tipo "sexo frágil", sem com isso descartar aspectos como delicadeza e afetuosidade, quando o relato enfatiza a mútua proteção como recurso de sobrevivência. Por fim, a situação dramática é desenvolvida com base na expectativa de um retorno de Robert, esse desbravador, representação de um poderio masculino que, no entanto, é apagado pela ausência. Esse equilíbrio de nuances, no entanto, perde-se com a onipresença de Binoche. Sua função exagerada de estrela rouba a atenção e, dessa vez, seu desempenho excessivamente composto de voz emotiva e olhares úmidos desaba na caricatura. Ao lado dela, a japonesa Rinko Kikuchi, a quem caberia o papel de escada, deixa a francesa de cara no chão. * NINGUÉM DESEJA A NOITE (Nadie quiere la noche) DIREÇÃO Isabel Coixet ELENCO Juliette Binoche, Rinko Kikuchi e Gabriel Byrne PRODUÇÃO Espanha/França/Bulgária, 2015, 14 anos QUANDO: estreia nesta quinta (1º)
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Jornalistas descrevem dificuldades da cobertura de conflitos
Com o tema "Não Atire, Sou Jornalista", na manhã desta sexta (19) no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, o Encontro Folha de Jornalismo discutiu a cobertura em áreas de conflito, da Síria à periferia de São Paulo.James Harkin, free-lancer irlandês nos conflitos do Oriente Médio, autor do livro "Hunting Season", sobre a campanha de sequestro de jornalistas pelo Estado Islâmico, e Mayte Carrasco, free-lancer espanhola na região, se concentraram na cobertura na Síria, que descrevem como mais complexa do que em guerras anteriores -e exigindo mais jornalismo, não menos.Harkin, que escreve regularmente para "Vanity Fair" e "Guardian", entre outros veículos, diz que o país mostrou que as novas guerras não cabem na "busca preguiçosa por heróis" que o Ocidente costumava empreender.Grupos antes vistos como "o mal" se transformam depois no "bem". Para revelar de fato o que acontece, seria necessária maior presença jornalística, enquanto a crise no setor, pelo contrário, reduz os recursos.Ele alertou que o vazio está sendo preenchido por jornalistas ligados a organizações não governamentais ou mesmo órgãos de inteligência e não passam de "relações públicas, pura propaganda".Carrasco, que escreve para "El País", "La Nación" e outros, foi pela mesma linha, acrescentando que "o jornalismo cidadão não existe; ninguém vai ao médico e pede um médico cidad?o". Ela disse que o jornalismo profissional, na Síria e em outros conflitos, enfrenta violência e sequestros como não acontecia antes em coberturas de guerra. Os jornalistas se tornaram preciosos aos grupos em luta, para trocar por dinheiro ou protagonizar execuções em vídeo.A única alternativa para quem quer cobrir a guerra é trabalhar "embedded", ao lado de algum dos grupos, o que acaba expondo os jornalistas a mais violência, disse ela. Carrasco também sublinhou que a Síria mostra que os free-lancers, não vinculados diretamente a veículos, são abandonados pelos órgãos para os quais colaboram, o que ela credita à crise no setor.O repórter especial da Folha João Wainer, que dirigiu os documentários "Junho - O Mês que Abalou o Brasil" e "Pixo", abordou o que chama de "guerra não declarada na periferia de São Paulo". Questionou a maior atenção dada à repressão da polícia contra manifestantes e jornalistas "na avenida Paulista", em contraste com a falta de cobertura sobre as ações da mesma polícia nos bairros."A gente tem uma guerra civil muito perto de casa", afirmou, dizendo que a falta de atenção, no caso, não pode ser creditada à crise do jornalismo profissional. "Eu vou a pé até o local do conflito. É muito barato." Para ele, o problema da imprensa, no caso, é que "as pessoas estão anestesiadas" quanto à violência na periferia.Questionado pela mediadora, a repórter especial e colunista da Folha Patrícia Campos Mello, sobre a possibilidade de um conflito mais aberto no Brasil, Wainer chamou a atenção para o Rio de Janeiro. "Depois da Olimpíada, vai ter problema nos
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Jornalistas descrevem dificuldades da cobertura de conflitosCom o tema "Não Atire, Sou Jornalista", na manhã desta sexta (19) no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, o Encontro Folha de Jornalismo discutiu a cobertura em áreas de conflito, da Síria à periferia de São Paulo.James Harkin, free-lancer irlandês nos conflitos do Oriente Médio, autor do livro "Hunting Season", sobre a campanha de sequestro de jornalistas pelo Estado Islâmico, e Mayte Carrasco, free-lancer espanhola na região, se concentraram na cobertura na Síria, que descrevem como mais complexa do que em guerras anteriores -e exigindo mais jornalismo, não menos.Harkin, que escreve regularmente para "Vanity Fair" e "Guardian", entre outros veículos, diz que o país mostrou que as novas guerras não cabem na "busca preguiçosa por heróis" que o Ocidente costumava empreender.Grupos antes vistos como "o mal" se transformam depois no "bem". Para revelar de fato o que acontece, seria necessária maior presença jornalística, enquanto a crise no setor, pelo contrário, reduz os recursos.Ele alertou que o vazio está sendo preenchido por jornalistas ligados a organizações não governamentais ou mesmo órgãos de inteligência e não passam de "relações públicas, pura propaganda".Carrasco, que escreve para "El País", "La Nación" e outros, foi pela mesma linha, acrescentando que "o jornalismo cidadão não existe; ninguém vai ao médico e pede um médico cidad?o". Ela disse que o jornalismo profissional, na Síria e em outros conflitos, enfrenta violência e sequestros como não acontecia antes em coberturas de guerra. Os jornalistas se tornaram preciosos aos grupos em luta, para trocar por dinheiro ou protagonizar execuções em vídeo.A única alternativa para quem quer cobrir a guerra é trabalhar "embedded", ao lado de algum dos grupos, o que acaba expondo os jornalistas a mais violência, disse ela. Carrasco também sublinhou que a Síria mostra que os free-lancers, não vinculados diretamente a veículos, são abandonados pelos órgãos para os quais colaboram, o que ela credita à crise no setor.O repórter especial da Folha João Wainer, que dirigiu os documentários "Junho - O Mês que Abalou o Brasil" e "Pixo", abordou o que chama de "guerra não declarada na periferia de São Paulo". Questionou a maior atenção dada à repressão da polícia contra manifestantes e jornalistas "na avenida Paulista", em contraste com a falta de cobertura sobre as ações da mesma polícia nos bairros."A gente tem uma guerra civil muito perto de casa", afirmou, dizendo que a falta de atenção, no caso, não pode ser creditada à crise do jornalismo profissional. "Eu vou a pé até o local do conflito. É muito barato." Para ele, o problema da imprensa, no caso, é que "as pessoas estão anestesiadas" quanto à violência na periferia.Questionado pela mediadora, a repórter especial e colunista da Folha Patrícia Campos Mello, sobre a possibilidade de um conflito mais aberto no Brasil, Wainer chamou a atenção para o Rio de Janeiro. "Depois da Olimpíada, vai ter problema nos
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Homens que postam muitas 'selfies' podem ter sinais de psicopatia, diz estudo
Uma pesquisa conduzida na Universidade Estadual de Ohio apontou que homens que publicam muitos autorretratos nas redes sociais podem apresentar sinais de narcisismo e psicopatia. "Não é surpresa que homens que postam muitas 'selfies' e gastam tempo editando suas fotos são mais narcisistas, mas é a primeira vez que isso é confirmado por um estudo científico", disse Jesse Fox, principal autora do artigo e professora de comunicação na universidade americana. De acordo com a pesquisa, a pessoa narcisista é aquela que acredita ser melhor e mais atraente do que os outros, mas que possui uma "insegurança escondida". Já a psicopatia se caracteriza como a falta de empatia e consideração pelos outros e por tendências comportamentais impulsivas. Fox submeteu 800 homens com idades entre 18 e 40 anos a um questionário sobre a postagem de 'selfies' na internet que abordava a frequência com que publicam e se utilizam ou não um editor de fotos, entre outros pontos. Os entrevistados também responderam perguntas sobre comportamentos sociais e auto-objetificação –a valorização excessiva da aparência em detrimento de outros aspectos da personalidade. A conclusão foi que a publicação excessiva de fotos está relacionada ao narcisismo e à psicopatia. Os que se preocupam em editar suas fotos antes de postá-las não revelam sinais de psicopatia, pois são menos espontâneos, mas tendem mais à auto-objetificação. Segundo a pesquisadora, os resultados não significam, necessariamente, que quem posta muitas fotos de si mesmo é narcisista e psicopata. Os dados analisados estão dentro da normalidade de comportamento social, apesar de ultrapassarem os níveis médios dessas características para a maioria das pessoas. PÚBLICO FEMININO O estudo não levou em conta as mulheres porque os dados comparados recebidos por Fox, compilados por uma revista, não incluíam o público feminino. "Nós sabemos que a auto-objetificação leva a um monte de coisas terríveis, como depressão e distúrbios alimentares em mulheres", disse Fox. "Como o uso de redes sociais é cada vez maior, todo mundo está mais preocupado com sua aparência. Isso significa que o problema pode se tornar ainda maior", continuou. Para ela, a auto-objetificação traz mais impactos para o público feminino. A pesquisadora está conduzindo um novo trabalho para sugerir que as informações confirmadas por sua pesquisa também se aplicam às mulheres.
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Homens que postam muitas 'selfies' podem ter sinais de psicopatia, diz estudoUma pesquisa conduzida na Universidade Estadual de Ohio apontou que homens que publicam muitos autorretratos nas redes sociais podem apresentar sinais de narcisismo e psicopatia. "Não é surpresa que homens que postam muitas 'selfies' e gastam tempo editando suas fotos são mais narcisistas, mas é a primeira vez que isso é confirmado por um estudo científico", disse Jesse Fox, principal autora do artigo e professora de comunicação na universidade americana. De acordo com a pesquisa, a pessoa narcisista é aquela que acredita ser melhor e mais atraente do que os outros, mas que possui uma "insegurança escondida". Já a psicopatia se caracteriza como a falta de empatia e consideração pelos outros e por tendências comportamentais impulsivas. Fox submeteu 800 homens com idades entre 18 e 40 anos a um questionário sobre a postagem de 'selfies' na internet que abordava a frequência com que publicam e se utilizam ou não um editor de fotos, entre outros pontos. Os entrevistados também responderam perguntas sobre comportamentos sociais e auto-objetificação –a valorização excessiva da aparência em detrimento de outros aspectos da personalidade. A conclusão foi que a publicação excessiva de fotos está relacionada ao narcisismo e à psicopatia. Os que se preocupam em editar suas fotos antes de postá-las não revelam sinais de psicopatia, pois são menos espontâneos, mas tendem mais à auto-objetificação. Segundo a pesquisadora, os resultados não significam, necessariamente, que quem posta muitas fotos de si mesmo é narcisista e psicopata. Os dados analisados estão dentro da normalidade de comportamento social, apesar de ultrapassarem os níveis médios dessas características para a maioria das pessoas. PÚBLICO FEMININO O estudo não levou em conta as mulheres porque os dados comparados recebidos por Fox, compilados por uma revista, não incluíam o público feminino. "Nós sabemos que a auto-objetificação leva a um monte de coisas terríveis, como depressão e distúrbios alimentares em mulheres", disse Fox. "Como o uso de redes sociais é cada vez maior, todo mundo está mais preocupado com sua aparência. Isso significa que o problema pode se tornar ainda maior", continuou. Para ela, a auto-objetificação traz mais impactos para o público feminino. A pesquisadora está conduzindo um novo trabalho para sugerir que as informações confirmadas por sua pesquisa também se aplicam às mulheres.
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Leitores comentam recuo do PSDB em relação ao pedido de impeachment
Absolutamente legítimo que o Movimento Brasil Livre critique, e se posicione contra, o recuo do PSDB na proposta de impeachment de Dilma (Após recuo, grupos acusam PSDB de traição, "Poder", 22/5). Agora, seus líderes afirmarem que falam em nome dos 50 milhões de brasileiros que não votaram na presidente é uma total falta de noção. Não votei em Dilma Rousseff e o MBL não me representa. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * Movimento Brasil Livre e os Revoltados Online descobriram, acordando da sonolência, que os líderes do PSDB fazem parte de um imbróglio político antigo. Faltam líderes no mundo. Do bem, papa Francisco surge, no horizonte, diferenciado. JOSÉ ORLANDO DE SIQUEIRA (Passos, MG) * * Os grupos contrários ao governo Dilma Rousseff, que acusam o PSDB e principalmente Aécio Neves de traição pelo não pedido de impeachment agora, deveriam saber de algumas coisas importantes. Um dos princípios do direito é que cabe ao acusador o ônus da prova. Apenas com suposições ou delações não se condena ninguém, muito menos se abre um processo dessa magnitude contra um presidente da República. Além disso, esses grupos devem saber que estão lidando com o segmento e a classe menos confiável e prestigiada no Brasil, que é a dos políticos. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Se Dilma prevaricou por não denunciar malfeitos, Aécio prevarica ao não impetrar impeachment contra ela, já que vislumbrava "motivo extremamente forte" para tal. O crime é o mesmo. SÉRGIO LUIZ ZANDONÁ, advogado (Cascavel, PR) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam recuo do PSDB em relação ao pedido de impeachmentAbsolutamente legítimo que o Movimento Brasil Livre critique, e se posicione contra, o recuo do PSDB na proposta de impeachment de Dilma (Após recuo, grupos acusam PSDB de traição, "Poder", 22/5). Agora, seus líderes afirmarem que falam em nome dos 50 milhões de brasileiros que não votaram na presidente é uma total falta de noção. Não votei em Dilma Rousseff e o MBL não me representa. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * Movimento Brasil Livre e os Revoltados Online descobriram, acordando da sonolência, que os líderes do PSDB fazem parte de um imbróglio político antigo. Faltam líderes no mundo. Do bem, papa Francisco surge, no horizonte, diferenciado. JOSÉ ORLANDO DE SIQUEIRA (Passos, MG) * * Os grupos contrários ao governo Dilma Rousseff, que acusam o PSDB e principalmente Aécio Neves de traição pelo não pedido de impeachment agora, deveriam saber de algumas coisas importantes. Um dos princípios do direito é que cabe ao acusador o ônus da prova. Apenas com suposições ou delações não se condena ninguém, muito menos se abre um processo dessa magnitude contra um presidente da República. Além disso, esses grupos devem saber que estão lidando com o segmento e a classe menos confiável e prestigiada no Brasil, que é a dos políticos. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Se Dilma prevaricou por não denunciar malfeitos, Aécio prevarica ao não impetrar impeachment contra ela, já que vislumbrava "motivo extremamente forte" para tal. O crime é o mesmo. SÉRGIO LUIZ ZANDONÁ, advogado (Cascavel, PR) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Comissário alemão tenta minimizar polêmica por fala sobre união gay
O comissário alemão na União Europeia Guenther Oettinger tentou minimizar neste domingo (30) a polêmica em que se envolveu após comentário sobre a aprovação do casamento gay no país e sobre chineses. Em um discurso recente, Oettinger criticou a atual agenda política social alemã, listando assuntos como licença-maternidade, aposentadoria e auxílio creche. Em seguida, ele afirma que "talvez casamento gay compulsório" possa ser introduzido em breve à agenda, causando risos na plateia. Em outro discurso, feito na semana passada a empresários em Hamburgo, Oettinger usou o termo "schlitzaugen", olhos puxados, para descrever pessoas da China e de outros países asiáticos. "Foi um comentário descuidado que de nenhuma forma visava a ser desrespeitoso com a China", disse Oettinger ao jornal "Die Welt". O comissário não chegou a pedir desculpas. "Você tem que ver o contexto mais amplo no qual eu fiz os comentários. Em meu discurso, eu queria alertar a Alemanha contra o excesso de autoconfiança." A Federação Alemã de Lésbicas e Gays e políticos dos partidos Verde e Social Democrata criticaram duramente o comentário de Oettinger. Alguns pediram sua renúncia. "Um comissário da UE precisa representar de forma convincente os valores europeus de não discriminação e não defender preconceitos racistas e homofóbicos", disse a porta-voz da federação Stefanie Schmidt. O político do Partido Verde Volker Beck chamou Oettinger de "duende lunático" que tem medo dos gays e exigiu que ele peça desculpas. A polêmica ocorre apenas alguns dias após o anúncio de que Oettinger vai assumir a pasta de Orçamento da Comissão Europeia, com a saída da atual responsável, a búlgara Kristalina Georgieva, que vai para o Banco Mundial. Nessa posição, Oettinger será responsável pelas conversas sobre como gerenciar os recursos da UE após a saída do Reino Unido do bloco.
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Comissário alemão tenta minimizar polêmica por fala sobre união gayO comissário alemão na União Europeia Guenther Oettinger tentou minimizar neste domingo (30) a polêmica em que se envolveu após comentário sobre a aprovação do casamento gay no país e sobre chineses. Em um discurso recente, Oettinger criticou a atual agenda política social alemã, listando assuntos como licença-maternidade, aposentadoria e auxílio creche. Em seguida, ele afirma que "talvez casamento gay compulsório" possa ser introduzido em breve à agenda, causando risos na plateia. Em outro discurso, feito na semana passada a empresários em Hamburgo, Oettinger usou o termo "schlitzaugen", olhos puxados, para descrever pessoas da China e de outros países asiáticos. "Foi um comentário descuidado que de nenhuma forma visava a ser desrespeitoso com a China", disse Oettinger ao jornal "Die Welt". O comissário não chegou a pedir desculpas. "Você tem que ver o contexto mais amplo no qual eu fiz os comentários. Em meu discurso, eu queria alertar a Alemanha contra o excesso de autoconfiança." A Federação Alemã de Lésbicas e Gays e políticos dos partidos Verde e Social Democrata criticaram duramente o comentário de Oettinger. Alguns pediram sua renúncia. "Um comissário da UE precisa representar de forma convincente os valores europeus de não discriminação e não defender preconceitos racistas e homofóbicos", disse a porta-voz da federação Stefanie Schmidt. O político do Partido Verde Volker Beck chamou Oettinger de "duende lunático" que tem medo dos gays e exigiu que ele peça desculpas. A polêmica ocorre apenas alguns dias após o anúncio de que Oettinger vai assumir a pasta de Orçamento da Comissão Europeia, com a saída da atual responsável, a búlgara Kristalina Georgieva, que vai para o Banco Mundial. Nessa posição, Oettinger será responsável pelas conversas sobre como gerenciar os recursos da UE após a saída do Reino Unido do bloco.
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Astrologia
ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Amor delicado, daqueles momentos em que a rotina é aconchegante, em que é bom conhecer o outro inclusive em suas imperfeições. Conquistar pode ser mais natural. Aproveite que a pressão aliviou e relaxe também. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Que amor de dia para você. É a sua regente Vênus que, em toda a sua pureza, é envolvida por Júpiter, que traz sorte e proteção. Está solteira? Ainda assim, um bom dia para ser sincera em suas afeições. Autoestima. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Este pode ser o dia do perdão, para usufruir do companheiro e da família com tranquilidade. Também pode ser dia de compras para o lar. Deixe dissolver qualquer angústia com a simplicidade do amor. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A lua mingua em Câncer, você está sentimental, talvez um pouco nostálgico. Mas é importante se sentir à vontade para se expressar em toda a sua doçura, que é a sua grande sedução. As pessoas amam você por isso. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Você está emocional, e pode haver a oscilação natural no humor. Fique com o melhor desses sentimentos. É tudo sobre conforto: para se relacionar, morar bem, usufruir do que possui sem sofrer pelo que não tem. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Enfim o astral estimula os mais puros sentimentos de amor e amizade para confiar. Fique com quem gosta de você, permita-se o lazer e o prazer. Um dia para se embelezar, também. Quem sabe até mudar o visual? LIBRA (23 set. a 22 out.) Sua regente Vênus se encontra com Júpiter para que seu amor e desejo se fortaleçam. Tem que vir do coração, não importa como vai expressar, desde que seja genuína. Se preferir ficar na sua, deixe curar antigas feridas. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Dia de sonhos, sintonia coletiva, planos para o futuro, fé. Dia para superar qualquer tendência isolacionista compartilhando bons sentimentos e momentos com as pessoas das quais gosta. Inspire-se na filosofia e na arte. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) O encontro entre seu regente Júpiter e a deusa Vênus é dos mais férteis para o amor e o trabalho. Com o coração aberto, as relações valem ouro e emerge um talento. Presenteie-se, mas cuidado para não gastar demais. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Dá para fazer alguns planos, sim, melhor ainda se considerar outras pessoas na jornada. Neste dia de afetos tão verdadeiros, a lua em Câncer, seu signo complementar, é um convite a cuidar dos seus amores. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Cuidado com as ambições e utopias que não podem ser realizadas pelo exagero. O presente é afetivamente poderoso, mas para encontrar o que há de mais modesto e verdadeiro em si e nas pessoas que ama. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) O amor é possível, sim. Pode até ser um momento extraordinário, mas é mais provável que se revele em sua simplicidade e rotina. Fortes inspirações para se apaixonar ou realizar algum trabalho em conjunto.
ilustrada
AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Amor delicado, daqueles momentos em que a rotina é aconchegante, em que é bom conhecer o outro inclusive em suas imperfeições. Conquistar pode ser mais natural. Aproveite que a pressão aliviou e relaxe também. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Que amor de dia para você. É a sua regente Vênus que, em toda a sua pureza, é envolvida por Júpiter, que traz sorte e proteção. Está solteira? Ainda assim, um bom dia para ser sincera em suas afeições. Autoestima. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Este pode ser o dia do perdão, para usufruir do companheiro e da família com tranquilidade. Também pode ser dia de compras para o lar. Deixe dissolver qualquer angústia com a simplicidade do amor. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A lua mingua em Câncer, você está sentimental, talvez um pouco nostálgico. Mas é importante se sentir à vontade para se expressar em toda a sua doçura, que é a sua grande sedução. As pessoas amam você por isso. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Você está emocional, e pode haver a oscilação natural no humor. Fique com o melhor desses sentimentos. É tudo sobre conforto: para se relacionar, morar bem, usufruir do que possui sem sofrer pelo que não tem. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Enfim o astral estimula os mais puros sentimentos de amor e amizade para confiar. Fique com quem gosta de você, permita-se o lazer e o prazer. Um dia para se embelezar, também. Quem sabe até mudar o visual? LIBRA (23 set. a 22 out.) Sua regente Vênus se encontra com Júpiter para que seu amor e desejo se fortaleçam. Tem que vir do coração, não importa como vai expressar, desde que seja genuína. Se preferir ficar na sua, deixe curar antigas feridas. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Dia de sonhos, sintonia coletiva, planos para o futuro, fé. Dia para superar qualquer tendência isolacionista compartilhando bons sentimentos e momentos com as pessoas das quais gosta. Inspire-se na filosofia e na arte. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) O encontro entre seu regente Júpiter e a deusa Vênus é dos mais férteis para o amor e o trabalho. Com o coração aberto, as relações valem ouro e emerge um talento. Presenteie-se, mas cuidado para não gastar demais. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Dá para fazer alguns planos, sim, melhor ainda se considerar outras pessoas na jornada. Neste dia de afetos tão verdadeiros, a lua em Câncer, seu signo complementar, é um convite a cuidar dos seus amores. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Cuidado com as ambições e utopias que não podem ser realizadas pelo exagero. O presente é afetivamente poderoso, mas para encontrar o que há de mais modesto e verdadeiro em si e nas pessoas que ama. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) O amor é possível, sim. Pode até ser um momento extraordinário, mas é mais provável que se revele em sua simplicidade e rotina. Fortes inspirações para se apaixonar ou realizar algum trabalho em conjunto.
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Quarta de feriado tem Bienal de arte, rock pesado, festival nerd no MIS e desfile de 7 de setembro
BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 7 de setembro de 2016. Quarta-feira. Bom dia para você que hoje vai curtir o feriado! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Para pedalar | Normalmente abertas aos domingos, as ciclofaixas de lazer funcionam das 7h às 16h deste feriado. *Começa nesta quarta (7) a 32ª Bienal de São Paulo. Sob o tema "Incerteza Viva", a exposição teve investimento de R$ 25 milhões e reúne cerca de 330 obras de 81 artistas e coletivos, sendo a maioria mulheres. É recomendado separar ao menos duas horas para a visitação. Veja sugestões do "Guia" sobre o que visitar. Rock and roll | O Autódromo de Interlagos recebe o "Maximus Festival", com programação que conta com 11 bandas internacionais e quatro nacionais de rock pesado. Entre os destaques estão os alemães do "Rammstein" (que aparece tocando em "Triplo X" (2002), e o norte-americano Marilyn Manson. Do Brasil, apresentam-se grupos como Far From Alaska e Woslom. Ingressos custam de R$ 420 a R$ 800. Veja mais aqui. Nerds, uni-vos | O MIS promove o "Big Geek Day", evento que reúne palestras, oficinas, competições de game, shows, oficinas de cosplay e outras atividades ligadas à cultura pop. A programação também conta com sessões de filmes de fantasia e terror. O "Big Geek Day" acontece das 12h às 19h. Veja a programação completa aqui. Crianças | O Sesc Pompeia recebe a peça infantil "Zoo-ilógico", todos da Cia Truks. A trilogia e Zoo-ilógico fazem parte de uma série de espetáculos que utilizam a técnica de animação conhecida por teatro de objetos. O espetáculo tem início às 12h. Ingressos custam de R$ 5 a R$ 17. Saiba mais aqui. Filmes para ouvir | Tem início a oitava edição do festival In-Edit, mostra anual de documentários musicais. Um dos destaques é a produção "Eat that Question - Frank Zappa in His Own Words", que inaugura a mostra no CinSesc, às 20h30. No filme, o diretor alemão Thortsen Schütte reuniu entrevistas de Frank Zappa para emissoras de TV do mundo todo para construir um perfil do músico americano. Desfile | O sambódromo do Anhembi realiza, a partir das 9h, o Desfile Cívico-Militar em homenagem ao Dia da Independência. Jogão | O Palmeiras enfrenta São Paulo no Allianz Parque às 21h45 pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time alviverde encontra-se atualmente na 1ª posição da tabela. O tricolor ocupa a 12ª colocação. * PARA TER ASSUNTO Recepção | Recebida com rosas vermelhas por cerca de 80 simpatizantes e sob uma chuva fina e um final de tarde frio, a ex-presidente Dilma Rousseff desembarcou nessa terça (6) em Porto Alegre para descansar por pelo menos dois dias. Na mira | Procuradores que conduzem as apurações sobre perdas em investimentos dos maiores fundos de pensão do país planejam investigar também negócios das entidades no setor elétrico. Um dos alvos é a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. À distância | Sem delegado, SP cria flagrante on-line. Auto de prisão, com interrogatórios e depoimentos, agora pode ser feito por meio de videoconferência no Estado. Primeira experiência ocorreu no litoral norte; delegada determinou prisão via um monitor a 50 km de distância. Ficção científica | A Nasa está se preparando para lançar na próxima quinta-feira (8) sua primeira sonda capaz de recolher amostras de um asteroide. E não falta emoção à missão –o alvo escolhido tem um risco não negligenciável de colidir com a Terra na segunda metade do século 22. A Osiris-rex será lançada nesta quinta (8) e deverá voltar para a Terra com um pedaço do astro daqui a sete anos. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | O sol deve aparecer, ainda que com algumas nuvens, e a temperatura máxima não passa de 24ºC nesta quarta, segundo previsão da Climatempo. Liberado | O rodízio municipal de veículos fica suspenso durante esta quarta. Na quinta (8), a medida volta a entrar em vigor a partir das 7h. Centro | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona sul | A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan.
saopaulo
Quarta de feriado tem Bienal de arte, rock pesado, festival nerd no MIS e desfile de 7 de setembroBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 7 de setembro de 2016. Quarta-feira. Bom dia para você que hoje vai curtir o feriado! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Para pedalar | Normalmente abertas aos domingos, as ciclofaixas de lazer funcionam das 7h às 16h deste feriado. *Começa nesta quarta (7) a 32ª Bienal de São Paulo. Sob o tema "Incerteza Viva", a exposição teve investimento de R$ 25 milhões e reúne cerca de 330 obras de 81 artistas e coletivos, sendo a maioria mulheres. É recomendado separar ao menos duas horas para a visitação. Veja sugestões do "Guia" sobre o que visitar. Rock and roll | O Autódromo de Interlagos recebe o "Maximus Festival", com programação que conta com 11 bandas internacionais e quatro nacionais de rock pesado. Entre os destaques estão os alemães do "Rammstein" (que aparece tocando em "Triplo X" (2002), e o norte-americano Marilyn Manson. Do Brasil, apresentam-se grupos como Far From Alaska e Woslom. Ingressos custam de R$ 420 a R$ 800. Veja mais aqui. Nerds, uni-vos | O MIS promove o "Big Geek Day", evento que reúne palestras, oficinas, competições de game, shows, oficinas de cosplay e outras atividades ligadas à cultura pop. A programação também conta com sessões de filmes de fantasia e terror. O "Big Geek Day" acontece das 12h às 19h. Veja a programação completa aqui. Crianças | O Sesc Pompeia recebe a peça infantil "Zoo-ilógico", todos da Cia Truks. A trilogia e Zoo-ilógico fazem parte de uma série de espetáculos que utilizam a técnica de animação conhecida por teatro de objetos. O espetáculo tem início às 12h. Ingressos custam de R$ 5 a R$ 17. Saiba mais aqui. Filmes para ouvir | Tem início a oitava edição do festival In-Edit, mostra anual de documentários musicais. Um dos destaques é a produção "Eat that Question - Frank Zappa in His Own Words", que inaugura a mostra no CinSesc, às 20h30. No filme, o diretor alemão Thortsen Schütte reuniu entrevistas de Frank Zappa para emissoras de TV do mundo todo para construir um perfil do músico americano. Desfile | O sambódromo do Anhembi realiza, a partir das 9h, o Desfile Cívico-Militar em homenagem ao Dia da Independência. Jogão | O Palmeiras enfrenta São Paulo no Allianz Parque às 21h45 pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time alviverde encontra-se atualmente na 1ª posição da tabela. O tricolor ocupa a 12ª colocação. * PARA TER ASSUNTO Recepção | Recebida com rosas vermelhas por cerca de 80 simpatizantes e sob uma chuva fina e um final de tarde frio, a ex-presidente Dilma Rousseff desembarcou nessa terça (6) em Porto Alegre para descansar por pelo menos dois dias. Na mira | Procuradores que conduzem as apurações sobre perdas em investimentos dos maiores fundos de pensão do país planejam investigar também negócios das entidades no setor elétrico. Um dos alvos é a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. À distância | Sem delegado, SP cria flagrante on-line. Auto de prisão, com interrogatórios e depoimentos, agora pode ser feito por meio de videoconferência no Estado. Primeira experiência ocorreu no litoral norte; delegada determinou prisão via um monitor a 50 km de distância. Ficção científica | A Nasa está se preparando para lançar na próxima quinta-feira (8) sua primeira sonda capaz de recolher amostras de um asteroide. E não falta emoção à missão –o alvo escolhido tem um risco não negligenciável de colidir com a Terra na segunda metade do século 22. A Osiris-rex será lançada nesta quinta (8) e deverá voltar para a Terra com um pedaço do astro daqui a sete anos. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | O sol deve aparecer, ainda que com algumas nuvens, e a temperatura máxima não passa de 24ºC nesta quarta, segundo previsão da Climatempo. Liberado | O rodízio municipal de veículos fica suspenso durante esta quarta. Na quinta (8), a medida volta a entrar em vigor a partir das 7h. Centro | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona sul | A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan.
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Ford triplica investimento e quer carros populares sem motoristas
A Ford vai triplicar os investimentos em sistemas semi-autônomos, que auxiliam os motoristas em tarefas como dirigir com tráfego pesado ou estacionar o veículo. O anúncio foi feito no Mobile World Congress, uma das principais feiras de telefonia móvel que acontece até quinta-feira (25) em Barcelona. Mark Fields, executivo-chefe da companhia, não revelou o valor e nem a porcentagem que isso toma do orçamento de pesquisas da empresa, mas afirmou que pretende transformar a Ford de uma empresa de carros para uma empresa de "mobilidade". Entre as tecnologias que a empresa pretende aprimorar estão a "Traffic Jam Assist", que manobra, acelera e freia o carro automaticamente quando em situações de engarrafamento. A outra é a "Fully Active Park Assist", que fará todo o trabalho de baliza do motorista. A implementação das tecnologias deve acontecer em três anos. A empresa imagina a tecnologia presente em modelos populares no futuro."Quando o veículo autônomo da Ford for lançado será para atender as necessidades dos clientes, não apenas daqueles que compram carros de luxo", disse Fields. O discurso da Ford no MWC ressalta a crescente preocupação da indústria automotiva com empresas de tecnologia, como Google e Apple. Além da montadora americana, Mercedez e Volvo também farão anúncios no evento. O jornalista Bruno Romani viajou a convite da Qualcomm
tec
Ford triplica investimento e quer carros populares sem motoristasA Ford vai triplicar os investimentos em sistemas semi-autônomos, que auxiliam os motoristas em tarefas como dirigir com tráfego pesado ou estacionar o veículo. O anúncio foi feito no Mobile World Congress, uma das principais feiras de telefonia móvel que acontece até quinta-feira (25) em Barcelona. Mark Fields, executivo-chefe da companhia, não revelou o valor e nem a porcentagem que isso toma do orçamento de pesquisas da empresa, mas afirmou que pretende transformar a Ford de uma empresa de carros para uma empresa de "mobilidade". Entre as tecnologias que a empresa pretende aprimorar estão a "Traffic Jam Assist", que manobra, acelera e freia o carro automaticamente quando em situações de engarrafamento. A outra é a "Fully Active Park Assist", que fará todo o trabalho de baliza do motorista. A implementação das tecnologias deve acontecer em três anos. A empresa imagina a tecnologia presente em modelos populares no futuro."Quando o veículo autônomo da Ford for lançado será para atender as necessidades dos clientes, não apenas daqueles que compram carros de luxo", disse Fields. O discurso da Ford no MWC ressalta a crescente preocupação da indústria automotiva com empresas de tecnologia, como Google e Apple. Além da montadora americana, Mercedez e Volvo também farão anúncios no evento. O jornalista Bruno Romani viajou a convite da Qualcomm
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Maior parte das espécies de primatas corre risco de extinção
O parentesco próximo com o ser humano não tem sido suficiente para dar algum sossego às cerca de 500 espécies de primatas que existem mundo afora. Muito pelo contrário: 60% dos macacos, lêmures e companhia correm risco de sumir do mapa neste momento, e três quartos dessas espécies estão passando por declínios populacionais. As contas pouco animadoras foram feitas por uma equipe internacional de cientistas, entre os quais três brasileiros, e acabam de ser publicadas na revista "Science Advances". O grupo ainda mapeou quais são as principais ameaças aos primos da humanidade, advertindo que uma possível extinção em massa desses bichos pode ter efeitos para a nossa espécie. Entre outros serviços essenciais, os bichos ajudam a polinizar flores, a dispersar sementes e a abrir clareiras nas quais novas mudas de árvores podem germinar. Menos primatas, portanto, podem significar florestas menos saudáveis –o que, por sua vez, é uma má notícia para o abastecimento de água e a estabilidade do clima, fatores que têm forte elo com uma boa cobertura florestal. Quando se fala em diversidade de primatas, o Brasil está no topo da lista, com mais de cem espécies do grupo. Só Madagáscar, país-ilha da África Oriental, chega perto dessa abundância, enquanto o terceiro lugar cabe à Indonésia e o quarto, à República Democrática do Congo. Juntos, esses quatro países respondem por dois terços do número de espécies do planeta. Por enquanto, no que diz respeito à conservação, a situação do Brasil é menos feia do que a de outros países ricos em primatas: só uns 30% dos nossos macacos correm risco de desaparecer, contra quase 70% das espécies indonésias e quase 90% dos lêmures de Madagáscar. Por outro lado, muitos dos mesmos processos econômicos que estão colocando bonobos contra a parede no Congo e encurralando as populações de orangotangos em Bornéu também estão em plena ação nas florestas brasileiras, em especial na Amazônia. Os pesquisadores calculam que quase 80% das espécies de macacos e companhia estão perdendo seu habitat natural por conta da expansão da agricultura, 60% delas sofrem com a atividade madeireira e 31% dessas espécies estão sendo pressionadas pelo avanço da pecuária. Além disso, há a questão da caça. Regiões da África dilaceradas pela guerra civil, como o Congo, têm gorilas e chimpanzés abatidos para o consumo de sua carne, um problema que afeta 60% das espécies de primatas. É difícil encontrar macacos de grande e médio porte mesmo em áreas conservadas da mata atlântica brasileira, o que também sugere a continuidade da caça dessas espécies, segundo estudos recentes. E há, finalmente, a ameaça das mudanças climáticas, que pode afetar os habitats dos primatas de forma imprevisível e causar colapsos populacionais, já que são espécies de ciclo de vida relativamente lento e com mais dificuldade para se adaptar. Apesar dos riscos, os pesquisadores defendem que é possível ter otimismo em relação ao futuro dos primatas, desde que sejam tomadas ações claras para protegê-los. Para isso, argumentam eles, é essencial trabalhar junto com as populações locais das áreas de floresta tropical, encontrando alternativas econômicas para essas regiões que não envolvam a derrubada da mata ou a caça.
ambiente
Maior parte das espécies de primatas corre risco de extinçãoO parentesco próximo com o ser humano não tem sido suficiente para dar algum sossego às cerca de 500 espécies de primatas que existem mundo afora. Muito pelo contrário: 60% dos macacos, lêmures e companhia correm risco de sumir do mapa neste momento, e três quartos dessas espécies estão passando por declínios populacionais. As contas pouco animadoras foram feitas por uma equipe internacional de cientistas, entre os quais três brasileiros, e acabam de ser publicadas na revista "Science Advances". O grupo ainda mapeou quais são as principais ameaças aos primos da humanidade, advertindo que uma possível extinção em massa desses bichos pode ter efeitos para a nossa espécie. Entre outros serviços essenciais, os bichos ajudam a polinizar flores, a dispersar sementes e a abrir clareiras nas quais novas mudas de árvores podem germinar. Menos primatas, portanto, podem significar florestas menos saudáveis –o que, por sua vez, é uma má notícia para o abastecimento de água e a estabilidade do clima, fatores que têm forte elo com uma boa cobertura florestal. Quando se fala em diversidade de primatas, o Brasil está no topo da lista, com mais de cem espécies do grupo. Só Madagáscar, país-ilha da África Oriental, chega perto dessa abundância, enquanto o terceiro lugar cabe à Indonésia e o quarto, à República Democrática do Congo. Juntos, esses quatro países respondem por dois terços do número de espécies do planeta. Por enquanto, no que diz respeito à conservação, a situação do Brasil é menos feia do que a de outros países ricos em primatas: só uns 30% dos nossos macacos correm risco de desaparecer, contra quase 70% das espécies indonésias e quase 90% dos lêmures de Madagáscar. Por outro lado, muitos dos mesmos processos econômicos que estão colocando bonobos contra a parede no Congo e encurralando as populações de orangotangos em Bornéu também estão em plena ação nas florestas brasileiras, em especial na Amazônia. Os pesquisadores calculam que quase 80% das espécies de macacos e companhia estão perdendo seu habitat natural por conta da expansão da agricultura, 60% delas sofrem com a atividade madeireira e 31% dessas espécies estão sendo pressionadas pelo avanço da pecuária. Além disso, há a questão da caça. Regiões da África dilaceradas pela guerra civil, como o Congo, têm gorilas e chimpanzés abatidos para o consumo de sua carne, um problema que afeta 60% das espécies de primatas. É difícil encontrar macacos de grande e médio porte mesmo em áreas conservadas da mata atlântica brasileira, o que também sugere a continuidade da caça dessas espécies, segundo estudos recentes. E há, finalmente, a ameaça das mudanças climáticas, que pode afetar os habitats dos primatas de forma imprevisível e causar colapsos populacionais, já que são espécies de ciclo de vida relativamente lento e com mais dificuldade para se adaptar. Apesar dos riscos, os pesquisadores defendem que é possível ter otimismo em relação ao futuro dos primatas, desde que sejam tomadas ações claras para protegê-los. Para isso, argumentam eles, é essencial trabalhar junto com as populações locais das áreas de floresta tropical, encontrando alternativas econômicas para essas regiões que não envolvam a derrubada da mata ou a caça.
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Senador do PSDB pede fim de inquérito no caso Lava Jato
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que arquive sem aprofundar investigações o inquérito que o ministro Teori Zavascki determinou que fosse aberto no último dia 6 de março a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República). Segundo a PGR, havia indícios suficientes para a abertura do inquérito que deverá concluir se Anastasia foi ou não beneficiado pelo esquema de desvio de recursos montado na Petrobras. Um entregador de dinheiro controlado pelo doleiro Alberto Youssef, o agente de Polícia Federal Jayme de Oliveira Filho, o "Careca", disse no ano passado à força tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR), que no ano de 2010 entregou uma mala com dinheiro a mando de Youssef em Belo Horizonte (MG). Ao ver uma fotografia do senador tucano, que lhe foi apresentada pela PF, o agente disse que a pessoa da foto era "muito parecida" com "a que recebeu a mala enviada por Youssef". Oliveira Filho disse ainda que, após a entrega do dinheiro, observando os resultados eleitorais, concluiu que "o candidato que ganhou a eleição em Minas Gerais era a pessoa para quem" ele levou o dinheiro. Por outro lado, Youssef, em depoimento, afirmou que "nunca disse para entregar valores para Anastasia especificamente". Também negou conhecer Antonio Anastasia. Caso o ministro Zavascki recuse acolher o pedido de arquivamento, Anastasia solicitou que seu recurso seja julgado pela segunda turma do tribunal, formada por cinco ministros. O pedido foi protocolado pelos advogados Maurício de Oliveira Campos Júnior, que foi secretário no governo de Minas Gerais, e Eugênio Pacelli de Oliveira. Sobre as suspeitas levantadas por "Careca", Anastasia chamou de "inespecífica afirmação feita por pessoa destituída de mínima credibilidade". Afirmou ainda que a simples abertura do inquérito sobre Anastasia "é constrangimento enorme, que não será remediado pela constatação, sempre tardia, de que os fatos que a ensejaram jamais poderiam tê-la justificado". Os defensores do senador afirmaram ainda que a suspeita é "baseada em solitário e vazio depoimento". Na petição que enviou ao STF no último dia 3 de março, o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que "os elementos indicam que ao menos deve-se aprofundar as investigações, para se confirmar ou não a entrega das quantias, assim como confirmar ou descartar o envolvimento dos parlamentares envolvidos". Segundo a PGR, as investigações confirmaram "ao menos duas entregas [de dinheiro] em Minas Gerais", no dia 9 de maio, no valor de R$ 600 mil, e 13 de junho, no valor de R$ 270,4 mil. Janot defendeu ser "necessária a instauração de inquérito para aprofundar a investigação dos fatos". "Embora Alberto Youssef tenha negado que tivesse determinado a entrega especificamente para o atual senador Anastasia, confirmou que diversas empresas pediram a entrega de valores em Minas Gerais, decorrentes de 'caixa dois', e que eram indicados apenas o endereço e valor. Confirmou, ainda, que Jayme fez entregas, por sua ordem, a pessoa em Minas Gerais", informou a PGR ao STF. Para a defesa do senador, "pouco importa se 'Careca' esteve em Belo Horizonte para entrega de valor a alguém em 2010, não foi a Anastasia, então governador de Minas em exercício e candidato à reeleição, cuja notoriedade não admitiria dúvida até mesmo a quem não participasse do esquema de financiamento de campanha eleitoral, que dirá a um agente federal em desvio de conduta".
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Senador do PSDB pede fim de inquérito no caso Lava JatoO senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que arquive sem aprofundar investigações o inquérito que o ministro Teori Zavascki determinou que fosse aberto no último dia 6 de março a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República). Segundo a PGR, havia indícios suficientes para a abertura do inquérito que deverá concluir se Anastasia foi ou não beneficiado pelo esquema de desvio de recursos montado na Petrobras. Um entregador de dinheiro controlado pelo doleiro Alberto Youssef, o agente de Polícia Federal Jayme de Oliveira Filho, o "Careca", disse no ano passado à força tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR), que no ano de 2010 entregou uma mala com dinheiro a mando de Youssef em Belo Horizonte (MG). Ao ver uma fotografia do senador tucano, que lhe foi apresentada pela PF, o agente disse que a pessoa da foto era "muito parecida" com "a que recebeu a mala enviada por Youssef". Oliveira Filho disse ainda que, após a entrega do dinheiro, observando os resultados eleitorais, concluiu que "o candidato que ganhou a eleição em Minas Gerais era a pessoa para quem" ele levou o dinheiro. Por outro lado, Youssef, em depoimento, afirmou que "nunca disse para entregar valores para Anastasia especificamente". Também negou conhecer Antonio Anastasia. Caso o ministro Zavascki recuse acolher o pedido de arquivamento, Anastasia solicitou que seu recurso seja julgado pela segunda turma do tribunal, formada por cinco ministros. O pedido foi protocolado pelos advogados Maurício de Oliveira Campos Júnior, que foi secretário no governo de Minas Gerais, e Eugênio Pacelli de Oliveira. Sobre as suspeitas levantadas por "Careca", Anastasia chamou de "inespecífica afirmação feita por pessoa destituída de mínima credibilidade". Afirmou ainda que a simples abertura do inquérito sobre Anastasia "é constrangimento enorme, que não será remediado pela constatação, sempre tardia, de que os fatos que a ensejaram jamais poderiam tê-la justificado". Os defensores do senador afirmaram ainda que a suspeita é "baseada em solitário e vazio depoimento". Na petição que enviou ao STF no último dia 3 de março, o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que "os elementos indicam que ao menos deve-se aprofundar as investigações, para se confirmar ou não a entrega das quantias, assim como confirmar ou descartar o envolvimento dos parlamentares envolvidos". Segundo a PGR, as investigações confirmaram "ao menos duas entregas [de dinheiro] em Minas Gerais", no dia 9 de maio, no valor de R$ 600 mil, e 13 de junho, no valor de R$ 270,4 mil. Janot defendeu ser "necessária a instauração de inquérito para aprofundar a investigação dos fatos". "Embora Alberto Youssef tenha negado que tivesse determinado a entrega especificamente para o atual senador Anastasia, confirmou que diversas empresas pediram a entrega de valores em Minas Gerais, decorrentes de 'caixa dois', e que eram indicados apenas o endereço e valor. Confirmou, ainda, que Jayme fez entregas, por sua ordem, a pessoa em Minas Gerais", informou a PGR ao STF. Para a defesa do senador, "pouco importa se 'Careca' esteve em Belo Horizonte para entrega de valor a alguém em 2010, não foi a Anastasia, então governador de Minas em exercício e candidato à reeleição, cuja notoriedade não admitiria dúvida até mesmo a quem não participasse do esquema de financiamento de campanha eleitoral, que dirá a um agente federal em desvio de conduta".
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Grêmio vence o Juventude, mas fica fora da final do Gaúcho
Em jogo dramático, o Juventude eliminou o Grêmio neste domingo (24), na Arena do Grêmio, e está na final do Campeonato Gaúcho. Mesmo com derrota de 3 a 1, o Juventude avançou pelo gol marcado fora de casa —a equipe de Caxias havia vencido o jogo de ida por 2 a 0, na quinta-feira (21), em casa. Na final, o Juventude irá enfrentar o Internacional, que neste sábado (23) bateu o São José-RS por 1 a 0 e se classificou. O JOGO Empurrado pela torcida, o Grêmio abriu o placar logo aos 3 min de jogo com belo gol do meia Walace, que acertou chute de primeira de fora da área. No primeiro minuto do segundo tempo, o meia Giuliano ampliou para o time tricolor, mas Roberson descontou para a equipe visitante um minuto depois. O Grêmio ainda marcou o terceiro com Miller Bolaños, mas o resultado pouco adiantou. Nos últimos minutos, Hélder, do Juventude, foi expulso, mas a equipe conseguiu segurar a pressão gremista e avançou à final. Agora, o Grêmio passa a pensar apenas na Libertadores. Na quarta (27), a equipe tricolor receberá o Rosario Central, pelo jogo de ida das oitavas de final. INTERNACIONAL Na final, o Juventude irá enfrentar o Internacional, que neste sábado (23) bateu o São José-RS por 1 a 0 e se classificou. Fora de casa, o Inter teve dificuldades com o gramado sintético do estádio Passo D'areia, mas encontrou o gol da vitória com o zagueiro Ernando, aos 29 min do segundo tempo. No jogo de ida, as equipes empataram sem gols. A decisão do Gaúcho será realizada nos dois próximos domingos, com o Internacional, time de melhor campanha na soma de todas as fases, atuando na condição de mandante no segundo jogo, em 8 de maio. Atual pentacampeão, o Inter reencontra seu algoz na decisão de 1998, quando o Juventude conquistou seu único Estadual. Com Lancepress
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Grêmio vence o Juventude, mas fica fora da final do GaúchoEm jogo dramático, o Juventude eliminou o Grêmio neste domingo (24), na Arena do Grêmio, e está na final do Campeonato Gaúcho. Mesmo com derrota de 3 a 1, o Juventude avançou pelo gol marcado fora de casa —a equipe de Caxias havia vencido o jogo de ida por 2 a 0, na quinta-feira (21), em casa. Na final, o Juventude irá enfrentar o Internacional, que neste sábado (23) bateu o São José-RS por 1 a 0 e se classificou. O JOGO Empurrado pela torcida, o Grêmio abriu o placar logo aos 3 min de jogo com belo gol do meia Walace, que acertou chute de primeira de fora da área. No primeiro minuto do segundo tempo, o meia Giuliano ampliou para o time tricolor, mas Roberson descontou para a equipe visitante um minuto depois. O Grêmio ainda marcou o terceiro com Miller Bolaños, mas o resultado pouco adiantou. Nos últimos minutos, Hélder, do Juventude, foi expulso, mas a equipe conseguiu segurar a pressão gremista e avançou à final. Agora, o Grêmio passa a pensar apenas na Libertadores. Na quarta (27), a equipe tricolor receberá o Rosario Central, pelo jogo de ida das oitavas de final. INTERNACIONAL Na final, o Juventude irá enfrentar o Internacional, que neste sábado (23) bateu o São José-RS por 1 a 0 e se classificou. Fora de casa, o Inter teve dificuldades com o gramado sintético do estádio Passo D'areia, mas encontrou o gol da vitória com o zagueiro Ernando, aos 29 min do segundo tempo. No jogo de ida, as equipes empataram sem gols. A decisão do Gaúcho será realizada nos dois próximos domingos, com o Internacional, time de melhor campanha na soma de todas as fases, atuando na condição de mandante no segundo jogo, em 8 de maio. Atual pentacampeão, o Inter reencontra seu algoz na decisão de 1998, quando o Juventude conquistou seu único Estadual. Com Lancepress
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Grooveshark entra para a história, mas deve virar serviço de código aberto
No último dia 30 de abril, os usuários do Grooveshark acordaram de luto. O serviço de streaming de música abandonou a batalha contra a indústria fonográfica e fechou as portas, deixando para trás um acervo gigante e uma base importante de rádios virtuais e playlists. Ele, porém, já tinha o seu lugar na história dos serviços musicais. O site está para o streaming assim como o Napster está para o MP3 –nenhum dos dois criaram seus respectivos formatos de compartilhamento e consumo, mas foram fundamentais em sua popularização. O Grooveshark foi um dos primeiros sites a apostar no streaming ilimitado de músicas –o usuário escutava aquilo que queria quando queria. Fundado em 2007, surgiu apenas dois anos após a criação do YouTube – antes que o site de vídeos passasse a receber arquivos musicais em larga escala para quem quisesse ouvir. Nos EUA, serviços como Rhapsody e Pandora já permitiam streaming antes do Grooveshark. No Brasil, sites como a Usina do Som (fechado em 2005) e os grandes portais de internet também. Mas o modelo sempre foi mais parecido com o de rádio, no qual o usuário não tem total controle daquilo que escuta. Além disso, a maioria dos serviços tinha alcance limitado. Podiam estar disponíveis em alguns países, mas em outros não. O Spotify, por exemplo, foi fundado em 2008 e só chegou ao Brasil seis anos depois. O Grooveshark, ao contrário, funcionava na maioria dos países. A novidade no formato e a falta de concorrentes globais turbinaram o serviço. No começo desta década, reinava quase sozinho no mercado –chegou a ser eleito pela revista "Time" como um dos sites mais importantes de 2010. No Brasil, caiu no gosto de fãs de música e tecnologia. FRONTEIRA Junto com a popularidade, vieram os processos. Em 2011, teve início a batalha judicial que culminou com o fechamento do serviço. A empresa responsável, a Escape Media Group, poderia ser condenada a pagar US$ 736 milhões. Nem acordos extrajudiciais firmados em 2012 com gravadoras, como Sony e EMI, acalmaram a indústria fonográfica. Na carta de despedida no site, o Grooveshark admitiu alguns dos seus erros. "Apesar das melhores intenções, nós cometemos erros muito graves. Nós não conseguimos garantir o licenciamento de direitos autorais para grande quantidade das músicas no serviço", dizia trecho. A estrutura da plataforma, argumentava seus criadores, contribuía para a dificuldade no licenciamento. O Grooveshark era uma espécie de repositório gigante de canções. Seu catálogo era composto por aquilo que seus usuários carregassem nos seus servidores. Era como se cada um compartilhasse sua própria coleção de canções. Então, uma música sem licença removida um dia poderia ressurgir logo em seguida pelas mãos de outros usuários. O que pesou contra o Grooveshark é que, segundo as gravadoras, os próprios funcionários da companhia carregaram milhares de músicas, o que comprovaria sua intenção de oferecer determinadas canções. A acusação foi feita em 2011 pela Universal Music, e admitida em seguida por Paul Geller, vice-presidente de desenvolvimento de negócios do Grooveshark. Dessa maneira, operando na fronteira da ilegalidade, o Grooveshark também entra para a história como um dos últimos grandes serviços piratas de música. Claro, a pirataria não deixará de existir completamente, mas grandes serviços ligados a isso, como foi o Napster ou o Kazaa, parecem dar espaço a formas mais fragmentadas de obter arquivos musicais –como diferentes clientes do protocolo BitTorrent e sites e blogs obscuros. Além disso, o streaming pago, que existe também graças ao que o Grooveshark não fez, já consegue aliviar os efeitos da pirataria. Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), a pirataria de música foi praticamente eliminada na Noruega, por exemplo. O relatório do último mês de fevereiro mostra que apenas 4% das pessoas abaixo dos 30 anos baixaram músicas ilegalmente. Em 2009, o número era de 80%. No Brasil, o streaming já corresponde a 51% das vendas digitais, segundo a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco). Mesmo assim, a pressão contra serviços de streaming continua –a morte do Grooveshark serve para renovar as forças da indústria. Já há rumores de que gravadoras e até a Apple estão pressionando o Spotify a encerrar o seu modo gratuito. Os lucros com modelos pagos são grandes. No último mês de fevereiro, a consultoria Ernst & Young revelou que, na França, de cada € 9,99 pagos em assinaturas de serviços de streaming 73% da receita líquida (já descontados os impostos) vão para gravadoras; 16% para publishers e 11% para artistas. INDEPENDENTES A vitória das gravadoras, porém, foi uma derrota para artistas independentes. Bandas pequenas carregavam suas próprias músicas, o que permitia serem descobertos pelos serviços de recomendação e rádio. O fim do Grooveshark acaba com um grande acervo de música independente. Claro, artistas independentes podem carregar suas canções em serviços como SoundCloud e BandCamp, mas nenhum deles permite ser descoberto por fãs de artistas já consagrados. Outra opção é ter as músicas em serviços como Spotify e Deezer, mas isso normalmente é feito por empresas de distribuição que cobram taxas para levar um disco aos serviços. Um deles, o ONErpm, faz essa ponte gratuitamente, mas fica com 30% do faturamento resultante. No caso de plataformas de venda, como o iTunes, a empresa brasileira cobra R$ 75 por disco. RETORNO ABERTO Um dia após o fim do Grooveshark, uma pessoa identificada apenas como "Shark" disparou e-mails para diversos veículos americanos afirmando que tinha trazido o serviço de volta à vida no endereço grooveshark.io. Segundo as mensagens, ele teria feito backup de 90% do acervo do site original quando percebeu que ele poderia ser fechado. Nessa nova encarnação, é possível até baixar os arquivos. A Folha teve um contato rápido com "Shark". Ele afirmou que já teve que mudar de serviço de hospedagem quatro vezes desde o anúncio do retorno. Além disso, disse que recebeu tantas ofertas de ajuda de desenvolvedores independentes que tornará o Grooveshark um serviço de código aberto. "Temos certeza de que com a ajuda de talentosos desenvolvedores fãs de música de todo o mundo, o Grooveshark se tornará melhor e mais forte do que era", escreveu.
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Grooveshark entra para a história, mas deve virar serviço de código abertoNo último dia 30 de abril, os usuários do Grooveshark acordaram de luto. O serviço de streaming de música abandonou a batalha contra a indústria fonográfica e fechou as portas, deixando para trás um acervo gigante e uma base importante de rádios virtuais e playlists. Ele, porém, já tinha o seu lugar na história dos serviços musicais. O site está para o streaming assim como o Napster está para o MP3 –nenhum dos dois criaram seus respectivos formatos de compartilhamento e consumo, mas foram fundamentais em sua popularização. O Grooveshark foi um dos primeiros sites a apostar no streaming ilimitado de músicas –o usuário escutava aquilo que queria quando queria. Fundado em 2007, surgiu apenas dois anos após a criação do YouTube – antes que o site de vídeos passasse a receber arquivos musicais em larga escala para quem quisesse ouvir. Nos EUA, serviços como Rhapsody e Pandora já permitiam streaming antes do Grooveshark. No Brasil, sites como a Usina do Som (fechado em 2005) e os grandes portais de internet também. Mas o modelo sempre foi mais parecido com o de rádio, no qual o usuário não tem total controle daquilo que escuta. Além disso, a maioria dos serviços tinha alcance limitado. Podiam estar disponíveis em alguns países, mas em outros não. O Spotify, por exemplo, foi fundado em 2008 e só chegou ao Brasil seis anos depois. O Grooveshark, ao contrário, funcionava na maioria dos países. A novidade no formato e a falta de concorrentes globais turbinaram o serviço. No começo desta década, reinava quase sozinho no mercado –chegou a ser eleito pela revista "Time" como um dos sites mais importantes de 2010. No Brasil, caiu no gosto de fãs de música e tecnologia. FRONTEIRA Junto com a popularidade, vieram os processos. Em 2011, teve início a batalha judicial que culminou com o fechamento do serviço. A empresa responsável, a Escape Media Group, poderia ser condenada a pagar US$ 736 milhões. Nem acordos extrajudiciais firmados em 2012 com gravadoras, como Sony e EMI, acalmaram a indústria fonográfica. Na carta de despedida no site, o Grooveshark admitiu alguns dos seus erros. "Apesar das melhores intenções, nós cometemos erros muito graves. Nós não conseguimos garantir o licenciamento de direitos autorais para grande quantidade das músicas no serviço", dizia trecho. A estrutura da plataforma, argumentava seus criadores, contribuía para a dificuldade no licenciamento. O Grooveshark era uma espécie de repositório gigante de canções. Seu catálogo era composto por aquilo que seus usuários carregassem nos seus servidores. Era como se cada um compartilhasse sua própria coleção de canções. Então, uma música sem licença removida um dia poderia ressurgir logo em seguida pelas mãos de outros usuários. O que pesou contra o Grooveshark é que, segundo as gravadoras, os próprios funcionários da companhia carregaram milhares de músicas, o que comprovaria sua intenção de oferecer determinadas canções. A acusação foi feita em 2011 pela Universal Music, e admitida em seguida por Paul Geller, vice-presidente de desenvolvimento de negócios do Grooveshark. Dessa maneira, operando na fronteira da ilegalidade, o Grooveshark também entra para a história como um dos últimos grandes serviços piratas de música. Claro, a pirataria não deixará de existir completamente, mas grandes serviços ligados a isso, como foi o Napster ou o Kazaa, parecem dar espaço a formas mais fragmentadas de obter arquivos musicais –como diferentes clientes do protocolo BitTorrent e sites e blogs obscuros. Além disso, o streaming pago, que existe também graças ao que o Grooveshark não fez, já consegue aliviar os efeitos da pirataria. Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), a pirataria de música foi praticamente eliminada na Noruega, por exemplo. O relatório do último mês de fevereiro mostra que apenas 4% das pessoas abaixo dos 30 anos baixaram músicas ilegalmente. Em 2009, o número era de 80%. No Brasil, o streaming já corresponde a 51% das vendas digitais, segundo a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco). Mesmo assim, a pressão contra serviços de streaming continua –a morte do Grooveshark serve para renovar as forças da indústria. Já há rumores de que gravadoras e até a Apple estão pressionando o Spotify a encerrar o seu modo gratuito. Os lucros com modelos pagos são grandes. No último mês de fevereiro, a consultoria Ernst & Young revelou que, na França, de cada € 9,99 pagos em assinaturas de serviços de streaming 73% da receita líquida (já descontados os impostos) vão para gravadoras; 16% para publishers e 11% para artistas. INDEPENDENTES A vitória das gravadoras, porém, foi uma derrota para artistas independentes. Bandas pequenas carregavam suas próprias músicas, o que permitia serem descobertos pelos serviços de recomendação e rádio. O fim do Grooveshark acaba com um grande acervo de música independente. Claro, artistas independentes podem carregar suas canções em serviços como SoundCloud e BandCamp, mas nenhum deles permite ser descoberto por fãs de artistas já consagrados. Outra opção é ter as músicas em serviços como Spotify e Deezer, mas isso normalmente é feito por empresas de distribuição que cobram taxas para levar um disco aos serviços. Um deles, o ONErpm, faz essa ponte gratuitamente, mas fica com 30% do faturamento resultante. No caso de plataformas de venda, como o iTunes, a empresa brasileira cobra R$ 75 por disco. RETORNO ABERTO Um dia após o fim do Grooveshark, uma pessoa identificada apenas como "Shark" disparou e-mails para diversos veículos americanos afirmando que tinha trazido o serviço de volta à vida no endereço grooveshark.io. Segundo as mensagens, ele teria feito backup de 90% do acervo do site original quando percebeu que ele poderia ser fechado. Nessa nova encarnação, é possível até baixar os arquivos. A Folha teve um contato rápido com "Shark". Ele afirmou que já teve que mudar de serviço de hospedagem quatro vezes desde o anúncio do retorno. Além disso, disse que recebeu tantas ofertas de ajuda de desenvolvedores independentes que tornará o Grooveshark um serviço de código aberto. "Temos certeza de que com a ajuda de talentosos desenvolvedores fãs de música de todo o mundo, o Grooveshark se tornará melhor e mais forte do que era", escreveu.
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Ministro do STF arquiva inquérito que investigava Kassab e Controlar
O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou na quinta-feira (14) o arquivamento de um inquérito aberto para apurar a contratação da empresa Controlar, de inspeção veicular, pelo ministro Gilberto Kassab (PSD) enquanto ele era prefeito de São Paulo. Toffoli seguiu recomendação da PGR (Procuradoria-Geral da República), que não encontrou indícios de crimes cometidos por Kassab. "A jurisprudência desta corte assentou que o pronunciamento de arquivamento, em regra, deve ser acolhido sem que se questione ou se entre no mérito da avaliação deduzida pelo titular da ação penal", escreveu o ministro na decisão. "Como exposto, o Procurador-Geral da República requer o arquivamento do presente inquérito (...) por não haver indícios mínimos de que o Ministro de Estado Gilberto Kassab tenha praticado os supostos crimes que motivaram a sua instauração", afirmou Toffoli. A investigação foi aberta pela Polícia Civil de São Paulo e chegou ao Supremo em 2015, quando ele virou ministro de Estado no governo Dilma Rousseff. Enquanto prefeito, Kassab concedeu isenção, para os proprietários de automóveis, do pagamento da taxa de inspeção e manutenção de veículos em uso do município de São Paulo, e posterior pagamento de indenização à concessionária prestadora do serviço. Em São Paulo, Kassab foi absolvido pelo Tribunal de Justiça em uma ação do Ministério Público na qual foi acusado de beneficiar a Controlar. O entendimento foi que a Promotoria não conseguiu comprovar que os atos do ex-prefeito violaram a lei. Sobre o arquivamento, a defesa de Kassab informou que, "como já havia absolvição criminal anterior, entendeu-se que os demais reflexos de investigação deveriam seguir para o mesmo caminho".
cotidiano
Ministro do STF arquiva inquérito que investigava Kassab e ControlarO ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou na quinta-feira (14) o arquivamento de um inquérito aberto para apurar a contratação da empresa Controlar, de inspeção veicular, pelo ministro Gilberto Kassab (PSD) enquanto ele era prefeito de São Paulo. Toffoli seguiu recomendação da PGR (Procuradoria-Geral da República), que não encontrou indícios de crimes cometidos por Kassab. "A jurisprudência desta corte assentou que o pronunciamento de arquivamento, em regra, deve ser acolhido sem que se questione ou se entre no mérito da avaliação deduzida pelo titular da ação penal", escreveu o ministro na decisão. "Como exposto, o Procurador-Geral da República requer o arquivamento do presente inquérito (...) por não haver indícios mínimos de que o Ministro de Estado Gilberto Kassab tenha praticado os supostos crimes que motivaram a sua instauração", afirmou Toffoli. A investigação foi aberta pela Polícia Civil de São Paulo e chegou ao Supremo em 2015, quando ele virou ministro de Estado no governo Dilma Rousseff. Enquanto prefeito, Kassab concedeu isenção, para os proprietários de automóveis, do pagamento da taxa de inspeção e manutenção de veículos em uso do município de São Paulo, e posterior pagamento de indenização à concessionária prestadora do serviço. Em São Paulo, Kassab foi absolvido pelo Tribunal de Justiça em uma ação do Ministério Público na qual foi acusado de beneficiar a Controlar. O entendimento foi que a Promotoria não conseguiu comprovar que os atos do ex-prefeito violaram a lei. Sobre o arquivamento, a defesa de Kassab informou que, "como já havia absolvição criminal anterior, entendeu-se que os demais reflexos de investigação deveriam seguir para o mesmo caminho".
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Semana em SP tem Anna Muylaert, Tattoo Week e bailarinos japoneses
BRUNO SORAGGI DE SÃO PAULO SEGUNDA | TERÇA | QUARTA | QUINTA | SEXTA | SÁBADO DOMINGO Metamorfose mutante | Chega ao fim a exposição com trabalhos do ex-mutante Arnaldo Dias Baptista. A mostra "Transmigração", com curadoria de Márcio Harum, traz desenhos, pinturas e colagens. Às 20h40, será exibido o documentário "Loki", sobre a vida do músico. Caixa Cultural São Paulo. Pça. da Sé, 111, Sé, região central, tel. 3321-4400. Ter. a dom.: 9h às 19h. Até 17/7. Livre. GRÁTIS * SEGUNDA Segunda à recifense | "Toda Segunda É Dia de Big Band" é o projeto realizado pelo Commune Coletivo Teatral no qual são apresentados shows de grupos instrumentais de diferentes estilos musicais —em todo primeiro dia útil da semana. Desta vez, sobe ao palco o grupo Orquestra Fervo da Vila, que propõe uma conexão com o frevo, ritmo do carnaval recifense. Commune Coletivo Teatral. R. da Consolação, 1.218, Consolação, tel. 3476-0792. Seg.: 21h. Ingr.: R$ 20. * TERÇA Fazendo a guitarra cantar | Quatro vezes premiado no Grammy, o jazzista Larry Carlton, que já acompanhou artistas como Michael Jackson, apresenta músicas de sua carreira solo —sempre pilotando sua guitarra Gibson 1969. Bourbon Street Music Club. R. dos Chanés, 127, Indianópolis, região sul, tel. 5095-6100. 580 lugares. Ter. (19): 21h30. 90 min. 18 anos. Couv. art.: R$ 190 a R$ 270 (1º lote). CC: todos. Valet (R$ 25). * QUARTA Mulheres dirigindo | Com sessão de "Mãe Só Há Uma", filme da cineasta paulistana Anna Muylaert, tem início o 11º Festival de Cinema Latino-Americano de SP. A mostra, que segue até o dia 27/7 em diversas salas de cinema da cidade, terá sessões de 118 filmes e programação que destaca cineastas femininas —45% das produções exibidas são dirigidas por mulheres. A sessão inaugural ocorre às 20h30 no Memorial da América Latina. Veja a programação aqui * QUINTA Primavera, verão, outono e inverno | O festival As 4 Estações leva à Casa das Caldeiras o grupo Camerata Latino Americana, que interpreta a obra mais conhecida de Vivaldi —a mesma que dá nome ao evento. A música será acompanhada por projeção visual que simula a passagem das estações. Até o próximo domingo (24). Veja mais em festival4estacoes.com.br. Casa das Caldeiras. Av. Francisco Matarazzo, 2.000, Água Branca, região oeste, tel. 3873-6696. 1.200 pessoas. Qui.: 19h às 22h. Sáb.: 17h às 23h. Livre. GRÁTIS * SEXTA A pele que risco | O Expo Center Norte recebe a feira Tattoo Week. O evento, voltado para o universo da tatuagem e piercings, abre as portas ao público às 12h. A programação vai até domingo (24), com expositores de estúdios de tatuagem, workshops, discotecagem (João Gordo assume a trilha sonora às 16h do sábado) e concurso de "miss tattoo". Veja a programação completa em tattooweek.com.br * SÁBADO Terra do sol dançante | Em coreografia do japonês Ushio Amagatsu, referência no gênero butô, oito bailarinos da companhia Sankai Juku incorporam figuras andróginas no espetáculo "Meguri". A obra faz referência aos ciclos da vida, "eternizados" nas pegadas na areia sobre o palco. Teatro Alfa. R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 1.118 lugares. Sáb.: 20h. 80 min. Livre. Ingr.: R$ 50 a R$ 180. CC: AE, D, M e V. Estac. (R$ 29) ou valet (R$ 40). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br
saopaulo
Semana em SP tem Anna Muylaert, Tattoo Week e bailarinos japonesesBRUNO SORAGGI DE SÃO PAULO SEGUNDA | TERÇA | QUARTA | QUINTA | SEXTA | SÁBADO DOMINGO Metamorfose mutante | Chega ao fim a exposição com trabalhos do ex-mutante Arnaldo Dias Baptista. A mostra "Transmigração", com curadoria de Márcio Harum, traz desenhos, pinturas e colagens. Às 20h40, será exibido o documentário "Loki", sobre a vida do músico. Caixa Cultural São Paulo. Pça. da Sé, 111, Sé, região central, tel. 3321-4400. Ter. a dom.: 9h às 19h. Até 17/7. Livre. GRÁTIS * SEGUNDA Segunda à recifense | "Toda Segunda É Dia de Big Band" é o projeto realizado pelo Commune Coletivo Teatral no qual são apresentados shows de grupos instrumentais de diferentes estilos musicais —em todo primeiro dia útil da semana. Desta vez, sobe ao palco o grupo Orquestra Fervo da Vila, que propõe uma conexão com o frevo, ritmo do carnaval recifense. Commune Coletivo Teatral. R. da Consolação, 1.218, Consolação, tel. 3476-0792. Seg.: 21h. Ingr.: R$ 20. * TERÇA Fazendo a guitarra cantar | Quatro vezes premiado no Grammy, o jazzista Larry Carlton, que já acompanhou artistas como Michael Jackson, apresenta músicas de sua carreira solo —sempre pilotando sua guitarra Gibson 1969. Bourbon Street Music Club. R. dos Chanés, 127, Indianópolis, região sul, tel. 5095-6100. 580 lugares. Ter. (19): 21h30. 90 min. 18 anos. Couv. art.: R$ 190 a R$ 270 (1º lote). CC: todos. Valet (R$ 25). * QUARTA Mulheres dirigindo | Com sessão de "Mãe Só Há Uma", filme da cineasta paulistana Anna Muylaert, tem início o 11º Festival de Cinema Latino-Americano de SP. A mostra, que segue até o dia 27/7 em diversas salas de cinema da cidade, terá sessões de 118 filmes e programação que destaca cineastas femininas —45% das produções exibidas são dirigidas por mulheres. A sessão inaugural ocorre às 20h30 no Memorial da América Latina. Veja a programação aqui * QUINTA Primavera, verão, outono e inverno | O festival As 4 Estações leva à Casa das Caldeiras o grupo Camerata Latino Americana, que interpreta a obra mais conhecida de Vivaldi —a mesma que dá nome ao evento. A música será acompanhada por projeção visual que simula a passagem das estações. Até o próximo domingo (24). Veja mais em festival4estacoes.com.br. Casa das Caldeiras. Av. Francisco Matarazzo, 2.000, Água Branca, região oeste, tel. 3873-6696. 1.200 pessoas. Qui.: 19h às 22h. Sáb.: 17h às 23h. Livre. GRÁTIS * SEXTA A pele que risco | O Expo Center Norte recebe a feira Tattoo Week. O evento, voltado para o universo da tatuagem e piercings, abre as portas ao público às 12h. A programação vai até domingo (24), com expositores de estúdios de tatuagem, workshops, discotecagem (João Gordo assume a trilha sonora às 16h do sábado) e concurso de "miss tattoo". Veja a programação completa em tattooweek.com.br * SÁBADO Terra do sol dançante | Em coreografia do japonês Ushio Amagatsu, referência no gênero butô, oito bailarinos da companhia Sankai Juku incorporam figuras andróginas no espetáculo "Meguri". A obra faz referência aos ciclos da vida, "eternizados" nas pegadas na areia sobre o palco. Teatro Alfa. R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 1.118 lugares. Sáb.: 20h. 80 min. Livre. Ingr.: R$ 50 a R$ 180. CC: AE, D, M e V. Estac. (R$ 29) ou valet (R$ 40). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br
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Decisão do Cade pode deixar TV paga até R$ 5 mais cara por assinatura
Os pacotes de TV por assinatura podem ficar até R$ 5 mais caros caso o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprove, nesta quarta-feira (11), a criação de uma empresa formada pelas emissoras de TV SBT, Record e RedeTV!. Batizada inicialmente de Newco, essa parceria foi criada em meados de 2015 entre Silvio Santos (SBT), Edir Macedo (Record) e Amilcare Dallevo Jr.(RedeTV!). e já tinha aprovação prévia da Secretaria-Geral do Cade. Com a nova legislação da TV paga, as emissoras passaram a ter o direito de cobrar por seus canais abertos nos pacotes de TV fechada. Juntos, SBT, Record e RedeTV! dizem que teriam mais poder de negociação com gigantes como Net e Sky. A parceria não seria um cartel, como afirmam as teles, porque também prevê "economias de custo" na produção de conteúdo para a TV paga. Inicialmente, o Cade não viu problemas na iniciativa. Mas as teles recorreram afirmando que a Newco é um "cartel disfarçado, que faz venda casada". As operadoras de TV paga afirmam que não poderiam comprar os canais separadamente. Em fevereiro, a conselheira do Cade Cristiane Schmidt analisou o recurso, concordou com as operadoras de TV paga e recomendou que a operação fosse revogada. O voto causou constrangimento e obrigou o conselheiro Alexandre Macedo a pensar em "remédios". A Folha apurou que, inicialmente, a ideia era propor que a Newco fosse criada para produção em conjunto de programação para a TV paga. Os canais abertos teriam de ser negociados separadamente pelas emissoras, como já fazem Globo e Bandeirantes. Essa proposta foi descartada e, até a conclusão desta edição, a ideia era propor que houvesse a livre negociação de preço de canais abertos com Net e Sky, líderes da TV paga. O preço fechado nessas negociações valeria para operadores com mais de 5% do total de clientes (Vivo e Oi). As empresas menores carregariam sem custo. Se a proposta não for decidida hoje, o Cade pode estourar o prazo definido em lei para uma solução. Voltaria então a vigorar a decisão inicial da Superintendência-Geral. RECEITA EXTRA As teles afirmam que o preço sugerido pela Newco varia de R$ 2 a R$ 5 por cliente, o que daria uma receita de cerca de R$ 360 milhões por mês. Esse custo seria repassado para os clientes. Hoje, cerca de 17% dos pacotes no setor contam basicamente com canais abertos. Se não houver acordo, as emissoras poderão negar o carregamento de seus canais, o que lhes daria poder de barganha, já que, sem eles, o cliente poderia cancelar o contrato com a operadora. SBT, Record e RedeTV! dizem que são responsáveis pela maior parte da audiência na TV paga e, nos canais abertos, estão perdendo receita publicitária. A estratégia de juntar forças seria legítima para preservar o negócio em um mercado liderado pela Globo.
mercado
Decisão do Cade pode deixar TV paga até R$ 5 mais cara por assinaturaOs pacotes de TV por assinatura podem ficar até R$ 5 mais caros caso o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprove, nesta quarta-feira (11), a criação de uma empresa formada pelas emissoras de TV SBT, Record e RedeTV!. Batizada inicialmente de Newco, essa parceria foi criada em meados de 2015 entre Silvio Santos (SBT), Edir Macedo (Record) e Amilcare Dallevo Jr.(RedeTV!). e já tinha aprovação prévia da Secretaria-Geral do Cade. Com a nova legislação da TV paga, as emissoras passaram a ter o direito de cobrar por seus canais abertos nos pacotes de TV fechada. Juntos, SBT, Record e RedeTV! dizem que teriam mais poder de negociação com gigantes como Net e Sky. A parceria não seria um cartel, como afirmam as teles, porque também prevê "economias de custo" na produção de conteúdo para a TV paga. Inicialmente, o Cade não viu problemas na iniciativa. Mas as teles recorreram afirmando que a Newco é um "cartel disfarçado, que faz venda casada". As operadoras de TV paga afirmam que não poderiam comprar os canais separadamente. Em fevereiro, a conselheira do Cade Cristiane Schmidt analisou o recurso, concordou com as operadoras de TV paga e recomendou que a operação fosse revogada. O voto causou constrangimento e obrigou o conselheiro Alexandre Macedo a pensar em "remédios". A Folha apurou que, inicialmente, a ideia era propor que a Newco fosse criada para produção em conjunto de programação para a TV paga. Os canais abertos teriam de ser negociados separadamente pelas emissoras, como já fazem Globo e Bandeirantes. Essa proposta foi descartada e, até a conclusão desta edição, a ideia era propor que houvesse a livre negociação de preço de canais abertos com Net e Sky, líderes da TV paga. O preço fechado nessas negociações valeria para operadores com mais de 5% do total de clientes (Vivo e Oi). As empresas menores carregariam sem custo. Se a proposta não for decidida hoje, o Cade pode estourar o prazo definido em lei para uma solução. Voltaria então a vigorar a decisão inicial da Superintendência-Geral. RECEITA EXTRA As teles afirmam que o preço sugerido pela Newco varia de R$ 2 a R$ 5 por cliente, o que daria uma receita de cerca de R$ 360 milhões por mês. Esse custo seria repassado para os clientes. Hoje, cerca de 17% dos pacotes no setor contam basicamente com canais abertos. Se não houver acordo, as emissoras poderão negar o carregamento de seus canais, o que lhes daria poder de barganha, já que, sem eles, o cliente poderia cancelar o contrato com a operadora. SBT, Record e RedeTV! dizem que são responsáveis pela maior parte da audiência na TV paga e, nos canais abertos, estão perdendo receita publicitária. A estratégia de juntar forças seria legítima para preservar o negócio em um mercado liderado pela Globo.
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Tensão política reduz apostas de que Selic cairá a partir de 2016
As taxas de juros negociadas pelo mercado tiveram forte alta nesta quarta-feira (4), um dia depois de o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter devolvido ao governo a medida provisória que mexia na desoneração da folha de pagamento das empresas. As taxas de juros previstas para janeiro de 2016, que refletem o que vai ocorrer até o final deste ano, saltaram de 13,11% para 13,24% ao ano. Isso significa que aumentou a aposta de duas altas de 0,5 ponto percentual na taxa básica, a Selic, incluindo a de ontem. Até então, era maior o contingente dos que viam um aumento de 0,5 ponto percentual (confirmada nesta quartam, quando a taxa foi para 12,75%) seguido por outro de 0,25 ponto. Também subiram os juros para janeiro de 2017, que sinalizam as preocupações com 2016. A taxa foi de 12,87% para 13,05%, indicando que ficou mais distante uma redução nos juros em 2016. Para 2021, os juros foram de 12,43% para 12,54%.
mercado
Tensão política reduz apostas de que Selic cairá a partir de 2016As taxas de juros negociadas pelo mercado tiveram forte alta nesta quarta-feira (4), um dia depois de o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter devolvido ao governo a medida provisória que mexia na desoneração da folha de pagamento das empresas. As taxas de juros previstas para janeiro de 2016, que refletem o que vai ocorrer até o final deste ano, saltaram de 13,11% para 13,24% ao ano. Isso significa que aumentou a aposta de duas altas de 0,5 ponto percentual na taxa básica, a Selic, incluindo a de ontem. Até então, era maior o contingente dos que viam um aumento de 0,5 ponto percentual (confirmada nesta quartam, quando a taxa foi para 12,75%) seguido por outro de 0,25 ponto. Também subiram os juros para janeiro de 2017, que sinalizam as preocupações com 2016. A taxa foi de 12,87% para 13,05%, indicando que ficou mais distante uma redução nos juros em 2016. Para 2021, os juros foram de 12,43% para 12,54%.
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O que revela a falta de mulheres no governo Temer?
Quando assumiu a presidência interina da República, Michel Temer já havia formado seu governo há alguns dias. Mesmo se a lista de ministros não era mais surpresa, nesta quinta-feira (12) a falta de diversidade de gênero chamou a atenção e se tornou alvo de críticas. A imagem de Dilma Rousseff durante seu discurso ao deixar o cargo, cercada de colaboradores, boa parte deles mulheres, destoa do governo que tomou posse poucas horas mais tarde. A foto que ilustra a equipe de Michel Temer revela que todos os 21 ministros nomeados pelo presidente são homens, em uma configuração que não era vista no Brasil desde o governo de Ernerso Geisel, nos anos 1970. "É bastante simbólico. Com o lema 'Ordem e Progresso', que poderia ser chamado de 'Ordem e Regresso', esse governo é um verdadeiro retrocesso", ironiza a professora de direito econômico da FMU e membro da associação Artemis para o direito das mulheres."Não ter ministras é como fechar as portas para aquilo que lutamos desde os anos 1970", comenta a advogada, que também nota a falta de diversidade étnica em um governo que, segundo ela, "não representa o Brasil". Dilma sofreu o que um homem não sofreria em seu lugar A questão da presença de mulheres na política brasileira e o sexismo camuflado por essa ausência não é novidade no país. No entanto, o tema vem sendo levantado com mais frequência por militantes desde a eleição de Dilma Rousseff, antes mesmo do processo de impeachment. "Desde o começo do mandato ou até durante a campanha ela sofreu agressões que um homem não sofreria no lugar dela", afirma Luise Bello, gerente de conteúdo da ONG feminista Think Olga. Para ela, esse não é um fenômeno que começou por causa do processo de impeachment, mais foi potencializado por ele."Dilma foi vítima de ofensas que são pessoais e com uma ironia muito forte", ressalta Luise, lembrando o episódio de uma capa da revista "Isto É", ilustrada com imagem de uma presidente aparentemente nervosa. "A matéria dizia basicamente que ela é uma pessoa descontrolada, que tem acessos de fúria e ataques de raiva, algo típico do princípio conhecido como Gaslighting, que consiste em afirmar que as mulheres são loucas, muito passionais, emocionais ou fora de controle", explica a jovem. Mas no caso de Dilma, por trás dessa ironia, segundo a militante, a mídia de oposição faz uso de estratégias machistas para atingir a presidente. MOBILIZAÇÃO O tema chegou a ser lembrado durante o voto do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. A ex-preifeita de São Paulo, Luiza Erundina, do PT, disse que era contra a destituição "pelo empoderamento das mulheres". Já Jean Wyllys, do PSOL, qualificou o processo de"farsa sexista". Para Louise, as declarações são carregadas de simbolismo, "principalmente em um momento em que olhamos para uma Câmara tomada por homens. As mulheres e outras minorias não encontram espaço nesses lugares". O problema, de acordo com a militante feminista, é que "há uma negação em relação ao machismo no Brasil. Acham sempre que é exagero e que, se fosse um homem, seria a mesma coisa". No caso dos ataques visando Dilma, a virulência dos comentários chocou inclusive organizações internacionais, como as Nações Unidas. Em março, a ONU Mulheres no Brasil divulgou uma nota na qual condenou os ofensas de ordem sexista contra a chefe de Estado. "Nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem ou justificar a banalização da violência de gênero", explicou à RFI a representante da entidade em Brasília, Nadine Gasman."Identificamos coisas extremamente agressivas nas redes sociais, que mostravam um grau muito importante de misoginia. Isso passa para todas as mulheres uma mensagem de que é arriscado estar em uma posição de poder", analisa. "A sociedade tem ainda que trabalhar e evoluir para olhar as mulheres como iguais em todos os âmbitos, incluindo a política", afirma a representante das Nações Unidas. Enquanto isso não acontece, a foto do novo governo brasileiro continua sendo um desfile de ternos cinzas e muita testosterona.
mulher
O que revela a falta de mulheres no governo Temer?Quando assumiu a presidência interina da República, Michel Temer já havia formado seu governo há alguns dias. Mesmo se a lista de ministros não era mais surpresa, nesta quinta-feira (12) a falta de diversidade de gênero chamou a atenção e se tornou alvo de críticas. A imagem de Dilma Rousseff durante seu discurso ao deixar o cargo, cercada de colaboradores, boa parte deles mulheres, destoa do governo que tomou posse poucas horas mais tarde. A foto que ilustra a equipe de Michel Temer revela que todos os 21 ministros nomeados pelo presidente são homens, em uma configuração que não era vista no Brasil desde o governo de Ernerso Geisel, nos anos 1970. "É bastante simbólico. Com o lema 'Ordem e Progresso', que poderia ser chamado de 'Ordem e Regresso', esse governo é um verdadeiro retrocesso", ironiza a professora de direito econômico da FMU e membro da associação Artemis para o direito das mulheres."Não ter ministras é como fechar as portas para aquilo que lutamos desde os anos 1970", comenta a advogada, que também nota a falta de diversidade étnica em um governo que, segundo ela, "não representa o Brasil". Dilma sofreu o que um homem não sofreria em seu lugar A questão da presença de mulheres na política brasileira e o sexismo camuflado por essa ausência não é novidade no país. No entanto, o tema vem sendo levantado com mais frequência por militantes desde a eleição de Dilma Rousseff, antes mesmo do processo de impeachment. "Desde o começo do mandato ou até durante a campanha ela sofreu agressões que um homem não sofreria no lugar dela", afirma Luise Bello, gerente de conteúdo da ONG feminista Think Olga. Para ela, esse não é um fenômeno que começou por causa do processo de impeachment, mais foi potencializado por ele."Dilma foi vítima de ofensas que são pessoais e com uma ironia muito forte", ressalta Luise, lembrando o episódio de uma capa da revista "Isto É", ilustrada com imagem de uma presidente aparentemente nervosa. "A matéria dizia basicamente que ela é uma pessoa descontrolada, que tem acessos de fúria e ataques de raiva, algo típico do princípio conhecido como Gaslighting, que consiste em afirmar que as mulheres são loucas, muito passionais, emocionais ou fora de controle", explica a jovem. Mas no caso de Dilma, por trás dessa ironia, segundo a militante, a mídia de oposição faz uso de estratégias machistas para atingir a presidente. MOBILIZAÇÃO O tema chegou a ser lembrado durante o voto do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. A ex-preifeita de São Paulo, Luiza Erundina, do PT, disse que era contra a destituição "pelo empoderamento das mulheres". Já Jean Wyllys, do PSOL, qualificou o processo de"farsa sexista". Para Louise, as declarações são carregadas de simbolismo, "principalmente em um momento em que olhamos para uma Câmara tomada por homens. As mulheres e outras minorias não encontram espaço nesses lugares". O problema, de acordo com a militante feminista, é que "há uma negação em relação ao machismo no Brasil. Acham sempre que é exagero e que, se fosse um homem, seria a mesma coisa". No caso dos ataques visando Dilma, a virulência dos comentários chocou inclusive organizações internacionais, como as Nações Unidas. Em março, a ONU Mulheres no Brasil divulgou uma nota na qual condenou os ofensas de ordem sexista contra a chefe de Estado. "Nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem ou justificar a banalização da violência de gênero", explicou à RFI a representante da entidade em Brasília, Nadine Gasman."Identificamos coisas extremamente agressivas nas redes sociais, que mostravam um grau muito importante de misoginia. Isso passa para todas as mulheres uma mensagem de que é arriscado estar em uma posição de poder", analisa. "A sociedade tem ainda que trabalhar e evoluir para olhar as mulheres como iguais em todos os âmbitos, incluindo a política", afirma a representante das Nações Unidas. Enquanto isso não acontece, a foto do novo governo brasileiro continua sendo um desfile de ternos cinzas e muita testosterona.
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O momento é de ação
Empresários, como todos os cidadãos, têm suas preferências políticas. Num cenário de desalento, como o atual, essas predileções passam a um segundo plano. Mais importante, agora, é recolocar o país no rumo. Seja qual for o desfecho da crise que envolve governo e Congresso, o Brasil precisa voltar a ter estabilidade para trabalhar e perspectivas para crescer. Neste momento, é necessário olhar para o mundo político em Brasília e dizer: chega. A verdade é que o imbróglio em que alguns homens públicos se envolveram está atrapalhando o país. Eles devem resolver rapidamente seus problemas, o Brasil não aguenta mais tanta paralisia. A economia está parada, enquanto espera a solução da crise política. Sofre, também, os reflexos negativos de decisões equivocadas da política econômica. Ninguém sabe como os assuntos de Estado vão se desenrolar no ano que vem. Não é somente por falta de bola de cristal, mas por completa ausência de parâmetros para análise. Nesse ambiente de incertezas, fica muito mais complicado recuperar a economia. Empreendedores demandam um mínimo de previsibilidade para abrir ou ampliar negócios. Não é à toa que os investimentos no Brasil estão andando para trás há nove trimestres consecutivos. Como alguém pode pensar em elevar a produção num cenário tão confuso e sem perspectivas? Os Estados estão quebrados, e 17 deles não têm dinheiro nem mesmo para pagar o 13º salário dos servidores. Com crônicos problemas orçamentários, estão recorrendo a recursos que não lhes pertencem, como depósitos judiciais. Além disso, vêm aumentando tributos, como o ICMS, e taxas, sem que a população tenha inteira consciência dessas medidas assustadoras. A situação é muito ruim: 2015 foi perdido e, sem o restabelecimento geral da confiança, 2016 seguirá pelo mesmo caminho. Segundo as projeções da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o PIB (Produto Interno Bruto) deve cair 3,3% neste ano e 2,6% no próximo. Serão três anos seguidos de contração, o que indica a mais profunda e prolongada recessão da República. Setor que mais vem sofrendo prejuízos, a indústria deve ter queda de 6,4%, seguida por contração de 4,5%. A participação do segmento de transformação no PIB pode chegar a ser inferior a 10%, indicador insuficiente para países do grau de desenvolvimento do Brasil. A taxa de desemprego média anual ficará em torno de 11%, uma péssima notícia sob todos os pontos de vista. O Estado precisa, com urgência, superar seus desajustes para começar a reverter esse quadro negativo. Passamos um ano inteiro discutindo iniciativas para restaurar, minimamente, o equilíbrio fiscal. Ainda que a tarefa tivesse obtido sucesso, o que não ocorreu, isso estaria longe de ser o suficiente. Precisamos adotar medidas que melhorem o ambiente de negócios e estimulem a competitividade dos produtos nacionais. Entidades empresariais, como a CNI, partidos políticos e economistas independentes já apresentaram diversas propostas para remover os obstáculos. Agora é hora de tirá-las do papel. O momento é de ação, não de procrastinação. A partir de 2016, o Brasil precisará fazer as reformas necessárias para retomar a via do desenvolvimento econômico e social. Do contrário, nosso futuro acabará se revelando tão duro quanto o presente. Não podemos deixar que isso ocorra. Já provamos que somos capazes de construir um país mais próspero e justo. Com trabalho, persistência e confiança, vamos voltar a crescer. ROBSON BRAGA DE ANDRADE, 67, é empresário e presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
O momento é de açãoEmpresários, como todos os cidadãos, têm suas preferências políticas. Num cenário de desalento, como o atual, essas predileções passam a um segundo plano. Mais importante, agora, é recolocar o país no rumo. Seja qual for o desfecho da crise que envolve governo e Congresso, o Brasil precisa voltar a ter estabilidade para trabalhar e perspectivas para crescer. Neste momento, é necessário olhar para o mundo político em Brasília e dizer: chega. A verdade é que o imbróglio em que alguns homens públicos se envolveram está atrapalhando o país. Eles devem resolver rapidamente seus problemas, o Brasil não aguenta mais tanta paralisia. A economia está parada, enquanto espera a solução da crise política. Sofre, também, os reflexos negativos de decisões equivocadas da política econômica. Ninguém sabe como os assuntos de Estado vão se desenrolar no ano que vem. Não é somente por falta de bola de cristal, mas por completa ausência de parâmetros para análise. Nesse ambiente de incertezas, fica muito mais complicado recuperar a economia. Empreendedores demandam um mínimo de previsibilidade para abrir ou ampliar negócios. Não é à toa que os investimentos no Brasil estão andando para trás há nove trimestres consecutivos. Como alguém pode pensar em elevar a produção num cenário tão confuso e sem perspectivas? Os Estados estão quebrados, e 17 deles não têm dinheiro nem mesmo para pagar o 13º salário dos servidores. Com crônicos problemas orçamentários, estão recorrendo a recursos que não lhes pertencem, como depósitos judiciais. Além disso, vêm aumentando tributos, como o ICMS, e taxas, sem que a população tenha inteira consciência dessas medidas assustadoras. A situação é muito ruim: 2015 foi perdido e, sem o restabelecimento geral da confiança, 2016 seguirá pelo mesmo caminho. Segundo as projeções da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o PIB (Produto Interno Bruto) deve cair 3,3% neste ano e 2,6% no próximo. Serão três anos seguidos de contração, o que indica a mais profunda e prolongada recessão da República. Setor que mais vem sofrendo prejuízos, a indústria deve ter queda de 6,4%, seguida por contração de 4,5%. A participação do segmento de transformação no PIB pode chegar a ser inferior a 10%, indicador insuficiente para países do grau de desenvolvimento do Brasil. A taxa de desemprego média anual ficará em torno de 11%, uma péssima notícia sob todos os pontos de vista. O Estado precisa, com urgência, superar seus desajustes para começar a reverter esse quadro negativo. Passamos um ano inteiro discutindo iniciativas para restaurar, minimamente, o equilíbrio fiscal. Ainda que a tarefa tivesse obtido sucesso, o que não ocorreu, isso estaria longe de ser o suficiente. Precisamos adotar medidas que melhorem o ambiente de negócios e estimulem a competitividade dos produtos nacionais. Entidades empresariais, como a CNI, partidos políticos e economistas independentes já apresentaram diversas propostas para remover os obstáculos. Agora é hora de tirá-las do papel. O momento é de ação, não de procrastinação. A partir de 2016, o Brasil precisará fazer as reformas necessárias para retomar a via do desenvolvimento econômico e social. Do contrário, nosso futuro acabará se revelando tão duro quanto o presente. Não podemos deixar que isso ocorra. Já provamos que somos capazes de construir um país mais próspero e justo. Com trabalho, persistência e confiança, vamos voltar a crescer. ROBSON BRAGA DE ANDRADE, 67, é empresário e presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Em protesto, caminhoneiro tenta melhorar sua vida e o país, diz leitor
O caminhoneiro autônomo procura, em seu protesto, tanto melhorar sua vida como o país. Ele é o maior prejudicado, pois não é funcionário público, que recebe pelos dias em que ficou parado. Durante a greve, não fatura e tem que pagar prestação do caminhão, combustível, despesas com a família e outras. Enfrenta o governo, a Polícia Rodoviária e a insatisfação de parte da população. Todos devemos trabalhar para a saída desse governo corrupto e incompetente. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Em protesto, caminhoneiro tenta melhorar sua vida e o país, diz leitorO caminhoneiro autônomo procura, em seu protesto, tanto melhorar sua vida como o país. Ele é o maior prejudicado, pois não é funcionário público, que recebe pelos dias em que ficou parado. Durante a greve, não fatura e tem que pagar prestação do caminhão, combustível, despesas com a família e outras. Enfrenta o governo, a Polícia Rodoviária e a insatisfação de parte da população. Todos devemos trabalhar para a saída desse governo corrupto e incompetente. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Holandeses depredam fonte em Roma e prefeito fala em 'cidade devastada'
O centro de Roma foi palco de confrontos nesta quinta-feira (19) entre os torcedores do Feyenoord, da Holanda, e a polícia local. Os holandeses foram acompanhar a partida contra a Roma, terminada em 1 a 1, pela Liga Europa. Por diversas vezes, os hooligans e os agentes entraram em confronto na Piazza di Spagna e, em um deles, um grupo de holandeses chegou a lançar sinalizadores e garrafas contra as forças de segurança. A fonte "Barcaccia" –que acabou de passar por uma restauração completa– foi bastante afetada e já apresenta rachaduras e pequenas áreas do mármore quebradas. Pelo menos 23 torcedores foram presos. "Roma devastada e ferida. Estou em contato com o prefeito e o Embaixador da Holanda. Isso não termina aqui", escreveu no Twitter o prefeito de Roma, Ignazio Marino. A situação foi tão grave que a maior parte do comércio e dos restaurantes do centro da capital italiana foram obrigados a fechar para evitar danos ainda maiores. Segundo eles, as lojas estavam sendo saqueadas pelos torcedores, que pegavam bebidas e saíam sem pagar. Na noite de quarta-feira (18), 33 holandeses já tinham sido detidos, dos quais 23 permanecem presos, depois de uma confusão na praça Campo de' Fiori.
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Holandeses depredam fonte em Roma e prefeito fala em 'cidade devastada'O centro de Roma foi palco de confrontos nesta quinta-feira (19) entre os torcedores do Feyenoord, da Holanda, e a polícia local. Os holandeses foram acompanhar a partida contra a Roma, terminada em 1 a 1, pela Liga Europa. Por diversas vezes, os hooligans e os agentes entraram em confronto na Piazza di Spagna e, em um deles, um grupo de holandeses chegou a lançar sinalizadores e garrafas contra as forças de segurança. A fonte "Barcaccia" –que acabou de passar por uma restauração completa– foi bastante afetada e já apresenta rachaduras e pequenas áreas do mármore quebradas. Pelo menos 23 torcedores foram presos. "Roma devastada e ferida. Estou em contato com o prefeito e o Embaixador da Holanda. Isso não termina aqui", escreveu no Twitter o prefeito de Roma, Ignazio Marino. A situação foi tão grave que a maior parte do comércio e dos restaurantes do centro da capital italiana foram obrigados a fechar para evitar danos ainda maiores. Segundo eles, as lojas estavam sendo saqueadas pelos torcedores, que pegavam bebidas e saíam sem pagar. Na noite de quarta-feira (18), 33 holandeses já tinham sido detidos, dos quais 23 permanecem presos, depois de uma confusão na praça Campo de' Fiori.
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Trump anuncia Rex Tillerson como secretário de Estado dos EUA
Donald Trump pode ter iniciado uma guerra ao anunciar nesta terça-feira (13) seu secretário de Estado, o presidente da ExxonMobil, Rex Tillerson, visto como amigável demais à Rússia para o gosto de Washington. Tillerson, 64, foi selecionado para cuidar da pasta de maior prestígio do governo americano, atualmente sob a guarda de John Kerry, e pela qual já passaram de Thomas Jefferson (1790-93) a Hillary Clinton (2009-13). É uma potencial dor de cabeça para o presidente eleito, já que o Senado precisa ratificar suas indicações para o primeiro escalão. O Congresso tem maioria republicana, mas caciques republicanos como os senadores John McCain (Arizona) e Marco Rubio (Flórida) já sinalizaram que não pretendem estender a faixa de boas-vindas a Tillerson. Até aliados de primeira hora têm problema com o chanceler de Trump. Na autobiografia "Going Rogue" (2009), a ex-governadora do Alasca Sarah Palin criticou o falcão do petróleo ("a gente chamava ele de T-Rex"). A estrela do movimento Tea Party bateu de frente com a indústria, "e a Exxon parecia particularmente hostil" à perda de espaço, escreveu. Tillerson é executivo-chefe da sexta maior companhia em faturamento do mundo, de acordo com a lista das 500 maiores corporações da "Fortune" —entre as petroleiras, só perde para a estatal China National Petroleum. A receita de US$ 246 bilhões supera o PIB de países como Portugal e Chile. Mas a Exxon tem bilhões de dólares em suspenso, por parcerias com a Rússia que não podem ir para a frente desde que os EUA impôs sanções ao país pela anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014. Como chanceler, Tillerson poderia mexer os pauzinhos para ajudar a empresa para a qual serviu por quatro décadas, após pegar seu diploma de engenharia na Universidade do Texas. É o que temem membros do partido do presidente. Se já é de esperar que democratas tentem barrar Tillerson, o apoio de uma ala republicana poderia sepultar a participação de Tillerson na próxima gestão. "Ser um 'amigo do Vladimir' não é um atributo que espero de um secretário de Estado", tuitou Rubio, ex-rival de Trump nas prévias partidárias, três dias antes da nomeação ser selada. Rubio Em entrevista à CBS, McCain reforçou a má impressão. "Obviamente, eles [Putin e Tillerson] fecharam negócios enormes juntos, e isso iria contaminar sua abordagem de Putin e a ameaça russa." O CAMINHO A chancela de Tillerson funcionará assim: primeiro ele será investigado por vários departamentos, do FBI à Receita Federal. Depois, seu nome irá para o Comitê de Relações Exteriores do Senado, que pode convocá-lo para audiências e pôr sob escrutínio seus laços com a Rússia. São 19 membros —10 deles republicanos. Supondo que o bloco democrata vote unido contra Tillerson, bastaria um "vira-casaca" do outro lado para barrar sua nomeação. Rubio poderia ser essa voz contrária. Governo Trump Com Tillerson formalmente indicado, o senador lhe prometeu uma sabatina "ampla e justa", mas reiterou seu receio a vê-lo no posto. "O próximo secretário de Estado deve ser alguém que vê o mundo com clareza moral e seja livre de potencial conflito de interesses." Se o empresário conseguir ganhar o carimbo do comitê, ainda precisa de maioria simples no Senado (51 de 100 votos). A partir de janeiro, quando o processo acontece, os republicanos terão 52 cadeiras. Bastaria três "fogos amigos", e Tillerson já era (isso se democratas sejam unânimes no repúdio a ele, o que também não é garantia). RELAÇÕES EUA-RÚSSIA A relação entre Washington e Moscou vive o pior momento desde a Guerra Fria, mas a geleira diplomática pode derreter assim que Trump assumir a Casa Branca. O presidente eleito já deu reiteradas demonstrações públicas de afeto a Putin. Ele defende um diálogo construtivo com o presidente russo, acusados por vários órgãos de inteligência americanos de orquestrar ciberataques (como os e-mails de democratas vazados para o WikiLeaks) e, assim, interferir nas eleições dos EUA —alguns deles, como a CIA, acreditam que o fez para favorecer Trump. Trump já contrapôs o estilo "durão" do líder russo à "fraqueza" de Barack Obama, um presidente incapaz de fazer com que o mundo respeite os EUA, em sua opinião. Como pessoa privada, tuitou em 2013, quando sediou seu Miss Universo em Moscou: "Será que Putin vai? Caso sim, ele vai virar meu melhor amigo?" (ele não foi, mas mandou um presente). Tillerson "seria a escolha número um de Putin", afirmou o campeão de xadrez Garry Kasparov, que lançou, que em 2015, o livro "Winter is Coming" (o inverno está chegando). O título usa uma frase de "Game of Thrones", série que narra uma sangrenta e fictícia luta por poder, para fazer uma crítica aberta à Rússia sob comando do ex-agente da KGB. "Ele recebeu a Ordem da Amizade, verdade. Assim como o ex-arcebispo da Igreja Anglicana e um ex-primeiro-ministro do Canadá. Se esses dois são espiões da KGB, então o mundo realmente está lascado", relativizou o historiador Timothy Stanley, em artigo para a CNN. PÂNTANO O site progressista Mother Jones destaca que Tillerson "é outro membro do pântano", em alusão à panelinha que Trump prometeu esconjurar da política. Dos vários nomes que o presidente eleito cogitou para o posto —do ex-presidenciável Mitt Romney ao ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani—, poucos geraram tanto azedume político quanto o do executivo. Nenhum dos cargos que já ocupou foi no setor público —é executivo-chefe da Exxon desde 2006, após 31 anos de casa, e chefiou os Escoteiros da América entre 2010 e 2012. Mas é bem relacionado nos bastidores do poder. Chegou à Trump Tower, sede da equipe de transição, sob recomendação de Condoleezza Rice, secretária de Estado na gestão George W. Bush. Também tem a simpatia de Robert Gates, ex-chefe da pasta de Defesa nos governos Bush e Barack Obama. Os dois hoje trabalham com consultoria, e a Exxon seria um dos clientes, segundo o site Politico. "Então Tillerson paga Gates e Rice por 'consultoria', seja lá o que isso quer dizer, e em troca eles o recomendam a Trump. Bem-vindos ao pântano, senhoras e senhores", diz o Mother Jones. Outros veem a formação como ponto positivo. Suzanne Maloney, ex-funcionária da Exxon e hoje diretora de política externa no think-tank Brookings, de Washington, é desse time. "Camaradas do petróleo sabem: qualquer um que dirige projetos multibilionários, por décadas, precisa de um entendimento profundo e flexível do contexto político", tuitou. Trump defendeu sua escolha em comunicado: "A carreira de Rex Tillerson é a personificação do sonho americano. Por meio de trabalho árduo, dedicação e bons negócios, Rex subiu na hierarquia para se tornar o CEO da ExxonMobil. Ele sabe como gerenciar uma empresa global, o que é crucial para gerenciar uma Secretaria de Estado". Sarah Palin tentou apaziguar o medo sobre um "revival" da Guerra Fria. "A Rússia está saindo do controle? É o que dizem os derrotados. Não se preocupem Lembrem-se que posso ficar de olho neles", tuitou no domingo (11). Em uma de suas gafes mais memoráveis da campanha de 2008, na qual foi vice do presidenciável John McCain, tentou despistar sua inexperiência em política externa afirmando que conhecia bem os russos, já que "você pode ver a Rússia daqui do Alasca". INTERIOR Trump também bateu o martelo para o Departamento do Interior, segundo a mídia americana: o deputado Ryan Zinke (Montana), ex-comandante nos Seals (força especial da Marinha dos EUA). A pasta supervisiona a exploração de petróleo em terras nacionais. Zinke é conhecido por votar contra pontos da agenda ambientalista no Congresso.
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Trump anuncia Rex Tillerson como secretário de Estado dos EUADonald Trump pode ter iniciado uma guerra ao anunciar nesta terça-feira (13) seu secretário de Estado, o presidente da ExxonMobil, Rex Tillerson, visto como amigável demais à Rússia para o gosto de Washington. Tillerson, 64, foi selecionado para cuidar da pasta de maior prestígio do governo americano, atualmente sob a guarda de John Kerry, e pela qual já passaram de Thomas Jefferson (1790-93) a Hillary Clinton (2009-13). É uma potencial dor de cabeça para o presidente eleito, já que o Senado precisa ratificar suas indicações para o primeiro escalão. O Congresso tem maioria republicana, mas caciques republicanos como os senadores John McCain (Arizona) e Marco Rubio (Flórida) já sinalizaram que não pretendem estender a faixa de boas-vindas a Tillerson. Até aliados de primeira hora têm problema com o chanceler de Trump. Na autobiografia "Going Rogue" (2009), a ex-governadora do Alasca Sarah Palin criticou o falcão do petróleo ("a gente chamava ele de T-Rex"). A estrela do movimento Tea Party bateu de frente com a indústria, "e a Exxon parecia particularmente hostil" à perda de espaço, escreveu. Tillerson é executivo-chefe da sexta maior companhia em faturamento do mundo, de acordo com a lista das 500 maiores corporações da "Fortune" —entre as petroleiras, só perde para a estatal China National Petroleum. A receita de US$ 246 bilhões supera o PIB de países como Portugal e Chile. Mas a Exxon tem bilhões de dólares em suspenso, por parcerias com a Rússia que não podem ir para a frente desde que os EUA impôs sanções ao país pela anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014. Como chanceler, Tillerson poderia mexer os pauzinhos para ajudar a empresa para a qual serviu por quatro décadas, após pegar seu diploma de engenharia na Universidade do Texas. É o que temem membros do partido do presidente. Se já é de esperar que democratas tentem barrar Tillerson, o apoio de uma ala republicana poderia sepultar a participação de Tillerson na próxima gestão. "Ser um 'amigo do Vladimir' não é um atributo que espero de um secretário de Estado", tuitou Rubio, ex-rival de Trump nas prévias partidárias, três dias antes da nomeação ser selada. Rubio Em entrevista à CBS, McCain reforçou a má impressão. "Obviamente, eles [Putin e Tillerson] fecharam negócios enormes juntos, e isso iria contaminar sua abordagem de Putin e a ameaça russa." O CAMINHO A chancela de Tillerson funcionará assim: primeiro ele será investigado por vários departamentos, do FBI à Receita Federal. Depois, seu nome irá para o Comitê de Relações Exteriores do Senado, que pode convocá-lo para audiências e pôr sob escrutínio seus laços com a Rússia. São 19 membros —10 deles republicanos. Supondo que o bloco democrata vote unido contra Tillerson, bastaria um "vira-casaca" do outro lado para barrar sua nomeação. Rubio poderia ser essa voz contrária. Governo Trump Com Tillerson formalmente indicado, o senador lhe prometeu uma sabatina "ampla e justa", mas reiterou seu receio a vê-lo no posto. "O próximo secretário de Estado deve ser alguém que vê o mundo com clareza moral e seja livre de potencial conflito de interesses." Se o empresário conseguir ganhar o carimbo do comitê, ainda precisa de maioria simples no Senado (51 de 100 votos). A partir de janeiro, quando o processo acontece, os republicanos terão 52 cadeiras. Bastaria três "fogos amigos", e Tillerson já era (isso se democratas sejam unânimes no repúdio a ele, o que também não é garantia). RELAÇÕES EUA-RÚSSIA A relação entre Washington e Moscou vive o pior momento desde a Guerra Fria, mas a geleira diplomática pode derreter assim que Trump assumir a Casa Branca. O presidente eleito já deu reiteradas demonstrações públicas de afeto a Putin. Ele defende um diálogo construtivo com o presidente russo, acusados por vários órgãos de inteligência americanos de orquestrar ciberataques (como os e-mails de democratas vazados para o WikiLeaks) e, assim, interferir nas eleições dos EUA —alguns deles, como a CIA, acreditam que o fez para favorecer Trump. Trump já contrapôs o estilo "durão" do líder russo à "fraqueza" de Barack Obama, um presidente incapaz de fazer com que o mundo respeite os EUA, em sua opinião. Como pessoa privada, tuitou em 2013, quando sediou seu Miss Universo em Moscou: "Será que Putin vai? Caso sim, ele vai virar meu melhor amigo?" (ele não foi, mas mandou um presente). Tillerson "seria a escolha número um de Putin", afirmou o campeão de xadrez Garry Kasparov, que lançou, que em 2015, o livro "Winter is Coming" (o inverno está chegando). O título usa uma frase de "Game of Thrones", série que narra uma sangrenta e fictícia luta por poder, para fazer uma crítica aberta à Rússia sob comando do ex-agente da KGB. "Ele recebeu a Ordem da Amizade, verdade. Assim como o ex-arcebispo da Igreja Anglicana e um ex-primeiro-ministro do Canadá. Se esses dois são espiões da KGB, então o mundo realmente está lascado", relativizou o historiador Timothy Stanley, em artigo para a CNN. PÂNTANO O site progressista Mother Jones destaca que Tillerson "é outro membro do pântano", em alusão à panelinha que Trump prometeu esconjurar da política. Dos vários nomes que o presidente eleito cogitou para o posto —do ex-presidenciável Mitt Romney ao ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani—, poucos geraram tanto azedume político quanto o do executivo. Nenhum dos cargos que já ocupou foi no setor público —é executivo-chefe da Exxon desde 2006, após 31 anos de casa, e chefiou os Escoteiros da América entre 2010 e 2012. Mas é bem relacionado nos bastidores do poder. Chegou à Trump Tower, sede da equipe de transição, sob recomendação de Condoleezza Rice, secretária de Estado na gestão George W. Bush. Também tem a simpatia de Robert Gates, ex-chefe da pasta de Defesa nos governos Bush e Barack Obama. Os dois hoje trabalham com consultoria, e a Exxon seria um dos clientes, segundo o site Politico. "Então Tillerson paga Gates e Rice por 'consultoria', seja lá o que isso quer dizer, e em troca eles o recomendam a Trump. Bem-vindos ao pântano, senhoras e senhores", diz o Mother Jones. Outros veem a formação como ponto positivo. Suzanne Maloney, ex-funcionária da Exxon e hoje diretora de política externa no think-tank Brookings, de Washington, é desse time. "Camaradas do petróleo sabem: qualquer um que dirige projetos multibilionários, por décadas, precisa de um entendimento profundo e flexível do contexto político", tuitou. Trump defendeu sua escolha em comunicado: "A carreira de Rex Tillerson é a personificação do sonho americano. Por meio de trabalho árduo, dedicação e bons negócios, Rex subiu na hierarquia para se tornar o CEO da ExxonMobil. Ele sabe como gerenciar uma empresa global, o que é crucial para gerenciar uma Secretaria de Estado". Sarah Palin tentou apaziguar o medo sobre um "revival" da Guerra Fria. "A Rússia está saindo do controle? É o que dizem os derrotados. Não se preocupem Lembrem-se que posso ficar de olho neles", tuitou no domingo (11). Em uma de suas gafes mais memoráveis da campanha de 2008, na qual foi vice do presidenciável John McCain, tentou despistar sua inexperiência em política externa afirmando que conhecia bem os russos, já que "você pode ver a Rússia daqui do Alasca". INTERIOR Trump também bateu o martelo para o Departamento do Interior, segundo a mídia americana: o deputado Ryan Zinke (Montana), ex-comandante nos Seals (força especial da Marinha dos EUA). A pasta supervisiona a exploração de petróleo em terras nacionais. Zinke é conhecido por votar contra pontos da agenda ambientalista no Congresso.
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Leitora comenta reportagem sobre novo livro de José Sarney
O livro de José Sarney "O Solar dos Tarquínios" pode bem confirmar os discursos do padre Antônio Vieira sobre a gente do Maranhão ("Sarney e a família que não consegue morrer", "Ilustrada", 27/4). Já a queixa do digníssimo autor, dizendo que não leram e não gostaram de seus livros, pode ser resolvida se os juízes condenarem réus de pequenos delitos à leitura obrigatória de toda a obra. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitora comenta reportagem sobre novo livro de José SarneyO livro de José Sarney "O Solar dos Tarquínios" pode bem confirmar os discursos do padre Antônio Vieira sobre a gente do Maranhão ("Sarney e a família que não consegue morrer", "Ilustrada", 27/4). Já a queixa do digníssimo autor, dizendo que não leram e não gostaram de seus livros, pode ser resolvida se os juízes condenarem réus de pequenos delitos à leitura obrigatória de toda a obra. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Jogadores e torcedores projetam duelo tenso entre Santos e Palmeiras
Oficializado com a classificação do Palmeiras às semifinais do Paulista nesta segunda (18), o confronto entre a equipe alviverde e o Santos já ganha contornos de tensão. Foram diversos os momentos de nervosismo nos encontros entre os dois times em 2015: a suposta trombada de Fernando Prass em Ricardo Oliveira enquanto este concedia entrevista; as trocas de acusações de deslealdade; a careta do centroavante santista; as máscaras provocativas dos jogadores palmeirenses quando o título da Copa do Brasil foi conquistado; as provocações de palmeirenses a Lucas Lima nas redes sociais (que teria sido "colocado no bolso" por Matheus Sales), e as respostas do meia, que continuam até hoje –quando o Palmeiras foi goleado pelo Água Santa, ele escreveu: "tudo isso mesmo? Hahaha." Todos os protagonistas das rusgas criadas nos últimos confrontos entre Palmeiras e Santos continuam nos clubes e deverão estar em campo no fim de semana (ainda não estão definidos o dia e o horário do duelo). O meia palmeirense Dudu, pivô de uma das animosidades ao ser provocado por Ricardo Oliveira quando perdeu pênalti na final do Paulista de 2015, admitiu nesta segunda que o duelo provavelmente será nervoso. "Criou uma rivalidade muito grande, e agora vamos nos encontrar de novo. Mas estamos preparados, vamos treinar e descansar para chegar lá na Vila [Belmiro] e ganhar", disse, ainda no gramado. Ele também comentou as provocações de Lucas Lima nas redes sociais e devolveu na mesma moeda: "eles [santistas] estavam jogando só o Paulista, então tinham tempo para falar besteira". Gabriel Jesus procurou contemporizar. "A rivalidade foi formada no ano passado. Temos que jogar o nosso futebol e manter a sequência boa", afirmou. "Espero um grande jogo. A rivalidade se acirrou muito no último ano, e não tinha como ser diferente, com duas decisões [Paulista e Copa do Brasil], e da maneira que foi, com quatro jogos de altíssima intensidade. No domingo, teremos mais um capítulo", disse o goleiro, que, com um sorriso constrangido, classificou sua relação com Ricardo Oliveira como "normal". Ao fim do jogo, a torcida cantou "Santos do c..., lugar de peixe é dentro do aquário", e uma torcedora apareceu no telão com a placa "vamos comer peixe frito", deixando claro que o novo capítulo da rivalidade ainda está fresco na memória dos torcedores. No programa "Bem Amigos", do SporTV, Lucas Lima também falou sobre a rivalidade. "Quanto às provocações, eu acho que é uma coisa normal. Eu particularmente brinco, mas sei separar muito bem as coisas. Eles vêm brincar no meu Twitter, e eu respondo para alegrar um pouquinho a galera", disse nesta segunda. Com Lancepress
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Jogadores e torcedores projetam duelo tenso entre Santos e PalmeirasOficializado com a classificação do Palmeiras às semifinais do Paulista nesta segunda (18), o confronto entre a equipe alviverde e o Santos já ganha contornos de tensão. Foram diversos os momentos de nervosismo nos encontros entre os dois times em 2015: a suposta trombada de Fernando Prass em Ricardo Oliveira enquanto este concedia entrevista; as trocas de acusações de deslealdade; a careta do centroavante santista; as máscaras provocativas dos jogadores palmeirenses quando o título da Copa do Brasil foi conquistado; as provocações de palmeirenses a Lucas Lima nas redes sociais (que teria sido "colocado no bolso" por Matheus Sales), e as respostas do meia, que continuam até hoje –quando o Palmeiras foi goleado pelo Água Santa, ele escreveu: "tudo isso mesmo? Hahaha." Todos os protagonistas das rusgas criadas nos últimos confrontos entre Palmeiras e Santos continuam nos clubes e deverão estar em campo no fim de semana (ainda não estão definidos o dia e o horário do duelo). O meia palmeirense Dudu, pivô de uma das animosidades ao ser provocado por Ricardo Oliveira quando perdeu pênalti na final do Paulista de 2015, admitiu nesta segunda que o duelo provavelmente será nervoso. "Criou uma rivalidade muito grande, e agora vamos nos encontrar de novo. Mas estamos preparados, vamos treinar e descansar para chegar lá na Vila [Belmiro] e ganhar", disse, ainda no gramado. Ele também comentou as provocações de Lucas Lima nas redes sociais e devolveu na mesma moeda: "eles [santistas] estavam jogando só o Paulista, então tinham tempo para falar besteira". Gabriel Jesus procurou contemporizar. "A rivalidade foi formada no ano passado. Temos que jogar o nosso futebol e manter a sequência boa", afirmou. "Espero um grande jogo. A rivalidade se acirrou muito no último ano, e não tinha como ser diferente, com duas decisões [Paulista e Copa do Brasil], e da maneira que foi, com quatro jogos de altíssima intensidade. No domingo, teremos mais um capítulo", disse o goleiro, que, com um sorriso constrangido, classificou sua relação com Ricardo Oliveira como "normal". Ao fim do jogo, a torcida cantou "Santos do c..., lugar de peixe é dentro do aquário", e uma torcedora apareceu no telão com a placa "vamos comer peixe frito", deixando claro que o novo capítulo da rivalidade ainda está fresco na memória dos torcedores. No programa "Bem Amigos", do SporTV, Lucas Lima também falou sobre a rivalidade. "Quanto às provocações, eu acho que é uma coisa normal. Eu particularmente brinco, mas sei separar muito bem as coisas. Eles vêm brincar no meu Twitter, e eu respondo para alegrar um pouquinho a galera", disse nesta segunda. Com Lancepress
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Palmeiras no alto da gangorra
Não fosse pela besteira de alguns de seus torcedores e o Palmeiras estaria com dois pontos de vantagem sobre o Inter na liderança do Brasileirão, porque teria vencido o Coritiba no meio da semana se os sinalizadores não o atrapalhassem e acabassem por causar o empate nos acréscimos. Anteontem o Palmeiras passou tranquilo pelo Santa Cruz e amanhã deve repetir a dose contra o América na 10ª rodada que levará o Inter ao Paraná para enfrentar exatamente o Coritiba. Dirá o corintiano que o 3 a 1 palmeirense sobre o Santinha foi igual ao do Corinthians sobre o Botafogo, mas não foi. O Alvinegro sofreu para vencer o time carioca mais fraco que o pernambucano e parece viver inferno astral, depois de perder Felipe para o Porto, o homenageado Tite para a CBF, e Elias, Walter e Cássio para o departamento médico, com o Galo pela frente depois de amanhã, no Mineirão. Recém-chegado, Cristóvão Borges merecia melhor sorte. Quem não mereceu a sorte que teve foi o São Paulo no empate 2 a 2 com o Flamengo, dominado pelos cariocas e abençoado por bola na trave e pênalti perdido já nos acréscimos. A gangorra do Brasileirão tem um candidato a se firmar no topo enquanto os demais continuarão no sobe e desce. Este candidato se chama Palmeiras. PEDRA CANTADA Assim que o Brasil ganhou dos Estados Unidos o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, com o Rio de Janeiro de Sérgio Cabral Filho superando a Chicago de Barack Obama, aqui foi dito que as duas extraordinárias vitórias do então presidente Lula corriam o risco de se transformar em tiros pela culatra. A megalomania prevalecera na busca de um lugar para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU e sediar os dois maiores megaeventos do planeta seria o gol a ser atingido com a "Copa das Copas" e a melhor Olimpíada de todos os tempos. Não havia como deixar de ser cético, com ambos os projetos liderados por Ricardo Teixeira e Carlos Nuzman. Não deu outra. Pagamos o preço de ter feito uma Copa do Mundo recheada de promessas descumpridas e uma manada de elefantes brancos, embora, sem dúvida, o mundo tenha aprovado a Copa. Que um dia a organização da Olimpíada enfiaria a faca nas costas da viúva era mais que certo. O dia chegou, a menos de dois meses da Rio-16, igual ao que aconteceu no Pan-2007. Era óbvio e não precisava ser adivinho para prever. Afinal, Nuzman e Cabral eram elementos comuns ao Pan e aos Jogos, acrescidos de seguidores do governador como o "experto" Eduardo Paes. A tática é velha: ou jorra dinheiro público para terminar o que foi mal começado ou o país passará por um vexame internacional. O sonho do assento na ONU vira vaga na terceira divisão mundial. Que venham as obras emergenciais, as licitações postas a escanteio, o batido dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-em que o dó é a dó de nós mesmos, quase de Odebrechet, e o si é da Cyrela. Enfim, é como já foi dito: a Olimpíada é uma ótima oportunidade para um país fazer propaganda de si mesmo. Com o risco de fazer um mau anúncio. O que veremos? Para Barcelona-1992 foi muito bom. Para Atenas-2004, muito ruim.
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Palmeiras no alto da gangorraNão fosse pela besteira de alguns de seus torcedores e o Palmeiras estaria com dois pontos de vantagem sobre o Inter na liderança do Brasileirão, porque teria vencido o Coritiba no meio da semana se os sinalizadores não o atrapalhassem e acabassem por causar o empate nos acréscimos. Anteontem o Palmeiras passou tranquilo pelo Santa Cruz e amanhã deve repetir a dose contra o América na 10ª rodada que levará o Inter ao Paraná para enfrentar exatamente o Coritiba. Dirá o corintiano que o 3 a 1 palmeirense sobre o Santinha foi igual ao do Corinthians sobre o Botafogo, mas não foi. O Alvinegro sofreu para vencer o time carioca mais fraco que o pernambucano e parece viver inferno astral, depois de perder Felipe para o Porto, o homenageado Tite para a CBF, e Elias, Walter e Cássio para o departamento médico, com o Galo pela frente depois de amanhã, no Mineirão. Recém-chegado, Cristóvão Borges merecia melhor sorte. Quem não mereceu a sorte que teve foi o São Paulo no empate 2 a 2 com o Flamengo, dominado pelos cariocas e abençoado por bola na trave e pênalti perdido já nos acréscimos. A gangorra do Brasileirão tem um candidato a se firmar no topo enquanto os demais continuarão no sobe e desce. Este candidato se chama Palmeiras. PEDRA CANTADA Assim que o Brasil ganhou dos Estados Unidos o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, com o Rio de Janeiro de Sérgio Cabral Filho superando a Chicago de Barack Obama, aqui foi dito que as duas extraordinárias vitórias do então presidente Lula corriam o risco de se transformar em tiros pela culatra. A megalomania prevalecera na busca de um lugar para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU e sediar os dois maiores megaeventos do planeta seria o gol a ser atingido com a "Copa das Copas" e a melhor Olimpíada de todos os tempos. Não havia como deixar de ser cético, com ambos os projetos liderados por Ricardo Teixeira e Carlos Nuzman. Não deu outra. Pagamos o preço de ter feito uma Copa do Mundo recheada de promessas descumpridas e uma manada de elefantes brancos, embora, sem dúvida, o mundo tenha aprovado a Copa. Que um dia a organização da Olimpíada enfiaria a faca nas costas da viúva era mais que certo. O dia chegou, a menos de dois meses da Rio-16, igual ao que aconteceu no Pan-2007. Era óbvio e não precisava ser adivinho para prever. Afinal, Nuzman e Cabral eram elementos comuns ao Pan e aos Jogos, acrescidos de seguidores do governador como o "experto" Eduardo Paes. A tática é velha: ou jorra dinheiro público para terminar o que foi mal começado ou o país passará por um vexame internacional. O sonho do assento na ONU vira vaga na terceira divisão mundial. Que venham as obras emergenciais, as licitações postas a escanteio, o batido dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-em que o dó é a dó de nós mesmos, quase de Odebrechet, e o si é da Cyrela. Enfim, é como já foi dito: a Olimpíada é uma ótima oportunidade para um país fazer propaganda de si mesmo. Com o risco de fazer um mau anúncio. O que veremos? Para Barcelona-1992 foi muito bom. Para Atenas-2004, muito ruim.
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Molécula presente na urina detecta câncer de próstata
Uma molécula que pode ser usada para diagnosticar o câncer de próstata pela urina tem uma relação íntima com a origem da doença, sugere um novo estudo. Os exames de urina usados para detectar a molécula PCA3 podem, inclusive, inspirar novas estratégias de ataque ao tumor de próstata. O PCA3 desliga um mecanismo antitumor do organismo –o que pode levar à multiplicação desenfreada das células da próstata e, portanto, ao câncer. Bloquear a ação da molécula impediu a proliferação das células cancerosas em roedores. "Em muitos casos, os tumores praticamente desapareciam", diz o biólogo Emmanuel Dias-Neto, do A.C. Camargo Cancer Center. Dias-Neto é coautor do estudo publicado na revista científica "PNAS", que também é assinado por Wadih Arap e Renata Pasqualini, brasileiros que trabalham na Universidade do Texas. Segundo o biólogo, um dos próximos passos é bolar estratégias para o "delivery" das moléculas que bloqueiam o PCA3, ou seja, criar modos de levá-las até a próstata dos pacientes com precisão. Se funcionar, "teremos uma ferramenta potente", afirma ele. DO CONTRA O PCA3 é uma molécula literalmente do contra. Trata-se de uma forma de RNA, a molécula "prima" do DNA cuja função mais conhecida é a transmissão de instruções do material genético para as fábricas de moléculas nas células. Diferentemente dessa forma "normal" do RNA, porém, o PCA3 é originada a partir da fita de DNA que não costuma ser lida pelo organismo, conhecida como antissenso. Os especialistas sabiam que o PCA3 aparece na urina após a massagem da próstata (feita pelo médico em pacientes com suspeita de alterações na glândula), e também que a molécula é 70 vezes mais comum em tumores do que na próstata saudável. Mas ninguém tinha ideia da função da molécula –ela podia ser apenas um subproduto das alterações genéticas do câncer, por exemplo. Dias-Neto e seus colegas resolveram olhar os "vizinhos" do PCA3, ou seja, os trechos de DNA que ficam na outra fita da molécula, a fita "certa" que normalmente é lida pela célula. Acabaram descobrindo que as letras químicas do PCA3 se encaixam com precisão em parte de um gene até então desconhecido. Para ser mais exato: as duas fitas de DNA são transcritas, ou seja, recriadas numa versão de RNA. Em situações normais, no caso do gene, isso seria um passo intermediário para que o RNA servisse de "receita" para uma proteína, a qual, por sua vez, desempenharia seu papel na célula. Só que o PCA3, ao se encaixar no RNA desse gene, acaba evitando esse funcionamento normal, porque surge aí uma forma anômala de RNA que a célula "rejeita" e se põe a desativar. ON/OFF Desligar o gene é uma péssima ideia, pois os pesquisadores mostraram que ele é um gene supressor de tumores. Sua atividade normal impede, em outras palavras, que as células da próstata passem a se multiplicar além da conta e da forma errada. Esse processo foi verificado pelos pesquisadores tanto em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório quanto em tumores enxertados em camundongos. E, nesses dois contextos, impedir a ação do PCA3 fez o tumor perder força. Os achados devem dar mais peso à prática de fazer o exame de PCA3, que ainda é pouco comum. O exame laboratorial mais usado no caso dos tumores de próstata é o do PSA, que tem a vantagem de poder ser detectado no sangue, mas é pouco específico –o aumento nos níveis pode estar ligado a alterações benignas na próstata, que não têm a ver com o câncer. No entanto, o exame depende de equipamentos modernos, ainda pouco disponíveis, e seus custos não são cobertos por convênios. Além disso, as descobertas devem dar novo impulso ao estudo desses RNAs "do contra", que ainda são pouco conhecidos, mas têm mostrado elos importantes com doenças, afirma Dias-Neto.
equilibrioesaude
Molécula presente na urina detecta câncer de próstataUma molécula que pode ser usada para diagnosticar o câncer de próstata pela urina tem uma relação íntima com a origem da doença, sugere um novo estudo. Os exames de urina usados para detectar a molécula PCA3 podem, inclusive, inspirar novas estratégias de ataque ao tumor de próstata. O PCA3 desliga um mecanismo antitumor do organismo –o que pode levar à multiplicação desenfreada das células da próstata e, portanto, ao câncer. Bloquear a ação da molécula impediu a proliferação das células cancerosas em roedores. "Em muitos casos, os tumores praticamente desapareciam", diz o biólogo Emmanuel Dias-Neto, do A.C. Camargo Cancer Center. Dias-Neto é coautor do estudo publicado na revista científica "PNAS", que também é assinado por Wadih Arap e Renata Pasqualini, brasileiros que trabalham na Universidade do Texas. Segundo o biólogo, um dos próximos passos é bolar estratégias para o "delivery" das moléculas que bloqueiam o PCA3, ou seja, criar modos de levá-las até a próstata dos pacientes com precisão. Se funcionar, "teremos uma ferramenta potente", afirma ele. DO CONTRA O PCA3 é uma molécula literalmente do contra. Trata-se de uma forma de RNA, a molécula "prima" do DNA cuja função mais conhecida é a transmissão de instruções do material genético para as fábricas de moléculas nas células. Diferentemente dessa forma "normal" do RNA, porém, o PCA3 é originada a partir da fita de DNA que não costuma ser lida pelo organismo, conhecida como antissenso. Os especialistas sabiam que o PCA3 aparece na urina após a massagem da próstata (feita pelo médico em pacientes com suspeita de alterações na glândula), e também que a molécula é 70 vezes mais comum em tumores do que na próstata saudável. Mas ninguém tinha ideia da função da molécula –ela podia ser apenas um subproduto das alterações genéticas do câncer, por exemplo. Dias-Neto e seus colegas resolveram olhar os "vizinhos" do PCA3, ou seja, os trechos de DNA que ficam na outra fita da molécula, a fita "certa" que normalmente é lida pela célula. Acabaram descobrindo que as letras químicas do PCA3 se encaixam com precisão em parte de um gene até então desconhecido. Para ser mais exato: as duas fitas de DNA são transcritas, ou seja, recriadas numa versão de RNA. Em situações normais, no caso do gene, isso seria um passo intermediário para que o RNA servisse de "receita" para uma proteína, a qual, por sua vez, desempenharia seu papel na célula. Só que o PCA3, ao se encaixar no RNA desse gene, acaba evitando esse funcionamento normal, porque surge aí uma forma anômala de RNA que a célula "rejeita" e se põe a desativar. ON/OFF Desligar o gene é uma péssima ideia, pois os pesquisadores mostraram que ele é um gene supressor de tumores. Sua atividade normal impede, em outras palavras, que as células da próstata passem a se multiplicar além da conta e da forma errada. Esse processo foi verificado pelos pesquisadores tanto em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório quanto em tumores enxertados em camundongos. E, nesses dois contextos, impedir a ação do PCA3 fez o tumor perder força. Os achados devem dar mais peso à prática de fazer o exame de PCA3, que ainda é pouco comum. O exame laboratorial mais usado no caso dos tumores de próstata é o do PSA, que tem a vantagem de poder ser detectado no sangue, mas é pouco específico –o aumento nos níveis pode estar ligado a alterações benignas na próstata, que não têm a ver com o câncer. No entanto, o exame depende de equipamentos modernos, ainda pouco disponíveis, e seus custos não são cobertos por convênios. Além disso, as descobertas devem dar novo impulso ao estudo desses RNAs "do contra", que ainda são pouco conhecidos, mas têm mostrado elos importantes com doenças, afirma Dias-Neto.
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Olimpíada do Conhecimento reúne 1.200 alunos da educação profissional
A Olimpíada do Conhecimento 2016 vai reunir os melhores alunos da educação profissional do país a partir desta quinta-feira (10), em Brasília. Durante quatro dias, 1.200 estudantes vão passar por provas que exigem as técnicas que aprenderam nas salas de aula dos cursos técnicos e de formação profissional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem), dos IF (Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, do Sesi (Serviço Social da Indústria) e de escolas públicas. Após 15 anos, o evento retorna à capital federal em sua 9ª edição e ocupará uma área de 50 mil m², próxima ao Estádio Nacional Mané Garrincha. O Senai e o Sesi, organizadores do evento, esperam 100 mil pessoas durante os dias de evento. Para a principal disputa da Olimpíada - o desafio por equipes - os estudantes de diferentes áreas de formação técnica formaram times e apresentarão projetos para a competição. De mais de 150 iniciativas formuladas, 42 foram classificadas. Agora, os alunos serão desafiados a apresentar soluções e produtos para empresas e para a comunidade, além de participar de provas individuais que exigem precisão e raciocínio lógico com agilidade. Além disso, serão realizadas palestras com especialistas de diversas áreas do conhecimento com profissionais bem sucedidos do mercado, blogueiros e youtubers que prometem reunir muitos fãs na capital do país. O visitante tem entrada gratuita e também terá à disposição atividades voltadas para a promoção da saúde, entretenimento e relaxamento. SERVIÇO O quê: Olimpíada do Conhecimento 2016 Quando: de 10 a 13 de novembro, das 9h às 17h Onde: Ginásio Nilson Nelson - Brasília (DF) Quanto: Entrada gratuita
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Olimpíada do Conhecimento reúne 1.200 alunos da educação profissionalA Olimpíada do Conhecimento 2016 vai reunir os melhores alunos da educação profissional do país a partir desta quinta-feira (10), em Brasília. Durante quatro dias, 1.200 estudantes vão passar por provas que exigem as técnicas que aprenderam nas salas de aula dos cursos técnicos e de formação profissional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem), dos IF (Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, do Sesi (Serviço Social da Indústria) e de escolas públicas. Após 15 anos, o evento retorna à capital federal em sua 9ª edição e ocupará uma área de 50 mil m², próxima ao Estádio Nacional Mané Garrincha. O Senai e o Sesi, organizadores do evento, esperam 100 mil pessoas durante os dias de evento. Para a principal disputa da Olimpíada - o desafio por equipes - os estudantes de diferentes áreas de formação técnica formaram times e apresentarão projetos para a competição. De mais de 150 iniciativas formuladas, 42 foram classificadas. Agora, os alunos serão desafiados a apresentar soluções e produtos para empresas e para a comunidade, além de participar de provas individuais que exigem precisão e raciocínio lógico com agilidade. Além disso, serão realizadas palestras com especialistas de diversas áreas do conhecimento com profissionais bem sucedidos do mercado, blogueiros e youtubers que prometem reunir muitos fãs na capital do país. O visitante tem entrada gratuita e também terá à disposição atividades voltadas para a promoção da saúde, entretenimento e relaxamento. SERVIÇO O quê: Olimpíada do Conhecimento 2016 Quando: de 10 a 13 de novembro, das 9h às 17h Onde: Ginásio Nilson Nelson - Brasília (DF) Quanto: Entrada gratuita
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Bonecos Barbie e Max Steel ganham espaço interativo no Shopping Taboão
Dois dos bonecos queridinhos das crianças, Barbie e Max Steel, ganharam desde segunda-feira (5) um lugar na praça central do Shopping Taboão, em Taboão da Serra. O espaço, que recebe a garotada de 4 a 12 anos e permite que os pais brinquem com as crianças, é dividido em dois. No universo da Barbie, o ambiente reproduz um estúdio de gravação de um reality show, com camarim e cenário interativos. Do lado de fora, uma exposição de cem bonecas de coleção relembra celebridades de Hollywood. Já no espaço do Max Steel, as crianças recebem missões e podem desfrutar de jogos digitais, um laboratório e uma brinquedoteca. A atração de férias vai até 1º de fevereiro. PARA CONFERIR Barbie Studios e Max Steel QUANDO 5 de janeiro a 1º de fevereiro; de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 20h ONDE Shopping Taboão (Praça Central) - rodovia Régis Bittencourt, 2643, Taboão da Serra; tel.: (11) 2699-4000 QUANTO grátis
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Bonecos Barbie e Max Steel ganham espaço interativo no Shopping TaboãoDois dos bonecos queridinhos das crianças, Barbie e Max Steel, ganharam desde segunda-feira (5) um lugar na praça central do Shopping Taboão, em Taboão da Serra. O espaço, que recebe a garotada de 4 a 12 anos e permite que os pais brinquem com as crianças, é dividido em dois. No universo da Barbie, o ambiente reproduz um estúdio de gravação de um reality show, com camarim e cenário interativos. Do lado de fora, uma exposição de cem bonecas de coleção relembra celebridades de Hollywood. Já no espaço do Max Steel, as crianças recebem missões e podem desfrutar de jogos digitais, um laboratório e uma brinquedoteca. A atração de férias vai até 1º de fevereiro. PARA CONFERIR Barbie Studios e Max Steel QUANDO 5 de janeiro a 1º de fevereiro; de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 20h ONDE Shopping Taboão (Praça Central) - rodovia Régis Bittencourt, 2643, Taboão da Serra; tel.: (11) 2699-4000 QUANTO grátis
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Fim de caso
BRASÍLIA - No dia em que comparou o Senado a um hospício, Renan Calheiros se envolveu num exaltado bate-boca com defensores de Dilma Rousseff. Mais tarde, ele se queixaria da agressividade dos petistas. "Vou propor o agravamento da pena por ingratidão", provocou. O senador havia declarado, em plenário, que usou sua influência para frear uma ofensiva da Lava Jato contra Gleisi Hoffmann. Logo ele, que responde a oito inquéritos por suspeita de envolvimento no petrolão. A ex-ministra reagiu com fúria, e os dois tiveram que ser apartados. Seria apenas mais uma desavença se Renan não fosse o presidente do Senado. O governo interino comemorou. Conhecido por calcular cada movimento, o peemedebista parece ter ensaiado uma cena pública para cortar os laços com o PT. O senador e o partido passaram muito tempo em trincheiras opostas. Líder do governo Collor, ministro de FHC, Renan era visto pelos petistas como um símbolo da velha política e do clientelismo. Bastou a sigla chegar ao poder para as divergências ficarem para trás. Nos governos Lula e Dilma, o alagoano seria alçado quatro vezes à presidência do Senado. Os petistas encontraram um escudeiro capaz de manobrar o plenário. Renan garantiu proteção para sobreviver a outros escândalos. Foi um casamento de interesses, que chega ao fim junto com o julgamento do impeachment. Antigo desafeto de Michel Temer, o senador passou os últimos meses no muro. Há poucos dias, desistiu de manter as aparências. Primeiro cancelou um encontro com Dilma para viajar com o presidente interino para o Rio. Depois confirmou presença na comitiva de Temer à China, programada para esta semana. Na noite de sexta, Renan ensaiava o discurso para justificar a nova união. "O Legislativo também é governo. Estarei pronto para ajudar o presidente", anunciou. O PT voltará à oposição. O senador continuará no poder, de onde nunca saiu.
colunas
Fim de casoBRASÍLIA - No dia em que comparou o Senado a um hospício, Renan Calheiros se envolveu num exaltado bate-boca com defensores de Dilma Rousseff. Mais tarde, ele se queixaria da agressividade dos petistas. "Vou propor o agravamento da pena por ingratidão", provocou. O senador havia declarado, em plenário, que usou sua influência para frear uma ofensiva da Lava Jato contra Gleisi Hoffmann. Logo ele, que responde a oito inquéritos por suspeita de envolvimento no petrolão. A ex-ministra reagiu com fúria, e os dois tiveram que ser apartados. Seria apenas mais uma desavença se Renan não fosse o presidente do Senado. O governo interino comemorou. Conhecido por calcular cada movimento, o peemedebista parece ter ensaiado uma cena pública para cortar os laços com o PT. O senador e o partido passaram muito tempo em trincheiras opostas. Líder do governo Collor, ministro de FHC, Renan era visto pelos petistas como um símbolo da velha política e do clientelismo. Bastou a sigla chegar ao poder para as divergências ficarem para trás. Nos governos Lula e Dilma, o alagoano seria alçado quatro vezes à presidência do Senado. Os petistas encontraram um escudeiro capaz de manobrar o plenário. Renan garantiu proteção para sobreviver a outros escândalos. Foi um casamento de interesses, que chega ao fim junto com o julgamento do impeachment. Antigo desafeto de Michel Temer, o senador passou os últimos meses no muro. Há poucos dias, desistiu de manter as aparências. Primeiro cancelou um encontro com Dilma para viajar com o presidente interino para o Rio. Depois confirmou presença na comitiva de Temer à China, programada para esta semana. Na noite de sexta, Renan ensaiava o discurso para justificar a nova união. "O Legislativo também é governo. Estarei pronto para ajudar o presidente", anunciou. O PT voltará à oposição. O senador continuará no poder, de onde nunca saiu.
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Professores do Paraná rejeitam acordo com governo e decidem manter greve
Os professores do Paraná decidiram nesta quarta-feira (4) em assembleia manter por tempo indeterminado a greve na rede estadual de educação, que já dura 23 dias. Eles consideraram insuficientes as propostas apresentadas na semana passada pelo governo Beto Richa (PSDB) e pedem mais negociação. Os professores querem que o governo desista de qualquer plano de alterações na previdência e pedem um cronograma para o pagamento de benefícios atrasados. O sindicato da categoria afirma que não tem como cumprir uma ordem judicial que determinou no último fim de semana a volta às atividades de docentes do último ano do ensino médio. O prazo para o cumprimento da decisão se esgotou nesta quarta-feira. Para o sindicato, não há meios de retornar ao trabalho porque o governo ainda nem distribuiu as turmas e professores da rede pública. A entidade quer que o Tribunal de Justiça agende uma audiência de conciliação com o governo do Estado para discutir os pontos em impasse. Richa acusa o sindicato de criar um "movimento político" para desgastá-lo e diz que já se comprometeu a atender todas as reivindicações dos grevistas. Na manhã desta quarta, a assembleia dos docentes lotou as arquibancadas do estádio Durival Britto (do Paraná Clube), que tem capacidade para 20 mil pessoas. No ato, deputados da oposição a Richa discursaram e sindicalistas convocaram os presentes para a mobilização a favor da presidente Dilma Rousseff, marcada para o próximo dia 13. Durante a assembleia, houve hostilidade a jornalistas da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, que faziam gravação no estádio. A emissora no Estado é do apresentador Ratinho, pai do secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado, Ratinho Junior. A direção do sindicato pediu pelo sistema de som respeito aos profissionais. No início da tarde, os professores e servidores fazem uma marcha até o palácio do governo, em Curitiba.
poder
Professores do Paraná rejeitam acordo com governo e decidem manter greveOs professores do Paraná decidiram nesta quarta-feira (4) em assembleia manter por tempo indeterminado a greve na rede estadual de educação, que já dura 23 dias. Eles consideraram insuficientes as propostas apresentadas na semana passada pelo governo Beto Richa (PSDB) e pedem mais negociação. Os professores querem que o governo desista de qualquer plano de alterações na previdência e pedem um cronograma para o pagamento de benefícios atrasados. O sindicato da categoria afirma que não tem como cumprir uma ordem judicial que determinou no último fim de semana a volta às atividades de docentes do último ano do ensino médio. O prazo para o cumprimento da decisão se esgotou nesta quarta-feira. Para o sindicato, não há meios de retornar ao trabalho porque o governo ainda nem distribuiu as turmas e professores da rede pública. A entidade quer que o Tribunal de Justiça agende uma audiência de conciliação com o governo do Estado para discutir os pontos em impasse. Richa acusa o sindicato de criar um "movimento político" para desgastá-lo e diz que já se comprometeu a atender todas as reivindicações dos grevistas. Na manhã desta quarta, a assembleia dos docentes lotou as arquibancadas do estádio Durival Britto (do Paraná Clube), que tem capacidade para 20 mil pessoas. No ato, deputados da oposição a Richa discursaram e sindicalistas convocaram os presentes para a mobilização a favor da presidente Dilma Rousseff, marcada para o próximo dia 13. Durante a assembleia, houve hostilidade a jornalistas da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, que faziam gravação no estádio. A emissora no Estado é do apresentador Ratinho, pai do secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado, Ratinho Junior. A direção do sindicato pediu pelo sistema de som respeito aos profissionais. No início da tarde, os professores e servidores fazem uma marcha até o palácio do governo, em Curitiba.
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Mulher se torna a primeira cigana a ter doutorado na América Latina
Mãe de três filhos, Paula Soria é a primeira mulher cigana a concluir o doutorado na América Latina. Fugiu de seu grupo aos 15 anos, quando os pais queriam obrigá-la a se casar. Sobreviveu com apoio externo e com as artes ciganas; assim que pode, retomou a educação formal. Sua tese sobre literatura e identidade romani foi aprovada no mês passado na Universidade de Brasília. * Fugi do meu grupo cigano quando eu tinha 15 anos, meus pais queriam me casar e eu não aceitava, queria continuar estudando. Ainda hoje as meninas se casam muito cedo, com 14, 16 anos. Não é uma coisa fácil. Depois que passa, é emocionante; na hora, não, é de desespero. Naquela época, estávamos na Bolívia, trabalhávamos com ouro, então se ia muito a Potosí. Saí com a bagagem que tinha, algum ouro. Também sabia ler mãos, colocava cartas, era a minha ferramenta de sobreviver. Quando a gente é romà –a denominação que os ativistas usam, a gente não usa o termo cigano– trabalha desde criança. Trabalhar é um negócio que está na sua vida. Fui palhacinha de circo quando pequena, vendia coisas na rua, a gente faz de tudo. Nossa formação é para saber se virar na vida, saber viver. Geralmente as pessoas fazem três, quatro coisas, cinco atividades. O grupo sempre rejeitou a escrita, o letramento, a escolarização dos filhos. A opção por isso era para não se aculturar, para que o grupo sobrevivesse, apesar de todas as perseguições, tentativas de genocídio cultural e étnico. Não se sente a escola como obrigatória. Algumas mães, alguns tios até tinham noção de que seria bom ter alguém que soubesse ler ou escrever no grupo. Mas não ficar estudando; aprender um pouquinho, o suficiente para assinar o nome, fazer uma conta, para tirar uma carteira de motorista no futuro, não sei, qualquer coisa. Eu pude ir. Ao frequentar a escola, comecei a tomar gosto. Faltava muito às aulas, mudava muito de escola, porque o grupo tinha uma vida nômade. Por estar sempre viajando, nem sei bem onde nasci. Quando criança, alguns velhos me diziam que havia sido em uma estrada na Argentina, outros diziam que essa estrada era na Bolívia, outros que havia sido em uma estrada no Brasil. O que importava é que tinha sido em uma estrada. A grande maioria deles não tinha documentos –alguns ainda não têm. O que importava é que eram romà. Aos dez anos, estando no Brasil (de onde saí e para onde voltei diversas vezes) ganhei papeis brasileiros e comecei a estudar. Deixaram que eu fosse à escola. Mas, na hora de casar, teria de deixar a escola. Então houve a ruptura. O grupo não vê com bons olhos a pessoa que se desenvolve individualmente. Quando eu fugi, tive de aumentar minha idade. Eu tinha amizades fora do grupo, era querida por pessoas não romãs, elas me ajudaram. De lá passei pela Argentina, vim para cá... Viajar para mim é muito mais fácil; não se acomodar a uma situação não foge muito de nossa realidade. Aqui no Brasil, casei com um não romà, uma pessoa que tinha esse espírito, não sendo Roma, de andar. Pude então adiantar os estudos. Com apoio de fora ficou muito mais fácil. Fiz jornalismo em Honduras, me formei em artes cênicas na Universidade de Brasília. Hoje moro em Brasília. Tenho contatos com meu grupo –a maior parte está na Argentina, há uma parte na Espanha. Tenho três filhos, estão todos na universidade, e eu quero seguir a vida acadêmica. Estudo a literatura cigana há mais de dez anos, desde antes do mestrado –fui a primeira mulher cigana com mestrado na América Latina, agora sou a primeira com doutorado. Que eu saiba, há aqui no Brasil um homem doutor, especialista em biologia, e duas mulheres na Espanha. Há muitos escritores, mas estão dispersos. Não tem como pensar em literatura romaní sem pensar no mundo inteiro. Trabalhei com cinco nacionalidades: canadense, francesa, húngaro, argentino e alemão; não há nada no Brasil. Os romà são uma nação transnacional; a representatividade é assim, em várias nacionalidades. A literatura romaní é um lugar de construção identitária. Não está atrelada ao ativismo, mas boa parte dos escritores assume uma postura ativista, trazem as vozes do povo. Decidi ter o próprio grupo como tema. Foi muito sofrido. Ninguém faz essas rupturas sem sofrer demasiado, enfrentar a rejeição dos seus mais queridos. Hoje mantenho contato, eles me dão algum apoio, conseguem compreender a importância do que eu faço hoje, mas isso não mudou a realidade. Eles continuam sem estudar, mas algumas crianças já estão indo para a escola. Isso já é uma vitória. - A nova doutora em literatura Paula Soria diz que os ativistas evitam usar o termo "cigano", que tem conotação negativa. Mas, como "romà", a palavra politicamente correta para identificar o grupo, é pouco conhecida, optou por usar os dois na abertura de sua tese. "'Juncos ao Vento': Literatura e Identidade Romani (Cigana)" é o título do trabalho que foi aprovado pela banca da Universidade de Brasília no mês passado. Ela explica que o termo romà foi estabelecido no Primeiro Congresso Romani Internacional, realizado em 1971 em Londres. O congresso também definiu "a luta pelo reconhecimento de ser um povo diaspórico, possuidor de uma raiz comum indiana e de se constituir numa nação transnacional estabelecida no seio de outras nações, nas quais são minorias étnicas". Os termos usados pelos ativistas, explica Soria, são rom para cigano, romà para ciganos, romani para cigana (adjetivo) e romaní (com acento no i) para a língua, além de romí (para cigana, a mulher). O vocábulo romà é proveniente da denominação de um dos grupos -os rom- e significa originalmente "homens" em romaní. Os romà hoje se dividem em rom, sinti e calés (ou calons no Brasil); há várias subdivisões.
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Mulher se torna a primeira cigana a ter doutorado na América LatinaMãe de três filhos, Paula Soria é a primeira mulher cigana a concluir o doutorado na América Latina. Fugiu de seu grupo aos 15 anos, quando os pais queriam obrigá-la a se casar. Sobreviveu com apoio externo e com as artes ciganas; assim que pode, retomou a educação formal. Sua tese sobre literatura e identidade romani foi aprovada no mês passado na Universidade de Brasília. * Fugi do meu grupo cigano quando eu tinha 15 anos, meus pais queriam me casar e eu não aceitava, queria continuar estudando. Ainda hoje as meninas se casam muito cedo, com 14, 16 anos. Não é uma coisa fácil. Depois que passa, é emocionante; na hora, não, é de desespero. Naquela época, estávamos na Bolívia, trabalhávamos com ouro, então se ia muito a Potosí. Saí com a bagagem que tinha, algum ouro. Também sabia ler mãos, colocava cartas, era a minha ferramenta de sobreviver. Quando a gente é romà –a denominação que os ativistas usam, a gente não usa o termo cigano– trabalha desde criança. Trabalhar é um negócio que está na sua vida. Fui palhacinha de circo quando pequena, vendia coisas na rua, a gente faz de tudo. Nossa formação é para saber se virar na vida, saber viver. Geralmente as pessoas fazem três, quatro coisas, cinco atividades. O grupo sempre rejeitou a escrita, o letramento, a escolarização dos filhos. A opção por isso era para não se aculturar, para que o grupo sobrevivesse, apesar de todas as perseguições, tentativas de genocídio cultural e étnico. Não se sente a escola como obrigatória. Algumas mães, alguns tios até tinham noção de que seria bom ter alguém que soubesse ler ou escrever no grupo. Mas não ficar estudando; aprender um pouquinho, o suficiente para assinar o nome, fazer uma conta, para tirar uma carteira de motorista no futuro, não sei, qualquer coisa. Eu pude ir. Ao frequentar a escola, comecei a tomar gosto. Faltava muito às aulas, mudava muito de escola, porque o grupo tinha uma vida nômade. Por estar sempre viajando, nem sei bem onde nasci. Quando criança, alguns velhos me diziam que havia sido em uma estrada na Argentina, outros diziam que essa estrada era na Bolívia, outros que havia sido em uma estrada no Brasil. O que importava é que tinha sido em uma estrada. A grande maioria deles não tinha documentos –alguns ainda não têm. O que importava é que eram romà. Aos dez anos, estando no Brasil (de onde saí e para onde voltei diversas vezes) ganhei papeis brasileiros e comecei a estudar. Deixaram que eu fosse à escola. Mas, na hora de casar, teria de deixar a escola. Então houve a ruptura. O grupo não vê com bons olhos a pessoa que se desenvolve individualmente. Quando eu fugi, tive de aumentar minha idade. Eu tinha amizades fora do grupo, era querida por pessoas não romãs, elas me ajudaram. De lá passei pela Argentina, vim para cá... Viajar para mim é muito mais fácil; não se acomodar a uma situação não foge muito de nossa realidade. Aqui no Brasil, casei com um não romà, uma pessoa que tinha esse espírito, não sendo Roma, de andar. Pude então adiantar os estudos. Com apoio de fora ficou muito mais fácil. Fiz jornalismo em Honduras, me formei em artes cênicas na Universidade de Brasília. Hoje moro em Brasília. Tenho contatos com meu grupo –a maior parte está na Argentina, há uma parte na Espanha. Tenho três filhos, estão todos na universidade, e eu quero seguir a vida acadêmica. Estudo a literatura cigana há mais de dez anos, desde antes do mestrado –fui a primeira mulher cigana com mestrado na América Latina, agora sou a primeira com doutorado. Que eu saiba, há aqui no Brasil um homem doutor, especialista em biologia, e duas mulheres na Espanha. Há muitos escritores, mas estão dispersos. Não tem como pensar em literatura romaní sem pensar no mundo inteiro. Trabalhei com cinco nacionalidades: canadense, francesa, húngaro, argentino e alemão; não há nada no Brasil. Os romà são uma nação transnacional; a representatividade é assim, em várias nacionalidades. A literatura romaní é um lugar de construção identitária. Não está atrelada ao ativismo, mas boa parte dos escritores assume uma postura ativista, trazem as vozes do povo. Decidi ter o próprio grupo como tema. Foi muito sofrido. Ninguém faz essas rupturas sem sofrer demasiado, enfrentar a rejeição dos seus mais queridos. Hoje mantenho contato, eles me dão algum apoio, conseguem compreender a importância do que eu faço hoje, mas isso não mudou a realidade. Eles continuam sem estudar, mas algumas crianças já estão indo para a escola. Isso já é uma vitória. - A nova doutora em literatura Paula Soria diz que os ativistas evitam usar o termo "cigano", que tem conotação negativa. Mas, como "romà", a palavra politicamente correta para identificar o grupo, é pouco conhecida, optou por usar os dois na abertura de sua tese. "'Juncos ao Vento': Literatura e Identidade Romani (Cigana)" é o título do trabalho que foi aprovado pela banca da Universidade de Brasília no mês passado. Ela explica que o termo romà foi estabelecido no Primeiro Congresso Romani Internacional, realizado em 1971 em Londres. O congresso também definiu "a luta pelo reconhecimento de ser um povo diaspórico, possuidor de uma raiz comum indiana e de se constituir numa nação transnacional estabelecida no seio de outras nações, nas quais são minorias étnicas". Os termos usados pelos ativistas, explica Soria, são rom para cigano, romà para ciganos, romani para cigana (adjetivo) e romaní (com acento no i) para a língua, além de romí (para cigana, a mulher). O vocábulo romà é proveniente da denominação de um dos grupos -os rom- e significa originalmente "homens" em romaní. Os romà hoje se dividem em rom, sinti e calés (ou calons no Brasil); há várias subdivisões.
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Juiz bloqueia até R$ 20 milhões de executivos investigados na Lava Jato
Na decisão que determinou a prisão dos principais executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, o juiz federal Sergio Moro também bloqueou o saldo de contas correntes e ativos financeiros de dez investigados —inclusive dos presidentes das empreiteiras. Até R$ 20 milhões de cada executivo será sequestrado pela Justiça. Os presidentes Marcelo Odebrecht, da empresa Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, estão nessa lista. Na 14ª fase da Operação Lava Jato, também foram atingidos os executivos da Odebrecht Marcio Faria, Rogério Araújo e Cesar Ramos Rocha; da Andrade Gutierrez, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Paulo Roberto Dalmazzo e Antônio Pedro Campelo de Souza; o empregado da Petrobras Celso Araripe; e o ex-funcionário da Odebrecht João Antônio Bernardi Filho, sócio de uma empresa que operava a lavagem de dinheiro, segundo as investigações. "O esquema criminoso em questão gerou ganhos ilícitos às empreiteiras e aos investigados, justificando-se a medida para privá-los do produto de suas atividades criminosas", escreveu Moro, no despacho. Ele pondera que nem todos os recursos bloqueados têm necessariamente origem ilícita, e que valores referentes a salários podem ser liberados depois, mediante pedido. OUTRO LADO A Odebrecht informou, por meio de nota, que considera desnecessária a prisão de executivos da empresa nesta sexta-feira (19), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. A Andrade Gutierrez negou qualquer envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. "Como é de conhecimento público, a CNO [Construtora Norberto Odebrecht] entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações", afirmou a Odebrecht. A Andrade Gutierrez informou que presta todo o apoio necessário aos seus executivos nesse momento. "A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes", afirmou. Alvos da 14ª fase da Lava Jato/Editoria de Poder
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Juiz bloqueia até R$ 20 milhões de executivos investigados na Lava JatoNa decisão que determinou a prisão dos principais executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, o juiz federal Sergio Moro também bloqueou o saldo de contas correntes e ativos financeiros de dez investigados —inclusive dos presidentes das empreiteiras. Até R$ 20 milhões de cada executivo será sequestrado pela Justiça. Os presidentes Marcelo Odebrecht, da empresa Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, estão nessa lista. Na 14ª fase da Operação Lava Jato, também foram atingidos os executivos da Odebrecht Marcio Faria, Rogério Araújo e Cesar Ramos Rocha; da Andrade Gutierrez, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Paulo Roberto Dalmazzo e Antônio Pedro Campelo de Souza; o empregado da Petrobras Celso Araripe; e o ex-funcionário da Odebrecht João Antônio Bernardi Filho, sócio de uma empresa que operava a lavagem de dinheiro, segundo as investigações. "O esquema criminoso em questão gerou ganhos ilícitos às empreiteiras e aos investigados, justificando-se a medida para privá-los do produto de suas atividades criminosas", escreveu Moro, no despacho. Ele pondera que nem todos os recursos bloqueados têm necessariamente origem ilícita, e que valores referentes a salários podem ser liberados depois, mediante pedido. OUTRO LADO A Odebrecht informou, por meio de nota, que considera desnecessária a prisão de executivos da empresa nesta sexta-feira (19), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. A Andrade Gutierrez negou qualquer envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. "Como é de conhecimento público, a CNO [Construtora Norberto Odebrecht] entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações", afirmou a Odebrecht. A Andrade Gutierrez informou que presta todo o apoio necessário aos seus executivos nesse momento. "A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes", afirmou. Alvos da 14ª fase da Lava Jato/Editoria de Poder
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Advogados de Lula estudam processar Doria por fala sobre visita em Curitiba
Os advogados de Lula estudam entrar com medidas judiciais contra João Doria. O prefeito eleito disse em entrevistas que gostaria de em breve visitar o ex-presidente em Curitiba, onde estão presos investigados da Lava Jato. Afirmou que levaria chocolates e até um cisne de presente a ele. PRIMEIRA VEZ Lula já apresentou outra interpelação criminal contra Doria na Justiça em abril, quando ele afirmou que o petista deveria participar da campanha municipal em São Paulo "antes de ser preso". O tucano disse que até pediria ao juiz Sergio Moro, que participou de vários eventos de seu grupo empresarial, que adiasse a detenção do ex-presidente. O POLÍTICO Ao se defender, Doria, que afirma ser gestor e não político, deu forte colorido à sua "destacada atuação na vida pública". Afirmou que sempre esteve "no centro da vida política nacional" e elencou os "cargos governamentais" que ocupou. Citou a secretaria de Turismo na gestão de Mario Covas prefeito e a presidência da Embratur no governo Sarney. FIM DE PAPO Na defesa, Doria afirmou que "jamais teve a intenção de ofender a honra do ex-presidente da República ou de ridicularizá-lo". A disputa, na ocasião, foi encerrada. CARDÁPIO Com uma entrevista com Doria, o programa de José Luiz Datena na Band alcançou uma das maiores audiências no ano. O "Brasil Urgente" teve na terça (4) média de 7 pontos, a mesma da estreia do "MasterChef Profissionais", exibida no fim da noite. COFRE COLETIVO A arrecadação de pessoas físicas da campanha de Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura do Rio chegou nesta quinta (6) a R$ 1 milhão. Do total, R$ 350 mil foram doados por 4.400 pessoas depois da notícia de que ele tinha passado para o segundo turno. NA MÉDIA A menor doação é de R$ 20. O valor médio chega a R$ 85. NA MÁQUINA A gestão Fernando Haddad (PT) também tentou fazer uma concessão do Pacaembu, como pretende Doria, e vai repassar os dados ao prefeito eleito. Só duas empresas apresentaram propostas. Foram encaminhadas em fevereiro e estão até hoje paradas nos conselhos estadual e municipal de preservação do patrimônio. CARTEIRA A equipe de Haddad vai dizer a Doria também que ele não precisará necessariamente alugar hospitais privados para implantar o projeto Corujão. A rede municipal tem horários e equipamentos ociosos que são não são usados por falta de verba para pagar equipes para trabalharem à noite. UMA CIDADE Dirá também que o sistema está pressionado. Depois da crise econômica, 600 mil paulistanos teriam deixado de pagar plano de saúde e voltaram a buscar o SUS. FUI Haddad tem dito aos amigos próximos que sua tendência, com "99% de chance", é a de abandonar a política institucional, apesar dos apelos para que dispute, no futuro, um cargo eleitoral. BATUTA E VIOLÃO O show de comemoração dos 55 anos do célebre concerto no Carnegie Hall, em Nova York, que lançou a bossa nova para os americanos terá direção artística do maestro Roberto Minczuk, ex-regente da Orquestra Sinfônica Brasileira. A apresentação será no ano que vem na mesma sala de espetáculos. PROCURA-SE PATROCÍNIO O cantor Ivan Lins pediu autorização para captar cerca de R$ 800 mil pela Lei Rouanet para a turnê de comemoração dos seus 71 anos. O projeto teve parecer técnico para aprovação, mas ainda está em análise por uma comissão do Ministério da Cultura. - DONO DA BANCA O jornalista Carlos Maranhão lançou na quarta (5) o livro "Roberto Civita: O Dono da Banca - A Vida e as Ideias do Editor da Veja e da Abril", sobre o ex-presidente do Grupo Abril, morto em 2013. Compareceram à Livraria Cultura do shopping Iguatemi Giancarlo Civita, filho de Roberto e presidente da Abrilpar, o vereador Andrea Matarazzo, o publicitário Washington Olivetto e os jornalistas Juca Kfouri, colunista da Folha, e Silvia Poppovic. - HOT DOG CARIOCA A chef Roberta Sudbrack abriu o SubDog, sua primeira empreitada em São Paulo, na loja UMA, de Raquel Davidowicz. A chef Paola Carosella levou a filha, Francesca, para provar o cachorro-quente. Também foram à inauguração, na terça (4), o empresário Rogério Fasano e o ex-ministro José Gregori. - CURTO-CIRCUITO Paulinho da Viola faz shows hoje e amanhã no Theatro NET São Paulo. Paulo Ricardo & Trio se apresentam hoje e amanhã no Teatro J. Safra. Edgard Scandurra e Silvia Tape fazem show hoje, no Estéreo MIS "" Samsung Conecta, às 20h. Grátis. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO.
colunas
Advogados de Lula estudam processar Doria por fala sobre visita em CuritibaOs advogados de Lula estudam entrar com medidas judiciais contra João Doria. O prefeito eleito disse em entrevistas que gostaria de em breve visitar o ex-presidente em Curitiba, onde estão presos investigados da Lava Jato. Afirmou que levaria chocolates e até um cisne de presente a ele. PRIMEIRA VEZ Lula já apresentou outra interpelação criminal contra Doria na Justiça em abril, quando ele afirmou que o petista deveria participar da campanha municipal em São Paulo "antes de ser preso". O tucano disse que até pediria ao juiz Sergio Moro, que participou de vários eventos de seu grupo empresarial, que adiasse a detenção do ex-presidente. O POLÍTICO Ao se defender, Doria, que afirma ser gestor e não político, deu forte colorido à sua "destacada atuação na vida pública". Afirmou que sempre esteve "no centro da vida política nacional" e elencou os "cargos governamentais" que ocupou. Citou a secretaria de Turismo na gestão de Mario Covas prefeito e a presidência da Embratur no governo Sarney. FIM DE PAPO Na defesa, Doria afirmou que "jamais teve a intenção de ofender a honra do ex-presidente da República ou de ridicularizá-lo". A disputa, na ocasião, foi encerrada. CARDÁPIO Com uma entrevista com Doria, o programa de José Luiz Datena na Band alcançou uma das maiores audiências no ano. O "Brasil Urgente" teve na terça (4) média de 7 pontos, a mesma da estreia do "MasterChef Profissionais", exibida no fim da noite. COFRE COLETIVO A arrecadação de pessoas físicas da campanha de Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura do Rio chegou nesta quinta (6) a R$ 1 milhão. Do total, R$ 350 mil foram doados por 4.400 pessoas depois da notícia de que ele tinha passado para o segundo turno. NA MÉDIA A menor doação é de R$ 20. O valor médio chega a R$ 85. NA MÁQUINA A gestão Fernando Haddad (PT) também tentou fazer uma concessão do Pacaembu, como pretende Doria, e vai repassar os dados ao prefeito eleito. Só duas empresas apresentaram propostas. Foram encaminhadas em fevereiro e estão até hoje paradas nos conselhos estadual e municipal de preservação do patrimônio. CARTEIRA A equipe de Haddad vai dizer a Doria também que ele não precisará necessariamente alugar hospitais privados para implantar o projeto Corujão. A rede municipal tem horários e equipamentos ociosos que são não são usados por falta de verba para pagar equipes para trabalharem à noite. UMA CIDADE Dirá também que o sistema está pressionado. Depois da crise econômica, 600 mil paulistanos teriam deixado de pagar plano de saúde e voltaram a buscar o SUS. FUI Haddad tem dito aos amigos próximos que sua tendência, com "99% de chance", é a de abandonar a política institucional, apesar dos apelos para que dispute, no futuro, um cargo eleitoral. BATUTA E VIOLÃO O show de comemoração dos 55 anos do célebre concerto no Carnegie Hall, em Nova York, que lançou a bossa nova para os americanos terá direção artística do maestro Roberto Minczuk, ex-regente da Orquestra Sinfônica Brasileira. A apresentação será no ano que vem na mesma sala de espetáculos. PROCURA-SE PATROCÍNIO O cantor Ivan Lins pediu autorização para captar cerca de R$ 800 mil pela Lei Rouanet para a turnê de comemoração dos seus 71 anos. O projeto teve parecer técnico para aprovação, mas ainda está em análise por uma comissão do Ministério da Cultura. - DONO DA BANCA O jornalista Carlos Maranhão lançou na quarta (5) o livro "Roberto Civita: O Dono da Banca - A Vida e as Ideias do Editor da Veja e da Abril", sobre o ex-presidente do Grupo Abril, morto em 2013. Compareceram à Livraria Cultura do shopping Iguatemi Giancarlo Civita, filho de Roberto e presidente da Abrilpar, o vereador Andrea Matarazzo, o publicitário Washington Olivetto e os jornalistas Juca Kfouri, colunista da Folha, e Silvia Poppovic. - HOT DOG CARIOCA A chef Roberta Sudbrack abriu o SubDog, sua primeira empreitada em São Paulo, na loja UMA, de Raquel Davidowicz. A chef Paola Carosella levou a filha, Francesca, para provar o cachorro-quente. Também foram à inauguração, na terça (4), o empresário Rogério Fasano e o ex-ministro José Gregori. - CURTO-CIRCUITO Paulinho da Viola faz shows hoje e amanhã no Theatro NET São Paulo. Paulo Ricardo & Trio se apresentam hoje e amanhã no Teatro J. Safra. Edgard Scandurra e Silvia Tape fazem show hoje, no Estéreo MIS "" Samsung Conecta, às 20h. Grátis. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO.
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Como é feita uma prancha de surfe?
Conheça o processo de criação de uma prancha de surfe no videográfico acima. Saiba Mais
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Como é feita uma prancha de surfe?Conheça o processo de criação de uma prancha de surfe no videográfico acima. Saiba Mais
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Aura descontraída e menu com bons achados marcam nova fase do Figo
O ambiente descontraído, começando pela ampla varanda frontal, é o primeiro atrativo para o público da nova fase do restaurante Figo. Num bairro residencial, sem muitos executivos, essa aura ajuda a deixar à vontade o pessoal da região. Inaugurada há quatro anos pela chef Luiza Hoffmann, desde 2013 a casa pertence à administradora Maria Fernanda La Regina, 42, que abandonou a carreira empresarial para se aventurar em um novo ramo. O restaurante passou por uma reforma –a cozinha também sofreu mudanças, mas manteve o estilo eclético, procurando leveza e modernidade. No final do ano, assumiu a chef paulista Stella Roux, 27, que já trabalhava na casa. A jovem chef iniciou a carreira no litoral paulista com o chef Eudes Assis; depois foi por um ano e meio estagiária no estrelado À La Côte Saint Jacques, na França, conhecido por seu apuro técnico. O cardápio não tem uma linha muito definida, é difícil notar um conjunto, como se fosse uma reunião um pouco aleatória de pratos apreciados pela proprietária ou pela chef. Mas tem vários bons achados. As ostras frescas têm um toque sutil do vinagrete da casa; já nos tentáculos de polvo é tão sutil o vinagrete de caju que mal se percebe (mas não sei se faz falta). Um prato que vale pedir como entrada (meia porção), pois é mais leve do que parece e instiga o paladar, é o nhoque de beterraba com creme de parmesão e aspargos. O robalo na manteiga de sálvia é feito com precisão e o risoto de banana-da-terra, que poderia ser enjoativo, é equilibrado: devem ser lembranças da cozinha caiçara. Já a moqueca baiana de pupunha com camarão sofre pelos acompanhamentos –a farofa necessitaria de mais caldo; e "o arroz de 12 grãos", que pode funcionar como centro de um prato, aqui atrapalha (arroz branco ou de leite de coco iriam melhor). O bacalhau com legumes confitados, além de saboroso, acerta no ponto do peixe e na textura dos vegetais (tomate, pimentão, batata e cebola). Entre os cozidos, é destaque a fraldinha na cerveja com legumes e purê de batata. Sobremesa leve e saborosa: terrine de maçã com sorvete de creme e tuille de amêndoas. A conta sai um pouco alta porque as entradas são caras; os pratos, nem tanto. FIGO ENDEREÇO r. Diogo Jácome, 372, Vila Nova Conceição, tel. (11) 3044-3193 HORÁRIO de seg. a qui., das 12h às 15h30 e das 19h às 23h; sex. e sáb., das 12h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 12h às 16h30 AMBIENTE descontraído, com uma gostosa varanda na entrada SERVIÇO correto e atencioso VINHOS oferta bem distribuída, com opções de meia garrafa PREÇOS entradas, de R$ 28 a R$ 58; pratos, de R$ 48 a R$ 80; sobremesas, de R$ 15 a R$ 26; almoço executivo, R$ 55
comida
Aura descontraída e menu com bons achados marcam nova fase do FigoO ambiente descontraído, começando pela ampla varanda frontal, é o primeiro atrativo para o público da nova fase do restaurante Figo. Num bairro residencial, sem muitos executivos, essa aura ajuda a deixar à vontade o pessoal da região. Inaugurada há quatro anos pela chef Luiza Hoffmann, desde 2013 a casa pertence à administradora Maria Fernanda La Regina, 42, que abandonou a carreira empresarial para se aventurar em um novo ramo. O restaurante passou por uma reforma –a cozinha também sofreu mudanças, mas manteve o estilo eclético, procurando leveza e modernidade. No final do ano, assumiu a chef paulista Stella Roux, 27, que já trabalhava na casa. A jovem chef iniciou a carreira no litoral paulista com o chef Eudes Assis; depois foi por um ano e meio estagiária no estrelado À La Côte Saint Jacques, na França, conhecido por seu apuro técnico. O cardápio não tem uma linha muito definida, é difícil notar um conjunto, como se fosse uma reunião um pouco aleatória de pratos apreciados pela proprietária ou pela chef. Mas tem vários bons achados. As ostras frescas têm um toque sutil do vinagrete da casa; já nos tentáculos de polvo é tão sutil o vinagrete de caju que mal se percebe (mas não sei se faz falta). Um prato que vale pedir como entrada (meia porção), pois é mais leve do que parece e instiga o paladar, é o nhoque de beterraba com creme de parmesão e aspargos. O robalo na manteiga de sálvia é feito com precisão e o risoto de banana-da-terra, que poderia ser enjoativo, é equilibrado: devem ser lembranças da cozinha caiçara. Já a moqueca baiana de pupunha com camarão sofre pelos acompanhamentos –a farofa necessitaria de mais caldo; e "o arroz de 12 grãos", que pode funcionar como centro de um prato, aqui atrapalha (arroz branco ou de leite de coco iriam melhor). O bacalhau com legumes confitados, além de saboroso, acerta no ponto do peixe e na textura dos vegetais (tomate, pimentão, batata e cebola). Entre os cozidos, é destaque a fraldinha na cerveja com legumes e purê de batata. Sobremesa leve e saborosa: terrine de maçã com sorvete de creme e tuille de amêndoas. A conta sai um pouco alta porque as entradas são caras; os pratos, nem tanto. FIGO ENDEREÇO r. Diogo Jácome, 372, Vila Nova Conceição, tel. (11) 3044-3193 HORÁRIO de seg. a qui., das 12h às 15h30 e das 19h às 23h; sex. e sáb., das 12h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 12h às 16h30 AMBIENTE descontraído, com uma gostosa varanda na entrada SERVIÇO correto e atencioso VINHOS oferta bem distribuída, com opções de meia garrafa PREÇOS entradas, de R$ 28 a R$ 58; pratos, de R$ 48 a R$ 80; sobremesas, de R$ 15 a R$ 26; almoço executivo, R$ 55
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Festival de Teatro de Curitiba agregou pequenos espaços neste ano
O velho lema punk "faça você mesmo" não passou despercebido pelos artistas de teatro de Curitiba. A cada edição, surge na cidade ao menos um novo espaço privado. Às vezes, sob o custo de estender o linóleo no chão da garagem e pintar todas as paredes de preto. A organização do festival já anunciara que investiria numa aproximação com esse cenário artístico independente, e, nesta edição, o circuito das grandes salas agregou os pequenos espaços. Renato Borghi fez seu "Fim de Jogo" na sala da casa de um diretor veterano da cidade, Edson Bueno. E a ocupação com peças da Mostra Oficial na Casa Hoffman, construção histórica no largo da Ordem, estimulou notavelmente a circulação naquele região de boemia. Neste ano, a organização do festival jogou holofote também sobre o Ave Lola. Dentro de uma casa, o espaço sempre teve destaque no Fringe, mas se perdia no mar de 300 peças da mostra paralela. Agora, além de receber "Nuon", de Ana Rosa Tezza, o Ave Lola tem debates e encontros com artistas. No sábado, a um público sentado em pufes no quintal, Maria Alice Vergueiro e Borghi falaram sobre seus trabalhos na mostra —ela fez "Why the Horse?"— e relembraram histórias do desbunde cultural dos anos 1960 e 1970. Na segunda (28), Thiago Lacerda e o professor Stephan Baumgärtel receberam cerca de 30 pessoas para falar dos 400 anos da morte de Shakespeare. Nesta quinta (31), o espaço recebe Michele Moura, Cristian Duarte e Wagner Schwartz, que debaterão teatro e dança. O Fringe, por sua vez, mantém uma profusão de espaços independentes, como a sede da Cia. Senhas, na rua São Francisco, local de bares, teatros e galerias. Mais antiga, a Casa do Damaceno volta a cena com "Artista de Fuga". A sala é conjugada à residência onde Marcos Damaceno (diretor e autor da peça) vive com a mulher, Rosana Stavis, que também atua na montagem. No quintal da casa, servem-se chope, salgados e sanduíches. DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO Tebas Land História se desenrola durante o julgamento de um jovem acusado de matar o próprio pai Dias 30 e 31, às 21h Nuon Cambojanos que viveram sob o regime do Khmer Vermelho voltam e revisitam memórias Dias 30, 31 e 1º/4 (20h); 2 e 3 (18h) Quem Tem Medo de Travesti Um jovem se suicida por não suportar mais um mundo de preconceito e discriminação Dias 2 (21h) e 3 (19h)
ilustrada
Festival de Teatro de Curitiba agregou pequenos espaços neste anoO velho lema punk "faça você mesmo" não passou despercebido pelos artistas de teatro de Curitiba. A cada edição, surge na cidade ao menos um novo espaço privado. Às vezes, sob o custo de estender o linóleo no chão da garagem e pintar todas as paredes de preto. A organização do festival já anunciara que investiria numa aproximação com esse cenário artístico independente, e, nesta edição, o circuito das grandes salas agregou os pequenos espaços. Renato Borghi fez seu "Fim de Jogo" na sala da casa de um diretor veterano da cidade, Edson Bueno. E a ocupação com peças da Mostra Oficial na Casa Hoffman, construção histórica no largo da Ordem, estimulou notavelmente a circulação naquele região de boemia. Neste ano, a organização do festival jogou holofote também sobre o Ave Lola. Dentro de uma casa, o espaço sempre teve destaque no Fringe, mas se perdia no mar de 300 peças da mostra paralela. Agora, além de receber "Nuon", de Ana Rosa Tezza, o Ave Lola tem debates e encontros com artistas. No sábado, a um público sentado em pufes no quintal, Maria Alice Vergueiro e Borghi falaram sobre seus trabalhos na mostra —ela fez "Why the Horse?"— e relembraram histórias do desbunde cultural dos anos 1960 e 1970. Na segunda (28), Thiago Lacerda e o professor Stephan Baumgärtel receberam cerca de 30 pessoas para falar dos 400 anos da morte de Shakespeare. Nesta quinta (31), o espaço recebe Michele Moura, Cristian Duarte e Wagner Schwartz, que debaterão teatro e dança. O Fringe, por sua vez, mantém uma profusão de espaços independentes, como a sede da Cia. Senhas, na rua São Francisco, local de bares, teatros e galerias. Mais antiga, a Casa do Damaceno volta a cena com "Artista de Fuga". A sala é conjugada à residência onde Marcos Damaceno (diretor e autor da peça) vive com a mulher, Rosana Stavis, que também atua na montagem. No quintal da casa, servem-se chope, salgados e sanduíches. DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO Tebas Land História se desenrola durante o julgamento de um jovem acusado de matar o próprio pai Dias 30 e 31, às 21h Nuon Cambojanos que viveram sob o regime do Khmer Vermelho voltam e revisitam memórias Dias 30, 31 e 1º/4 (20h); 2 e 3 (18h) Quem Tem Medo de Travesti Um jovem se suicida por não suportar mais um mundo de preconceito e discriminação Dias 2 (21h) e 3 (19h)
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Saudita é condenado à prisão perpétua por ataque a embaixadas dos EUA
A Justiça de Nova York condenou nesta sexta-feira (15) à prisão perpétua o saudita Khalid al-Fawwaz por conspiração com a Al Qaeda para os ataques contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998. O empresário é apontado como a ponte entre Osama bin Laden, então líder da rede terrorista, e o Ocidente. Ele disseminava mensagens do terrorista em meios de comunicação europeus e mandava suprimentos a células do grupo na África. As autoridades americanas também o acusam de conduzir um centro de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão na década de 1990 e de ajudar a criar uma célula da Al Qaeda no Quênia, a autora dos atentados contra as representações diplomáticas. A sentença foi divulgada pelo juiz Lewis Kaplan, que o considerou culpado em quatro acusações de conspiração, e era a pena pedida pelas famílias das vítimas das duas ações, que deixaram 224 mortos e 5.000 feridos. Meses depois dos ataques, Fawwaz foi preso em Londres, mas só foi extraditado aos EUA em 2012 após longa batalha judicial nos tribunais britânicos. A sentença foi definida após cinco semanas de julgamento. Ele é o décimo condenado por relação com os ataques. Outro acusado dos acusados de participação do ataque que estava na fila dos réus, o líbio Abu Anas al-Libi morreu em janeiro vítima de um câncer descoberto enquanto estava preso. AUDIÊNCIA A audiência foi acompanhada por sobreviventes e parentes dos mortos pelo ataque. A ex-funcionária da embaixada dos EUA em Nairóbi Ellen Karas, que perdeu a visão no ataque, disse: "Eu adoro o mesmo Deus que você diz amar, mas o meu Deus não é vingativo e raivoso. Ele é cheio de amor". Antes da leitura da pena, o saudita disse aos familiares das vítimas estar arrependido do que fez. "Eu não apoio a violência e espero que algum dia as pessoas encontrem outros caminhos para viver suas diferenças sem violência." Em nota, a promotora responsável pelo caso, Preet Bharara, comemorou o veredicto. "Fawwaz conspirou a favor de um regime assassino, e o resultado foi um saldo terrível de terror e morte".
mundo
Saudita é condenado à prisão perpétua por ataque a embaixadas dos EUAA Justiça de Nova York condenou nesta sexta-feira (15) à prisão perpétua o saudita Khalid al-Fawwaz por conspiração com a Al Qaeda para os ataques contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998. O empresário é apontado como a ponte entre Osama bin Laden, então líder da rede terrorista, e o Ocidente. Ele disseminava mensagens do terrorista em meios de comunicação europeus e mandava suprimentos a células do grupo na África. As autoridades americanas também o acusam de conduzir um centro de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão na década de 1990 e de ajudar a criar uma célula da Al Qaeda no Quênia, a autora dos atentados contra as representações diplomáticas. A sentença foi divulgada pelo juiz Lewis Kaplan, que o considerou culpado em quatro acusações de conspiração, e era a pena pedida pelas famílias das vítimas das duas ações, que deixaram 224 mortos e 5.000 feridos. Meses depois dos ataques, Fawwaz foi preso em Londres, mas só foi extraditado aos EUA em 2012 após longa batalha judicial nos tribunais britânicos. A sentença foi definida após cinco semanas de julgamento. Ele é o décimo condenado por relação com os ataques. Outro acusado dos acusados de participação do ataque que estava na fila dos réus, o líbio Abu Anas al-Libi morreu em janeiro vítima de um câncer descoberto enquanto estava preso. AUDIÊNCIA A audiência foi acompanhada por sobreviventes e parentes dos mortos pelo ataque. A ex-funcionária da embaixada dos EUA em Nairóbi Ellen Karas, que perdeu a visão no ataque, disse: "Eu adoro o mesmo Deus que você diz amar, mas o meu Deus não é vingativo e raivoso. Ele é cheio de amor". Antes da leitura da pena, o saudita disse aos familiares das vítimas estar arrependido do que fez. "Eu não apoio a violência e espero que algum dia as pessoas encontrem outros caminhos para viver suas diferenças sem violência." Em nota, a promotora responsável pelo caso, Preet Bharara, comemorou o veredicto. "Fawwaz conspirou a favor de um regime assassino, e o resultado foi um saldo terrível de terror e morte".
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O rico legado do Museu de Imagens do Inconsciente
Nise da Silveira (1905-99) nasceu em Maceió e cursou a faculdade de medicina na Bahia, sendo a única mulher em uma turma de 127 homens. Mudou-se para o Rio, onde obteve aprovação no concurso para médico psiquiatra em 1933. No governo Vargas, residindo no hospital da Praia Vermelha, foi presa sob acusação de comunismo e afastada do serviço público de 1936 a 1944. Com a onda de democratização do país no final da Segunda Guerra, foi readmitida. Por não aceitar as formas de tratamento psiquiátrico em uso na época, como o eletrochoque, a lobotomia e o coma insulínico, Silveira criou, em 1946, no Centro Psiquiátrico Nacional (antigo hospital do Engenho de Dentro), no Rio, a Seção de Terapêutica Ocupacional. Entre 17 atividades diferentes, a produção dos setores de pintura e modelagem foi tão abundante e revelou-se de tão grande interesse científico que, em 1952, nasceu o Museu de Imagens do Inconsciente, que se tornou um centro de estudo e pesquisa. As imagens produzidas no ateliê levantavam perguntas que não encontravam respostas na formação psiquiátrica acadêmica. Ela observou, por exemplo, que formas circulares apareciam em grande quantidade na pintura dos esquizofrênicos. Fotografou dezenas dessas imagens e enviou uma carta a Carl Jung perguntando se eram realmente mandalas. A resposta confirmava suas indagações: as mandalas expressariam o potencial autocurativo da psique. Por meio dessa correspondência, a psicologia junguiana foi introduzida na América Latina. O Museu de Imagens do Inconsciente possui a maior e mais diversa coleção do gênero no mundo, documentando importante período da história da ciência e da cultura. Seu estágio de organização e pesquisa é uma referência e constitui genuíno patrimônio da humanidade. O grande interesse despertado por este acervo, aliado ao amplo espectro de pesquisas que ele permite, faz do museu uma instituição com potencial de crescimento inigualável, de proveito em especial para o desenvolvimento de ações ligadas à inclusão e ao desenvolvimento sociais combinadas com os novos conceitos de saúde cultural e sustentabilidade. Em 1947, o Museu de Imagens do Inconsciente realizou sua primeira exposição na sede do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro. Mário Pedrosa, então crítico de arte do jornal "Correio da Manhã", escreveu: "O artista não é aquele que sai diplomado da Escola Nacional de Belas Artes, do contrário não haveria artista entre os povos primitivos, inclusive entre os nossos índios. Uma das funções mais poderosas da arte –descoberta da psicologia moderna– é a revelação do inconsciente, e este é tão misterioso no normal como no chamado anormal. As imagens do inconsciente são apenas uma linguagem simbólica que o psiquiatra tem por dever decifrar. Mas ninguém impede que essas imagens e sinais sejam, além do mais, harmoniosas, sedutoras, dramáticas, vivas ou belas, enfim constituindo em si verdadeiras obras de arte". Hoje, a Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente está desenvolvendo um projeto para uma nova sede com o objetivo de ampliar suas múltiplas atividades. O acervo é estimado em 360 mil obras, sendo que as principais coleções (com 127 mil obras) são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O Arquivo Pessoal de Nise da Silveira foi incluído recentemente no Registro da Memória do Mundo da Unesco. Nosso país tem o dever de manter e dar desenvolvimento a esse trabalho –um dos tesouros mais valiosos da alma brasileira. LUIZ CARLOS MELLO, 64, é diretor e curador do Museu de Imagens do Inconsciente; trabalhou com Nise da Silveira durante 26 anos.
ilustrissima
O rico legado do Museu de Imagens do InconscienteNise da Silveira (1905-99) nasceu em Maceió e cursou a faculdade de medicina na Bahia, sendo a única mulher em uma turma de 127 homens. Mudou-se para o Rio, onde obteve aprovação no concurso para médico psiquiatra em 1933. No governo Vargas, residindo no hospital da Praia Vermelha, foi presa sob acusação de comunismo e afastada do serviço público de 1936 a 1944. Com a onda de democratização do país no final da Segunda Guerra, foi readmitida. Por não aceitar as formas de tratamento psiquiátrico em uso na época, como o eletrochoque, a lobotomia e o coma insulínico, Silveira criou, em 1946, no Centro Psiquiátrico Nacional (antigo hospital do Engenho de Dentro), no Rio, a Seção de Terapêutica Ocupacional. Entre 17 atividades diferentes, a produção dos setores de pintura e modelagem foi tão abundante e revelou-se de tão grande interesse científico que, em 1952, nasceu o Museu de Imagens do Inconsciente, que se tornou um centro de estudo e pesquisa. As imagens produzidas no ateliê levantavam perguntas que não encontravam respostas na formação psiquiátrica acadêmica. Ela observou, por exemplo, que formas circulares apareciam em grande quantidade na pintura dos esquizofrênicos. Fotografou dezenas dessas imagens e enviou uma carta a Carl Jung perguntando se eram realmente mandalas. A resposta confirmava suas indagações: as mandalas expressariam o potencial autocurativo da psique. Por meio dessa correspondência, a psicologia junguiana foi introduzida na América Latina. O Museu de Imagens do Inconsciente possui a maior e mais diversa coleção do gênero no mundo, documentando importante período da história da ciência e da cultura. Seu estágio de organização e pesquisa é uma referência e constitui genuíno patrimônio da humanidade. O grande interesse despertado por este acervo, aliado ao amplo espectro de pesquisas que ele permite, faz do museu uma instituição com potencial de crescimento inigualável, de proveito em especial para o desenvolvimento de ações ligadas à inclusão e ao desenvolvimento sociais combinadas com os novos conceitos de saúde cultural e sustentabilidade. Em 1947, o Museu de Imagens do Inconsciente realizou sua primeira exposição na sede do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro. Mário Pedrosa, então crítico de arte do jornal "Correio da Manhã", escreveu: "O artista não é aquele que sai diplomado da Escola Nacional de Belas Artes, do contrário não haveria artista entre os povos primitivos, inclusive entre os nossos índios. Uma das funções mais poderosas da arte –descoberta da psicologia moderna– é a revelação do inconsciente, e este é tão misterioso no normal como no chamado anormal. As imagens do inconsciente são apenas uma linguagem simbólica que o psiquiatra tem por dever decifrar. Mas ninguém impede que essas imagens e sinais sejam, além do mais, harmoniosas, sedutoras, dramáticas, vivas ou belas, enfim constituindo em si verdadeiras obras de arte". Hoje, a Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente está desenvolvendo um projeto para uma nova sede com o objetivo de ampliar suas múltiplas atividades. O acervo é estimado em 360 mil obras, sendo que as principais coleções (com 127 mil obras) são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O Arquivo Pessoal de Nise da Silveira foi incluído recentemente no Registro da Memória do Mundo da Unesco. Nosso país tem o dever de manter e dar desenvolvimento a esse trabalho –um dos tesouros mais valiosos da alma brasileira. LUIZ CARLOS MELLO, 64, é diretor e curador do Museu de Imagens do Inconsciente; trabalhou com Nise da Silveira durante 26 anos.
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Segredo de Bolt está nas passadas longas e mais tempo no ar
Usain Bolt dominou as provas de velocidade masculinas do campeonato mundial de atletismo nesta semana. Ele venceu os 100 m e 200 m, além de ter ajudado a equipe da Jamaica a levar o ouro no revezamento 4 x 100 m. Desde a Olimpíada de Pequim, em 2008, Bolt ganhou todas as provas de que participou no campeonato mundial e nos Jogos Olímpicos, com exceção de uma, em que foi desqualificado por ter queimado a largada. Usain Bolt Qual é seu segredo? Quando corredores amadores querem acelerar, eles costumam mover suas pernas o mais rápido possível. Então, é possível pensar que Bolt consegue a façanha ao mover suas pernas mais rápido do que seus rivais. Mas esta ideia não se sustenta. "Velocistas de elite não movem suas pernas mais rápido do que os amadores", diz Sam Allen, da Universidade de Loughborough, na Inglaterra. O que faz Bolt ir mais rápido é, na verdade, o fato de ele dar passadas mais longas e fortes. Pesquisas mostram que um corredor amador normalmente dá entre 50 e 55 passos para completar uma prova de 100 metros, enquanto um velocista profissional dá em média 45. "Atletas de elite têm mais impulsão, porque têm mais fibras musculares capazes de realizar movimentos rápidos. Eles passam menos tempo em contato com o chão, o que permite que se propulsionem para frente ainda mais rapidamente", afirma Allen. Estudos realizados pelo pesquisador americano Peter Weyand chegaram à conclusão que, ao atingir sua velocidade máxima, um corredor de elite normalmente passa 0,08 segundos em contato com o solo em cada passada, em comparação com 0,12 segundos de um corredor amador. DESTAQUE ENTRE OS MELHORES Sam Allen diz que os velocistas mais rápidos passam cerca de 60% do tempo no ar, sem tocar os pés no chão, enquanto um amador passa 50% do tempo assim. Mas Bolt se destaca até mesmo entre os principais velocistas do mundo, em parte por causa de sua altura. "Bolt é um anormalidade genética. Com 1,95 m de altura, ele não deveria ser capaz de acelerar tanto quanto consegue, por causa do comprimento de suas pernas", diz o ex-velocista britânico Craig Pickering. Bolt normalmente completa uma prova de 100 metros rasos com 41 passos, cerca de três ou quatro a menos que seus adversários. "O comprimento da passada é o principal fator que diferencia um bom corredor, capaz de correr os 100 metros em menos de dez segundos, daqueles que não conseguem fazer isso", afirma Pickering. "No início da corrida, você quer dar passos mais curtos para acelerar, mas, como ele é muito alto, ele não pode fazer isso. Mas, quando atinge sua velocidade máxima, Bolt fica em grande vantagem em relação a todos os outros, porque consegue dar menos passadas." É verdade que o treinamento pode ajudar qualquer atleta a ser mais rápido, mas Sam Allen diz que "os melhores velocistas sempre se beneficiarão do fato de terem um grande talento natural" - como o de Bolt.
bbc
Segredo de Bolt está nas passadas longas e mais tempo no arUsain Bolt dominou as provas de velocidade masculinas do campeonato mundial de atletismo nesta semana. Ele venceu os 100 m e 200 m, além de ter ajudado a equipe da Jamaica a levar o ouro no revezamento 4 x 100 m. Desde a Olimpíada de Pequim, em 2008, Bolt ganhou todas as provas de que participou no campeonato mundial e nos Jogos Olímpicos, com exceção de uma, em que foi desqualificado por ter queimado a largada. Usain Bolt Qual é seu segredo? Quando corredores amadores querem acelerar, eles costumam mover suas pernas o mais rápido possível. Então, é possível pensar que Bolt consegue a façanha ao mover suas pernas mais rápido do que seus rivais. Mas esta ideia não se sustenta. "Velocistas de elite não movem suas pernas mais rápido do que os amadores", diz Sam Allen, da Universidade de Loughborough, na Inglaterra. O que faz Bolt ir mais rápido é, na verdade, o fato de ele dar passadas mais longas e fortes. Pesquisas mostram que um corredor amador normalmente dá entre 50 e 55 passos para completar uma prova de 100 metros, enquanto um velocista profissional dá em média 45. "Atletas de elite têm mais impulsão, porque têm mais fibras musculares capazes de realizar movimentos rápidos. Eles passam menos tempo em contato com o chão, o que permite que se propulsionem para frente ainda mais rapidamente", afirma Allen. Estudos realizados pelo pesquisador americano Peter Weyand chegaram à conclusão que, ao atingir sua velocidade máxima, um corredor de elite normalmente passa 0,08 segundos em contato com o solo em cada passada, em comparação com 0,12 segundos de um corredor amador. DESTAQUE ENTRE OS MELHORES Sam Allen diz que os velocistas mais rápidos passam cerca de 60% do tempo no ar, sem tocar os pés no chão, enquanto um amador passa 50% do tempo assim. Mas Bolt se destaca até mesmo entre os principais velocistas do mundo, em parte por causa de sua altura. "Bolt é um anormalidade genética. Com 1,95 m de altura, ele não deveria ser capaz de acelerar tanto quanto consegue, por causa do comprimento de suas pernas", diz o ex-velocista britânico Craig Pickering. Bolt normalmente completa uma prova de 100 metros rasos com 41 passos, cerca de três ou quatro a menos que seus adversários. "O comprimento da passada é o principal fator que diferencia um bom corredor, capaz de correr os 100 metros em menos de dez segundos, daqueles que não conseguem fazer isso", afirma Pickering. "No início da corrida, você quer dar passos mais curtos para acelerar, mas, como ele é muito alto, ele não pode fazer isso. Mas, quando atinge sua velocidade máxima, Bolt fica em grande vantagem em relação a todos os outros, porque consegue dar menos passadas." É verdade que o treinamento pode ajudar qualquer atleta a ser mais rápido, mas Sam Allen diz que "os melhores velocistas sempre se beneficiarão do fato de terem um grande talento natural" - como o de Bolt.
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Expulso, Neymar chama juiz de 'fraco' e rechaça nervosismo por processo
Na partida desta quarta-feira (17) contra a Colômbia, Neymar recebeu seu segundo amarelo na competição, deu uma bolada em Armero e uma cabeçada em Bacca, foi expulso, e mostrou-se irritadiço durante toda a partida. Após o jogo, o atacante ainda parecia nervoso e reclamou do árbitro, o chileno Enrique Osses. "Acabo sempre me estressando com árbitros fracos. Curioso que sempre tem cartão para o Neymar. Agora é sentar e chorar", disse. Neymar será julgado nesta quinta-feira (18), às 11h, pelo Tribunal de Disciplina da Conmebol por sua expulsão, e o Brasil pode até perder seu principal jogador por mais de duas partidas. "O cartão que me tirou da competição foi injusto, mas eu vou falar o quê? Já aconteceu. O jogador da Colômbia hoje limpou a espuma e não tomou cartão. Tem que ver isso também. Eu confio nos meus companheiros e sei que eles farão de tudo para vencer o jogo", concluiu o atacante. O técnico Dunga disse acreditar que o processo na Justiça espanhola contra o jogador, tornado público nesta quarta, pode ter enervado Neymar e atrapalhado sua performance. O jogador, no entanto, negou que estar mais nervoso que o habitual por qualquer motivo extra-campo. "Estou nervoso por causa da partida. Sou assim todos os jogos, não gosto de perder as jogadas e acabo me estressando um pouco com os árbitros fracos. Segundo jogo que temos a sorte de ter um juiz fraco", disse. "Acabei me estranhando com o zagueiro. Tomei um soco, empurrão, não vi mais nada e fui expulso", completou. Com o resultado, o time brasileiro continuou com três pontos, a mesma marca de Colômbia e Venezuela, que ainda joga nesta quinta (18). Os venezuelanos, inclusive, são os adversários do Brasil na próxima rodada, no domingo. Infográfico Seleções na Copa América
esporte
Expulso, Neymar chama juiz de 'fraco' e rechaça nervosismo por processoNa partida desta quarta-feira (17) contra a Colômbia, Neymar recebeu seu segundo amarelo na competição, deu uma bolada em Armero e uma cabeçada em Bacca, foi expulso, e mostrou-se irritadiço durante toda a partida. Após o jogo, o atacante ainda parecia nervoso e reclamou do árbitro, o chileno Enrique Osses. "Acabo sempre me estressando com árbitros fracos. Curioso que sempre tem cartão para o Neymar. Agora é sentar e chorar", disse. Neymar será julgado nesta quinta-feira (18), às 11h, pelo Tribunal de Disciplina da Conmebol por sua expulsão, e o Brasil pode até perder seu principal jogador por mais de duas partidas. "O cartão que me tirou da competição foi injusto, mas eu vou falar o quê? Já aconteceu. O jogador da Colômbia hoje limpou a espuma e não tomou cartão. Tem que ver isso também. Eu confio nos meus companheiros e sei que eles farão de tudo para vencer o jogo", concluiu o atacante. O técnico Dunga disse acreditar que o processo na Justiça espanhola contra o jogador, tornado público nesta quarta, pode ter enervado Neymar e atrapalhado sua performance. O jogador, no entanto, negou que estar mais nervoso que o habitual por qualquer motivo extra-campo. "Estou nervoso por causa da partida. Sou assim todos os jogos, não gosto de perder as jogadas e acabo me estressando um pouco com os árbitros fracos. Segundo jogo que temos a sorte de ter um juiz fraco", disse. "Acabei me estranhando com o zagueiro. Tomei um soco, empurrão, não vi mais nada e fui expulso", completou. Com o resultado, o time brasileiro continuou com três pontos, a mesma marca de Colômbia e Venezuela, que ainda joga nesta quinta (18). Os venezuelanos, inclusive, são os adversários do Brasil na próxima rodada, no domingo. Infográfico Seleções na Copa América
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Alalaô: Carnaval de rua de SP começa hoje; confira a agenda do fim de semana
O Carnaval de rua de São Paulo dá nesta sexta-feira (30) sua largada em uma maratona que vai durar até o dia 1º de março. Pelo menos 17 blocos, arrastando ao todo cerca de 100 mil foliões, desfilarão até este domingo, ... Leia post completo no blog
cotidiano
Alalaô: Carnaval de rua de SP começa hoje; confira a agenda do fim de semanaO Carnaval de rua de São Paulo dá nesta sexta-feira (30) sua largada em uma maratona que vai durar até o dia 1º de março. Pelo menos 17 blocos, arrastando ao todo cerca de 100 mil foliões, desfilarão até este domingo, ... Leia post completo no blog
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Especialistas dão dicas para decorar e ganhar mais espaço em microapartamentos
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Com o aumento da procura por apartamentos de até 45 m² na cidade, a sãopaulo conversou com especialistas e moradores desses espaços para pegar dicas de como lidar com eles. Entre os entrevistados estão o arquiteto Daniel Falcão, Mauricio Nakane, designer de produto da Oppa, e Patrícia de Palma, decoradora do SP Estúdio. Veja as dicas a seguir: * 1. Aceite que é preciso fazer escolhas: não vai caber tudo. Pode ser preciso escolher entre liquidificador e micro-ondas, ou entre uma coleção de livros e uma de filmes, por exemplo. 2. Luzes direcionadas para diferentes pontos ajudam a gerar a sensação de ambientes diferentes. 3. Móveis feitos sob medida são a melhor opção para otimizar o espaço, embora tenham custo elevado. 4. Espelhos nas paredes ajudam a fazer o ambiente parecer maior. 5. Móveis baixos dão a impressão de espaço mais amplo. 6. Aposte em cores claras nas paredes, como branco. 7. Para receber amigos, arrume a cama. Ela está sempre à vista. 8. Ao cozinhar, exaustor é fundamental. Em alguns casos, ventilador também.
saopaulo
Especialistas dão dicas para decorar e ganhar mais espaço em microapartamentosRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Com o aumento da procura por apartamentos de até 45 m² na cidade, a sãopaulo conversou com especialistas e moradores desses espaços para pegar dicas de como lidar com eles. Entre os entrevistados estão o arquiteto Daniel Falcão, Mauricio Nakane, designer de produto da Oppa, e Patrícia de Palma, decoradora do SP Estúdio. Veja as dicas a seguir: * 1. Aceite que é preciso fazer escolhas: não vai caber tudo. Pode ser preciso escolher entre liquidificador e micro-ondas, ou entre uma coleção de livros e uma de filmes, por exemplo. 2. Luzes direcionadas para diferentes pontos ajudam a gerar a sensação de ambientes diferentes. 3. Móveis feitos sob medida são a melhor opção para otimizar o espaço, embora tenham custo elevado. 4. Espelhos nas paredes ajudam a fazer o ambiente parecer maior. 5. Móveis baixos dão a impressão de espaço mais amplo. 6. Aposte em cores claras nas paredes, como branco. 7. Para receber amigos, arrume a cama. Ela está sempre à vista. 8. Ao cozinhar, exaustor é fundamental. Em alguns casos, ventilador também.
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A USP e sua crise
Mais relevante instituição de pesquisa e ensino superior do país, a Universidade de São Paulo enfrenta desde 2013 a maior crise financeira da história recente, que a aproxima perigosamente do limiar da insolvência. Os gastos da instituição em 2016 devem exceder em R$ 625 milhões sua dotação orçamentária, baseada, desde o final da década de 1980, em uma parcela fixa —hoje de 5%— da receita do ICMS pago pelo contribuinte paulista. Desde que assumiu o cargo de reitor da instituição, em 2014, Marco Antonio Zago foi impelido a buscar providências para tapar o buraco nas contas. Além de congelar novas contratações e suspender o início de obras, instituiu, no ano passado, um programa de demissão voluntária para servidores que não pertencem ao corpo docente. Nesta semana, a universidade decidiu retomar a iniciativa. A primeira versão do plano levou à saída de 1.433 dos então 17.300 servidores técnico-administrativos, com economia de cerca de 4% na folha de pagamentos, aquém dos 6,5% desejados. Agora, não há mais uma meta a ser atingida. Ainda que com resultados modestos, a medida afigura-se crucial neste momento. Apenas a folha deve consumir neste ano 106% de tudo o que a instituição arrecada. Para honrar seus compromissos, a universidade tem recorrido à sua reserva estratégica. Esse fundo deveria servir para investimentos e apoio a pesquisas inovadoras, não para esvair-se no rombo sem fundo dos gastos com pessoal. Em 2012, tal reserva somava R$ 3,2 bilhões; deve chegar a cerca de R$ 590 milhões até o final do ano. O sindicato dos funcionários vê na medida uma tentativa de sucateamento da USP. Seus representados estão em greve há quase dois meses, exigindo aumentos salariais e novas contratações —pleito que, neste momento, deveria ser tratado como delírio corporativista. O que de fato ameaça a missão científica e acadêmica da USP é sua presente agonia orçamentária. As medidas adotadas por Zago vão na direção correta, mas não passam de paliativos. Na raiz do problema estão a rigidez do regime de contratações e a iniquidade das pensões integrais pagas a seus aposentados, temas que dependem de alterações legislativas. A saída, não só para USP mas para o conjunto das universidades públicas, é buscar eficiência dos gastos e novas fontes de receita —pauta que deve incluir ideias mais ousadas, como a cobrança de mensalidades para os alunos capazes de custear seus estudos. [email protected]
opiniao
A USP e sua criseMais relevante instituição de pesquisa e ensino superior do país, a Universidade de São Paulo enfrenta desde 2013 a maior crise financeira da história recente, que a aproxima perigosamente do limiar da insolvência. Os gastos da instituição em 2016 devem exceder em R$ 625 milhões sua dotação orçamentária, baseada, desde o final da década de 1980, em uma parcela fixa —hoje de 5%— da receita do ICMS pago pelo contribuinte paulista. Desde que assumiu o cargo de reitor da instituição, em 2014, Marco Antonio Zago foi impelido a buscar providências para tapar o buraco nas contas. Além de congelar novas contratações e suspender o início de obras, instituiu, no ano passado, um programa de demissão voluntária para servidores que não pertencem ao corpo docente. Nesta semana, a universidade decidiu retomar a iniciativa. A primeira versão do plano levou à saída de 1.433 dos então 17.300 servidores técnico-administrativos, com economia de cerca de 4% na folha de pagamentos, aquém dos 6,5% desejados. Agora, não há mais uma meta a ser atingida. Ainda que com resultados modestos, a medida afigura-se crucial neste momento. Apenas a folha deve consumir neste ano 106% de tudo o que a instituição arrecada. Para honrar seus compromissos, a universidade tem recorrido à sua reserva estratégica. Esse fundo deveria servir para investimentos e apoio a pesquisas inovadoras, não para esvair-se no rombo sem fundo dos gastos com pessoal. Em 2012, tal reserva somava R$ 3,2 bilhões; deve chegar a cerca de R$ 590 milhões até o final do ano. O sindicato dos funcionários vê na medida uma tentativa de sucateamento da USP. Seus representados estão em greve há quase dois meses, exigindo aumentos salariais e novas contratações —pleito que, neste momento, deveria ser tratado como delírio corporativista. O que de fato ameaça a missão científica e acadêmica da USP é sua presente agonia orçamentária. As medidas adotadas por Zago vão na direção correta, mas não passam de paliativos. Na raiz do problema estão a rigidez do regime de contratações e a iniquidade das pensões integrais pagas a seus aposentados, temas que dependem de alterações legislativas. A saída, não só para USP mas para o conjunto das universidades públicas, é buscar eficiência dos gastos e novas fontes de receita —pauta que deve incluir ideias mais ousadas, como a cobrança de mensalidades para os alunos capazes de custear seus estudos. [email protected]
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Comcast, dona da 'NBCUniversal', negocia compra do Dreamworks
Depois de anos de flerte ocasional, a Comcast está negociando a aquisição da Dreamworks Animation, pequeno estúdio dirigido por Jeffrey Katzenberg, que vem enfrentando dificuldades para escapar a um ciclo de expansão e contração propelido pelos seus lançamentos esporádicos. A possível transação avaliaria a Dreamworks Animation em cerca de US$ 3 bilhões, ou cerca de 30% acima de seu atual valor de mercado, de acordo com duas pessoas informadas sobre as negociações, que falaram sob a condição de que seus nomes não fossem mencionados porque não estão autorizadas a discutir o assunto. As negociações foram reportadas inicialmente pelo "Wall Street Journal". Se o acordo der certo —o que ainda é dúvida, dado o histórico complicado da Dreamworks Animation em termos de fusões e vendas que não se concretizaram—, a Comcast combinaria a empresa à Illumination Entertainment, sua divisão de animação, de acordo com as mesmas fontes. Christopher Meledandri, o presidente-executivo da Illumination, que conquistou sucesso com filmes de baixo custo e alta bilheteria como "Meu Malvado Favorito", provavelmente ficaria no comando da operação combinada. Isso quase certamente resultaria na saída de Katzenberg e em demissões na Dreamworks Animation, sediada em Glendale, Califórnia. Um porta-voz da Dreamworks Animation, responsável por filmes como as séries "Shrek", "Kung Fu Panda" e "Madagascar", se recusou a comentar. Representantes da Comcast, que também controla a NBCUniversal, não foram localizados de imediato. Uma porta-voz da Universal Pictures se recusou a comentar. A Dreamworks Animation foi criada em 2004, por cisão do DreamWorks Studios, empresa de capital fechado controlada por Steven Spielberg, e provavelmente atraiu o interesse da Comcast por conta dos direitos de propriedade intelectual que controla. Além de suas séries de filmes, algumas das quais estão hibernando, como "Shrek", a empresa controla um acervo de antigos personagens de animação, como "Gasparzinho, o fantasminha camarada", por meio de sua divisão Dreamworks Classics. A Dreamworks Animation também fornece desenhos animados para TV a parceiros como a Netflix, e controla parte da Awesomeness TV, uma produtora e distribuidora de programas on-line que vem conquistando muito sucesso, especialmente entre as adolescentes. Nos últimos anos, quando o setor de cinema passou a depender mais e mais de séries de filmes e concorrentes mais ágeis, a exemplo da Illumination, emergiram no segmento de animação, Katzenberg tentou diversas estratégias para firmar seu estúdio. Em 2014, houve uma tentativa frustrada de aquisição pelo Softbank, gigante japonês da Internet e telecomunicações. Dois meses depois, a fabricante de brinquedos Hasbro e a Dreamworks Animation estudaram uma possível fusão, mas o esforço fracassou depois que o preço das ações da Hasbro despencou e um importante cliente da Hasbro, a Disney, expressou insatisfação. Katzenberg, que ao longo dos anos tentou organizar arranjos semelhantes com diversas companhias do setor de entretenimento, entre as quais a Comcast, optou então por manter a independência do estúdio. Em janeiro de 2015, ele demitiu 500 funcionários, ou 19% do pessoal da empresa, e afirmou que seu foco voltaria a ser a produção de filmes. Os resultados até agora são contraditórios. "Kung Fu Panda 3", lançado em janeiro, recebeu críticas positivas e faturou US$ 504 milhões em termos mundiais. Mas os analistas esperavam bilheteria maior. "Kung Fu Panda 2" arrecadou US$ 665,7 milhões em 2011. (A Dreamworks Animation paga uma comissão à 20th Century Fox para distribuir seus filmes.) Na semana passada, Doug Creutz, analista da Cowen and Co., escreveu em uma nota de pesquisa que os novos projetos da Dreamworks Animation, entre os quais "The Boss Baby", com lançamento marcado para o ano que vem, o preocupam. "Achamos que ser o quarto, quinto ou sexto melhor estúdio de animação, atrás da Disney Feature Animation, Pixar, Illumination e possivelmente Blue Sky e/ou Warner Bros, não é uma boa posição", escreveu Creutz. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
Comcast, dona da 'NBCUniversal', negocia compra do DreamworksDepois de anos de flerte ocasional, a Comcast está negociando a aquisição da Dreamworks Animation, pequeno estúdio dirigido por Jeffrey Katzenberg, que vem enfrentando dificuldades para escapar a um ciclo de expansão e contração propelido pelos seus lançamentos esporádicos. A possível transação avaliaria a Dreamworks Animation em cerca de US$ 3 bilhões, ou cerca de 30% acima de seu atual valor de mercado, de acordo com duas pessoas informadas sobre as negociações, que falaram sob a condição de que seus nomes não fossem mencionados porque não estão autorizadas a discutir o assunto. As negociações foram reportadas inicialmente pelo "Wall Street Journal". Se o acordo der certo —o que ainda é dúvida, dado o histórico complicado da Dreamworks Animation em termos de fusões e vendas que não se concretizaram—, a Comcast combinaria a empresa à Illumination Entertainment, sua divisão de animação, de acordo com as mesmas fontes. Christopher Meledandri, o presidente-executivo da Illumination, que conquistou sucesso com filmes de baixo custo e alta bilheteria como "Meu Malvado Favorito", provavelmente ficaria no comando da operação combinada. Isso quase certamente resultaria na saída de Katzenberg e em demissões na Dreamworks Animation, sediada em Glendale, Califórnia. Um porta-voz da Dreamworks Animation, responsável por filmes como as séries "Shrek", "Kung Fu Panda" e "Madagascar", se recusou a comentar. Representantes da Comcast, que também controla a NBCUniversal, não foram localizados de imediato. Uma porta-voz da Universal Pictures se recusou a comentar. A Dreamworks Animation foi criada em 2004, por cisão do DreamWorks Studios, empresa de capital fechado controlada por Steven Spielberg, e provavelmente atraiu o interesse da Comcast por conta dos direitos de propriedade intelectual que controla. Além de suas séries de filmes, algumas das quais estão hibernando, como "Shrek", a empresa controla um acervo de antigos personagens de animação, como "Gasparzinho, o fantasminha camarada", por meio de sua divisão Dreamworks Classics. A Dreamworks Animation também fornece desenhos animados para TV a parceiros como a Netflix, e controla parte da Awesomeness TV, uma produtora e distribuidora de programas on-line que vem conquistando muito sucesso, especialmente entre as adolescentes. Nos últimos anos, quando o setor de cinema passou a depender mais e mais de séries de filmes e concorrentes mais ágeis, a exemplo da Illumination, emergiram no segmento de animação, Katzenberg tentou diversas estratégias para firmar seu estúdio. Em 2014, houve uma tentativa frustrada de aquisição pelo Softbank, gigante japonês da Internet e telecomunicações. Dois meses depois, a fabricante de brinquedos Hasbro e a Dreamworks Animation estudaram uma possível fusão, mas o esforço fracassou depois que o preço das ações da Hasbro despencou e um importante cliente da Hasbro, a Disney, expressou insatisfação. Katzenberg, que ao longo dos anos tentou organizar arranjos semelhantes com diversas companhias do setor de entretenimento, entre as quais a Comcast, optou então por manter a independência do estúdio. Em janeiro de 2015, ele demitiu 500 funcionários, ou 19% do pessoal da empresa, e afirmou que seu foco voltaria a ser a produção de filmes. Os resultados até agora são contraditórios. "Kung Fu Panda 3", lançado em janeiro, recebeu críticas positivas e faturou US$ 504 milhões em termos mundiais. Mas os analistas esperavam bilheteria maior. "Kung Fu Panda 2" arrecadou US$ 665,7 milhões em 2011. (A Dreamworks Animation paga uma comissão à 20th Century Fox para distribuir seus filmes.) Na semana passada, Doug Creutz, analista da Cowen and Co., escreveu em uma nota de pesquisa que os novos projetos da Dreamworks Animation, entre os quais "The Boss Baby", com lançamento marcado para o ano que vem, o preocupam. "Achamos que ser o quarto, quinto ou sexto melhor estúdio de animação, atrás da Disney Feature Animation, Pixar, Illumination e possivelmente Blue Sky e/ou Warner Bros, não é uma boa posição", escreveu Creutz. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Jornalista de TV russa admite ter provocado incêndio para reportagem
Um jornalista da TV estatal russa foi duramente criticado após ter admitido que colocou fogo em um matagal para incrementar uma reportagem sobre incêndios em florestas. Moradores de um vilarejo na Sibéria acusaram o repórter Mikhail Akinchenko, da emissora Canal 1, de jogar propositalmente uma bituca de cigarro acesa sobre uma pilha de mato seco, segundo a agência de notícias local Khakassia. Após o incidente, o jornalista contou à polícia que queria obter algumas "imagens de apoio" para uma reportagem sobre incêndios em florestas que mataram 30 pessoas na região. O Canal 1 confirmou o ocorrido e pediu desculpas pelo episódio, classificando a atitude do repórter de "negligência". A polícia investiga agora se o incêndio foi culposo. "Posso resumir essa situação em uma única palavra: idiota", afirmou o diretor de jornalismo do Canal 1, Kirill Kleimenov, à rádio russa RSN. "É claro que ele será punido. Um repórter precisa usar sua cabeça para pensar no que está fazendo". Ele acrescentou, por outro lado, que Akinchenko é um "bom correspondente e boa pessoa" e que não seria demitido. A agência de notícias afirmou que o episódio é um exemplo do "cinismo" dos jornalistas da TV estatal russa. Críticos acusam a imprensa pró-Kremlin e outras organizações de mídia de distorcer a realidade? os frequentes incêndios florestais no país seriam um dos principais exemplos disso, dizem eles. Em 2010, o grupo pró-Kremlin Jovem Guarda postou um vídeo no YouTube mostrando integrantes da organização debelando um incêndio florestal teria sido, na verdade, encenado para as câmeras de TV.
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Jornalista de TV russa admite ter provocado incêndio para reportagemUm jornalista da TV estatal russa foi duramente criticado após ter admitido que colocou fogo em um matagal para incrementar uma reportagem sobre incêndios em florestas. Moradores de um vilarejo na Sibéria acusaram o repórter Mikhail Akinchenko, da emissora Canal 1, de jogar propositalmente uma bituca de cigarro acesa sobre uma pilha de mato seco, segundo a agência de notícias local Khakassia. Após o incidente, o jornalista contou à polícia que queria obter algumas "imagens de apoio" para uma reportagem sobre incêndios em florestas que mataram 30 pessoas na região. O Canal 1 confirmou o ocorrido e pediu desculpas pelo episódio, classificando a atitude do repórter de "negligência". A polícia investiga agora se o incêndio foi culposo. "Posso resumir essa situação em uma única palavra: idiota", afirmou o diretor de jornalismo do Canal 1, Kirill Kleimenov, à rádio russa RSN. "É claro que ele será punido. Um repórter precisa usar sua cabeça para pensar no que está fazendo". Ele acrescentou, por outro lado, que Akinchenko é um "bom correspondente e boa pessoa" e que não seria demitido. A agência de notícias afirmou que o episódio é um exemplo do "cinismo" dos jornalistas da TV estatal russa. Críticos acusam a imprensa pró-Kremlin e outras organizações de mídia de distorcer a realidade? os frequentes incêndios florestais no país seriam um dos principais exemplos disso, dizem eles. Em 2010, o grupo pró-Kremlin Jovem Guarda postou um vídeo no YouTube mostrando integrantes da organização debelando um incêndio florestal teria sido, na verdade, encenado para as câmeras de TV.
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Balanço vai ajudar a recuperar boa imagem da Petrobras, diz Temer
Em visita à Espanha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que as demonstrações financeiras da Petrobras –que devem ser divulgadas nesta quarta-feira (22) –vão "tirar aquela coisa de que [a estatal] está numa péssima situação". "O balanço vai ajudar exatamente a recuperar a boa imagem da Petrobras", disse Temer. As demonstrações auditadas, do terceiro trimestre e anual de 2014, são esperadas para depois do fechamento do mercado. Houve atraso devido à descoberta do esquema de corrupção pelas investigações da Operação Lava Jato. Temer chegou a Madri na terça-feira (21) à noite e iniciou, na quarta, seus compromissos com um encontro com o rei espanhol Felipe. No começo da tarde, o vice-presidente discursou no encerramento de um seminário empresarial Brasil-Espanha. Ali, comparou as trajetórias econômicas de ambos. "A exemplo de outros países, a economia espanhola enfrentou desafios recentemente, mas já voltou a apresentar dados positivos. Com o Brasil, vislumbramos cenário semelhante." À imprensa, Temer voltou a insistir em que "não há nenhum problema institucional no nosso país", respondendo à hipótese de que possa ser presidente após um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. Questionado sobre as propostas em torno da maioridade penal no Brasil, o vice-presidente disse ainda que esse "não é um problema do governo, mas da sociedade" e que a modificação da lei "não vai resolver o problema".
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Balanço vai ajudar a recuperar boa imagem da Petrobras, diz TemerEm visita à Espanha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que as demonstrações financeiras da Petrobras –que devem ser divulgadas nesta quarta-feira (22) –vão "tirar aquela coisa de que [a estatal] está numa péssima situação". "O balanço vai ajudar exatamente a recuperar a boa imagem da Petrobras", disse Temer. As demonstrações auditadas, do terceiro trimestre e anual de 2014, são esperadas para depois do fechamento do mercado. Houve atraso devido à descoberta do esquema de corrupção pelas investigações da Operação Lava Jato. Temer chegou a Madri na terça-feira (21) à noite e iniciou, na quarta, seus compromissos com um encontro com o rei espanhol Felipe. No começo da tarde, o vice-presidente discursou no encerramento de um seminário empresarial Brasil-Espanha. Ali, comparou as trajetórias econômicas de ambos. "A exemplo de outros países, a economia espanhola enfrentou desafios recentemente, mas já voltou a apresentar dados positivos. Com o Brasil, vislumbramos cenário semelhante." À imprensa, Temer voltou a insistir em que "não há nenhum problema institucional no nosso país", respondendo à hipótese de que possa ser presidente após um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. Questionado sobre as propostas em torno da maioridade penal no Brasil, o vice-presidente disse ainda que esse "não é um problema do governo, mas da sociedade" e que a modificação da lei "não vai resolver o problema".
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O vice na frigideira
BRASÍLIA - Está cada vez mais quente o clima entre o grupo de Michel Temer e o PT. Os peemedebistas já diziam sentir um forte cheiro de óleo no Planalto. Nesta terça, decidiram protestar abertamente contra a fritura do vice-presidente. O ex-ministro Moreira Franco afirma que Temer virou alvo de um "movimento de hostilidade" no governo. Ele se irritou com o petista Tarso Genro, que disse a esta coluna que o arranjo político com o partido do vice "não serve mais". "Isso nos causou muita surpresa e indignação", diz Moreira. "Não sei qual é o objetivo desse pessoal. Temer foi convidado para assumir a coordenação política do governo. Em vez de celebrar os resultados que ele já conseguiu, estão tentando hostilizá-lo e diminuir o seu papel." Presidente da fundação de estudos do PMDB, Moreira se diz revoltado com outra declaração de Tarso: a de que seu partido "tem zero de unidade ideológica e programática para comandar uma coalizão". "O PMDB sempre foi coerente. Apoiamos todas as medidas de equilíbrio fiscal nos últimos anos, do Plano Real à criação do fator previdenciário. Quem mudou e rasgou suas posições do passado não fomos nós", reage o peemedebista. Apesar das críticas a Tarso, os peemedebistas consideram que o verdadeiro rival de Temer é o ministro Aloizio Mercadante. Desde que o vice ganhou superpoderes, o chefe da Casa Civil se sente esvaziado no palácio. A disputa vai continuar. Como a presidente Dilma lembrou nesta terça, "o governo não é de quatro meses, é de quatro anos". * Sem pudor de defender a CBF, a bancada da bola tentou transformar a ida de Marco Polo Del Nero à Câmara em uma grande jogada ensaiada. "Vejo que o senhor tem feito um trabalho diferenciado", elogiou Marcelo Aro (PHS-MG), dublê de deputado e diretor da confederação. Faltou ouvir a opinião do FBI.
colunas
O vice na frigideiraBRASÍLIA - Está cada vez mais quente o clima entre o grupo de Michel Temer e o PT. Os peemedebistas já diziam sentir um forte cheiro de óleo no Planalto. Nesta terça, decidiram protestar abertamente contra a fritura do vice-presidente. O ex-ministro Moreira Franco afirma que Temer virou alvo de um "movimento de hostilidade" no governo. Ele se irritou com o petista Tarso Genro, que disse a esta coluna que o arranjo político com o partido do vice "não serve mais". "Isso nos causou muita surpresa e indignação", diz Moreira. "Não sei qual é o objetivo desse pessoal. Temer foi convidado para assumir a coordenação política do governo. Em vez de celebrar os resultados que ele já conseguiu, estão tentando hostilizá-lo e diminuir o seu papel." Presidente da fundação de estudos do PMDB, Moreira se diz revoltado com outra declaração de Tarso: a de que seu partido "tem zero de unidade ideológica e programática para comandar uma coalizão". "O PMDB sempre foi coerente. Apoiamos todas as medidas de equilíbrio fiscal nos últimos anos, do Plano Real à criação do fator previdenciário. Quem mudou e rasgou suas posições do passado não fomos nós", reage o peemedebista. Apesar das críticas a Tarso, os peemedebistas consideram que o verdadeiro rival de Temer é o ministro Aloizio Mercadante. Desde que o vice ganhou superpoderes, o chefe da Casa Civil se sente esvaziado no palácio. A disputa vai continuar. Como a presidente Dilma lembrou nesta terça, "o governo não é de quatro meses, é de quatro anos". * Sem pudor de defender a CBF, a bancada da bola tentou transformar a ida de Marco Polo Del Nero à Câmara em uma grande jogada ensaiada. "Vejo que o senhor tem feito um trabalho diferenciado", elogiou Marcelo Aro (PHS-MG), dublê de deputado e diretor da confederação. Faltou ouvir a opinião do FBI.
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Motorista e passageiro do Uber são alvo de sequestro-relâmpago em SP
Motorista e cliente do Uber foram alvos de um sequestro-relâmpago durante uma corrida na noite de sábado (6). O cliente, um médico de 36 anos, morador do Rio, ficou preso em uma casa na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, sob a mira de armas de fogo, enquanto os bandidos sacavam dinheiro de sua conta. Ninguém foi preso. O motorista diz que foi chamado para uma corrida na Consolação, região central da cidade. Entraram no veículo o médico e duas mulheres. Elas foram deixadas em um hotel perto do shopping Morumbi (zona oeste). Depois, motorista e cliente seguiram para o hotel onde o médico estava hospedado, na mesma área. Os criminosos abordaram o veículo na avenida Hebe Camargo, a caminho do hotel, por volta das 23h30. "Um Sandero chumbo parou na minha frente e um casal, armado, desceu me ameaçando", conta o motorista. "Levaram-nos para a favela, rodaram conosco e, depois, a mulher levou o passageiro para o outro carro, onde havia mais um casal de bandidos." O motorista diz que foi liberado, com o seu carro. "O bandido me levou para uma rua escura e eu achei que ele fosse me matar, mas ele me liberou." Segundo a polícia, o médico contou que foi levado para uma casa, onde foi obrigado a passar a senha dos cartões dele para que os criminosos fizessem saques. Ele diz que retiraram R$ 4.800 de sua conta. Ele foi liberado cerca de duas horas depois. A empresa Uber disse lamentar o ocorrido e que busca ferramentas de proteção aos motoristas parceiros. "Temos medidas de prevenção de risco para aprimorar o mapeamento de usuários suspeitos antes de fazerem viagens", diz.
cotidiano
Motorista e passageiro do Uber são alvo de sequestro-relâmpago em SPMotorista e cliente do Uber foram alvos de um sequestro-relâmpago durante uma corrida na noite de sábado (6). O cliente, um médico de 36 anos, morador do Rio, ficou preso em uma casa na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, sob a mira de armas de fogo, enquanto os bandidos sacavam dinheiro de sua conta. Ninguém foi preso. O motorista diz que foi chamado para uma corrida na Consolação, região central da cidade. Entraram no veículo o médico e duas mulheres. Elas foram deixadas em um hotel perto do shopping Morumbi (zona oeste). Depois, motorista e cliente seguiram para o hotel onde o médico estava hospedado, na mesma área. Os criminosos abordaram o veículo na avenida Hebe Camargo, a caminho do hotel, por volta das 23h30. "Um Sandero chumbo parou na minha frente e um casal, armado, desceu me ameaçando", conta o motorista. "Levaram-nos para a favela, rodaram conosco e, depois, a mulher levou o passageiro para o outro carro, onde havia mais um casal de bandidos." O motorista diz que foi liberado, com o seu carro. "O bandido me levou para uma rua escura e eu achei que ele fosse me matar, mas ele me liberou." Segundo a polícia, o médico contou que foi levado para uma casa, onde foi obrigado a passar a senha dos cartões dele para que os criminosos fizessem saques. Ele diz que retiraram R$ 4.800 de sua conta. Ele foi liberado cerca de duas horas depois. A empresa Uber disse lamentar o ocorrido e que busca ferramentas de proteção aos motoristas parceiros. "Temos medidas de prevenção de risco para aprimorar o mapeamento de usuários suspeitos antes de fazerem viagens", diz.
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Google lança Android Pay para voltar ao ramo de pagamentos por celular
A resposta do Google ao serviço de pagamento Apple Pay, da concorrente Apple, estreia nos EUA, nesta quinta-feira (10), e marca a segunda tentativa da companhia de levar a ferramenta ao sistema operacional de smartphones mais popular do mundo. O Android Pay será similar ao Apple Pay, embora, obviamente, só funcione em celulares com Android. Em alguns aparelhos da Samsung, fará companhia ao Samsung Pay. Todos os três apps permitem que as pessoas paguem suas compras ao colocar o celular próximo ao terminal de cobrança de um estabelecimento comercial. A cobrança será feita no cartão de crédito ou de débito da pessoa, registrado no aplicativo. O Android Pay, apresentado pela primeira vez pela empresa em junho, usa a tecnologia NFC (para transmissão de dados entre aparelhos próximos). No Brasil, as operadoras de pagamentos, como a Cielo e Rede, oferecem máquinas com NFC. A primeira tentativa da empresa no ramo dos pagamentos pelo celular, o Google Wallet, falhou porque não funcionava em diversos celulares nem havia muitas lojas com máquinas capazes de registrar as compras. O Softcard, um serviço rival da Verizon, AT&T e T-Mobile, também não pegou. O Google comprou boa parte da tecnologia do Softcard e combinou com o que havia desenvolvido na Wallet para formar o Android Pay. O momento também é melhor para a companhia. O Apple Pay levantou a questão sobre pagamentos pelo celular, e, agora, muitas lojas já têm equipamentos capazes de aceitá-lo. O Android Pay vai começar a funcionar nos EUA nesta quinta, embora possa levar uma semana para alguns usuários encontrá-lo na loja de aplicativos. O app também virá instalado em alguns celulares da AT&T, T-Mobile e Verizon. O Samsung Pay foi lançado na Coreia do Sul, em 20 de agosto, e começou a ser testado nos EUA cinco dias mais tarde. No resto do mundo, o lançamento deve acontecer em 28 de setembro.
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Google lança Android Pay para voltar ao ramo de pagamentos por celularA resposta do Google ao serviço de pagamento Apple Pay, da concorrente Apple, estreia nos EUA, nesta quinta-feira (10), e marca a segunda tentativa da companhia de levar a ferramenta ao sistema operacional de smartphones mais popular do mundo. O Android Pay será similar ao Apple Pay, embora, obviamente, só funcione em celulares com Android. Em alguns aparelhos da Samsung, fará companhia ao Samsung Pay. Todos os três apps permitem que as pessoas paguem suas compras ao colocar o celular próximo ao terminal de cobrança de um estabelecimento comercial. A cobrança será feita no cartão de crédito ou de débito da pessoa, registrado no aplicativo. O Android Pay, apresentado pela primeira vez pela empresa em junho, usa a tecnologia NFC (para transmissão de dados entre aparelhos próximos). No Brasil, as operadoras de pagamentos, como a Cielo e Rede, oferecem máquinas com NFC. A primeira tentativa da empresa no ramo dos pagamentos pelo celular, o Google Wallet, falhou porque não funcionava em diversos celulares nem havia muitas lojas com máquinas capazes de registrar as compras. O Softcard, um serviço rival da Verizon, AT&T e T-Mobile, também não pegou. O Google comprou boa parte da tecnologia do Softcard e combinou com o que havia desenvolvido na Wallet para formar o Android Pay. O momento também é melhor para a companhia. O Apple Pay levantou a questão sobre pagamentos pelo celular, e, agora, muitas lojas já têm equipamentos capazes de aceitá-lo. O Android Pay vai começar a funcionar nos EUA nesta quinta, embora possa levar uma semana para alguns usuários encontrá-lo na loja de aplicativos. O app também virá instalado em alguns celulares da AT&T, T-Mobile e Verizon. O Samsung Pay foi lançado na Coreia do Sul, em 20 de agosto, e começou a ser testado nos EUA cinco dias mais tarde. No resto do mundo, o lançamento deve acontecer em 28 de setembro.
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Em 'sincericídio' de Tati Bernardi, falar mal de amigos é normal
"O que meus amigos não sabem sobre mim que eu gostaria que eles soubessem?" Ao responder a si e justamente sobre si mesma, Tati Bernardi não poupa sinceridade: "Falo mal de todos eles, e não é falta de amor." Convidada desta semana do "Pensando Alto", programa da "TV Folha" que traz conversas com artistas e personalidades sobre a subjetividade do dia a dia, a escritora e roteirista justifica o "sincericídio" acima. "É porque a gente fala mesmo. Quem fala muito, fala mal." Mas Tati diz não ser a única. "Tenho certeza que eles estão falando mal de mim, e isso não é pouco amor". Para a escritora, que também é colunista da Folha, qualquer pessoa sincera admite "que é também muito falsa". Na entrevista, ela ainda fala sobre ser adulta e sobre a vontade de escrever e transformar tudo o que vê em trabalho.
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Em 'sincericídio' de Tati Bernardi, falar mal de amigos é normal"O que meus amigos não sabem sobre mim que eu gostaria que eles soubessem?" Ao responder a si e justamente sobre si mesma, Tati Bernardi não poupa sinceridade: "Falo mal de todos eles, e não é falta de amor." Convidada desta semana do "Pensando Alto", programa da "TV Folha" que traz conversas com artistas e personalidades sobre a subjetividade do dia a dia, a escritora e roteirista justifica o "sincericídio" acima. "É porque a gente fala mesmo. Quem fala muito, fala mal." Mas Tati diz não ser a única. "Tenho certeza que eles estão falando mal de mim, e isso não é pouco amor". Para a escritora, que também é colunista da Folha, qualquer pessoa sincera admite "que é também muito falsa". Na entrevista, ela ainda fala sobre ser adulta e sobre a vontade de escrever e transformar tudo o que vê em trabalho.
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Paraguai vence por placar mínimo após falha de goleiro jamaicano
Nesta terça-feira (16), em Antofogasta, no Chile, uma falha do goleiro jamaicano Kerr facilitou o gol de Benítez que garantiu a vitória do Paraguai pela 2ª rodada da Copa América. Com o resultado, o Paraguai chegou a 4 pontos, enquanto a Jamaica chegou à sua segunda derrota e não tem mais chances de passar à próxima fase da competição. O atacante Edgar Benítez definiu a vitória aos 37 minutos do primeiro tempo e quase sem querer. O goleiro Kerr, que estava fora da área, cortou de cabeça um lançamento da defesa paraguaia. A bola atingiu Benítez, que apenas acompanhou a trajetória da bola até entrar no gol. Faltando pouco mais de dez minutos para acabar o jogo, o meia jamaicano Garath McCleary criou a melhor chance para a seleção de seu país, mas seu chute passou a milímetros da trave de Antony Silva. Infográfico Seleções na Copa América
esporte
Paraguai vence por placar mínimo após falha de goleiro jamaicanoNesta terça-feira (16), em Antofogasta, no Chile, uma falha do goleiro jamaicano Kerr facilitou o gol de Benítez que garantiu a vitória do Paraguai pela 2ª rodada da Copa América. Com o resultado, o Paraguai chegou a 4 pontos, enquanto a Jamaica chegou à sua segunda derrota e não tem mais chances de passar à próxima fase da competição. O atacante Edgar Benítez definiu a vitória aos 37 minutos do primeiro tempo e quase sem querer. O goleiro Kerr, que estava fora da área, cortou de cabeça um lançamento da defesa paraguaia. A bola atingiu Benítez, que apenas acompanhou a trajetória da bola até entrar no gol. Faltando pouco mais de dez minutos para acabar o jogo, o meia jamaicano Garath McCleary criou a melhor chance para a seleção de seu país, mas seu chute passou a milímetros da trave de Antony Silva. Infográfico Seleções na Copa América
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Fernando Grostein Andrade: Pela desmilitarização de todas as militâncias
Em um set de filmagem, quando as coisas dão errado e o Sol está caindo, uma coisa é certa: não adianta brigar e procurar culpados. É preciso resolver. A dinâmica da disputa PT vs. PSDB tem um efeito colateral perigoso, uma lógica onde tudo que é do outro não presta e tudo o que presta "fui eu quem fez". O contexto brasileiro, apesar de complexo, tem uma certeza: o Brasil é um país injusto. No regime de injustiça, os fins justificam os meios em vez de qualificar os fins. Tudo bem, então, não declarar um bem ou participar de um suborno para trabalhar ou economizar? Esse dilema transborda a ponto de impedir o florescimento dos nossos "heróis". No Brasil, parece que se alguém deu certo, trapaceou. Muitos donos de empresa já sofreram achaques de fiscais corruptos. Aqui já teve confisco e seu fiasco e uma ditadura militar pavorosa. Como não enxergar os reflexos do crime hediondo cometido no Brasil que foi a escravidão dos negros e índios? Basta uma volta em um presídio para registrar a consequência disso nas gerações seguintes. Em uma sociedade que busca defender a meritocracia, mas não consegue enxergar sua injustiça, como cresce, nasce e adquire um futuro quem não foi cuidado por ninguém, pelo pai, pela mãe ou pelo Estado? E quantas vezes já não vimos o filme da injustiça no Brasil e isso não é usado para justificar um pequeno delito, como legítima defesa. Quando a dita "legítima defesa" se torna, de fato, bandidagem? O mundo de hoje pede líderes e processos focados em resultados práticos para a sociedade. Pede transparência e uma boa auditoria do dinheiro dos seus impostos. Para tanto, é necessário não colocar tudo numa cesta só. O sujeito que anda pelo acostamento num engarrafamento e o que desviou bilhões de reais em dinheiro público não cometeram o mesmo delito. Nem todos os políticos são iguais. Colocar todos no mesmo balaio só interessa a quem quer conservar o atraso e aumentar o descolamento cada vez maior dos políticos com a sociedade. A maioria está no Congresso por saber usar uma certa estrutura de comunicação e recursos, mas não necessariamente pelos resultados entregues à sociedade. Os líderes políticos precisam abandonar o discurso de guerra, pois numa guerra a primeira vítima é a verdade e, com a conectividade da internet, existe mais de uma verdade cada dia mais acessível a cada um dos brasileiros. É necessário um novo pacto nacional. O discurso de guerra precisar dar espaço a posturas de estadistas, como quando Churchill deu a mão a Stálin para combater Hitler. São necessários pragmatismo e suprapartidarismo em determinadas pautas para corrigir a injustiça no Brasil: desconstrução da cultura da corrupção e construção de um nova cultura de transparência, fim da guerra às drogas combinada com a reabilitação de detentos. Finalmente, fornecer educação de qualidade acessível a todos os jovens brasileiros e regras justas, duradouras e claras para todos que querem trabalhar e empreender. É preciso construir uma resposta inteligente ao abismo entre a sociedade e a política. Mais do que nunca há espaço para novas formas criativas de comunicação. FERNANDO GROSTEIN ANDRADE, 34, sócio-fundador da produtora Spray Filmes, é diretor de "Quebrando o Tabu", "Na Quebrada", entre outros filmes * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Fernando Grostein Andrade: Pela desmilitarização de todas as militânciasEm um set de filmagem, quando as coisas dão errado e o Sol está caindo, uma coisa é certa: não adianta brigar e procurar culpados. É preciso resolver. A dinâmica da disputa PT vs. PSDB tem um efeito colateral perigoso, uma lógica onde tudo que é do outro não presta e tudo o que presta "fui eu quem fez". O contexto brasileiro, apesar de complexo, tem uma certeza: o Brasil é um país injusto. No regime de injustiça, os fins justificam os meios em vez de qualificar os fins. Tudo bem, então, não declarar um bem ou participar de um suborno para trabalhar ou economizar? Esse dilema transborda a ponto de impedir o florescimento dos nossos "heróis". No Brasil, parece que se alguém deu certo, trapaceou. Muitos donos de empresa já sofreram achaques de fiscais corruptos. Aqui já teve confisco e seu fiasco e uma ditadura militar pavorosa. Como não enxergar os reflexos do crime hediondo cometido no Brasil que foi a escravidão dos negros e índios? Basta uma volta em um presídio para registrar a consequência disso nas gerações seguintes. Em uma sociedade que busca defender a meritocracia, mas não consegue enxergar sua injustiça, como cresce, nasce e adquire um futuro quem não foi cuidado por ninguém, pelo pai, pela mãe ou pelo Estado? E quantas vezes já não vimos o filme da injustiça no Brasil e isso não é usado para justificar um pequeno delito, como legítima defesa. Quando a dita "legítima defesa" se torna, de fato, bandidagem? O mundo de hoje pede líderes e processos focados em resultados práticos para a sociedade. Pede transparência e uma boa auditoria do dinheiro dos seus impostos. Para tanto, é necessário não colocar tudo numa cesta só. O sujeito que anda pelo acostamento num engarrafamento e o que desviou bilhões de reais em dinheiro público não cometeram o mesmo delito. Nem todos os políticos são iguais. Colocar todos no mesmo balaio só interessa a quem quer conservar o atraso e aumentar o descolamento cada vez maior dos políticos com a sociedade. A maioria está no Congresso por saber usar uma certa estrutura de comunicação e recursos, mas não necessariamente pelos resultados entregues à sociedade. Os líderes políticos precisam abandonar o discurso de guerra, pois numa guerra a primeira vítima é a verdade e, com a conectividade da internet, existe mais de uma verdade cada dia mais acessível a cada um dos brasileiros. É necessário um novo pacto nacional. O discurso de guerra precisar dar espaço a posturas de estadistas, como quando Churchill deu a mão a Stálin para combater Hitler. São necessários pragmatismo e suprapartidarismo em determinadas pautas para corrigir a injustiça no Brasil: desconstrução da cultura da corrupção e construção de um nova cultura de transparência, fim da guerra às drogas combinada com a reabilitação de detentos. Finalmente, fornecer educação de qualidade acessível a todos os jovens brasileiros e regras justas, duradouras e claras para todos que querem trabalhar e empreender. É preciso construir uma resposta inteligente ao abismo entre a sociedade e a política. Mais do que nunca há espaço para novas formas criativas de comunicação. FERNANDO GROSTEIN ANDRADE, 34, sócio-fundador da produtora Spray Filmes, é diretor de "Quebrando o Tabu", "Na Quebrada", entre outros filmes * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Hulkenberg é o mais veloz na Rússia; Massa lidera segundo treino
Numa sessão que começou com meia hora de atraso por conta de um derramamento de diesel no circuito de Sochi e foi encurtada por este motivo, o alemão Nico Hulkenberg foi o mais veloz no primeiro treino livre para o GP da Rússia de F-1, nesta sexta-feira (9). Por conta da sujeira que ficou na pista apesar da limpeza dos funcionários do autódromo russo, muitos carros perderam o controle e rodaram. No fim, Hulkenberg, da Force India, ficou com a melhor volta ao cravar 1min44s355. O alemão foi exatos 0s052 mais veloz que Nico Rosberg, da Mercedes, o segundo mais rápido. A terceira posição na sessão ficou com Sebastian Vettel, da Ferrari, que marcou 1min44s986. Sergio Perez, da Force India, ficou com o quarto posto e foi seguido por Daniel Ricciardo, da Red Bull. Carlos Sainz, da Toro Rosso, completou o treino com a sexta colocação, logo à frente de Lewis Hamilton. O líder do Mundial, que rodou em sua última volta lançada, registrou sua melhor tentativa em 1min45s691. Valtteri Bottas, da Williams, foi o oitavo mais veloz, seguido por Max Verstappen, da Toro Rosso. O ferrarista Kimi Raikkonen fechou o top 10 ao marcar 1min46s215. SEGUNDO TREINO No segundo treino, poucos carros foram para a pista por causa da chuva e o brasileiro Felipe Massa, da Williams, cravou o melhor tempo (2min00s458), seguido por Vettel (2min00s659) e Bottas (2min00s688). Na primeira sessão, Massa, que também rodou na pista, fechou com o 12º melhor tempo. O piloto da Williams registrou sua melhor tentativa em 1min46s333. Felipe Nasr, da Sauber, que tem um novo engenheiro a partir deste final de semana, não participou da segunda sessão. Na primeira, ele anotou 1min46s747 em sua melhor volta. O GP da Rússia será realizado neste domingo (11), às 8h (de Brasília). Confira as principais funções do volante da F-1 2015
esporte
Hulkenberg é o mais veloz na Rússia; Massa lidera segundo treinoNuma sessão que começou com meia hora de atraso por conta de um derramamento de diesel no circuito de Sochi e foi encurtada por este motivo, o alemão Nico Hulkenberg foi o mais veloz no primeiro treino livre para o GP da Rússia de F-1, nesta sexta-feira (9). Por conta da sujeira que ficou na pista apesar da limpeza dos funcionários do autódromo russo, muitos carros perderam o controle e rodaram. No fim, Hulkenberg, da Force India, ficou com a melhor volta ao cravar 1min44s355. O alemão foi exatos 0s052 mais veloz que Nico Rosberg, da Mercedes, o segundo mais rápido. A terceira posição na sessão ficou com Sebastian Vettel, da Ferrari, que marcou 1min44s986. Sergio Perez, da Force India, ficou com o quarto posto e foi seguido por Daniel Ricciardo, da Red Bull. Carlos Sainz, da Toro Rosso, completou o treino com a sexta colocação, logo à frente de Lewis Hamilton. O líder do Mundial, que rodou em sua última volta lançada, registrou sua melhor tentativa em 1min45s691. Valtteri Bottas, da Williams, foi o oitavo mais veloz, seguido por Max Verstappen, da Toro Rosso. O ferrarista Kimi Raikkonen fechou o top 10 ao marcar 1min46s215. SEGUNDO TREINO No segundo treino, poucos carros foram para a pista por causa da chuva e o brasileiro Felipe Massa, da Williams, cravou o melhor tempo (2min00s458), seguido por Vettel (2min00s659) e Bottas (2min00s688). Na primeira sessão, Massa, que também rodou na pista, fechou com o 12º melhor tempo. O piloto da Williams registrou sua melhor tentativa em 1min46s333. Felipe Nasr, da Sauber, que tem um novo engenheiro a partir deste final de semana, não participou da segunda sessão. Na primeira, ele anotou 1min46s747 em sua melhor volta. O GP da Rússia será realizado neste domingo (11), às 8h (de Brasília). Confira as principais funções do volante da F-1 2015
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Sob cerco dos EUA, Assange ganha apoio de 'WP' a Pamela Anderson
lejdd Da atriz americana Pamela Anderson, acima, ao chargista brasileiro Carlos Latuff, no final do post, o australiano Julian Assange vem reunindo todo o apoio que consegue depois que o diretor da CIA fez uma declaração de guerra contra ele e também Edward Snowden. Começou com um artigo do próprio Assange no "Washington Post", no último dia 11, dizendo que o "WikiLeaks tem a mesma missão que o 'WP' e o 'New York Times'". No dia seguinte, o diretor da CIA, Mike Pompeo, escreveu e leu longo e ameaçador discurso : — Assange e Snowden buscam usar a informação [da CIA] para fazer seu nome. Desde que consigam impacto, eles não se importam com o dano que causam à segurança nacional... Para aqueles que leem a página editorial do "Washington Post", e eu percebo que muitos nesta sala leem, ontem vocês viram um artigo de sofisma de Mr. Assange. Ele se compara a Thomas Jefferson e a organizações legítimas de jornalismo como o "Washington Post". Esse homem não sabe nada da América e de seus ideais. Dias depois, o secretário de Justiça declarou que a prisão de Assange é "prioridade" para os EUA e, falando à CNN e à MSNBC, se negou a responder se faria o mesmo com jornalistas de "WP" e outros que divulgam informações da CIA. O próprio Donald Trump, que antes dizia amar o WikiLeaks, agora não vê problema no que seus funcionários vêm prometendo. O "WP" não gostou das ameaças e, desde então, publicou mais dois artigos, de um advogado alertando contra o "precedente perigoso" de um processo com base na anacrônica Lei de Espionagem e outro do "editor do WikiLeaks", intitulado "O diretor da CIA está em guerra contra quem conta a verdade". assange
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Sob cerco dos EUA, Assange ganha apoio de 'WP' a Pamela Andersonlejdd Da atriz americana Pamela Anderson, acima, ao chargista brasileiro Carlos Latuff, no final do post, o australiano Julian Assange vem reunindo todo o apoio que consegue depois que o diretor da CIA fez uma declaração de guerra contra ele e também Edward Snowden. Começou com um artigo do próprio Assange no "Washington Post", no último dia 11, dizendo que o "WikiLeaks tem a mesma missão que o 'WP' e o 'New York Times'". No dia seguinte, o diretor da CIA, Mike Pompeo, escreveu e leu longo e ameaçador discurso : — Assange e Snowden buscam usar a informação [da CIA] para fazer seu nome. Desde que consigam impacto, eles não se importam com o dano que causam à segurança nacional... Para aqueles que leem a página editorial do "Washington Post", e eu percebo que muitos nesta sala leem, ontem vocês viram um artigo de sofisma de Mr. Assange. Ele se compara a Thomas Jefferson e a organizações legítimas de jornalismo como o "Washington Post". Esse homem não sabe nada da América e de seus ideais. Dias depois, o secretário de Justiça declarou que a prisão de Assange é "prioridade" para os EUA e, falando à CNN e à MSNBC, se negou a responder se faria o mesmo com jornalistas de "WP" e outros que divulgam informações da CIA. O próprio Donald Trump, que antes dizia amar o WikiLeaks, agora não vê problema no que seus funcionários vêm prometendo. O "WP" não gostou das ameaças e, desde então, publicou mais dois artigos, de um advogado alertando contra o "precedente perigoso" de um processo com base na anacrônica Lei de Espionagem e outro do "editor do WikiLeaks", intitulado "O diretor da CIA está em guerra contra quem conta a verdade". assange
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Rodrigo Janot pede à CPI da Petrobras acesso ao relatório da Kroll
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à CPI da Petrobras acesso ao relatório da empresa de investigação Kroll e outros documentos relacionados. Envolto em polêmicas desde o início, a CPI formalizou contrato com a Kroll em abril para rastrear contas e bens de 12 pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Um relatório da fase inicial do trabalho foi entregue em junho e, depois, o trabalho foi interrompido sem apresentar novidades. Havia suspeitas de que o contrato da Kroll fosse usado em benefício do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para desqualificar as delações premiadas, já que a empresa investigava delatores que citaram Cunha como beneficiário do esquema de corrupção. O pedido de Janot está sob avaliação do presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), que é aliado próximo de Cunha, alvo da investigação do procurador-geral. Motta disse à Folha ainda não ter uma decisão sobre o fornecimento dos dados à PGR (Procuradoria-Geral da República). O deputado afirmou que o pedido não detalha os motivos pelos quais Janot quer ter acesso às informações da Kroll. Segundo ele, deve ser dada uma resposta na sexta-feira (21). Como o ofício não se restringe ao relatório, pedindo também documentos relacionados, Janot pode tentar obter o contrato da Kroll, que teve um sigilo de cinco anos declarado pelo presidente da Câmara. LEVANTAMENTO PRELIMINAR A Folha mostrou na semana passada que o relatório da Kroll acrescenta pouco ao que já foi descoberto na Operação Lava Jato. Isso porque o trabalho da empresa, ainda preliminar e que custou cerca de R$ 1 milhão, se restringiu aos dados da própria Lava Jato, a notícias na imprensa e a levantamentos iniciais em bancos de dados públicos, como Junta Comercial. Deputados já haviam defendido que os dados fossem enviados ao Ministério Público Federal. Na semana passada, a Kroll anunciou que não trabalharia mais para a CPI, diante do desgaste envolvendo seu nome. Com isso, o trabalho ficou incompleto, já que outras fases ainda seriam feitas para aprofundar esses dados iniciais.
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Rodrigo Janot pede à CPI da Petrobras acesso ao relatório da KrollO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à CPI da Petrobras acesso ao relatório da empresa de investigação Kroll e outros documentos relacionados. Envolto em polêmicas desde o início, a CPI formalizou contrato com a Kroll em abril para rastrear contas e bens de 12 pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Um relatório da fase inicial do trabalho foi entregue em junho e, depois, o trabalho foi interrompido sem apresentar novidades. Havia suspeitas de que o contrato da Kroll fosse usado em benefício do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para desqualificar as delações premiadas, já que a empresa investigava delatores que citaram Cunha como beneficiário do esquema de corrupção. O pedido de Janot está sob avaliação do presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), que é aliado próximo de Cunha, alvo da investigação do procurador-geral. Motta disse à Folha ainda não ter uma decisão sobre o fornecimento dos dados à PGR (Procuradoria-Geral da República). O deputado afirmou que o pedido não detalha os motivos pelos quais Janot quer ter acesso às informações da Kroll. Segundo ele, deve ser dada uma resposta na sexta-feira (21). Como o ofício não se restringe ao relatório, pedindo também documentos relacionados, Janot pode tentar obter o contrato da Kroll, que teve um sigilo de cinco anos declarado pelo presidente da Câmara. LEVANTAMENTO PRELIMINAR A Folha mostrou na semana passada que o relatório da Kroll acrescenta pouco ao que já foi descoberto na Operação Lava Jato. Isso porque o trabalho da empresa, ainda preliminar e que custou cerca de R$ 1 milhão, se restringiu aos dados da própria Lava Jato, a notícias na imprensa e a levantamentos iniciais em bancos de dados públicos, como Junta Comercial. Deputados já haviam defendido que os dados fossem enviados ao Ministério Público Federal. Na semana passada, a Kroll anunciou que não trabalharia mais para a CPI, diante do desgaste envolvendo seu nome. Com isso, o trabalho ficou incompleto, já que outras fases ainda seriam feitas para aprofundar esses dados iniciais.
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Ataques de Turquia e EUA matam 50 membros do EI na Síria, diz agência
Ataques aéreos realizados por aviões turcos e norte-americanos na Síria mataram, no sábado (31), mais de 50 militantes do Estado Islâmico e deixaram cerca de outros 30 feridos, disseram fontes de segurança segundo a agência de notícias estatal Anadolu neste domingo. Uma autoridade de alto escalão do governo disse à Reuters no sábado que jatos turcos haviam bombardeado alvos do Estado Islâmico na Síria na véspera dos turcos votarem na eleição parlamentar deste domingo. Seis jatos F-16 turcos que decolaram da base de Incirlik, no sul da Turquia, participaram da ofensiva aérea realizada entre as 7h e 12h (horário de Brasília), do sábado. Um drone da coalização também participou da missão, de acordo com a Anadolu. A agência disse que a operação destruiu oito alvos do Estado Islâmico em território sírio a cerca de 5 km da fronteira com a província turca de Kilis. A operação foi apoiada por forças terrestres turcas na Síria, acrescentou a Anadolu. A Turquia prometeu, em julho, assumir um papel mais ativo no combate ao Estado Islâmico, como parte de uma ofensiva de múltiplas frentes que também levou os turcos a intensificarem seus ataques contra militantes curdos.
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Ataques de Turquia e EUA matam 50 membros do EI na Síria, diz agênciaAtaques aéreos realizados por aviões turcos e norte-americanos na Síria mataram, no sábado (31), mais de 50 militantes do Estado Islâmico e deixaram cerca de outros 30 feridos, disseram fontes de segurança segundo a agência de notícias estatal Anadolu neste domingo. Uma autoridade de alto escalão do governo disse à Reuters no sábado que jatos turcos haviam bombardeado alvos do Estado Islâmico na Síria na véspera dos turcos votarem na eleição parlamentar deste domingo. Seis jatos F-16 turcos que decolaram da base de Incirlik, no sul da Turquia, participaram da ofensiva aérea realizada entre as 7h e 12h (horário de Brasília), do sábado. Um drone da coalização também participou da missão, de acordo com a Anadolu. A agência disse que a operação destruiu oito alvos do Estado Islâmico em território sírio a cerca de 5 km da fronteira com a província turca de Kilis. A operação foi apoiada por forças terrestres turcas na Síria, acrescentou a Anadolu. A Turquia prometeu, em julho, assumir um papel mais ativo no combate ao Estado Islâmico, como parte de uma ofensiva de múltiplas frentes que também levou os turcos a intensificarem seus ataques contra militantes curdos.
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Regina Casé protagoniza drama sobre desigualdade em 'Que Horas Ela Volta?'
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO O nacional "Que Horas Ela Volta?", escrito e dirigido por Anna Muylaert, deu as graças em outros países antes de chegar à terra natal. Acabou premiado nos festivais de Berlim e Sundance e já foi lançado em países como Itália e França. Mas a espera vale a pena: em cartaz desde a última semana, o longa aborda questões como a diferença social e a relação entre mães e filhos. Tudo isso combinado a momentos de humor, o que dá leveza ao filme. Na trama, Regina Casé interpreta Val, que deixou a filha Jéssica no Nordeste e se mudou para São Paulo em busca de uma vida melhor. Aqui, ela encontra trabalho como babá na casa de uma família rica do Morumbi. Cria o menino Fabinho como se fosse seu próprio filho, enquanto sofre com a distância de sua verdadeira primogênita. Depois de 13 anos, Jéssica vem a São Paulo prestar vestibular e, mesmo sem ter contato com a mãe por tanto tempo, a procura. Como Val mora no local onde trabalha, a filha se hospeda na casa dos patrões. É aí que começam os conflitos. Bárbara, a dona da casa, trata Jéssica como a filha da empregada. Porém, o marido, Carlos (Lourenço Mutarelli), parece ter fascínio sobre a menina e a recebe como hóspede. Nesse momento, as barreiras sociais, que nunca haviam sido questionadas, vêm à tona. Tudo piora porque Jéssica exige que Val enfrente os patrões e a defenda. Salas e horários VEJA O TRAILER DO FILME Vídeo
saopaulo
Regina Casé protagoniza drama sobre desigualdade em 'Que Horas Ela Volta?'LUIZA WOLF DE SÃO PAULO O nacional "Que Horas Ela Volta?", escrito e dirigido por Anna Muylaert, deu as graças em outros países antes de chegar à terra natal. Acabou premiado nos festivais de Berlim e Sundance e já foi lançado em países como Itália e França. Mas a espera vale a pena: em cartaz desde a última semana, o longa aborda questões como a diferença social e a relação entre mães e filhos. Tudo isso combinado a momentos de humor, o que dá leveza ao filme. Na trama, Regina Casé interpreta Val, que deixou a filha Jéssica no Nordeste e se mudou para São Paulo em busca de uma vida melhor. Aqui, ela encontra trabalho como babá na casa de uma família rica do Morumbi. Cria o menino Fabinho como se fosse seu próprio filho, enquanto sofre com a distância de sua verdadeira primogênita. Depois de 13 anos, Jéssica vem a São Paulo prestar vestibular e, mesmo sem ter contato com a mãe por tanto tempo, a procura. Como Val mora no local onde trabalha, a filha se hospeda na casa dos patrões. É aí que começam os conflitos. Bárbara, a dona da casa, trata Jéssica como a filha da empregada. Porém, o marido, Carlos (Lourenço Mutarelli), parece ter fascínio sobre a menina e a recebe como hóspede. Nesse momento, as barreiras sociais, que nunca haviam sido questionadas, vêm à tona. Tudo piora porque Jéssica exige que Val enfrente os patrões e a defenda. Salas e horários VEJA O TRAILER DO FILME Vídeo
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Figueirense vence em casa e se afasta da zona de rebaixamento
Com a necessidade de vencer para passar mais uma rodada fora da zona do rebaixamento, o Figueirense cumpriu o dever de casa neste domingo (2). A equipe saiu vitoriosa da partida contra a Ponte Preta, no estádio Orlando Scarpelli, com placar final de 3 a 1. Com o resultado, os catarinenses empatam na tabela com os adversários, e chegam aos 19 pontos. Enquanto o Figueirense sobe quatro casas e vai para a 12ª colocação, a Ponte Preta cai uma, e fica na 13ª. O placar foi aberto nos primeiros momentos do jogo. Aos 4 min, João Vitor chutou de primeira no gol de Lomba, não dando chances ao goleiro. Esse foi o primeiro gol do jogador com a camisa do Figueirense. Logo após a volta do intervalo, aos 5 min, a Ponte Preta deixou tudo igual. O gol saiu após cobrança de escanteio por Felipe, com Renato Chaves mandando de cabeça. O desempate só aconteceu minutos depois. Aos 28, Marquinhos marcou de cabeça para o Figueirense. E para selar a vitória, já nos acréscimos, mais um gol dos donos da casa. Dudu marcou aos 46 min, após receber lance de Clayton, de calcanhar. Na próxima rodada, o Figueirense encontra a Chapecoense, no sábado (8). Já a Ponte Preta joga contra o Flamengo, no domingo (9).
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Figueirense vence em casa e se afasta da zona de rebaixamentoCom a necessidade de vencer para passar mais uma rodada fora da zona do rebaixamento, o Figueirense cumpriu o dever de casa neste domingo (2). A equipe saiu vitoriosa da partida contra a Ponte Preta, no estádio Orlando Scarpelli, com placar final de 3 a 1. Com o resultado, os catarinenses empatam na tabela com os adversários, e chegam aos 19 pontos. Enquanto o Figueirense sobe quatro casas e vai para a 12ª colocação, a Ponte Preta cai uma, e fica na 13ª. O placar foi aberto nos primeiros momentos do jogo. Aos 4 min, João Vitor chutou de primeira no gol de Lomba, não dando chances ao goleiro. Esse foi o primeiro gol do jogador com a camisa do Figueirense. Logo após a volta do intervalo, aos 5 min, a Ponte Preta deixou tudo igual. O gol saiu após cobrança de escanteio por Felipe, com Renato Chaves mandando de cabeça. O desempate só aconteceu minutos depois. Aos 28, Marquinhos marcou de cabeça para o Figueirense. E para selar a vitória, já nos acréscimos, mais um gol dos donos da casa. Dudu marcou aos 46 min, após receber lance de Clayton, de calcanhar. Na próxima rodada, o Figueirense encontra a Chapecoense, no sábado (8). Já a Ponte Preta joga contra o Flamengo, no domingo (9).
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Rivais vacilam, e Corinthians tenta ampliar vantagem após ter queda
Líder isolado do Brasileiro, o Corinthians caiu de desempenho. A equipe enfrenta a Chapecoense nesta quarta (23), às 19h30, em Chapecó, após ter perdido pela primeira vez na competição. Foi derrotada no último sábado (19), em casa, pelo Vitória. Nas últimas sete rodadas, o aproveitamento de pontos corintiano foi de 57%. Em 21 possíveis, conquistou apenas 12. Nem de perto se aproxima dos 89,7% que tinha antes disso, quando obteve 35 pontos em 39 disputados. "A gente está preparado para a derrota. Temos os pés no chão. Sabemos que nada vai mudar no nosso trabalho. Dentro do clube, nunca falamos sobre invencibilidade ou quantidade de pontos na liderança", disse Fábio Carille, à Folha. Apesar da diminuição do ritmo, a primeira colocação corintiana jamais esteve ameaçada. Mais do que isso: pode ser ampliada. Contra a Chapecoense, o time realiza o jogo a menos que tem em relação aos rivais. Se vencer, vai abrir dez pontos de vantagem sobre o Grêmio, segundo colocado (50 a 40). Isso acontece por um motivo. Os principais adversários do Corinthians pelo título nacional não aproveitaram a queda de rendimento do líder. Nas últimas sete rodadas, o Grêmio teve os mesmos 57% de aproveitamento. O Santos, terceiro, teve 62%. Não foi o bastante para colocar fogo no campeonato. O último exemplo aconteceu domingo (20). Sabendo da derrota do Corinthians no dia anterior, o Grêmio tinha a chance de reduzir a distância para cinco pontos. Em casa, com escalação reserva, empatou em 0 a 0 com o Atlético-PR. O técnico Renato Gaúcho poupou os titulares para o confronto de volta das semifinais da Copa do Brasil, nesta quarta, no Mineirão. "Pelo nível do Brasileiro, seria muito difícil uma equipe passar todo o campeonato invicta. Perder pode até ter sido bom, neste caso. Era uma pressão desnecessária", afirma o atacante Jô, artilheiro do Corinthians no campeonato, com 11 gols. Passo a passo Por imaginar que o ritmo poderia diminuir, Carille adotou o discurso do "jogo a jogo", variação do "paso a paso" (passo a passo) de Reinaldo Merlo, técnico que tirou o Racing da fila de 35 anos sem títulos na Argentina em 2001. Para que não existisse pressão em um elenco desacreditado, o treinador conhecido como "Mostaza" adotou a tática de jamais falar sobre uma partida que não fosse a da rodada seguinte. A estratégia foi muito copiada desde então. No Corinthians, com um grupo de jogadores igualmente desacreditados, Carille faz o mesmo. Nos últimos sete jogos do Brasileiro, o Corinthians empatou com Atlético-PR, Avaí e Flamengo; venceu Sport, Atlético-MG e Fluminense; e perdeu para o Vitória. Antes disso, o time chegou a ter uma sequência de seis vitórias na competição. "O resultado em si, não me preocupa. No empate com o Avaí, por exemplo, a gente saiu chateado. Mas não por causa do desempenho. Criamos chances e deveríamos ter vencido. Quando você não cria, é problema", diz Carille, que calculou quantos pontos o time precisa para ser campeão, mas não gosta de falar sobre isso. Passo a passo. EQUIPE ALTERADA Diante da Chapecoense, o Corinthians terá o retorno de Marquinhos Gabriel no lugar de Clayson. O time ainda terá três desfalques na defesa: Guiherme Arana, Pablo e Balbuena. O paraguaio está suspenso pelo terceiro amarelo. Os dois primeiros, lesionados. Os substitutos serão Moisés, Pedro Henrique, Léo Santos. Jadson fica em São Paulo para aprimorar o condicionamento físico após um mês afastado. NA TV Chapecoense x Corinthians 19h30 Pay-per-view
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Rivais vacilam, e Corinthians tenta ampliar vantagem após ter quedaLíder isolado do Brasileiro, o Corinthians caiu de desempenho. A equipe enfrenta a Chapecoense nesta quarta (23), às 19h30, em Chapecó, após ter perdido pela primeira vez na competição. Foi derrotada no último sábado (19), em casa, pelo Vitória. Nas últimas sete rodadas, o aproveitamento de pontos corintiano foi de 57%. Em 21 possíveis, conquistou apenas 12. Nem de perto se aproxima dos 89,7% que tinha antes disso, quando obteve 35 pontos em 39 disputados. "A gente está preparado para a derrota. Temos os pés no chão. Sabemos que nada vai mudar no nosso trabalho. Dentro do clube, nunca falamos sobre invencibilidade ou quantidade de pontos na liderança", disse Fábio Carille, à Folha. Apesar da diminuição do ritmo, a primeira colocação corintiana jamais esteve ameaçada. Mais do que isso: pode ser ampliada. Contra a Chapecoense, o time realiza o jogo a menos que tem em relação aos rivais. Se vencer, vai abrir dez pontos de vantagem sobre o Grêmio, segundo colocado (50 a 40). Isso acontece por um motivo. Os principais adversários do Corinthians pelo título nacional não aproveitaram a queda de rendimento do líder. Nas últimas sete rodadas, o Grêmio teve os mesmos 57% de aproveitamento. O Santos, terceiro, teve 62%. Não foi o bastante para colocar fogo no campeonato. O último exemplo aconteceu domingo (20). Sabendo da derrota do Corinthians no dia anterior, o Grêmio tinha a chance de reduzir a distância para cinco pontos. Em casa, com escalação reserva, empatou em 0 a 0 com o Atlético-PR. O técnico Renato Gaúcho poupou os titulares para o confronto de volta das semifinais da Copa do Brasil, nesta quarta, no Mineirão. "Pelo nível do Brasileiro, seria muito difícil uma equipe passar todo o campeonato invicta. Perder pode até ter sido bom, neste caso. Era uma pressão desnecessária", afirma o atacante Jô, artilheiro do Corinthians no campeonato, com 11 gols. Passo a passo Por imaginar que o ritmo poderia diminuir, Carille adotou o discurso do "jogo a jogo", variação do "paso a paso" (passo a passo) de Reinaldo Merlo, técnico que tirou o Racing da fila de 35 anos sem títulos na Argentina em 2001. Para que não existisse pressão em um elenco desacreditado, o treinador conhecido como "Mostaza" adotou a tática de jamais falar sobre uma partida que não fosse a da rodada seguinte. A estratégia foi muito copiada desde então. No Corinthians, com um grupo de jogadores igualmente desacreditados, Carille faz o mesmo. Nos últimos sete jogos do Brasileiro, o Corinthians empatou com Atlético-PR, Avaí e Flamengo; venceu Sport, Atlético-MG e Fluminense; e perdeu para o Vitória. Antes disso, o time chegou a ter uma sequência de seis vitórias na competição. "O resultado em si, não me preocupa. No empate com o Avaí, por exemplo, a gente saiu chateado. Mas não por causa do desempenho. Criamos chances e deveríamos ter vencido. Quando você não cria, é problema", diz Carille, que calculou quantos pontos o time precisa para ser campeão, mas não gosta de falar sobre isso. Passo a passo. EQUIPE ALTERADA Diante da Chapecoense, o Corinthians terá o retorno de Marquinhos Gabriel no lugar de Clayson. O time ainda terá três desfalques na defesa: Guiherme Arana, Pablo e Balbuena. O paraguaio está suspenso pelo terceiro amarelo. Os dois primeiros, lesionados. Os substitutos serão Moisés, Pedro Henrique, Léo Santos. Jadson fica em São Paulo para aprimorar o condicionamento físico após um mês afastado. NA TV Chapecoense x Corinthians 19h30 Pay-per-view
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Cervejaria na zona oeste receberá aulas de arte marcial de origem coreana
PRISCILA GORZONI COLABORAÇÃO PARA A SÃOPAULO Prepare-se para lutar no bar, mas só se você estiver disposto a isso. O Cerveja Artesanal de São Paulo, no Sumaré, zona oeste paulistana, decidiu usar parte da casa para dar aulas de hapkido, estilo de arte marcial de origem coreana. "Enxergamos o bar como algo maior do que um estabelecimento onde se vendem bebidas e comidas", diz Marcelo Games, um dos sócios da casa. "Faltava algo que mudasse a mente das pessoas sobre como utilizar o nosso espaço e foi daí que em uma conversa com um amigo nosso, mestre de hapkido [Cláudio Fauza], tivemos a ideia de aliar as aulas a um horário antes da abertura do bar." "A ideia é levar as artes marciais para locais atípicos", afirma Fauza, "estendendo o benefício para pessoas que não encontram disponibilidades de horários ou proximidade de uma academia". Segundo Games, já há turmas sendo formadas, e as aulas devem ter início no mês que vem –elas ocorrerão às quarta e às sextas-feiras, das 13h às 14h30. A mensalidade custará R$ 150. Para quem não se interessar pela luta, o bar conta com mais de uma centena de rótulos de cerveja e dez torneiras de chope. Cerveja Artesanal de São Paulo. R. Paracuê, 141, Sumaré. De ter. a sex., das 15h às 23h, sáb., das 12h às 23h, dom., das 17h às 22h. cervejaartesanalsaopaulo.com.br
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Cervejaria na zona oeste receberá aulas de arte marcial de origem coreanaPRISCILA GORZONI COLABORAÇÃO PARA A SÃOPAULO Prepare-se para lutar no bar, mas só se você estiver disposto a isso. O Cerveja Artesanal de São Paulo, no Sumaré, zona oeste paulistana, decidiu usar parte da casa para dar aulas de hapkido, estilo de arte marcial de origem coreana. "Enxergamos o bar como algo maior do que um estabelecimento onde se vendem bebidas e comidas", diz Marcelo Games, um dos sócios da casa. "Faltava algo que mudasse a mente das pessoas sobre como utilizar o nosso espaço e foi daí que em uma conversa com um amigo nosso, mestre de hapkido [Cláudio Fauza], tivemos a ideia de aliar as aulas a um horário antes da abertura do bar." "A ideia é levar as artes marciais para locais atípicos", afirma Fauza, "estendendo o benefício para pessoas que não encontram disponibilidades de horários ou proximidade de uma academia". Segundo Games, já há turmas sendo formadas, e as aulas devem ter início no mês que vem –elas ocorrerão às quarta e às sextas-feiras, das 13h às 14h30. A mensalidade custará R$ 150. Para quem não se interessar pela luta, o bar conta com mais de uma centena de rótulos de cerveja e dez torneiras de chope. Cerveja Artesanal de São Paulo. R. Paracuê, 141, Sumaré. De ter. a sex., das 15h às 23h, sáb., das 12h às 23h, dom., das 17h às 22h. cervejaartesanalsaopaulo.com.br
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'Carros 3' ultrapassa 'Mulher-Maravilha' e lidera bilheteria dos EUA
O final de semana nos cinemas dos Estados Unidos foi palco de uma disputa acalorada entre grandes lançamentos, com o grande vencedor sendo "Carros 3", da Disney e da Pixar, que conseguiu 53,5 milhões dólares assumindo a primeira posição. O valor é inferior ao da estreia de "Carros" (US$ 60,1 milhões) e "Carros 2" (US$ 66,1 milhões), mas ainda suficiente para ganhar o final de semana. Os primeiros dois filmes de "Carros" juntos arrecadaram mais de US$ 435 milhões nos Estados Unidos e 1 bilhão de dólares globalmente. Os filmes da série "Carros" estão longe de serem os mais lucrativos da Disney e da Pixar, mas "Carros 3" é um exemplo de que mesmo uma estreia modesta para a dupla de companhias é uma vitória no plano geral. "Carros 3" substituiu "Mulher-Maravilha" no primeiro lugar, mas o filme da super-heroína continua forte. Com uma estimativa de US$ 40,7 milhões, o filme da Warner Bros. e da DC Comics está vendo uma queda extremamente baixa de 32 por cento da semana anterior. Por outro lado, o filme biográfico de Tupac "All Eyez on Me" da Lionsgate e da Summit está superando as expectativas com uma estimativa de 27,1 milhões de dólares. No filme, Demetrius Shipp Jr. interpreta o célebre rapper. A animação está prevista para estrear no dia 13 de julho no Brasil. Assista ao trailer de "Carros 3" Carros 3
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'Carros 3' ultrapassa 'Mulher-Maravilha' e lidera bilheteria dos EUAO final de semana nos cinemas dos Estados Unidos foi palco de uma disputa acalorada entre grandes lançamentos, com o grande vencedor sendo "Carros 3", da Disney e da Pixar, que conseguiu 53,5 milhões dólares assumindo a primeira posição. O valor é inferior ao da estreia de "Carros" (US$ 60,1 milhões) e "Carros 2" (US$ 66,1 milhões), mas ainda suficiente para ganhar o final de semana. Os primeiros dois filmes de "Carros" juntos arrecadaram mais de US$ 435 milhões nos Estados Unidos e 1 bilhão de dólares globalmente. Os filmes da série "Carros" estão longe de serem os mais lucrativos da Disney e da Pixar, mas "Carros 3" é um exemplo de que mesmo uma estreia modesta para a dupla de companhias é uma vitória no plano geral. "Carros 3" substituiu "Mulher-Maravilha" no primeiro lugar, mas o filme da super-heroína continua forte. Com uma estimativa de US$ 40,7 milhões, o filme da Warner Bros. e da DC Comics está vendo uma queda extremamente baixa de 32 por cento da semana anterior. Por outro lado, o filme biográfico de Tupac "All Eyez on Me" da Lionsgate e da Summit está superando as expectativas com uma estimativa de 27,1 milhões de dólares. No filme, Demetrius Shipp Jr. interpreta o célebre rapper. A animação está prevista para estrear no dia 13 de julho no Brasil. Assista ao trailer de "Carros 3" Carros 3
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Pai narra drama de filha estuprada na USP e diz que fará cruzada por mais segurança
Pai da mais recente vítima de estupro no campus da USP, uma estudante de 17 anos da Faculdade de Economia e Administração, Carlos (nome fictício) reconstitui o drama da filha, que só relatou o ocorrido à família 13 dias depois do crime. Revoltado com a insegurança na Cidade Universitária, ele afirma que iniciará uma cruzada para que a universidade tenha policiamento e segurança decentes. A seguir, o depoimento: * O crime ocorreu numa segunda-feira, 15 de junho, por volta das 18h. Ela estava indo recarregar o cartão do bandejão da universidade quando foi abordada pouco antes da praça do Relógio. Ela foi ameaçada com uma faca e levada para uma área ao lado da praça, um pouco mais baixa, onde há muitas árvores e pedras. Todo o ato, segundo contou, durou uns 20 minutos. Depois conheci o local, foi muito chocante ver onde tudo aconteceu. Ela costuma ficar na minha casa ou na casa dos meus pais. É filha única, sou separado da mãe, mas ainda somos muito amigos. Naquela semana, eu e minha mãe notamos ela diferente, mais calada e arredia. Perguntamos se algo havia acontecido, mas ela atribuiu a outros fatores, como uma gripe e o período de provas finais. Após 13 dias, estávamos na minha casa e ela disse, sem rodeios: "Pai, tenho uma coisa horrível para contar. Fui estuprada". Desci subitamente ao nono círculo do inferno de Dante. Foi devastador. Acho que ela procrastinou para contar o que aconteceu porque queria poupar a família. Ela não falou, explodiu. Ou melhor, implodiu. Concluímos que deveríamos ser pragmáticos. Fomos à Delegacia da Mulher, mas, como era domingo, estava fechada. Na primeira que conseguimos ser atendidos, a recepção foi péssima, o policial chegou a perguntar se ela usava saia no momento do crime. O problema, nesses casos, é que a vítima é julgada junto com o criminoso. Após registrar o boletim de ocorrência, fomos ao hospital para ela ser examinada e tomar o coquetel com remédios contra a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. O alívio, depois, foi constatar que os resultados foram negativos. Minha filha é muito estudiosa, é uma das poucas estudantes que entraram na USP com 17 anos. Ela inclusive já foi aprovada e recebeu convites para estudar em universidades de outros países. Ela é a pessoa mais forte que conheço, mas a luz dela se apagou após o crime. O trauma sempre vai existir, espero que ela aprenda a conviver com isso. O tratamento psicológico começa nesta semana, eu e a mãe dela também vamos fazer. Neste momento ela está fora de São Paulo, em retiro. Na percepção de crueldade dos crimes, vi recentemente numa revista que em primeiro lugar vem o assassinato e logo depois o abuso sexual. É devastador. Eu sabia que havia algum risco, mas nunca imaginei que isso aconteceria com a minha filha. Soube que a região onde ela foi abordada é conhecida como rota do estupro. É revoltante, não só pelo sociopata que fez isso, mas pelo respaldo da USP, que peca totalmente com a segurança. O campus virou uma ilha, uma zona franca do crime. Ela é tão vítima do estuprador quanto das instituições que não querem policiamento na Cidade Universitária. E é curioso que, até agora, ninguém da USP nos procurou. Agora iniciei uma cruzada e vou até o fim, não tenho nada a perder. Não quero vingança, não se trata de pagar uma barbárie com outra. Quero justiça! Além de prender o criminoso, vou lutar para que o campus tenha uma segurança decente.
cotidiano
Pai narra drama de filha estuprada na USP e diz que fará cruzada por mais segurançaPai da mais recente vítima de estupro no campus da USP, uma estudante de 17 anos da Faculdade de Economia e Administração, Carlos (nome fictício) reconstitui o drama da filha, que só relatou o ocorrido à família 13 dias depois do crime. Revoltado com a insegurança na Cidade Universitária, ele afirma que iniciará uma cruzada para que a universidade tenha policiamento e segurança decentes. A seguir, o depoimento: * O crime ocorreu numa segunda-feira, 15 de junho, por volta das 18h. Ela estava indo recarregar o cartão do bandejão da universidade quando foi abordada pouco antes da praça do Relógio. Ela foi ameaçada com uma faca e levada para uma área ao lado da praça, um pouco mais baixa, onde há muitas árvores e pedras. Todo o ato, segundo contou, durou uns 20 minutos. Depois conheci o local, foi muito chocante ver onde tudo aconteceu. Ela costuma ficar na minha casa ou na casa dos meus pais. É filha única, sou separado da mãe, mas ainda somos muito amigos. Naquela semana, eu e minha mãe notamos ela diferente, mais calada e arredia. Perguntamos se algo havia acontecido, mas ela atribuiu a outros fatores, como uma gripe e o período de provas finais. Após 13 dias, estávamos na minha casa e ela disse, sem rodeios: "Pai, tenho uma coisa horrível para contar. Fui estuprada". Desci subitamente ao nono círculo do inferno de Dante. Foi devastador. Acho que ela procrastinou para contar o que aconteceu porque queria poupar a família. Ela não falou, explodiu. Ou melhor, implodiu. Concluímos que deveríamos ser pragmáticos. Fomos à Delegacia da Mulher, mas, como era domingo, estava fechada. Na primeira que conseguimos ser atendidos, a recepção foi péssima, o policial chegou a perguntar se ela usava saia no momento do crime. O problema, nesses casos, é que a vítima é julgada junto com o criminoso. Após registrar o boletim de ocorrência, fomos ao hospital para ela ser examinada e tomar o coquetel com remédios contra a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. O alívio, depois, foi constatar que os resultados foram negativos. Minha filha é muito estudiosa, é uma das poucas estudantes que entraram na USP com 17 anos. Ela inclusive já foi aprovada e recebeu convites para estudar em universidades de outros países. Ela é a pessoa mais forte que conheço, mas a luz dela se apagou após o crime. O trauma sempre vai existir, espero que ela aprenda a conviver com isso. O tratamento psicológico começa nesta semana, eu e a mãe dela também vamos fazer. Neste momento ela está fora de São Paulo, em retiro. Na percepção de crueldade dos crimes, vi recentemente numa revista que em primeiro lugar vem o assassinato e logo depois o abuso sexual. É devastador. Eu sabia que havia algum risco, mas nunca imaginei que isso aconteceria com a minha filha. Soube que a região onde ela foi abordada é conhecida como rota do estupro. É revoltante, não só pelo sociopata que fez isso, mas pelo respaldo da USP, que peca totalmente com a segurança. O campus virou uma ilha, uma zona franca do crime. Ela é tão vítima do estuprador quanto das instituições que não querem policiamento na Cidade Universitária. E é curioso que, até agora, ninguém da USP nos procurou. Agora iniciei uma cruzada e vou até o fim, não tenho nada a perder. Não quero vingança, não se trata de pagar uma barbárie com outra. Quero justiça! Além de prender o criminoso, vou lutar para que o campus tenha uma segurança decente.
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Realidade virtual é um novo meio de comunicação, dizem debatedores
A chamada realidade virtual não é apenas uma nova moda tecnológica nem se resume aos óculos que viraram o hit do últimos meses. Foi essa a principal constatação dos quatro profissionais que debateram o formato na noite de quarta (30) no auditório da Folha. "É um novo layer de comunicação", disse o diretor Tadeu Jungle, que coordenou o debate. Ele coloca a novidade como algo no nível do surgimento do cinema, da televisão e da internet. "Pela primeira vez você consegue estar no lugar do outro. Isso vai mudar tudo." Jungle dirigiu o documentário "Rio de Lama", que narra a tragédia de Mariana (MG), que deixou 19 mortos e um rastro de destruição ao longo do vale do rio Doce. O filme começa a ser distribuído na próxima segunda (4) –assinantes da Folha podem assistir à estreia e participar de um encontro com a equipe que o produziu. O documentário foi filmado com técnicas de realidade virtual, que permitem a quem vê explorar ambientes com imagens em 360 graus e ter a sensação de imersão no cenário –aliás, até o "vê" da oração anterior é inadequado nesse novo mundo, mas isso é assunto para daqui a alguns parágrafos. A chamada VR (do inglês "virtual reality") se tornou rapidamente o grande assunto do mundo tecnológico por causa do interesse demonstrado por diferentes players, incluindo gigantes da TI, em investir nesse front. Tentativas de transportar o espectador para dentro da cena ocorrem há mais de um século. Um dos debatedores, Ricardo Justus, diretor de inovação da TV Record, lembrou que na Exposição Universal de Paris em 1900 já existia uma atração, chamada Mareorama, que utilizava pistões e cenários panorâmicos para dar aos visitantes a sensação de que estavam num navio navegando numa viagem simulada de Marselha a Yokohama. Vários experimentos do tipo foram feitos desde então. Só nesta década, porém, surgiu a inovação que abriu o caminho para a explosão da tecnologia: os óculos de realidade virtual. Eles incorporam, para dentro do aparelho, os elementos que dão ao usuário a sensação de estar em outro lugar (o que no caso do Mareorama, por exemplo, ficava a cargo dos pistões e do cenário). O "pai" dos óculos é um americano chamado Palmer Luckey, hoje com 23 anos. Sua empresa, a Oculus VR, foi comprada pelo Facebook há dois anos por US$ 2 bilhões. Os modelos de óculos que mais têm se popularizado utilizam como tela um smartphone, que é encaixado dentro deles. Embora não seja ainda "ótima", a qualidade do vídeo visto ali já é boa o suficiente para impulsionar a tecnologia, avaliam os debatedores. Superada a principal barreira tecnológica, a corrida do ouro agora é por aprender a montar narrativas em VR. "Ninguém aqui está querendo lidar com isso por causa da tecnologia", afirmou um dos debatedores, Ricardo Laganaro, da O2 Filmes. "A realidade virtual realmente pode mudar a maneira como a gente vê o mundo." Ele chamou a atenção para o fato de grande parte da discussão ignorar a questão do som, variável que pode ser ainda mais importante do que no cinema "tradicional" como fio condutor da narrativa, e também ainda mais difícil de ser encaixada, dada a dificuldade maior de controlar o olhar do consumidor. "É um dos grandes problemas de VR ainda por resolver." Laganaro lembrou que até a roteirização muda: em vez de uma narrativa linear, é preciso lidar com roteiros de acordo com os pontos cardeais, pensando em todos os lugares para onde a vista do usuário pode se direcionar. Até definições arraigadas do cinema precisam mudar. Na VR, ninguém fala em próximo plano. "É próxima esfera", afirmou Jungle. Por outro lado, apesar de a filmagem demandar esse olhar esférico, há muita dúvida sobre quanto de fato o consumidor utilizará, dado que em algum momento o comportamento esperado é que ele se canse de ficar virando a cabeça. "Eu acho que a narrativa vai acabar sendo na frente, uns 140 graus. De vez em quando uma coisa lá atrás chama a atenção o e você olha", disse Jungle. Existe também um debate sobre como recorrer à tecnologia de VR sem desrespeitar os limites do corpo. Como é algo que "engana" o cérebro, são comuns os relatos de enjoos de quem utilizar os óculos –como, por exemplo, em cenas nas quais o "personagem" está se movimentando, mas o usuário não. Mais desafiador do que tudo isso, porém, parecer ser compreender a capacidade de o usuário de influenciar na história. É aqui que se coloca em xeque o uso do "vê" para quem está consumindo o conteúdo. Essa pessoa pode ajudar quem precisa de auxílio na frente dele? Pode falar com os demais personagens? E, se falar: o que eles devem responder? É possível alterar o rumo da história? Eis a fronteira mais avançada da VR, e em tese deve ser puxada por quem usa recursos de computação gráfica, capazes de responder às interações, como os games. "Essa tecnologia, na minha opinião, é a mais disruptiva", afirmou Justus. Apesar de todas essas dúvidas, a disrupção ocorre em um momento que permite aos brasileiros não ficar a reboque do que é feito fora do país. "As tecnologias são as mesmas que estão sendo utilizadas em outras partes do mundo", disse outro debatedor, Rawlinson Terrabuio, fundador e diretor da Beenoculus. "Estamos no mesmo time." A empresa de Terrabuio tem tido foco especial na área de educação, que pode aproveitar a tecnologia de VR para baratear custos de treinamento profissional e aumentar o interesse dos alunos pelo conteúdo. "O principal problema é a linguagem. Para o jovem se interessar, tem que utilizar a linguagem dele, que é a TV, o videogame", afirmou.
tec
Realidade virtual é um novo meio de comunicação, dizem debatedoresA chamada realidade virtual não é apenas uma nova moda tecnológica nem se resume aos óculos que viraram o hit do últimos meses. Foi essa a principal constatação dos quatro profissionais que debateram o formato na noite de quarta (30) no auditório da Folha. "É um novo layer de comunicação", disse o diretor Tadeu Jungle, que coordenou o debate. Ele coloca a novidade como algo no nível do surgimento do cinema, da televisão e da internet. "Pela primeira vez você consegue estar no lugar do outro. Isso vai mudar tudo." Jungle dirigiu o documentário "Rio de Lama", que narra a tragédia de Mariana (MG), que deixou 19 mortos e um rastro de destruição ao longo do vale do rio Doce. O filme começa a ser distribuído na próxima segunda (4) –assinantes da Folha podem assistir à estreia e participar de um encontro com a equipe que o produziu. O documentário foi filmado com técnicas de realidade virtual, que permitem a quem vê explorar ambientes com imagens em 360 graus e ter a sensação de imersão no cenário –aliás, até o "vê" da oração anterior é inadequado nesse novo mundo, mas isso é assunto para daqui a alguns parágrafos. A chamada VR (do inglês "virtual reality") se tornou rapidamente o grande assunto do mundo tecnológico por causa do interesse demonstrado por diferentes players, incluindo gigantes da TI, em investir nesse front. Tentativas de transportar o espectador para dentro da cena ocorrem há mais de um século. Um dos debatedores, Ricardo Justus, diretor de inovação da TV Record, lembrou que na Exposição Universal de Paris em 1900 já existia uma atração, chamada Mareorama, que utilizava pistões e cenários panorâmicos para dar aos visitantes a sensação de que estavam num navio navegando numa viagem simulada de Marselha a Yokohama. Vários experimentos do tipo foram feitos desde então. Só nesta década, porém, surgiu a inovação que abriu o caminho para a explosão da tecnologia: os óculos de realidade virtual. Eles incorporam, para dentro do aparelho, os elementos que dão ao usuário a sensação de estar em outro lugar (o que no caso do Mareorama, por exemplo, ficava a cargo dos pistões e do cenário). O "pai" dos óculos é um americano chamado Palmer Luckey, hoje com 23 anos. Sua empresa, a Oculus VR, foi comprada pelo Facebook há dois anos por US$ 2 bilhões. Os modelos de óculos que mais têm se popularizado utilizam como tela um smartphone, que é encaixado dentro deles. Embora não seja ainda "ótima", a qualidade do vídeo visto ali já é boa o suficiente para impulsionar a tecnologia, avaliam os debatedores. Superada a principal barreira tecnológica, a corrida do ouro agora é por aprender a montar narrativas em VR. "Ninguém aqui está querendo lidar com isso por causa da tecnologia", afirmou um dos debatedores, Ricardo Laganaro, da O2 Filmes. "A realidade virtual realmente pode mudar a maneira como a gente vê o mundo." Ele chamou a atenção para o fato de grande parte da discussão ignorar a questão do som, variável que pode ser ainda mais importante do que no cinema "tradicional" como fio condutor da narrativa, e também ainda mais difícil de ser encaixada, dada a dificuldade maior de controlar o olhar do consumidor. "É um dos grandes problemas de VR ainda por resolver." Laganaro lembrou que até a roteirização muda: em vez de uma narrativa linear, é preciso lidar com roteiros de acordo com os pontos cardeais, pensando em todos os lugares para onde a vista do usuário pode se direcionar. Até definições arraigadas do cinema precisam mudar. Na VR, ninguém fala em próximo plano. "É próxima esfera", afirmou Jungle. Por outro lado, apesar de a filmagem demandar esse olhar esférico, há muita dúvida sobre quanto de fato o consumidor utilizará, dado que em algum momento o comportamento esperado é que ele se canse de ficar virando a cabeça. "Eu acho que a narrativa vai acabar sendo na frente, uns 140 graus. De vez em quando uma coisa lá atrás chama a atenção o e você olha", disse Jungle. Existe também um debate sobre como recorrer à tecnologia de VR sem desrespeitar os limites do corpo. Como é algo que "engana" o cérebro, são comuns os relatos de enjoos de quem utilizar os óculos –como, por exemplo, em cenas nas quais o "personagem" está se movimentando, mas o usuário não. Mais desafiador do que tudo isso, porém, parecer ser compreender a capacidade de o usuário de influenciar na história. É aqui que se coloca em xeque o uso do "vê" para quem está consumindo o conteúdo. Essa pessoa pode ajudar quem precisa de auxílio na frente dele? Pode falar com os demais personagens? E, se falar: o que eles devem responder? É possível alterar o rumo da história? Eis a fronteira mais avançada da VR, e em tese deve ser puxada por quem usa recursos de computação gráfica, capazes de responder às interações, como os games. "Essa tecnologia, na minha opinião, é a mais disruptiva", afirmou Justus. Apesar de todas essas dúvidas, a disrupção ocorre em um momento que permite aos brasileiros não ficar a reboque do que é feito fora do país. "As tecnologias são as mesmas que estão sendo utilizadas em outras partes do mundo", disse outro debatedor, Rawlinson Terrabuio, fundador e diretor da Beenoculus. "Estamos no mesmo time." A empresa de Terrabuio tem tido foco especial na área de educação, que pode aproveitar a tecnologia de VR para baratear custos de treinamento profissional e aumentar o interesse dos alunos pelo conteúdo. "O principal problema é a linguagem. Para o jovem se interessar, tem que utilizar a linguagem dele, que é a TV, o videogame", afirmou.
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Fotógrafo clica passeio por casas de famosos em Los Angeles
O fotógrafo Apu Gomes clicou um dos passeios mais famosos de Los Angeles, na Califórnia, que leva os turistas para conhecer casas de celebridades, como a mansão na qual Michael Jackson morreu. "Ao passar pela Mulholland Drive, é possível ver os dois lados do vale", conta ele. A estrada, que corta o topo das montanhas entre Hollywood e Malibu, possui belas vistas da cidade e concentra mansões de famosos, como a do diretor Quentin Tarantino. O fotógrafo fez um tour de duas horas, que também passa pelo famoso letreiro de Hollywood. Veja abaixo três opções. STAR LINE Passa pelo letreiro de Hollywood e por casas de celebridades como Katy Perry e Al Pacino, além da Rodeo Drive Quanto a partir de US$ 42 (R$ 151) Duração 2 horas Onde Star Line Tours Mais starlinetours.com LA CITY O roteiro inclui 45 mansões, da de Paris Hilton à de Jack Nicholson, na Mulholland Drive. Passa pelo sinal de Hollywood Quanto a partir de US$ 47 (R$ 169) Duração 2 horas Onde LA City Tours Mais lacitytours.com HOLLYWOOD TOURS O letreiro é a primeira parada do passeio, que segue por Beverly Hills e pela Sunset Strip, com lojas frequentadas por famosos Quanto a partir de US$ 47 (R$ 169) Duração 2 horas Onde Hollywood Tours Mais hollywoodtours.us * Veja outras edições do Álbum de Viagem Pernambuco, por Bruno Poletti Madagascar, por Haroldo Castro Colômbia, por Thiago Foresti Mauritânia, por Jody MacDonald João Pessoa, por Edson Lopes Jr. Verão português, por Fabrício Lobel Natividade, no Tocantins, por Otavio Valle Tanzânia, por Mathilde Missioneiro Minas Gerais, por Angelo Savastano Etiópia, por Roberto Machado Trem das nuvens, por Gabriela di Bella
turismo
Fotógrafo clica passeio por casas de famosos em Los AngelesO fotógrafo Apu Gomes clicou um dos passeios mais famosos de Los Angeles, na Califórnia, que leva os turistas para conhecer casas de celebridades, como a mansão na qual Michael Jackson morreu. "Ao passar pela Mulholland Drive, é possível ver os dois lados do vale", conta ele. A estrada, que corta o topo das montanhas entre Hollywood e Malibu, possui belas vistas da cidade e concentra mansões de famosos, como a do diretor Quentin Tarantino. O fotógrafo fez um tour de duas horas, que também passa pelo famoso letreiro de Hollywood. Veja abaixo três opções. STAR LINE Passa pelo letreiro de Hollywood e por casas de celebridades como Katy Perry e Al Pacino, além da Rodeo Drive Quanto a partir de US$ 42 (R$ 151) Duração 2 horas Onde Star Line Tours Mais starlinetours.com LA CITY O roteiro inclui 45 mansões, da de Paris Hilton à de Jack Nicholson, na Mulholland Drive. Passa pelo sinal de Hollywood Quanto a partir de US$ 47 (R$ 169) Duração 2 horas Onde LA City Tours Mais lacitytours.com HOLLYWOOD TOURS O letreiro é a primeira parada do passeio, que segue por Beverly Hills e pela Sunset Strip, com lojas frequentadas por famosos Quanto a partir de US$ 47 (R$ 169) Duração 2 horas Onde Hollywood Tours Mais hollywoodtours.us * Veja outras edições do Álbum de Viagem Pernambuco, por Bruno Poletti Madagascar, por Haroldo Castro Colômbia, por Thiago Foresti Mauritânia, por Jody MacDonald João Pessoa, por Edson Lopes Jr. Verão português, por Fabrício Lobel Natividade, no Tocantins, por Otavio Valle Tanzânia, por Mathilde Missioneiro Minas Gerais, por Angelo Savastano Etiópia, por Roberto Machado Trem das nuvens, por Gabriela di Bella
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Lei Sergio Moro
O Congresso Nacional voltou a debater projetos de lei que buscam introduzir de forma expressa a possibilidade de uma condenação não transitada em julgado ser utilizada para fundamentar a prisão do réu. Ninguém discute que no Brasil um indivíduo somente poderá iniciar o cumprimento da pena depois que a sua condenação for irrecorrível. Igualmente, não se questiona o fato de ser possível a prisão preventiva no curso de um processo no qual sequer haja condenação. O que se debate é a possibilidade de uma condenação recorrível servir como um fundamento a mais para a prisão do réu. É comum vermos réus que permanecem detidos cautelarmente durante o processo e que são soltos no momento em que são condenados. Ora, mas se alguém pode ser preso preventivamente mesmo sem sentença condenatória, com a sua prolação não é natural que a permissão legal para a prisão do acusado seja menos restritiva? São duas as principais justificativas para a libertação (ou não prisão) do réu após ser condenado. A primeira tem assento na norma constitucional que assegura a presunção de inocência. A segunda tem a ver com o tempo que os recursos levam a ser analisados. Dentro deste raciocínio, se alguém é presumidamente inocente, como pode permanecer preso até que os tribunais julguem seus recursos, sendo que isto por vezes demora? A ideia, apesar de sedutora, é equivocada. Com relação à presunção de inocência, alguém só pode ser considerado "absolutamente" culpado quando houver contra si uma condenação irrecorrível. Assim, havendo uma condenação recorrível o indivíduo é considerado "relativamente" culpado. Nesse sentido, uma pessoa só é presumidamente inocente até ser condenada em primeiro grau, quando se inverte a presunção, cabendo ao réu comprovar, em sede de recurso, que não é culpado, mas sim inocente. Negar eficácia a uma condenação só por que contra ela cabe recurso resultaria, ao menos, em duas consequências. A primeira seria a de considerar a decisão "letra morta". A segunda seria fazer com que uma pessoa já condenada fosse aos olhos do Estado considerada presumidamente inocente ao invés de supostamente culpada. O segundo fundamento para a soltura (ou não prisão) de réus condenados consubstancia-se no fato de que os recursos costumam demorar a ser julgados. Mas a possível demora no julgamento de recursos não autoriza, de imediato, a libertação de alguém. Somente caso se verifique concretamente atraso exacerbado em julgamentos de recursos, poderá o réu ser solto por este motivo. O que não pode é o Estado, de antemão, soltá-lo só porque ele interpôs recurso, assumindo previamente que haverá excesso de prazo mesmo sem saber se naquela situação ocorreria, de fato, atraso. Aliás, se o recurso em liberdade continuar como regra quase intangível, o réu, sabendo que meras interposições de recursos vão automaticamente resultar em sua liberdade, não pensará duas vezes antes de abarrotar os tribunais com infindáveis reclamos. Desse modo, não há dúvida de que uma sentença condenatória deve ser fundamento apto a reforçar a necessidade de prisão preventiva. Em português claro, uma condenação, mesmo recorrível, deve ser antes um fundamento para a prisão do que para a soltura de alguém. Contudo, como a decisão proferida por um juiz tem, por assim dizer, mais chance de conter algum equívoco, uma sentença condenatória deve ser considerada como fundamento para a prisão apenas depois de confirmada em segundo grau (por um colegiado de magistrados). Enfim, ainda faltam muitos consensos em torno de eventual lei sobre esta matéria. No entanto, o importante é que este tema voltou à cena, sendo o momento de empenharmo-nos para a aprovação de uma lei que traga este avanço ao país. Se isto ocorrer, nada mais justo do que ser o novo diploma conhecido com o nome daquele que está dando "rosto" à presente iniciativa. Assim, como nós temos no Brasil a Lei Maria da Penha, a nova lei, se aprovada, também deveria ser homenageada com o nome de seu maior expoente. Oxalá, pois, um dia tenhamos a Lei Sergio Moro. DIEGO DUTRA GOULART, 33, é promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Lei Sergio MoroO Congresso Nacional voltou a debater projetos de lei que buscam introduzir de forma expressa a possibilidade de uma condenação não transitada em julgado ser utilizada para fundamentar a prisão do réu. Ninguém discute que no Brasil um indivíduo somente poderá iniciar o cumprimento da pena depois que a sua condenação for irrecorrível. Igualmente, não se questiona o fato de ser possível a prisão preventiva no curso de um processo no qual sequer haja condenação. O que se debate é a possibilidade de uma condenação recorrível servir como um fundamento a mais para a prisão do réu. É comum vermos réus que permanecem detidos cautelarmente durante o processo e que são soltos no momento em que são condenados. Ora, mas se alguém pode ser preso preventivamente mesmo sem sentença condenatória, com a sua prolação não é natural que a permissão legal para a prisão do acusado seja menos restritiva? São duas as principais justificativas para a libertação (ou não prisão) do réu após ser condenado. A primeira tem assento na norma constitucional que assegura a presunção de inocência. A segunda tem a ver com o tempo que os recursos levam a ser analisados. Dentro deste raciocínio, se alguém é presumidamente inocente, como pode permanecer preso até que os tribunais julguem seus recursos, sendo que isto por vezes demora? A ideia, apesar de sedutora, é equivocada. Com relação à presunção de inocência, alguém só pode ser considerado "absolutamente" culpado quando houver contra si uma condenação irrecorrível. Assim, havendo uma condenação recorrível o indivíduo é considerado "relativamente" culpado. Nesse sentido, uma pessoa só é presumidamente inocente até ser condenada em primeiro grau, quando se inverte a presunção, cabendo ao réu comprovar, em sede de recurso, que não é culpado, mas sim inocente. Negar eficácia a uma condenação só por que contra ela cabe recurso resultaria, ao menos, em duas consequências. A primeira seria a de considerar a decisão "letra morta". A segunda seria fazer com que uma pessoa já condenada fosse aos olhos do Estado considerada presumidamente inocente ao invés de supostamente culpada. O segundo fundamento para a soltura (ou não prisão) de réus condenados consubstancia-se no fato de que os recursos costumam demorar a ser julgados. Mas a possível demora no julgamento de recursos não autoriza, de imediato, a libertação de alguém. Somente caso se verifique concretamente atraso exacerbado em julgamentos de recursos, poderá o réu ser solto por este motivo. O que não pode é o Estado, de antemão, soltá-lo só porque ele interpôs recurso, assumindo previamente que haverá excesso de prazo mesmo sem saber se naquela situação ocorreria, de fato, atraso. Aliás, se o recurso em liberdade continuar como regra quase intangível, o réu, sabendo que meras interposições de recursos vão automaticamente resultar em sua liberdade, não pensará duas vezes antes de abarrotar os tribunais com infindáveis reclamos. Desse modo, não há dúvida de que uma sentença condenatória deve ser fundamento apto a reforçar a necessidade de prisão preventiva. Em português claro, uma condenação, mesmo recorrível, deve ser antes um fundamento para a prisão do que para a soltura de alguém. Contudo, como a decisão proferida por um juiz tem, por assim dizer, mais chance de conter algum equívoco, uma sentença condenatória deve ser considerada como fundamento para a prisão apenas depois de confirmada em segundo grau (por um colegiado de magistrados). Enfim, ainda faltam muitos consensos em torno de eventual lei sobre esta matéria. No entanto, o importante é que este tema voltou à cena, sendo o momento de empenharmo-nos para a aprovação de uma lei que traga este avanço ao país. Se isto ocorrer, nada mais justo do que ser o novo diploma conhecido com o nome daquele que está dando "rosto" à presente iniciativa. Assim, como nós temos no Brasil a Lei Maria da Penha, a nova lei, se aprovada, também deveria ser homenageada com o nome de seu maior expoente. Oxalá, pois, um dia tenhamos a Lei Sergio Moro. DIEGO DUTRA GOULART, 33, é promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Polícia do Rio vai testar armas após suspeita de falha durante ação
O chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, anunciou nesta terça-feira (24) que as armas de todos os policiais civis serão obrigatoriamente testadas com pelo menos 100 disparos. A medida foi tomada após a morte do inspetor Thiago Tomé de Jesus, 29, que reagiu atirando a um assalto no último domingo (22). No terceiro disparo realizado pelo policial a arma teria travado e os criminosos o balearam. Segundo Veloso, até então, os policiais civis testavam a arma somente em treinamentos ou por iniciativa própria em estandes de tiros da instituição. "Realizei uma reunião com o delegado da Delegacia de Fiscalização de Armas e Explosivos, da academia de polícia e da Coordenadoria de Operações Especiais. Uma força-tarefa será feita com os melhores instrutores para a realização dos tiros. Assim, o policial se sentirá mais seguro", afirmou Veloso. A informação de que a arma do inspetor morto não teria funcionado foi divulgada pelo titular da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Marcos Vinícius Fernandes, que investiga a morte do inspetor, morto no bairro Fonseca, em Niterói, região metropolitana do Rio. Segundo o delegado, uma perícia preliminar apontou uma pane na arma que faz parte de um lote de 1.640 pistolas da Polícia Civil. Veloso não descarta a possibilidade do lote inteiro estar corrompido, mas irá esperar a conclusão da perícia. "A perícia final irá apontar se a falha é de fabricação da arma ou um desgaste no equipamento. A partir disso, tomarei medidas enérgicas", disse durante a inauguração de uma Companhia de Policiamento de Proximidade, no Grajaú, zona norte do Rio.
cotidiano
Polícia do Rio vai testar armas após suspeita de falha durante açãoO chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, anunciou nesta terça-feira (24) que as armas de todos os policiais civis serão obrigatoriamente testadas com pelo menos 100 disparos. A medida foi tomada após a morte do inspetor Thiago Tomé de Jesus, 29, que reagiu atirando a um assalto no último domingo (22). No terceiro disparo realizado pelo policial a arma teria travado e os criminosos o balearam. Segundo Veloso, até então, os policiais civis testavam a arma somente em treinamentos ou por iniciativa própria em estandes de tiros da instituição. "Realizei uma reunião com o delegado da Delegacia de Fiscalização de Armas e Explosivos, da academia de polícia e da Coordenadoria de Operações Especiais. Uma força-tarefa será feita com os melhores instrutores para a realização dos tiros. Assim, o policial se sentirá mais seguro", afirmou Veloso. A informação de que a arma do inspetor morto não teria funcionado foi divulgada pelo titular da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Marcos Vinícius Fernandes, que investiga a morte do inspetor, morto no bairro Fonseca, em Niterói, região metropolitana do Rio. Segundo o delegado, uma perícia preliminar apontou uma pane na arma que faz parte de um lote de 1.640 pistolas da Polícia Civil. Veloso não descarta a possibilidade do lote inteiro estar corrompido, mas irá esperar a conclusão da perícia. "A perícia final irá apontar se a falha é de fabricação da arma ou um desgaste no equipamento. A partir disso, tomarei medidas enérgicas", disse durante a inauguração de uma Companhia de Policiamento de Proximidade, no Grajaú, zona norte do Rio.
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Na estreia de Bruninho, Brasil perde invencibilidade na Liga Mundial
O Brasil perdeu a invencibilidade na Liga Mundial para a Sérvia, nesta sexta-feira (12), em Novi Sad. Após duas vitórias contra a Sérvia e duas contra a Austrália, em casa, a seleção brasileira caiu justamente na estreia do levantador Bruninho na competição. Titular, ele foi poupado nas primeiras partidas. O Brasil venceu os dois primeiros sets, mas permitiu a virada dos sérvios, por 3 sets a 2, com parciais de 22/25, 23/25, 25/23, 25/21 e 15/13. As equipes voltam a se enfrentar neste domingo (14), às 15h (de Brasília), no mesmo local. Maior campeão da Liga Mundial, o Brasil tenta o décimo título.
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Na estreia de Bruninho, Brasil perde invencibilidade na Liga MundialO Brasil perdeu a invencibilidade na Liga Mundial para a Sérvia, nesta sexta-feira (12), em Novi Sad. Após duas vitórias contra a Sérvia e duas contra a Austrália, em casa, a seleção brasileira caiu justamente na estreia do levantador Bruninho na competição. Titular, ele foi poupado nas primeiras partidas. O Brasil venceu os dois primeiros sets, mas permitiu a virada dos sérvios, por 3 sets a 2, com parciais de 22/25, 23/25, 25/23, 25/21 e 15/13. As equipes voltam a se enfrentar neste domingo (14), às 15h (de Brasília), no mesmo local. Maior campeão da Liga Mundial, o Brasil tenta o décimo título.
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Editorial: Indetectável
Principal promessa de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na área da segurança pública, a tecnologia que ajudaria a reverter a escalada de roubos no Estado de São Paulo ainda não saiu do reino da ficção científica. Comprado da Microsoft por R$ 9,7 milhões e batizado de Detecta, o sistema de vigilância em tese interliga arquivos da polícia e câmeras de rua para identificar, em tempo real, pessoas que estejam na iminência de cometer um crime. Reconhecida a atitude suspeita, emite-se uma mensagem para a central de controle; em seguida, aciona-se uma patrulha por meio de um tablet. Coisa de cinema. Na propaganda eleitoral do tucano, o Detecta surgiu como uma realidade. Quando esta Folha apontou o engodo, o discurso mudou. Tudo não passara de um mal-entendido; o sistema estava em fase de testes, e sua implantação se completaria até o fim de 2014. Passados mais de cinco meses, o governo afirma que o Detecta continua em testes, sem novas previsões sobre seu funcionamento. Mais produtivo tem sido o Projeto Radar, semelhante ao Detecta, mas desenvolvido pela Polícia Militar. O programa identifica, por meio de câmeras em vias públicas, placas de carros roubados ou furtados. De forma quase instantânea, transmite a informação ao centro policial, que envia uma patrulha. De maio do ano passado a fevereiro, a PM abordou 277 veículos e prendeu 396 pessoas graças ao Radar, segundo números oficiais. O sistema parece ter contribuído para a diminuição desse crime. Em março, houve queda de 23,8% na comparação com o mesmo período no ano passado. Ainda assim, foram 6.842 registros. Quanto aos roubos em geral no Estado de São Paulo, eles têm crescido de forma quase ininterrupta há praticamente dois anos. Na teoria, o Detecta faz sentido. Está alinhado à tendência de se apoiar cada vez mais na vigilância eletrônica, aposta de cidades como Nova York e Londres. Na prática, porém, o governo Geraldo Alckmin ainda não provou que o sistema se adaptará à realidade brasileira. E, enquanto não entrega essa promessa eleitoral, tampouco indicou o que usará no lugar para proteger a população.
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Editorial: IndetectávelPrincipal promessa de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na área da segurança pública, a tecnologia que ajudaria a reverter a escalada de roubos no Estado de São Paulo ainda não saiu do reino da ficção científica. Comprado da Microsoft por R$ 9,7 milhões e batizado de Detecta, o sistema de vigilância em tese interliga arquivos da polícia e câmeras de rua para identificar, em tempo real, pessoas que estejam na iminência de cometer um crime. Reconhecida a atitude suspeita, emite-se uma mensagem para a central de controle; em seguida, aciona-se uma patrulha por meio de um tablet. Coisa de cinema. Na propaganda eleitoral do tucano, o Detecta surgiu como uma realidade. Quando esta Folha apontou o engodo, o discurso mudou. Tudo não passara de um mal-entendido; o sistema estava em fase de testes, e sua implantação se completaria até o fim de 2014. Passados mais de cinco meses, o governo afirma que o Detecta continua em testes, sem novas previsões sobre seu funcionamento. Mais produtivo tem sido o Projeto Radar, semelhante ao Detecta, mas desenvolvido pela Polícia Militar. O programa identifica, por meio de câmeras em vias públicas, placas de carros roubados ou furtados. De forma quase instantânea, transmite a informação ao centro policial, que envia uma patrulha. De maio do ano passado a fevereiro, a PM abordou 277 veículos e prendeu 396 pessoas graças ao Radar, segundo números oficiais. O sistema parece ter contribuído para a diminuição desse crime. Em março, houve queda de 23,8% na comparação com o mesmo período no ano passado. Ainda assim, foram 6.842 registros. Quanto aos roubos em geral no Estado de São Paulo, eles têm crescido de forma quase ininterrupta há praticamente dois anos. Na teoria, o Detecta faz sentido. Está alinhado à tendência de se apoiar cada vez mais na vigilância eletrônica, aposta de cidades como Nova York e Londres. Na prática, porém, o governo Geraldo Alckmin ainda não provou que o sistema se adaptará à realidade brasileira. E, enquanto não entrega essa promessa eleitoral, tampouco indicou o que usará no lugar para proteger a população.
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