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'O dinheiro não tinha carimbo', diz operador de propina
Ao explicar seu intrincado sistema de distribuição e compensações de propinas no Brasil e no exterior, o lobista Mario Goes disse ao juiz Sergio Moro que era impossível saber com exatidão a que empreiteira se referia cada pagamento que fez ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. "Os valores não tinham carimbo. Recebia [dinheiro nas contas], fazia as contas, tinha outros recebimentos de várias companhias. E nesses valores a gente fazia compensação", disse Góes, mais recente delator da Operação Lava Jato, em audiência nesta segunda. Barusco foi gerente na Diretoria de Serviços da Petrobras, controlada do PT, e desde fevereiro se tornou um dos principais delatores do esquema de corrupção na estatal. Para obter redução de pena, Góes aceitou devolver R$ 38 milhões à Petrobras e a contar em detalhes como funcionou o uso de suas empresas para o recebimento de propina para o ex-gerente Pedro Barusco. Engenheiro naval de formação, o dono da empresa Riomarine voltou a afirmar nesta segunda, diante do juiz Sergio Moro, que firmou dois contratos com a OAS para disfarçar o recebimento de propina que deveria ser entregue a Barusco. Os serviços de consultoria previstos jamais foram prestados e os pagamentos caíram nas contas da empresa no Brasil. O lobista também voltou a dizer que recebeu pagamentos da empreiteira Andrade Gutierrez, relativas a propina para Barusco, em contas em nome de offshores na Suíça. Indagado pelo juiz se tinha conhecimento do repasse de propina na Diretoria de Serviços para o PT, o delator desconversou "Ele [Barusco] dizia que parte dos pagamentos ia para o partido e ele também não se metia. Eu queria saber menos ainda. Eu nunca soube de nada nem nunca quis saber", disse Góes. Em ocasiões anteriores, as defesas das duas empreiteiras negaram ter realizado pagamentos de propina para dirigentes da Petrobras e a agentes públicos.
poder
'O dinheiro não tinha carimbo', diz operador de propinaAo explicar seu intrincado sistema de distribuição e compensações de propinas no Brasil e no exterior, o lobista Mario Goes disse ao juiz Sergio Moro que era impossível saber com exatidão a que empreiteira se referia cada pagamento que fez ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. "Os valores não tinham carimbo. Recebia [dinheiro nas contas], fazia as contas, tinha outros recebimentos de várias companhias. E nesses valores a gente fazia compensação", disse Góes, mais recente delator da Operação Lava Jato, em audiência nesta segunda. Barusco foi gerente na Diretoria de Serviços da Petrobras, controlada do PT, e desde fevereiro se tornou um dos principais delatores do esquema de corrupção na estatal. Para obter redução de pena, Góes aceitou devolver R$ 38 milhões à Petrobras e a contar em detalhes como funcionou o uso de suas empresas para o recebimento de propina para o ex-gerente Pedro Barusco. Engenheiro naval de formação, o dono da empresa Riomarine voltou a afirmar nesta segunda, diante do juiz Sergio Moro, que firmou dois contratos com a OAS para disfarçar o recebimento de propina que deveria ser entregue a Barusco. Os serviços de consultoria previstos jamais foram prestados e os pagamentos caíram nas contas da empresa no Brasil. O lobista também voltou a dizer que recebeu pagamentos da empreiteira Andrade Gutierrez, relativas a propina para Barusco, em contas em nome de offshores na Suíça. Indagado pelo juiz se tinha conhecimento do repasse de propina na Diretoria de Serviços para o PT, o delator desconversou "Ele [Barusco] dizia que parte dos pagamentos ia para o partido e ele também não se metia. Eu queria saber menos ainda. Eu nunca soube de nada nem nunca quis saber", disse Góes. Em ocasiões anteriores, as defesas das duas empreiteiras negaram ter realizado pagamentos de propina para dirigentes da Petrobras e a agentes públicos.
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Câmera registra momento em que terrorista é baleado em Istambul
Uma série de explosões deixou pelo menos 41 mortos e 239 feridos na noite desta terça-feira (28) no aeroporto internacional Mustafa Kemal Atatürk, em Istambul, o maior da Turquia.Nenhum grupo terrorista assumiu a ação até o momento. Porém, o primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, disse que as forças de segurança consideram que o ataque foi feito pela facção terrorista Estado Islâmico.O vídeo acima mostra o momento em que um dos terroristas é baleado pela polícia. Na sequência, é possível ver o policial correndo e o homem detonando a bomba presa ao seu corpo.
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Câmera registra momento em que terrorista é baleado em IstambulUma série de explosões deixou pelo menos 41 mortos e 239 feridos na noite desta terça-feira (28) no aeroporto internacional Mustafa Kemal Atatürk, em Istambul, o maior da Turquia.Nenhum grupo terrorista assumiu a ação até o momento. Porém, o primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, disse que as forças de segurança consideram que o ataque foi feito pela facção terrorista Estado Islâmico.O vídeo acima mostra o momento em que um dos terroristas é baleado pela polícia. Na sequência, é possível ver o policial correndo e o homem detonando a bomba presa ao seu corpo.
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Governo vai mudar juros dos empréstimos do BNDES em 2018
O governo mudará a partir de 2018 a taxa de juros de referência para empréstimos do BNDES, com a criação de um novo indicador: a TLP (Taxa de Longo Prazo). Com isso, o custo dessas operações de crédito deixa de ser uma decisão de governo e passa a acompanhar as taxas de juros de mercado. A TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que é a taxa de referência atual e que foi reduzida nesta quinta (30) de 7,5% para 7% ao ano, permanecerá valendo para o estoque de empréstimos já contratados até o fim de 2017. A partir de janeiro de 2018, as operações de crédito passarão a ser contratadas pela TLP, que em um primeiro momento será a mesma da TJLP (ou seja, se fosse hoje seria de 7% ao ano), mas que passará a ser corrigida mensalmente pelo Banco Central. A correção será feita com base na variação do IPCA (índice de preços ao consumidor) acrescida gradualmente do rendimento real do título público NTN-B com vencimento em cinco anos, que paga aos compradores inflação mais juros. Ao fim de um período de transição de cinco anos, a TLP será idêntica ao juro da NTN-B, atualmente um dos títulos mais populares do Tesouro Direto. Esse título reflete o custo de captação de recursos pelo Tesouro Nacional junto ao mercado. Portanto, acompanha os ciclos econômicos e a taxa básica de juros (Selic). "A política monetária fica mais potente, você consegue fazer políticas anticíclicas mais fortes", afirmou o presidente do BC, Ilan Goldfajn. "O fato de ser taxa de mercado gera transparência". Segundo a equipe econômica, o impacto fiscal da medida será positivo. "O verdadeiro impacto fiscal dessa medida será a redução da taxa de juros estrutural da economia, que será trazido ao presente pelo mercado financeiro com a medida. Será um impacto bastante significativo", disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, que participou da divulgação. A taxa em vigor atualmente, a TJLP, tem seus juros decididos trimestralmente pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, formado por Banco Central e pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento). A base de cálculo da taxa é a meta de inflação e o risco-país, mas a decisão sobre o percentual acaba muitas vezes sendo política. Com isso, o Tesouro acaba subsidiando a diferença entre o que paga para captar recursos e os juros cobrados pelo BNDES dos tomadores de crédito. Como a TJLP continuará corrigindo o estoque de empréstimos contratados até 2017, ela continuará a ser decidida a cada três meses pelo CMN. TENDÊNCIA Na avaliação de André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, no momento atual, em que inflação sob controle e economia fraca favorecem a redução da taxa básica de juros, a Selic, a tendência seria de queda da nova taxa em relação ao patamar atual. "É saudável que tomem essa medida, já que a TJLP ficava muito travada", disse. Em uma conjuntura em que os juros básicos estiverem subindo, entretanto, a nova taxa acompanhará os juros de mercado de forma mais imediata, o que não costumava acontecer com a TJLP, que muitas vezes é usada para combater crises econômicas.
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Governo vai mudar juros dos empréstimos do BNDES em 2018O governo mudará a partir de 2018 a taxa de juros de referência para empréstimos do BNDES, com a criação de um novo indicador: a TLP (Taxa de Longo Prazo). Com isso, o custo dessas operações de crédito deixa de ser uma decisão de governo e passa a acompanhar as taxas de juros de mercado. A TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que é a taxa de referência atual e que foi reduzida nesta quinta (30) de 7,5% para 7% ao ano, permanecerá valendo para o estoque de empréstimos já contratados até o fim de 2017. A partir de janeiro de 2018, as operações de crédito passarão a ser contratadas pela TLP, que em um primeiro momento será a mesma da TJLP (ou seja, se fosse hoje seria de 7% ao ano), mas que passará a ser corrigida mensalmente pelo Banco Central. A correção será feita com base na variação do IPCA (índice de preços ao consumidor) acrescida gradualmente do rendimento real do título público NTN-B com vencimento em cinco anos, que paga aos compradores inflação mais juros. Ao fim de um período de transição de cinco anos, a TLP será idêntica ao juro da NTN-B, atualmente um dos títulos mais populares do Tesouro Direto. Esse título reflete o custo de captação de recursos pelo Tesouro Nacional junto ao mercado. Portanto, acompanha os ciclos econômicos e a taxa básica de juros (Selic). "A política monetária fica mais potente, você consegue fazer políticas anticíclicas mais fortes", afirmou o presidente do BC, Ilan Goldfajn. "O fato de ser taxa de mercado gera transparência". Segundo a equipe econômica, o impacto fiscal da medida será positivo. "O verdadeiro impacto fiscal dessa medida será a redução da taxa de juros estrutural da economia, que será trazido ao presente pelo mercado financeiro com a medida. Será um impacto bastante significativo", disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, que participou da divulgação. A taxa em vigor atualmente, a TJLP, tem seus juros decididos trimestralmente pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, formado por Banco Central e pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento). A base de cálculo da taxa é a meta de inflação e o risco-país, mas a decisão sobre o percentual acaba muitas vezes sendo política. Com isso, o Tesouro acaba subsidiando a diferença entre o que paga para captar recursos e os juros cobrados pelo BNDES dos tomadores de crédito. Como a TJLP continuará corrigindo o estoque de empréstimos contratados até 2017, ela continuará a ser decidida a cada três meses pelo CMN. TENDÊNCIA Na avaliação de André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, no momento atual, em que inflação sob controle e economia fraca favorecem a redução da taxa básica de juros, a Selic, a tendência seria de queda da nova taxa em relação ao patamar atual. "É saudável que tomem essa medida, já que a TJLP ficava muito travada", disse. Em uma conjuntura em que os juros básicos estiverem subindo, entretanto, a nova taxa acompanhará os juros de mercado de forma mais imediata, o que não costumava acontecer com a TJLP, que muitas vezes é usada para combater crises econômicas.
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Negros, empresas e igualdade
A escravidão, a abolição inconclusa e a permanência do racismo produziram no Brasil uma acintosa divisão social que ainda hoje segrega negros e brancos. Num esforço de superação, a Constituição de 1988 definiu como objetivos fundamentais a erradicação das desigualdades e dos preconceitos de raça. Estabeleceu o repúdio ao racismo e fez de sua prática um crime inafiançável, imprescritível. A cena social brasileira confronta erros e equívocos do passado com os esforços, as exigências do presente e as necessidades do futuro. Ainda assim, são inequívocos certos indícios de atraso. O ambiente corporativo brasileiro, por exemplo, é um espelho ampliado dessas distorções. Em muitos casos, reproduz e amplia o fosso desse verdadeiro apartheid. Nas empresas aqui instaladas, públicas ou privadas, nacionais ou multinacionais, é nítido o que se conceituou na literatura como racismo institucional -isso é, aquele em que nada é formalizado, nada é dito de forma direta, mas o resultado se traduz de maneira inexorável em "no black". Em um país em que 54% da população é formada por negros, como explicar sua ausência quase completa dos cargos de presidente ou vice-presidente nas empresas? Quantos são os negros no primeiro, segundo ou terceiro escalão de corporações públicas ou privadas? Some-se a essa situação traumática a chegada das primeiras levas dos quase 1 milhão de jovens negros provenientes dos programas de cotas e ações afirmativas no ensino superior, que agora baterão nas portas das empresas brasileiras. Vê-se aí o tamanho exato do desafio que se colocará diante do governo, da sociedade e das corporações. O que fazer com centenas de milhares de Pelés, Joaquins Barbosa, Daianes dos Santos e Rafaelas Silvas escondidos pelo país? Vamos ignorá-los para sempre? Essa é a resposta que pretendemos ajudar o Brasil a construir por meio da criação da Iniciativa Empresarial pela Igualdade, que inauguramos nesta segunda (21), ainda em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no domingo (20). Nessa proposta, governo, sociedade civil e ambiente corporativo juntarão forças para promover novas mentalidades e atitudes nas empresas, em que ética, cidadania e responsabilidade social possam de fato gerar igualdade de oportunidades e de acesso democrático dos negros aos postos principais das empresas. Juntos trabalharemos para retirar os obstáculos internos, sugestionar a cadeia de fornecedores, inspirar a rede de relacionamento e divulgar para toda a sociedade os valores dessa ação. Trabalharemos também para conscientizar e promover a recepção e condução desse tema e desse público, transformando a diversidade étnica racial num valor empresarial e social que, além de aumentar a competitividade e o valor agregado do produto, irá enaltecer o que o país tem de melhor: a sua gente. Sejam todos bem-vindos à Iniciativa Empresarial pela Igualdade. JOSÉ VICENTE, advogado, doutor em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba, é reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
Negros, empresas e igualdadeA escravidão, a abolição inconclusa e a permanência do racismo produziram no Brasil uma acintosa divisão social que ainda hoje segrega negros e brancos. Num esforço de superação, a Constituição de 1988 definiu como objetivos fundamentais a erradicação das desigualdades e dos preconceitos de raça. Estabeleceu o repúdio ao racismo e fez de sua prática um crime inafiançável, imprescritível. A cena social brasileira confronta erros e equívocos do passado com os esforços, as exigências do presente e as necessidades do futuro. Ainda assim, são inequívocos certos indícios de atraso. O ambiente corporativo brasileiro, por exemplo, é um espelho ampliado dessas distorções. Em muitos casos, reproduz e amplia o fosso desse verdadeiro apartheid. Nas empresas aqui instaladas, públicas ou privadas, nacionais ou multinacionais, é nítido o que se conceituou na literatura como racismo institucional -isso é, aquele em que nada é formalizado, nada é dito de forma direta, mas o resultado se traduz de maneira inexorável em "no black". Em um país em que 54% da população é formada por negros, como explicar sua ausência quase completa dos cargos de presidente ou vice-presidente nas empresas? Quantos são os negros no primeiro, segundo ou terceiro escalão de corporações públicas ou privadas? Some-se a essa situação traumática a chegada das primeiras levas dos quase 1 milhão de jovens negros provenientes dos programas de cotas e ações afirmativas no ensino superior, que agora baterão nas portas das empresas brasileiras. Vê-se aí o tamanho exato do desafio que se colocará diante do governo, da sociedade e das corporações. O que fazer com centenas de milhares de Pelés, Joaquins Barbosa, Daianes dos Santos e Rafaelas Silvas escondidos pelo país? Vamos ignorá-los para sempre? Essa é a resposta que pretendemos ajudar o Brasil a construir por meio da criação da Iniciativa Empresarial pela Igualdade, que inauguramos nesta segunda (21), ainda em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no domingo (20). Nessa proposta, governo, sociedade civil e ambiente corporativo juntarão forças para promover novas mentalidades e atitudes nas empresas, em que ética, cidadania e responsabilidade social possam de fato gerar igualdade de oportunidades e de acesso democrático dos negros aos postos principais das empresas. Juntos trabalharemos para retirar os obstáculos internos, sugestionar a cadeia de fornecedores, inspirar a rede de relacionamento e divulgar para toda a sociedade os valores dessa ação. Trabalharemos também para conscientizar e promover a recepção e condução desse tema e desse público, transformando a diversidade étnica racial num valor empresarial e social que, além de aumentar a competitividade e o valor agregado do produto, irá enaltecer o que o país tem de melhor: a sua gente. Sejam todos bem-vindos à Iniciativa Empresarial pela Igualdade. JOSÉ VICENTE, advogado, doutor em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba, é reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Eleito melhor destino para arte, SP reúne museus e galerias que fazem a cidade vibrar
SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO Maior metrópole da América do Sul, São Paulo deve o lado mais vistoso de seu gigantismo à arte e à arquitetura. O parque Ibirapuera, na zona sul, é um museu do modernismo mais ousado de Oscar Niemeyer a céu aberto, e o Masp, no centro, é um delírio construtivo com joias da arte moderna e contemporânea de todo o Ocidente. Em volta desses cartões-postais, uma série de museus e galerias fazem a cidade vibrar. São Paulo tem desde a década de 1950 uma das mais importantes bienais de arte do planeta, criada no rastro da mais antiga de todas, a de Veneza. No encalço da mostra, acervos foram sendo construídos, o que explica coleções monumentais, como as da Pinacoteca, na Luz, e do Museu de Arte Moderna, no Ibirapuera, e também tesouros escondidos, como o belíssimo móbile negro de Alexander Calder pendurado na discreta sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, na República, no centro. Da virada do milênio em diante, o mercado também fincou raízes, com a feira SP-Arte e a explosão no número de galerias comerciais, que puseram a capital paulista em um lugar de destaque do circuito de exposições imperdíveis. Nas ruas, o grafite exuberante que ainda resiste prova que a metrópole é muito mais colorida do que a ideia de selva de pedra pode fazer acreditar. * ONDE FICAR HOLIDAY INN ANHEMBI Ao lado do sambódromo do Anhembi, oferece fitness center e transfer até o shopping Center e a rodoviária do Tietê. Diárias a partir de R$ 290 em apartamento duplo. holidayanhembi.com.br; tel. 2107-8844. INTERCONTINENTAL Localizado apenas a uma quadra da avenida Paulista, inclui cofre em todos os quartos e Business Center. Diárias a partir de R$ 625 em apartamento duplo. icsaopaulo.com.br; tel. 3179-2600.
saopaulo
Eleito melhor destino para arte, SP reúne museus e galerias que fazem a cidade vibrarSILAS MARTÍ DE SÃO PAULO Maior metrópole da América do Sul, São Paulo deve o lado mais vistoso de seu gigantismo à arte e à arquitetura. O parque Ibirapuera, na zona sul, é um museu do modernismo mais ousado de Oscar Niemeyer a céu aberto, e o Masp, no centro, é um delírio construtivo com joias da arte moderna e contemporânea de todo o Ocidente. Em volta desses cartões-postais, uma série de museus e galerias fazem a cidade vibrar. São Paulo tem desde a década de 1950 uma das mais importantes bienais de arte do planeta, criada no rastro da mais antiga de todas, a de Veneza. No encalço da mostra, acervos foram sendo construídos, o que explica coleções monumentais, como as da Pinacoteca, na Luz, e do Museu de Arte Moderna, no Ibirapuera, e também tesouros escondidos, como o belíssimo móbile negro de Alexander Calder pendurado na discreta sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, na República, no centro. Da virada do milênio em diante, o mercado também fincou raízes, com a feira SP-Arte e a explosão no número de galerias comerciais, que puseram a capital paulista em um lugar de destaque do circuito de exposições imperdíveis. Nas ruas, o grafite exuberante que ainda resiste prova que a metrópole é muito mais colorida do que a ideia de selva de pedra pode fazer acreditar. * ONDE FICAR HOLIDAY INN ANHEMBI Ao lado do sambódromo do Anhembi, oferece fitness center e transfer até o shopping Center e a rodoviária do Tietê. Diárias a partir de R$ 290 em apartamento duplo. holidayanhembi.com.br; tel. 2107-8844. INTERCONTINENTAL Localizado apenas a uma quadra da avenida Paulista, inclui cofre em todos os quartos e Business Center. Diárias a partir de R$ 625 em apartamento duplo. icsaopaulo.com.br; tel. 3179-2600.
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Empresários juniores de 17 países discutem ideias para mudar o mundo
Uma nave com cerca de 3.200 passageiros deu partida nesta quarta-feira (20). Lançada pela Jesa (Agência Espacial de Empresários Juniores, na sigla em inglês), em Florianópolis (SC), ela leva um grupo de desistentes, que não acreditam mais no futuro da Terra, para uma jornada de transformação. Com essa ideia, a Fejesc (Federação de Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina), que integra a confederação nacional do setor, a Brasil Júnior, chamou a atenção dos milhares de participantes da quinta edição do JEWC (Conferência Mundial de Empresas Juniores, na sigla em inglês) para os problemas enfrentados atualmente. O espírito, no entanto, passou longe do pessimismo. Com a analogia da nave espacial, a ideia não é fazer os jovens, vindos de 17 países, desistirem, mas inspirá-los a fazerem parte da mudança e "serem a transformação que eles querem ver no mundo", explica o presidente da federação catarinense, Yuri Kuzniecow, utilizando a máxima de Gandhi. A presença budista também se deu com uma meditação de 20 minutos organizada pela Monja Coen Sensei, no fim da noite de abertura. "Precisamos nos preparar para sair da Terra. Para qual direção vamos?", questiona. Para a jornada de quatro dias, segundo ela, é preciso estar em um estado de equilíbrio, e a meditação "dá a clareza para conhecermos nossas emoções e aprendermos a lidar com elas", conclui. ELES SÃO O FUTURO Para inspirar os milhares de empresários juniores, o evento começou com uma palestra de Michele Hunt, uma americana negra, pioneira em diversos cargos públicos que chegou a trabalhar diretamente com Al Gore no primeiro mandato de Bill Clinton (1993-1997). "O mundo está quebrado. Nada está funcionando", afirma Michele, que largou tudo em Nova York para ter uma conversa séria com os jovens empreendedores. "Precisamos nos levantar e tomar uma decisão. Não esperem as pessoas de 30, 40, 60 anos fazerem algo. Vocês são a geração mais brilhante, mais apaixonada e com muitas ferramentas para criar um mundo novo." O reconhecimento veio também do presidente da McKinsey para América Latina, Nicola Calicchio. "Esse mundo que eles estão vivendo é fascinante. Tenho inveja dos meus filhos. Essa geração vai viver mais de cem anos", afirma. Apesar do otimismo, o líder alerta: "Precisamos utilizar recursos de forma inteligente. A economia compartilhada é um dos caminhos mais importantes. Não faz sentido ter um carro e usar só poucas horas por dia." Quem também acredita que esta é a geração que irá mudar o mundo é Mary Shuttleworth, uma professora sul-africana que já deu a volta ao mundo 13 vezes e esteve em 80 países. "Ainda temos um longo caminho, mas avançamos", diz. "Temos que continuar. Nós podemos fazer do mundo um lugar melhor." ESCOLHA CATARINENSE Com apoio dos governos do Estado de Santa Catarina e da cidade de Florianópolis, o evento, em sua abertura, teve uma mesa de autoridades, com a presença do governador, Raimundo Colombo, e do prefeito da capital, César Souza Júnior. No Estado, reconhecido polo de tecnologia e inovação, o programa Sinapse da Inovação incentiva ideias empreendedoras vindas tanto da universidade como de qualquer cidadão catarinense, segundo Colombo. "O programa cria um processo de inovação em três pilares: a universidade, o jovem e o setor público que investe a fundo perdido." A escolha de Florianópolis para sediar o evento está também ligada ao histórico de empreendedorismo no Estado. A capital catarinense é a segunda melhor cidade no país para empreender, segundo a pesquisa da Endeavor, parceira do Prêmio Empreendedor Social. Com esse pano de fundo, além das belas praias conhecidas mundialmente, esses empresários juniores iniciaram uma jornada de transformação que não terá apenas palestras. "Eles vão colocar muito a mão na massa e passar o dia inteiro construindo", diz Yuri. A repórter viajou a convite da organização da Conferência Mundial de Empresas Juniores
empreendedorsocial
Empresários juniores de 17 países discutem ideias para mudar o mundoUma nave com cerca de 3.200 passageiros deu partida nesta quarta-feira (20). Lançada pela Jesa (Agência Espacial de Empresários Juniores, na sigla em inglês), em Florianópolis (SC), ela leva um grupo de desistentes, que não acreditam mais no futuro da Terra, para uma jornada de transformação. Com essa ideia, a Fejesc (Federação de Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina), que integra a confederação nacional do setor, a Brasil Júnior, chamou a atenção dos milhares de participantes da quinta edição do JEWC (Conferência Mundial de Empresas Juniores, na sigla em inglês) para os problemas enfrentados atualmente. O espírito, no entanto, passou longe do pessimismo. Com a analogia da nave espacial, a ideia não é fazer os jovens, vindos de 17 países, desistirem, mas inspirá-los a fazerem parte da mudança e "serem a transformação que eles querem ver no mundo", explica o presidente da federação catarinense, Yuri Kuzniecow, utilizando a máxima de Gandhi. A presença budista também se deu com uma meditação de 20 minutos organizada pela Monja Coen Sensei, no fim da noite de abertura. "Precisamos nos preparar para sair da Terra. Para qual direção vamos?", questiona. Para a jornada de quatro dias, segundo ela, é preciso estar em um estado de equilíbrio, e a meditação "dá a clareza para conhecermos nossas emoções e aprendermos a lidar com elas", conclui. ELES SÃO O FUTURO Para inspirar os milhares de empresários juniores, o evento começou com uma palestra de Michele Hunt, uma americana negra, pioneira em diversos cargos públicos que chegou a trabalhar diretamente com Al Gore no primeiro mandato de Bill Clinton (1993-1997). "O mundo está quebrado. Nada está funcionando", afirma Michele, que largou tudo em Nova York para ter uma conversa séria com os jovens empreendedores. "Precisamos nos levantar e tomar uma decisão. Não esperem as pessoas de 30, 40, 60 anos fazerem algo. Vocês são a geração mais brilhante, mais apaixonada e com muitas ferramentas para criar um mundo novo." O reconhecimento veio também do presidente da McKinsey para América Latina, Nicola Calicchio. "Esse mundo que eles estão vivendo é fascinante. Tenho inveja dos meus filhos. Essa geração vai viver mais de cem anos", afirma. Apesar do otimismo, o líder alerta: "Precisamos utilizar recursos de forma inteligente. A economia compartilhada é um dos caminhos mais importantes. Não faz sentido ter um carro e usar só poucas horas por dia." Quem também acredita que esta é a geração que irá mudar o mundo é Mary Shuttleworth, uma professora sul-africana que já deu a volta ao mundo 13 vezes e esteve em 80 países. "Ainda temos um longo caminho, mas avançamos", diz. "Temos que continuar. Nós podemos fazer do mundo um lugar melhor." ESCOLHA CATARINENSE Com apoio dos governos do Estado de Santa Catarina e da cidade de Florianópolis, o evento, em sua abertura, teve uma mesa de autoridades, com a presença do governador, Raimundo Colombo, e do prefeito da capital, César Souza Júnior. No Estado, reconhecido polo de tecnologia e inovação, o programa Sinapse da Inovação incentiva ideias empreendedoras vindas tanto da universidade como de qualquer cidadão catarinense, segundo Colombo. "O programa cria um processo de inovação em três pilares: a universidade, o jovem e o setor público que investe a fundo perdido." A escolha de Florianópolis para sediar o evento está também ligada ao histórico de empreendedorismo no Estado. A capital catarinense é a segunda melhor cidade no país para empreender, segundo a pesquisa da Endeavor, parceira do Prêmio Empreendedor Social. Com esse pano de fundo, além das belas praias conhecidas mundialmente, esses empresários juniores iniciaram uma jornada de transformação que não terá apenas palestras. "Eles vão colocar muito a mão na massa e passar o dia inteiro construindo", diz Yuri. A repórter viajou a convite da organização da Conferência Mundial de Empresas Juniores
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Plástico: Arquitetura para a arte ou templo do ego? Los Angeles tem um novo museu
Na moda que vem varrendo o mundo nos últimos anos, todo bilionário, ou melhor, colecionador bilionário que se preze precisa abrir seu próprio museu. O mais novo deles, exibido em esquema de soft opening para um grupo de 3.000 convidados ... Leia post completo no blog
ilustrada
Plástico: Arquitetura para a arte ou templo do ego? Los Angeles tem um novo museuNa moda que vem varrendo o mundo nos últimos anos, todo bilionário, ou melhor, colecionador bilionário que se preze precisa abrir seu próprio museu. O mais novo deles, exibido em esquema de soft opening para um grupo de 3.000 convidados ... Leia post completo no blog
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Foo Fighters lança primeira música inédita desde 2015
A banda americana Foo Fighters surpreendeu seus fãs nesta quinta-feira (1º) e lançou "Run", primeira música inédita desde o EP "Saint Cecilia" de 2015. Pelo Twitter, a banda anunciou aos fãs a nova faixa com post e escreveu "Acorde. Corra por sua vida comigo!". Foo Fighters O videoclipe, lançado juntamente com a faixa, foi dirigido por Dave Grohl, vocalista e guitarrista da banda, que produz uma espécie de viagem ao tempo com os integrantes da banda caracterizados como idosos. Assista o clipe de 'Run' Foo Fighters
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Foo Fighters lança primeira música inédita desde 2015A banda americana Foo Fighters surpreendeu seus fãs nesta quinta-feira (1º) e lançou "Run", primeira música inédita desde o EP "Saint Cecilia" de 2015. Pelo Twitter, a banda anunciou aos fãs a nova faixa com post e escreveu "Acorde. Corra por sua vida comigo!". Foo Fighters O videoclipe, lançado juntamente com a faixa, foi dirigido por Dave Grohl, vocalista e guitarrista da banda, que produz uma espécie de viagem ao tempo com os integrantes da banda caracterizados como idosos. Assista o clipe de 'Run' Foo Fighters
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Para Delfim Netto, reunião com FMI tem saldo positivo para o país
"Uma corrida de mil quilômetros começa com o primeiro passo. E esse passo foi dado." Essa é a interpretação do ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, sobre o resultado da reunião com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, na última semana, no Rio. O ligeiro otimismo do ministro particularmente se refere à aprovação da proposta de estudos para estabelecer mecanismos que visam à estabilização dos preços dos produtos primários. Para Delfim Netto, o tema deverá estar presente nas próximas reuniões do FMI, pois se trata de algo a longo prazo.
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Para Delfim Netto, reunião com FMI tem saldo positivo para o país"Uma corrida de mil quilômetros começa com o primeiro passo. E esse passo foi dado." Essa é a interpretação do ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, sobre o resultado da reunião com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, na última semana, no Rio. O ligeiro otimismo do ministro particularmente se refere à aprovação da proposta de estudos para estabelecer mecanismos que visam à estabilização dos preços dos produtos primários. Para Delfim Netto, o tema deverá estar presente nas próximas reuniões do FMI, pois se trata de algo a longo prazo.
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Em pesquisa, 21% dizem que exame de toque retal não é 'coisa de homem'
O exame de toque retal, essencial na detecção precoce do câncer de próstata, "não é coisa de homem" para 21% da população masculina no país e "não é necessário" para 38% dos homens com mais de 60 anos, que têm maior risco de ter a doença. É o que aponta uma pesquisa Datafolha encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), pelo Instituto Oncoguia e pela farmacêutica Bayer e realizada entre junho e julho deste ano em sete capitais brasileiras. A enquete faz parte de uma campanha de conscientização de câncer de próstata organizada pelas três entidades para e que conta com a participação de jogadores de futebol. Por isso, foram entrevistados 1.062 homens com 40 anos ou mais que estiveram em estádios de futebol nos últimos três meses. "É difícil encontrar um homem que não seja torcedor de algum esporte", afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, sobre a escolha da amostra. A ideia é deixar o tema, ainda tabu, mais leve, acessível e próximo do universo masculino. A pesquisa mostra que 35% dos homens entre 50 e 59 anos nunca fizeram o exame de toque retal. Nesse grupo, 26% afirmam não considerá-lo importante ou necessário. Entre os que têm mais de 60 anos, a taxa de quem nunca fez o exame é de 27%. Sabendo-se da importância do toque retal para auxiliar no diagnóstico de um possível câncer de próstata –o segundo mais comum no sexo masculino–, por que, então, os homens ainda não procuram ou desconsideram a importância do exame? As respostas mais frequentes a essa pergunta foram "machismo" (48%) e "não é coisa de homem" (21%). "É algo que parece enraizado no sujeito. Ouço coisas como 'macho é macho', 'aqui ninguém mete a mão'", afirma José Cury, urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O presidente da SBU afirma que o toque retal, junto ao exame de PSA –que mede a substância produzida pela próstata que, em caso de infecções ou câncer, apresenta níveis aumentados–, são a forma de detectar a doença. "O exame é simples, leva só alguns segundos e não necessariamente é feito em todas as visitas ao urologista", lembra Archimedes Nardozza, presidente da SBU. Hotz diz ficar preocupada que, mesmo em grupos de pacientes com câncer de próstata, ainda existam brincadeiras relacionadas ao exame e à possibilidade de impotência após o tratamento. "Mesmo diante de um amigo que está enfrentando o problema, esse tipo de brincadeira acontece", diz Hotz. "Isso atrapalha a conscientização." SUPER-HOMEM A maioria dos participantes do estudo (77%) afirma ter cuidado bem da saúde ao longo da vida. Isso, porém, contraria outro dado levantado: 38% dos entrevistados disseram que não frequentam o urologista por acharem que estão saudáveis (34%) ou por não considerarem importante (15%). "O homem acha que é um super-homem. Só procura o médico quando está muito doente", diz Nardozza. O ideal, segundo o presidente da SBU, é que, a partir dos 50 anos, os homens frequentem o urologista uma vez ao ano. Se for negro ou se houver antecedentes paternos de câncer, é importante a visita a partir dos 45 anos. Holtz classifica como um desafio conscientizar a população masculina da necessidade cuidar da própria saúde. Segundo ela, hoje mais de 60% dos casos de câncer de próstata são descobertos em estágios avançados. As mulheres, de acordo com os especialistas, são grandes aliadas nos cuidados de saúde e incentivam os homens a procurar o médico. "Os pais normalmente não falam para os filhos que é necessário ir ao urologista uma vez ao ano. Mas, com certeza, as mães falam para as filhas que elas precisam ir ao ginecologista", diz Nardozza. Cury afirma ainda que, no início do câncer –momento em que o tratamento pode ser mais efetivo–, pode não haver sintomas perceptíveis, o que aumenta a importância da prevenção. Com a campanha, Holtz quer convencer quem ainda acha que toque retal é um problema que manter a saúde em dia é coisa de homem.
equilibrioesaude
Em pesquisa, 21% dizem que exame de toque retal não é 'coisa de homem'O exame de toque retal, essencial na detecção precoce do câncer de próstata, "não é coisa de homem" para 21% da população masculina no país e "não é necessário" para 38% dos homens com mais de 60 anos, que têm maior risco de ter a doença. É o que aponta uma pesquisa Datafolha encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), pelo Instituto Oncoguia e pela farmacêutica Bayer e realizada entre junho e julho deste ano em sete capitais brasileiras. A enquete faz parte de uma campanha de conscientização de câncer de próstata organizada pelas três entidades para e que conta com a participação de jogadores de futebol. Por isso, foram entrevistados 1.062 homens com 40 anos ou mais que estiveram em estádios de futebol nos últimos três meses. "É difícil encontrar um homem que não seja torcedor de algum esporte", afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, sobre a escolha da amostra. A ideia é deixar o tema, ainda tabu, mais leve, acessível e próximo do universo masculino. A pesquisa mostra que 35% dos homens entre 50 e 59 anos nunca fizeram o exame de toque retal. Nesse grupo, 26% afirmam não considerá-lo importante ou necessário. Entre os que têm mais de 60 anos, a taxa de quem nunca fez o exame é de 27%. Sabendo-se da importância do toque retal para auxiliar no diagnóstico de um possível câncer de próstata –o segundo mais comum no sexo masculino–, por que, então, os homens ainda não procuram ou desconsideram a importância do exame? As respostas mais frequentes a essa pergunta foram "machismo" (48%) e "não é coisa de homem" (21%). "É algo que parece enraizado no sujeito. Ouço coisas como 'macho é macho', 'aqui ninguém mete a mão'", afirma José Cury, urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O presidente da SBU afirma que o toque retal, junto ao exame de PSA –que mede a substância produzida pela próstata que, em caso de infecções ou câncer, apresenta níveis aumentados–, são a forma de detectar a doença. "O exame é simples, leva só alguns segundos e não necessariamente é feito em todas as visitas ao urologista", lembra Archimedes Nardozza, presidente da SBU. Hotz diz ficar preocupada que, mesmo em grupos de pacientes com câncer de próstata, ainda existam brincadeiras relacionadas ao exame e à possibilidade de impotência após o tratamento. "Mesmo diante de um amigo que está enfrentando o problema, esse tipo de brincadeira acontece", diz Hotz. "Isso atrapalha a conscientização." SUPER-HOMEM A maioria dos participantes do estudo (77%) afirma ter cuidado bem da saúde ao longo da vida. Isso, porém, contraria outro dado levantado: 38% dos entrevistados disseram que não frequentam o urologista por acharem que estão saudáveis (34%) ou por não considerarem importante (15%). "O homem acha que é um super-homem. Só procura o médico quando está muito doente", diz Nardozza. O ideal, segundo o presidente da SBU, é que, a partir dos 50 anos, os homens frequentem o urologista uma vez ao ano. Se for negro ou se houver antecedentes paternos de câncer, é importante a visita a partir dos 45 anos. Holtz classifica como um desafio conscientizar a população masculina da necessidade cuidar da própria saúde. Segundo ela, hoje mais de 60% dos casos de câncer de próstata são descobertos em estágios avançados. As mulheres, de acordo com os especialistas, são grandes aliadas nos cuidados de saúde e incentivam os homens a procurar o médico. "Os pais normalmente não falam para os filhos que é necessário ir ao urologista uma vez ao ano. Mas, com certeza, as mães falam para as filhas que elas precisam ir ao ginecologista", diz Nardozza. Cury afirma ainda que, no início do câncer –momento em que o tratamento pode ser mais efetivo–, pode não haver sintomas perceptíveis, o que aumenta a importância da prevenção. Com a campanha, Holtz quer convencer quem ainda acha que toque retal é um problema que manter a saúde em dia é coisa de homem.
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Ueba! Agora é o Oscarajé!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Camarote de Keith Richards fica na sala antidoping do Morumbi". Rarará! Não sei como ele conseguiu sair! Fugiu do camarote! Rarará! E o Mick Jagger disse que o Ron Wood é Rogério Ceni da guitarra! Rarará! E o Oscar? O DiCaprio não ganhou o Oscar, AGARROU o Oscar! E o filme predileto do Lula: "O Regresso!". O Regresso 2018! Sendo que o problema do cinema não é o Regresso, é o ingresso! Devia ter um Oscar para o Melhor Ingresso! E o meme da Gloria Pires: "Gloria, e o Oscar?". "Foi um ótimo jogador de basquete." Ganhou o Oscar Vanusa! Tomou o mesmo remédio da Vanusa! Rarará! E o Oscar brasileiro devia se chamar Oscarajé! Os INDICIADOS ao Oscar! Cerveró: Efeitos Especiais! Animação: os paneleiros da Dilma. Melhor Drama: "Quem é essa, papai?", com Ivete Sangalo! E o aniversário do PT? O chargista Luscar disse que eles apagaram as velas com extintor de incêndio! Rarará! Parabééééns ao PT! Pega o extintor de incêndio! Rarará! E a Dilma não foi. Parece aquela tia que brigou com a família! Mas diz que ela mandou um telegrama: PT Saudações! Assinado Granda Chefa Toura Sentada! Rarará! E adorei a charge do Amarildo com o Lula e a Dilma no telefone! Lula: "Adoraríamos ter você aqui no aniversário (tomara que essa mala não venha)". Dilma: "Eu estou louca parar ir, vamos ver (eca! Que nojo desse povo). Rarará! Falsos, porém simpáticos! E o red carpet? O brega carpet. Esse foi o ano dos grandes decotes! Como se diz em Portugal: tetas ao léu. Silicone carpet. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! O Esporte Clube Bahia foi goleado pelo Orlando City nos Estados Unidos. E a manchete do "Correio da Bahia": "FOI FLÓRIDA!". Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Ueba! Agora é o Oscarajé!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Camarote de Keith Richards fica na sala antidoping do Morumbi". Rarará! Não sei como ele conseguiu sair! Fugiu do camarote! Rarará! E o Mick Jagger disse que o Ron Wood é Rogério Ceni da guitarra! Rarará! E o Oscar? O DiCaprio não ganhou o Oscar, AGARROU o Oscar! E o filme predileto do Lula: "O Regresso!". O Regresso 2018! Sendo que o problema do cinema não é o Regresso, é o ingresso! Devia ter um Oscar para o Melhor Ingresso! E o meme da Gloria Pires: "Gloria, e o Oscar?". "Foi um ótimo jogador de basquete." Ganhou o Oscar Vanusa! Tomou o mesmo remédio da Vanusa! Rarará! E o Oscar brasileiro devia se chamar Oscarajé! Os INDICIADOS ao Oscar! Cerveró: Efeitos Especiais! Animação: os paneleiros da Dilma. Melhor Drama: "Quem é essa, papai?", com Ivete Sangalo! E o aniversário do PT? O chargista Luscar disse que eles apagaram as velas com extintor de incêndio! Rarará! Parabééééns ao PT! Pega o extintor de incêndio! Rarará! E a Dilma não foi. Parece aquela tia que brigou com a família! Mas diz que ela mandou um telegrama: PT Saudações! Assinado Granda Chefa Toura Sentada! Rarará! E adorei a charge do Amarildo com o Lula e a Dilma no telefone! Lula: "Adoraríamos ter você aqui no aniversário (tomara que essa mala não venha)". Dilma: "Eu estou louca parar ir, vamos ver (eca! Que nojo desse povo). Rarará! Falsos, porém simpáticos! E o red carpet? O brega carpet. Esse foi o ano dos grandes decotes! Como se diz em Portugal: tetas ao léu. Silicone carpet. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! O Esporte Clube Bahia foi goleado pelo Orlando City nos Estados Unidos. E a manchete do "Correio da Bahia": "FOI FLÓRIDA!". Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Julgado pelo inimigo
Em 4 de maio de 2015, este blogueiro ofereceu representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Sergio Moro para questionar a prisão ilegal, por sua ordem, de uma cidadã brasileira. O caso foi relatado por esta Folha em 23 de abril de 2015. Em 21 de junho do mesmo ano, publiquei no Blog da Cidadania um artigo em que dizia que a condução da Lava Jato por Moro prejudicava a economia. E fiz no Twitter divulgação para o texto dividida em três partes, devido à limitação de caracteres. "1 - A economia está sendo destruída pela política. A direita prefere ver o barco afundar a ver o país distribuindo renda; 2 - Cada brasileiro que se entusiasma ao ver a derrocada petista não sabe que essa politicagem vai lhe custar caro; 3 - Os delírios de um psicopata investido de um poder discricionário como Sergio Moro vão custar seu emprego, sua vida." Basta ler as mensagens para perceber que não houve qualquer ameaça, pois estou me dirigindo ao leitor e expondo minha visão sobre as consequências da Lava Jato. Hoje fica evidente que empregos e vidas foram mesmo sacrificados. Pouco tempo depois da publicação do artigo, no entanto, o juiz representou criminalmente contra mim na condição de vítima de "ameaça", a partir da leitura de tais mensagens. Tomei conhecimento disso apenas em fevereiro último, quando recebi intimação para depor na sede da Polícia Federal em São Paulo e explicar a minha "ameaça" ao magistrado. Na terça-feira, 21 de março, às 6h, minha mulher e eu fomos acordados por um barulho de arrombamento na porta da frente de meu apartamento. O estrondo despertou também minha filha de 18 anos, que sofre de paralisia cerebral, deixando-a muito assustada. Os policiais exigiram senhas de computador e celulares e me levaram à força para depor. A inquirição começou sem a presença de meu advogado. Tudo isso se deve a que, em fevereiro de 2016, divulguei no Blog da Cidadania informação de que seriam quebrados os sigilos fiscal e bancário de pessoas e empresas ligadas ao Instituto Lula. Afirmei no mesmo texto que procurei o instituto para verificar a autenticidade do fato. Detalhe: recebi essa informação de uma pessoa que não conheço, um provável leitor, via WhatsApp. Seja como for, tudo isso deu origem a três processos. No primeiro, representei contra o magistrado; no segundo, ele se disse vítima de ameaça de minha parte e ofereceu contra mim uma representação criminal; no terceiro, ordenou medidas judiciais restritivas contra minha liberdade, meu patrimônio e sigilo telefônico. O juiz Sergio Moro afirma que não sou um "verdadeiro jornalista" porque teria revelado minha fonte. Não foi o que aconteceu. O interrogatório começou com exibição de foto e nomes dos acusados pelo inquiridor. Disse-me que já sabia "de tudo". A verdade é que o juiz descobriu minha fonte violando meu sigilo telefônico, decisão cuja ilegalidade ele mesmo reconheceu na última semana. Não se pode admitir que essas duas pessoas -Moro e eu- figurem em processos criminais, ora como vítima/acusado, ora como julgador/julgado. Afinal, a imparcialidade é virtude essencial a um "verdadeiro magistrado". EDUARDO GUIMARÃES é jornalista e editor do Blog da Cidadania PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
Julgado pelo inimigoEm 4 de maio de 2015, este blogueiro ofereceu representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Sergio Moro para questionar a prisão ilegal, por sua ordem, de uma cidadã brasileira. O caso foi relatado por esta Folha em 23 de abril de 2015. Em 21 de junho do mesmo ano, publiquei no Blog da Cidadania um artigo em que dizia que a condução da Lava Jato por Moro prejudicava a economia. E fiz no Twitter divulgação para o texto dividida em três partes, devido à limitação de caracteres. "1 - A economia está sendo destruída pela política. A direita prefere ver o barco afundar a ver o país distribuindo renda; 2 - Cada brasileiro que se entusiasma ao ver a derrocada petista não sabe que essa politicagem vai lhe custar caro; 3 - Os delírios de um psicopata investido de um poder discricionário como Sergio Moro vão custar seu emprego, sua vida." Basta ler as mensagens para perceber que não houve qualquer ameaça, pois estou me dirigindo ao leitor e expondo minha visão sobre as consequências da Lava Jato. Hoje fica evidente que empregos e vidas foram mesmo sacrificados. Pouco tempo depois da publicação do artigo, no entanto, o juiz representou criminalmente contra mim na condição de vítima de "ameaça", a partir da leitura de tais mensagens. Tomei conhecimento disso apenas em fevereiro último, quando recebi intimação para depor na sede da Polícia Federal em São Paulo e explicar a minha "ameaça" ao magistrado. Na terça-feira, 21 de março, às 6h, minha mulher e eu fomos acordados por um barulho de arrombamento na porta da frente de meu apartamento. O estrondo despertou também minha filha de 18 anos, que sofre de paralisia cerebral, deixando-a muito assustada. Os policiais exigiram senhas de computador e celulares e me levaram à força para depor. A inquirição começou sem a presença de meu advogado. Tudo isso se deve a que, em fevereiro de 2016, divulguei no Blog da Cidadania informação de que seriam quebrados os sigilos fiscal e bancário de pessoas e empresas ligadas ao Instituto Lula. Afirmei no mesmo texto que procurei o instituto para verificar a autenticidade do fato. Detalhe: recebi essa informação de uma pessoa que não conheço, um provável leitor, via WhatsApp. Seja como for, tudo isso deu origem a três processos. No primeiro, representei contra o magistrado; no segundo, ele se disse vítima de ameaça de minha parte e ofereceu contra mim uma representação criminal; no terceiro, ordenou medidas judiciais restritivas contra minha liberdade, meu patrimônio e sigilo telefônico. O juiz Sergio Moro afirma que não sou um "verdadeiro jornalista" porque teria revelado minha fonte. Não foi o que aconteceu. O interrogatório começou com exibição de foto e nomes dos acusados pelo inquiridor. Disse-me que já sabia "de tudo". A verdade é que o juiz descobriu minha fonte violando meu sigilo telefônico, decisão cuja ilegalidade ele mesmo reconheceu na última semana. Não se pode admitir que essas duas pessoas -Moro e eu- figurem em processos criminais, ora como vítima/acusado, ora como julgador/julgado. Afinal, a imparcialidade é virtude essencial a um "verdadeiro magistrado". EDUARDO GUIMARÃES é jornalista e editor do Blog da Cidadania PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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As meninas são chatas? Leia a coluna da psicóloga Rosely Sayão
Você acha os meninos chatos? Ou as meninas? Será que eles (ou elas) são malcriados (ou malcriadas) ou só diferentes? Depois de uma certa idade, meninos e meninas não são mais tão parecidos. As brincadeiras e as roupas mudam e é normal estranhar algumas coisas. Rosely Sayão fala em sua coluna sobre as diferenças entre eles e elas e sobre como isso pode ser legal. Leia o texto e veja as tirinhas de Armandinho aqui.
folhinha
As meninas são chatas? Leia a coluna da psicóloga Rosely SayãoVocê acha os meninos chatos? Ou as meninas? Será que eles (ou elas) são malcriados (ou malcriadas) ou só diferentes? Depois de uma certa idade, meninos e meninas não são mais tão parecidos. As brincadeiras e as roupas mudam e é normal estranhar algumas coisas. Rosely Sayão fala em sua coluna sobre as diferenças entre eles e elas e sobre como isso pode ser legal. Leia o texto e veja as tirinhas de Armandinho aqui.
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O ruim pode ficar pior
É do perfil de um engenheiro, mesmo que tenha se desligado das atividades típicas da profissão, procurar soluções concretas para os problemas com que se defronta. Eu me enquadro nesse feitio, ainda que o problema em pauta seja o da combalida economia brasileira. Mais grave: na atual conjuntura, a matriz dos impasses já se deslocou do campo propriamente econômico para a seara política. Não saberia dizer se a saída para a paralisia política em que mergulhamos será alcançada com a clara demonstração da gravidade das repercussões da recessão sobre a sociedade. Creio que sim e compete a todos nós mostrar os fatos como eles são para, dessa forma, motivar os segmentos políticos que nos representam a encontrar as soluções. É possível que estejamos a caminho de um segundo ano de regressão econômica tão grave quanto está sendo em 2015. Nessas condições, será inevitável o rebaixamento da condição de bom pagador do Brasil por todas as principais agências internacionais avaliadoras de risco de crédito. Como deve ser do conhecimento dos líderes políticos, os estragos da crise sobre a produção, o emprego, a renda e a riqueza privada já são significativos e não serão facilmente reparados. Pior ainda é que tais danos estão prestes a se repetir. Como as "gorduras" que parte das empresas e das famílias acumulou no passado já foram consumidas, não haverá reservas para compensar dificuldades de igual calibre em 2016. Levantamento da Serasa revela que em agosto metade das 8 milhões de empresas acompanhadas pela entidade se deparava com alguma inadimplência. No caso de pessoas físicas, 57 milhões tinham contas em atraso, quase 40% dos 140 milhões de brasileiros adultos. São sinais claros de que mais um ano de recessão abalará seriamente a situação financeira das empresas e famílias. Um desdobramento provável é que, diante de uma maior inadimplência, o crédito sofra interrupção ainda mais generalizada do que vem ocorrendo. Nessa hipótese, produção e emprego entrarão em queda livre. Se nada for feito, as condições já precárias das finanças públicas se tornarão dramáticas. Isso vale para todos os níveis de governo, em especial a Estados e municípios, que já começam a atrasar pagamentos a fornecedores e a fazer malabarismo para honrar a folha do funcionalismo, aprofundando a retração das economias locais. Devido à crise fiscal, os contribuintes estão sendo submetidos a uma enorme pressão dos governos na busca de aumentar a arrecadação a qualquer custo. Não tardará para que as empresas, forçadas a proteger minimamente seus balanços, repassem o aumento de custos tributários aos preços, engrossando o caldo da inflação. Os efeitos da fúria fiscal são conhecidos: o poder de compra da população cai e o Banco Central pode voltar a elevar os juros, reforçando o círculo vicioso da recessão. Já passa da hora um acordo político para estabilizar o quadro fiscal, desarmar as expectativas econômicas mais pessimistas e viabilizar as mudanças de que carece a economia para voltar a crescer. Propostas como o recente programa do PMDB intitulado "Uma Ponte para o Futuro" elevam o nível do debate, pois incorporam pontos de uma agenda difícil, mas necessária, que o governo e o Congresso evitam enfrentar. São pontos de partida para construir o consenso mínimo e aglutinar as forças interessadas na retomada do desenvolvimento. E ajudar a destravar o xadrez político para o país sair do imobilismo antes que o que já está ruim piore de vez.
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O ruim pode ficar piorÉ do perfil de um engenheiro, mesmo que tenha se desligado das atividades típicas da profissão, procurar soluções concretas para os problemas com que se defronta. Eu me enquadro nesse feitio, ainda que o problema em pauta seja o da combalida economia brasileira. Mais grave: na atual conjuntura, a matriz dos impasses já se deslocou do campo propriamente econômico para a seara política. Não saberia dizer se a saída para a paralisia política em que mergulhamos será alcançada com a clara demonstração da gravidade das repercussões da recessão sobre a sociedade. Creio que sim e compete a todos nós mostrar os fatos como eles são para, dessa forma, motivar os segmentos políticos que nos representam a encontrar as soluções. É possível que estejamos a caminho de um segundo ano de regressão econômica tão grave quanto está sendo em 2015. Nessas condições, será inevitável o rebaixamento da condição de bom pagador do Brasil por todas as principais agências internacionais avaliadoras de risco de crédito. Como deve ser do conhecimento dos líderes políticos, os estragos da crise sobre a produção, o emprego, a renda e a riqueza privada já são significativos e não serão facilmente reparados. Pior ainda é que tais danos estão prestes a se repetir. Como as "gorduras" que parte das empresas e das famílias acumulou no passado já foram consumidas, não haverá reservas para compensar dificuldades de igual calibre em 2016. Levantamento da Serasa revela que em agosto metade das 8 milhões de empresas acompanhadas pela entidade se deparava com alguma inadimplência. No caso de pessoas físicas, 57 milhões tinham contas em atraso, quase 40% dos 140 milhões de brasileiros adultos. São sinais claros de que mais um ano de recessão abalará seriamente a situação financeira das empresas e famílias. Um desdobramento provável é que, diante de uma maior inadimplência, o crédito sofra interrupção ainda mais generalizada do que vem ocorrendo. Nessa hipótese, produção e emprego entrarão em queda livre. Se nada for feito, as condições já precárias das finanças públicas se tornarão dramáticas. Isso vale para todos os níveis de governo, em especial a Estados e municípios, que já começam a atrasar pagamentos a fornecedores e a fazer malabarismo para honrar a folha do funcionalismo, aprofundando a retração das economias locais. Devido à crise fiscal, os contribuintes estão sendo submetidos a uma enorme pressão dos governos na busca de aumentar a arrecadação a qualquer custo. Não tardará para que as empresas, forçadas a proteger minimamente seus balanços, repassem o aumento de custos tributários aos preços, engrossando o caldo da inflação. Os efeitos da fúria fiscal são conhecidos: o poder de compra da população cai e o Banco Central pode voltar a elevar os juros, reforçando o círculo vicioso da recessão. Já passa da hora um acordo político para estabilizar o quadro fiscal, desarmar as expectativas econômicas mais pessimistas e viabilizar as mudanças de que carece a economia para voltar a crescer. Propostas como o recente programa do PMDB intitulado "Uma Ponte para o Futuro" elevam o nível do debate, pois incorporam pontos de uma agenda difícil, mas necessária, que o governo e o Congresso evitam enfrentar. São pontos de partida para construir o consenso mínimo e aglutinar as forças interessadas na retomada do desenvolvimento. E ajudar a destravar o xadrez político para o país sair do imobilismo antes que o que já está ruim piore de vez.
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Polícia turca usa helicóptero e canhão de água em blitz em jornal opositor
A polícia turca desfechou uma blitz espetacular na madrugada desta quinta (12) contra o jornal "Zaman", o mais vendido n Turquia e crítico feroz do governo de Recep Tayyp Erdogan. O jornal descreveu assim a ofensiva, em seu site em inglês, o Today's Zaman: "Quando o 'Zaman', jornal mais vendido da Turquia, se preparava para fechar seu número de quinta, dezenas de policiais antidistúrbios e veículos com canhões d'água se concentraram fora do prédio do jornal, em Istambul". Helicópteros da polícia, com refletores voltados para os jornalistas concentrados na calçada, completaram a operação. "Foi uma ameaça à liberdade de imprensa", reagiu a direção do jornal. O cerco ao "Zaman", que afetou também sua versão em inglês e uma revista a ele ligada, é parte da guerra que o governo Erdogan move contra o pregador islâmico Fetullah Güllen, ex-aliado que se tornou inimigo do presidente a ponto de ser rotulado como terrorista por Ancara. No fim de outubro, quatro publicações ligadas a Güllen foram tomadas pelo governo, reduzindo o leque de mídia independente e/ou crítica. O "Zaman" atribui a represália ao fato de jornalistas de um dos jornais fechados em outubro, o "Bugün", estarem editando em suas oficinas uma nova publicação (o "Bugün" transformou-se em governista depois de ocupado). A ofensiva se completou com a não concessão de credenciamento para jornalistas do "Zaman" cobrirem a cúpula do G20, que começa domingo (15) na cidade turca de Antalya.
mundo
Polícia turca usa helicóptero e canhão de água em blitz em jornal opositorA polícia turca desfechou uma blitz espetacular na madrugada desta quinta (12) contra o jornal "Zaman", o mais vendido n Turquia e crítico feroz do governo de Recep Tayyp Erdogan. O jornal descreveu assim a ofensiva, em seu site em inglês, o Today's Zaman: "Quando o 'Zaman', jornal mais vendido da Turquia, se preparava para fechar seu número de quinta, dezenas de policiais antidistúrbios e veículos com canhões d'água se concentraram fora do prédio do jornal, em Istambul". Helicópteros da polícia, com refletores voltados para os jornalistas concentrados na calçada, completaram a operação. "Foi uma ameaça à liberdade de imprensa", reagiu a direção do jornal. O cerco ao "Zaman", que afetou também sua versão em inglês e uma revista a ele ligada, é parte da guerra que o governo Erdogan move contra o pregador islâmico Fetullah Güllen, ex-aliado que se tornou inimigo do presidente a ponto de ser rotulado como terrorista por Ancara. No fim de outubro, quatro publicações ligadas a Güllen foram tomadas pelo governo, reduzindo o leque de mídia independente e/ou crítica. O "Zaman" atribui a represália ao fato de jornalistas de um dos jornais fechados em outubro, o "Bugün", estarem editando em suas oficinas uma nova publicação (o "Bugün" transformou-se em governista depois de ocupado). A ofensiva se completou com a não concessão de credenciamento para jornalistas do "Zaman" cobrirem a cúpula do G20, que começa domingo (15) na cidade turca de Antalya.
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No Pantanal, búfalos são usados para proteger rebanho das onças
Fazendeiros do Pantanal estão apostando em búfalos como forma de proteger seus rebanhos bovinos de ataques de onças pintadas. E o bioma pode pagar por isso. Isso porque bovinos são mansos –ou seja, presas mais fáceis. Já os búfalos reagem aos ataques, em bando. A ideia, portanto, é colocá-los junto ao gado e às matas ciliares de rios, criando uma barreira de proteção. Foi o que fez a fazenda Porto Jofre, no Pantanal de Mato Grosso, onde os peões recolhem todas as noites o rebanho de 300 cabeças de nelore em uma área de cinco hectares para dormir. Junto a ele, vão 20 búfalos. "Eles cuidam bem do meu gado", diz Eliseu Evangelhista, proprietário da fazenda. Eliseu acredita que, graças aos búfalos, deixou de perder cerca de 70 bezerros por ano por predação das onças. "Mexo com eles todos os dias, senão fogem. Na região, tem várias propriedades que perderam o controle e os búfalos se tornaram selvagens", conta. Esse é o perigo. No Pantanal, bandos selvagens não têm predadores. Se saírem do controle, as populações podem crescer sem limites. Mais fortes e pesados do que os bovinos, búfalos estouram cercas com facilidade e nadam muito bem. "Basta um descuido para que os animais fujam. Essa é a origem das populações de búfalos asselvajados no Pantanal", conta o pesquisador Walfrido Tomás, da Embrapa. Outro problema é que eles nem sempre são dóceis. Ivanildo Miranda, empresário e pecuarista há 35 anos no Pantanal de Mato Grosso do Sul, conta que, um dia, após chegar em sua fazenda de avião, foi surpreendido ao saber que um de seus búfalos mansos arrebentou a cerca da pista de pouso e começou a dar chifradas no avião estacionado. "O avião parado e o búfalo lá, dando cabeçada e chifrada! Esse bicho não é fácil." Infográfico: Búfalo de guarda Os búfalos selvagens são ainda mais agressivos. Em setembro deste ano, Anorvo Gomes da Silva, 59, morreu após ser atacado por um búfalo asselvajado na fazenda em que trabalhava como peão, no Pantanal de MS. "São muitos búfalos selvagens aqui. Depois do acidente do meu pai, um peão pediu as contas, porque tem medo. Esse não é um caso isolado. Se as autoridades não tomarem providência, a tendência é só piorar", diz Edezio Gomes da Silva, 33, filho de Anorvo. O animal o atacou enquanto ele e outros três peões andavam a cavalo em uma mata densa. A investida matou o cavalo no local e perfurou o abdome de Anorvo, que morreu após sete dias. Segundo especialistas, os búfalos ficam mais mansos se manejados diariamente, mas no Pantanal o sistema intensivo de criação de gado não faz parte da cultura. Bovinos são criados soltos nos pastos, e têm contato com o homem poucas vezes durante o ano. No Norte, o Amapá tem um problema sério com búfalos selvagens. São mais de 30 mil animais assoreando rios, causando erosões, compactando o solo e competindo com espécies nativas. Não se sabe quantos animais há no Pantanal –a Embrapa fará uma estimativa no próximo ano. EVIDÊNCIAS Os especialistas afirmam que não há comprovação de que utilizar búfalos de fato reduza a morte de bois. "Se a intenção for só proteção do gado, não sei se dará certo. Eles têm um instinto de proteção forte entre eles; mas desconheço que isso possa extrapolar para outras espécies", diz o veterinário Jaci de Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais. "Eles são mais lentos que bovinos, costumam andar juntos, não dá para impor um ritmo, é preciso trabalhar com calma. Manejo agressivo não funciona e pode pôr todos em risco." Os animais têm bom potencial para produção de leite e carne. Na fazenda de turismo San Francisco (MS), há produção de leite de búfala há dez anos. "Os bandos ficam dentro d'água, é uma paisagem bonita, os turistas gostam", diz Roberto Coelho, dono da fazenda.
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No Pantanal, búfalos são usados para proteger rebanho das onçasFazendeiros do Pantanal estão apostando em búfalos como forma de proteger seus rebanhos bovinos de ataques de onças pintadas. E o bioma pode pagar por isso. Isso porque bovinos são mansos –ou seja, presas mais fáceis. Já os búfalos reagem aos ataques, em bando. A ideia, portanto, é colocá-los junto ao gado e às matas ciliares de rios, criando uma barreira de proteção. Foi o que fez a fazenda Porto Jofre, no Pantanal de Mato Grosso, onde os peões recolhem todas as noites o rebanho de 300 cabeças de nelore em uma área de cinco hectares para dormir. Junto a ele, vão 20 búfalos. "Eles cuidam bem do meu gado", diz Eliseu Evangelhista, proprietário da fazenda. Eliseu acredita que, graças aos búfalos, deixou de perder cerca de 70 bezerros por ano por predação das onças. "Mexo com eles todos os dias, senão fogem. Na região, tem várias propriedades que perderam o controle e os búfalos se tornaram selvagens", conta. Esse é o perigo. No Pantanal, bandos selvagens não têm predadores. Se saírem do controle, as populações podem crescer sem limites. Mais fortes e pesados do que os bovinos, búfalos estouram cercas com facilidade e nadam muito bem. "Basta um descuido para que os animais fujam. Essa é a origem das populações de búfalos asselvajados no Pantanal", conta o pesquisador Walfrido Tomás, da Embrapa. Outro problema é que eles nem sempre são dóceis. Ivanildo Miranda, empresário e pecuarista há 35 anos no Pantanal de Mato Grosso do Sul, conta que, um dia, após chegar em sua fazenda de avião, foi surpreendido ao saber que um de seus búfalos mansos arrebentou a cerca da pista de pouso e começou a dar chifradas no avião estacionado. "O avião parado e o búfalo lá, dando cabeçada e chifrada! Esse bicho não é fácil." Infográfico: Búfalo de guarda Os búfalos selvagens são ainda mais agressivos. Em setembro deste ano, Anorvo Gomes da Silva, 59, morreu após ser atacado por um búfalo asselvajado na fazenda em que trabalhava como peão, no Pantanal de MS. "São muitos búfalos selvagens aqui. Depois do acidente do meu pai, um peão pediu as contas, porque tem medo. Esse não é um caso isolado. Se as autoridades não tomarem providência, a tendência é só piorar", diz Edezio Gomes da Silva, 33, filho de Anorvo. O animal o atacou enquanto ele e outros três peões andavam a cavalo em uma mata densa. A investida matou o cavalo no local e perfurou o abdome de Anorvo, que morreu após sete dias. Segundo especialistas, os búfalos ficam mais mansos se manejados diariamente, mas no Pantanal o sistema intensivo de criação de gado não faz parte da cultura. Bovinos são criados soltos nos pastos, e têm contato com o homem poucas vezes durante o ano. No Norte, o Amapá tem um problema sério com búfalos selvagens. São mais de 30 mil animais assoreando rios, causando erosões, compactando o solo e competindo com espécies nativas. Não se sabe quantos animais há no Pantanal –a Embrapa fará uma estimativa no próximo ano. EVIDÊNCIAS Os especialistas afirmam que não há comprovação de que utilizar búfalos de fato reduza a morte de bois. "Se a intenção for só proteção do gado, não sei se dará certo. Eles têm um instinto de proteção forte entre eles; mas desconheço que isso possa extrapolar para outras espécies", diz o veterinário Jaci de Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais. "Eles são mais lentos que bovinos, costumam andar juntos, não dá para impor um ritmo, é preciso trabalhar com calma. Manejo agressivo não funciona e pode pôr todos em risco." Os animais têm bom potencial para produção de leite e carne. Na fazenda de turismo San Francisco (MS), há produção de leite de búfala há dez anos. "Os bandos ficam dentro d'água, é uma paisagem bonita, os turistas gostam", diz Roberto Coelho, dono da fazenda.
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Leitores parabenizam a Folha pelos 95 anos
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo congratula a Folha pelo seu 95º aniversário. Destaco a importância deste veículo na consolidação de uma imprensa independente no Brasil. É notória sua relevante contribuição para o aperfeiçoamento de nossas instituições públicas por meio de um jornalismo crítico, pluralista e apartidário. DIMAS EDUARDO RAMALHO, presidente do Tribunal de Conta do Estado de São Paulo * A Folha agradece as mensagens pelos 95 anos recebidas de Raul Cutait, professor associado da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP), Floriano Pesaro, secretário de Estado de Desenvolvimento Social (São Paulo, SP), Renata Grabert, Katia Blasques e equipe, da Suporte Comunica (São Paulo, SP), Antonio Casella e Dilmar Liess Casella (São Paulo, SP). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores parabenizam a Folha pelos 95 anosO Tribunal de Contas do Estado de São Paulo congratula a Folha pelo seu 95º aniversário. Destaco a importância deste veículo na consolidação de uma imprensa independente no Brasil. É notória sua relevante contribuição para o aperfeiçoamento de nossas instituições públicas por meio de um jornalismo crítico, pluralista e apartidário. DIMAS EDUARDO RAMALHO, presidente do Tribunal de Conta do Estado de São Paulo * A Folha agradece as mensagens pelos 95 anos recebidas de Raul Cutait, professor associado da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP), Floriano Pesaro, secretário de Estado de Desenvolvimento Social (São Paulo, SP), Renata Grabert, Katia Blasques e equipe, da Suporte Comunica (São Paulo, SP), Antonio Casella e Dilmar Liess Casella (São Paulo, SP). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Cruzeiros 'boutique' são nova aposta de Richard Branson, mas só para 2020
O primeiro cruzeiro da empresa Virgin Cruises zarpará em 2020 do porto de Miami, na última terça-feira (23) o magnata britânico Richard Branson, que decidiu apostar sua mais recente aventura empresarial em barcos "butique" de tamanho médio. "A Virgin Cruises planeja entusiasmar com uma experiência original e íntima", indicou Branson em coletiva de imprensa no Pérez Art Museum de Miami, onde chegou, fiel a seu estilo irreverente, em um helicóptero entre fogos de artifício. "A empresa transformará a experiência de um cruzeiro. O enfoque da Virgin Cruises agradará as pessoas que costumam usar cruzeiros e as que não", disse Branson, 62, fundador da Virgin Group, que engloba mais de 400 empresas em diversos setores, de uma companhia ferroviária a uma companhia aérea, passando por um banco e TVs por assinatura. O excêntrico milionário percorreu os poucos quilômetros entre o porto de Miami e o museu em um helicóptero, do qual desceu vestindo o quepe e uma camisa de capitão de barco, mas com bermudas e sapatos náuticos vermelhos, acompanhado de modelos vestidas com justos uniformes de marinheiro. Branson, que disse sonhar ter uma empresa de cruzeiros desde os 27 anos, encomendou os três primeiros navios à italiana Fincantieri, que os entregará para começar a operar em 2020, 2021 e 2022, respectivamente. "Tomamos a decisão de ir contra a corrente de megacruzeiros; vamos construir barcos 'butique', menores", disse o presidente da Virgin Cruises, Tom McAlpin. "Escolhemos o tamanho que permitirá oferecer uma excelente variedade de experiências em ambiente mais íntimo". Embora a empresa tenha revelado que os barcos terão 110 mil toneladas, com 1.430 cabines, onde poderão viajar cerca de 2.800 passageiros e uma tripulação de 1.150 pessoas, foram mantidos em segredo os projetos de embarcações e suas características técnicas. "São máquinas de alta tecnologia, com nível de entretenimento muito complexo e desafios tecnológicos, mas estou certo que juntos poderemos desenvolver algo especial", disse Vincenzo Petrone, presidente da Fincantieri. ROTA CARIBENHA A Virgin Cruises é uma parceria entre o Virgin Group e o fundo de investimentos Bain Capital. Não foi revelado o montante de investimentos. Há um grande segmento da população "predominantemente jovem, aventureiro, apaixonado e altamente sofisticado", interessado em cruzeiros, mas que sente que "o produto, na prática, não satisfaz suas demandas", e esse segmento é o alvo da Virgin Cruises, disse Ryan Cotton, diretor-executivo da Bain Capital. O primeiro cruzeiro vai passar pelo Caribe por uma semana, partindo de Miami, na Flórida (EUA). Branson disse que gostaria que os barcos fizessem escala em Cuba, que classificou como "um país fantástico", mas afirmou que isso ainda não está em projeto. Washington outorgou em maio, pela primeira vez em meio século, ao menos cinco licenças para permitir serviços de barcos com passageiros entre os EUA e Cuba, em meio à aproximação entre os dois ex-inimigos, mas os trajetos ainda não se concretizaram. O prefeito do condado de Miami-Dade, Carlos Gutiérrez, se disse feliz pela instalação da Virgin Cruises na cidade, o que, para ele, criará postos de trabalho no porto, que já emprega cerca de 200 mil pessoas. Ao final da entrevista coletiva, o prefeito e o presidente da Fincantieri não escaparam de ter as gravatas cortadas com uma tesoura por Branson, que disse que o ato fazia parte de sua campanha contra as vestimentas formais.
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Cruzeiros 'boutique' são nova aposta de Richard Branson, mas só para 2020O primeiro cruzeiro da empresa Virgin Cruises zarpará em 2020 do porto de Miami, na última terça-feira (23) o magnata britânico Richard Branson, que decidiu apostar sua mais recente aventura empresarial em barcos "butique" de tamanho médio. "A Virgin Cruises planeja entusiasmar com uma experiência original e íntima", indicou Branson em coletiva de imprensa no Pérez Art Museum de Miami, onde chegou, fiel a seu estilo irreverente, em um helicóptero entre fogos de artifício. "A empresa transformará a experiência de um cruzeiro. O enfoque da Virgin Cruises agradará as pessoas que costumam usar cruzeiros e as que não", disse Branson, 62, fundador da Virgin Group, que engloba mais de 400 empresas em diversos setores, de uma companhia ferroviária a uma companhia aérea, passando por um banco e TVs por assinatura. O excêntrico milionário percorreu os poucos quilômetros entre o porto de Miami e o museu em um helicóptero, do qual desceu vestindo o quepe e uma camisa de capitão de barco, mas com bermudas e sapatos náuticos vermelhos, acompanhado de modelos vestidas com justos uniformes de marinheiro. Branson, que disse sonhar ter uma empresa de cruzeiros desde os 27 anos, encomendou os três primeiros navios à italiana Fincantieri, que os entregará para começar a operar em 2020, 2021 e 2022, respectivamente. "Tomamos a decisão de ir contra a corrente de megacruzeiros; vamos construir barcos 'butique', menores", disse o presidente da Virgin Cruises, Tom McAlpin. "Escolhemos o tamanho que permitirá oferecer uma excelente variedade de experiências em ambiente mais íntimo". Embora a empresa tenha revelado que os barcos terão 110 mil toneladas, com 1.430 cabines, onde poderão viajar cerca de 2.800 passageiros e uma tripulação de 1.150 pessoas, foram mantidos em segredo os projetos de embarcações e suas características técnicas. "São máquinas de alta tecnologia, com nível de entretenimento muito complexo e desafios tecnológicos, mas estou certo que juntos poderemos desenvolver algo especial", disse Vincenzo Petrone, presidente da Fincantieri. ROTA CARIBENHA A Virgin Cruises é uma parceria entre o Virgin Group e o fundo de investimentos Bain Capital. Não foi revelado o montante de investimentos. Há um grande segmento da população "predominantemente jovem, aventureiro, apaixonado e altamente sofisticado", interessado em cruzeiros, mas que sente que "o produto, na prática, não satisfaz suas demandas", e esse segmento é o alvo da Virgin Cruises, disse Ryan Cotton, diretor-executivo da Bain Capital. O primeiro cruzeiro vai passar pelo Caribe por uma semana, partindo de Miami, na Flórida (EUA). Branson disse que gostaria que os barcos fizessem escala em Cuba, que classificou como "um país fantástico", mas afirmou que isso ainda não está em projeto. Washington outorgou em maio, pela primeira vez em meio século, ao menos cinco licenças para permitir serviços de barcos com passageiros entre os EUA e Cuba, em meio à aproximação entre os dois ex-inimigos, mas os trajetos ainda não se concretizaram. O prefeito do condado de Miami-Dade, Carlos Gutiérrez, se disse feliz pela instalação da Virgin Cruises na cidade, o que, para ele, criará postos de trabalho no porto, que já emprega cerca de 200 mil pessoas. Ao final da entrevista coletiva, o prefeito e o presidente da Fincantieri não escaparam de ter as gravatas cortadas com uma tesoura por Branson, que disse que o ato fazia parte de sua campanha contra as vestimentas formais.
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Agora vai: confira opções de esportes e onde praticá-los para suar em 2016
AMANDA MASSUELA BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO A engenheira Leticia Tomaselli, 30, já fez natação, academia, pilates –mas parou, seja pela questão da rotina agitada, seja pela falta de afinidade. Mas em 2016 ela afirma: vai comprar um apartamento e completar uma meia maratona (21 km). "Correr estava entre as minhas metas para 2015, só que acabei dando mais prioridade ao lado profissional", diz Leticia. Ela é um dos paulistanos que decidiram aproveitar o incentivo de um novo ano e a cidade que atrai para as ruas no verão para dar início à prática de um exercício físico. Começar janeiro com a resolução de iniciar novos hábitos ou retomar práticas saudáveis pode sim ter impacto pelo fator da simbologia. "Mas a grande questão é o fato de começar. O importante é que a pessoa busque estabelecer metas que caibam em sua rotina e consiga segui-las", avalia o psicólogo do esporte Maurício Pinto Marques, 33. "É interessante ter objetivos para curto, médio e longo prazo. Assim, pode-se valorizar o que foi feito. Uma das coisas que mais motivam alguém é conseguir observar o progresso." Mas a prática de exercícios não faz milagres se executada sem adequações, como na alimentação -que pode variar segundo o objetivo (perda de peso, melhora do condicionamento físico ou ganho de massa). "É importante que o exercício seja orientado por um educador físico, ainda mais quando se trata de um sedentário", explica Ricardo Galotti, especialista em medicina do esporte. A sãopaulo reuniu, nos links abaixo, opções de atividades físicas, assim como grupos e lugares onde praticá-las na cidade, para quem decidiu que, neste ano, é pra valer. Treinar e suar é só começar.
saopaulo
Agora vai: confira opções de esportes e onde praticá-los para suar em 2016AMANDA MASSUELA BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO A engenheira Leticia Tomaselli, 30, já fez natação, academia, pilates –mas parou, seja pela questão da rotina agitada, seja pela falta de afinidade. Mas em 2016 ela afirma: vai comprar um apartamento e completar uma meia maratona (21 km). "Correr estava entre as minhas metas para 2015, só que acabei dando mais prioridade ao lado profissional", diz Leticia. Ela é um dos paulistanos que decidiram aproveitar o incentivo de um novo ano e a cidade que atrai para as ruas no verão para dar início à prática de um exercício físico. Começar janeiro com a resolução de iniciar novos hábitos ou retomar práticas saudáveis pode sim ter impacto pelo fator da simbologia. "Mas a grande questão é o fato de começar. O importante é que a pessoa busque estabelecer metas que caibam em sua rotina e consiga segui-las", avalia o psicólogo do esporte Maurício Pinto Marques, 33. "É interessante ter objetivos para curto, médio e longo prazo. Assim, pode-se valorizar o que foi feito. Uma das coisas que mais motivam alguém é conseguir observar o progresso." Mas a prática de exercícios não faz milagres se executada sem adequações, como na alimentação -que pode variar segundo o objetivo (perda de peso, melhora do condicionamento físico ou ganho de massa). "É importante que o exercício seja orientado por um educador físico, ainda mais quando se trata de um sedentário", explica Ricardo Galotti, especialista em medicina do esporte. A sãopaulo reuniu, nos links abaixo, opções de atividades físicas, assim como grupos e lugares onde praticá-las na cidade, para quem decidiu que, neste ano, é pra valer. Treinar e suar é só começar.
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Agenda da semana tem Bowie do Pará e as novinhas da Pinacoteca
DE SÃO PAULO DOMINGO Níver Latino | Além da Vila do Chaves, que tem mobilizado fãs do célebre seriado exibido na TV desde os anos 1980, o Memorial da América Latina prepara estripulias para seu 27º aniversário. Neste domingo (20), o lugar tem shows, festivais gastronômico e de cervejas artesanais, feira de vinil e edição especial do Mercado de Criadores Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, região oeste, tel. 3823-4600. Dom. (20): 10h às 21h. Grátis * SEGUNDA Costura Hermana | A artista plástica Marina Zumi já é velha conhecida dos apreciadores de street art no Brasil graças aos grafites que pintou e expôs por aqui. Na mostra gratuita "Dinergia", ela extrapola sua atuação a outros suportes, unindo instalação, costura e pintura em obras como "A Lua" A7MA. R. Harmonia, 95B, Sumarezinho, região oeste, tel. 2361-7876. Seg. a sáb.: 11h às 20h. Até 21/4. Livre. Grátis * TERÇA Com os Dedos | O chef sul-mato-grossense Paulo Machado dá aula nesta terça (22) sobre "finger food", conceito gastronômico que remete a receitas que dispensam talheres —"para comer com os dedos", em tradução livre. A atividade no Sesc Campo Limpo integra o projeto Sabores Brasileiros, vocacionado à valorização da cultura culinária e dos ingredientes sazonais *Sesc Campo Limp*o. R. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120, região sul, tel. 5510-2700. Ter. (22): 14h30 às 16h30. Inscrições na central de atendimento do Sesc. Não recomendado para menores de 14 anos. GRÁTIS * QUARTA As novinhas da Pinacoteca | José Spaniol e Marcelo Zocchio protagonizam as novidades da Pinacoteca. O primeiro exibe a instalação "Tiamm Schuoomm Cash!", construída com barcos de madeira a dez metros de altura, enquanto Zocchio reúne fotos, objetos e intervenções em sua primeira individual Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, tel. 3324-1000. Seg. e qua. a dom.: 10h às 17h30 (c/ permanência até as 18h). Abertura: 19/3, 11h. Livre. Ingr.: R$ 6 (Pinacoteca e Estação). Grátis p/ menores de 10, maiores de 60 anos, e sáb. * QUINTA Salve a Rainha | Louvado em Londres, o concorrido musical "We Will Rock You", com roteiro futurista e trilha sonora baseada em canções da banda inglesa Queen, chega em versão aportuguesada para estrear o teatro Santander. A primeira apresentação acontece nesta quinta (24) Teatro Santander - Complexo JK. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 4003-1022. Qui. e sex.: 21h. Sáb.: 17h e 21h. Dom.: 16h e 20h. Estreia: 24/3. Ingr.: R$ 40 a R$ 300 pelo site entretix.com.br. * SEXTA Bowie do Pará | O paraense Jaloo foi sensação em um dos palcos do Lollapalooza, quando trocou figurinhas com o norte-americano Diplo, referência entre os DJs blockbusters. Nesta sexta (25), ele mostra sua leitura ainda mais electro-rock do tecnobrega e seu visual meio andrógino, meio silvícola, na aconchegante Casa do Mancha. Naná Rizinni participa do show Casa do Mancha. R. Felipe de Alcaçova, 89, tel. 3796-7981. Sex. (25): 20h. 18 anos. Ingr.: R$ 25. * SÁBADO Gipsy Jeans | Até 10 de abril, o projeto temporário Casa Levi's agrega música, gastronomia e exposições fotográficas na Associação Cultural Cecília, na Barra Funda, de quinta a domingo, com entrada grátis. Neste sábado (19), o destaque da programação é a edição da festa de temática tropicalista e cigana "Venga-Venga!". Saiba mais em folha.com/no1751264 Associação Cultural Cecília - Casa Levi's. R. Vitorino Carmilo, 449, Barra Funda, região oeste, tel. 2691-0262. Sáb. (19): a partir das 16h. Grátis - UM SHOW Felizes para sempre São 31 anos de relação entre Brasil e Iron Maiden desde uma histórica noite no Rock in Rio 1. Eddie, a mascote morta-viva da banda de Bruce Dickinson, chama os brasileiros ao Allianz Parque, no sábado (26), vestindo amarelo e destruindo oponentes de azul claro —pegou? * AO AR LIVRE Bonecas de ferro Grafite e discotecagem se fundem em uma ode à produção cultural feminina: é a festa Ferro na Boneca, que em sua edição de março —neste domingo (20), das 13h às 22h— escala nove artistas e DJs para embalar a praça Dom José Gaspar * BOMBOU #Dub-pop-step favorável Nenhum roqueiro foi páreo para Jack Ü no Lollapalooza 2016. A dupla formada por Skrillex e Diplo tocou até Wesley Safadão, mas o auge foi com MC Bin Laden —o vídeo do encontro rendeu 1 milhão de visitas, e os músicos trocaram gracejos nas redes. Dubstep e favorável, mano!
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Agenda da semana tem Bowie do Pará e as novinhas da PinacotecaDE SÃO PAULO DOMINGO Níver Latino | Além da Vila do Chaves, que tem mobilizado fãs do célebre seriado exibido na TV desde os anos 1980, o Memorial da América Latina prepara estripulias para seu 27º aniversário. Neste domingo (20), o lugar tem shows, festivais gastronômico e de cervejas artesanais, feira de vinil e edição especial do Mercado de Criadores Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, região oeste, tel. 3823-4600. Dom. (20): 10h às 21h. Grátis * SEGUNDA Costura Hermana | A artista plástica Marina Zumi já é velha conhecida dos apreciadores de street art no Brasil graças aos grafites que pintou e expôs por aqui. Na mostra gratuita "Dinergia", ela extrapola sua atuação a outros suportes, unindo instalação, costura e pintura em obras como "A Lua" A7MA. R. Harmonia, 95B, Sumarezinho, região oeste, tel. 2361-7876. Seg. a sáb.: 11h às 20h. Até 21/4. Livre. Grátis * TERÇA Com os Dedos | O chef sul-mato-grossense Paulo Machado dá aula nesta terça (22) sobre "finger food", conceito gastronômico que remete a receitas que dispensam talheres —"para comer com os dedos", em tradução livre. A atividade no Sesc Campo Limpo integra o projeto Sabores Brasileiros, vocacionado à valorização da cultura culinária e dos ingredientes sazonais *Sesc Campo Limp*o. R. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120, região sul, tel. 5510-2700. Ter. (22): 14h30 às 16h30. Inscrições na central de atendimento do Sesc. Não recomendado para menores de 14 anos. GRÁTIS * QUARTA As novinhas da Pinacoteca | José Spaniol e Marcelo Zocchio protagonizam as novidades da Pinacoteca. O primeiro exibe a instalação "Tiamm Schuoomm Cash!", construída com barcos de madeira a dez metros de altura, enquanto Zocchio reúne fotos, objetos e intervenções em sua primeira individual Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, tel. 3324-1000. Seg. e qua. a dom.: 10h às 17h30 (c/ permanência até as 18h). Abertura: 19/3, 11h. Livre. Ingr.: R$ 6 (Pinacoteca e Estação). Grátis p/ menores de 10, maiores de 60 anos, e sáb. * QUINTA Salve a Rainha | Louvado em Londres, o concorrido musical "We Will Rock You", com roteiro futurista e trilha sonora baseada em canções da banda inglesa Queen, chega em versão aportuguesada para estrear o teatro Santander. A primeira apresentação acontece nesta quinta (24) Teatro Santander - Complexo JK. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 4003-1022. Qui. e sex.: 21h. Sáb.: 17h e 21h. Dom.: 16h e 20h. Estreia: 24/3. Ingr.: R$ 40 a R$ 300 pelo site entretix.com.br. * SEXTA Bowie do Pará | O paraense Jaloo foi sensação em um dos palcos do Lollapalooza, quando trocou figurinhas com o norte-americano Diplo, referência entre os DJs blockbusters. Nesta sexta (25), ele mostra sua leitura ainda mais electro-rock do tecnobrega e seu visual meio andrógino, meio silvícola, na aconchegante Casa do Mancha. Naná Rizinni participa do show Casa do Mancha. R. Felipe de Alcaçova, 89, tel. 3796-7981. Sex. (25): 20h. 18 anos. Ingr.: R$ 25. * SÁBADO Gipsy Jeans | Até 10 de abril, o projeto temporário Casa Levi's agrega música, gastronomia e exposições fotográficas na Associação Cultural Cecília, na Barra Funda, de quinta a domingo, com entrada grátis. Neste sábado (19), o destaque da programação é a edição da festa de temática tropicalista e cigana "Venga-Venga!". Saiba mais em folha.com/no1751264 Associação Cultural Cecília - Casa Levi's. R. Vitorino Carmilo, 449, Barra Funda, região oeste, tel. 2691-0262. Sáb. (19): a partir das 16h. Grátis - UM SHOW Felizes para sempre São 31 anos de relação entre Brasil e Iron Maiden desde uma histórica noite no Rock in Rio 1. Eddie, a mascote morta-viva da banda de Bruce Dickinson, chama os brasileiros ao Allianz Parque, no sábado (26), vestindo amarelo e destruindo oponentes de azul claro —pegou? * AO AR LIVRE Bonecas de ferro Grafite e discotecagem se fundem em uma ode à produção cultural feminina: é a festa Ferro na Boneca, que em sua edição de março —neste domingo (20), das 13h às 22h— escala nove artistas e DJs para embalar a praça Dom José Gaspar * BOMBOU #Dub-pop-step favorável Nenhum roqueiro foi páreo para Jack Ü no Lollapalooza 2016. A dupla formada por Skrillex e Diplo tocou até Wesley Safadão, mas o auge foi com MC Bin Laden —o vídeo do encontro rendeu 1 milhão de visitas, e os músicos trocaram gracejos nas redes. Dubstep e favorável, mano!
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Câmara pede para STF não suspender processo de cassação de Cunha
A Câmara dos Deputados pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que não considere o pleito do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de suspender o processo de cassação contra ele, pronto para ser votado no plenário. Em duas manifestações diferentes, os presidentes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), rebatem os argumentos usados por Cunha. Os advogados do parlamentar fluminense requereram uma liminar (decisão provisória) para suspender a tramitação do processo. Solicitaram também que, no julgamento final, o tribunal determine o retorno da ação ao Conselho de Ética. A principal alegação é de violação ao devido processo legal e ao princípio da ampla defesa e do contraditório. José Carlos Araújo sustenta, na petição, que o principal ponto levantado por Cunha –de que um deputado não poder ser alvo do processo quando está afastado– é um contrassenso. "Suspender o processo [...] pelo simples fato de o exercício der seu mandato ter sido suspendo por decisão judicial seria incoerente, já quem um dos objetivos da suspensão do exercício do mandato foi justamente impedir que o deputado interferisse no processo", afirmou. Araújo diz ainda que nem ele nem o presidente da CCJ têm o poder de interferir no caso, tampouco poderiam determinar a suspensão do processo. Ele rebateu outras supostas irregularidades levantadas por Cunha, entre elas a de que a votação final na comissão deveria ter sido eletrônica e não nominal. "A votação ao microfone (nominal) é ainda mais harmônica com os princípios constitucionais da publicidade e da transparência, já que nesse procedimento cada parlamentar tem a oportunidade de justificar seu voto", sustentou o presidente do Conselho de Ética. CCJ Já Osmar Serraglio, que preside a CCJ, contestou a afirmação de que foi aberta sem o devido quórum mínimo a sessão em que o colegiado aprovou o relatório que pede o afastamento definitivo de Cunha. "Houve um equívoco no impetrante (Cunha) ao afirmar que as presenças de seis suplentes teriam sido computadas quando os titulares estavam presentes", rebateu Serraglio, na petição. Ao receber a manifestação dos advogados do deputado afastado, na última quinta (4), o ministro relator do caso no STF, Luís Roberto Barroso, deu prazo de três dias para a Câmara se pronunciar. O pedido de cassação do peemedebista, aprovado pelo Conselho de Ética e pela CCJ, foi lido nesta segunda-feira no plenário da Câmara. Com isso, ele poderá ser votado no prazo de duas sessões, ou seja, a partir da próxima quarta-feira.
poder
Câmara pede para STF não suspender processo de cassação de CunhaA Câmara dos Deputados pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que não considere o pleito do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de suspender o processo de cassação contra ele, pronto para ser votado no plenário. Em duas manifestações diferentes, os presidentes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), rebatem os argumentos usados por Cunha. Os advogados do parlamentar fluminense requereram uma liminar (decisão provisória) para suspender a tramitação do processo. Solicitaram também que, no julgamento final, o tribunal determine o retorno da ação ao Conselho de Ética. A principal alegação é de violação ao devido processo legal e ao princípio da ampla defesa e do contraditório. José Carlos Araújo sustenta, na petição, que o principal ponto levantado por Cunha –de que um deputado não poder ser alvo do processo quando está afastado– é um contrassenso. "Suspender o processo [...] pelo simples fato de o exercício der seu mandato ter sido suspendo por decisão judicial seria incoerente, já quem um dos objetivos da suspensão do exercício do mandato foi justamente impedir que o deputado interferisse no processo", afirmou. Araújo diz ainda que nem ele nem o presidente da CCJ têm o poder de interferir no caso, tampouco poderiam determinar a suspensão do processo. Ele rebateu outras supostas irregularidades levantadas por Cunha, entre elas a de que a votação final na comissão deveria ter sido eletrônica e não nominal. "A votação ao microfone (nominal) é ainda mais harmônica com os princípios constitucionais da publicidade e da transparência, já que nesse procedimento cada parlamentar tem a oportunidade de justificar seu voto", sustentou o presidente do Conselho de Ética. CCJ Já Osmar Serraglio, que preside a CCJ, contestou a afirmação de que foi aberta sem o devido quórum mínimo a sessão em que o colegiado aprovou o relatório que pede o afastamento definitivo de Cunha. "Houve um equívoco no impetrante (Cunha) ao afirmar que as presenças de seis suplentes teriam sido computadas quando os titulares estavam presentes", rebateu Serraglio, na petição. Ao receber a manifestação dos advogados do deputado afastado, na última quinta (4), o ministro relator do caso no STF, Luís Roberto Barroso, deu prazo de três dias para a Câmara se pronunciar. O pedido de cassação do peemedebista, aprovado pelo Conselho de Ética e pela CCJ, foi lido nesta segunda-feira no plenário da Câmara. Com isso, ele poderá ser votado no prazo de duas sessões, ou seja, a partir da próxima quarta-feira.
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Preconceito na sala de aula
Mais jovens negros estão frequentando o ensino médio, e a distância entre eles e os estudantes brancos, ao menos no que diz respeito ao acesso, diminuiu. Essa constatação, feita a partir dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostra que estamos conseguindo reduzir desigualdades nos bancos escolares. Em 2014, mais da metade (51%) de brasileiros de 15 a 17 anos que se autodeclararam pretos ou pardos ao IBGE estava cursando o ensino médio. No início do século 21, essa proporção era de apenas 25%, ou um em cada quatro alunos. Entre jovens brancos da mesma idade, a variação no mesmo período foi de 51% para 65%. O aumento na proporção de negros no ensino médio pode ser atribuído a uma combinação de ações que resultaram na melhoria do fluxo desde os anos iniciais. Políticas públicas externas à escola, caso do Bolsa Família, contribuíram para a queda da evasão e para a manutenção das crianças na escola. O avanço no acesso, contudo, não veio acompanhado da melhoria da qualidade do ensino. Esse quadro é agudo no ensino médio. No trágico contexto em que todos os grupos tiveram piora no desempenho medido pelo Saeb, exame nacional do MEC, a distância no aprendizado de português e matemática entre negros e brancos se manteve estável. Em 1995, a proficiência média em língua portuguesa no terceiro ano do ensino médio dos estudantes brancos era de 292 pontos; dos negros, 278. Em 2013, a média dos alunos brancos caiu para 269 e a dos negros, para 254 pontos. A média considerada adequada pelo movimento Todos pela Educação é de 300 pontos. É fundamental que voltemos os esforços para a elaboração de políticas educacionais focadas no ambiente escolar, para melhorarmos os resultados e para que a escola não reproduza as desigualdades de origem. É preciso olhar para o que acontece dentro da sala de aula, porque parte da desigualdade no aprendizado é causada por atitudes discriminatórias veladas. A formação docente, por exemplo, não prepara o professor para a realidade das escolas públicas. O currículo das licenciaturas dedica-se muito à matriz teórica e filosófica e pouco à prática em sala. Um bom plano de aula enfrenta na origem a maioria das defasagens do alunato de diversos segmentos sociais. Em outra frente, a flexibilidade do currículo do ensino médio deve oferecer opções de trajetórias, que podem ser acadêmicas ou técnicas, a partir de uma base comum. Isso possibilitaria, também, a incorporação dos saberes e cultura dos territórios. É importante que o currículo incorpore temas como sexualidade, discriminação, política e religião em suas múltiplas formas, estimulando a pluralidade de opiniões. Por fim, a gestão escolar é fundamental para esse enfrentamento. Todo o esforço da gestão deve estar voltado para a melhoria da aprendizagem e para a redução das desigualdades no interior da escola –e entre escolas. É papel do diretor promover a escuta e o diálogo com os estudantes, professores e comunidade escolar, criando um ambiente de respeito às diferenças. A persistente desigualdade de aprendizagem dos estudantes negros, frente ao atual cenário de práticas discriminatórias e intolerância, demanda políticas públicas educacionais e iniciativas que enfrentem essa realidade. É uma agenda imprescindível para transformarmos uma sociedade marcada por desigualdades históricas em uma nação socialmente justa, igualitária e diversa. RICARDO HENRIQUES, 55, economista, é superintendente executivo do Instituto Unibanco e membro do Conselho de Administração do Instituto Internacional de Planejamento da Educação da Unesco * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Preconceito na sala de aulaMais jovens negros estão frequentando o ensino médio, e a distância entre eles e os estudantes brancos, ao menos no que diz respeito ao acesso, diminuiu. Essa constatação, feita a partir dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostra que estamos conseguindo reduzir desigualdades nos bancos escolares. Em 2014, mais da metade (51%) de brasileiros de 15 a 17 anos que se autodeclararam pretos ou pardos ao IBGE estava cursando o ensino médio. No início do século 21, essa proporção era de apenas 25%, ou um em cada quatro alunos. Entre jovens brancos da mesma idade, a variação no mesmo período foi de 51% para 65%. O aumento na proporção de negros no ensino médio pode ser atribuído a uma combinação de ações que resultaram na melhoria do fluxo desde os anos iniciais. Políticas públicas externas à escola, caso do Bolsa Família, contribuíram para a queda da evasão e para a manutenção das crianças na escola. O avanço no acesso, contudo, não veio acompanhado da melhoria da qualidade do ensino. Esse quadro é agudo no ensino médio. No trágico contexto em que todos os grupos tiveram piora no desempenho medido pelo Saeb, exame nacional do MEC, a distância no aprendizado de português e matemática entre negros e brancos se manteve estável. Em 1995, a proficiência média em língua portuguesa no terceiro ano do ensino médio dos estudantes brancos era de 292 pontos; dos negros, 278. Em 2013, a média dos alunos brancos caiu para 269 e a dos negros, para 254 pontos. A média considerada adequada pelo movimento Todos pela Educação é de 300 pontos. É fundamental que voltemos os esforços para a elaboração de políticas educacionais focadas no ambiente escolar, para melhorarmos os resultados e para que a escola não reproduza as desigualdades de origem. É preciso olhar para o que acontece dentro da sala de aula, porque parte da desigualdade no aprendizado é causada por atitudes discriminatórias veladas. A formação docente, por exemplo, não prepara o professor para a realidade das escolas públicas. O currículo das licenciaturas dedica-se muito à matriz teórica e filosófica e pouco à prática em sala. Um bom plano de aula enfrenta na origem a maioria das defasagens do alunato de diversos segmentos sociais. Em outra frente, a flexibilidade do currículo do ensino médio deve oferecer opções de trajetórias, que podem ser acadêmicas ou técnicas, a partir de uma base comum. Isso possibilitaria, também, a incorporação dos saberes e cultura dos territórios. É importante que o currículo incorpore temas como sexualidade, discriminação, política e religião em suas múltiplas formas, estimulando a pluralidade de opiniões. Por fim, a gestão escolar é fundamental para esse enfrentamento. Todo o esforço da gestão deve estar voltado para a melhoria da aprendizagem e para a redução das desigualdades no interior da escola –e entre escolas. É papel do diretor promover a escuta e o diálogo com os estudantes, professores e comunidade escolar, criando um ambiente de respeito às diferenças. A persistente desigualdade de aprendizagem dos estudantes negros, frente ao atual cenário de práticas discriminatórias e intolerância, demanda políticas públicas educacionais e iniciativas que enfrentem essa realidade. É uma agenda imprescindível para transformarmos uma sociedade marcada por desigualdades históricas em uma nação socialmente justa, igualitária e diversa. RICARDO HENRIQUES, 55, economista, é superintendente executivo do Instituto Unibanco e membro do Conselho de Administração do Instituto Internacional de Planejamento da Educação da Unesco * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Não iremos construir um futuro melhor pela violência, afirma leitor
Relevante a pesquisa do Datafolha que trata do modo "tradicional" de atuação da polícia brasileira (Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto). No aniversário da promulgação da Constituição (5/10), é bom ver que os jovens que nasceram após a ditadura militar oferecem menor legitimidade do que as gerações anteriores à errônea percepção de que "bandido bom é bandido morto". É inegável que estamos vivendo tempos difíceis, fruto de um tardio processo de transição entre o autoritarismo e o constitucionalismo democrático, mas não será pela violência que construiremos um futuro melhor. RENE SAMPAR (Curitiba, PR) * * A morte de uma mulher, pelo simples fato de entrar numa comunidade dominada por traficantes em Niterói, retrata muito bem a violência no Estado brasileiro (Empresária entra por engano em favela do RJ e morre baleada ). Enquanto houver leis complacentes com os delinquentes, esse quadro continuará. Não é por acaso que a Lei de Execuções Penais é conhecida como madrinha dos criminosos. Vide recentemente o assassino em São Paulo que enterrava as suas vítimas em sua casa e usufruía do instituto da liberdade condicional. LUIZ FELIPE SCHITTINI (Rio de Janeiro, RJ) * Ruy Castro em Repúdio e reverência foi uma exceção ao que esta Folha faz em sua rotina de sempre massacrar a PM. Triste ver um país onde o bandido é endeusado e a polícia é demonizada –em filmes, isso é retratado. E quando os heróis pararem por 24 horas? CARLOS ALBERTO MATTIUZZO (São Joaquim da Barra, SP) * O mau policial ignora a lei e julga não precisar de licença para matar, pois é, por índole, mais bandido do que policial. Como as nossas prisões não recuperam ninguém, diz-se que bandido só é bom morto, pois a sociedade não corre mais o risco de ter violados seus direitos humanos e de danos patrimoniais ou financeiros. PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Não iremos construir um futuro melhor pela violência, afirma leitorRelevante a pesquisa do Datafolha que trata do modo "tradicional" de atuação da polícia brasileira (Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto). No aniversário da promulgação da Constituição (5/10), é bom ver que os jovens que nasceram após a ditadura militar oferecem menor legitimidade do que as gerações anteriores à errônea percepção de que "bandido bom é bandido morto". É inegável que estamos vivendo tempos difíceis, fruto de um tardio processo de transição entre o autoritarismo e o constitucionalismo democrático, mas não será pela violência que construiremos um futuro melhor. RENE SAMPAR (Curitiba, PR) * * A morte de uma mulher, pelo simples fato de entrar numa comunidade dominada por traficantes em Niterói, retrata muito bem a violência no Estado brasileiro (Empresária entra por engano em favela do RJ e morre baleada ). Enquanto houver leis complacentes com os delinquentes, esse quadro continuará. Não é por acaso que a Lei de Execuções Penais é conhecida como madrinha dos criminosos. Vide recentemente o assassino em São Paulo que enterrava as suas vítimas em sua casa e usufruía do instituto da liberdade condicional. LUIZ FELIPE SCHITTINI (Rio de Janeiro, RJ) * Ruy Castro em Repúdio e reverência foi uma exceção ao que esta Folha faz em sua rotina de sempre massacrar a PM. Triste ver um país onde o bandido é endeusado e a polícia é demonizada –em filmes, isso é retratado. E quando os heróis pararem por 24 horas? CARLOS ALBERTO MATTIUZZO (São Joaquim da Barra, SP) * O mau policial ignora a lei e julga não precisar de licença para matar, pois é, por índole, mais bandido do que policial. Como as nossas prisões não recuperam ninguém, diz-se que bandido só é bom morto, pois a sociedade não corre mais o risco de ter violados seus direitos humanos e de danos patrimoniais ou financeiros. PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Tire fotos do GP Brasil de F-1 e mande para a Folha
Domingo (15) é dia de GP Brasil de Fórmula-1, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Você estará lá, vai acompanhar a corrida em casa ou é fã da F-1? Então registre o momento e mande sua foto para a Folha. Para participar, basta publicar sua imagem no Instagram com a hashtag #folhadespaulo ou enviar pelo WhatsApp (11-994-901-649). Ao publicar a fotografia, não esqueça de informar seu nome. As melhores fotos serão publicadas no site da Folha e no perfil do jornal no Instagram. Participe!
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Tire fotos do GP Brasil de F-1 e mande para a FolhaDomingo (15) é dia de GP Brasil de Fórmula-1, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Você estará lá, vai acompanhar a corrida em casa ou é fã da F-1? Então registre o momento e mande sua foto para a Folha. Para participar, basta publicar sua imagem no Instagram com a hashtag #folhadespaulo ou enviar pelo WhatsApp (11-994-901-649). Ao publicar a fotografia, não esqueça de informar seu nome. As melhores fotos serão publicadas no site da Folha e no perfil do jornal no Instagram. Participe!
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Eleição para a Prefeitura de São Paulo vira disputa de famosos da TV
José Luiz Datena descobriu qual é a sensação de deixar de ser pedra para se tornar vidraça. Lançado pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PP, virou piada na internet e sofreu ataques dos possíveis adversários políticos. A entrada do âncora do "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes, no roteiro eleitoral causou alarde não só por sua projeção, mas pelo quadro que se formou. Assim como Datena, outros dois nomes da TV já anunciaram que pretendem tomar a cadeira do prefeito Fernando Haddad (PT). O deputado Celso Russomanno, que comanda quadros de defesa do consumidor na TV Record, deve ser candidato pelo PRB. E o empresário João Dória Jr., que tem programa de entrevistas e apresentou "O Aprendiz", tenta se viabilizar no PSDB. Os afeitos à política tradicional reagiram. "A história mostrou que inexperiência custa caro: Celso Pitta, Haddad e Dilma Rousseff...", disse o vereador Andrea Matarazzo, que também pretende ser o candidato do PSDB. A reação do PT foi em forma de piada. Assessores de Haddad disseram que ele estava esperando o "SBT liberar o Bozo" para a disputa. Russomanno, Datena e Dória receberam de maneira diferente os ataques. "Há muito alvoroço antes da hora. Não quero polêmica", disse Datena. Surpreso com a repercussão? "Mais assustei a concorrência do que fiquei assustado", disse. "Mas, usando um pensamento clássico, política é como nuvem, muda a toda hora. Não quero ser visto como mais um oportunista." Eleição BBB Dória diz que vai responder com "trabalho" e elenca seu time de apoio. Cita como colaboradores o economista Paulo Rabello de Castro e o presidente da fundação Albert Einstein, Cláudio Lotemberg, entre outros. Ele frequenta o gabinete do governador Geraldo Alckmin e oferece jantares para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas desconhece as bases da sigla. Sabe que precisa mudar isso. "Vou visitar todas as zonais do PSDB, fazer o caminho do diálogo." O PSDB deve decidir seu candidato em prévias. Matarazzo conhece a sigla, já foi ministro, secretário. Dória corre para tirar a diferença. Mais experiente que os outros pré-candidatos celebridades, Russomanno vê diferenças entre ele e os concorrentes. Trabalha há anos na TV, mas está há quase duas décadas na política. Em 2014, foi o deputado mais votado do país –o quinto mandato. Mais: "Meu programa é assistido por mulheres e senhores mais velhos. É muito diferente, por exemplo, do público do Datena. Quem forma opinião em casa? A mulher". Na última eleição municipal, em 2012, Russomanno liderou as pesquisas por semanas. Escorregou nos últimos dez dias. Desta vez, garante, não repetirá os mesmos erros.
poder
Eleição para a Prefeitura de São Paulo vira disputa de famosos da TVJosé Luiz Datena descobriu qual é a sensação de deixar de ser pedra para se tornar vidraça. Lançado pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PP, virou piada na internet e sofreu ataques dos possíveis adversários políticos. A entrada do âncora do "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes, no roteiro eleitoral causou alarde não só por sua projeção, mas pelo quadro que se formou. Assim como Datena, outros dois nomes da TV já anunciaram que pretendem tomar a cadeira do prefeito Fernando Haddad (PT). O deputado Celso Russomanno, que comanda quadros de defesa do consumidor na TV Record, deve ser candidato pelo PRB. E o empresário João Dória Jr., que tem programa de entrevistas e apresentou "O Aprendiz", tenta se viabilizar no PSDB. Os afeitos à política tradicional reagiram. "A história mostrou que inexperiência custa caro: Celso Pitta, Haddad e Dilma Rousseff...", disse o vereador Andrea Matarazzo, que também pretende ser o candidato do PSDB. A reação do PT foi em forma de piada. Assessores de Haddad disseram que ele estava esperando o "SBT liberar o Bozo" para a disputa. Russomanno, Datena e Dória receberam de maneira diferente os ataques. "Há muito alvoroço antes da hora. Não quero polêmica", disse Datena. Surpreso com a repercussão? "Mais assustei a concorrência do que fiquei assustado", disse. "Mas, usando um pensamento clássico, política é como nuvem, muda a toda hora. Não quero ser visto como mais um oportunista." Eleição BBB Dória diz que vai responder com "trabalho" e elenca seu time de apoio. Cita como colaboradores o economista Paulo Rabello de Castro e o presidente da fundação Albert Einstein, Cláudio Lotemberg, entre outros. Ele frequenta o gabinete do governador Geraldo Alckmin e oferece jantares para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas desconhece as bases da sigla. Sabe que precisa mudar isso. "Vou visitar todas as zonais do PSDB, fazer o caminho do diálogo." O PSDB deve decidir seu candidato em prévias. Matarazzo conhece a sigla, já foi ministro, secretário. Dória corre para tirar a diferença. Mais experiente que os outros pré-candidatos celebridades, Russomanno vê diferenças entre ele e os concorrentes. Trabalha há anos na TV, mas está há quase duas décadas na política. Em 2014, foi o deputado mais votado do país –o quinto mandato. Mais: "Meu programa é assistido por mulheres e senhores mais velhos. É muito diferente, por exemplo, do público do Datena. Quem forma opinião em casa? A mulher". Na última eleição municipal, em 2012, Russomanno liderou as pesquisas por semanas. Escorregou nos últimos dez dias. Desta vez, garante, não repetirá os mesmos erros.
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Leia poemas inéditos da escritora carioca Laura Erber
SOBRE O TEXTO Os poemas aqui reproduzidos estarão em antologia da autora a ser publicada pela editora Relicário em 2017. Pequena história da fotografia para Maria e Felix ei ei ei irmã veja estes lagos esta montanha parda nada é comparável a nada e tudo tem sua multidão de varejeiras só a mulher do mercador do rio não tem nada ela arrasta os pés ela arrasta os pés Só para ter a certeza de que nos entendemos. Vitor Nogueira alguma coisa mais verdadeira que a grama cresce não é grama um dia parecido talvez igual aos outros dias de um apicultor egípcio construindo a própria tumba enquanto cuidadoso amacia as folhas da hortelã uma estória em que o corpo perde o tato e os cavalos trocam de sela sozinhos alguma coisa abaixo da linha de decepção pedacinhos de ossos neve cobrindo vilarejos água correndo em direção aos manuscritos alguma coisa sem vocação de crescimento não é grama verdadeira nem sintética é outra a coisa o brilho a impossibilidade do canto andar sem sentir dor uma estória onde não há nem nunca houve perdão na chuva os versos que deixei cair na sua mão LAURA ERBER, 37, é escritora, artista visual e professora do departamento de teoria do teatro da Unirio. Escreveu "Bénédicte Vê o Mar" (Editora da Casa). DEBORAH PAIVA, 66, é artista plástica.
ilustrissima
Leia poemas inéditos da escritora carioca Laura ErberSOBRE O TEXTO Os poemas aqui reproduzidos estarão em antologia da autora a ser publicada pela editora Relicário em 2017. Pequena história da fotografia para Maria e Felix ei ei ei irmã veja estes lagos esta montanha parda nada é comparável a nada e tudo tem sua multidão de varejeiras só a mulher do mercador do rio não tem nada ela arrasta os pés ela arrasta os pés Só para ter a certeza de que nos entendemos. Vitor Nogueira alguma coisa mais verdadeira que a grama cresce não é grama um dia parecido talvez igual aos outros dias de um apicultor egípcio construindo a própria tumba enquanto cuidadoso amacia as folhas da hortelã uma estória em que o corpo perde o tato e os cavalos trocam de sela sozinhos alguma coisa abaixo da linha de decepção pedacinhos de ossos neve cobrindo vilarejos água correndo em direção aos manuscritos alguma coisa sem vocação de crescimento não é grama verdadeira nem sintética é outra a coisa o brilho a impossibilidade do canto andar sem sentir dor uma estória onde não há nem nunca houve perdão na chuva os versos que deixei cair na sua mão LAURA ERBER, 37, é escritora, artista visual e professora do departamento de teoria do teatro da Unirio. Escreveu "Bénédicte Vê o Mar" (Editora da Casa). DEBORAH PAIVA, 66, é artista plástica.
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Às margens do Billings, sítio tem ninhos de garças e sala de jogos
INGRID FAGUNDEZ REGIANE TEIXEIRA DE SÃO PAULO Na ilha do Bororé (que não é propriamente uma ilha), às margens da represa Billings, o sítio recebe grupos para visitar o ninhal de garças, onde os animais procriam. Para chegar é preciso pegar uma balsa em Parelheiros —o transporte é de graça— e encarar uma rua de terra. A experiência de caminhar na mata e ver os pássaros de perto faz o turista esquecer que ainda está em São Paulo. A visitação vai de outubro a março, quando os filhotes começam a ir embora. É preciso agendar antes e ainda não há valor estabelecido. O sítio também pode ser alugado para acampamentos e eventos, com capacidade para até 250 pessoas em barracas e diária de R$ 4.000. Tem duas piscinas com vista para um dos braços mais limpos da Billings, além de salão com churrasqueira, quadras, sala de jogos, auditório e plantação de orgânicos, paixão do proprietário Sérgio Milani. Ele deixou a avenida Angélica, em Higienópolis, para cuidar do sítio, propriedade da família, onde produz maracujá e banana orgânicos. A área de 150 mil m² foi se formando com a compra de terrenos vizinhos, à medida que os antigos moradores da região se mudaram. Eles queriam fugir da urbanização em Parelheiros e da poluição da represa. Até o final de 2015, deve inaugurar um passeio de um dia com trilhas ecológicas, uma volta de barco e refeições com alimentos da região. Tudo para grupos pequenos. R.São Genésio, 55, Vila Bororé, Península do Bororé, tel. (11) 99990-3161. sitiopaiquere.com.br
saopaulo
Às margens do Billings, sítio tem ninhos de garças e sala de jogosINGRID FAGUNDEZ REGIANE TEIXEIRA DE SÃO PAULO Na ilha do Bororé (que não é propriamente uma ilha), às margens da represa Billings, o sítio recebe grupos para visitar o ninhal de garças, onde os animais procriam. Para chegar é preciso pegar uma balsa em Parelheiros —o transporte é de graça— e encarar uma rua de terra. A experiência de caminhar na mata e ver os pássaros de perto faz o turista esquecer que ainda está em São Paulo. A visitação vai de outubro a março, quando os filhotes começam a ir embora. É preciso agendar antes e ainda não há valor estabelecido. O sítio também pode ser alugado para acampamentos e eventos, com capacidade para até 250 pessoas em barracas e diária de R$ 4.000. Tem duas piscinas com vista para um dos braços mais limpos da Billings, além de salão com churrasqueira, quadras, sala de jogos, auditório e plantação de orgânicos, paixão do proprietário Sérgio Milani. Ele deixou a avenida Angélica, em Higienópolis, para cuidar do sítio, propriedade da família, onde produz maracujá e banana orgânicos. A área de 150 mil m² foi se formando com a compra de terrenos vizinhos, à medida que os antigos moradores da região se mudaram. Eles queriam fugir da urbanização em Parelheiros e da poluição da represa. Até o final de 2015, deve inaugurar um passeio de um dia com trilhas ecológicas, uma volta de barco e refeições com alimentos da região. Tudo para grupos pequenos. R.São Genésio, 55, Vila Bororé, Península do Bororé, tel. (11) 99990-3161. sitiopaiquere.com.br
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Público não é gratuito
Mais uma vez, foi o Supremo Tribunal Federal a dar um passo refugado pelo Congresso. Na quarta-feira (26), 9 dos 10 ministros presentes ao pleno liberaram a cobrança de cursos de extensão por universidades públicas. O assunto havia sido objeto de proposta de emenda constitucional que terminou rejeitada —por falta de meros quatro votos para se alcançar o quórum necessário— na Câmara dos Deputados, pouco menos de um mês atrás. O tema chegou ao Supremo e ao Parlamento por suposto conflito entre a cobrança, corriqueira em boa parte das instituições federais e estaduais de ensino superior, e o artigo 206 da Constituição —este prevê a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população. Seria o caso de questionar se a formação superior deve ou não figurar no escopo da educação que todo brasileiro tem direito de receber sem pagar. Parece mais sensato limitar tal exigência ao ensino básico (fundamental e médio). O Supremo não avançou na matéria porque já firmara jurisprudência de que cursos de graduação, mestrado e doutorado estão cobertos pelo artigo 206. A desejável revisão das normas atuais, portanto, depende do Legislativo. A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça: todos pagamos por ela, como contribuintes. Apenas 35% dos jovens de 18 a 24 anos chegam ao nível superior, e muitos dos matriculados nas universidades públicas teriam meios para pagar mensalidades. A resultante do sistema atual é um caso óbvio de iniquidade: pobres recebem educação básica em escolas oficiais de má qualidade e conseguem poucas vagas nas universidades públicas; estas abrigam fatia desproporcional de alunos oriundos de colégios privados, que têm seu curso superior (e futuro acesso a melhores empregos) custeado por toda a sociedade. A exceção ora aberta para os cursos de extensão é limitada. As universidades estaduais paulistas, por exemplo, já têm mais de 30 mil pagantes matriculados nessa modalidade, mas a receita adicional assim auferida se conta em dezenas de milhões de reais por ano, contra orçamentos na casa dos bilhões. A exceção é igualmente tímida, porque seria mais justo derrubar de vez o tabu da gratuidade e passar a cobrar —só de quem possa pagar, claro esteja— também nos cursos de graduação e pós-graduação. [email protected]
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Público não é gratuitoMais uma vez, foi o Supremo Tribunal Federal a dar um passo refugado pelo Congresso. Na quarta-feira (26), 9 dos 10 ministros presentes ao pleno liberaram a cobrança de cursos de extensão por universidades públicas. O assunto havia sido objeto de proposta de emenda constitucional que terminou rejeitada —por falta de meros quatro votos para se alcançar o quórum necessário— na Câmara dos Deputados, pouco menos de um mês atrás. O tema chegou ao Supremo e ao Parlamento por suposto conflito entre a cobrança, corriqueira em boa parte das instituições federais e estaduais de ensino superior, e o artigo 206 da Constituição —este prevê a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Para o STF, cursos de extensão, como os de especialização e MBA, não se enquadram no conceito do ensino que o Estado está obrigado a prover, em condições de igualdade, para toda a população. Seria o caso de questionar se a formação superior deve ou não figurar no escopo da educação que todo brasileiro tem direito de receber sem pagar. Parece mais sensato limitar tal exigência ao ensino básico (fundamental e médio). O Supremo não avançou na matéria porque já firmara jurisprudência de que cursos de graduação, mestrado e doutorado estão cobertos pelo artigo 206. A desejável revisão das normas atuais, portanto, depende do Legislativo. A educação pública, é bom lembrar, não sai de graça: todos pagamos por ela, como contribuintes. Apenas 35% dos jovens de 18 a 24 anos chegam ao nível superior, e muitos dos matriculados nas universidades públicas teriam meios para pagar mensalidades. A resultante do sistema atual é um caso óbvio de iniquidade: pobres recebem educação básica em escolas oficiais de má qualidade e conseguem poucas vagas nas universidades públicas; estas abrigam fatia desproporcional de alunos oriundos de colégios privados, que têm seu curso superior (e futuro acesso a melhores empregos) custeado por toda a sociedade. A exceção ora aberta para os cursos de extensão é limitada. As universidades estaduais paulistas, por exemplo, já têm mais de 30 mil pagantes matriculados nessa modalidade, mas a receita adicional assim auferida se conta em dezenas de milhões de reais por ano, contra orçamentos na casa dos bilhões. A exceção é igualmente tímida, porque seria mais justo derrubar de vez o tabu da gratuidade e passar a cobrar —só de quem possa pagar, claro esteja— também nos cursos de graduação e pós-graduação. [email protected]
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Peruano Central é reeleito o melhor restaurante da América Latina; ranking tem dois novos brasileiros
DE SÃO PAULO O peruano Central, de Lima, foi eleito mais uma vez o melhor restaurante da América Latina. Na noite desta segunda-feira (26), na Cidade do México, a lista das 50 melhores casas desta região foi revelada—a premiação é um desdobramento do 50 Best, ranking com os 50 melhores do mundo. Cresceu o número de representantes brasileiros na lista, para nove. Em 2015, eram oito casas. Entraram para o ranking A Casa do Porco (a melhor entrada na lista, em 24o lugar) e o Tuju (em 45o). O paulistano Epice, que fechou as portas em janeiro, deixou a lista. O D.O.M. subiu uma posição (3o), o Maní se manteve (8o), Roberta Sudbrack caiu 11 posições (25o), Lasai caiu duas posições (18o), Olympe subiu seis colocações (17o), Mocotó subiu sete (28o) e Remanso do Bosque caiu seis (44o) Em uma nova categoria, de hospitalidade, o 50 Best coroou o mexicano Pujol. O prêmio de restaurante com potencial, "one to watch", foi para o mexicano Alcalde, em Guadalajara. O de melhor chef confeiteiro para Gustavo Sáez, do chileno 99 Restaurante. Em agosto, a organização anunciou o prêmio por "conjunto da obra", que leva em conta a contribuição do chef na gastronomia ao longo da carreira, ao francês Claude Troisgros, que comanda o carioca Olympe —integrante da lista dos 50 melhores restaurantes na 17a posição. Também foi entregue o prêmio à dinamarquesa Kamilla Seidler, do restaurante Gustu (atual 14o colocado), localizado em La Paz (Bolívia), eleita a melhor chef mulher da região. O mexicano Guillermo González Beristain foi a escolha dos chefs. A organização ressaltou que, nesta edição, o prêmio incluiu mais países (teve a entrada do paraguaio Tierra Colorada e do panamenho Maito) e a lista passou por auditoria da empresa Deloitte. Confira a lista completa: 1o Central, de Lima (Peru) 2o Maido, de Lima (Peru) 3o D.O.M., de São Paulo (Brasil) 4o Boragó, de Santiago (Chile) 5o Pujol, da Cidade do México (México) 6o Quintonil, da Cidade do México (México) 7o Astrid y Gastón, de Lima (Peru) 8o Maní, de São Paulo (Brasil) 9o Tegui, de Buenos Aires (Argentina) 10o Biko, da Cidade do México (México) 11o Sud 777, da Cidade do México (México) 12o La Mar, de Lima (Peru) 13o El Baqueano, de Buenos Aires (Argentina) 14o Gustu, de La Paz (Bolívia) 15o Amaranta, de Toluca (México) 16o Leo, de Bogotá (Colômbia) 17o Olympe, do Rio (Brasil) 18o Lasai, do Rio (Brasil) 19o Pangea, de Monterrey (México) 20o Ambrosía, de Santiago (Chile) 21o Don Julio, de Buenos Aires (Argentina) 22o 99, de Santiago (Chile) 23o Parador La Huella, de Jose Ignacio (Uruguai) 24o A Casa do Porco, de São Paulo (Brasil) 25o Roberta Sudbrack, do Rio (Brasil) 26o Aramburu, de Buenos Aires (Argentina) 27o Osso, de Lima (Peru) 28o Mocotó, de São Paulo (Brasil) 29o Criterión, de Bogotá (Colômbia) 30o Rafael, de Lima (Peru) 31o Elena, Buenos Aires, Argentina 32o Alto, de Caracas (Venezuela) 33o La Cabrera, de Buenos Aires (Argentina) 34o Fiesta, de Lima (Peru) 35o Chila, de Buenos Aires (Argentina) 36o Maito, da Cidade do Panamá (Panamá) 37o Nicos, da Cidade do México (México) 38o Malabar, de Lima (Peru) 39o Corazón de Tierra, Valle de Guadalupe (México) 40oHarry Sasson, de Bogotá (Colômbia) 41o Isolina, de Lima (Peru) 42o 1884, de Mendoza (Argentina) 43o Osaka, de Santiago (Chile) 44o Remanso do Bosque, de Belém do Pará (Brasil) 45o Tuju, de São Paulo (Brasil) 46o La Bourgogne, de Punta del Este (Uruguai) 47o Tierra Colorada, de Assunção (Paraguai) 48o Dulce Patria, da Cidade do México (México) 49o Andrés Carne de Res, de Chia (Colômbia) 50o Pura Tierra, de Buenos Aires (Argentina)
saopaulo
Peruano Central é reeleito o melhor restaurante da América Latina; ranking tem dois novos brasileirosDE SÃO PAULO O peruano Central, de Lima, foi eleito mais uma vez o melhor restaurante da América Latina. Na noite desta segunda-feira (26), na Cidade do México, a lista das 50 melhores casas desta região foi revelada—a premiação é um desdobramento do 50 Best, ranking com os 50 melhores do mundo. Cresceu o número de representantes brasileiros na lista, para nove. Em 2015, eram oito casas. Entraram para o ranking A Casa do Porco (a melhor entrada na lista, em 24o lugar) e o Tuju (em 45o). O paulistano Epice, que fechou as portas em janeiro, deixou a lista. O D.O.M. subiu uma posição (3o), o Maní se manteve (8o), Roberta Sudbrack caiu 11 posições (25o), Lasai caiu duas posições (18o), Olympe subiu seis colocações (17o), Mocotó subiu sete (28o) e Remanso do Bosque caiu seis (44o) Em uma nova categoria, de hospitalidade, o 50 Best coroou o mexicano Pujol. O prêmio de restaurante com potencial, "one to watch", foi para o mexicano Alcalde, em Guadalajara. O de melhor chef confeiteiro para Gustavo Sáez, do chileno 99 Restaurante. Em agosto, a organização anunciou o prêmio por "conjunto da obra", que leva em conta a contribuição do chef na gastronomia ao longo da carreira, ao francês Claude Troisgros, que comanda o carioca Olympe —integrante da lista dos 50 melhores restaurantes na 17a posição. Também foi entregue o prêmio à dinamarquesa Kamilla Seidler, do restaurante Gustu (atual 14o colocado), localizado em La Paz (Bolívia), eleita a melhor chef mulher da região. O mexicano Guillermo González Beristain foi a escolha dos chefs. A organização ressaltou que, nesta edição, o prêmio incluiu mais países (teve a entrada do paraguaio Tierra Colorada e do panamenho Maito) e a lista passou por auditoria da empresa Deloitte. Confira a lista completa: 1o Central, de Lima (Peru) 2o Maido, de Lima (Peru) 3o D.O.M., de São Paulo (Brasil) 4o Boragó, de Santiago (Chile) 5o Pujol, da Cidade do México (México) 6o Quintonil, da Cidade do México (México) 7o Astrid y Gastón, de Lima (Peru) 8o Maní, de São Paulo (Brasil) 9o Tegui, de Buenos Aires (Argentina) 10o Biko, da Cidade do México (México) 11o Sud 777, da Cidade do México (México) 12o La Mar, de Lima (Peru) 13o El Baqueano, de Buenos Aires (Argentina) 14o Gustu, de La Paz (Bolívia) 15o Amaranta, de Toluca (México) 16o Leo, de Bogotá (Colômbia) 17o Olympe, do Rio (Brasil) 18o Lasai, do Rio (Brasil) 19o Pangea, de Monterrey (México) 20o Ambrosía, de Santiago (Chile) 21o Don Julio, de Buenos Aires (Argentina) 22o 99, de Santiago (Chile) 23o Parador La Huella, de Jose Ignacio (Uruguai) 24o A Casa do Porco, de São Paulo (Brasil) 25o Roberta Sudbrack, do Rio (Brasil) 26o Aramburu, de Buenos Aires (Argentina) 27o Osso, de Lima (Peru) 28o Mocotó, de São Paulo (Brasil) 29o Criterión, de Bogotá (Colômbia) 30o Rafael, de Lima (Peru) 31o Elena, Buenos Aires, Argentina 32o Alto, de Caracas (Venezuela) 33o La Cabrera, de Buenos Aires (Argentina) 34o Fiesta, de Lima (Peru) 35o Chila, de Buenos Aires (Argentina) 36o Maito, da Cidade do Panamá (Panamá) 37o Nicos, da Cidade do México (México) 38o Malabar, de Lima (Peru) 39o Corazón de Tierra, Valle de Guadalupe (México) 40oHarry Sasson, de Bogotá (Colômbia) 41o Isolina, de Lima (Peru) 42o 1884, de Mendoza (Argentina) 43o Osaka, de Santiago (Chile) 44o Remanso do Bosque, de Belém do Pará (Brasil) 45o Tuju, de São Paulo (Brasil) 46o La Bourgogne, de Punta del Este (Uruguai) 47o Tierra Colorada, de Assunção (Paraguai) 48o Dulce Patria, da Cidade do México (México) 49o Andrés Carne de Res, de Chia (Colômbia) 50o Pura Tierra, de Buenos Aires (Argentina)
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Museu do Louvre, em Paris, permanece o preferido no mundo
O museu parisiense do Louvre recebeu 9,3 milhões de visitantes em 2014, uma cifra estável com relação a 2013, mas que permitiu que se mantivesse como o primeiro do mundo em termos de frequência, informou a instituição em um comunicado. O público estrangeiro representou aproximadamente 70% dos visitantes e as nacionalidades mais representativas foram a americana, a chinesa a italiana, a inglesa e a brasileira, acrescentou o Louvre, destacando que suas coleções permanentes receberam, no ano passado, 100 mil visitantes a mais do que em 2013. A reabertura ao público das salas dedicadas a objetos de arte do século XVIII e a nova apresentação da Vitória de Samotrácia, que foi restaurada, foram os dois pontos altos do ano. "Mais de 50% dos visitantes têm menos de 30 anos, dos quais uma grande proporção é de jovens de 18 a 25 anos, ou seja, 1,9 milhão" de pessoas, acrescentou o Louvre.
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Museu do Louvre, em Paris, permanece o preferido no mundoO museu parisiense do Louvre recebeu 9,3 milhões de visitantes em 2014, uma cifra estável com relação a 2013, mas que permitiu que se mantivesse como o primeiro do mundo em termos de frequência, informou a instituição em um comunicado. O público estrangeiro representou aproximadamente 70% dos visitantes e as nacionalidades mais representativas foram a americana, a chinesa a italiana, a inglesa e a brasileira, acrescentou o Louvre, destacando que suas coleções permanentes receberam, no ano passado, 100 mil visitantes a mais do que em 2013. A reabertura ao público das salas dedicadas a objetos de arte do século XVIII e a nova apresentação da Vitória de Samotrácia, que foi restaurada, foram os dois pontos altos do ano. "Mais de 50% dos visitantes têm menos de 30 anos, dos quais uma grande proporção é de jovens de 18 a 25 anos, ou seja, 1,9 milhão" de pessoas, acrescentou o Louvre.
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Temer quer dar autonomia a sócios da BR Distribuidora
A Petrobras vai adotar o modelo de gestão compartilhada na venda de parte da BR Distribuidora. A ideia é manter o controle da empresa, mas atrair sócios que possam ter autonomia na gestão de áreas da subsidiária da estatal. Segundo a Folha apurou, a operação será semelhante à modelagem adotada pelo governo na venda de ações do BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil. A venda da BR Distribuidora, já aprovada pelo conselho de administração da Petrobras, faz parte da política de desinvestimento da estatal para reduzir seu pesado endividamento no mercado. A estatal tem uma dívida de R$ 450 bilhões. A empresa vem registrando seguidos prejuízos, depois de obter lucro de R$ 23,57 bilhões em 2013. Nos dois últimos anos, o prejuízo foi de R$ 21,7 bilhões em 2014 e de R$ 34,8 bilhões no ano passado. De acordo com o modelo que está sendo desenhado, uma holding pode ser criada, o que manteria o controle acionário da BR Distribuidora nas mãos da Petrobras. Os novos sócios do negócio deteriam uma parcela minoritária do capital dessa holding. Seriam criadas então unidades de negócio para gerir as áreas da distribuidora. Por exemplo, uma unidade de venda de combustíveis e outra de administração das lojas de conveniência. Nessas empresas, subordinadas à holding, os novos sócios poderiam ser majoritários, tendo liberdade para administrar os negócios em cada uma das áreas de atuação. O novo modelo deve ter de passar por nova aprovação do conselho da Petrobras. VALOR Esse modelo de gestão compartilhada, na avaliação de assessores do presidente interino, Michel Temer, eleva o valor de venda da BR, da mesma forma como aconteceu na operação da BB Seguridade, que foi dividida em várias unidades de venda de seguros. Ou seja, o objetivo do novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, é modelar a venda da BR de forma a trazer mais recursos para o caixa da estatal e, também, para melhorar a administração da sua subsidiária. Recentemente, Pedro Parente revelou que a empresa já recebeu três ofertas de compra de participação da BR Distribuidora, que está no programa de venda de ativos da estatal. Segundo a Folha apurou, o presidente da estatal não é a favor da perda do controle acionário da BR Distribuidora. Em sua avaliação, a BR faz parte do processo de manter a Petrobras como um braço integrado do setor de petróleo: uma empresa estratégica de exploração e produção de petróleo, refino e venda de combustíveis, o que agrega mais valor à companhia e permite melhorar seu faturamento, evitando estar exposta apenas em uma área. Além do elevado endividamento e da crise provocada pela Operação Lava Jato, a Petrobras enfrenta um período de queda no valor do barril do petróleo, o que tem dificultado ainda mais a geração de caixa da empresa. - RAIO-X BR DISTRIBUIDORA Criação 1971 Número de postos 7.500 Receita bruta (2015) R$ 118,7 bilhões Prejuízo líquido (2015) R$ 1,16 bilhão Ebitda (2015) R$ 1,18 bilhão
mercado
Temer quer dar autonomia a sócios da BR DistribuidoraA Petrobras vai adotar o modelo de gestão compartilhada na venda de parte da BR Distribuidora. A ideia é manter o controle da empresa, mas atrair sócios que possam ter autonomia na gestão de áreas da subsidiária da estatal. Segundo a Folha apurou, a operação será semelhante à modelagem adotada pelo governo na venda de ações do BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil. A venda da BR Distribuidora, já aprovada pelo conselho de administração da Petrobras, faz parte da política de desinvestimento da estatal para reduzir seu pesado endividamento no mercado. A estatal tem uma dívida de R$ 450 bilhões. A empresa vem registrando seguidos prejuízos, depois de obter lucro de R$ 23,57 bilhões em 2013. Nos dois últimos anos, o prejuízo foi de R$ 21,7 bilhões em 2014 e de R$ 34,8 bilhões no ano passado. De acordo com o modelo que está sendo desenhado, uma holding pode ser criada, o que manteria o controle acionário da BR Distribuidora nas mãos da Petrobras. Os novos sócios do negócio deteriam uma parcela minoritária do capital dessa holding. Seriam criadas então unidades de negócio para gerir as áreas da distribuidora. Por exemplo, uma unidade de venda de combustíveis e outra de administração das lojas de conveniência. Nessas empresas, subordinadas à holding, os novos sócios poderiam ser majoritários, tendo liberdade para administrar os negócios em cada uma das áreas de atuação. O novo modelo deve ter de passar por nova aprovação do conselho da Petrobras. VALOR Esse modelo de gestão compartilhada, na avaliação de assessores do presidente interino, Michel Temer, eleva o valor de venda da BR, da mesma forma como aconteceu na operação da BB Seguridade, que foi dividida em várias unidades de venda de seguros. Ou seja, o objetivo do novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, é modelar a venda da BR de forma a trazer mais recursos para o caixa da estatal e, também, para melhorar a administração da sua subsidiária. Recentemente, Pedro Parente revelou que a empresa já recebeu três ofertas de compra de participação da BR Distribuidora, que está no programa de venda de ativos da estatal. Segundo a Folha apurou, o presidente da estatal não é a favor da perda do controle acionário da BR Distribuidora. Em sua avaliação, a BR faz parte do processo de manter a Petrobras como um braço integrado do setor de petróleo: uma empresa estratégica de exploração e produção de petróleo, refino e venda de combustíveis, o que agrega mais valor à companhia e permite melhorar seu faturamento, evitando estar exposta apenas em uma área. Além do elevado endividamento e da crise provocada pela Operação Lava Jato, a Petrobras enfrenta um período de queda no valor do barril do petróleo, o que tem dificultado ainda mais a geração de caixa da empresa. - RAIO-X BR DISTRIBUIDORA Criação 1971 Número de postos 7.500 Receita bruta (2015) R$ 118,7 bilhões Prejuízo líquido (2015) R$ 1,16 bilhão Ebitda (2015) R$ 1,18 bilhão
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Rica em detalhes, 'Ligações Perigosas' é luxo só
A Globo vem ressuscitando o horário mais tardio de sua dramaturgia com tramas que abordam, de maneira explícita, assuntos que ainda são tabu em outras faixas: sexo, drogas, violência. Por isso, não é de se admirar que a emissora tenha escolhido recontar o clássico "Ligações Perigosas". O romance epistolar de Choderlos de Laclos (1741-1803) combina sedução, vingança, intriga e perdição e já ganhou inúmeras versões para o teatro e o cinema. O candidato ideal para uma adaptação suntuosa. De fato, o primeiro capítulo da série, exibido na segunda (4), foi luxo só. Com cenários e figurinos que remetem aos anos 1920, realçados por uma fotografia surpreendente. Várias tomadas tinham algo raro na TV: profundidade. As perspectivas eram tão ricas em detalhes que, em certos momentos, as imagens pareciam ter sido gravadas em 3D. Não foi a única surpresa. Quem estava esperando por cenas escandalosas pode ter se frustrado. O beijo lésbico entre duas prostitutas, numa das primeiras sequências, aconteceu longe da câmera. Mas não houve pudor. Pouco depois, veio um momento realmente chocante: num flashback, a jovem Isabel d'Ávila de Alencar (feita nesta fase por Isabella Santoni) surge praticamente se masturbando no confessionário, para desespero e delícia do padre. Isabel é o nome que a marquesa de Merteuil recebeu no texto assinado por Manuela Dias. Vivida quando madura por Patrícia Pillar, uma atriz mais interessante a cada ano, ela é o motor do enredo intrincado, que teve seus principais personagens apresentados com eficiência e parcimônia. Pena que a estreia tenha acabado abruptamente, sem um grande gancho. Mas, pelo pouco que mostrou, dá para perceber que "Ligações Perigosas" será, se não um marco da nossa TV, pelo menos um entretenimento de alto nível, muitíssimo bem acabado. LIGAÇÕES PERIGOSAS QUANDO: seg. a sex., às 23h, na Globo
ilustrada
Rica em detalhes, 'Ligações Perigosas' é luxo sóA Globo vem ressuscitando o horário mais tardio de sua dramaturgia com tramas que abordam, de maneira explícita, assuntos que ainda são tabu em outras faixas: sexo, drogas, violência. Por isso, não é de se admirar que a emissora tenha escolhido recontar o clássico "Ligações Perigosas". O romance epistolar de Choderlos de Laclos (1741-1803) combina sedução, vingança, intriga e perdição e já ganhou inúmeras versões para o teatro e o cinema. O candidato ideal para uma adaptação suntuosa. De fato, o primeiro capítulo da série, exibido na segunda (4), foi luxo só. Com cenários e figurinos que remetem aos anos 1920, realçados por uma fotografia surpreendente. Várias tomadas tinham algo raro na TV: profundidade. As perspectivas eram tão ricas em detalhes que, em certos momentos, as imagens pareciam ter sido gravadas em 3D. Não foi a única surpresa. Quem estava esperando por cenas escandalosas pode ter se frustrado. O beijo lésbico entre duas prostitutas, numa das primeiras sequências, aconteceu longe da câmera. Mas não houve pudor. Pouco depois, veio um momento realmente chocante: num flashback, a jovem Isabel d'Ávila de Alencar (feita nesta fase por Isabella Santoni) surge praticamente se masturbando no confessionário, para desespero e delícia do padre. Isabel é o nome que a marquesa de Merteuil recebeu no texto assinado por Manuela Dias. Vivida quando madura por Patrícia Pillar, uma atriz mais interessante a cada ano, ela é o motor do enredo intrincado, que teve seus principais personagens apresentados com eficiência e parcimônia. Pena que a estreia tenha acabado abruptamente, sem um grande gancho. Mas, pelo pouco que mostrou, dá para perceber que "Ligações Perigosas" será, se não um marco da nossa TV, pelo menos um entretenimento de alto nível, muitíssimo bem acabado. LIGAÇÕES PERIGOSAS QUANDO: seg. a sex., às 23h, na Globo
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Uber das igrejas
SÃO PAULO - O fenômeno uber chegou também às igrejas. Pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostrou que em apenas seis anos mais do que dobrou a fatia dos brasileiros que afirmam não ter uma religião. Eles passaram de 6% em 2010 para 14% na sondagem deste ano. "Sem religião" é uma categoria capciosa. Ela abarca, além dos óbvios ateus e agnósticos, pessoas que, por diversas razões, não se sentem mais ligadas a nenhuma denominação religiosa, mas não perderam sua fé num Deus pessoal ou mesmo numa "força maior". Gente que está trocando de igreja também costuma declarar-se sem religião numa fase imediatamente anterior àquela em que abraça o novo credo. A categoria inclui ainda fieis compulsivos, que frequentam tantas igrejas que já nem sabem dizer a qual pertencem. Eu vejo esse uber eclesial com certa simpatia. Em primeiro lugar, ele indica que há forte liberdade religiosa no país, não apenas no plano jurídico-institucional mas também no das pressões sociais, que são muitas vezes mais severas que as leis. Hoje, já não há estigma importante associado àqueles que mudam de religião ou a abandonam por completo. Esse troca-troca pode ser um indicativo de que pelo menos parte dos brasileiros está vivendo o seu "believing without belonging" (crer sem pertencer), expressão cunhada pela socióloga Grace Davie para referir-se ao fenômeno que, na Europa Ocidental, acabou resultando no esvaziamento das igrejas com manutenção de algumas das crenças religiosas. Não é que eu considere o esvaziamento das igrejas um fim em si mesmo. Mas, se ele surge como consequência de um ambiente no qual as pessoas têm mais liberdade para decidir de forma autônoma como viverão suas vidas, não vejo como não aplaudi-lo. A religião é como a poesia, o sexo ou o rock. Pode ser uma fonte perfeitamente legítima de prazer para os apreciadores, mas não deve ser imposta a ninguém.
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Uber das igrejasSÃO PAULO - O fenômeno uber chegou também às igrejas. Pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostrou que em apenas seis anos mais do que dobrou a fatia dos brasileiros que afirmam não ter uma religião. Eles passaram de 6% em 2010 para 14% na sondagem deste ano. "Sem religião" é uma categoria capciosa. Ela abarca, além dos óbvios ateus e agnósticos, pessoas que, por diversas razões, não se sentem mais ligadas a nenhuma denominação religiosa, mas não perderam sua fé num Deus pessoal ou mesmo numa "força maior". Gente que está trocando de igreja também costuma declarar-se sem religião numa fase imediatamente anterior àquela em que abraça o novo credo. A categoria inclui ainda fieis compulsivos, que frequentam tantas igrejas que já nem sabem dizer a qual pertencem. Eu vejo esse uber eclesial com certa simpatia. Em primeiro lugar, ele indica que há forte liberdade religiosa no país, não apenas no plano jurídico-institucional mas também no das pressões sociais, que são muitas vezes mais severas que as leis. Hoje, já não há estigma importante associado àqueles que mudam de religião ou a abandonam por completo. Esse troca-troca pode ser um indicativo de que pelo menos parte dos brasileiros está vivendo o seu "believing without belonging" (crer sem pertencer), expressão cunhada pela socióloga Grace Davie para referir-se ao fenômeno que, na Europa Ocidental, acabou resultando no esvaziamento das igrejas com manutenção de algumas das crenças religiosas. Não é que eu considere o esvaziamento das igrejas um fim em si mesmo. Mas, se ele surge como consequência de um ambiente no qual as pessoas têm mais liberdade para decidir de forma autônoma como viverão suas vidas, não vejo como não aplaudi-lo. A religião é como a poesia, o sexo ou o rock. Pode ser uma fonte perfeitamente legítima de prazer para os apreciadores, mas não deve ser imposta a ninguém.
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Policiais fingem ser fiscais e prendem 11 suspeitos de fraudar vestibular
Onze pessoas foram presas neste domingo (18) sob suspeita de tentarem fraudar o vestibular de medicina de uma universidade de São João da Boa Vista (a 218 km de São Paulo). Segundo a polícia, os agentes que participaram da ação se disfarçaram de fiscais para identificar os candidatos envolvidos no esquema. A operação foi organizada por uma equipe da CPJ (Central de Polícia Judiciária) após identificar a suposta fraude na prova da Unifae (Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino). Pelas informações, um membro da quadrilha resolveria a parte objetiva da prova e sairia do prédio por volta das 17h30, quando passaria as respostas aos envolvidos por mensagens de celular. Segundo a polícia, 11 candidatos começaram a agir de forma suspeita após o horário marcado. Alguns pediram para ir ao banheiro, onde foram abordados. Os outros foram revistados apenas ao final da prova. Com eles, a polícia encontrou celulares, canetas, papéis com transcrição das mensagens de SMS e folhas de respostas da prova. Um dos celulares utilizados na fraude foi encontrado dentro de um preservativo. Foram presos oito estudantes com idades entre 18 e 24 anos e três enfermeiras com idades entre 28 e 32 anos. Segundo a polícia, todos admitiram envolvimento na fraude no momento da abordagem, mas não disseram nada sobre o crime na presença de seus advogados. Segundo a investigação, os candidatos pagariam, inicialmente, cerca de R$ 7.000 à quadrilha, e mais R$ 35 mil caso fossem aprovados no processo seletivo. A polícia informou que foi arbitrada fiança de R$ 42 mil a cada um dos suspeitos, mas nenhum deles havia pagado a quantia até a noite desta segunda. A polícia não informou o nome dos suspeitos ou de seus advogados. O reitor da Unifae, Francisco Arten, afirmou nesta segunda que não há motivos para anulação do processo seletivo, que foi organizado e realizado pela Vunesp. Os candidatos aprovados para as 60 vagas oferecidas serão conhecidos na tarde do próximo dia 5 no site da Vunesp.
cotidiano
Policiais fingem ser fiscais e prendem 11 suspeitos de fraudar vestibularOnze pessoas foram presas neste domingo (18) sob suspeita de tentarem fraudar o vestibular de medicina de uma universidade de São João da Boa Vista (a 218 km de São Paulo). Segundo a polícia, os agentes que participaram da ação se disfarçaram de fiscais para identificar os candidatos envolvidos no esquema. A operação foi organizada por uma equipe da CPJ (Central de Polícia Judiciária) após identificar a suposta fraude na prova da Unifae (Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino). Pelas informações, um membro da quadrilha resolveria a parte objetiva da prova e sairia do prédio por volta das 17h30, quando passaria as respostas aos envolvidos por mensagens de celular. Segundo a polícia, 11 candidatos começaram a agir de forma suspeita após o horário marcado. Alguns pediram para ir ao banheiro, onde foram abordados. Os outros foram revistados apenas ao final da prova. Com eles, a polícia encontrou celulares, canetas, papéis com transcrição das mensagens de SMS e folhas de respostas da prova. Um dos celulares utilizados na fraude foi encontrado dentro de um preservativo. Foram presos oito estudantes com idades entre 18 e 24 anos e três enfermeiras com idades entre 28 e 32 anos. Segundo a polícia, todos admitiram envolvimento na fraude no momento da abordagem, mas não disseram nada sobre o crime na presença de seus advogados. Segundo a investigação, os candidatos pagariam, inicialmente, cerca de R$ 7.000 à quadrilha, e mais R$ 35 mil caso fossem aprovados no processo seletivo. A polícia informou que foi arbitrada fiança de R$ 42 mil a cada um dos suspeitos, mas nenhum deles havia pagado a quantia até a noite desta segunda. A polícia não informou o nome dos suspeitos ou de seus advogados. O reitor da Unifae, Francisco Arten, afirmou nesta segunda que não há motivos para anulação do processo seletivo, que foi organizado e realizado pela Vunesp. Os candidatos aprovados para as 60 vagas oferecidas serão conhecidos na tarde do próximo dia 5 no site da Vunesp.
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Bolsa cai mais de 2% e dólar sobe para R$ 3,40, ainda em reação ao 'Brexit'
Os mercados globais iniciaram a semana de mau humor, ainda em reação à inesperada saída do Reino Unido da União Europeia, chamada de "Brexit". As Bolsas e o petróleo caem, enquanto o dólar se valoriza nesta segunda-feira (27). A Bolsa brasileira segue o mesmo caminho e recua mais de 2%. A moeda americana à vista opera com volatilidade ante o real, chegando a cair em alguns momentos. Há pouco, avançava para a casa dos R$ 3,40. Segundo analistas, o mercado acionário é o que sente o maior impacto do "Brexit", e as perspectivas positivas para a economia domésticas impedem uma alta mais forte do dólar. O Ibovespa perdia há pouco 2,11%, aos 49.047,67 pontos. As ações da Petrobras caíam 4,21%, a R$ 8,86 (PN), e 6,12%, a R$ 10,73 (ON), pressionadas pelo recuo do petróleo no mercado internacional. Os papéis PNA da Vale caíam 1,55%, a R$ 12,01, e os ON tinham queda de 3,02%, a R$ 14,75, apesar da alta do minério de ferro na China nesta segunda-feira. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN recuava 2,62%; Bradesco PN, -3,01%; Banco do Brasil ON, -2,39%; Santander unit, -3,06%; e BM&FBovespa ON, -2,30%. CÃMBIO E JUROS A moeda americana à vista subia há pouco 0,42%, a R$ 3,4031; o dólar comercial ganhava 0,76%, a R$ 3,4060. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caía de 13,690% para 13,650%; o contrato de DI para janeiro de 2021 baixava de 12,440% para 12,280%. Para a equipe de análise da Lerosa Investimentos, para fazer frente a uma possível desaceleração global como consequência do 'Brexit', os bancos centrais deverão aumentar os estímulos monetários, e os juros americanos não deverão subir no curto prazo. "Este cenário, do ponto de vista monetário, possivelmente beneficiaria o fluxo de capitais para o Brasil, propiciando a redução de juros", escreve a Lerosa. Entretanto, as projeções de economistas para a taxa básica de juros subiu de 13% para 13,25% neste ano, conforme o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta manhã. As previsões de inflação para 2016 também subiram. O CDS brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,85%, aos 344,640 pontos. EXTERIOR Os investidores do mundo todo seguem reagindo negativamente e avaliando as consequências do 'Brexit'. Na Europa, a Bolsa de Londres caía 2,36%; Paris, -3,07%; Frankfurt, -2,55%; Madri, -1,76%; e Milão, -3,57%. Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 recuava 1,70%; o Dow Jones, -1,51%; e o Nasdaq, -2,10%. Na Ásia, porém, a maior parte das Bolsas subiu, impulsionada por expectativas de novos estímulos dos BCs locais. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, ganhou 1,41%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,44%. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 2,39%. No mercado de câmbio, a libra liderava as maiores desvalorizações ante o dólar pela segunda sessão consecutiva, com -3,90%; o euro recuava 1,42%. Os bônus de dez anos do Reino Unido perdiam 13,28%, após tombarem 20,94% na sexta-feira (24).
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Bolsa cai mais de 2% e dólar sobe para R$ 3,40, ainda em reação ao 'Brexit'Os mercados globais iniciaram a semana de mau humor, ainda em reação à inesperada saída do Reino Unido da União Europeia, chamada de "Brexit". As Bolsas e o petróleo caem, enquanto o dólar se valoriza nesta segunda-feira (27). A Bolsa brasileira segue o mesmo caminho e recua mais de 2%. A moeda americana à vista opera com volatilidade ante o real, chegando a cair em alguns momentos. Há pouco, avançava para a casa dos R$ 3,40. Segundo analistas, o mercado acionário é o que sente o maior impacto do "Brexit", e as perspectivas positivas para a economia domésticas impedem uma alta mais forte do dólar. O Ibovespa perdia há pouco 2,11%, aos 49.047,67 pontos. As ações da Petrobras caíam 4,21%, a R$ 8,86 (PN), e 6,12%, a R$ 10,73 (ON), pressionadas pelo recuo do petróleo no mercado internacional. Os papéis PNA da Vale caíam 1,55%, a R$ 12,01, e os ON tinham queda de 3,02%, a R$ 14,75, apesar da alta do minério de ferro na China nesta segunda-feira. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN recuava 2,62%; Bradesco PN, -3,01%; Banco do Brasil ON, -2,39%; Santander unit, -3,06%; e BM&FBovespa ON, -2,30%. CÃMBIO E JUROS A moeda americana à vista subia há pouco 0,42%, a R$ 3,4031; o dólar comercial ganhava 0,76%, a R$ 3,4060. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caía de 13,690% para 13,650%; o contrato de DI para janeiro de 2021 baixava de 12,440% para 12,280%. Para a equipe de análise da Lerosa Investimentos, para fazer frente a uma possível desaceleração global como consequência do 'Brexit', os bancos centrais deverão aumentar os estímulos monetários, e os juros americanos não deverão subir no curto prazo. "Este cenário, do ponto de vista monetário, possivelmente beneficiaria o fluxo de capitais para o Brasil, propiciando a redução de juros", escreve a Lerosa. Entretanto, as projeções de economistas para a taxa básica de juros subiu de 13% para 13,25% neste ano, conforme o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta manhã. As previsões de inflação para 2016 também subiram. O CDS brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,85%, aos 344,640 pontos. EXTERIOR Os investidores do mundo todo seguem reagindo negativamente e avaliando as consequências do 'Brexit'. Na Europa, a Bolsa de Londres caía 2,36%; Paris, -3,07%; Frankfurt, -2,55%; Madri, -1,76%; e Milão, -3,57%. Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 recuava 1,70%; o Dow Jones, -1,51%; e o Nasdaq, -2,10%. Na Ásia, porém, a maior parte das Bolsas subiu, impulsionada por expectativas de novos estímulos dos BCs locais. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, ganhou 1,41%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,44%. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 2,39%. No mercado de câmbio, a libra liderava as maiores desvalorizações ante o dólar pela segunda sessão consecutiva, com -3,90%; o euro recuava 1,42%. Os bônus de dez anos do Reino Unido perdiam 13,28%, após tombarem 20,94% na sexta-feira (24).
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Médicos Sem Fronteiras anunciam programa de resgate no Mediterrâneo
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou que fará, entre maio e outubro deste ano, um programa de resgate e ajuda médica a refugiados que estejam realizando ilegalmente a travessia entre a África e a Europa pelo Mediterrâneo. Apenas nos três primeiros meses deste ano, ao menos 480 pessoas morreram tentando fazer essa viagem, segundo a Organização Internacional de Migração. Somente desde a última sexta-feira (10), autoridades europeias resgataram mais de 7.000 pessoas no Mediterrâneo. Dois médicos e um enfermeiro da MSF ficarão a postos em um navio pertencente a Migrant Offshore Aid Station (Moas), fundação com a qual foi feita a parceria. A embarcação irá patrulhar a região do Mediterrâneo entre as costas da Líbia e da Tunísia e a ilha de Malta. O governo da Itália também estará envolvido. A presença e a localização de embarcações à deriva poderão ser informadas pelas autoridades italianas. Após o resgate e os primeiros socorros aos refugiados pela MSF, eles serão postos sob a guarda da Itália. A MSF espera que os imigrantes sejam levados à costa italiana. A ONG enfatizou que não fará o transporte deles de volta para a costa da Líbia, principal ponto de partida das viagens. No entanto, a MSF não tem o poder de controlar os resultados dos pedidos de asilo dos imigrantes na Europa. RISCOS Além do risco de naufrágio, os imigrantes geralmente sofrem desidratação, hipotermia e queimaduras pelo sol durante a travessia, feita por botes. No mínimo, o percurso dura 20 horas. Porém, é comum que as embarcações fiquem à deriva por dias antes de chegar ao seu destino. No último ano, mais de 3.400 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo para a Europa, segundo a MSF. Outras 163 mil pessoas foram resgatadas a caminho da Itália pelo mar até o fim de novembro, mais que em 2013 (42.925) e qualquer período anterior. Em novembro de 2014, a Itália suspendeu por razões financeiras a operação Mare Nostrum, que resgatava imigrantes nas águas internacionais do Mediterrâneo. A operação foi iniciada após a morte de 360 pessoas em um naufrágio em outubro de 2013. Em seu lugar, ficou apenas a missão Triton, da União Europeia, que opera a poucas milhas náuticas da Itália.
mundo
Médicos Sem Fronteiras anunciam programa de resgate no MediterrâneoA organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou que fará, entre maio e outubro deste ano, um programa de resgate e ajuda médica a refugiados que estejam realizando ilegalmente a travessia entre a África e a Europa pelo Mediterrâneo. Apenas nos três primeiros meses deste ano, ao menos 480 pessoas morreram tentando fazer essa viagem, segundo a Organização Internacional de Migração. Somente desde a última sexta-feira (10), autoridades europeias resgataram mais de 7.000 pessoas no Mediterrâneo. Dois médicos e um enfermeiro da MSF ficarão a postos em um navio pertencente a Migrant Offshore Aid Station (Moas), fundação com a qual foi feita a parceria. A embarcação irá patrulhar a região do Mediterrâneo entre as costas da Líbia e da Tunísia e a ilha de Malta. O governo da Itália também estará envolvido. A presença e a localização de embarcações à deriva poderão ser informadas pelas autoridades italianas. Após o resgate e os primeiros socorros aos refugiados pela MSF, eles serão postos sob a guarda da Itália. A MSF espera que os imigrantes sejam levados à costa italiana. A ONG enfatizou que não fará o transporte deles de volta para a costa da Líbia, principal ponto de partida das viagens. No entanto, a MSF não tem o poder de controlar os resultados dos pedidos de asilo dos imigrantes na Europa. RISCOS Além do risco de naufrágio, os imigrantes geralmente sofrem desidratação, hipotermia e queimaduras pelo sol durante a travessia, feita por botes. No mínimo, o percurso dura 20 horas. Porém, é comum que as embarcações fiquem à deriva por dias antes de chegar ao seu destino. No último ano, mais de 3.400 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo para a Europa, segundo a MSF. Outras 163 mil pessoas foram resgatadas a caminho da Itália pelo mar até o fim de novembro, mais que em 2013 (42.925) e qualquer período anterior. Em novembro de 2014, a Itália suspendeu por razões financeiras a operação Mare Nostrum, que resgatava imigrantes nas águas internacionais do Mediterrâneo. A operação foi iniciada após a morte de 360 pessoas em um naufrágio em outubro de 2013. Em seu lugar, ficou apenas a missão Triton, da União Europeia, que opera a poucas milhas náuticas da Itália.
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Juiz mexicano manobra para impedir que menina estuprada faça aborto
A manobra legal de um juiz do estado mexicano de Sonora impediu que uma menina de 14 anos, grávida depois de ter sido estuprada, fizesse um aborto. A lei mexicana permitiria o aborto neste caso, denunciou nesta segunda-feira a organização civil GIRE. A garota é de uma família indígena e foi estuprada em maio passado por um homem próximo a sua família. Embora tenha denunciado a agressão, as autoridades de saúde não forneceram as medidas de anticoncepção de emergência, e após a confirmação da gravidez agora negam a ela o direito de abortar, disse Alex Alí Méndez, advogado do Grupo de Informação em Reprodução Escolhida (GIRE). "O Ministério Público estabeleceu o caso como estupro, mas o juiz, em uma manobra legal, o mudou por abuso sexual, que é um crime menor. E assim nega a esta menina o direito ao aborto, que está permitido no código penal de Sonora em caso de estupro", detalhou Méndez. Sobre este caso, Gilberto Ungson, secretário de Saúde de Sonora, disse que a classificação do crime foi responsabilidade do juiz e por isso a dependência está impossibilitada legalmente de cumprir com a solicitação de realizar um aborto por parte do pai da menor. De qualquer forma, explicou que várias instituições governamentais dão prosseguimento e a atendem com "ajuda psicológica, legal e de proteção aos seus direitos".
mundo
Juiz mexicano manobra para impedir que menina estuprada faça abortoA manobra legal de um juiz do estado mexicano de Sonora impediu que uma menina de 14 anos, grávida depois de ter sido estuprada, fizesse um aborto. A lei mexicana permitiria o aborto neste caso, denunciou nesta segunda-feira a organização civil GIRE. A garota é de uma família indígena e foi estuprada em maio passado por um homem próximo a sua família. Embora tenha denunciado a agressão, as autoridades de saúde não forneceram as medidas de anticoncepção de emergência, e após a confirmação da gravidez agora negam a ela o direito de abortar, disse Alex Alí Méndez, advogado do Grupo de Informação em Reprodução Escolhida (GIRE). "O Ministério Público estabeleceu o caso como estupro, mas o juiz, em uma manobra legal, o mudou por abuso sexual, que é um crime menor. E assim nega a esta menina o direito ao aborto, que está permitido no código penal de Sonora em caso de estupro", detalhou Méndez. Sobre este caso, Gilberto Ungson, secretário de Saúde de Sonora, disse que a classificação do crime foi responsabilidade do juiz e por isso a dependência está impossibilitada legalmente de cumprir com a solicitação de realizar um aborto por parte do pai da menor. De qualquer forma, explicou que várias instituições governamentais dão prosseguimento e a atendem com "ajuda psicológica, legal e de proteção aos seus direitos".
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Público tem celulares furtados antes do show de Alicia Keys
Cerca de 30 pessoas foram vítimas de uma onda de furto de celulares na noite deste domingo (17) no Rock in Rio. Por volta das 22h30, no intervalo para o show da Alicia Keys no Palco Mundo, um grupo de homens fazia uma espécie de empurra-empurra proposital. No meio do tumulto, esvaziavam bolsos e bolsas. Um repórter-fotográfico da Folha teve o celular furtado nesse momento, assim como outro profissional da imprensa que estava no local. A reportagem esteve na delegacia móvel da Cidade do Rock e em pouco mais de 30 minutos, cerca de 20 pessoas reclamaram terem sido furtadas. Outras dez pessoas já registravam boletim de ocorrência no local. Algumas pessoas alegaram terem sido furtadas durante a distribuição de material promocional ao público. Os criminosos aproveitaram aglomeração em torno de promotores da empresa DHL, de transportes, que distribuía uma espécie de luva com o formato de uma mão amarela grande. Homens simulavam interesse no item, mas roubavam as pessoas que se espremiam para pegar o brinde. Um homem foi detido no sábado (16) na Cidade do Rock com 28 celulares. A Polícia Civil não divulgou estimativa de furtos. Os celulares recuperados serão enviados à delegacia do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste. "Um homem forte e alto bloqueou a minha passagem. Logo atrás de mim, passaram uns homens que pareciam apressados, andando esbarrando nas pessoas, provocando um tumulto. Foi nessa hora que percebi que levaram meu celular", disse Reinaldo Dilva, 60. Jorge da Motta, 51, passou pela mesma sitiação com a filha e a esposa. O casal Ellen e Leonardo Bellan perderam o celular no espisódio do brinde. O mesmo ocorreu com o grupo de amigos de Ana Lúcia Rocha, 39. A cabeleira Caroline Bonfim, 31, teve o celular roubado de dentro da bolsa. Quando ela percebeu a movimentação, o aparelho tinha sumido e sua identidade estava no chão devido à bolsa remexida. "Além do prejuízo, estraga todo o clima", disse. Algumas pessoas na fila da delegacia móvel cogitavam processar a organização pelo ocorrido. Procurada, a organização do festival afirmou que "foi notificada de uma série de furtos em sequência por um grupo e as providências estão sendo tomadas para a apreensão destes suspeitos".
ilustrada
Público tem celulares furtados antes do show de Alicia KeysCerca de 30 pessoas foram vítimas de uma onda de furto de celulares na noite deste domingo (17) no Rock in Rio. Por volta das 22h30, no intervalo para o show da Alicia Keys no Palco Mundo, um grupo de homens fazia uma espécie de empurra-empurra proposital. No meio do tumulto, esvaziavam bolsos e bolsas. Um repórter-fotográfico da Folha teve o celular furtado nesse momento, assim como outro profissional da imprensa que estava no local. A reportagem esteve na delegacia móvel da Cidade do Rock e em pouco mais de 30 minutos, cerca de 20 pessoas reclamaram terem sido furtadas. Outras dez pessoas já registravam boletim de ocorrência no local. Algumas pessoas alegaram terem sido furtadas durante a distribuição de material promocional ao público. Os criminosos aproveitaram aglomeração em torno de promotores da empresa DHL, de transportes, que distribuía uma espécie de luva com o formato de uma mão amarela grande. Homens simulavam interesse no item, mas roubavam as pessoas que se espremiam para pegar o brinde. Um homem foi detido no sábado (16) na Cidade do Rock com 28 celulares. A Polícia Civil não divulgou estimativa de furtos. Os celulares recuperados serão enviados à delegacia do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste. "Um homem forte e alto bloqueou a minha passagem. Logo atrás de mim, passaram uns homens que pareciam apressados, andando esbarrando nas pessoas, provocando um tumulto. Foi nessa hora que percebi que levaram meu celular", disse Reinaldo Dilva, 60. Jorge da Motta, 51, passou pela mesma sitiação com a filha e a esposa. O casal Ellen e Leonardo Bellan perderam o celular no espisódio do brinde. O mesmo ocorreu com o grupo de amigos de Ana Lúcia Rocha, 39. A cabeleira Caroline Bonfim, 31, teve o celular roubado de dentro da bolsa. Quando ela percebeu a movimentação, o aparelho tinha sumido e sua identidade estava no chão devido à bolsa remexida. "Além do prejuízo, estraga todo o clima", disse. Algumas pessoas na fila da delegacia móvel cogitavam processar a organização pelo ocorrido. Procurada, a organização do festival afirmou que "foi notificada de uma série de furtos em sequência por um grupo e as providências estão sendo tomadas para a apreensão destes suspeitos".
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Unicamp divulga lista de livros obrigatórios para o vestibular 2019
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou nesta segunda-feira (17) a nova lista de livros obrigatórios para o vestibular 2019. A seleção apresenta três obras novas em relação à anterior. Segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular, a cada ano, a universidade renova parcialmente as obras que compõem a lista, para permitir o planejamento do professor e, ao mesmo tempo, acompanhar a dinâmica do sistema de ensino. A lista reúne 12 obras e é composta por diferentes gêneros e extensões, que inclui romances, coletâneas de poemas e peças teatrais, mas também textos curtos, como contos, crônicas, peças de oratória ou de crítica. O vestibular 2018, que aconteceu no final deste ano, ainda exigirá obras da lista anterior, que podem ser consultadas aqui. * Veja a lista de livros para o vestibular 2019: Poesia: - Luís de Camões, Sonetos[1] - Jorge de Lima, Poemas Negros (Livro distribuído pelo governo federal no PNBE). - Ana Cristina Cesar, A teus pés. Contos: - Clarice Lispector, Amor, do livro Laços de Família. - Guimarães Rosa, A hora e a vez de Augusto Matraga, do livro Sagarana. - Machado de Assis, O espelho[2]. Teatro: - Dias Gomes, O bem amado[3]. Romance: - Camilo Castelo Branco, Coração, cabeça e estômago (Livro em domínio público). - Érico Veríssimo, Caminhos Cruzados (Livro distribuído pelo governo federal no PNBE). - José Saramago, História do Cerco de Lisboa. Diário: - Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo (Livro distribuído pelo governo federal no PNBE). Sermões: - Antonio Vieira[4]: (1) Sermão de Quarta-feira de Cinza - Ano de 1672; (2) Sermão de Quarta-feira de Cinza - Ano de 1673, aos 15 de fevereiro, dia da trasladação do mesmo Santo; (3) Sermão de Quarta-feira de Cinza - Para a Capela Real, que se não pregou por enfermidade do autor. [1] Para ver os sonetos selecionados, cuja leitura é obrigatória, acessar endereço na página da Comvest. [2] Para ver obra em domínio público, acessar endereço na página da Comvest. [3] O bem amado. Farsa sociopolítico-patológica em 9 quadros. 12ª ed. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2014. (ver arquivo disponível na SBAT, correspondente à edição citada). [4] Vieira, Antonio. Sermões de Quarta-feira de Cinza. Org: Alcir Pécora. 1ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2016.
educacao
Unicamp divulga lista de livros obrigatórios para o vestibular 2019A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou nesta segunda-feira (17) a nova lista de livros obrigatórios para o vestibular 2019. A seleção apresenta três obras novas em relação à anterior. Segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular, a cada ano, a universidade renova parcialmente as obras que compõem a lista, para permitir o planejamento do professor e, ao mesmo tempo, acompanhar a dinâmica do sistema de ensino. A lista reúne 12 obras e é composta por diferentes gêneros e extensões, que inclui romances, coletâneas de poemas e peças teatrais, mas também textos curtos, como contos, crônicas, peças de oratória ou de crítica. O vestibular 2018, que aconteceu no final deste ano, ainda exigirá obras da lista anterior, que podem ser consultadas aqui. * Veja a lista de livros para o vestibular 2019: Poesia: - Luís de Camões, Sonetos[1] - Jorge de Lima, Poemas Negros (Livro distribuído pelo governo federal no PNBE). - Ana Cristina Cesar, A teus pés. Contos: - Clarice Lispector, Amor, do livro Laços de Família. - Guimarães Rosa, A hora e a vez de Augusto Matraga, do livro Sagarana. - Machado de Assis, O espelho[2]. Teatro: - Dias Gomes, O bem amado[3]. Romance: - Camilo Castelo Branco, Coração, cabeça e estômago (Livro em domínio público). - Érico Veríssimo, Caminhos Cruzados (Livro distribuído pelo governo federal no PNBE). - José Saramago, História do Cerco de Lisboa. Diário: - Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo (Livro distribuído pelo governo federal no PNBE). Sermões: - Antonio Vieira[4]: (1) Sermão de Quarta-feira de Cinza - Ano de 1672; (2) Sermão de Quarta-feira de Cinza - Ano de 1673, aos 15 de fevereiro, dia da trasladação do mesmo Santo; (3) Sermão de Quarta-feira de Cinza - Para a Capela Real, que se não pregou por enfermidade do autor. [1] Para ver os sonetos selecionados, cuja leitura é obrigatória, acessar endereço na página da Comvest. [2] Para ver obra em domínio público, acessar endereço na página da Comvest. [3] O bem amado. Farsa sociopolítico-patológica em 9 quadros. 12ª ed. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2014. (ver arquivo disponível na SBAT, correspondente à edição citada). [4] Vieira, Antonio. Sermões de Quarta-feira de Cinza. Org: Alcir Pécora. 1ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2016.
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'Não queremos medidas populistas, mas populares', diz Temer
Em uma crítica indireta à sua antecessora Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (21) que o governo federal não pretende adotar "medidas populistas" que tenham resultados imediatos. No encontro com a comissão especial da reforma previdenciária, realizado no Palácio do Planalto, ele ressaltou que o objetivo é implementar matérias populares que possam ser reconhecidas mais tarde. A declaração foi feita quando o presidente citava a redução da taxa de juros no país, que, segundo ele, tem apresentado um movimento de queda responsável. Com baixa aprovação popular, o peemedebista tem estudado um novo pacote de medidas econômicas que ajude a melhorar a avaliação do governo federal ainda no primeiro semestre deste ano. Elas incluem, por exemplo, reajuste do Bolsa Família e ampliação da faixa salarial de isenção de Imposto de Renda. As iniciativas enfrentam, contudo, resistência na equipe econômica. "Ninguém está fazendo nenhum movimento populista dos juros, mas populares. As medidas populistas querem resultados imediatos e queremos matérias populares que possam ser reconhecidas mais tarde", disse. Em discurso, ele reconheceu que a reforma trabalhista é uma matéria que gera "inúmeras discussões", mas que é necessário "arrumar a casa" para que não ocorra um "desastre no setor previdenciário" no futuro. Ele criticou a presença no debate sobre a aposentadoria do que chamou de dados "equivocados" e "não verdadeiros" sobre as mudanças no pagamento das aposentadorias, como a exigência de que se contribua 49 anos para se aposentar. "Se fizer 25 anos de contribuição e 65 anos de idade, você parte de 76% da aposentadoria. Se começou com 20 anos e contribuiu 45 anos, tem 96% da aposentadoria", disse. Segundo ele, se não for feita a reforma previdenciária, programas sociais como Fies, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família não terão condições de serem mantidos no futuro. O peemedebista ressaltou ainda que não acredita que a reforma trabalhista enfrentará dificuldades para ser aprovada no Congresso Nacional até o final deste semestre. "Eu penso que até no tópico da modernização trabalhista será razoavelmente fácil ou menos dificultoso a sua aprovação pelo Congresso Nacional", disse. Em discurso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Brasil "se cansou de medidas precipitadas" e que, segundo ele, apresentam recuos. "As medidas de agora estão aqui para ficar", disse. RIO O presidente elogiou a aprovação pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de projeto de lei que permite a privatização da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto). Segundo ele, a iniciativa "entusiasma" e "serve de exemplo" para que o Congresso Nacional aprove o programa de recuperação fiscal para o Rio de Janeiro, que prevê medidas que totalizam R$ 62,4 bilhões para cobrir o rombo nas contas estaduais. A aprovação da privatização desencadeou manifestação no centro da capital fluminense na segunda-feira (20), na qual vinte manifestantes acabaram detidos pela polícia militar. "A Assembleia Legislativa permitiu a venda da Cedae, o que nos entusiasma na área federal a tentar aprovar um projeto que chegará ao Congresso Nacional. Só poderemos auxiliar as unidades federativas com as contrapartidas", disse. O rombo nas contas estaduais é estimado em R$ 26 bilhões para este ano. O pacote de socorro financeiro prevê um aumento de impostos de R$ 1,2 bilhão, corte de despesas da ordem de R$ 9 bilhões e ganhos de R$ 3,2 bilhões com o aumento da contribuição previdenciária.
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'Não queremos medidas populistas, mas populares', diz TemerEm uma crítica indireta à sua antecessora Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (21) que o governo federal não pretende adotar "medidas populistas" que tenham resultados imediatos. No encontro com a comissão especial da reforma previdenciária, realizado no Palácio do Planalto, ele ressaltou que o objetivo é implementar matérias populares que possam ser reconhecidas mais tarde. A declaração foi feita quando o presidente citava a redução da taxa de juros no país, que, segundo ele, tem apresentado um movimento de queda responsável. Com baixa aprovação popular, o peemedebista tem estudado um novo pacote de medidas econômicas que ajude a melhorar a avaliação do governo federal ainda no primeiro semestre deste ano. Elas incluem, por exemplo, reajuste do Bolsa Família e ampliação da faixa salarial de isenção de Imposto de Renda. As iniciativas enfrentam, contudo, resistência na equipe econômica. "Ninguém está fazendo nenhum movimento populista dos juros, mas populares. As medidas populistas querem resultados imediatos e queremos matérias populares que possam ser reconhecidas mais tarde", disse. Em discurso, ele reconheceu que a reforma trabalhista é uma matéria que gera "inúmeras discussões", mas que é necessário "arrumar a casa" para que não ocorra um "desastre no setor previdenciário" no futuro. Ele criticou a presença no debate sobre a aposentadoria do que chamou de dados "equivocados" e "não verdadeiros" sobre as mudanças no pagamento das aposentadorias, como a exigência de que se contribua 49 anos para se aposentar. "Se fizer 25 anos de contribuição e 65 anos de idade, você parte de 76% da aposentadoria. Se começou com 20 anos e contribuiu 45 anos, tem 96% da aposentadoria", disse. Segundo ele, se não for feita a reforma previdenciária, programas sociais como Fies, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família não terão condições de serem mantidos no futuro. O peemedebista ressaltou ainda que não acredita que a reforma trabalhista enfrentará dificuldades para ser aprovada no Congresso Nacional até o final deste semestre. "Eu penso que até no tópico da modernização trabalhista será razoavelmente fácil ou menos dificultoso a sua aprovação pelo Congresso Nacional", disse. Em discurso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Brasil "se cansou de medidas precipitadas" e que, segundo ele, apresentam recuos. "As medidas de agora estão aqui para ficar", disse. RIO O presidente elogiou a aprovação pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de projeto de lei que permite a privatização da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto). Segundo ele, a iniciativa "entusiasma" e "serve de exemplo" para que o Congresso Nacional aprove o programa de recuperação fiscal para o Rio de Janeiro, que prevê medidas que totalizam R$ 62,4 bilhões para cobrir o rombo nas contas estaduais. A aprovação da privatização desencadeou manifestação no centro da capital fluminense na segunda-feira (20), na qual vinte manifestantes acabaram detidos pela polícia militar. "A Assembleia Legislativa permitiu a venda da Cedae, o que nos entusiasma na área federal a tentar aprovar um projeto que chegará ao Congresso Nacional. Só poderemos auxiliar as unidades federativas com as contrapartidas", disse. O rombo nas contas estaduais é estimado em R$ 26 bilhões para este ano. O pacote de socorro financeiro prevê um aumento de impostos de R$ 1,2 bilhão, corte de despesas da ordem de R$ 9 bilhões e ganhos de R$ 3,2 bilhões com o aumento da contribuição previdenciária.
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Após um mês, lei dos pets em ônibus é bem recebida, mas faltam informações
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Temer deve cobrar dos Estados mais cadeias após rebeliões e mortes
Na tentativa de dar uma resposta ao agravamento da crise carcerária, o governo do presidente Michel Temer cobrará dos governadores o compromisso de acelerar a construção de cadeias e de reestruturar o sistema de inteligência prisional do país. Em reunião nesta terça-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) pedirá a secretários estaduais da área de segurança pública que adotem regime diferenciado de contratação ou parcerias com a iniciativa privada como contrapartida a investimento federal de R$ 870 milhões para construir 25 presídios. O mesmo modelo será adotado pelo Palácio do Planalto para a construção, até o final do ano, de cinco presídios federais de segurança máxima destinados a lideranças de facções criminosas, grupos envolvidos nos recentes massacres no Amazonas e Roraima. No encontro, serão exigidas ainda mudanças no atual sistema de inteligência prisional, com maior compartilhamento de informações. O diagnóstico da equipe de Temer é de que a estrutura criada pelo governo Dilma Rousseff falhou e não conseguiu evitar a deflagração de rebeliões. No início de 2014, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) desenvolveu um sistema para monitorar as cadeias de todo o país após a barbárie no complexo de Pedrinhas, no Maranhão, em que dezenas de presos foram decapitados e esquartejados. Para auxiliares de Temer, além da crise financeira houve um "descaso generalizado" com a situação carcerária e, agora, é preciso reorganizar o sistema. A ordem do presidente foi intensificar a participação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para que auxilie na reformulação, com o mapeamento das fronteiras da região amazônica, porta de entrada e saída de drogas. FORÇA NACIONAL O governo federal não pretende, contudo, atender a pedido das gestões estaduais para que a Força Nacional atue dentro de unidades prisionais com histórico de rebeliões. O ministro da Justiça destaca que o contingente pode agir para desarticular motins, mas não é seu papel constitucional desempenhar função de agente penitenciário. "A Força Nacional pode fazer barreiras, recuperação de presos, perímetro das penitenciárias e a custódia de deslocamento de presos. Mais do que isso, não pode. Não é que eu não queria, é que não pode", disse à Folha. Na quarta-feira (18), Temer se reunirá com os governadores para que eles assinem uma carta de intenções sobre as contrapartidas em relação aos investimentos federais. Para o encontro, o Ministério da Justiça prepara um pacote de anúncios na área de segurança penitenciária. O tema foi discutido nesta segunda-feira (16) em almoço no Planalto e inclui a criação de um comitê nacional com a participação dos Estados. FHC O presidente pretende ainda se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), defensor da descriminalização das drogas, para discutir medidas relacionadas às prisões por pequeno porte de entorpecentes, por exemplo. Temer reconhece que a descriminalização enfrentará resistências em setores da sociedade, mas considera que chegou o momento de discutir melhor o assunto e delegá-lo ao Congresso Nacional. Em entrevista à Folha na semana passada, Moraes defendeu penas alternativas para pequenos traficantes. "Na hora que são presos milhares de pequenos traficantes que não fazem parte de organizações criminosas, você coloca soldados nas mãos das lideranças dos presídios. Esse foi o erro brasileiro", disse.
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Temer deve cobrar dos Estados mais cadeias após rebeliões e mortesNa tentativa de dar uma resposta ao agravamento da crise carcerária, o governo do presidente Michel Temer cobrará dos governadores o compromisso de acelerar a construção de cadeias e de reestruturar o sistema de inteligência prisional do país. Em reunião nesta terça-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) pedirá a secretários estaduais da área de segurança pública que adotem regime diferenciado de contratação ou parcerias com a iniciativa privada como contrapartida a investimento federal de R$ 870 milhões para construir 25 presídios. O mesmo modelo será adotado pelo Palácio do Planalto para a construção, até o final do ano, de cinco presídios federais de segurança máxima destinados a lideranças de facções criminosas, grupos envolvidos nos recentes massacres no Amazonas e Roraima. No encontro, serão exigidas ainda mudanças no atual sistema de inteligência prisional, com maior compartilhamento de informações. O diagnóstico da equipe de Temer é de que a estrutura criada pelo governo Dilma Rousseff falhou e não conseguiu evitar a deflagração de rebeliões. No início de 2014, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) desenvolveu um sistema para monitorar as cadeias de todo o país após a barbárie no complexo de Pedrinhas, no Maranhão, em que dezenas de presos foram decapitados e esquartejados. Para auxiliares de Temer, além da crise financeira houve um "descaso generalizado" com a situação carcerária e, agora, é preciso reorganizar o sistema. A ordem do presidente foi intensificar a participação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para que auxilie na reformulação, com o mapeamento das fronteiras da região amazônica, porta de entrada e saída de drogas. FORÇA NACIONAL O governo federal não pretende, contudo, atender a pedido das gestões estaduais para que a Força Nacional atue dentro de unidades prisionais com histórico de rebeliões. O ministro da Justiça destaca que o contingente pode agir para desarticular motins, mas não é seu papel constitucional desempenhar função de agente penitenciário. "A Força Nacional pode fazer barreiras, recuperação de presos, perímetro das penitenciárias e a custódia de deslocamento de presos. Mais do que isso, não pode. Não é que eu não queria, é que não pode", disse à Folha. Na quarta-feira (18), Temer se reunirá com os governadores para que eles assinem uma carta de intenções sobre as contrapartidas em relação aos investimentos federais. Para o encontro, o Ministério da Justiça prepara um pacote de anúncios na área de segurança penitenciária. O tema foi discutido nesta segunda-feira (16) em almoço no Planalto e inclui a criação de um comitê nacional com a participação dos Estados. FHC O presidente pretende ainda se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), defensor da descriminalização das drogas, para discutir medidas relacionadas às prisões por pequeno porte de entorpecentes, por exemplo. Temer reconhece que a descriminalização enfrentará resistências em setores da sociedade, mas considera que chegou o momento de discutir melhor o assunto e delegá-lo ao Congresso Nacional. Em entrevista à Folha na semana passada, Moraes defendeu penas alternativas para pequenos traficantes. "Na hora que são presos milhares de pequenos traficantes que não fazem parte de organizações criminosas, você coloca soldados nas mãos das lideranças dos presídios. Esse foi o erro brasileiro", disse.
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Cunha diz a aliados que foi 'abandonado' por Michel Temer
A falta de respaldo do presidente interino, Michel Temer, à candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF) na reta final da disputa pelo comando da Câmara causou fúria no ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e no "centrão", bloco que agrega partidos pequenos e médios e do qual Rosso faz parte. Segundo a Folha apurou, Cunha disse a aliados, em conversas nos últimos três dias, que se sentiu "traído" e "abandonado" por Temer, enquanto deputados do "centrão" afirmaram à reportagem que pode haver retaliação ao governo em votações. Para eles, a conta é simples: os 170 parlamentares que votaram em Rosso mais os 78 de partidos de esquerda, por exemplo, podem derrubar o projeto do limite de gastos públicos, uma das prioridades da gestão Temer. Ciente de que a atuação do governo na eleição para suceder Cunha pode ter reflexos na agenda legislativa, o presidente interino resolveu agir e telefonou, na sexta (15), a líderes do "centrão" para dizer que não pretende "desidratar" o bloco, como disse em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", mas sim "unir a base aliada". Pessoas próximas a Cunha, porém, relataram à Folha que a explicação não convenceu e que o deputado ficou incomodado com o empenho do governo, mesmo que discreto, para eleger Rodrigo Maia (DEM-RJ) no segundo turno da eleição na Câmara. Em junho, Cunha saiu de uma reunião com Temer com a expectativa de que, caso renunciasse ao comando da Câmara, o Palácio do Planalto o ajudaria a eleger um de seus aliados: Rogério Rosso. Com ele, esperava percorrer um caminho mais favorável na análise do processo de cassação de seu mandato, que precisa ser votado em plenário. Após Maia vencer por 285 votos contra 170 de Rosso, Cunha reuniu aliados e mostrou insatisfação com Temer, que arbitrou para ter os dois nomes no segundo turno, mas mudou o humor em favor do candidato do DEM quando sua vitória parecia mais viável. Deputados do "centrão" acreditam, por exemplo, que o apoio do PR a Maia foi estimulado pelo Planalto. Procurado pela Folha, Cunha afirmou que não participou "de nenhuma articulação nem discussão sobre a eleição" na Câmara. Maia se elegeu com apoio de PSDB, DEM, PPS e PSB, além de parte do PT e do PC do B. O bloco da antiga oposição vendeu a Temer a ideia de que era preciso tirar o governo "das mãos do 'centrão'".
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Cunha diz a aliados que foi 'abandonado' por Michel TemerA falta de respaldo do presidente interino, Michel Temer, à candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF) na reta final da disputa pelo comando da Câmara causou fúria no ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e no "centrão", bloco que agrega partidos pequenos e médios e do qual Rosso faz parte. Segundo a Folha apurou, Cunha disse a aliados, em conversas nos últimos três dias, que se sentiu "traído" e "abandonado" por Temer, enquanto deputados do "centrão" afirmaram à reportagem que pode haver retaliação ao governo em votações. Para eles, a conta é simples: os 170 parlamentares que votaram em Rosso mais os 78 de partidos de esquerda, por exemplo, podem derrubar o projeto do limite de gastos públicos, uma das prioridades da gestão Temer. Ciente de que a atuação do governo na eleição para suceder Cunha pode ter reflexos na agenda legislativa, o presidente interino resolveu agir e telefonou, na sexta (15), a líderes do "centrão" para dizer que não pretende "desidratar" o bloco, como disse em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", mas sim "unir a base aliada". Pessoas próximas a Cunha, porém, relataram à Folha que a explicação não convenceu e que o deputado ficou incomodado com o empenho do governo, mesmo que discreto, para eleger Rodrigo Maia (DEM-RJ) no segundo turno da eleição na Câmara. Em junho, Cunha saiu de uma reunião com Temer com a expectativa de que, caso renunciasse ao comando da Câmara, o Palácio do Planalto o ajudaria a eleger um de seus aliados: Rogério Rosso. Com ele, esperava percorrer um caminho mais favorável na análise do processo de cassação de seu mandato, que precisa ser votado em plenário. Após Maia vencer por 285 votos contra 170 de Rosso, Cunha reuniu aliados e mostrou insatisfação com Temer, que arbitrou para ter os dois nomes no segundo turno, mas mudou o humor em favor do candidato do DEM quando sua vitória parecia mais viável. Deputados do "centrão" acreditam, por exemplo, que o apoio do PR a Maia foi estimulado pelo Planalto. Procurado pela Folha, Cunha afirmou que não participou "de nenhuma articulação nem discussão sobre a eleição" na Câmara. Maia se elegeu com apoio de PSDB, DEM, PPS e PSB, além de parte do PT e do PC do B. O bloco da antiga oposição vendeu a Temer a ideia de que era preciso tirar o governo "das mãos do 'centrão'".
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Presidente do Palmeiras se diz 'constrangido' por goleada
Nesta segunda-feira (28), um dia após a goleada sofrida por 4 a 1 para o Água Santa em Presidente Prudente, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou estar "constrangido" pelos resultados recentes e não entender os motivos do fraco desempenho da equipe. Em entrevista coletiva no centro de treinamento do clube, na Barra Funda, Nobre defendeu os jogadores e o técnico Cuca, há apenas duas semanas no cargo, criticou a torcida organizada Mancha Alvi Verde por ter invadido o CT no sábado (26) e admitiu que as chances de classificação na Taça Libertadores e no Campeonato Paulista são difíceis. "Como presidente, estou extremamente constrangido com os últimos resultados do Palmeiras. E o constrangimento é dividido por todos os jogadores e todos os profissionais envolvidos. Os resultados são inadmissíveis", iniciou. "Não existe racha nem laranjas nesse elenco. Se houvesse, seria fácil, bastaria cortá-los", continuou, referindo-se a boatos de desavenças entre atletas. "O Cuca, que acabou de chegar, é o comandante ideal para esse momento de dificuldade e também para o grupo do Palmeiras", avaliou. Sobre a invasão da organizada, com a qual tem relações estremecidas, ele adotou tom ríspido. "Não tenho nada contrário a qualquer torcedor, uniformizado ou não. Mas as conversas com o elenco cabem aos profissionais, e não ao torcedor. Não ajuda em nada, nunca ajudou [invadir]. São desordeiros que acham que pode falar com jogar, ou que podem mandar em alguma coisa. A torcida não tem o direito de invadir a casa dos outros, com base na pressão", disse, ressaltando que, mesmo assim, a invasão não explica o mau desempenho da equipe. Perguntado sobre os motivos da fase ruim, ele revelou que também tem dificuldades em entender. "Acho que o Cuca vai saber explicar [o porquê não está dando certo]. Eu acho que não está dando liga, e eu não sei explicar o porquê, já que esse mesmo elenco foi campeão da Copa do Brasil, e agora não está encaixando", disse, acrescentando que acredita na história de superação do clube, a despeito das situações complicadas em que se encontra no Paulista e na Libertadores. "Está difícil a classificação nas duas. Mas o Palmeiras, na sua história, é o time das façanhas impossíveis, desde a eliminações por times que ninguém esperava até superações históricas, como em 2009 [na primeira fase da Libertadores], com o gol quase do meio de campo do Cleiton Xavier", concluiu, descartando o rebaixamento no torneio estadual. "Seria desastroso, mas não acho que vá acontecer." CLASSIFICAÇÃO AMEAÇADA Terceiro colocado no Grupo 2 da Libertadores, com quatro pontos, o Palmeiras volta a jogar no dia 6 contra o Rosario Central, na Argentina. Se o time alviverde for derrotado, estará eliminado com uma rodada de antecedência. Em caso de empate, a definição da vaga será na última rodada —mas a equipe treinada por Cuca dependerá de uma combinação de resultados. A vitória contra o Rosário, adversário considerado pelo próprio Cuca como o mais forte dentro do grupo, é essencial para o Palmeiras depender apenas de si no último jogo, diante do River Plate (URU). No Paulista, o Palmeiras é o quinto do Grupo B, com 15 pontos. Após três derrotas consecutivas, as chances de classificação caíram e agora dependem até do maior rival, o Corinthians, para avançar às quartas de final da competição.
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Presidente do Palmeiras se diz 'constrangido' por goleadaNesta segunda-feira (28), um dia após a goleada sofrida por 4 a 1 para o Água Santa em Presidente Prudente, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou estar "constrangido" pelos resultados recentes e não entender os motivos do fraco desempenho da equipe. Em entrevista coletiva no centro de treinamento do clube, na Barra Funda, Nobre defendeu os jogadores e o técnico Cuca, há apenas duas semanas no cargo, criticou a torcida organizada Mancha Alvi Verde por ter invadido o CT no sábado (26) e admitiu que as chances de classificação na Taça Libertadores e no Campeonato Paulista são difíceis. "Como presidente, estou extremamente constrangido com os últimos resultados do Palmeiras. E o constrangimento é dividido por todos os jogadores e todos os profissionais envolvidos. Os resultados são inadmissíveis", iniciou. "Não existe racha nem laranjas nesse elenco. Se houvesse, seria fácil, bastaria cortá-los", continuou, referindo-se a boatos de desavenças entre atletas. "O Cuca, que acabou de chegar, é o comandante ideal para esse momento de dificuldade e também para o grupo do Palmeiras", avaliou. Sobre a invasão da organizada, com a qual tem relações estremecidas, ele adotou tom ríspido. "Não tenho nada contrário a qualquer torcedor, uniformizado ou não. Mas as conversas com o elenco cabem aos profissionais, e não ao torcedor. Não ajuda em nada, nunca ajudou [invadir]. São desordeiros que acham que pode falar com jogar, ou que podem mandar em alguma coisa. A torcida não tem o direito de invadir a casa dos outros, com base na pressão", disse, ressaltando que, mesmo assim, a invasão não explica o mau desempenho da equipe. Perguntado sobre os motivos da fase ruim, ele revelou que também tem dificuldades em entender. "Acho que o Cuca vai saber explicar [o porquê não está dando certo]. Eu acho que não está dando liga, e eu não sei explicar o porquê, já que esse mesmo elenco foi campeão da Copa do Brasil, e agora não está encaixando", disse, acrescentando que acredita na história de superação do clube, a despeito das situações complicadas em que se encontra no Paulista e na Libertadores. "Está difícil a classificação nas duas. Mas o Palmeiras, na sua história, é o time das façanhas impossíveis, desde a eliminações por times que ninguém esperava até superações históricas, como em 2009 [na primeira fase da Libertadores], com o gol quase do meio de campo do Cleiton Xavier", concluiu, descartando o rebaixamento no torneio estadual. "Seria desastroso, mas não acho que vá acontecer." CLASSIFICAÇÃO AMEAÇADA Terceiro colocado no Grupo 2 da Libertadores, com quatro pontos, o Palmeiras volta a jogar no dia 6 contra o Rosario Central, na Argentina. Se o time alviverde for derrotado, estará eliminado com uma rodada de antecedência. Em caso de empate, a definição da vaga será na última rodada —mas a equipe treinada por Cuca dependerá de uma combinação de resultados. A vitória contra o Rosário, adversário considerado pelo próprio Cuca como o mais forte dentro do grupo, é essencial para o Palmeiras depender apenas de si no último jogo, diante do River Plate (URU). No Paulista, o Palmeiras é o quinto do Grupo B, com 15 pontos. Após três derrotas consecutivas, as chances de classificação caíram e agora dependem até do maior rival, o Corinthians, para avançar às quartas de final da competição.
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Em 2 minutos, entenda como ação que pode cassar Temer chegou até aqui
Em 2014, logo após a vitória da chapa Dilma/Temer, o PSDB entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a cassação dos dois. Os tucanos alegaram que a chapa da petista e do peemedebista tinha cometido abuso de poder econômico, recebido propina e se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras para se eleger. Mas a situação mudou. Dilma sofreu impeachment e quem assumiu a cadeira foi Temer. No novo governo, o PSDB recebeu quatro ministérios. Só que o processo no TSE continuou correndo. Ele começaria a ser julgado em abril, mas foi suspenso porque a defesa pediu mais tempo para analisar o caso. O julgamento está marcado para começar nesta terça, bem no meio da maior crise política que o governo Temer já enfrentou. A repórter da sucursal de Brasília Angela Boldrini explica como a ação chegou até aqui e o que acontece com a Presidência se isso ocorrer.
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Em 2 minutos, entenda como ação que pode cassar Temer chegou até aquiEm 2014, logo após a vitória da chapa Dilma/Temer, o PSDB entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a cassação dos dois. Os tucanos alegaram que a chapa da petista e do peemedebista tinha cometido abuso de poder econômico, recebido propina e se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras para se eleger. Mas a situação mudou. Dilma sofreu impeachment e quem assumiu a cadeira foi Temer. No novo governo, o PSDB recebeu quatro ministérios. Só que o processo no TSE continuou correndo. Ele começaria a ser julgado em abril, mas foi suspenso porque a defesa pediu mais tempo para analisar o caso. O julgamento está marcado para começar nesta terça, bem no meio da maior crise política que o governo Temer já enfrentou. A repórter da sucursal de Brasília Angela Boldrini explica como a ação chegou até aqui e o que acontece com a Presidência se isso ocorrer.
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Com vitória apertada, governo mantém veto à correção de 6,5% do IR
Sob protestos da oposição, o Congresso cumpriu o acordo firmado com o Palácio do Planalto e manteve, nesta quarta (11), o veto da presidente Dilma Rousseff à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. O governo editou medida provisória corrigindo a tabela de forma escalonada, garantindo esse percentual a parte dos contribuintes, o que convenceu a base de apoio da petista a não derrubar o veto. A vitória do Planalto, no entanto, foi apertada. Na Câmara, faltaram 18 votos para a rejeição do veto – eram necessários 257 para a derrubada e foram registrados 239. Foi registrado ainda 208 votos pela manutenção. Como o veto foi preservado pelos deputados, ele nem chegou a ser apreciado no Senado. Nas últimas semanas, deputados e senadores governistas ameaçavam impor ao governo a correção de 6,5%. Apesar dos atritos do PMDB com o Congresso, os presidentes da Câmara. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foram fiadores do acordo que resultou na edição da MP. Em troca, mobilizaram a base governista para manter o veto presidencial. Congressistas do PSDB, DEM e PPS votaram a favor da derrubada do veto. A oposição defende a correção de 6,5% no Imposto de Renda para todas a faixas, e não apenas para as mais baixas, como prevê o acordo firmado com o Executivo. Os oposicionistas também reclamam que não deram o aval ao acordo, o que enfraquece a negociação. "Não houve acordo. Mentira. Acordo se faz com todos os parlamentares. Não tem parlamentar de primeira ou segunda categoria", protestou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). Para os governistas, a oposição votou a favor dos 6,5% para passar à opinião pública a "falsa impressão" de que defende os interesses dos trabalhadores brasileiros. "Dizer que tem compromisso com a classe média, com os trabalhadores brasileiros, é no mínimo faltaram com a verdade. Governaram o Brasil e não praticaram o que estão dizendo", atacou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O petista minimizou o aperto do governo na votação. "Não importa se ganha de um, de dois, o importante é que é uma vitória do país e a recomposição da base", disse. O governo, no entanto, não conseguiu garantir a votação do Orçamento de 2015 na sessão de hoje, mesmo com a pressão da equipe da presidente a pela aprovação. A análise da proposta ficou para terça-feira. Numa sessão que se estendeu por quase 12 horas, os congressistas também mantiveram outros oito vetos de Dilma. Cinco deles foram vetos totais a projetos como o que reduzia a contribuição previdenciária para patrões e empregados domésticos. O governo deixaria de recolher cerca de R$ 600 milhões por ano com a mudança e vetou a proposta com o argumento de que a crise econômica impede a mudança no índice de contribuição dos domésticos. O PMDB tentou impor derrota ao governo derrubando veto à prorrogação de um acordo entre a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), subsidiária da Eletrobrás, e indústrias de energia do Norte e Nordeste –que garantia o repasse de energia elétrica mais barata a essas indústrias. Depois de sinalizar uma trégua ao Planalto, Renan foi o principal articulador da tentativa de derrubada do veto. A Câmara chegou a derrubá-lo, mas o Senado manteve a não prorrogação do acordo após forte atuação do governo. Com a decisão dos senadores, o veto de Dilma continua em vigor –já que para um veto ser derrubado, as duas Casas têm que votar nesse sentido. Entre os vetos parciais, os deputados e senadores mantiveram o que criava o estatuto da metrópole e o que instituía linha oficial de pobreza no país, de autoria do ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Na sessão, os parlamentares ainda aprovaram projeto de resolução que acelera a análise de vetos, que agora serão votados de forma eletrônica –e não mais em cédulas de papel depositadas em urnas. CRISE O PMDB entrou em rota de colisão com o Planalto nos últimos dias, depois que os nomes de Renan e Cunha figuraram na lista do "petrolão" elaborada pela Procuradoria Geral da República entre os políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Renan chegou a devolver uma medida provisória ao Planalto e disse que colocaria o veto ao IR em votação, para ser derrubado pelo Legislativo. Emissários do Planalto entraram em campo para minimizar a crise, o que resultou no acordo em torno da tabela do Imposto de Renda. Apesar da aparente trégua, o PMDB mantém as críticas à sua relação com o governo. Ao criticar o diálogo com o Congresso, Renan atacou o Planalto nesta quarta ao afirmar que o governo Dilma Rousseff "envelheceu". "Eu acho que do ponto de vista da aliança, não se resolveu nada. Evidente que eu não falo pelo partido, eu falo pelo Congresso Nacional. () A coisa da aliança, ela precisa ter um fundamento. Esse governo parece que envelheceu. Mas esse aí é outro assunto que está sendo tratado por outra instância do partido", disse o peemedebista.
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Com vitória apertada, governo mantém veto à correção de 6,5% do IRSob protestos da oposição, o Congresso cumpriu o acordo firmado com o Palácio do Planalto e manteve, nesta quarta (11), o veto da presidente Dilma Rousseff à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. O governo editou medida provisória corrigindo a tabela de forma escalonada, garantindo esse percentual a parte dos contribuintes, o que convenceu a base de apoio da petista a não derrubar o veto. A vitória do Planalto, no entanto, foi apertada. Na Câmara, faltaram 18 votos para a rejeição do veto – eram necessários 257 para a derrubada e foram registrados 239. Foi registrado ainda 208 votos pela manutenção. Como o veto foi preservado pelos deputados, ele nem chegou a ser apreciado no Senado. Nas últimas semanas, deputados e senadores governistas ameaçavam impor ao governo a correção de 6,5%. Apesar dos atritos do PMDB com o Congresso, os presidentes da Câmara. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foram fiadores do acordo que resultou na edição da MP. Em troca, mobilizaram a base governista para manter o veto presidencial. Congressistas do PSDB, DEM e PPS votaram a favor da derrubada do veto. A oposição defende a correção de 6,5% no Imposto de Renda para todas a faixas, e não apenas para as mais baixas, como prevê o acordo firmado com o Executivo. Os oposicionistas também reclamam que não deram o aval ao acordo, o que enfraquece a negociação. "Não houve acordo. Mentira. Acordo se faz com todos os parlamentares. Não tem parlamentar de primeira ou segunda categoria", protestou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). Para os governistas, a oposição votou a favor dos 6,5% para passar à opinião pública a "falsa impressão" de que defende os interesses dos trabalhadores brasileiros. "Dizer que tem compromisso com a classe média, com os trabalhadores brasileiros, é no mínimo faltaram com a verdade. Governaram o Brasil e não praticaram o que estão dizendo", atacou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O petista minimizou o aperto do governo na votação. "Não importa se ganha de um, de dois, o importante é que é uma vitória do país e a recomposição da base", disse. O governo, no entanto, não conseguiu garantir a votação do Orçamento de 2015 na sessão de hoje, mesmo com a pressão da equipe da presidente a pela aprovação. A análise da proposta ficou para terça-feira. Numa sessão que se estendeu por quase 12 horas, os congressistas também mantiveram outros oito vetos de Dilma. Cinco deles foram vetos totais a projetos como o que reduzia a contribuição previdenciária para patrões e empregados domésticos. O governo deixaria de recolher cerca de R$ 600 milhões por ano com a mudança e vetou a proposta com o argumento de que a crise econômica impede a mudança no índice de contribuição dos domésticos. O PMDB tentou impor derrota ao governo derrubando veto à prorrogação de um acordo entre a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), subsidiária da Eletrobrás, e indústrias de energia do Norte e Nordeste –que garantia o repasse de energia elétrica mais barata a essas indústrias. Depois de sinalizar uma trégua ao Planalto, Renan foi o principal articulador da tentativa de derrubada do veto. A Câmara chegou a derrubá-lo, mas o Senado manteve a não prorrogação do acordo após forte atuação do governo. Com a decisão dos senadores, o veto de Dilma continua em vigor –já que para um veto ser derrubado, as duas Casas têm que votar nesse sentido. Entre os vetos parciais, os deputados e senadores mantiveram o que criava o estatuto da metrópole e o que instituía linha oficial de pobreza no país, de autoria do ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Na sessão, os parlamentares ainda aprovaram projeto de resolução que acelera a análise de vetos, que agora serão votados de forma eletrônica –e não mais em cédulas de papel depositadas em urnas. CRISE O PMDB entrou em rota de colisão com o Planalto nos últimos dias, depois que os nomes de Renan e Cunha figuraram na lista do "petrolão" elaborada pela Procuradoria Geral da República entre os políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Renan chegou a devolver uma medida provisória ao Planalto e disse que colocaria o veto ao IR em votação, para ser derrubado pelo Legislativo. Emissários do Planalto entraram em campo para minimizar a crise, o que resultou no acordo em torno da tabela do Imposto de Renda. Apesar da aparente trégua, o PMDB mantém as críticas à sua relação com o governo. Ao criticar o diálogo com o Congresso, Renan atacou o Planalto nesta quarta ao afirmar que o governo Dilma Rousseff "envelheceu". "Eu acho que do ponto de vista da aliança, não se resolveu nada. Evidente que eu não falo pelo partido, eu falo pelo Congresso Nacional. () A coisa da aliança, ela precisa ter um fundamento. Esse governo parece que envelheceu. Mas esse aí é outro assunto que está sendo tratado por outra instância do partido", disse o peemedebista.
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Programa seleciona projetos de tecnologia para soluções urbanas
A terceira edição do Red Bull Basement busca cinco projetos ainda em fase inicial para desenvolver soluções urbanas com uso de tecnologia. As inscrições vão até 28 de maio. Os escolhidos participarão da residência entre julho e setembro, quando terão à disposição um makerspace com equipamentos para prototipagem dos projetos, apresentados no fim do período. Uma agenda paralela com palestras e workshops sobre diversos temas também faz parte do programa, que busca estimular a troca de conhecimentos entre os participantes, gerando soluções urbanas que possam ser compartilhadas. Os projetos, quando prontos, farão parte de uma plataforma compartilhada. Podem participar programadores, makers, designers, arquitetos, engenheiros, estudantes e demais interessados com protótipos nas mais diversas áeas, como agricultura urbana, produção de energia limpa, saneamento, mobilidade, saúde e bem estar e economia circular, entre outros temas. Para participar, é preciso se inscrever pelo site. Os selecionados serão anunciados em 12 de junho.
empreendedorsocial
Programa seleciona projetos de tecnologia para soluções urbanasA terceira edição do Red Bull Basement busca cinco projetos ainda em fase inicial para desenvolver soluções urbanas com uso de tecnologia. As inscrições vão até 28 de maio. Os escolhidos participarão da residência entre julho e setembro, quando terão à disposição um makerspace com equipamentos para prototipagem dos projetos, apresentados no fim do período. Uma agenda paralela com palestras e workshops sobre diversos temas também faz parte do programa, que busca estimular a troca de conhecimentos entre os participantes, gerando soluções urbanas que possam ser compartilhadas. Os projetos, quando prontos, farão parte de uma plataforma compartilhada. Podem participar programadores, makers, designers, arquitetos, engenheiros, estudantes e demais interessados com protótipos nas mais diversas áeas, como agricultura urbana, produção de energia limpa, saneamento, mobilidade, saúde e bem estar e economia circular, entre outros temas. Para participar, é preciso se inscrever pelo site. Os selecionados serão anunciados em 12 de junho.
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Seis artistas ilustram seus lugares preferidos em São Paulo
A convite de Serafina, seis artistas mostraram seu olhar sobre seus lugares especiais na cidade de São Paulo. Confira abaixo:
serafina
Seis artistas ilustram seus lugares preferidos em São PauloA convite de Serafina, seis artistas mostraram seu olhar sobre seus lugares especiais na cidade de São Paulo. Confira abaixo:
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Nina Horta: Madona levou nosso coco
Que modinhas vão nos pegar neste ano? Acho que vamos continuar com as mesmas por um tempo. Fim de ano tem muita comida, há uma tendência para o descanso e para a moda praia, que é feita de muito líquido, ... Leia post completo no blog
comida
Nina Horta: Madona levou nosso cocoQue modinhas vão nos pegar neste ano? Acho que vamos continuar com as mesmas por um tempo. Fim de ano tem muita comida, há uma tendência para o descanso e para a moda praia, que é feita de muito líquido, ... Leia post completo no blog
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Instituto diz que 41 empresas pagaram por palestras de Lula; veja a lista
O Instituto Lula divulgou nesta terça-feira (18) a lista de empresas, associações e organismos internacionais que contrataram palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2011 e este ano. Segundo a entidade, foram 70 palestras pagas por 41 empresas e instituições, "sendo remunerado de acordo com sua projeção internacional e recolhendo os devidos impostos", diz a nota. A divulgação é uma resposta à reportagem da revista "Veja" segundo a qual Lula teria recebido R$ 27 milhões por palestras, dos quais R$ 9,85 milhões de empresas investigadas na Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras. O texto da revista foi escrito com base em um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Entre os 41 clientes listados pelo instituto estão Ambev, Infoglobo, LG, Microsoft, Nestlé, Pirelli e Tetra Pak. No grupo das construtoras, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht e UTC. Todas investigadas na Lava Jato. Os bancos da relação são Bank of America, BBVA Bancomer, BTG Pactual, Itaú BBA e Santander. É a primeira vez que Lula apresenta os nomes das empresas e instituições que lhe pagaram por palestras. Os valores não foram divulgados. O ex-presidente também recebe doações de empresas, órgãos multilaterais e pessoas físicas para manutenção do instituto que leva seu nome, mas essa listagem não é conhecida. O instituto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também jamais divulgou a lista de empresas que colaboram ou colaboraram para sua manutenção. FHC mostra apenas os nomes de eventuais patrocinadores de eventos promovidos por ele. Nesta terça, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar o vazamento das informações sobre o faturamento da empresa LILS, do ex-presidente Lula. O objetivo é apurar se houve quebra de sigilos da empresa LILS -iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva-, firma que o petista usa para receber. Na nota em que apresentou a listagem de contratantes, o Instituto Lula afirmou que divulgou os nomes "para esclarecer distorções, manipulações e prejulgamentos em torno dessa atividade e das empresas contratantes, como vem ocorrendo por meio de reportagens, artigos e até editoriais na imprensa". Confira abaixo a lista de empresas que contrataram palestras de Lula, segundo o instituto do ex-presidente, por ordem alfabética. *
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Instituto diz que 41 empresas pagaram por palestras de Lula; veja a listaO Instituto Lula divulgou nesta terça-feira (18) a lista de empresas, associações e organismos internacionais que contrataram palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2011 e este ano. Segundo a entidade, foram 70 palestras pagas por 41 empresas e instituições, "sendo remunerado de acordo com sua projeção internacional e recolhendo os devidos impostos", diz a nota. A divulgação é uma resposta à reportagem da revista "Veja" segundo a qual Lula teria recebido R$ 27 milhões por palestras, dos quais R$ 9,85 milhões de empresas investigadas na Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras. O texto da revista foi escrito com base em um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Entre os 41 clientes listados pelo instituto estão Ambev, Infoglobo, LG, Microsoft, Nestlé, Pirelli e Tetra Pak. No grupo das construtoras, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht e UTC. Todas investigadas na Lava Jato. Os bancos da relação são Bank of America, BBVA Bancomer, BTG Pactual, Itaú BBA e Santander. É a primeira vez que Lula apresenta os nomes das empresas e instituições que lhe pagaram por palestras. Os valores não foram divulgados. O ex-presidente também recebe doações de empresas, órgãos multilaterais e pessoas físicas para manutenção do instituto que leva seu nome, mas essa listagem não é conhecida. O instituto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também jamais divulgou a lista de empresas que colaboram ou colaboraram para sua manutenção. FHC mostra apenas os nomes de eventuais patrocinadores de eventos promovidos por ele. Nesta terça, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar o vazamento das informações sobre o faturamento da empresa LILS, do ex-presidente Lula. O objetivo é apurar se houve quebra de sigilos da empresa LILS -iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva-, firma que o petista usa para receber. Na nota em que apresentou a listagem de contratantes, o Instituto Lula afirmou que divulgou os nomes "para esclarecer distorções, manipulações e prejulgamentos em torno dessa atividade e das empresas contratantes, como vem ocorrendo por meio de reportagens, artigos e até editoriais na imprensa". Confira abaixo a lista de empresas que contrataram palestras de Lula, segundo o instituto do ex-presidente, por ordem alfabética. *
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Calça de lã piora o sexo entre ratos? Veja os vencedores do Prêmio Ig Nobel
O Prêmio Nobel de 2016 será anunciado a partir do dia 3 de outubro. Enquanto acadêmicos e palpiteiros tentam adivinhar quem serão os vencedores, o vácuo de novidades é preenchido pelo menos famoso, porém não menos interessante, Prêmio Ig Nobel. A ideia é premiar cientistas ou entidades que tenham tido ideias bizarras e que as tenham levado a cabo. O anúncio foi feito na noite desta quinta (22) na Universidade Harvard, em Massachusetts (EUA) e contou com a participação da grande maioria dos vencedores. As categorias da premiação variam ano a ano e o escopo das "conquistas" pode ser bastante abrangente. Desde a avaliação do efeito do uso de calças de lã, algodão ou poliéster por ratos na performance sexual dos bichos (categoria "reprodução"), até a realização bem menos nobre da Volkswagen de tapear a medição de poluentes em seus veículos (categoria "química"). A recompensa para os ganhadores, além do reconhecimento (para o bem ou para o mal) é uma cédula de dez trilhões de dólares do Zimbábue –que mal vale o papel na qual foi impressa. Pelo menos a entrega é feita por legítimos ganhadores do Prêmio Nobel, a mais importante láurea científica –na cerimônia de premiação deste ano participaram Dudley Herschbach (química, 1986), Eric Maskin (economia, 2007), Rich Roberts (fisiologia ou medicina, 1993), e Roy Glauber (física, 2005). A proposta do prêmio, organizado pela revista "Annals of Improbable Research" (Anais de Pesquisa Improvável, em tradução livre) é que as pessoas possam "rir e depois pensar". O problema, não raro, é parar de rir. Veja abaixo a lista completa dos vencedores: * Conheça os vencedores do Prêmio Ig Nobel O vencedor foi um cientista egípcio que testou os efeitos de se usar calças de poliéster, algodão ou lã na vida sexual de ratos. (Se o assunto interessou, o poliéster piora a performance dos animais) Pesquisadores do Reino Unido e da Nova Zelândia estudaram a percepção de personalidade de rochas, em uma perspectiva de vendas e de marketing Cientistas europeus descobriram por que cavalos com pelos brancos têm uma proteção natural contra as moscas; e também estudaram a razão de libélulas terem atração por lápides escuras Cientistas alemães descobriram que, se uma pessoa tem uma coceira do lado esquerdo do corpo, o incômodo pode ser aliviado ao olhar para o espelho e coçar o lado direito (e vice-versa) A vencedora é a Volkswagen, por "resolver" o problema de poluição por automóveis ao, automaticamente, produzir menos poluentes toda vez que os carros passavam por testes Cientistas da Bélgica, Holanda, Alemanha, Canadá e EUA perguntaram para 1.000 mentirosos o quão frequentemente eles mentem e decidiram quando seria confiável acreditar nessas respostas Cientistas do Canadá e dos EUA realizaram um estudo acadêmico intitulado "Sobre a compreensão e detecção de bobagens pseudo-profundas" Dois britânicos receberão o prêmio: Charles Foster, por ter feito reflexões filosóficas ao viver como um texugo, uma lontra, uma raposa, um veado e uma andorinha e Thomas Thwaites, por ter criado extensões protéticas para membros que permitiram que ele se movesse de uma maneira semelhante a uma cabra e passassem tempo na companhia dos animais O sueco Fredrik Sjöberg é o vencedor, pela obra autobiográfica em três volumes sobre o prazer de colecionar moscas já mortas e também aquelas que ainda não morreram Dois cientistas japoneses investigaram o porquê de as coisas parecerem diferentes quando você se inclina e as observa por entre as suas pernas
ciencia
Calça de lã piora o sexo entre ratos? Veja os vencedores do Prêmio Ig NobelO Prêmio Nobel de 2016 será anunciado a partir do dia 3 de outubro. Enquanto acadêmicos e palpiteiros tentam adivinhar quem serão os vencedores, o vácuo de novidades é preenchido pelo menos famoso, porém não menos interessante, Prêmio Ig Nobel. A ideia é premiar cientistas ou entidades que tenham tido ideias bizarras e que as tenham levado a cabo. O anúncio foi feito na noite desta quinta (22) na Universidade Harvard, em Massachusetts (EUA) e contou com a participação da grande maioria dos vencedores. As categorias da premiação variam ano a ano e o escopo das "conquistas" pode ser bastante abrangente. Desde a avaliação do efeito do uso de calças de lã, algodão ou poliéster por ratos na performance sexual dos bichos (categoria "reprodução"), até a realização bem menos nobre da Volkswagen de tapear a medição de poluentes em seus veículos (categoria "química"). A recompensa para os ganhadores, além do reconhecimento (para o bem ou para o mal) é uma cédula de dez trilhões de dólares do Zimbábue –que mal vale o papel na qual foi impressa. Pelo menos a entrega é feita por legítimos ganhadores do Prêmio Nobel, a mais importante láurea científica –na cerimônia de premiação deste ano participaram Dudley Herschbach (química, 1986), Eric Maskin (economia, 2007), Rich Roberts (fisiologia ou medicina, 1993), e Roy Glauber (física, 2005). A proposta do prêmio, organizado pela revista "Annals of Improbable Research" (Anais de Pesquisa Improvável, em tradução livre) é que as pessoas possam "rir e depois pensar". O problema, não raro, é parar de rir. Veja abaixo a lista completa dos vencedores: * Conheça os vencedores do Prêmio Ig Nobel O vencedor foi um cientista egípcio que testou os efeitos de se usar calças de poliéster, algodão ou lã na vida sexual de ratos. (Se o assunto interessou, o poliéster piora a performance dos animais) Pesquisadores do Reino Unido e da Nova Zelândia estudaram a percepção de personalidade de rochas, em uma perspectiva de vendas e de marketing Cientistas europeus descobriram por que cavalos com pelos brancos têm uma proteção natural contra as moscas; e também estudaram a razão de libélulas terem atração por lápides escuras Cientistas alemães descobriram que, se uma pessoa tem uma coceira do lado esquerdo do corpo, o incômodo pode ser aliviado ao olhar para o espelho e coçar o lado direito (e vice-versa) A vencedora é a Volkswagen, por "resolver" o problema de poluição por automóveis ao, automaticamente, produzir menos poluentes toda vez que os carros passavam por testes Cientistas da Bélgica, Holanda, Alemanha, Canadá e EUA perguntaram para 1.000 mentirosos o quão frequentemente eles mentem e decidiram quando seria confiável acreditar nessas respostas Cientistas do Canadá e dos EUA realizaram um estudo acadêmico intitulado "Sobre a compreensão e detecção de bobagens pseudo-profundas" Dois britânicos receberão o prêmio: Charles Foster, por ter feito reflexões filosóficas ao viver como um texugo, uma lontra, uma raposa, um veado e uma andorinha e Thomas Thwaites, por ter criado extensões protéticas para membros que permitiram que ele se movesse de uma maneira semelhante a uma cabra e passassem tempo na companhia dos animais O sueco Fredrik Sjöberg é o vencedor, pela obra autobiográfica em três volumes sobre o prazer de colecionar moscas já mortas e também aquelas que ainda não morreram Dois cientistas japoneses investigaram o porquê de as coisas parecerem diferentes quando você se inclina e as observa por entre as suas pernas
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'Para lei, palavra da mulher não basta', diz feminista sobre projeto de Cunha
INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO "As teimosas", lê-se nos retalhos que formam a capa do sofá. "El machismo mata" está estampado em um quadro. Na sala, a bandeira de tecidos tem a palavra "autonomia" costurada. Não é difícil perceber que o lugar é sede de uma organização feminista. Fundada em 1963, a SOF (Sempreviva Organização Feminista) é das entidades paulistanas que há mais tempo discute os direitos da mulher. Focada até o início dos anos 1990 na saúde feminina, passou então a ampliar o debate com bandeiras como a descriminalização do aborto. Para a coordenadora-geral da SOF, Nalu Faria, 56, o projeto de lei nº 5069, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um retrocesso ante conquistas feitas nos últimos anos. Ela considera que a necessidade do exame de corpo de delito, que o projeto impõe a vítimas de estupro, deslegitima a palavra da mulher. Além disso, teme que ONGs que defendem a interrupção da gravidez possam ser criminalizadas. O que achou do projeto de lei? Ele busca reverter o avanço na legislação e nas práticas de atendimento, que foram fruto de muito esforço. Quando a gente conseguiu o reconhecimento da palavra das mulheres, teve um significado grande. No tema da violência sexual, sempre vivemos esse drama: a palavra das mulheres nunca é válida. Ela sempre deve provar que está falando a verdade, não é o acusado que deve provar que é inocente. A gente tem conseguido que a palavra seja o suficiente para haver um atendimento emergencial, para prevenção da gravidez, de DSTs. E o exame de corpo de delito? O exame está vinculado ao que falei, de que a palavra não basta. O que temos visto, no aspecto judicial, é um atendimento relapso. Encontra-se sêmen e isso nem sempre é levado em conta. Muitas mulheres, quando relatam situações de estupro, dizem que a primeira coisa que querem fazer é se lavar. Não se está considerando o que significa para as mulheres a vivência dessa situação. Quais seriam os outros efeitos? Quando você mexe em uma questão específica, o impacto não é só ali. Dizer que a voz das mulheres não vale, não é só para o atendimento de estupro. E deixa os profissionais de saúde em uma posição difícil. Quando a mulher é estuprada, a pessoa corre o risco de, ao dar assistência, ser considerada criminosa. Há impacto sobre quem convive com as mulheres, as famílias, por exemplo. A parte do texto que pune o anúncio e instrução sobre meios abortivos pode atingir as organizações feministas? Com certeza. Todo mundo sabe que o aborto existe e que as mulheres recorrem a ele em situações de gravidez indesejada. Se não, não existiria o número de abortos que têm neste país, que é quase de um milhão por ano. Vai tendo uma tentativa de fechar o cerco e buscar quem está ajudando, quem está informando. Existe uma tentativa há anos de criminalizar as organizações de mulheres que fazem um debate sobre o aborto. O que vai acontecer? Se o projeto for aprovado, vão ter um respaldo legal para fazerem isso. E vão ampliandoo os elementos que chamam de apologia, que é a palestra, a informação, a entrevista. O aborto deve ser descriminalizado? Entendemos que a maternidade não é um destino, mas uma decisão. A maternidade envolve uma série de conflitos que vão além da pergunta de querer ou não um filho. Se considero essas ambiguidades, questões e contradições, entendo que o aborto deve ser descriminalizado e legalizado. As mulheres não fazem aborto por irresponsabilidade. Uma feminista falou que a mulher que aborta uma gravidez indesejada é extremamente responsável. Porque se perguntou se tinha condições de ser mãe. E a possibilidade da adoção, defendida por quem é contrário à legalização do aborto? Essa ideia de que a gente tem que convencer uma mulher em uma gravidez indesejada de que ela tem que levar a gravidez a termo para dar para adoção não passa pela minha cabeça. Não estamos falando de abortos de crianças, estamos falando de abortos de embriões, e para gente isso é diferente. [Esse argumento] passa muito por cima de vida da mulher, porque ela é vista apenas como um recipiente que abriga um embrião, que vai virar um feto e depois uma criança. Não estão considerando o que vão ser os sentimentos dela ao dar para adoção. Ela vai parir uma criança, e não é que não tenha condições de levar a termo uma gravidez, ela não tem condições de presenciar a vida de uma pessoa que deixou vir ao mundo. Esse tipo de sugestão é um total desrespeito à vida das mulheres. * Os protestos contra Eduardo Cunha em São Paulo Protestos contra Eduardo Cunha em São Paulo
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'Para lei, palavra da mulher não basta', diz feminista sobre projeto de CunhaINGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO "As teimosas", lê-se nos retalhos que formam a capa do sofá. "El machismo mata" está estampado em um quadro. Na sala, a bandeira de tecidos tem a palavra "autonomia" costurada. Não é difícil perceber que o lugar é sede de uma organização feminista. Fundada em 1963, a SOF (Sempreviva Organização Feminista) é das entidades paulistanas que há mais tempo discute os direitos da mulher. Focada até o início dos anos 1990 na saúde feminina, passou então a ampliar o debate com bandeiras como a descriminalização do aborto. Para a coordenadora-geral da SOF, Nalu Faria, 56, o projeto de lei nº 5069, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um retrocesso ante conquistas feitas nos últimos anos. Ela considera que a necessidade do exame de corpo de delito, que o projeto impõe a vítimas de estupro, deslegitima a palavra da mulher. Além disso, teme que ONGs que defendem a interrupção da gravidez possam ser criminalizadas. O que achou do projeto de lei? Ele busca reverter o avanço na legislação e nas práticas de atendimento, que foram fruto de muito esforço. Quando a gente conseguiu o reconhecimento da palavra das mulheres, teve um significado grande. No tema da violência sexual, sempre vivemos esse drama: a palavra das mulheres nunca é válida. Ela sempre deve provar que está falando a verdade, não é o acusado que deve provar que é inocente. A gente tem conseguido que a palavra seja o suficiente para haver um atendimento emergencial, para prevenção da gravidez, de DSTs. E o exame de corpo de delito? O exame está vinculado ao que falei, de que a palavra não basta. O que temos visto, no aspecto judicial, é um atendimento relapso. Encontra-se sêmen e isso nem sempre é levado em conta. Muitas mulheres, quando relatam situações de estupro, dizem que a primeira coisa que querem fazer é se lavar. Não se está considerando o que significa para as mulheres a vivência dessa situação. Quais seriam os outros efeitos? Quando você mexe em uma questão específica, o impacto não é só ali. Dizer que a voz das mulheres não vale, não é só para o atendimento de estupro. E deixa os profissionais de saúde em uma posição difícil. Quando a mulher é estuprada, a pessoa corre o risco de, ao dar assistência, ser considerada criminosa. Há impacto sobre quem convive com as mulheres, as famílias, por exemplo. A parte do texto que pune o anúncio e instrução sobre meios abortivos pode atingir as organizações feministas? Com certeza. Todo mundo sabe que o aborto existe e que as mulheres recorrem a ele em situações de gravidez indesejada. Se não, não existiria o número de abortos que têm neste país, que é quase de um milhão por ano. Vai tendo uma tentativa de fechar o cerco e buscar quem está ajudando, quem está informando. Existe uma tentativa há anos de criminalizar as organizações de mulheres que fazem um debate sobre o aborto. O que vai acontecer? Se o projeto for aprovado, vão ter um respaldo legal para fazerem isso. E vão ampliandoo os elementos que chamam de apologia, que é a palestra, a informação, a entrevista. O aborto deve ser descriminalizado? Entendemos que a maternidade não é um destino, mas uma decisão. A maternidade envolve uma série de conflitos que vão além da pergunta de querer ou não um filho. Se considero essas ambiguidades, questões e contradições, entendo que o aborto deve ser descriminalizado e legalizado. As mulheres não fazem aborto por irresponsabilidade. Uma feminista falou que a mulher que aborta uma gravidez indesejada é extremamente responsável. Porque se perguntou se tinha condições de ser mãe. E a possibilidade da adoção, defendida por quem é contrário à legalização do aborto? Essa ideia de que a gente tem que convencer uma mulher em uma gravidez indesejada de que ela tem que levar a gravidez a termo para dar para adoção não passa pela minha cabeça. Não estamos falando de abortos de crianças, estamos falando de abortos de embriões, e para gente isso é diferente. [Esse argumento] passa muito por cima de vida da mulher, porque ela é vista apenas como um recipiente que abriga um embrião, que vai virar um feto e depois uma criança. Não estão considerando o que vão ser os sentimentos dela ao dar para adoção. Ela vai parir uma criança, e não é que não tenha condições de levar a termo uma gravidez, ela não tem condições de presenciar a vida de uma pessoa que deixou vir ao mundo. Esse tipo de sugestão é um total desrespeito à vida das mulheres. * Os protestos contra Eduardo Cunha em São Paulo Protestos contra Eduardo Cunha em São Paulo
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Entrevistas de 'O Pasquim' ganham encenações e viram série de TV
"Caetano é uma merda! Caetano não é artista! Não sabe cantar". A agressividade em cima de Caetano Veloso foi despejada por Agnaldo Timóteo em uma famosa entrevista ao "Pasquim", em 1972. Ao ouvir isso, Ziraldo, um dos entrevistadores da genial e provocativa turma do semanário, instiga: "Mas ele não é um grande compositor não?". Timóteo então continua no ataque: "Compositor de quê? Tá cantando cada macaco no seu galho e todo mundo roda e diz que é sensacional, e a música foi feita em mil novecentos e outrora, por um cara que ninguém conhece. Que gênio é esse?". Lendo muitas das 1.072 entrevistas publicadas no "Pasquim" entre 1969 e 1991, quando o jornal existiu, o diretor André Weller, 43, pensou: isso aí dá teatro. "Os textos têm uma qualidade dramatúrgica, rubricas", diz. E rendeu mesmo uma encenação, feita em um palco, mas para a TV. Nascia assim a série "As Grandes Entrevistas do Pasquim", que estreia nesta segunda (13), às 20h. Na produção de 13 episódios, atores interpretam algumas das personalidades entrevistadas pelo "Pasquim", como Agnaldo Timóteo, vivido por Sérgio Loroza. O Timóteo verdadeiro também participará pedindo desculpas a Caetano, que conheceu depois. A série traz ainda Matheus Nachtergaele como Fernando Gabeira, Michel Melamed como Elke Maravilha e Paulo Cesar Pereio como Jânio Quadros, entre outros. Augusto Madeira, Bruce Gomlevsky, Daniel Braga e Marcio Vito são do elenco fixo, revezando-se em papéis como de Ziraldo, Tarso de Castro, Jaguar, Millôr e Sérgio Cabral. "Dizem que 'O Pasquim' foi uma conjunção de astros que se alinharam porque tinham um único inimigo, o governo militar. Agora vivemos um momento de posicionamento político, acho propício para a série, porque as pessoas que davam entrevistas ali eram libertárias, iconoclastas", afirma Weller à Folha. O diretor conta com a ajuda no roteiro de um antigo editor do jornal, Ricky Goodwin. Alguns dos entrevistadores remanescentes do "Pasquim" também aparecerão, contando bastidores. "Agora faltam 1.059 entrevistas para selecionar", diz Weller, dando pistas de que haverá mais uma temporada. NA TV As Grandes Entrevistas do Pasquim QUANDO seg., às 20h, Canal Brasil
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Entrevistas de 'O Pasquim' ganham encenações e viram série de TV"Caetano é uma merda! Caetano não é artista! Não sabe cantar". A agressividade em cima de Caetano Veloso foi despejada por Agnaldo Timóteo em uma famosa entrevista ao "Pasquim", em 1972. Ao ouvir isso, Ziraldo, um dos entrevistadores da genial e provocativa turma do semanário, instiga: "Mas ele não é um grande compositor não?". Timóteo então continua no ataque: "Compositor de quê? Tá cantando cada macaco no seu galho e todo mundo roda e diz que é sensacional, e a música foi feita em mil novecentos e outrora, por um cara que ninguém conhece. Que gênio é esse?". Lendo muitas das 1.072 entrevistas publicadas no "Pasquim" entre 1969 e 1991, quando o jornal existiu, o diretor André Weller, 43, pensou: isso aí dá teatro. "Os textos têm uma qualidade dramatúrgica, rubricas", diz. E rendeu mesmo uma encenação, feita em um palco, mas para a TV. Nascia assim a série "As Grandes Entrevistas do Pasquim", que estreia nesta segunda (13), às 20h. Na produção de 13 episódios, atores interpretam algumas das personalidades entrevistadas pelo "Pasquim", como Agnaldo Timóteo, vivido por Sérgio Loroza. O Timóteo verdadeiro também participará pedindo desculpas a Caetano, que conheceu depois. A série traz ainda Matheus Nachtergaele como Fernando Gabeira, Michel Melamed como Elke Maravilha e Paulo Cesar Pereio como Jânio Quadros, entre outros. Augusto Madeira, Bruce Gomlevsky, Daniel Braga e Marcio Vito são do elenco fixo, revezando-se em papéis como de Ziraldo, Tarso de Castro, Jaguar, Millôr e Sérgio Cabral. "Dizem que 'O Pasquim' foi uma conjunção de astros que se alinharam porque tinham um único inimigo, o governo militar. Agora vivemos um momento de posicionamento político, acho propício para a série, porque as pessoas que davam entrevistas ali eram libertárias, iconoclastas", afirma Weller à Folha. O diretor conta com a ajuda no roteiro de um antigo editor do jornal, Ricky Goodwin. Alguns dos entrevistadores remanescentes do "Pasquim" também aparecerão, contando bastidores. "Agora faltam 1.059 entrevistas para selecionar", diz Weller, dando pistas de que haverá mais uma temporada. NA TV As Grandes Entrevistas do Pasquim QUANDO seg., às 20h, Canal Brasil
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Doria anuncia projeto para o centro de SP e muda prazo durante entrevista
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira (26) um projeto de intervenções no centro da cidade a longo prazo, envolvendo a construção de bulevares nas principais avenidas, a instalação de um ônibus circular elétrico pela região e a construção do que o prefeito chamou de "edifícios icônicos", construções com potencial para serem marcos na paisagem da capital. A Prefeitura de São Paulo havia anunciado inicialmente um prazo de 12 anos para a finalização do projeto "Centro Novo". No entanto, após ouvir do arquiteto Jaime Lerner (ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná) durante entrevista coletiva que o prazo era longo, Doria decidiu mudar imediatamente para oito anos. "Já falei aqui para o Bruno [Covas, vice-prefeito e secretário das Prefeituras Regionais] que adorei você dizer que quer acelerar. Então nós vamos acelerar. Já passei para o Bruno a orientação: vipt-vapt. Vamos fazer em oito anos o que estávamos planejando para fazer em doze. E dá para fazer. O Bruno engoliu seco, mas dá para fazer", disse Doria. "No planejamento original, a pedido do Bruno, estávamos trabalhando com o prazo de três gestões. Vamos reduzir para dois. E é possível porque tivemos notícia de melhoria da arrecadação. Com mais recurso também poderemos investir em programas de reurbanização física da área central da cidade. Mas não em obras, porque isso quem vai fazer é o setor privado", completou. Segundo o prefeito, a implantação do projeto será custeada por meio de recursos da iniciativa privada, de fundos de investimento (BNDES, Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco Mundial), e da prefeitura. Cláudio Bernardes, presidente do conselho consultivo do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), órgão que ofereceu o projeto à prefeitura, estimou em R$ 300 milhões o custo para implantação dos bulevares nas principais avenidas da região (como Rio Branco e Duque de Caxias), e para efeito de comparação disse que um modal sobre trilhos custaria R$ 600 milhões, as obras prioritárias do projeto. Sobre os ônibus que farão percurso circular no centro, Doria disse que estarão em funcionamento até 2020, o último ano de sua gestão. "As duas linhas circulares vão contemplar pontos de interesse da cidade e privilegiar a conexão entre as estações de metrô, ônibus e trem", disse Sergio Avelleda, secretário de Transportes, que disse que a operação desse ser administrada por operadores privados a serem definidos a partir de licitação. Em sentido horário, segundo planejamento da prefeitura, a linha circular deve ter 18 paradas em circuito de seis quilômetros: Sé, São Francisco, Teatro Municipal, Largo do Paissandu, Sampa, Vitória, Duque de Caxias, Rio Branco, Julio Prestes, Mauá, Luz, Poupatempo Luz, 25 de Março, Mercadão, Cantareira, Dom Pedro e Poupatempo Sé. Em sentido anti-horário, a linha terá 19 paradas: Sé, Poupatempo Sé, Retortas, D. Pedro, Sesc, Mercadão, 25 de Março, Poupatempo Luz, Luz, Mauá, Julio Prestes, Princesa Isabel, Senai, Santa Cecília, Arouche, República, Biblioteca, João Mendes. Sobre os bulevares, a ideia é a de mudar os parâmetros construtivos do centro, buscando investimentos para que a região seja adensada por meio da atração da classe média. Nesse sentido, além de trabalhos de melhoria das calçadas, arborização da região e iluminação, a prefeitura planeja alterações na lei de zoneamento para criar condições facilitadas para a chegada de investidores e a migração da classe média para o centro. "Grande parte do que traz o projeto depende de alterações de leis. O melhor instrumento para se fazer isso é a alteração da Operação Urbana Centro. Isso porque grande parte da legislação regular de zoneamento do centro traz muitos imóveis tombados, muitas Zeis [Zonas Especiais de Interesse Social]. Isso tudo tem que ser tratado ao mesmo tempo para conseguirmos esse projeto de requalificação da área central", disse Heloisa Proença, secretária de Urbanismo e Licenciamento Nesse sentido, por exemplo, são estudados o fim da fruição pública (espaços abertos para toda a comunidade, mas mantidos pelo dono do empreendimento) para hospitais e escolas, e o fim da obrigatoriedade de alargamento de calçadas para reformas e retrofits de edifícios no centro. "Já temos uma porção de Zeis no centro, que colocam a primazia da habitação social popular. Mas não basta. A região central exige o retorno da população moradora. Exige a mistura de classes de renda. A ideia é a de ter instrumentos que facilitem e atraiam investimentos para classe de média renda e também alguns instrumentos que atraiam em outras localidades que não as Zeis, como os edifícios de uso misto, com atividades de serviço, comércio e moradia", completou Proença. "O desafio agora é atrair a classe de renda média." Proença ainda disse que a prefeitura estuda permitir o aumento do limite máximo de altura de prédios em ruas menos movimentadas de São Paulo. Atualmente, o limite de 28 metros, que equivalem a oito andares, em regiões que estão fora dos eixos de transporte público. "É uma das premissas da lei de zoneamento que estamos avaliando. Com muita cautela, com muito cuidado, mas partindo da cidade que já temos. Grande parte da cidade hoje, particularmente na região central, já supera esses índices e coeficientes. Não tem muito cabimento restringir aquilo que na prática está ultrapassado. Os gabaritos são muito maiores que isso." DISPUTA POR ESPAÇO À Folha, o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano pondera que o projeto pode levar à expulsão das pessoas das classes baixas do centro. "A classe de renda média já está mudando para o centro, morando em 'studios' de dez metros quadrados. A classe de renda baixa também está lá, só que em cortiços. Esse projeto pode gerar um processo de expulsão dos mais pobres do centro. O mercado dá conta da classe média. Cabe ao poder público corrigir a distorção e dar acesso aos mais pobres", analisou, acrescentando uma observação sobre a origem do projeto. "É comum em prefeituras do interior, mas se o Secovi-SP doou o projeto à prefeitura é porque quer algo em troca ou porque o próprio projeto favorece os negócios deles, que são aqueles do mercado imobiliário. A prefeitura tem a obrigação de fazer ampla discussão pública para tratar disso, porque é assunto de interesse público, e não só do setor de incorporação imobiliária." ARQUITETURA Doria ainda destacou que deseja a construção de edifícios que causem impressão na paisagem de São Paulo. Segundo ele, a cidade não tem construções icônicas à altura de seus arquitetos e de sua história. "É inacreditável como a terceira maior capital do mundo, a sétima maior cidade do planeta, não tem edifícios icônicos. Qual é o símbolo da cidade? Não tem. Tem a ponte estaiada [ponte Octavio Frias de Oliveira] e o Masp, um projeto da década de 1950, da Lina Bo Bardi, e ficamos aí. Não faz sentido São Paulo não ter uma simbologia arquitetônica à altura de seus arquitetos e de sua dimensão. Vamos ter edifícios icônicos, sim. São Paulo tem que pensar grande, é uma cidade global", finalizou o prefeito, que atualmente trava uma disputa interna no PSDB com o governador Geraldo Alckmin para a escolha do candidato do partido ao Palácio do Planalto.
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Doria anuncia projeto para o centro de SP e muda prazo durante entrevistaO prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira (26) um projeto de intervenções no centro da cidade a longo prazo, envolvendo a construção de bulevares nas principais avenidas, a instalação de um ônibus circular elétrico pela região e a construção do que o prefeito chamou de "edifícios icônicos", construções com potencial para serem marcos na paisagem da capital. A Prefeitura de São Paulo havia anunciado inicialmente um prazo de 12 anos para a finalização do projeto "Centro Novo". No entanto, após ouvir do arquiteto Jaime Lerner (ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná) durante entrevista coletiva que o prazo era longo, Doria decidiu mudar imediatamente para oito anos. "Já falei aqui para o Bruno [Covas, vice-prefeito e secretário das Prefeituras Regionais] que adorei você dizer que quer acelerar. Então nós vamos acelerar. Já passei para o Bruno a orientação: vipt-vapt. Vamos fazer em oito anos o que estávamos planejando para fazer em doze. E dá para fazer. O Bruno engoliu seco, mas dá para fazer", disse Doria. "No planejamento original, a pedido do Bruno, estávamos trabalhando com o prazo de três gestões. Vamos reduzir para dois. E é possível porque tivemos notícia de melhoria da arrecadação. Com mais recurso também poderemos investir em programas de reurbanização física da área central da cidade. Mas não em obras, porque isso quem vai fazer é o setor privado", completou. Segundo o prefeito, a implantação do projeto será custeada por meio de recursos da iniciativa privada, de fundos de investimento (BNDES, Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco Mundial), e da prefeitura. Cláudio Bernardes, presidente do conselho consultivo do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), órgão que ofereceu o projeto à prefeitura, estimou em R$ 300 milhões o custo para implantação dos bulevares nas principais avenidas da região (como Rio Branco e Duque de Caxias), e para efeito de comparação disse que um modal sobre trilhos custaria R$ 600 milhões, as obras prioritárias do projeto. Sobre os ônibus que farão percurso circular no centro, Doria disse que estarão em funcionamento até 2020, o último ano de sua gestão. "As duas linhas circulares vão contemplar pontos de interesse da cidade e privilegiar a conexão entre as estações de metrô, ônibus e trem", disse Sergio Avelleda, secretário de Transportes, que disse que a operação desse ser administrada por operadores privados a serem definidos a partir de licitação. Em sentido horário, segundo planejamento da prefeitura, a linha circular deve ter 18 paradas em circuito de seis quilômetros: Sé, São Francisco, Teatro Municipal, Largo do Paissandu, Sampa, Vitória, Duque de Caxias, Rio Branco, Julio Prestes, Mauá, Luz, Poupatempo Luz, 25 de Março, Mercadão, Cantareira, Dom Pedro e Poupatempo Sé. Em sentido anti-horário, a linha terá 19 paradas: Sé, Poupatempo Sé, Retortas, D. Pedro, Sesc, Mercadão, 25 de Março, Poupatempo Luz, Luz, Mauá, Julio Prestes, Princesa Isabel, Senai, Santa Cecília, Arouche, República, Biblioteca, João Mendes. Sobre os bulevares, a ideia é a de mudar os parâmetros construtivos do centro, buscando investimentos para que a região seja adensada por meio da atração da classe média. Nesse sentido, além de trabalhos de melhoria das calçadas, arborização da região e iluminação, a prefeitura planeja alterações na lei de zoneamento para criar condições facilitadas para a chegada de investidores e a migração da classe média para o centro. "Grande parte do que traz o projeto depende de alterações de leis. O melhor instrumento para se fazer isso é a alteração da Operação Urbana Centro. Isso porque grande parte da legislação regular de zoneamento do centro traz muitos imóveis tombados, muitas Zeis [Zonas Especiais de Interesse Social]. Isso tudo tem que ser tratado ao mesmo tempo para conseguirmos esse projeto de requalificação da área central", disse Heloisa Proença, secretária de Urbanismo e Licenciamento Nesse sentido, por exemplo, são estudados o fim da fruição pública (espaços abertos para toda a comunidade, mas mantidos pelo dono do empreendimento) para hospitais e escolas, e o fim da obrigatoriedade de alargamento de calçadas para reformas e retrofits de edifícios no centro. "Já temos uma porção de Zeis no centro, que colocam a primazia da habitação social popular. Mas não basta. A região central exige o retorno da população moradora. Exige a mistura de classes de renda. A ideia é a de ter instrumentos que facilitem e atraiam investimentos para classe de média renda e também alguns instrumentos que atraiam em outras localidades que não as Zeis, como os edifícios de uso misto, com atividades de serviço, comércio e moradia", completou Proença. "O desafio agora é atrair a classe de renda média." Proença ainda disse que a prefeitura estuda permitir o aumento do limite máximo de altura de prédios em ruas menos movimentadas de São Paulo. Atualmente, o limite de 28 metros, que equivalem a oito andares, em regiões que estão fora dos eixos de transporte público. "É uma das premissas da lei de zoneamento que estamos avaliando. Com muita cautela, com muito cuidado, mas partindo da cidade que já temos. Grande parte da cidade hoje, particularmente na região central, já supera esses índices e coeficientes. Não tem muito cabimento restringir aquilo que na prática está ultrapassado. Os gabaritos são muito maiores que isso." DISPUTA POR ESPAÇO À Folha, o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano pondera que o projeto pode levar à expulsão das pessoas das classes baixas do centro. "A classe de renda média já está mudando para o centro, morando em 'studios' de dez metros quadrados. A classe de renda baixa também está lá, só que em cortiços. Esse projeto pode gerar um processo de expulsão dos mais pobres do centro. O mercado dá conta da classe média. Cabe ao poder público corrigir a distorção e dar acesso aos mais pobres", analisou, acrescentando uma observação sobre a origem do projeto. "É comum em prefeituras do interior, mas se o Secovi-SP doou o projeto à prefeitura é porque quer algo em troca ou porque o próprio projeto favorece os negócios deles, que são aqueles do mercado imobiliário. A prefeitura tem a obrigação de fazer ampla discussão pública para tratar disso, porque é assunto de interesse público, e não só do setor de incorporação imobiliária." ARQUITETURA Doria ainda destacou que deseja a construção de edifícios que causem impressão na paisagem de São Paulo. Segundo ele, a cidade não tem construções icônicas à altura de seus arquitetos e de sua história. "É inacreditável como a terceira maior capital do mundo, a sétima maior cidade do planeta, não tem edifícios icônicos. Qual é o símbolo da cidade? Não tem. Tem a ponte estaiada [ponte Octavio Frias de Oliveira] e o Masp, um projeto da década de 1950, da Lina Bo Bardi, e ficamos aí. Não faz sentido São Paulo não ter uma simbologia arquitetônica à altura de seus arquitetos e de sua dimensão. Vamos ter edifícios icônicos, sim. São Paulo tem que pensar grande, é uma cidade global", finalizou o prefeito, que atualmente trava uma disputa interna no PSDB com o governador Geraldo Alckmin para a escolha do candidato do partido ao Palácio do Planalto.
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Rios à míngua: Bacia com água sob disputa tem só 12% de cobertura florestal
Uma das regiões mais ricas do Estado de São Paulo, a bacia PCJ é também uma das mais pobres em árvores.Da água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí dependem 5,5 milhões de pessoas, mas elas contam com apenas 12,6% de florestas nativas.A estatística devastadora foi colhida em levantamento da organização não governamental SOS Mata Atlântica obtido pela Folha. A pesquisa com dados de satélite cobriu 70 municípios paulistas da bacia PCJ, num total de 14.178 quilômetros quadrados.Desses 5,5 milhões de habitantes, cerca de 3 milhões moram na décima maior região metropolitana do Brasil, a de Campinas. O PIB per capita nela é de R$ 48 mil, bem acima dos R$ 27 mil do país.Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1718237
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Rios à míngua: Bacia com água sob disputa tem só 12% de cobertura florestalUma das regiões mais ricas do Estado de São Paulo, a bacia PCJ é também uma das mais pobres em árvores.Da água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí dependem 5,5 milhões de pessoas, mas elas contam com apenas 12,6% de florestas nativas.A estatística devastadora foi colhida em levantamento da organização não governamental SOS Mata Atlântica obtido pela Folha. A pesquisa com dados de satélite cobriu 70 municípios paulistas da bacia PCJ, num total de 14.178 quilômetros quadrados.Desses 5,5 milhões de habitantes, cerca de 3 milhões moram na décima maior região metropolitana do Brasil, a de Campinas. O PIB per capita nela é de R$ 48 mil, bem acima dos R$ 27 mil do país.Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1718237
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Ciro: FHC foi o governo mais ruinoso da história; Dilma é candidata a vice
Pré-candidato à presidência da República em 2018 pelo PDT, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, foi entrevistado pela jornalista Daniela Pinheiro, da piauí, no evento "Conversa com a Fonte", dentro do Festival Piauí GloboNews de Jornalismo.Neste vídeo, Ciro comenta os números do governo FHC
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Ciro: FHC foi o governo mais ruinoso da história; Dilma é candidata a vicePré-candidato à presidência da República em 2018 pelo PDT, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, foi entrevistado pela jornalista Daniela Pinheiro, da piauí, no evento "Conversa com a Fonte", dentro do Festival Piauí GloboNews de Jornalismo.Neste vídeo, Ciro comenta os números do governo FHC
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Restaurante peruano faz evento com presença de chefs internacionais
A unidade paulistana do restaurante La Mar fará na próxima terça-feira (15) um jantar especial em comemoração aos sete anos da casa de origem peruana. Foram convidados a participar o chef Anthony Vasquez Diaz, da sucursal do La Mar em Buenos Aires, e Antonio Aqui Panta, à frente do bar de Lima, que farão um menu a seis mãos com o chef José Clotanildes, de São Paulo. Serão servidos, por exemplo, o ceviche de caranguejo, lagostins e leite de tigre de corais, tiraditos (carne cortada em lâminas) de vieiras e polvo com maionese de azeitonas, chimichurri de rocoto (pimenta), alho frito e batatas. As receitas, servidas em porções maiores, serão compartilhadas entre os comensais. O jantar, nomeado #ExperiênciaPeruana, custará R$ 210 e inclui também drinques em duas versões. O restaurante La Mar, aberto em Lima pelo chef Gastón Acurio, em 1994, tem uma unidade em São Paulo desde 2009 –também está em Miami, Santiago, Bogotá e Buenos Aires. SERVIÇO Jantar de aniversário do La Mar São Paulo ONDE rua Tabapuã, 1.410 - Itaim Bibi. Telefone: 3073-1213 QUANDO 15/3 QUANTO de R$ 210 RESERVAS pelo telefone (11) 3073-1213 ou pelo FoodPass
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Restaurante peruano faz evento com presença de chefs internacionaisA unidade paulistana do restaurante La Mar fará na próxima terça-feira (15) um jantar especial em comemoração aos sete anos da casa de origem peruana. Foram convidados a participar o chef Anthony Vasquez Diaz, da sucursal do La Mar em Buenos Aires, e Antonio Aqui Panta, à frente do bar de Lima, que farão um menu a seis mãos com o chef José Clotanildes, de São Paulo. Serão servidos, por exemplo, o ceviche de caranguejo, lagostins e leite de tigre de corais, tiraditos (carne cortada em lâminas) de vieiras e polvo com maionese de azeitonas, chimichurri de rocoto (pimenta), alho frito e batatas. As receitas, servidas em porções maiores, serão compartilhadas entre os comensais. O jantar, nomeado #ExperiênciaPeruana, custará R$ 210 e inclui também drinques em duas versões. O restaurante La Mar, aberto em Lima pelo chef Gastón Acurio, em 1994, tem uma unidade em São Paulo desde 2009 –também está em Miami, Santiago, Bogotá e Buenos Aires. SERVIÇO Jantar de aniversário do La Mar São Paulo ONDE rua Tabapuã, 1.410 - Itaim Bibi. Telefone: 3073-1213 QUANDO 15/3 QUANTO de R$ 210 RESERVAS pelo telefone (11) 3073-1213 ou pelo FoodPass
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Veja filmes premiados em festivais que estão na Mostra de Cinema em SP
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Até 4/11, a 39ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo exibe mais de 300 filmes na cidade. As sessões projetam obras que vêm de 62 países, com ingressos de R$ 16 (de segunda a quinta) a R$ 20 (de sexta a domingo). Para ajudar a desbravar a vasta programação, a sãopaulo indica, abaixo, cinco apostas que arrebataram prêmios em festivais internacionais. DESDE ALLÁ O filme venezuelano, gravado em parceria com o México, foi consagrado com o Leão de Ouro, principal prêmio do Festival de Veneza. Na trama, o ricaço Armando usa seu dinheiro para atrair jovens homens até a sua casa. Ele conhece Elder, líder de uma gangue de rua, e os dois criam intimidade. O rapaz, porém, descobre fatos preocupantes no passado de Armando. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo * DHEEPAN - O REFÚGIO Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o longa francês conta a história de um ex-soldado, que assume o nome Dheepan. Para fugir da guerra civil no Sri Lanka, ele se junta a uma moça e a uma garotinha e faz com que passem por uma família. Mesmo sem se conhecerem, eles tentarão construir uma nova vida juntos. Veja salas e horários Vídeo * PARDAIS Ari é um menino de 16 anos que é obrigado a voltar a morar com o pai e com a avó na cidade onde nasceu, no litoral da Dinamarca. Lá, ele descobre que seus antigos amigos já não são mais os mesmos e passa por um difícil processo de adaptação. Sensível, a trama foi contemplada com a Concha Dourada no Festival de San Sebastián. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo * A OVELHA NEGRA Vindo da Islândia, o filme retrata os irmãos Gummi e Kiddi, que criam ovelhas. Embora dividam os mesmos terreno e ofício, os dois não se falam há 40 anos. Eles têm de se unir quando as autoridades decidem abater os animais por causa de uma epidemia. O longa levou o prêmio na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo * A TERRA E A SOMBRA Alfonso retorna à casa da família, depois de 17 anos de ausência, por causa do filho doente. Lá, ele descobre que a ex-mulher, a nora e o neto levam uma vida difícil. O personagem tenta se encaixar novamente na família para ajudá-la. Coprodução entre Colômbia, Holanda, Chile, França e Brasil, o filme arrebatou o prêmio Caméra D'Or no Festival de Cannes. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo
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Veja filmes premiados em festivais que estão na Mostra de Cinema em SPLUIZA WOLF DE SÃO PAULO Até 4/11, a 39ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo exibe mais de 300 filmes na cidade. As sessões projetam obras que vêm de 62 países, com ingressos de R$ 16 (de segunda a quinta) a R$ 20 (de sexta a domingo). Para ajudar a desbravar a vasta programação, a sãopaulo indica, abaixo, cinco apostas que arrebataram prêmios em festivais internacionais. DESDE ALLÁ O filme venezuelano, gravado em parceria com o México, foi consagrado com o Leão de Ouro, principal prêmio do Festival de Veneza. Na trama, o ricaço Armando usa seu dinheiro para atrair jovens homens até a sua casa. Ele conhece Elder, líder de uma gangue de rua, e os dois criam intimidade. O rapaz, porém, descobre fatos preocupantes no passado de Armando. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo * DHEEPAN - O REFÚGIO Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o longa francês conta a história de um ex-soldado, que assume o nome Dheepan. Para fugir da guerra civil no Sri Lanka, ele se junta a uma moça e a uma garotinha e faz com que passem por uma família. Mesmo sem se conhecerem, eles tentarão construir uma nova vida juntos. Veja salas e horários Vídeo * PARDAIS Ari é um menino de 16 anos que é obrigado a voltar a morar com o pai e com a avó na cidade onde nasceu, no litoral da Dinamarca. Lá, ele descobre que seus antigos amigos já não são mais os mesmos e passa por um difícil processo de adaptação. Sensível, a trama foi contemplada com a Concha Dourada no Festival de San Sebastián. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo * A OVELHA NEGRA Vindo da Islândia, o filme retrata os irmãos Gummi e Kiddi, que criam ovelhas. Embora dividam os mesmos terreno e ofício, os dois não se falam há 40 anos. Eles têm de se unir quando as autoridades decidem abater os animais por causa de uma epidemia. O longa levou o prêmio na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo * A TERRA E A SOMBRA Alfonso retorna à casa da família, depois de 17 anos de ausência, por causa do filho doente. Lá, ele descobre que a ex-mulher, a nora e o neto levam uma vida difícil. O personagem tenta se encaixar novamente na família para ajudá-la. Coprodução entre Colômbia, Holanda, Chile, França e Brasil, o filme arrebatou o prêmio Caméra D'Or no Festival de Cannes. Veja salas e horários Trailer com legendas em inglês Vídeo
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De volta à América do Sul
Ausente no discurso de posse do chanceler José Serra, a América do Sul volta a reluzir no mapa das opções estratégicas da política externa brasileira. Após um período de interinidade dominado pela aspereza diante de alguns países vizinhos, a diplomacia brasileira foi recalibrada na fala do presidente Michel Temer na abertura da Assembleia Geral da ONU e parece ter reencontrado o caminho da América do Sul. Argentina e Paraguai são as primeiras paradas sul-americanas de Temer. Parceiros estratégicos, Brasil e Argentina atravessam realidades econômicas e sociais semelhantes. Ambos enfrentam o desafio de impulsionar uma política de austeridade fiscal, delimitar um teto para gastos na inchada máquina estatal e atrair investimentos privados para a infraestrutura. Um dos desafios do encontro, em Buenos Aires, reside na forma como os dois países querem entrelaçar seus projetos geoeconômicos. Brasil e Argentina buscam redimensionar o papel do Mercosul e sinalizar sua pretensão de flexibilização das normas do bloco em prol de regionalismo aberto, inclusive convergindo com a Aliança do Pacífico. Com o risco Trump, nos EUA, e o paradoxo do "brexit", na Europa, ambos os países chegam de modo tardio aos meandros de um comércio global mais aberto. Mitigar riscos de um insucesso é essencial para evitar tombos ainda maiores. O acordo Mercosul-União Europeia pode cair no imobilismo, dada a complexidade da situação europeia. Outro ponto na agenda será a crise venezuelana. O iminente colapso do governo Nicolás Maduro deveria levar ambos os países a serenarem sua retórica, pensando em soluções efetivas para os riscos de convulsão social. Já que Brasília e Buenos Aires se invalidaram como mediadores para uma crise que parece caminhar a um desfecho traumático, endossar a ajuda do Vaticano e facilitar a criação de um grupo de países para ajudar no diálogo interno para valer e sem precondições será um passo importante. Ademais, apesar de expressões de simpatia pela candidatura da chanceler argentina, Susana Malcorra, ao posto de secretária-geral da ONU, o Brasil precisa ser cuidadoso no desembaraço de suas explicações, para evitar incompreensões, já que Brasília somente explicitará o seu enfático apoio mais adiante, se ela se provar viável. No Itamaraty se crê na dificuldade de Malcorra em bater os candidatos europeus ou sobreviver ao veto britânico no Conselho de Segurança. A estratégia seria sustentar Malcorra até onde houver fôlego. Depois, embarcar na canoa do candidato português, António Guterres, um dos favoritos da disputa.  Em Assunção, Temer precisa quebrar o gelo que marcou as relações desde a suspensão do Paraguai do Mercosul. Vários projetos prioritários ficaram à deriva, como a cooperação da segurança fronteiriça, comércio bilateral e Itaipu. É hora de reiniciar o jogo. A América do Sul é nosso espaço prioritário e tão fundamental quanto necessário cultivar relações com vizinhos, a despeito de idiossincrasias políticas. Após o rechaço ao acordo de paz no plebiscito, o Brasil deveria assumir uma centralidade maior no diálogo interno colombiano, prevenindo a desintegração dos esforços de paz. Mais do que nunca, precisamos realinhar nossos ponteiros diplomáticos para a região.
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De volta à América do SulAusente no discurso de posse do chanceler José Serra, a América do Sul volta a reluzir no mapa das opções estratégicas da política externa brasileira. Após um período de interinidade dominado pela aspereza diante de alguns países vizinhos, a diplomacia brasileira foi recalibrada na fala do presidente Michel Temer na abertura da Assembleia Geral da ONU e parece ter reencontrado o caminho da América do Sul. Argentina e Paraguai são as primeiras paradas sul-americanas de Temer. Parceiros estratégicos, Brasil e Argentina atravessam realidades econômicas e sociais semelhantes. Ambos enfrentam o desafio de impulsionar uma política de austeridade fiscal, delimitar um teto para gastos na inchada máquina estatal e atrair investimentos privados para a infraestrutura. Um dos desafios do encontro, em Buenos Aires, reside na forma como os dois países querem entrelaçar seus projetos geoeconômicos. Brasil e Argentina buscam redimensionar o papel do Mercosul e sinalizar sua pretensão de flexibilização das normas do bloco em prol de regionalismo aberto, inclusive convergindo com a Aliança do Pacífico. Com o risco Trump, nos EUA, e o paradoxo do "brexit", na Europa, ambos os países chegam de modo tardio aos meandros de um comércio global mais aberto. Mitigar riscos de um insucesso é essencial para evitar tombos ainda maiores. O acordo Mercosul-União Europeia pode cair no imobilismo, dada a complexidade da situação europeia. Outro ponto na agenda será a crise venezuelana. O iminente colapso do governo Nicolás Maduro deveria levar ambos os países a serenarem sua retórica, pensando em soluções efetivas para os riscos de convulsão social. Já que Brasília e Buenos Aires se invalidaram como mediadores para uma crise que parece caminhar a um desfecho traumático, endossar a ajuda do Vaticano e facilitar a criação de um grupo de países para ajudar no diálogo interno para valer e sem precondições será um passo importante. Ademais, apesar de expressões de simpatia pela candidatura da chanceler argentina, Susana Malcorra, ao posto de secretária-geral da ONU, o Brasil precisa ser cuidadoso no desembaraço de suas explicações, para evitar incompreensões, já que Brasília somente explicitará o seu enfático apoio mais adiante, se ela se provar viável. No Itamaraty se crê na dificuldade de Malcorra em bater os candidatos europeus ou sobreviver ao veto britânico no Conselho de Segurança. A estratégia seria sustentar Malcorra até onde houver fôlego. Depois, embarcar na canoa do candidato português, António Guterres, um dos favoritos da disputa.  Em Assunção, Temer precisa quebrar o gelo que marcou as relações desde a suspensão do Paraguai do Mercosul. Vários projetos prioritários ficaram à deriva, como a cooperação da segurança fronteiriça, comércio bilateral e Itaipu. É hora de reiniciar o jogo. A América do Sul é nosso espaço prioritário e tão fundamental quanto necessário cultivar relações com vizinhos, a despeito de idiossincrasias políticas. Após o rechaço ao acordo de paz no plebiscito, o Brasil deveria assumir uma centralidade maior no diálogo interno colombiano, prevenindo a desintegração dos esforços de paz. Mais do que nunca, precisamos realinhar nossos ponteiros diplomáticos para a região.
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Por que o Congresso dos EUA não vai permitir que Trump vire as costas para o mundo
Após a vitória de Donald Trump, do partido Republicano, à Presidência dos Estados Unidos, está provado que tudo é possível. Os mercados estão em polvorosa, mas é hora de acalmar os ânimos e se lembrar de que é pouquíssimo provável que as grandes corporações americanas permitam que o novo mandatário implemente sua nefasta política comercial. Durante a campanha, Trump fez promessas que dão calafrios aos defensores do livre comércio, mas não esperem nada extremo como acabar com o Nafta (acordo com México e Canadá) ou abrir uma guerra comercial contra a China. Isso dificilmente vai acontecer, porque o Congresso não vai permitir. E, nos EUA, os congressistas têm a palavra final sobre a política comercial. É possível argumentar que o partido de Trump garantiu a maioria na Câmara e no Senado. Mas isso não significa que deputados e senadores republicanos concordem com ele sobre a maneira como os EUA devem se relacionar com o mundo e, principalmente, não quer dizer que os financiadores desses políticos concordem com ele. Maior federação empresarial dos Estados Unidos, com mais de três milhões de filiados de todos os setores, a US Chamber of Commerce não financia candidatos à Presidência da República. Embora seus membros façam doações, a instituição aposta todas as suas fichas no Congresso. Os números mostram que a entidade foi muito bem sucedida nessa eleição: 95% de todos os deputados e senadores apoiados pela US Chamber of Commerce venceram. No Senado, dos dez políticos em que eles investiram recursos significativos, oito foram eleitos —uma taxa de sucesso de 80%. Isso significa que os empresários estão, mais uma vez, muito bem posicionados no Congresso e eles não vão apoiar medidas que restrinjam o livre comércio, simplesmente porque é ruim para os negócios. A questão central é que os republicanos que elegeram Trump não são os mesmos que elegeram um Congresso Republicano. Enquanto o presidente teve apoio do Meio Oeste e dos operários do setor industrial que deixaram o Partido Democrata por estarem desiludidos com a globalização e o sistema político em geral, muitos senadores e deputados foram eleitos pelo lobby agrícola e pelas grandes empresas. Ao assumir, Trump não pode simplesmente virar de costas para os "órfãos" da globalização que garantiram sua vitória e se empenhar para aprovar, por exemplo, o Tratado Transpacífico. É provável que ele deixe novos acordos em banho maria e implemente uma série de medidas de defesa comercial de alcance reduzido, mas deve parar por aí. O sistema eleitoral americano favorece que o discurso dos candidatos caminhe para os extremos do espectro político para vencer as primárias e as eleições. Passada essa fase, os companheiros de Trump —que também é um homem de negócios— estarão a postos para dizer a ele que "treino é treino e jogo é jogo"
colunas
Por que o Congresso dos EUA não vai permitir que Trump vire as costas para o mundoApós a vitória de Donald Trump, do partido Republicano, à Presidência dos Estados Unidos, está provado que tudo é possível. Os mercados estão em polvorosa, mas é hora de acalmar os ânimos e se lembrar de que é pouquíssimo provável que as grandes corporações americanas permitam que o novo mandatário implemente sua nefasta política comercial. Durante a campanha, Trump fez promessas que dão calafrios aos defensores do livre comércio, mas não esperem nada extremo como acabar com o Nafta (acordo com México e Canadá) ou abrir uma guerra comercial contra a China. Isso dificilmente vai acontecer, porque o Congresso não vai permitir. E, nos EUA, os congressistas têm a palavra final sobre a política comercial. É possível argumentar que o partido de Trump garantiu a maioria na Câmara e no Senado. Mas isso não significa que deputados e senadores republicanos concordem com ele sobre a maneira como os EUA devem se relacionar com o mundo e, principalmente, não quer dizer que os financiadores desses políticos concordem com ele. Maior federação empresarial dos Estados Unidos, com mais de três milhões de filiados de todos os setores, a US Chamber of Commerce não financia candidatos à Presidência da República. Embora seus membros façam doações, a instituição aposta todas as suas fichas no Congresso. Os números mostram que a entidade foi muito bem sucedida nessa eleição: 95% de todos os deputados e senadores apoiados pela US Chamber of Commerce venceram. No Senado, dos dez políticos em que eles investiram recursos significativos, oito foram eleitos —uma taxa de sucesso de 80%. Isso significa que os empresários estão, mais uma vez, muito bem posicionados no Congresso e eles não vão apoiar medidas que restrinjam o livre comércio, simplesmente porque é ruim para os negócios. A questão central é que os republicanos que elegeram Trump não são os mesmos que elegeram um Congresso Republicano. Enquanto o presidente teve apoio do Meio Oeste e dos operários do setor industrial que deixaram o Partido Democrata por estarem desiludidos com a globalização e o sistema político em geral, muitos senadores e deputados foram eleitos pelo lobby agrícola e pelas grandes empresas. Ao assumir, Trump não pode simplesmente virar de costas para os "órfãos" da globalização que garantiram sua vitória e se empenhar para aprovar, por exemplo, o Tratado Transpacífico. É provável que ele deixe novos acordos em banho maria e implemente uma série de medidas de defesa comercial de alcance reduzido, mas deve parar por aí. O sistema eleitoral americano favorece que o discurso dos candidatos caminhe para os extremos do espectro político para vencer as primárias e as eleições. Passada essa fase, os companheiros de Trump —que também é um homem de negócios— estarão a postos para dizer a ele que "treino é treino e jogo é jogo"
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Operadora de cruzeiros norueguesa virá ao Brasil em 2016
O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para [email protected]. Museu do Futebol faz turnê de acervo por SP O Museu do Futebol, instalado no estádio do Pacaembu, fará, a partir de sábado (15), uma turnê. A mostra itinerante começa em Piracicaba, onde fica até 20/9; na sequência, será montada em Taubaté. A mostra reproduz seis espaços do museu paulistano e inclui uma nova montagem de vídeo (baseada na semifinal do Paulistão deste ano, entre Corinthians e Palmeiras) e histórias sobre times locais. * Operadora de cruzeiros norueguesa virá ao país em 2016 A operadora Norwegian Cruise Line anunciou a vinda de um de seus navios para a temporada brasileira de cruzeiros de 2016/2017. Será a primeira vez que a empresa opera no país. A partir de dezembro do próximo ano, o Norwegian Sun fará roteiros de sete a 20 noites pela América do Sul. Um dos itinerários previstos, Rio de Janeiro-Buenos Aires, terá pernoites nas cidades de embarque e desembarque e passará por mais cinco destinos: no Brasil, Búzios, Ilha Grande e Santos; no Uruguai, Punta del Este e Montevidéu. Preços e reservas estarão disponíveis a partir do próximo dia 24 de agosto (sunnobrasil.ncl.com.br ). A companhia opera no estilo "free- style cruising", segundo o qual os hóspedes podem escolher em que restaurante desejam comer, sem horários ou lugares predeterminados. * Bento Gonçalves recebe totens de informação Bento Gonçalves (RS) vai ganhar dez totens digitais com informações sobre a cidade e seus principais pontos turísticos. Os equipamentos trazem a localização, contatos e uma breve descrição dos empreendimentos do Vale dos Vinhedos. Além de se informar, o turista pode avaliar as atrações visitadas. O primeiro totem foi instalado na sede da Associação dos Produtores de Vinhos Finos; os demais serão colocados em locais de grandes movimento, como a estação rodoviária e o shopping Bento. * BANDEIRA AZUL Cinco praias obtiveram aprovação para buscar o certificado de qualidade ambiental; duas que já têm o selo, caso da praia do Tombo (foto), no Guarujá (SP), tentarão a renovação; o resultado sai em outubro * LANÇAMENTO MARROCOS O guia da Lonely Planet traz informações sobre passeios e dicas de praias e restaurantes menos turísticos AUTOR Vários EDITORA Globo Livros QUANTO R$ 69,90 (520 pág.) * AGENDA 15 de AGOSTO Tem início o Festival do Camarão de Ilhabela (SP). Cerca de 40 restaurantes locais vão preparar receitas com o crustáceo para a 20ª edição do evento, que terá também oito shows de jazz e blues até o dia 30 de agosto (ilhadagastronomia.com.br ) 15 de AGOSTO Começa a segunda edição do Festival Nacional da Cuca, em Brusque (SC). O evento, que dura o fim de semana, homenageia o doce de origem alemã feito com pão, frutas e farofa doce. A festa terá música ao vivo e um concurso que elege a melhor receita de cuca
turismo
Operadora de cruzeiros norueguesa virá ao Brasil em 2016O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para [email protected]. Museu do Futebol faz turnê de acervo por SP O Museu do Futebol, instalado no estádio do Pacaembu, fará, a partir de sábado (15), uma turnê. A mostra itinerante começa em Piracicaba, onde fica até 20/9; na sequência, será montada em Taubaté. A mostra reproduz seis espaços do museu paulistano e inclui uma nova montagem de vídeo (baseada na semifinal do Paulistão deste ano, entre Corinthians e Palmeiras) e histórias sobre times locais. * Operadora de cruzeiros norueguesa virá ao país em 2016 A operadora Norwegian Cruise Line anunciou a vinda de um de seus navios para a temporada brasileira de cruzeiros de 2016/2017. Será a primeira vez que a empresa opera no país. A partir de dezembro do próximo ano, o Norwegian Sun fará roteiros de sete a 20 noites pela América do Sul. Um dos itinerários previstos, Rio de Janeiro-Buenos Aires, terá pernoites nas cidades de embarque e desembarque e passará por mais cinco destinos: no Brasil, Búzios, Ilha Grande e Santos; no Uruguai, Punta del Este e Montevidéu. Preços e reservas estarão disponíveis a partir do próximo dia 24 de agosto (sunnobrasil.ncl.com.br ). A companhia opera no estilo "free- style cruising", segundo o qual os hóspedes podem escolher em que restaurante desejam comer, sem horários ou lugares predeterminados. * Bento Gonçalves recebe totens de informação Bento Gonçalves (RS) vai ganhar dez totens digitais com informações sobre a cidade e seus principais pontos turísticos. Os equipamentos trazem a localização, contatos e uma breve descrição dos empreendimentos do Vale dos Vinhedos. Além de se informar, o turista pode avaliar as atrações visitadas. O primeiro totem foi instalado na sede da Associação dos Produtores de Vinhos Finos; os demais serão colocados em locais de grandes movimento, como a estação rodoviária e o shopping Bento. * BANDEIRA AZUL Cinco praias obtiveram aprovação para buscar o certificado de qualidade ambiental; duas que já têm o selo, caso da praia do Tombo (foto), no Guarujá (SP), tentarão a renovação; o resultado sai em outubro * LANÇAMENTO MARROCOS O guia da Lonely Planet traz informações sobre passeios e dicas de praias e restaurantes menos turísticos AUTOR Vários EDITORA Globo Livros QUANTO R$ 69,90 (520 pág.) * AGENDA 15 de AGOSTO Tem início o Festival do Camarão de Ilhabela (SP). Cerca de 40 restaurantes locais vão preparar receitas com o crustáceo para a 20ª edição do evento, que terá também oito shows de jazz e blues até o dia 30 de agosto (ilhadagastronomia.com.br ) 15 de AGOSTO Começa a segunda edição do Festival Nacional da Cuca, em Brusque (SC). O evento, que dura o fim de semana, homenageia o doce de origem alemã feito com pão, frutas e farofa doce. A festa terá música ao vivo e um concurso que elege a melhor receita de cuca
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Governo flexibilizará regras para distribuidoras da Eletrobras antes de privatização
O governo vai autorizar uma flexibilização de regras no cálculo das tarifas de distribuidoras de eletricidade da estatal Eletrobras neste ano para viabilizar a privatização dessas empresas, que a companhia tem prometido realizar até o final de 2017. O Ministério de Minas e Energia publicou portaria no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (1) em que afirma que "no processo tarifário de 2017, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deverá flexibilizar, de forma transitória, os parâmetros regulatórios" aplicados para as empresas. Segundo a portaria, devem ser flexibilizados os parâmetros "referentes aos custos operacionais, e às perdas não técnicas, com o objetivo de permitir o equilíbrio econômico da concessão a ser licitada". A Reuters publicou em 28 de agosto que o governo avaliava a possibilidade de uma revisão extraordinária das tarifas das distribuidoras da Eletrobras para evitar um fracasso na tentativa de vender as companhias. As distribuidoras da Eletrobras são fortemente deficitárias e atendem clientes no Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima.
mercado
Governo flexibilizará regras para distribuidoras da Eletrobras antes de privatizaçãoO governo vai autorizar uma flexibilização de regras no cálculo das tarifas de distribuidoras de eletricidade da estatal Eletrobras neste ano para viabilizar a privatização dessas empresas, que a companhia tem prometido realizar até o final de 2017. O Ministério de Minas e Energia publicou portaria no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (1) em que afirma que "no processo tarifário de 2017, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deverá flexibilizar, de forma transitória, os parâmetros regulatórios" aplicados para as empresas. Segundo a portaria, devem ser flexibilizados os parâmetros "referentes aos custos operacionais, e às perdas não técnicas, com o objetivo de permitir o equilíbrio econômico da concessão a ser licitada". A Reuters publicou em 28 de agosto que o governo avaliava a possibilidade de uma revisão extraordinária das tarifas das distribuidoras da Eletrobras para evitar um fracasso na tentativa de vender as companhias. As distribuidoras da Eletrobras são fortemente deficitárias e atendem clientes no Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima.
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Mistura sadia de coisas
Acabou a página do "Comida". Acabou a página do "Comida", da Folha. Acho que durou muito, até. Difícil pra burro manter um caderno inteiro semanal, com um assunto tão explorado no mundo inteiro, sem cair em clichês e receitas. Foi bom enquanto durou. Foi ótimo, até. Sinto minha vida enroscada com comida e com a Folha. Trinta anos não é brincadeira de criança. (Sem um dia de folga ou de férias, grande feito. Aliás, folga e férias para quem escreve sobre comida é cozinhar, viajar para comer, escrever sobre o que comeu, com muito prazer.) O mundo visto através dos alimentos, uma deformação profissional. A mais dolorida é estar no México com o marido, provando milhos negros e goiabas verdes com sal e a admoestação dele, olhar sentido, machucado: você não acha que viajamos até aqui para deixar tudo de lado e comer fruta dura arrancada do pé, não? Eu achava que sim. E para comer comida de rua e para visitar os melhores restaurantes marcados com meses de antecedência. Foi uma época feliz, passou depressa, cheia de descobertas e prazeres e sustos, com o movimento da nouvelle cuisine provocando, fazendo rir (a nouvelle cuisine nos seus primórdios tinha uma alta dose de citações e piscadelas para o comensal). A cozinha entrou na moda. A sustentabilidade se firmou. E às vezes exagerou, as pessoas engordaram, muitos livros novos foram escritos e tantos outros traduzidos, ingredientes entraram e saíram de moda, fizeram bem e mal à saúde, conforme os últimos estudos. A ciência e a tecnologia se empenharam em melhorar os ingredientes sem tirar-lhes o sabor, a boa ciência e a boa tecnologia, digo eu. E aqui no Brasil navegávamos na descoberta da comida do mundo, deslumbrados, mas nos indagávamos todo o tempo sobre identidade, sobre qual seria mesmo a cozinha brasileira, porque conhecíamos todos os cogumelos do mundo e nos faltavam informações sobre o pequi, o cajá, a jaca. Brasilzão sem fim e sem documentação, era mais fácil pesquisar os peixes do Laos do que uma tartaruga da Amazônia. Na verdade, quem se matava para descobrir o Brasil dava com os burros n'água e era o foodie. O grande público, mesmo, vivia satisfeito, sem muitas indagações, comendo arroz com feijão, bife batidinho com cebola, galinha assada e ensopada, pastéis e uma verdura em salada e outra cozida. Alguns. Uma grande maioria começou a usar só comida pronta para ser aquecida na hora. Fui aos meus cadernos de receita do bufê que comandei por quase 30 anos e confesso que tive vergonha. Foi uma época que, por mais que quiséssemos comer "autenticamente", comíamos a comida da China, dos Estados Unidos, da França, da Turquia, pense qualquer país e ele estaria representado por nós, sem esquecer da Índia, e muito pouco do México. Existia a comida com cara de comida de Michael Pollan e o insólito de Adrià. Alguns restaurantes não emplacavam aqui, qual seria o motivo? Quem melhor me iluminou foi o Josimar Melo, meu amigo e crítico da Folha que demonstrou por A mais B que só iam para frente os que tinham uma colônia fixada aqui, pois assim seu público se duplicava, os nativos daquela terra e nós, querendo conhecer a comidinha deles, nos deleitando com a Tailândia de mentira, porque toda comida copiada é um pouco de mentira e tenta se ajustar ao gosto de quem vai comê-la e quem iria comê-la. No caso, éramos nós, brasileiros da gema que tudo começávamos com um refogadinho. E sempre arranjávamos desculpa para uma farofa de farinha de mandioca e uma boa pimenta. E as modas e modinhas nos pegavam sem parar. Vamos dizer a verdade, isso nunca foi mau, estavam nos cansando, nos preparando para receber a nossa comida de verdade, não existe melhor perspectiva do que a de nos ver à distância e comparar. Bocuse era o cozinheiro do momento, chegou aqui com uns dez anos de atraso, o que é normal, mas em São Paulo, Laurent Suaudeau, seu discípulo, tentava teimosamente enquadrar a paca nos seus terroirs, pespegar nela uma "appelation controlée", e no seu caminhar ia levantando o nível do cozinheiro, ensinando disciplina, limpeza, cabeça alta de orgulho do seu uniforme. Fez mais pela cozinha brasileira que muito chef nosso, caipira, nascido nos pampas ou junto de Mato Grosso. Chegamos ao Ferran Adriá, ao Noma, mas os nossos grandes cozinheiros, pouquíssimos, é verdade, conseguiram honras e prêmios fora do Brasil pela primeira vez na nossa vida extraindo daqui o exótico e trabalhando com criatividade. E daí foram aparecendo as faculdades de culinária, o chef arrogante (ou não), e nós, críticos e cronistas correndo atrás, tentando interpretar, tentando visitar Ferran Adrià, vendo a cozinha da França perder espaço nas teorias, tentando teorizar sobre a nossa comida e, nas mesas das casas, sempre o feijão com arroz, o bifinho, a farofa, a verdura crua e a cozida. O bolinho frito. Eu me aproximei muito da cozinha do Daniel Boulud, em Nova York, recomendada pelo Suaudeau, comendo muito bem com um chef obsessivo e de bom gosto. Tornamo-nos cosmopolitas. (Os foodies.) Só que o mercado perdeu espaço para o supermercado. De lá para cá mudou o mundo, mudou o planeta e nós mudamos um pouquinho. Somos mais tolerantes, as línguas mais curiosas, o paladar aceita o estranho com certo respeito misturado de desconfiança. Aconteceram tantas coisas que não cabem nem no jornal virtual. Voltarão na forma de picadinho em dias seguintes. O "Comida" registrou o que pôde e o que não pôde, deu prazer a muita gente, aumentou nosso vocabulário culinário, intermediou disputas ideológico-culinárias, aumentou nossos conhecimentos, sanou dúvidas e, agora, provavelmente se espalhará pelo jornal. Pessoalmente não acho ruim, sempre sonhei com jornais sem cadernos, com a mistura sadia de coisas sérias e de entretenimento. Vamos a mais um passo, que seja bem conduzido.
colunas
Mistura sadia de coisasAcabou a página do "Comida". Acabou a página do "Comida", da Folha. Acho que durou muito, até. Difícil pra burro manter um caderno inteiro semanal, com um assunto tão explorado no mundo inteiro, sem cair em clichês e receitas. Foi bom enquanto durou. Foi ótimo, até. Sinto minha vida enroscada com comida e com a Folha. Trinta anos não é brincadeira de criança. (Sem um dia de folga ou de férias, grande feito. Aliás, folga e férias para quem escreve sobre comida é cozinhar, viajar para comer, escrever sobre o que comeu, com muito prazer.) O mundo visto através dos alimentos, uma deformação profissional. A mais dolorida é estar no México com o marido, provando milhos negros e goiabas verdes com sal e a admoestação dele, olhar sentido, machucado: você não acha que viajamos até aqui para deixar tudo de lado e comer fruta dura arrancada do pé, não? Eu achava que sim. E para comer comida de rua e para visitar os melhores restaurantes marcados com meses de antecedência. Foi uma época feliz, passou depressa, cheia de descobertas e prazeres e sustos, com o movimento da nouvelle cuisine provocando, fazendo rir (a nouvelle cuisine nos seus primórdios tinha uma alta dose de citações e piscadelas para o comensal). A cozinha entrou na moda. A sustentabilidade se firmou. E às vezes exagerou, as pessoas engordaram, muitos livros novos foram escritos e tantos outros traduzidos, ingredientes entraram e saíram de moda, fizeram bem e mal à saúde, conforme os últimos estudos. A ciência e a tecnologia se empenharam em melhorar os ingredientes sem tirar-lhes o sabor, a boa ciência e a boa tecnologia, digo eu. E aqui no Brasil navegávamos na descoberta da comida do mundo, deslumbrados, mas nos indagávamos todo o tempo sobre identidade, sobre qual seria mesmo a cozinha brasileira, porque conhecíamos todos os cogumelos do mundo e nos faltavam informações sobre o pequi, o cajá, a jaca. Brasilzão sem fim e sem documentação, era mais fácil pesquisar os peixes do Laos do que uma tartaruga da Amazônia. Na verdade, quem se matava para descobrir o Brasil dava com os burros n'água e era o foodie. O grande público, mesmo, vivia satisfeito, sem muitas indagações, comendo arroz com feijão, bife batidinho com cebola, galinha assada e ensopada, pastéis e uma verdura em salada e outra cozida. Alguns. Uma grande maioria começou a usar só comida pronta para ser aquecida na hora. Fui aos meus cadernos de receita do bufê que comandei por quase 30 anos e confesso que tive vergonha. Foi uma época que, por mais que quiséssemos comer "autenticamente", comíamos a comida da China, dos Estados Unidos, da França, da Turquia, pense qualquer país e ele estaria representado por nós, sem esquecer da Índia, e muito pouco do México. Existia a comida com cara de comida de Michael Pollan e o insólito de Adrià. Alguns restaurantes não emplacavam aqui, qual seria o motivo? Quem melhor me iluminou foi o Josimar Melo, meu amigo e crítico da Folha que demonstrou por A mais B que só iam para frente os que tinham uma colônia fixada aqui, pois assim seu público se duplicava, os nativos daquela terra e nós, querendo conhecer a comidinha deles, nos deleitando com a Tailândia de mentira, porque toda comida copiada é um pouco de mentira e tenta se ajustar ao gosto de quem vai comê-la e quem iria comê-la. No caso, éramos nós, brasileiros da gema que tudo começávamos com um refogadinho. E sempre arranjávamos desculpa para uma farofa de farinha de mandioca e uma boa pimenta. E as modas e modinhas nos pegavam sem parar. Vamos dizer a verdade, isso nunca foi mau, estavam nos cansando, nos preparando para receber a nossa comida de verdade, não existe melhor perspectiva do que a de nos ver à distância e comparar. Bocuse era o cozinheiro do momento, chegou aqui com uns dez anos de atraso, o que é normal, mas em São Paulo, Laurent Suaudeau, seu discípulo, tentava teimosamente enquadrar a paca nos seus terroirs, pespegar nela uma "appelation controlée", e no seu caminhar ia levantando o nível do cozinheiro, ensinando disciplina, limpeza, cabeça alta de orgulho do seu uniforme. Fez mais pela cozinha brasileira que muito chef nosso, caipira, nascido nos pampas ou junto de Mato Grosso. Chegamos ao Ferran Adriá, ao Noma, mas os nossos grandes cozinheiros, pouquíssimos, é verdade, conseguiram honras e prêmios fora do Brasil pela primeira vez na nossa vida extraindo daqui o exótico e trabalhando com criatividade. E daí foram aparecendo as faculdades de culinária, o chef arrogante (ou não), e nós, críticos e cronistas correndo atrás, tentando interpretar, tentando visitar Ferran Adrià, vendo a cozinha da França perder espaço nas teorias, tentando teorizar sobre a nossa comida e, nas mesas das casas, sempre o feijão com arroz, o bifinho, a farofa, a verdura crua e a cozida. O bolinho frito. Eu me aproximei muito da cozinha do Daniel Boulud, em Nova York, recomendada pelo Suaudeau, comendo muito bem com um chef obsessivo e de bom gosto. Tornamo-nos cosmopolitas. (Os foodies.) Só que o mercado perdeu espaço para o supermercado. De lá para cá mudou o mundo, mudou o planeta e nós mudamos um pouquinho. Somos mais tolerantes, as línguas mais curiosas, o paladar aceita o estranho com certo respeito misturado de desconfiança. Aconteceram tantas coisas que não cabem nem no jornal virtual. Voltarão na forma de picadinho em dias seguintes. O "Comida" registrou o que pôde e o que não pôde, deu prazer a muita gente, aumentou nosso vocabulário culinário, intermediou disputas ideológico-culinárias, aumentou nossos conhecimentos, sanou dúvidas e, agora, provavelmente se espalhará pelo jornal. Pessoalmente não acho ruim, sempre sonhei com jornais sem cadernos, com a mistura sadia de coisas sérias e de entretenimento. Vamos a mais um passo, que seja bem conduzido.
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Individualização dos crimes volta a dominar debate sobre Carandiru
A decisão do Tribunal de Justiça de anular os julgamentos que condenaram 74 PMs pelo massacre do Carandiru reabriu a discussão sobre a possibilidade de individualizar os crimes cometidos por cada um dos policiais que participaram da ação que terminou com 111 mortos. Os desembargadores Camilo Léllis e Edison Brandão centraram suas decisões a favor da anulação dos julgamentos sob a justificativa de falta de provas das condutas de cada um dos policiais acusados. "O juiz é a última esperança de um acusado e não se pode condenar por baciada", afirmou Léllis. "Houve uma situação de confronto e acredito que aconteceram excessos, mas é preciso verificar quem se excedeu, quem atirou em quem. A perícia foi inconclusiva e duvidosa." Brandão cita como exemplo um réu que possa ter atirado uma vez, mas condenado por 70 mortes. "Como magistrado não posso aceitar uma condenação dessas." A impossibilidade de individualizar a participação de cada PM (algum pode ter baleado só um preso e sido condenado por várias mortes? algum pode ter atirado, mas não acertado ninguém?) também foi debatida no júri. Mas a acusação argumenta –tese aceita pelos jurados– que todos os policiais que participaram da invasão e atiraram têm responsabilidade pelo resultado final. Ou seja, mesmo quem não tiver baleado contribuiu com as mortes, dando apoio ao grupo. A procuradora Sandra Jardim, que cuidou da ação no Ministério Público, exemplifica: "Se três pessoas saem para praticar um roubo e um atira e mata a vítima, esse Tribunal de Justiça sempre entendeu, pela teoria do domínio do fato, que os dois que não atiraram também respondiam pelo latrocínio. Quem sai para tomar parte de um roubo a mão armada antevê a possibilidade de criar uma morte". O desembargador Ivan Sartori defendeu a absolvição de todos os policiais, e não só a anulação dos julgamentos. A possibilidade, porém, é rejeitada por especialistas em direito sob a justificativa de que a decisão do júri é soberana. Eles dizem que ela pode ser anulada caso os desembargadores considerem as provas do processo contraditórias com a sentença. Mas não pode ter seu teor alterado. O trio de julgadores no TJ também sustentou como necessária a ação dos PMs porque teriam agido no cumprimento do dever. Sartori enfatizou haver "legítima defesa" dos policiais –e que isso não foi considerado pelo júri. O Ministério Público vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e não há prazo para decidir sobre um novo julgamento. Como foi o massacre do Carandiru - Ação foi desmembrada de acordo com os andares do pavilhão 9 1º andar Mortos: 15 Condenados: 23 policiais Absolvidos: 3, a pedido da promotoria Pena: 156 anos de reclusão cada um Julgamento: 6 dias 2º andar Mortos: 73 Condenados: 25 PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Pena: 624 anos de reclusão cada um Julgamento: 6 dias 3º andar Mortos: 8 Condenados: 15 PMs do COE (Comando de Operações Especiais) Pena: 48 anos de reclusão cada um 4º andar Mortos: 15 Condenados: 10 PMs do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) Pena: 9 com pena de 96 anos cada um, e um com pena de 104 anos Julgamento: 3 dias - 2.out.1992 111 presos são mortos na Casa de Detenção em São Paulo após invasão da PM 2001 Coronel Ubiratan, apontado como responsável pela ordem para invadir o Carandiru, é condenado a 632 anos de prisão, por 105 das 111 mortes Fev.2006 Tribunal de Justiça de SP absolve o coronel, ao entender que a sentença do júri havia sido contraditória 10.set.2006 Ubiratan é encontrado morto; única acusada do crime, sua ex-namorada foi absolvida em 2012 21.abr.2013 Conclusão do julgamento do 1º andar 3.ago.2013 Conclusão do julgamento do 2º andar 19.mar.2014 Conclusão do julgamento do 4º andar 31.mar.2014 Conclusão do julgamento do 3º andar 10.dez.2014 Ex-PM da Rota que foi julgado separadamente é condenado a 624 anos de prisão; ele já estava preso pela morte de travestis. Seu caso foi separado porque, na época, a defesa pediu que ele fosse submetido a laudo de insanidade mental 27.set.2016 Após recurso da defesa, Tribunal de Justiça de SP anula todos os julgamentos *Parte das mortes não resultou em condenações porque não havia provas de que haviam sido causadas por policiais Fontes: Reportagem, Ministério Público e Fundação Getulio Vargas
cotidiano
Individualização dos crimes volta a dominar debate sobre CarandiruA decisão do Tribunal de Justiça de anular os julgamentos que condenaram 74 PMs pelo massacre do Carandiru reabriu a discussão sobre a possibilidade de individualizar os crimes cometidos por cada um dos policiais que participaram da ação que terminou com 111 mortos. Os desembargadores Camilo Léllis e Edison Brandão centraram suas decisões a favor da anulação dos julgamentos sob a justificativa de falta de provas das condutas de cada um dos policiais acusados. "O juiz é a última esperança de um acusado e não se pode condenar por baciada", afirmou Léllis. "Houve uma situação de confronto e acredito que aconteceram excessos, mas é preciso verificar quem se excedeu, quem atirou em quem. A perícia foi inconclusiva e duvidosa." Brandão cita como exemplo um réu que possa ter atirado uma vez, mas condenado por 70 mortes. "Como magistrado não posso aceitar uma condenação dessas." A impossibilidade de individualizar a participação de cada PM (algum pode ter baleado só um preso e sido condenado por várias mortes? algum pode ter atirado, mas não acertado ninguém?) também foi debatida no júri. Mas a acusação argumenta –tese aceita pelos jurados– que todos os policiais que participaram da invasão e atiraram têm responsabilidade pelo resultado final. Ou seja, mesmo quem não tiver baleado contribuiu com as mortes, dando apoio ao grupo. A procuradora Sandra Jardim, que cuidou da ação no Ministério Público, exemplifica: "Se três pessoas saem para praticar um roubo e um atira e mata a vítima, esse Tribunal de Justiça sempre entendeu, pela teoria do domínio do fato, que os dois que não atiraram também respondiam pelo latrocínio. Quem sai para tomar parte de um roubo a mão armada antevê a possibilidade de criar uma morte". O desembargador Ivan Sartori defendeu a absolvição de todos os policiais, e não só a anulação dos julgamentos. A possibilidade, porém, é rejeitada por especialistas em direito sob a justificativa de que a decisão do júri é soberana. Eles dizem que ela pode ser anulada caso os desembargadores considerem as provas do processo contraditórias com a sentença. Mas não pode ter seu teor alterado. O trio de julgadores no TJ também sustentou como necessária a ação dos PMs porque teriam agido no cumprimento do dever. Sartori enfatizou haver "legítima defesa" dos policiais –e que isso não foi considerado pelo júri. O Ministério Público vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e não há prazo para decidir sobre um novo julgamento. Como foi o massacre do Carandiru - Ação foi desmembrada de acordo com os andares do pavilhão 9 1º andar Mortos: 15 Condenados: 23 policiais Absolvidos: 3, a pedido da promotoria Pena: 156 anos de reclusão cada um Julgamento: 6 dias 2º andar Mortos: 73 Condenados: 25 PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Pena: 624 anos de reclusão cada um Julgamento: 6 dias 3º andar Mortos: 8 Condenados: 15 PMs do COE (Comando de Operações Especiais) Pena: 48 anos de reclusão cada um 4º andar Mortos: 15 Condenados: 10 PMs do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) Pena: 9 com pena de 96 anos cada um, e um com pena de 104 anos Julgamento: 3 dias - 2.out.1992 111 presos são mortos na Casa de Detenção em São Paulo após invasão da PM 2001 Coronel Ubiratan, apontado como responsável pela ordem para invadir o Carandiru, é condenado a 632 anos de prisão, por 105 das 111 mortes Fev.2006 Tribunal de Justiça de SP absolve o coronel, ao entender que a sentença do júri havia sido contraditória 10.set.2006 Ubiratan é encontrado morto; única acusada do crime, sua ex-namorada foi absolvida em 2012 21.abr.2013 Conclusão do julgamento do 1º andar 3.ago.2013 Conclusão do julgamento do 2º andar 19.mar.2014 Conclusão do julgamento do 4º andar 31.mar.2014 Conclusão do julgamento do 3º andar 10.dez.2014 Ex-PM da Rota que foi julgado separadamente é condenado a 624 anos de prisão; ele já estava preso pela morte de travestis. Seu caso foi separado porque, na época, a defesa pediu que ele fosse submetido a laudo de insanidade mental 27.set.2016 Após recurso da defesa, Tribunal de Justiça de SP anula todos os julgamentos *Parte das mortes não resultou em condenações porque não havia provas de que haviam sido causadas por policiais Fontes: Reportagem, Ministério Público e Fundação Getulio Vargas
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Primeira história de 'Turma da Mônica' ganha reedição com novo ilustrador
OS MÚSICOS DE BREMEN É nas fábulas antigas que se assenta a tradição literária do mundo —em especial a dedicada às crianças. Ali, os irmãos Grimm são reinantes e fazem jus à fama, colorindo a vida de muitas gerações. Com simplicidade e alegria. E com as famosas morais da história, que permitem aprender além do puro prazer de ler. "Os Músicos de Bremen" aglutina numa mesma peregrinação um burro, um cachorro, um gato e um galo. Todos de certa forma rejeitados pelos antigos donos por não terem mais a serventia anterior. Primeira moral da história: nunca dispense um animal doméstico por ele ter se tornado idoso. Os quatro, grandes apreciadores de música, decidem ir para Bremen, onde poderão formar uma banda —cada qual com seus talentos. Segunda moral: a união faz a força. Ou, se preferirem: nunca deixe de correr atrás de seus sonhos. Acontece que a meio caminho decidem pernoitar numa casa, na qual se reúne um bando de ladrões. Unindo garras e gritos, dentes e coices, os bichos andarilhos afugentam os bandidos, assumem a moradia e ficam por lá mesmo. Outra moral: é bom prestar atenção às alternativas que o destino oferece às nossas opções. Ou: o caminho se faz ao andar. Mas essa foi inventada bem depois. (VIVIEN LANDO) AUTORES: Jacob e Wilhelm Grimm ILUSTRAÇÕES: Michel Boucher TRADUÇÃO: Renata Dias Mundt EDITORA: Estação Liberdade QUANTO: R$ 23 (32 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * DEPOIS Sabe-se que as crianças relutam em entender que nem tudo está ao alcance aqui e agora. O ilustrador francês Laurent Moreau decidiu empreender a tarefa de explicar a elas a "estrutura" do tempo, isto é, que na vida é preciso aprender a respeitar a ordem dos eventos. Para isso, escreveu e ilustrou um livro cujo personagem reflete sobre alguns desdobramentos do "depois". Ao final, conclui que não se pode deixar de lado o agora. Desde o início, apresenta-se a ideia de sucessão: "Depois do inverno, a primavera mostra outra vez as cores. Depois da semente, a flor sobe rumo ao céu". E passa por questões difíceis como "depois de muitos anos, será que serei o mesmo?". O autor prefere lançar mão de um texto curto e bem simples, exposto em duas a três linhas, ideal para ser lido pelos pequenos. No trabalho bem colorido e artesanal de Moreau, que começa com ilustrações feitas à mão em cadernos de desenho, sobressaem os tons de azul, vermelho e laranja. Uma forma de aprender com prazer. (MARIO BRESIGHELLO) AUTOR: Laurent Moreau TRADUÇÃO: Adilson Miguel EDITORA: SM QUANTO: R$ 40 (48 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * MÔNICA É DALTÔNICA? "Mônica é Daltônica?" é uma das primeiras histórias da turma criada e desenhada por Mauricio de Sousa. Nesta edição, os quadrinhos ganham releitura, em versão "livro ilustrado", com imagens de Odilon Moraes, em uma coedição da Companhia das Letrinhas e da Editora Mauricio de Sousa. Primeira história publicada na revista "Mônica", em 1970, ela tem um roteiro que se tornaria familiar aos leitores dos quadrinhos: os meninos tramam um plano infalível para derrotar a dentuça, que é a dona do pedaço. O líder desta vez não é Cebolinha, mas Zé Luís, o adolescente de óculos enormes, que conta com a ajuda de outros personagens que se tornariam famosos e frequentes nas revistinhas e tirinhas (Cascão, Titi, Xaveco e o próprio Cebola), além de outros que não se tornaram tão conhecidos (como Manezinho). Com o traço de Odilon Moraes, ao mesmo tempo autoral e atento a preservar os elementos essenciais de cada personagem, o livro mostra como as histórias da Mônica e sua turma ainda têm fôlego e brilho, tanto nos quadrinhos como em novas roupagens. As duas editoras irão publicar histórias clássicas da turma, relidas por novos ilustradores. (BRUNO ZENI) AUTOR: Mauricio de Sousa ILUSTRAÇÕES: Odilon Moraes EDITORA: Companhia das Letrinhas/Editora Mauricio de Sousa QUANTO: R$ 34,90 (48 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * MAURICIO, O INÍCIO Ao completar 80 anos no próximo mês, Mauricio de Sousa terá construído o maior império de HQs do país. Nem sempre o grande leitor de gibis de hoje será o aficionado de livros de amanhã. Mas isso não lhe tira o mérito: ao criar personagens, crianças em sua maioria, e alguns bichos, como o primogênito cachorro azul Bidu, o autor não se preocupou com lições de moral supérfluas. A força do coelhinho da Mônica, da sujeira do Cascão e da gula da Magali prevaleceram sem culpas. Em compensação, convocou os leitores a se preocuparem com a natureza, via o caipira Chico Bento, e a encararem a morte com mais facilidade, a partir das aventuras de Penadinho. Neste volume comemorativo, que reúne três livros publicados em 1965, já se enxerga o embrião da longa trajetória que iria povoar o imaginário infantil (e não só) dos brasileiros. Com destaque a um personagem que nunca mais se repetiu, o Niquinho, e sua maravilhosa Caixa da Bondade. E que merecidamente abre o livro. Volte a ele, Mauricio! (VIVIEN LANDO) AUTOR: Mauricio de Sousa EDITORA: WMF Martins Fontes QUANTO: R$ 99,80 (208 págs.) AVALIAÇÃO: bom * A INVASÃO MARCIANA Nesses tempos de preparação para a invasão de Marte pelos terráqueos, nada melhor do que ler "A Invasão Marciana", da escritora espanhola Catalina González Vilar. Porque, em primeiro lugar, ela não está falando de habitantes de Marte e sim do planeta Marcia. A seguir porque esses seres de um azul tão especial que é impossível reproduzir (nem mesmo pelo ilustrador Miguel Pang Ly), portadores de seus carrinhos de gelo sem o qual não sobrevivem (digo, o gelo), trazem aos humanos quase tudo o que está faltando. A capacidade de se comunicar com bichos, plantas e micróbios, por exemplo. Bastando para isso que um marciano enfie um tentáculo até nosso esôfago. O que não é nada diante da grandiosidade que nosso mundo ganharia com o fim da falta de entendimento interespécies, não é mesmo? O conhecimento com Marc, que desaba em sua varanda, faz o narrador da história —já velhinho e perdido em reminiscências azuis marcianas— mudar sua visão de mundo. E, no caso, do próprio universo, já que há mais de um planeta em pauta. E permite aos felizes leitores de todas as idades sonhar com possibilidades melhores, levantadas lá atrás por Steven Spielberg e seu ET, o Extraterrestre. O que atualmente já é ótimo! (VIVIEN LANDO) AUTORA: Catalina González Vilar ILUSTRAÇÕES: Miguel Pang Ly TRADUÇÃO: Livia Deorsola EDITORA: MOV Palavras QUANTO: R$ 39 (32 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * QUANDO UM ELEFANTE SE APAIXONA O canal dos bichos é o de mais fácil acesso aos leitores bem pequenos e o suíço Davide Calì opta por um bem exuberante —o elefante. Acontece que seu personagem está apaixonado e toda sua paquidermice desaparece diante da timidez, ao deixar flores para a amada e sair correndo, experimentando roupas elegantes, tomando banho diariamente e iniciando um impossível regime. Ou seja, o livro fala de amor —o que também pertence à compreensão universal de todas as idades. Com dois trunfos assim, e muito bem ilustrado pela italiana Alice Lotti, que alia inocência com modernidade, a historinha cumpre sua função primordial de trazer o admirador de figuras coloridas ao universo da narrativa. Primeiro passo para fomentar um bom leitor para o resto da vida. (VIVIEN LANDO) AUTOR: Davide Calì TRADUÇÃO: Adilson Miguel ILUSTRAÇÕES: Alice Lotti EDITORA: SM QUANTO: R$ 40 (32 págs.) AVALIAÇÃO: bom * CADA BICHO COM SEU CAPRICHO Este livro em grande formato traz generosas ilustrações de página dupla, com fundo colorido que muda a cada nova imagem. Os poemas de Carlos Machado são inspirados em bichos diversos, alguns deles bem brasileiros, como o Tatu, a Anta, a Preguiça e o Jabuti. Certos poemas transformam animais em personagens, como o cão Nicolau e o pinguim Heitor, outros glosam os hábitos dos bichos, caso do Galo Carijó que quer ser cantor sertanejo, ou aproveitam características da morfologia animal —caso dos versos sobre a Borboleta, que "é uma lagarta de asa delta", e sobre o Cavalo Marinho, que "encaracola o rabo, sacode o focinho, mas sabe que é peixe e não cavalinho". O projeto gráfico de Tereza Bettinardi valoriza as belas ilustrações de Geraldo Valério, revisitando, com soluções modernas e coloridas, um estilo clássico de ilustração e tipografia. (BRUNO ZENI) AUTOR: Carlos Machado ILUSTRAÇÕES: Geraldo Valério EDITORA: MOV Palavras QUANTO: R$ 39 (40 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * DULCE, A ABELHA O escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós não chegou a ver sua abelhinha voar em português, embalada pelos maravilhosos desenhos de Mariana Newlands. Morreu antes, em 2012. Da mesma maneira, sua criação, uma abelha diabética, não chega a cumprir seu destino completo, pois simplesmente não consegue transformar néctar em mel —desmaia antes. Debatendo-se em culpa e desânimo, ela sonha com a existência de flores diet, mas numa manhã decide fazer mais do que pode. E não dá certo. Se eu fosse uma criança sensível, choraria com o desfecho. Mas faz parte do papel da literatura ensinar as dores antes que elas venham no plano real. É seu dever esfolar um pouco os corações iludidos, como um joelho depois do tombo. Assim, ao perder o primeiro hamster o pequeno leitor já tem uma referência de finitude que ajuda a enfrentar a tristeza. E a aprender que a abelha Dulce e o hamster, vivem no mesmo arcabouço —o do afeto. (VIVIEN LANDO) AUTOR: Bartolomeu Campos de Queirós ILUSTRAÇÕES: Mariana Newlands EDITORA: Alfaguara QUANTO: R$ 37,90 (40 págs.) AVALIAÇÃO: bom
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Primeira história de 'Turma da Mônica' ganha reedição com novo ilustradorOS MÚSICOS DE BREMEN É nas fábulas antigas que se assenta a tradição literária do mundo —em especial a dedicada às crianças. Ali, os irmãos Grimm são reinantes e fazem jus à fama, colorindo a vida de muitas gerações. Com simplicidade e alegria. E com as famosas morais da história, que permitem aprender além do puro prazer de ler. "Os Músicos de Bremen" aglutina numa mesma peregrinação um burro, um cachorro, um gato e um galo. Todos de certa forma rejeitados pelos antigos donos por não terem mais a serventia anterior. Primeira moral da história: nunca dispense um animal doméstico por ele ter se tornado idoso. Os quatro, grandes apreciadores de música, decidem ir para Bremen, onde poderão formar uma banda —cada qual com seus talentos. Segunda moral: a união faz a força. Ou, se preferirem: nunca deixe de correr atrás de seus sonhos. Acontece que a meio caminho decidem pernoitar numa casa, na qual se reúne um bando de ladrões. Unindo garras e gritos, dentes e coices, os bichos andarilhos afugentam os bandidos, assumem a moradia e ficam por lá mesmo. Outra moral: é bom prestar atenção às alternativas que o destino oferece às nossas opções. Ou: o caminho se faz ao andar. Mas essa foi inventada bem depois. (VIVIEN LANDO) AUTORES: Jacob e Wilhelm Grimm ILUSTRAÇÕES: Michel Boucher TRADUÇÃO: Renata Dias Mundt EDITORA: Estação Liberdade QUANTO: R$ 23 (32 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * DEPOIS Sabe-se que as crianças relutam em entender que nem tudo está ao alcance aqui e agora. O ilustrador francês Laurent Moreau decidiu empreender a tarefa de explicar a elas a "estrutura" do tempo, isto é, que na vida é preciso aprender a respeitar a ordem dos eventos. Para isso, escreveu e ilustrou um livro cujo personagem reflete sobre alguns desdobramentos do "depois". Ao final, conclui que não se pode deixar de lado o agora. Desde o início, apresenta-se a ideia de sucessão: "Depois do inverno, a primavera mostra outra vez as cores. Depois da semente, a flor sobe rumo ao céu". E passa por questões difíceis como "depois de muitos anos, será que serei o mesmo?". O autor prefere lançar mão de um texto curto e bem simples, exposto em duas a três linhas, ideal para ser lido pelos pequenos. No trabalho bem colorido e artesanal de Moreau, que começa com ilustrações feitas à mão em cadernos de desenho, sobressaem os tons de azul, vermelho e laranja. Uma forma de aprender com prazer. (MARIO BRESIGHELLO) AUTOR: Laurent Moreau TRADUÇÃO: Adilson Miguel EDITORA: SM QUANTO: R$ 40 (48 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * MÔNICA É DALTÔNICA? "Mônica é Daltônica?" é uma das primeiras histórias da turma criada e desenhada por Mauricio de Sousa. Nesta edição, os quadrinhos ganham releitura, em versão "livro ilustrado", com imagens de Odilon Moraes, em uma coedição da Companhia das Letrinhas e da Editora Mauricio de Sousa. Primeira história publicada na revista "Mônica", em 1970, ela tem um roteiro que se tornaria familiar aos leitores dos quadrinhos: os meninos tramam um plano infalível para derrotar a dentuça, que é a dona do pedaço. O líder desta vez não é Cebolinha, mas Zé Luís, o adolescente de óculos enormes, que conta com a ajuda de outros personagens que se tornariam famosos e frequentes nas revistinhas e tirinhas (Cascão, Titi, Xaveco e o próprio Cebola), além de outros que não se tornaram tão conhecidos (como Manezinho). Com o traço de Odilon Moraes, ao mesmo tempo autoral e atento a preservar os elementos essenciais de cada personagem, o livro mostra como as histórias da Mônica e sua turma ainda têm fôlego e brilho, tanto nos quadrinhos como em novas roupagens. As duas editoras irão publicar histórias clássicas da turma, relidas por novos ilustradores. (BRUNO ZENI) AUTOR: Mauricio de Sousa ILUSTRAÇÕES: Odilon Moraes EDITORA: Companhia das Letrinhas/Editora Mauricio de Sousa QUANTO: R$ 34,90 (48 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * MAURICIO, O INÍCIO Ao completar 80 anos no próximo mês, Mauricio de Sousa terá construído o maior império de HQs do país. Nem sempre o grande leitor de gibis de hoje será o aficionado de livros de amanhã. Mas isso não lhe tira o mérito: ao criar personagens, crianças em sua maioria, e alguns bichos, como o primogênito cachorro azul Bidu, o autor não se preocupou com lições de moral supérfluas. A força do coelhinho da Mônica, da sujeira do Cascão e da gula da Magali prevaleceram sem culpas. Em compensação, convocou os leitores a se preocuparem com a natureza, via o caipira Chico Bento, e a encararem a morte com mais facilidade, a partir das aventuras de Penadinho. Neste volume comemorativo, que reúne três livros publicados em 1965, já se enxerga o embrião da longa trajetória que iria povoar o imaginário infantil (e não só) dos brasileiros. Com destaque a um personagem que nunca mais se repetiu, o Niquinho, e sua maravilhosa Caixa da Bondade. E que merecidamente abre o livro. Volte a ele, Mauricio! (VIVIEN LANDO) AUTOR: Mauricio de Sousa EDITORA: WMF Martins Fontes QUANTO: R$ 99,80 (208 págs.) AVALIAÇÃO: bom * A INVASÃO MARCIANA Nesses tempos de preparação para a invasão de Marte pelos terráqueos, nada melhor do que ler "A Invasão Marciana", da escritora espanhola Catalina González Vilar. Porque, em primeiro lugar, ela não está falando de habitantes de Marte e sim do planeta Marcia. A seguir porque esses seres de um azul tão especial que é impossível reproduzir (nem mesmo pelo ilustrador Miguel Pang Ly), portadores de seus carrinhos de gelo sem o qual não sobrevivem (digo, o gelo), trazem aos humanos quase tudo o que está faltando. A capacidade de se comunicar com bichos, plantas e micróbios, por exemplo. Bastando para isso que um marciano enfie um tentáculo até nosso esôfago. O que não é nada diante da grandiosidade que nosso mundo ganharia com o fim da falta de entendimento interespécies, não é mesmo? O conhecimento com Marc, que desaba em sua varanda, faz o narrador da história —já velhinho e perdido em reminiscências azuis marcianas— mudar sua visão de mundo. E, no caso, do próprio universo, já que há mais de um planeta em pauta. E permite aos felizes leitores de todas as idades sonhar com possibilidades melhores, levantadas lá atrás por Steven Spielberg e seu ET, o Extraterrestre. O que atualmente já é ótimo! (VIVIEN LANDO) AUTORA: Catalina González Vilar ILUSTRAÇÕES: Miguel Pang Ly TRADUÇÃO: Livia Deorsola EDITORA: MOV Palavras QUANTO: R$ 39 (32 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * QUANDO UM ELEFANTE SE APAIXONA O canal dos bichos é o de mais fácil acesso aos leitores bem pequenos e o suíço Davide Calì opta por um bem exuberante —o elefante. Acontece que seu personagem está apaixonado e toda sua paquidermice desaparece diante da timidez, ao deixar flores para a amada e sair correndo, experimentando roupas elegantes, tomando banho diariamente e iniciando um impossível regime. Ou seja, o livro fala de amor —o que também pertence à compreensão universal de todas as idades. Com dois trunfos assim, e muito bem ilustrado pela italiana Alice Lotti, que alia inocência com modernidade, a historinha cumpre sua função primordial de trazer o admirador de figuras coloridas ao universo da narrativa. Primeiro passo para fomentar um bom leitor para o resto da vida. (VIVIEN LANDO) AUTOR: Davide Calì TRADUÇÃO: Adilson Miguel ILUSTRAÇÕES: Alice Lotti EDITORA: SM QUANTO: R$ 40 (32 págs.) AVALIAÇÃO: bom * CADA BICHO COM SEU CAPRICHO Este livro em grande formato traz generosas ilustrações de página dupla, com fundo colorido que muda a cada nova imagem. Os poemas de Carlos Machado são inspirados em bichos diversos, alguns deles bem brasileiros, como o Tatu, a Anta, a Preguiça e o Jabuti. Certos poemas transformam animais em personagens, como o cão Nicolau e o pinguim Heitor, outros glosam os hábitos dos bichos, caso do Galo Carijó que quer ser cantor sertanejo, ou aproveitam características da morfologia animal —caso dos versos sobre a Borboleta, que "é uma lagarta de asa delta", e sobre o Cavalo Marinho, que "encaracola o rabo, sacode o focinho, mas sabe que é peixe e não cavalinho". O projeto gráfico de Tereza Bettinardi valoriza as belas ilustrações de Geraldo Valério, revisitando, com soluções modernas e coloridas, um estilo clássico de ilustração e tipografia. (BRUNO ZENI) AUTOR: Carlos Machado ILUSTRAÇÕES: Geraldo Valério EDITORA: MOV Palavras QUANTO: R$ 39 (40 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo * DULCE, A ABELHA O escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós não chegou a ver sua abelhinha voar em português, embalada pelos maravilhosos desenhos de Mariana Newlands. Morreu antes, em 2012. Da mesma maneira, sua criação, uma abelha diabética, não chega a cumprir seu destino completo, pois simplesmente não consegue transformar néctar em mel —desmaia antes. Debatendo-se em culpa e desânimo, ela sonha com a existência de flores diet, mas numa manhã decide fazer mais do que pode. E não dá certo. Se eu fosse uma criança sensível, choraria com o desfecho. Mas faz parte do papel da literatura ensinar as dores antes que elas venham no plano real. É seu dever esfolar um pouco os corações iludidos, como um joelho depois do tombo. Assim, ao perder o primeiro hamster o pequeno leitor já tem uma referência de finitude que ajuda a enfrentar a tristeza. E a aprender que a abelha Dulce e o hamster, vivem no mesmo arcabouço —o do afeto. (VIVIEN LANDO) AUTOR: Bartolomeu Campos de Queirós ILUSTRAÇÕES: Mariana Newlands EDITORA: Alfaguara QUANTO: R$ 37,90 (40 págs.) AVALIAÇÃO: bom
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Pierre Verger e poetisa são temas de mostras no Museu Afro Brasil
MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO Neste mês, duas mostras chegam ao Museu Afro Brasil, instalado no parque Ibirapuera, zona sul da capital paulista. Em "As Aventuras de Pierre Verger", cerca de 270 imagens registradas pelo fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês são divididas em nove núcleos. O ingresso custa R$ 6. Já em "Carolina Em Nós", exposta do lado externo do museu, a escritora, poetisa e sambista Carolina Maria de Jesus tem sua vida e obra contada por meio de painéis e fotografias. AS AVENTURAS DE PIERRE VERGER Dividida em nove núcleos, como Paris, Viagens, Polinésia e Saara, a exposição apresenta cerca de 270 imagens clicadas por Pierre Verger (1902-1996) em diversos lugares do mundo. Ele foi um fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês que viveu grande parte de sua vida em Salvador, na Bahia. Além das fotografias, a exposição traz vídeos e ilustrações do artista visual baiano Bruno Marcello, que retrata situações reais e ficcionais vividas por Verger. Organizada por Alex Baradel, responsável pelo acervo da Fundação Pierre Verger, a mostra esteve em cartaz no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador -foram mais de 30 mil visitantes entre março e maio deste ano. Museu Afro Brasil - pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, região sul, tel. 3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h (c/ permanência até as 18h). Até 30/12. Livre. Ingr.: R$ 6 (sáb.: grátis). Estac. (sistema Zona Azul - no portão 3). - CAROLINA EM NÓS Idealizada pelo coletivo Ilú Obá de Min, que há dez anos ocupa as ruas de São Paulo com atividades para promover a cultura afro-brasileira, a mostra homenageia a escritora, poetisa e sambista Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Painéis, fotos e cenários foram montados na lateral do museu para contextualizar a vida e a obra da mineira, que dá nome à biblioteca da instituição. Seu trabalho mais conhecido é "Quarto de Despejo" (1960). Traduzido para 13 idiomas, o livro retrata o cotidiano em comunidades pobres. O diário de Carolina foi descoberto em 1958 por Audálio Dantas, da extinta "Folha da Noite", quando ela morava na favela do Canindé e sobrevivia catando e vendendo papel. Museu Afro Brasil - pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, região sul, tel. 3320-8900. Seg. a dom.: 5h às 24h. Até 31/1/2016. Estac. (sistema Zona Azul - portões 3 e 7). GRÁTIS
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Pierre Verger e poetisa são temas de mostras no Museu Afro BrasilMARIANA MARINHO DE SÃO PAULO Neste mês, duas mostras chegam ao Museu Afro Brasil, instalado no parque Ibirapuera, zona sul da capital paulista. Em "As Aventuras de Pierre Verger", cerca de 270 imagens registradas pelo fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês são divididas em nove núcleos. O ingresso custa R$ 6. Já em "Carolina Em Nós", exposta do lado externo do museu, a escritora, poetisa e sambista Carolina Maria de Jesus tem sua vida e obra contada por meio de painéis e fotografias. AS AVENTURAS DE PIERRE VERGER Dividida em nove núcleos, como Paris, Viagens, Polinésia e Saara, a exposição apresenta cerca de 270 imagens clicadas por Pierre Verger (1902-1996) em diversos lugares do mundo. Ele foi um fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês que viveu grande parte de sua vida em Salvador, na Bahia. Além das fotografias, a exposição traz vídeos e ilustrações do artista visual baiano Bruno Marcello, que retrata situações reais e ficcionais vividas por Verger. Organizada por Alex Baradel, responsável pelo acervo da Fundação Pierre Verger, a mostra esteve em cartaz no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador -foram mais de 30 mil visitantes entre março e maio deste ano. Museu Afro Brasil - pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, região sul, tel. 3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h (c/ permanência até as 18h). Até 30/12. Livre. Ingr.: R$ 6 (sáb.: grátis). Estac. (sistema Zona Azul - no portão 3). - CAROLINA EM NÓS Idealizada pelo coletivo Ilú Obá de Min, que há dez anos ocupa as ruas de São Paulo com atividades para promover a cultura afro-brasileira, a mostra homenageia a escritora, poetisa e sambista Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Painéis, fotos e cenários foram montados na lateral do museu para contextualizar a vida e a obra da mineira, que dá nome à biblioteca da instituição. Seu trabalho mais conhecido é "Quarto de Despejo" (1960). Traduzido para 13 idiomas, o livro retrata o cotidiano em comunidades pobres. O diário de Carolina foi descoberto em 1958 por Audálio Dantas, da extinta "Folha da Noite", quando ela morava na favela do Canindé e sobrevivia catando e vendendo papel. Museu Afro Brasil - pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, região sul, tel. 3320-8900. Seg. a dom.: 5h às 24h. Até 31/1/2016. Estac. (sistema Zona Azul - portões 3 e 7). GRÁTIS
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Mortes: Começou na música para cuidar dos irmãos
Mais velho numa família de seis irmãos, Roberto Nogueira assumiu o sustento da família quando o pai teve um problema cardíaco na década de 1960. Teve que interromper os estudos para se tornar geólogo e foi cantar em bares na noite do Recife. A música não estava nos seus planos até então, mas sua voz logo começou a abrir portas, não apenas no circuito noturno da capital pernambucana. Participou de programas de calouros, atuou em emissoras de rádio e de TV. Já conhecido, decidiu tentar carreira no Rio de Janeiro, onde trabalhou com Silvio Santos e conheceu nomes importantes da música. Lembrava sempre dos encontros com Robertos Carlos em festas e o dinheiro que emprestou a Raul Seixas, que estava sem tocar. "O que ele mais tinha era história para contar", brinca o filho Bruno. O contato com artistas famosos continuou quando retornou para o Recife e assumiu a direção da rádio Caetés. "Estava sempre sendo procurado por gravadoras e artistas que queriam espaço na rádio. Era desde Rita Lee até Angélica", conta o filho. Chegou a gravar dois compactos seus -discos de curta duração-, mas com a aposentadoria, decidiu se dedicar apenas à família. Muito caseiro, dedicava quase todo seu tempo aos filhos e netos. As memórias dos tempos de fama continuavam vivas nas suas redes sociais. Fotos em preto e branco ou gastas pelo tempo lembravam entrevistas, apresentações e encontros com artistas como Alceu Valença e Roberta Miranda. Morreu no dia 17, aos 68, enquanto dormia. Deixa mulher, três filhos e três netos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA QUARTA-FEIRA Clara Caraver - Aos 87. Deixa os filhos Cecilia e Ari, e netos. Cerimônia hoje (21/10), às 10h, no cemitério Israelita do Butantã. Dorisa Alexander - Aos 91. Deixa os filhos Stefan Geraldo e Michael Jorge, e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Farida Edmond Seid - Aos 91. Deixa os filhos Albert e Moise, irmãos, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Carmen Nunez Paulette - Hoje (21/10), às 18h, na igreja N. Sra. Mãe do Salvador (Cruz Torta), av. Prof. Frederico Hermann Jr, 105, Alto de Pinheiros.
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Mortes: Começou na música para cuidar dos irmãosMais velho numa família de seis irmãos, Roberto Nogueira assumiu o sustento da família quando o pai teve um problema cardíaco na década de 1960. Teve que interromper os estudos para se tornar geólogo e foi cantar em bares na noite do Recife. A música não estava nos seus planos até então, mas sua voz logo começou a abrir portas, não apenas no circuito noturno da capital pernambucana. Participou de programas de calouros, atuou em emissoras de rádio e de TV. Já conhecido, decidiu tentar carreira no Rio de Janeiro, onde trabalhou com Silvio Santos e conheceu nomes importantes da música. Lembrava sempre dos encontros com Robertos Carlos em festas e o dinheiro que emprestou a Raul Seixas, que estava sem tocar. "O que ele mais tinha era história para contar", brinca o filho Bruno. O contato com artistas famosos continuou quando retornou para o Recife e assumiu a direção da rádio Caetés. "Estava sempre sendo procurado por gravadoras e artistas que queriam espaço na rádio. Era desde Rita Lee até Angélica", conta o filho. Chegou a gravar dois compactos seus -discos de curta duração-, mas com a aposentadoria, decidiu se dedicar apenas à família. Muito caseiro, dedicava quase todo seu tempo aos filhos e netos. As memórias dos tempos de fama continuavam vivas nas suas redes sociais. Fotos em preto e branco ou gastas pelo tempo lembravam entrevistas, apresentações e encontros com artistas como Alceu Valença e Roberta Miranda. Morreu no dia 17, aos 68, enquanto dormia. Deixa mulher, três filhos e três netos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA QUARTA-FEIRA Clara Caraver - Aos 87. Deixa os filhos Cecilia e Ari, e netos. Cerimônia hoje (21/10), às 10h, no cemitério Israelita do Butantã. Dorisa Alexander - Aos 91. Deixa os filhos Stefan Geraldo e Michael Jorge, e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Farida Edmond Seid - Aos 91. Deixa os filhos Albert e Moise, irmãos, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Carmen Nunez Paulette - Hoje (21/10), às 18h, na igreja N. Sra. Mãe do Salvador (Cruz Torta), av. Prof. Frederico Hermann Jr, 105, Alto de Pinheiros.
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TJ apura atraso em decisões de juíza que soltou presos em SP
O Tribunal de Justiça de São Paulo abriu processo disciplinar em outubro último contra a juíza Kenarik Boujikian para apurar se a magistrada violou dispositivos legais ao apresentar baixa produtividade e atrasar o julgamento de processos quando atuou como substituta na corte, entre 2012 e 2014. Esse processo administrativo é anterior à queixa apresentada pelo desembargador Amaro Thomé Filho para que o Órgão Especial decida se ela deve ser investigada por ter determinado a soltura de presos, que supostamente cumpriam pena há mais tempo que suas sentenças, sem consultar o colegiado ou Turma julgadora. Em entrevista à Folha no final de janeiro, Boujikian sustentou que agiu corretamente. "Trata-se de uma situação que considero juridicamente muito simples: se a pena foi fixada e não há notícia de soltura transcorrido este período, dei alvará cautelar, para não haver risco de a pessoa ficar presa por mais tempo", disse. A magistrada tem recebido manifestações de solidariedade de entidades ligadas aos direitos humanos, sob o argumento de que ela agiu para impedir a continuidade de prisões ilegais. O processo anterior foi iniciado em 2013 por ordem do ex-presidente José Renato Nalini, à época corregedor-geral de Justiça. Por 16 votos a 8, o Órgão Especial do TJ-SP rejeitou a defesa prévia apresentada por Boujikian, que pretendia evitar a instauração do processo administrativo disciplinar. A Corregedoria-Geral do TJ-SP entendeu que a juíza violou a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura, além de dispositivo da Constituição Federal que assegura aos cidadãos a razoável duração do processo. Em sua defesa prévia, a magistrada atribuiu os atrasos a "problemas pessoais enfrentados -e provados nos autos-além de sua situação de saúde, já sob controle". Sustentou que sua produtividade nas Seções de Direito Público e Criminal foi expressiva, "a despeito dos problemas de saúde enfrentados por si própria e pela sua genitora, pelo desfazimento de seu matrimônio de três décadas, pela dificuldade de adaptação -já superada- ao julgamento em colegiado". Ela informou ao Órgão Especial ter se afastado do conselho de administração da Associação Juízes para a Democracia (AJD), da qual é cofundadora, para se dedicar exclusivamente aos processos. No período entre dezembro de 2011 e janeiro de 2014, segundo a Corregedoria-Geral, Boujikian apresentou produtividade inferior à média das Câmaras Especializadas: 36% da média em 2012 e 21% em 2013. Em janeiro de 2014, prolatou metade dos votos proferidos pelos demais juízes e desembargadores. "Não restam dúvidas que a produtividade da magistrada está muito aquém do mínimo que se espera de um membro do Poder Judiciário Paulista", afirmou em seu voto o desembargador Hamilton Elliot Akel, sucessor de Nalini na corregedoria. Ele ressalvou, no entanto, que entre janeiro e julho de 2014 Boujikian teve produtividade acima da média: 114%. Durante o julgamento, Akel relatou que ele e Nalini haviam sugerido à magistrada que se aposentasse, com o que a juíza não concordou. Foi com base no aumento de produtividade da magistrada no primeiro semestre de 2015 que o desembargador Antônio Carlos Malheiros divergiu da maioria e fez declaração de voto pela suspensão do processo, mesmo admitindo que os números apresentados pela corregedoria eram "preocupantes, principalmente quando pensamos nos jurisdicionados [pessoas cujos interesses são julgados pelo tribunal]." "Note-se que a Magistrada, independente passar por problemas de saúde e ordem pessoal, no primeiro semestre deste [daquele] ano, teve sua produtividade aumentada. Só nesta última semana, pautou 50 processos", declarou. Malheiros entendeu que, "com certeza, a juíza colocará seu acervo em dia", pois o Órgão Especial havia deferido o gozo de licença-prêmio à magistrada. Procurada, Boujikian não se manifestou sobre o processo disciplinar. Sua defesa, por meio de nota, informou que "os atrasos noticiados foram devidamente justificados no processo administrativo". "É importante frisar que a magistrada usou seus períodos de licença-prêmio e férias para colocar seu acervo em dia; portanto, está com seu trabalho em ordem desde então." Segundo nota do "Painel" publicada no sábado (13), entre os dez presos que a juíza Kenarik Boujikian mandou soltar após suspeitar de prisão além do tempo, e que geraram a queixa apresentada pelo colega da magistrada, estava Elissandro Duarte dos Santos, cujo processo ficou parado no gabinete da magistrada por quase um ano -de 14 de maio de 2014 a 8 de abril de 2015. Ainda de acordo com o "Painel", outros cinco processos aguardaram por mais de seis meses pela análise da juíza, quando o tempo máximo tolerado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é de cem dias. Segundo a defesa de Boujikian, o processo ingressou no TJ em 14 de maio de 2013 mas chegou ao gabinete da magistrada apenas 365 dias depois, em 14 de maio de 2014. "Além disso, o Ministério Público, ao constatar que o CD com depoimento das testemunhas estava corrompido, requereu que um novo CD fosse juntado, o que atrasou ainda mais sua tramitação, já que não é possível proceder o julgamento sem esses áudios. Os demais atrasos foram justificados", disse o advogado da juíza, Igor Tamasauskas.
cotidiano
TJ apura atraso em decisões de juíza que soltou presos em SPO Tribunal de Justiça de São Paulo abriu processo disciplinar em outubro último contra a juíza Kenarik Boujikian para apurar se a magistrada violou dispositivos legais ao apresentar baixa produtividade e atrasar o julgamento de processos quando atuou como substituta na corte, entre 2012 e 2014. Esse processo administrativo é anterior à queixa apresentada pelo desembargador Amaro Thomé Filho para que o Órgão Especial decida se ela deve ser investigada por ter determinado a soltura de presos, que supostamente cumpriam pena há mais tempo que suas sentenças, sem consultar o colegiado ou Turma julgadora. Em entrevista à Folha no final de janeiro, Boujikian sustentou que agiu corretamente. "Trata-se de uma situação que considero juridicamente muito simples: se a pena foi fixada e não há notícia de soltura transcorrido este período, dei alvará cautelar, para não haver risco de a pessoa ficar presa por mais tempo", disse. A magistrada tem recebido manifestações de solidariedade de entidades ligadas aos direitos humanos, sob o argumento de que ela agiu para impedir a continuidade de prisões ilegais. O processo anterior foi iniciado em 2013 por ordem do ex-presidente José Renato Nalini, à época corregedor-geral de Justiça. Por 16 votos a 8, o Órgão Especial do TJ-SP rejeitou a defesa prévia apresentada por Boujikian, que pretendia evitar a instauração do processo administrativo disciplinar. A Corregedoria-Geral do TJ-SP entendeu que a juíza violou a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura, além de dispositivo da Constituição Federal que assegura aos cidadãos a razoável duração do processo. Em sua defesa prévia, a magistrada atribuiu os atrasos a "problemas pessoais enfrentados -e provados nos autos-além de sua situação de saúde, já sob controle". Sustentou que sua produtividade nas Seções de Direito Público e Criminal foi expressiva, "a despeito dos problemas de saúde enfrentados por si própria e pela sua genitora, pelo desfazimento de seu matrimônio de três décadas, pela dificuldade de adaptação -já superada- ao julgamento em colegiado". Ela informou ao Órgão Especial ter se afastado do conselho de administração da Associação Juízes para a Democracia (AJD), da qual é cofundadora, para se dedicar exclusivamente aos processos. No período entre dezembro de 2011 e janeiro de 2014, segundo a Corregedoria-Geral, Boujikian apresentou produtividade inferior à média das Câmaras Especializadas: 36% da média em 2012 e 21% em 2013. Em janeiro de 2014, prolatou metade dos votos proferidos pelos demais juízes e desembargadores. "Não restam dúvidas que a produtividade da magistrada está muito aquém do mínimo que se espera de um membro do Poder Judiciário Paulista", afirmou em seu voto o desembargador Hamilton Elliot Akel, sucessor de Nalini na corregedoria. Ele ressalvou, no entanto, que entre janeiro e julho de 2014 Boujikian teve produtividade acima da média: 114%. Durante o julgamento, Akel relatou que ele e Nalini haviam sugerido à magistrada que se aposentasse, com o que a juíza não concordou. Foi com base no aumento de produtividade da magistrada no primeiro semestre de 2015 que o desembargador Antônio Carlos Malheiros divergiu da maioria e fez declaração de voto pela suspensão do processo, mesmo admitindo que os números apresentados pela corregedoria eram "preocupantes, principalmente quando pensamos nos jurisdicionados [pessoas cujos interesses são julgados pelo tribunal]." "Note-se que a Magistrada, independente passar por problemas de saúde e ordem pessoal, no primeiro semestre deste [daquele] ano, teve sua produtividade aumentada. Só nesta última semana, pautou 50 processos", declarou. Malheiros entendeu que, "com certeza, a juíza colocará seu acervo em dia", pois o Órgão Especial havia deferido o gozo de licença-prêmio à magistrada. Procurada, Boujikian não se manifestou sobre o processo disciplinar. Sua defesa, por meio de nota, informou que "os atrasos noticiados foram devidamente justificados no processo administrativo". "É importante frisar que a magistrada usou seus períodos de licença-prêmio e férias para colocar seu acervo em dia; portanto, está com seu trabalho em ordem desde então." Segundo nota do "Painel" publicada no sábado (13), entre os dez presos que a juíza Kenarik Boujikian mandou soltar após suspeitar de prisão além do tempo, e que geraram a queixa apresentada pelo colega da magistrada, estava Elissandro Duarte dos Santos, cujo processo ficou parado no gabinete da magistrada por quase um ano -de 14 de maio de 2014 a 8 de abril de 2015. Ainda de acordo com o "Painel", outros cinco processos aguardaram por mais de seis meses pela análise da juíza, quando o tempo máximo tolerado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é de cem dias. Segundo a defesa de Boujikian, o processo ingressou no TJ em 14 de maio de 2013 mas chegou ao gabinete da magistrada apenas 365 dias depois, em 14 de maio de 2014. "Além disso, o Ministério Público, ao constatar que o CD com depoimento das testemunhas estava corrompido, requereu que um novo CD fosse juntado, o que atrasou ainda mais sua tramitação, já que não é possível proceder o julgamento sem esses áudios. Os demais atrasos foram justificados", disse o advogado da juíza, Igor Tamasauskas.
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'O futebol está doente', diz pai de torcedor atirado de arquibancada
A história já se tornou conhecida na Argentina. O presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), Claudio Tapia, telefonou para Raúl Balbo. Perguntou se ele precisava de alguma coisa. "Sim. Preciso de um filho", respondeu Balbo. Emanuel, filho de Raúl, morreu na segunda (17). Ele foi atirado da arquibancada do estádio Mario Kempes, em Córdoba (700 km de Buenos Aires), durante o clássico entre Belgrano e Talleres, disputado no sábado (15). "Ele [presidente da AFA] queria ajudar. Tarde demais. Ninguém pode ajudar. Ninguém pode devolver a vida do meu filho", disse Balbo à Folha, por telefone. Seis pessoas envolvidas no crime já foram presas. Outras duas são procuradas pela polícia. De acordo com a Salvemos al Fútbol (Salvemos o Futebol, em espanhol), organização não governamental que combate a violência no esporte, Emanuel foi a 318ª morte ocorrida na Argentina por violência de torcidas. Além do crime em si, o caso mobiliza o país pela história por atrás do assassinato de Emanuel Balbo. "O futebol está doente. A dor é indescritível. A dor de quem não consegue dormir, de quem não consegue comer. A dor de quem perde filhos por causa da violência", completa o pai de Emanuel. Filhos. No plural. Há quase cinco anos, Augustín Balbo, irmão de Emanuel, foi morto, atropelado por um veículo em alta velocidade que disputava racha pelas ruas de Córdoba. Os detidos pelo crime ficaram presos por um mês e, em seguida, liberados. Emanuel viu um dos envolvidos, Oscar Gómez, conhecido como "Sapito", na arquibancada do estádio. Começou uma discussão e Gómez gritou que Balbo era torcedor do Talleres. O mando do jogo era do Belgrano, time do coração de Emanuel. Na Argentina, assim como nos clássicos em São Paulo, é proibida a presença da torcida visitante. Pessoas que estavam próximos ao bate-boca não quiseram conversa. Diante da acusação, agrediram Emanuel Balbo e o atiraram da arquibancada superior. Na queda, a vítima bateu a cabeça. Agonizando no chão, teve os tênis roubados. "Algumas pessoas que participaram desse ato selvagem não têm antecedentes criminais. Isso é o que nos assusta. Como explicar? Como podem se comportar de uma forma daquelas quando entram em um estádio de futebol?", questiona Diego Hak, chefe de segurança de Córdoba. Abalado, o pai de Emanuel diz não ter assistido as imagens do filho em queda livre. E não pretende ver jamais. Assim como promete jamais entrar novamente em um estádio de futebol. "Como alguém pode tomar uma atitude dessas contra uma pessoa que sequer conhece? Havíamos feito uma aposta para o resultado do jogo...", confessa, ele sim torcedor do Talleres, afirmando que o perdedor no clássico compraria quatro quilos de carne para o "assado" (como é chamado churrasco na Argentina) do dia seguinte. DIREITO DE ADMISSÃO Após o crime, começou a busca por explicações. No futebol argentino existe o "direito de admissão". É como se chama a lista com os nomes de quem não podem entrar nos estádios. O objetivo é proibir que barras bravas (o núcleo violento das torcidas organizadas) condenados ou acusados de crimes estejam nos locais dos jogos. O Belgrano não apresentou nenhuma relação. De acordo com o presidente Armando Pérez, também ex-presidente da junta diretiva da AFA, isso aconteceu porque seu clube não tem nenhum barra brava. "Sapito Gómez não tinha restrição para entrar em estádios. Não houve qualquer determinação da Justiça quanto a isso", afirma Hak. "Não vejo como um problema do futebol apenas. É um problema da nossa sociedade." O crime mobilizou os jogadores dos rivais de Córdoba. Jogadores do Belgrano publicaram imagens nas redes sociais fazendo o sinal de "T" com os braços, símbolo do Talleres. Atletas do Talleres se fotografaram tapando um dos olhos com a mão, como sem fossem piratas, apelido do Belgrano. A Folha tentou entrar em contato com Mónica Picco, advogada de Gómez, mas não obteve contato. Em entrevista à imprensa argentina, ela disse que seu cliente não foi responsável pela morte e que Emanuel Balbo cometeu suicídio ao se jogar da arquibancada. PRISÕES Nesta quarta-feira (19), foi preso Yamil Salas, 22, sexto acusado de participar da morte de Emanuel Balbo. Ele foi apresentado à promotora Liliana Sánchez, que comanda a investigação do caso. Também estão detidos Oscar Gómez, 36; Cristian Oliva, 42; Matías Oliva, 20; Martín Vergara, 22; e Pablo Robledo, 18. "Há câmeras de segurança que nos dão exata ideia do que aconteceu. Estamos em busca de todas as pessoas. Fazemos o possível, mas é claro que o mais importante está além dos nossos poderes. Não poderemos trazer a vida de Emanuel de volta", disse Diego Hak, chefe de segurança de Córdoba. Ele também procura a pessoa que roubou os tênis da vítima após a queda. O Belgrano anunciou que todos os torcedores acusados estão proibidos de entrarem em jogos da equipe para sempre. Los Piratas Celestes de Alberdi, a principal "barra brava" (torcida organizada) do Belgrano, tentou se distanciar do crime. Em entrevista ao diário "Clarín", de Buenos Aires, Roberto Ponce, chefe da facção, disse não conhecer Gómez.
esporte
'O futebol está doente', diz pai de torcedor atirado de arquibancadaA história já se tornou conhecida na Argentina. O presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), Claudio Tapia, telefonou para Raúl Balbo. Perguntou se ele precisava de alguma coisa. "Sim. Preciso de um filho", respondeu Balbo. Emanuel, filho de Raúl, morreu na segunda (17). Ele foi atirado da arquibancada do estádio Mario Kempes, em Córdoba (700 km de Buenos Aires), durante o clássico entre Belgrano e Talleres, disputado no sábado (15). "Ele [presidente da AFA] queria ajudar. Tarde demais. Ninguém pode ajudar. Ninguém pode devolver a vida do meu filho", disse Balbo à Folha, por telefone. Seis pessoas envolvidas no crime já foram presas. Outras duas são procuradas pela polícia. De acordo com a Salvemos al Fútbol (Salvemos o Futebol, em espanhol), organização não governamental que combate a violência no esporte, Emanuel foi a 318ª morte ocorrida na Argentina por violência de torcidas. Além do crime em si, o caso mobiliza o país pela história por atrás do assassinato de Emanuel Balbo. "O futebol está doente. A dor é indescritível. A dor de quem não consegue dormir, de quem não consegue comer. A dor de quem perde filhos por causa da violência", completa o pai de Emanuel. Filhos. No plural. Há quase cinco anos, Augustín Balbo, irmão de Emanuel, foi morto, atropelado por um veículo em alta velocidade que disputava racha pelas ruas de Córdoba. Os detidos pelo crime ficaram presos por um mês e, em seguida, liberados. Emanuel viu um dos envolvidos, Oscar Gómez, conhecido como "Sapito", na arquibancada do estádio. Começou uma discussão e Gómez gritou que Balbo era torcedor do Talleres. O mando do jogo era do Belgrano, time do coração de Emanuel. Na Argentina, assim como nos clássicos em São Paulo, é proibida a presença da torcida visitante. Pessoas que estavam próximos ao bate-boca não quiseram conversa. Diante da acusação, agrediram Emanuel Balbo e o atiraram da arquibancada superior. Na queda, a vítima bateu a cabeça. Agonizando no chão, teve os tênis roubados. "Algumas pessoas que participaram desse ato selvagem não têm antecedentes criminais. Isso é o que nos assusta. Como explicar? Como podem se comportar de uma forma daquelas quando entram em um estádio de futebol?", questiona Diego Hak, chefe de segurança de Córdoba. Abalado, o pai de Emanuel diz não ter assistido as imagens do filho em queda livre. E não pretende ver jamais. Assim como promete jamais entrar novamente em um estádio de futebol. "Como alguém pode tomar uma atitude dessas contra uma pessoa que sequer conhece? Havíamos feito uma aposta para o resultado do jogo...", confessa, ele sim torcedor do Talleres, afirmando que o perdedor no clássico compraria quatro quilos de carne para o "assado" (como é chamado churrasco na Argentina) do dia seguinte. DIREITO DE ADMISSÃO Após o crime, começou a busca por explicações. No futebol argentino existe o "direito de admissão". É como se chama a lista com os nomes de quem não podem entrar nos estádios. O objetivo é proibir que barras bravas (o núcleo violento das torcidas organizadas) condenados ou acusados de crimes estejam nos locais dos jogos. O Belgrano não apresentou nenhuma relação. De acordo com o presidente Armando Pérez, também ex-presidente da junta diretiva da AFA, isso aconteceu porque seu clube não tem nenhum barra brava. "Sapito Gómez não tinha restrição para entrar em estádios. Não houve qualquer determinação da Justiça quanto a isso", afirma Hak. "Não vejo como um problema do futebol apenas. É um problema da nossa sociedade." O crime mobilizou os jogadores dos rivais de Córdoba. Jogadores do Belgrano publicaram imagens nas redes sociais fazendo o sinal de "T" com os braços, símbolo do Talleres. Atletas do Talleres se fotografaram tapando um dos olhos com a mão, como sem fossem piratas, apelido do Belgrano. A Folha tentou entrar em contato com Mónica Picco, advogada de Gómez, mas não obteve contato. Em entrevista à imprensa argentina, ela disse que seu cliente não foi responsável pela morte e que Emanuel Balbo cometeu suicídio ao se jogar da arquibancada. PRISÕES Nesta quarta-feira (19), foi preso Yamil Salas, 22, sexto acusado de participar da morte de Emanuel Balbo. Ele foi apresentado à promotora Liliana Sánchez, que comanda a investigação do caso. Também estão detidos Oscar Gómez, 36; Cristian Oliva, 42; Matías Oliva, 20; Martín Vergara, 22; e Pablo Robledo, 18. "Há câmeras de segurança que nos dão exata ideia do que aconteceu. Estamos em busca de todas as pessoas. Fazemos o possível, mas é claro que o mais importante está além dos nossos poderes. Não poderemos trazer a vida de Emanuel de volta", disse Diego Hak, chefe de segurança de Córdoba. Ele também procura a pessoa que roubou os tênis da vítima após a queda. O Belgrano anunciou que todos os torcedores acusados estão proibidos de entrarem em jogos da equipe para sempre. Los Piratas Celestes de Alberdi, a principal "barra brava" (torcida organizada) do Belgrano, tentou se distanciar do crime. Em entrevista ao diário "Clarín", de Buenos Aires, Roberto Ponce, chefe da facção, disse não conhecer Gómez.
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Agosto, de novo
BRASÍLIA - No poema de T. S. Eliot, abril é descrito como o mais cruel dos meses. Na história brasileira, o título pertence a agosto. O mês assistiu ao suicídio de Getúlio, à renúncia de Jânio e à morte de JK. Em 2015, será decisivo para apontar o desfecho, ainda incerto, da crise que engoliu o governo Dilma. Em 16 de agosto de 1992, a classe média foi às ruas de preto para pedir o impeachment de Collor. A oposição escolheu a mesma data para as novas manifestações contra a petista. A esquerda também prepara atos "contra o golpismo" para o dia 20, com a participação de sem-terras, sem-tetos, petroleiros e sindicalistas. As marchas ameaçam elevar a temperatura da crise até o ponto de ebulição. Nos dois lados, começam a surgir temores de que o Brasil siga o caminho da Venezuela, com a radicalização de posições e a possibilidade de confrontos nas ruas. Se a tensão resultar em violência, será um retrocesso. Após longas décadas de instabilidade, o país finalmente aprendeu a resolver suas diferenças nas urnas, de forma pacífica e respeitando as instituições e o calendário eleitoral. Agosto também será decisivo para o futuro da Lava Jato. No dia 5, o Ministério Público elege a lista tríplice para a sucessão do procurador-geral da República. A permanência de Rodrigo Janot dependerá do aval de Dilma e de votação secreta no Senado, que já tem 15 integrantes sob investigação no STF. O procurador guarda duas cartas na manga: as denúncias contra os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Além de liderar a oposição informal à presidente, ambos estão na linha sucessória caso ela seja impedida. * A bancada do PMDB na Câmara dobra a aposta no naufrágio de Dilma. "O governo acabou, já estamos assistindo ao velório. A dúvida agora é a data do enterro", diz o deputado baiano Lúcio Vieira Lima.
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Agosto, de novoBRASÍLIA - No poema de T. S. Eliot, abril é descrito como o mais cruel dos meses. Na história brasileira, o título pertence a agosto. O mês assistiu ao suicídio de Getúlio, à renúncia de Jânio e à morte de JK. Em 2015, será decisivo para apontar o desfecho, ainda incerto, da crise que engoliu o governo Dilma. Em 16 de agosto de 1992, a classe média foi às ruas de preto para pedir o impeachment de Collor. A oposição escolheu a mesma data para as novas manifestações contra a petista. A esquerda também prepara atos "contra o golpismo" para o dia 20, com a participação de sem-terras, sem-tetos, petroleiros e sindicalistas. As marchas ameaçam elevar a temperatura da crise até o ponto de ebulição. Nos dois lados, começam a surgir temores de que o Brasil siga o caminho da Venezuela, com a radicalização de posições e a possibilidade de confrontos nas ruas. Se a tensão resultar em violência, será um retrocesso. Após longas décadas de instabilidade, o país finalmente aprendeu a resolver suas diferenças nas urnas, de forma pacífica e respeitando as instituições e o calendário eleitoral. Agosto também será decisivo para o futuro da Lava Jato. No dia 5, o Ministério Público elege a lista tríplice para a sucessão do procurador-geral da República. A permanência de Rodrigo Janot dependerá do aval de Dilma e de votação secreta no Senado, que já tem 15 integrantes sob investigação no STF. O procurador guarda duas cartas na manga: as denúncias contra os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Além de liderar a oposição informal à presidente, ambos estão na linha sucessória caso ela seja impedida. * A bancada do PMDB na Câmara dobra a aposta no naufrágio de Dilma. "O governo acabou, já estamos assistindo ao velório. A dúvida agora é a data do enterro", diz o deputado baiano Lúcio Vieira Lima.
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Ministro da Cultura, Juca Ferreira assume pré-candidatura em Salvador
O ministro da Cultura, Juca Ferreira (PT), admitiu publicamente pela primeira vez que vai disputar a indicação do partido para ser escolhido como candidato à Prefeitura de Salvador nas eleições municipais deste ano. As declarações foram dadas pelo ministro à imprensa baiana nesta quinta-feira (14) durante a Lavagem do Bonfim, tradicional festa religiosa que serve como termômetro para a popularidade dos políticos. Além de Ferreira, a cúpula petista da Bahia cita como pré-candidatos à sucessão do prefeito ACM Neto (DEM) o vereador Gilmar Santiago, o deputado federal Valmir Assunção e o senador Walter Pinheiro. Pinheiro, contudo, já afirmou publicamente que não pretende disputar a prefeitura. Ele está afastado do dia a dia do partido e tem feito críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff. O nome do ministro Juca Ferreira é visto com bons olhos pela cúpula do partido na Bahia, que vê na sua candidatura uma forma de reanimar as bases e resgatar bandeiras históricas do partido como as políticas culturais e de meio ambiente. Juca já foi vereador em Salvador por duas vezes –entre 1993 e 1996 e entre 2000 e 2004. Nas eleições de 2016, ACM Neto é considerado favorito para a reeleição. A base do governador Rui Costa (PT), contudo, assumiu uma estratégia de lançar várias candidaturas de partidos aliados para forçar um segundo turno. Além dos petistas, devem disputar à prefeitura a deputada federal Alice Portugal (PC do B), a senadora Lídice da Mata (PSB) e o deputado estadual Pastor Isidoro (Pros).
poder
Ministro da Cultura, Juca Ferreira assume pré-candidatura em SalvadorO ministro da Cultura, Juca Ferreira (PT), admitiu publicamente pela primeira vez que vai disputar a indicação do partido para ser escolhido como candidato à Prefeitura de Salvador nas eleições municipais deste ano. As declarações foram dadas pelo ministro à imprensa baiana nesta quinta-feira (14) durante a Lavagem do Bonfim, tradicional festa religiosa que serve como termômetro para a popularidade dos políticos. Além de Ferreira, a cúpula petista da Bahia cita como pré-candidatos à sucessão do prefeito ACM Neto (DEM) o vereador Gilmar Santiago, o deputado federal Valmir Assunção e o senador Walter Pinheiro. Pinheiro, contudo, já afirmou publicamente que não pretende disputar a prefeitura. Ele está afastado do dia a dia do partido e tem feito críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff. O nome do ministro Juca Ferreira é visto com bons olhos pela cúpula do partido na Bahia, que vê na sua candidatura uma forma de reanimar as bases e resgatar bandeiras históricas do partido como as políticas culturais e de meio ambiente. Juca já foi vereador em Salvador por duas vezes –entre 1993 e 1996 e entre 2000 e 2004. Nas eleições de 2016, ACM Neto é considerado favorito para a reeleição. A base do governador Rui Costa (PT), contudo, assumiu uma estratégia de lançar várias candidaturas de partidos aliados para forçar um segundo turno. Além dos petistas, devem disputar à prefeitura a deputada federal Alice Portugal (PC do B), a senadora Lídice da Mata (PSB) e o deputado estadual Pastor Isidoro (Pros).
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Estado de penúria
Enquanto as atenções da macropolítica se concentram na ruína das finanças federais, os governos dos Estados vivem dramas orçamentários de efeitos mais diretos sobre o cotidiano da população. A escassez de recursos tem levado governadores a lançar mão de medidas que vão das tradicionais majorações de impostos e tarifas de transporte público até a elevação dos preços das refeições em restaurantes populares, conforme noticiou esta Folha. Do lado das despesas, há dificuldades para o pagamento do funcionalismo e, sobretudo, taxas alarmantes de queda na execução de obras públicas. No primeiro semestre, a liberação de verbas para investimento caiu 75% em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, em valores corrigidos. A razão mais evidente –não a única, entretanto– para a penúria é a queda generalizada da arrecadação, que afeta não só as receitas próprias dos Estados mas também as transferências obrigatórias da União para os demais entes federativos, cuja importância é maior nas regiões Norte e Nordeste. Principal tributo estadual, o ICMS incide, como indica a sigla, sobre a circulação de mercadorias e serviços. Seu desempenho definha, previsivelmente, sob o impacto da recessão que ora derruba o consumo das famílias e as encomendas das empresas. Não por acaso, a receita tributária encolheu em 18 dos 26 Estados e no Distrito Federal. Somou R$ 208 bilhões na primeira metade do ano, numa redução de 5% em relação ao período correspondente de 2014, descontada a inflação. Trata-se de equívoco, porém, imaginar que as mazelas vividas pelos governos regionais estejam circunscritas aos efeitos da conjuntura recessiva –cujo encerramento, aliás, ainda não é visível. São conhecidos os índices exagerados de endividamento, em especial nos Estados mais ricos, e de despesas com pessoal. O rol de desequilíbrios foi ampliado pela imprudência das administrações do início desta década. Governadores da safra passada, 11 deles reeleitos, embarcaram na expansão de gastos patrocinada pelo governo Dilma Rousseff (PT) por meio de financiamentos do BNDES, com piora geral dos balanços. São Paulo e Rio de Janeiro, os exemplos mais importantes, fecharam o ano passado no vermelho, pelos critérios do Banco Central. Em proporções variadas, os ajustes agora inadiáveis tendem a minar o capital político das atuais administrações estaduais –o tucano Beto Richa, do Paraná, é até aqui o caso mais dramático. O desgaste suprapartidário que se avizinha torna ainda mais nebuloso o desfecho dos impasses vividos pelo país. [email protected]
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Estado de penúriaEnquanto as atenções da macropolítica se concentram na ruína das finanças federais, os governos dos Estados vivem dramas orçamentários de efeitos mais diretos sobre o cotidiano da população. A escassez de recursos tem levado governadores a lançar mão de medidas que vão das tradicionais majorações de impostos e tarifas de transporte público até a elevação dos preços das refeições em restaurantes populares, conforme noticiou esta Folha. Do lado das despesas, há dificuldades para o pagamento do funcionalismo e, sobretudo, taxas alarmantes de queda na execução de obras públicas. No primeiro semestre, a liberação de verbas para investimento caiu 75% em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, em valores corrigidos. A razão mais evidente –não a única, entretanto– para a penúria é a queda generalizada da arrecadação, que afeta não só as receitas próprias dos Estados mas também as transferências obrigatórias da União para os demais entes federativos, cuja importância é maior nas regiões Norte e Nordeste. Principal tributo estadual, o ICMS incide, como indica a sigla, sobre a circulação de mercadorias e serviços. Seu desempenho definha, previsivelmente, sob o impacto da recessão que ora derruba o consumo das famílias e as encomendas das empresas. Não por acaso, a receita tributária encolheu em 18 dos 26 Estados e no Distrito Federal. Somou R$ 208 bilhões na primeira metade do ano, numa redução de 5% em relação ao período correspondente de 2014, descontada a inflação. Trata-se de equívoco, porém, imaginar que as mazelas vividas pelos governos regionais estejam circunscritas aos efeitos da conjuntura recessiva –cujo encerramento, aliás, ainda não é visível. São conhecidos os índices exagerados de endividamento, em especial nos Estados mais ricos, e de despesas com pessoal. O rol de desequilíbrios foi ampliado pela imprudência das administrações do início desta década. Governadores da safra passada, 11 deles reeleitos, embarcaram na expansão de gastos patrocinada pelo governo Dilma Rousseff (PT) por meio de financiamentos do BNDES, com piora geral dos balanços. São Paulo e Rio de Janeiro, os exemplos mais importantes, fecharam o ano passado no vermelho, pelos critérios do Banco Central. Em proporções variadas, os ajustes agora inadiáveis tendem a minar o capital político das atuais administrações estaduais –o tucano Beto Richa, do Paraná, é até aqui o caso mais dramático. O desgaste suprapartidário que se avizinha torna ainda mais nebuloso o desfecho dos impasses vividos pelo país. [email protected]
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Dólar comercial cai com expectativa de aumento de juros nos EUA só em 2016
Dados aquém do esperado nos Estados Unidos e na China voltaram a reforçar a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos apenas no próximo ano, o que ajuda o dólar comercial —utilizado em transações de comércio exterior— a cair sobre o real nesta quarta-feira (14). Às 12h50 (de Brasília), o dólar comercial cedia 0,97%, para R$ 3,856 na venda. A moeda devolvia parte da forte alta de mais de 3% registrada na véspera. No mesmo horário, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,21%, também para R$ 3,856. Nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor (PPI) ficou negativo em 0,5% em setembro, ante expectativa de queda de 0,2%. Além disso, as vendas do varejo americano cresceram 0,1% no mês passado, ante projeção de 0,2%. Os dados mais fracos que o esperado reforçaram apostas de que os juros nos Estados Unidos começarão a subir apenas em 2016, embora membros do Federal Reserve (banco central americano) vejam possibilidade de um aumento ainda neste ano. A alta da taxa de juros dos EUA —que está próxima de zero desde 2008 para estimular a economia após a crise— deve provocar uma saída de recursos hoje aplicados em mercados emergentes, como o Brasil, encarecendo o dólar. Por isso o câmbio reage com alívio à expectativa de que demorará mais para o Fed começar a subir os juros americanos. Dados fracos vindos da economia da China também corroboraram esta avaliação, uma vez que o Fed já demonstrou estar monitorando a crise global —em especial a desaceleração da China— para tomar decisões sobre sua taxa de juros. Foi divulgado nesta quarta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor da China desacelerou para 1,6% em setembro. Um ano antes, estava em 2%. Já o Índice de Preços ao Produtor chinês se manteve em deflação de 5,9% —é o quadragésimo terceiro resultado negativo consecutivo no PPI da China. No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo caíam, enquanto as de longo prazo tinham alta, às 12h50, na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 cedia de 14,370% para 14,350%. Já o contrato para janeiro de 2021 apontava taxa de 16,020%, ante 15,940% na sessão anterior. AÇÕES EM QUEDA No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira acompanhava o mau humor externo e operava no vermelho. O Ibovespa tinha desvalorização de 0,46% às 12h50, para 47.146 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 3,6 bilhões. No exterior, os índices acionários da Europa mostravam desvalorizações de mais de 0,5%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones perdia 0,60%, enquanto o Standard & Poor's 500 recuava 0,27% e o Nasdaq, 0,24%. Os dados negativos divulgados nos EUA e na China nesta sessão trouxeram instabilidade aos preços das commodities, o que afetou negativamente as ações de importantes companhias nas Bolsas do mundo inteiro, segundo analistas. Além da pressão externa, internamente os investidores digerem a queda de 0,9% nas vendas no varejo brasileiro na passagem de julho para agosto, na série livre de efeitos sazonais (como o número de dias úteis). Foi o sétimo mês consecutivo de queda do indicador. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, perdiam 1,72%, para R$ 7,99 cada uma, e pressionavam o Ibovespa. Os bancos, setor com maior peso dentro do índice, também empurravam o Ibovespa para baixo. O Itaú tinha baixa de 0,57%, enquanto o Bradesco recuava 0,22%. Na contramão, os papéis preferenciais da Vale tinham ganho de 1,13%, para R$ 15,15 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, mostravam valorização de 1,07%, a R$ 18,78.
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Dólar comercial cai com expectativa de aumento de juros nos EUA só em 2016Dados aquém do esperado nos Estados Unidos e na China voltaram a reforçar a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos apenas no próximo ano, o que ajuda o dólar comercial —utilizado em transações de comércio exterior— a cair sobre o real nesta quarta-feira (14). Às 12h50 (de Brasília), o dólar comercial cedia 0,97%, para R$ 3,856 na venda. A moeda devolvia parte da forte alta de mais de 3% registrada na véspera. No mesmo horário, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,21%, também para R$ 3,856. Nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor (PPI) ficou negativo em 0,5% em setembro, ante expectativa de queda de 0,2%. Além disso, as vendas do varejo americano cresceram 0,1% no mês passado, ante projeção de 0,2%. Os dados mais fracos que o esperado reforçaram apostas de que os juros nos Estados Unidos começarão a subir apenas em 2016, embora membros do Federal Reserve (banco central americano) vejam possibilidade de um aumento ainda neste ano. A alta da taxa de juros dos EUA —que está próxima de zero desde 2008 para estimular a economia após a crise— deve provocar uma saída de recursos hoje aplicados em mercados emergentes, como o Brasil, encarecendo o dólar. Por isso o câmbio reage com alívio à expectativa de que demorará mais para o Fed começar a subir os juros americanos. Dados fracos vindos da economia da China também corroboraram esta avaliação, uma vez que o Fed já demonstrou estar monitorando a crise global —em especial a desaceleração da China— para tomar decisões sobre sua taxa de juros. Foi divulgado nesta quarta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor da China desacelerou para 1,6% em setembro. Um ano antes, estava em 2%. Já o Índice de Preços ao Produtor chinês se manteve em deflação de 5,9% —é o quadragésimo terceiro resultado negativo consecutivo no PPI da China. No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo caíam, enquanto as de longo prazo tinham alta, às 12h50, na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 cedia de 14,370% para 14,350%. Já o contrato para janeiro de 2021 apontava taxa de 16,020%, ante 15,940% na sessão anterior. AÇÕES EM QUEDA No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira acompanhava o mau humor externo e operava no vermelho. O Ibovespa tinha desvalorização de 0,46% às 12h50, para 47.146 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 3,6 bilhões. No exterior, os índices acionários da Europa mostravam desvalorizações de mais de 0,5%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones perdia 0,60%, enquanto o Standard & Poor's 500 recuava 0,27% e o Nasdaq, 0,24%. Os dados negativos divulgados nos EUA e na China nesta sessão trouxeram instabilidade aos preços das commodities, o que afetou negativamente as ações de importantes companhias nas Bolsas do mundo inteiro, segundo analistas. Além da pressão externa, internamente os investidores digerem a queda de 0,9% nas vendas no varejo brasileiro na passagem de julho para agosto, na série livre de efeitos sazonais (como o número de dias úteis). Foi o sétimo mês consecutivo de queda do indicador. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, perdiam 1,72%, para R$ 7,99 cada uma, e pressionavam o Ibovespa. Os bancos, setor com maior peso dentro do índice, também empurravam o Ibovespa para baixo. O Itaú tinha baixa de 0,57%, enquanto o Bradesco recuava 0,22%. Na contramão, os papéis preferenciais da Vale tinham ganho de 1,13%, para R$ 15,15 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, mostravam valorização de 1,07%, a R$ 18,78.
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Governo faz mudanças em órgãos ligados a três ministérios
O Ministério do Desenvolvimento fez alterações nesta quinta-feira (8) em cargos no Inmetro e na Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Os superintendentes regionais do órgão responsável pelo sistema de medição do país no Rio Grande do Sul, Paulo Ricardo Nunes Osório, e de Goiás, Rogério Papalardo Arantes, foram exonerados de seus cargos. Não foram nomeados novos superintendentes. Também deixou o cargo o coordenador ligado à presidência, Igor Recelly Franco de Freitas. Na Suframa, também ligada ao Desenvolvimento, cujo ministro é o senador Armando Monteiro Filho (PTB-PE), foram nomeados novos superintendentes de projetos e de operações do órgão responsável por controlar as empresas que se instalam na região, José Adilson Vieira de Jesus e Márcio de Vasconcelos Paiva. No Ministério do Trabalho e Previdência, ocupado pelo petista Miguel Rossetto, houve mudança na presidência da Fundacentro, órgão ligado à prevenção de acidentes no trabalho. A presidente Maria Amélia Reis, ligada ao PDT, foi substituída por outro nome pedetista, Luiz Henrique Rigo Muller. No Ministério da Agricultura, cuja ministra, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) está rompida com a direção do partido por apoiar o governo, houve a nomeação de um novo superintendente do ministério no Espírito Santo, Josimar de Almeida Cabral, além de outras cinco mudanças em cargos na sede do ministério e em Santa Catarina. VAREJÃO DE CARGOS - Planalto negocia postos entre aliados para conseguir votos contra o impeachment
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Governo faz mudanças em órgãos ligados a três ministériosO Ministério do Desenvolvimento fez alterações nesta quinta-feira (8) em cargos no Inmetro e na Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Os superintendentes regionais do órgão responsável pelo sistema de medição do país no Rio Grande do Sul, Paulo Ricardo Nunes Osório, e de Goiás, Rogério Papalardo Arantes, foram exonerados de seus cargos. Não foram nomeados novos superintendentes. Também deixou o cargo o coordenador ligado à presidência, Igor Recelly Franco de Freitas. Na Suframa, também ligada ao Desenvolvimento, cujo ministro é o senador Armando Monteiro Filho (PTB-PE), foram nomeados novos superintendentes de projetos e de operações do órgão responsável por controlar as empresas que se instalam na região, José Adilson Vieira de Jesus e Márcio de Vasconcelos Paiva. No Ministério do Trabalho e Previdência, ocupado pelo petista Miguel Rossetto, houve mudança na presidência da Fundacentro, órgão ligado à prevenção de acidentes no trabalho. A presidente Maria Amélia Reis, ligada ao PDT, foi substituída por outro nome pedetista, Luiz Henrique Rigo Muller. No Ministério da Agricultura, cuja ministra, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) está rompida com a direção do partido por apoiar o governo, houve a nomeação de um novo superintendente do ministério no Espírito Santo, Josimar de Almeida Cabral, além de outras cinco mudanças em cargos na sede do ministério e em Santa Catarina. VAREJÃO DE CARGOS - Planalto negocia postos entre aliados para conseguir votos contra o impeachment
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Criticidade: problemas, soluções e olhar dos leitores
DE SÃO PAULO Veja problemas, soluções e o olhar dos leitores em São Paulo: VAI MAL - BLOQUEADA PARA CICLISTAS Redes de isolamento bloqueiam a ciclovia da av. Frederico Herman Jr., em Pinheiros, região oeste. A prefeitura diz que o trecho está em obras e o trajeto foi interrompido para evitar acidentes. * VAI BEM - MAIS CIDADANIA Uma nova unidade do Cate (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) foi inaugurada na quinta (16), na zona leste, onde funcionava a antiga estação Guaianases da CPTM. - FOTO DO LEITOR Confira a melhor foto enviada por um leitor com o tema "pets" Paula Clerman, 45, fotógrafa
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Criticidade: problemas, soluções e olhar dos leitoresDE SÃO PAULO Veja problemas, soluções e o olhar dos leitores em São Paulo: VAI MAL - BLOQUEADA PARA CICLISTAS Redes de isolamento bloqueiam a ciclovia da av. Frederico Herman Jr., em Pinheiros, região oeste. A prefeitura diz que o trecho está em obras e o trajeto foi interrompido para evitar acidentes. * VAI BEM - MAIS CIDADANIA Uma nova unidade do Cate (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) foi inaugurada na quinta (16), na zona leste, onde funcionava a antiga estação Guaianases da CPTM. - FOTO DO LEITOR Confira a melhor foto enviada por um leitor com o tema "pets" Paula Clerman, 45, fotógrafa
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Indiazinha que participou de reportagem da 'Folhinha' inspira livro
Ela brinca de pega-pega na mata, ouve as histórias do pajé e tem um tucano que é seu melhor amigo. Assim vive a menina Maitê, uma indiazinha que mora na aldeia guarani Krukutu, em Parelheiros (zona sul de São Paulo). Ela, que já apareceu em uma reportagem publicada em abril pela "Folhinha", serviu de inspiração para a personagem principal do livro "A Vitória de Mairarê", sobre uma menina índia que fala português e guarani e acha estranho brincar com bonecas loiras e magrelas. Tanto a reportagem quanto o livro foram feitos pela escritora Heloisa Prieto, que visitou a aldeia e decidiu contar que as crianças indígenas são como tantas outras: gostam de ver TV, ouvir histórias e viver no mundo da imaginação. "A VITÓRIA DE MAIRARÊ" AUTORES Heloisa Prieto e Victor Scatolim EDITORA Bamboozinho PREÇO R$ 38 INDICAÇÃO a partir de 6 anos
folhinha
Indiazinha que participou de reportagem da 'Folhinha' inspira livroEla brinca de pega-pega na mata, ouve as histórias do pajé e tem um tucano que é seu melhor amigo. Assim vive a menina Maitê, uma indiazinha que mora na aldeia guarani Krukutu, em Parelheiros (zona sul de São Paulo). Ela, que já apareceu em uma reportagem publicada em abril pela "Folhinha", serviu de inspiração para a personagem principal do livro "A Vitória de Mairarê", sobre uma menina índia que fala português e guarani e acha estranho brincar com bonecas loiras e magrelas. Tanto a reportagem quanto o livro foram feitos pela escritora Heloisa Prieto, que visitou a aldeia e decidiu contar que as crianças indígenas são como tantas outras: gostam de ver TV, ouvir histórias e viver no mundo da imaginação. "A VITÓRIA DE MAIRARÊ" AUTORES Heloisa Prieto e Victor Scatolim EDITORA Bamboozinho PREÇO R$ 38 INDICAÇÃO a partir de 6 anos
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Veja seis dicas para deixar sua casa mais fresca em dias quentes
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Confira abaixo como preparar o ambiente para encarar dias tão quentes e durma bem. * 1. Ilhas de calor Cobertores, bichos de pelúcia, almofadas e outros objetos "quentinhos" no inverno ajudam a reter o calor naquele cômodo. No tempo quente, tire-os do armário e leve-os para outro cômodo da casa. 2. Panos frios Cobrir sofás e estofados com tecidos leves, como os de algodão, ajuda a deixá-los mais frescos. 3. Efeito estufa Não deixe janelas com vidros fechados, pois o calor entra, mas não sai, como em uma estufa. Ao fechar a janela, use cortina ou cerre-a por completo, com a persiana ou as partes de madeira ou de alumínio. 4. 'Para-raios solares' Cortinas escuras deixam o cômodo mais quente, pois absorvem o calor. Troque por modelos de cores claras ou tire o forro. Pintar as paredes externas de uma cor clara também ajuda, pois elas refletem a luz solar. 5. Correntes de ar Deixar abertas as portas internas da casa favorece a circulação do ar e evita que os cômodos fiquem abafados. 6. Ajuda verde Plantas ajudam a manter o ambiente mais fresco, pois liberam umidade no ar. Só não se esqueça de regar os vasos para que elas não sofram no calor.
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Veja seis dicas para deixar sua casa mais fresca em dias quentesRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Confira abaixo como preparar o ambiente para encarar dias tão quentes e durma bem. * 1. Ilhas de calor Cobertores, bichos de pelúcia, almofadas e outros objetos "quentinhos" no inverno ajudam a reter o calor naquele cômodo. No tempo quente, tire-os do armário e leve-os para outro cômodo da casa. 2. Panos frios Cobrir sofás e estofados com tecidos leves, como os de algodão, ajuda a deixá-los mais frescos. 3. Efeito estufa Não deixe janelas com vidros fechados, pois o calor entra, mas não sai, como em uma estufa. Ao fechar a janela, use cortina ou cerre-a por completo, com a persiana ou as partes de madeira ou de alumínio. 4. 'Para-raios solares' Cortinas escuras deixam o cômodo mais quente, pois absorvem o calor. Troque por modelos de cores claras ou tire o forro. Pintar as paredes externas de uma cor clara também ajuda, pois elas refletem a luz solar. 5. Correntes de ar Deixar abertas as portas internas da casa favorece a circulação do ar e evita que os cômodos fiquem abafados. 6. Ajuda verde Plantas ajudam a manter o ambiente mais fresco, pois liberam umidade no ar. Só não se esqueça de regar os vasos para que elas não sofram no calor.
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De 'Star Wars' ao Abaporu, conheça 12 brinquedos que chegarão às lojas
A Abrin, maior feira de brinquedos da América Latina, teve seu início nesta terça-feira (5). Ao todo, são mais de 1.500 lançamentos que chegarão às lojas em 2016. Nesta edição, o destaque ficou para a onda do "faça você mesmo". Muitos brinquedos trazem peças de montar ou opções para que as próprias crianças coloquem a mão na massa. É o caso da linha Eu Estilista, da AbraKidAbra, em que é possível costurar roupas de bonecas Barbie com um kit com fita métrica, linha, tesoura e cola. A marca oferece 17 opções de moldes, que podem ser reutilizados com tecidos que a criança tenha em casa. A aeronave Millenium Falcon, pilotada por Chewbacca e Han Solo em "Star Wars", ganhou uma versão da Hasbro que pode ser montada e desmontada. O mesmo acontece com os brinquedos da Gerana, produtora independente, que são feitos de madeira orgânica e podem ser montados até mesmo por crianças bem pequenas, a partir dos 3 anos. "É um resgate de uma época em que as crianças faziam seus próprios brinquedos", diz Ana Nossak, representante da marca. TECNOLOGIA A tendência de unir tecnologia aos brinquedos –uma tendência que já foi percebida nos últimos anos segue presente. Até mesmo os já conhecidos jogos de tabuleiro passaram a ser acompanhados por um aplicativo: a Estrela lançou apps para o Jogo da Vida e o Banco Imobiliário. Com a novidade, é possível fazer transações bancárias por meio do celular, durante as partidas. Já o velho e fofo ursinho de pelúcia agora fala duas línguas: o Snow, da Fun Divirta-se, reconhece comando de voz, canta músicas e conta piadas em português e inglês. Ainda assim, os brinquedos analógicos continuam em alta. Massinhas de modelar, quebra-cabeças e argolas de bolha de sabão marcaram presença nos estandes das marcas. "Os brinquedos não-digitais representam a maior parte das vendas", diz Osni Bernadinelli, da Acrilex, que lançou a linha Art Kids, com moldes e brinquedos para trabalho com massinha. "As crianças da era digital também gostam dos brinquedos considerados tradicionais."
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De 'Star Wars' ao Abaporu, conheça 12 brinquedos que chegarão às lojasA Abrin, maior feira de brinquedos da América Latina, teve seu início nesta terça-feira (5). Ao todo, são mais de 1.500 lançamentos que chegarão às lojas em 2016. Nesta edição, o destaque ficou para a onda do "faça você mesmo". Muitos brinquedos trazem peças de montar ou opções para que as próprias crianças coloquem a mão na massa. É o caso da linha Eu Estilista, da AbraKidAbra, em que é possível costurar roupas de bonecas Barbie com um kit com fita métrica, linha, tesoura e cola. A marca oferece 17 opções de moldes, que podem ser reutilizados com tecidos que a criança tenha em casa. A aeronave Millenium Falcon, pilotada por Chewbacca e Han Solo em "Star Wars", ganhou uma versão da Hasbro que pode ser montada e desmontada. O mesmo acontece com os brinquedos da Gerana, produtora independente, que são feitos de madeira orgânica e podem ser montados até mesmo por crianças bem pequenas, a partir dos 3 anos. "É um resgate de uma época em que as crianças faziam seus próprios brinquedos", diz Ana Nossak, representante da marca. TECNOLOGIA A tendência de unir tecnologia aos brinquedos –uma tendência que já foi percebida nos últimos anos segue presente. Até mesmo os já conhecidos jogos de tabuleiro passaram a ser acompanhados por um aplicativo: a Estrela lançou apps para o Jogo da Vida e o Banco Imobiliário. Com a novidade, é possível fazer transações bancárias por meio do celular, durante as partidas. Já o velho e fofo ursinho de pelúcia agora fala duas línguas: o Snow, da Fun Divirta-se, reconhece comando de voz, canta músicas e conta piadas em português e inglês. Ainda assim, os brinquedos analógicos continuam em alta. Massinhas de modelar, quebra-cabeças e argolas de bolha de sabão marcaram presença nos estandes das marcas. "Os brinquedos não-digitais representam a maior parte das vendas", diz Osni Bernadinelli, da Acrilex, que lançou a linha Art Kids, com moldes e brinquedos para trabalho com massinha. "As crianças da era digital também gostam dos brinquedos considerados tradicionais."
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MEC vai receber até dia 17 sugestões de mudanças para a prova Enem
"Qual a sua sugestão para o aprimoramento da logística, segurança e aplicação da prova?" Essa é uma das três perguntas feitas pelo Ministério da Educação em consulta pública para avaliar mudanças no Enem, principal porta de entrada para as universidades federais do país. Lançado nesta terça-feira (3), o questionário fica disponível ao público até 17 de março. O ministro Cid Gomes (Educação) quer alterar o modelo de aplicação do exame: uma única edição nacional, aplicada em papel, seria substituída por algumas aplicações ao longo do ano, em formato online. Quem participar da consulta pública poderá ainda propor sugestões para ampliar o banco de questões do exame. "O Ministério da Educação vem, ao longo dos anos, trabalhando no aprimoramento do Enem. Assim gostaríamos de ouvir a sua opinião sobre a realização do Enem de forma digital", afirma o site para coleta de ideias.
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MEC vai receber até dia 17 sugestões de mudanças para a prova Enem"Qual a sua sugestão para o aprimoramento da logística, segurança e aplicação da prova?" Essa é uma das três perguntas feitas pelo Ministério da Educação em consulta pública para avaliar mudanças no Enem, principal porta de entrada para as universidades federais do país. Lançado nesta terça-feira (3), o questionário fica disponível ao público até 17 de março. O ministro Cid Gomes (Educação) quer alterar o modelo de aplicação do exame: uma única edição nacional, aplicada em papel, seria substituída por algumas aplicações ao longo do ano, em formato online. Quem participar da consulta pública poderá ainda propor sugestões para ampliar o banco de questões do exame. "O Ministério da Educação vem, ao longo dos anos, trabalhando no aprimoramento do Enem. Assim gostaríamos de ouvir a sua opinião sobre a realização do Enem de forma digital", afirma o site para coleta de ideias.
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Disney lançará 'Frozen 2', 'Toy Story 4' e 'Star Wars 9' nos cinemas em 2019
A Disney anunciou nesta terça (25) a data de lançamento da continuação de "Frozen: Uma Aventura Congelante": o filme chegará aos cinemas americanos em 27 de novembro de 2019. Também foi anunciada a data de estreia do último episódio da atual trilogia "Star Wars": 24 de maio de 2019. Já "Toy Story 4" chega às telonas em 21 de junho daquele mesmo ano. As datas valem para a estreia americana, mas, considerando a tendência dos últimos anos, não devem ser muito diferentes no Brasil. Aparecem também na lista da Disney novas versões de "O Rei Leão" e "Mulan", ambos desenhos da Disney que, a exemplo de "A Bela e a Fera" e "Mogli", ganharão filmes em carne e osso. "O Rei Leão" chega em julho de 2019. Já "Mulan" estreia em novembro de 2018. "Frozen" é a animação de maior sucesso da história da Disney: a história das irmãs Anna e Elsa faturou US$ 400,7 milhões em todo o mundo ao ser lançada, em 2013. O nono "Star Wars" encerra a saga retomada em 2015 com "O Despertar da Força".
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Disney lançará 'Frozen 2', 'Toy Story 4' e 'Star Wars 9' nos cinemas em 2019A Disney anunciou nesta terça (25) a data de lançamento da continuação de "Frozen: Uma Aventura Congelante": o filme chegará aos cinemas americanos em 27 de novembro de 2019. Também foi anunciada a data de estreia do último episódio da atual trilogia "Star Wars": 24 de maio de 2019. Já "Toy Story 4" chega às telonas em 21 de junho daquele mesmo ano. As datas valem para a estreia americana, mas, considerando a tendência dos últimos anos, não devem ser muito diferentes no Brasil. Aparecem também na lista da Disney novas versões de "O Rei Leão" e "Mulan", ambos desenhos da Disney que, a exemplo de "A Bela e a Fera" e "Mogli", ganharão filmes em carne e osso. "O Rei Leão" chega em julho de 2019. Já "Mulan" estreia em novembro de 2018. "Frozen" é a animação de maior sucesso da história da Disney: a história das irmãs Anna e Elsa faturou US$ 400,7 milhões em todo o mundo ao ser lançada, em 2013. O nono "Star Wars" encerra a saga retomada em 2015 com "O Despertar da Força".
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Colunista da 'Folhinha' conta como conheceu a história de Ayrton Senna
Minha avó me contou uma história sobre um piloto extraordinário. Quando ela era jovem, viajou com uma turma para a Itália. Ao pararem a van na estrada (sim, eles viajavam de van), em um posto de gasolina, o amigo que estava dirigindo foi até a lojinha e voltou dizendo: – Gente! O Senna sofreu um acidente! Leia a coluna completa aqui.
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Colunista da 'Folhinha' conta como conheceu a história de Ayrton SennaMinha avó me contou uma história sobre um piloto extraordinário. Quando ela era jovem, viajou com uma turma para a Itália. Ao pararem a van na estrada (sim, eles viajavam de van), em um posto de gasolina, o amigo que estava dirigindo foi até a lojinha e voltou dizendo: – Gente! O Senna sofreu um acidente! Leia a coluna completa aqui.
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Kaziranga: o parque que atira em pessoas para proteger rinocerontes
Guardas de uma área de proteção na Índia defendem a vida selvagem disparando tiros fatais contra caçadores suspeitos, o tipo de medida que enseja uma questão: teria a guerra contra a caça ilegal ido longe demais? O parque nacional de Kaziranga tem um histórico de sucesso em conservação. Há um século, o número de rinocerontes de um chifre não passava de cinco na região do Assan, no extremo leste do país. Agora existem mais de 2.400 –dois terços da população do animal no mundo inteiro. Mas a maneira como o parque protege seus animais é bastante controversa. Seus seguranças têm poderes de atirar e matar normalmente garantidos apenas a forças policiais. O resultado é a morte, em média, de duas pessoas por mês –mais de 20 por ano. Em 2015, mais suspeitos foram mortos por guardas do parque do que o total de rinocerontes abatidos por caçadores. MERCADO LUCRATIVO Um chifre de rinoceronte custa caro no Vietnam ou na China, onde são vendidos como a cura milagrosa a diversos males, do câncer à disfunção erétil. Vendedores de rua cobram o equivalente a até R$ 14 mil por 100 gramas de chifre –o que torna o produto mais caro que ouro. Os rinocerontes da Índia têm chifres menores que os africanos, mas aparentemente são vendidos como mais potentes. Eu perguntei a dois guardas de Kaziranga quais procedimentos eles devem adotar caso encontrem caçadores no parque. "A instrução é: sempre que você vir caçadores, use suas armas para caçá-los", explica um deles sem hesitação. "Você atira neles?", questionei. "Sim, a ordem é matá-los. Sempre que forem vistos caçadores ou qualquer pessoa durante a noite, a ordem é atirar neles." O guarda conta que atirou em pessoas duas vezes nos quatro anos em que tem essa função no parque, mas nunca matou ninguém. Mas ele sabe que, se tivesse matado, a chance de sofrer punições seria baixa. O governo deu aos guardas de Kaziranga poderes que lhes permitem proteção contra ações judiciais em caso de mortes. Críticos dizem que, com isso, os guardas estariam sendo instruídos a realizar "execuções extrajudiciais". Mas conseguir dados sobre o número de pessoas mortas ali é difícil. "Nós não guardamos todos os registros", diz um oficial sênior do Departamento de Florestas da Índia, que controla os parques nacionais. O diretor do parque de Kaziranga, Satyendra Singh, recebeu a reportagem num imponente prédio colonial onde funciona a sede do parque. Singh fala das dificuldades de controlar caçadores, explicando que as gangues de caça ilegal costumam recrutar pessoas da região para ajudá-las a entrar no parque. Os atiradores, no entanto, vêm de outros Estados do país. "Primeiro fazemos a abordagem: 'quem são vocês'?", diz Singh, sobre as regras de aproximação entre guardas e caçadores. "Mas se eles decidirem disparar, nós temos que matá-los. A prioridade é tentar prendê-los, para que possamos obter informações sobre as gangues." Ele revela que 50 caçadores foram mortos nos últimos três anos. DUAS VACAS Para Singh, o número de moradores locais recrutados pelo mercado de chifres de rinoceronte cresceu –mais de 300 locais estariam envolvidos na prática, estima. Já para os moradores, grupos tribais que vivem na floresta há séculos, o aumento da taxa de homicídios se tornou um grande problema. Eles dizem que o número de inocentes assassinados está crescendo. Em uma dessas vilas às margens do parque vive Kachu Kealing e sua esposa. O filho deles, Goanburah, foi baleado por guardas florestais em dezembro de 2013. Goanburah procurava as duas vacas da família. Seu pai acredita que elas entraram na área do parque e que seu filho –que tinha distúrbios graves de aprendizagem– também entrou para buscá-las. Esse é um erro comum, já que não há cercas demarcando o perímetro da reserva. As autoridades do parque, por sua vez, dizem que os guardas dispararam contra Goanburah porque ele não respondeu à abordagem. Kachu Kealing acha que não pode fazer nada sobre o caso, especialmente por causa da proteção que os guardas têm contra processos judiciais. "Eu não entrei na Justiça. Sou um homem pobre, não poderia pagar por isso." Os esforços de preservação focam em algumas espécies consideradas emblemáticas na Índia. Rinocerontes e tigres se tornaram símbolos nacionais. Além disso, Kaziranga atrai por ano mais de 170 mil visitantes que contribuem com a economia local. Em 2013, quando o número de rinocerontes mortos por caçadores mais do que dobrou, somando 27, políticos locais pediram ação. O antigo diretor do parque, MK Yadava, detalhou num relatório sua estratégia para combater a caça em Kaziranga. Ninguém sem autorização poderia entrar, disse. E qualquer um descoberto na área do parque deveria "obedecer ou ser morto". Ele recomendou que "matar os indesejados" deveria ser o princípio orientador dos guardas. Yadava ainda explicou sua crença de que crimes ambientais, incluindo a caça ilegal, são mais graves que assassinato: "Eles corroem silenciosamente a raiz da existência de todas as civilizações da Terra". De 2013 a 2014, o número de mortes de supostos caçadores ilegais subiu de cinco para 22. Em 2015, 23 pessoas perderam a vida, contra 17 rinocerontes no mesmo período. Em julho do ano passado, Akash Orang, de 7 anos, ia para casa pelo principal caminho de sua vila, que contorna o parque. Sua voz vacila quando se lembra do que aconteceu. "Estava voltando das compras. Os guardas florestais estavam gritando 'Rinocerontes! Rinocerontes!'". Ele fez uma pausa. "De repente, eles atiraram em mim." O tirou atingiu sua panturrilha direita. Akash ficou internado por cinco meses e foi submetido a várias cirurgias. Hoje ele mal consegue andar. Seu irmão mais velho tem que carregá-lo até a venda local. Seu pai, Dilip Orang, diz que Akash está diferente. "Ele era alegre, mas não é mais. Ele acorda à noite com dor e chora, pedindo a atenção da mãe". O parque admite que cometeu um erro terrível. Pagou pelas despesas médicas e deu à família cerca de 200 mil rúpias (R$ 9,2 mil) em compensação. Isso não é muito se considerada a gravidade de suas lesões, diz o pai, preocupado que seu filho não consiga ganhar a vida sozinho no futuro. O caso de Akash comoveu os moradores do vilarejo, transformando-se no estopim da grande inquietação diante do número crescente de mortes. Centenas protestaram na sede do parque. MORTES NÃO INVESTIGADAS O ativista de direitos humanos Pranab Doley, membro de uma tribo local, mostra uma sacola cheia de papel. Ele fez vários pedidos a partir da Lei de Acesso à Informação da Índia. As respostas mostram que os casos não foram acompanhados como deveriam. De nove supostos caçadores que foram mortos, seis não foram identificados. "Não há coisas como o inquérito policial, relatórios forenses e pós-morte", diz Doley. O parque diz que não é responsável por investigar os assassinatos e que as ações tomadas estão de acordo com a lei. Nos últimos três anos, apenas duas pessoas foram processadas por caça ilegal. O parque justifica que o número de mortes é alto porque gangues de caçadores fortemente armadas iniciam tiroteios contra os guardas. Entretanto, as estatísticas indicam que esses confrontos começam mais de um lado: nos últimos 20 anos, apenas um guarda foi morto, contra 106 pessoas mortas por eles. "Esse tipo de impunidade é perigosa", diz Doley. "Está criando uma tensão entre o parque e as pessoas que vivem no seu entorno." Uma tensão que é intensificada pelo fato de as tribos locais afirmarem que estão sendo extintas, da mesma forma que os animais que o parque tenta proteger. A causa dessas tribos foi abraçada pela organização Survival International, de Londres. Ela argumenta que os direitos das pessoas ao redor do parque estão sendo sacrificados em nome da proteção da vida selvagem. "O parque está sendo dirigido com extrema brutalidade", diz a diretora Sophie Grig. "Não há júri, não há juiz, não há interrogatório. E o mais terrível é que há planos de se lançar essa política do tiro em toda a Índia." Ela ainda afirma que ONGs como o World Wildlife Fund (WWF) fecharam os olhos para as atitudes do parque. "O WWF se descreve como um parceiro próximo do departamento de floresta de Assam", diz Grig. "Eles têm disponibilizado equipamentos e recursos para o grupo. A Survival tem repetidamente pedido para que eles se pronunciem contra as execuções extrajudiciais, mas eles não fizeram nada." OMISSÃO DE ENTIDADES? De acordo com o site da WWF India, a ONG financiou o treinamento dos guardas de Kaziranga e forneceu equipamentos, incluindo óculos de visão noturna, para reforçar o combate à caça ilegal. "Ninguém está confortável com a morte de pessoas", disse Dipankar Ghose, que gerencia o programa de conservação da WWF na Índia. "O que é preciso é a proteção do solo. A caça ilegal tem que parar." A maior parte do financiamento da WWF vem de doações individuais. Então como os doadores se sentiriam diante do envolvimento do parque em supostas mortes, mutilações e tortura? Ghose não responde diretamente à pergunta. "Como eu disse, estamos trabalhando nesta questão. Queremos que tudo seja reduzido –não queremos que a caça ilegal aconteça, e a ideia é reduzir isso envolvendo todos os nossos parceiros. Não apenas as autoridades de Kaziranga, mas também a polícia e a comunidade local." E há vários conservacionistas que aceitam que, em certas circunstâncias, deve haver uma resposta dura contra os caçadores. "Nenhum parque existiria na Índia sem as operações contra a caça ilegal", diz o naturalista e escritor Valmik Thapar. "Alguns fazem bem o trabalho. Outros falham terrivelmente... e eles não têm nenhum tigre. Então existem algumas reservas de tigres da Índia que na verdade não têm nenhum tigre porque todos foram caçados." "Em alguns casos especiais, você pode usar a arma contra a arma, mas em outros lugares da Índia você precisa usar a inteligência da comunidade, porque as pessoas são os olhos e ouvidos da floresta", completa. TORTURA Três meses depois que o menino Akash levou o tiro, moradores protestaram novamente na sede do parque, desta vez contra acusações de tortura de um morador. Mono Bora estava sentado num café na beira da estrada quando foi abordado por guardas florestais. Ele diz que levou vários socos no rosto e foi levado para a sede do parque. Uma vez dentro da unidade, o interrogatório se tornou mais violento. "Eles me deram choques elétricos aqui nos meus joelhos, aqui nos meus cotovelos. E aqui na minha virilha também", disse Bora, descrevendo como foi amarrado e esticado em varas de bambu. "Eles continuaram me batendo", disse. A experiência durou três horas até finalmente os envolvidos se convencerem de que tinham capturado o homem errado. O parque Kaziranga confirmou que Mono Bora foi interrogado, mas categoricamente nega qualquer violência contra ele, acrescentando "nunca usar choque elétrico durante um interrogatório". Biren Kotch, líder do vilarejo onde vive Bora, foi quem o resgatou da sede o parque. Ele não acredita em seu envolvimento com a caça ilegal. "Como eles podem justificar a tortura?" DESPEJO DE COMUNIDADES Mas não são apenas as ações contra a caça ilegal que ameaçam as comunidades locais. Animais selvagens, como tigres e rinocerontes, precisam de muito espaço. Para acomodá-los, a Índia está planejando a expansão dos parques nacionais, o que envolve a realocação de 900 vilarejos –mais de 200 mil pessoas terão que deixar suas casas. Kaziranga dobrará de tamanho. Recentemente, a polícia estadual despejou dois vilarejos em meio a confrontos com moradores, que atiraram pedras e atearam fogo contra ela. Duas pessoas –um pai de dois filhos e uma jovem estudante– morreram. Escavadores ajudados por elefantes, disponibilizados pelo parque, trabalharam na remoção das casas. "Essa é a política e a filosofia deles –retirar pessoas daqui e criar uma floresta intocada", critica o ativista Pranab Doley. Para ele, o conflito pode minar a cultura dos povos tribais e frustrar os esforços para proteger os animais. "Sem as pessoas tomando conta da floresta, nenhum departamento florestal será capaz de proteger Kaziranga."
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Kaziranga: o parque que atira em pessoas para proteger rinocerontesGuardas de uma área de proteção na Índia defendem a vida selvagem disparando tiros fatais contra caçadores suspeitos, o tipo de medida que enseja uma questão: teria a guerra contra a caça ilegal ido longe demais? O parque nacional de Kaziranga tem um histórico de sucesso em conservação. Há um século, o número de rinocerontes de um chifre não passava de cinco na região do Assan, no extremo leste do país. Agora existem mais de 2.400 –dois terços da população do animal no mundo inteiro. Mas a maneira como o parque protege seus animais é bastante controversa. Seus seguranças têm poderes de atirar e matar normalmente garantidos apenas a forças policiais. O resultado é a morte, em média, de duas pessoas por mês –mais de 20 por ano. Em 2015, mais suspeitos foram mortos por guardas do parque do que o total de rinocerontes abatidos por caçadores. MERCADO LUCRATIVO Um chifre de rinoceronte custa caro no Vietnam ou na China, onde são vendidos como a cura milagrosa a diversos males, do câncer à disfunção erétil. Vendedores de rua cobram o equivalente a até R$ 14 mil por 100 gramas de chifre –o que torna o produto mais caro que ouro. Os rinocerontes da Índia têm chifres menores que os africanos, mas aparentemente são vendidos como mais potentes. Eu perguntei a dois guardas de Kaziranga quais procedimentos eles devem adotar caso encontrem caçadores no parque. "A instrução é: sempre que você vir caçadores, use suas armas para caçá-los", explica um deles sem hesitação. "Você atira neles?", questionei. "Sim, a ordem é matá-los. Sempre que forem vistos caçadores ou qualquer pessoa durante a noite, a ordem é atirar neles." O guarda conta que atirou em pessoas duas vezes nos quatro anos em que tem essa função no parque, mas nunca matou ninguém. Mas ele sabe que, se tivesse matado, a chance de sofrer punições seria baixa. O governo deu aos guardas de Kaziranga poderes que lhes permitem proteção contra ações judiciais em caso de mortes. Críticos dizem que, com isso, os guardas estariam sendo instruídos a realizar "execuções extrajudiciais". Mas conseguir dados sobre o número de pessoas mortas ali é difícil. "Nós não guardamos todos os registros", diz um oficial sênior do Departamento de Florestas da Índia, que controla os parques nacionais. O diretor do parque de Kaziranga, Satyendra Singh, recebeu a reportagem num imponente prédio colonial onde funciona a sede do parque. Singh fala das dificuldades de controlar caçadores, explicando que as gangues de caça ilegal costumam recrutar pessoas da região para ajudá-las a entrar no parque. Os atiradores, no entanto, vêm de outros Estados do país. "Primeiro fazemos a abordagem: 'quem são vocês'?", diz Singh, sobre as regras de aproximação entre guardas e caçadores. "Mas se eles decidirem disparar, nós temos que matá-los. A prioridade é tentar prendê-los, para que possamos obter informações sobre as gangues." Ele revela que 50 caçadores foram mortos nos últimos três anos. DUAS VACAS Para Singh, o número de moradores locais recrutados pelo mercado de chifres de rinoceronte cresceu –mais de 300 locais estariam envolvidos na prática, estima. Já para os moradores, grupos tribais que vivem na floresta há séculos, o aumento da taxa de homicídios se tornou um grande problema. Eles dizem que o número de inocentes assassinados está crescendo. Em uma dessas vilas às margens do parque vive Kachu Kealing e sua esposa. O filho deles, Goanburah, foi baleado por guardas florestais em dezembro de 2013. Goanburah procurava as duas vacas da família. Seu pai acredita que elas entraram na área do parque e que seu filho –que tinha distúrbios graves de aprendizagem– também entrou para buscá-las. Esse é um erro comum, já que não há cercas demarcando o perímetro da reserva. As autoridades do parque, por sua vez, dizem que os guardas dispararam contra Goanburah porque ele não respondeu à abordagem. Kachu Kealing acha que não pode fazer nada sobre o caso, especialmente por causa da proteção que os guardas têm contra processos judiciais. "Eu não entrei na Justiça. Sou um homem pobre, não poderia pagar por isso." Os esforços de preservação focam em algumas espécies consideradas emblemáticas na Índia. Rinocerontes e tigres se tornaram símbolos nacionais. Além disso, Kaziranga atrai por ano mais de 170 mil visitantes que contribuem com a economia local. Em 2013, quando o número de rinocerontes mortos por caçadores mais do que dobrou, somando 27, políticos locais pediram ação. O antigo diretor do parque, MK Yadava, detalhou num relatório sua estratégia para combater a caça em Kaziranga. Ninguém sem autorização poderia entrar, disse. E qualquer um descoberto na área do parque deveria "obedecer ou ser morto". Ele recomendou que "matar os indesejados" deveria ser o princípio orientador dos guardas. Yadava ainda explicou sua crença de que crimes ambientais, incluindo a caça ilegal, são mais graves que assassinato: "Eles corroem silenciosamente a raiz da existência de todas as civilizações da Terra". De 2013 a 2014, o número de mortes de supostos caçadores ilegais subiu de cinco para 22. Em 2015, 23 pessoas perderam a vida, contra 17 rinocerontes no mesmo período. Em julho do ano passado, Akash Orang, de 7 anos, ia para casa pelo principal caminho de sua vila, que contorna o parque. Sua voz vacila quando se lembra do que aconteceu. "Estava voltando das compras. Os guardas florestais estavam gritando 'Rinocerontes! Rinocerontes!'". Ele fez uma pausa. "De repente, eles atiraram em mim." O tirou atingiu sua panturrilha direita. Akash ficou internado por cinco meses e foi submetido a várias cirurgias. Hoje ele mal consegue andar. Seu irmão mais velho tem que carregá-lo até a venda local. Seu pai, Dilip Orang, diz que Akash está diferente. "Ele era alegre, mas não é mais. Ele acorda à noite com dor e chora, pedindo a atenção da mãe". O parque admite que cometeu um erro terrível. Pagou pelas despesas médicas e deu à família cerca de 200 mil rúpias (R$ 9,2 mil) em compensação. Isso não é muito se considerada a gravidade de suas lesões, diz o pai, preocupado que seu filho não consiga ganhar a vida sozinho no futuro. O caso de Akash comoveu os moradores do vilarejo, transformando-se no estopim da grande inquietação diante do número crescente de mortes. Centenas protestaram na sede do parque. MORTES NÃO INVESTIGADAS O ativista de direitos humanos Pranab Doley, membro de uma tribo local, mostra uma sacola cheia de papel. Ele fez vários pedidos a partir da Lei de Acesso à Informação da Índia. As respostas mostram que os casos não foram acompanhados como deveriam. De nove supostos caçadores que foram mortos, seis não foram identificados. "Não há coisas como o inquérito policial, relatórios forenses e pós-morte", diz Doley. O parque diz que não é responsável por investigar os assassinatos e que as ações tomadas estão de acordo com a lei. Nos últimos três anos, apenas duas pessoas foram processadas por caça ilegal. O parque justifica que o número de mortes é alto porque gangues de caçadores fortemente armadas iniciam tiroteios contra os guardas. Entretanto, as estatísticas indicam que esses confrontos começam mais de um lado: nos últimos 20 anos, apenas um guarda foi morto, contra 106 pessoas mortas por eles. "Esse tipo de impunidade é perigosa", diz Doley. "Está criando uma tensão entre o parque e as pessoas que vivem no seu entorno." Uma tensão que é intensificada pelo fato de as tribos locais afirmarem que estão sendo extintas, da mesma forma que os animais que o parque tenta proteger. A causa dessas tribos foi abraçada pela organização Survival International, de Londres. Ela argumenta que os direitos das pessoas ao redor do parque estão sendo sacrificados em nome da proteção da vida selvagem. "O parque está sendo dirigido com extrema brutalidade", diz a diretora Sophie Grig. "Não há júri, não há juiz, não há interrogatório. E o mais terrível é que há planos de se lançar essa política do tiro em toda a Índia." Ela ainda afirma que ONGs como o World Wildlife Fund (WWF) fecharam os olhos para as atitudes do parque. "O WWF se descreve como um parceiro próximo do departamento de floresta de Assam", diz Grig. "Eles têm disponibilizado equipamentos e recursos para o grupo. A Survival tem repetidamente pedido para que eles se pronunciem contra as execuções extrajudiciais, mas eles não fizeram nada." OMISSÃO DE ENTIDADES? De acordo com o site da WWF India, a ONG financiou o treinamento dos guardas de Kaziranga e forneceu equipamentos, incluindo óculos de visão noturna, para reforçar o combate à caça ilegal. "Ninguém está confortável com a morte de pessoas", disse Dipankar Ghose, que gerencia o programa de conservação da WWF na Índia. "O que é preciso é a proteção do solo. A caça ilegal tem que parar." A maior parte do financiamento da WWF vem de doações individuais. Então como os doadores se sentiriam diante do envolvimento do parque em supostas mortes, mutilações e tortura? Ghose não responde diretamente à pergunta. "Como eu disse, estamos trabalhando nesta questão. Queremos que tudo seja reduzido –não queremos que a caça ilegal aconteça, e a ideia é reduzir isso envolvendo todos os nossos parceiros. Não apenas as autoridades de Kaziranga, mas também a polícia e a comunidade local." E há vários conservacionistas que aceitam que, em certas circunstâncias, deve haver uma resposta dura contra os caçadores. "Nenhum parque existiria na Índia sem as operações contra a caça ilegal", diz o naturalista e escritor Valmik Thapar. "Alguns fazem bem o trabalho. Outros falham terrivelmente... e eles não têm nenhum tigre. Então existem algumas reservas de tigres da Índia que na verdade não têm nenhum tigre porque todos foram caçados." "Em alguns casos especiais, você pode usar a arma contra a arma, mas em outros lugares da Índia você precisa usar a inteligência da comunidade, porque as pessoas são os olhos e ouvidos da floresta", completa. TORTURA Três meses depois que o menino Akash levou o tiro, moradores protestaram novamente na sede do parque, desta vez contra acusações de tortura de um morador. Mono Bora estava sentado num café na beira da estrada quando foi abordado por guardas florestais. Ele diz que levou vários socos no rosto e foi levado para a sede do parque. Uma vez dentro da unidade, o interrogatório se tornou mais violento. "Eles me deram choques elétricos aqui nos meus joelhos, aqui nos meus cotovelos. E aqui na minha virilha também", disse Bora, descrevendo como foi amarrado e esticado em varas de bambu. "Eles continuaram me batendo", disse. A experiência durou três horas até finalmente os envolvidos se convencerem de que tinham capturado o homem errado. O parque Kaziranga confirmou que Mono Bora foi interrogado, mas categoricamente nega qualquer violência contra ele, acrescentando "nunca usar choque elétrico durante um interrogatório". Biren Kotch, líder do vilarejo onde vive Bora, foi quem o resgatou da sede o parque. Ele não acredita em seu envolvimento com a caça ilegal. "Como eles podem justificar a tortura?" DESPEJO DE COMUNIDADES Mas não são apenas as ações contra a caça ilegal que ameaçam as comunidades locais. Animais selvagens, como tigres e rinocerontes, precisam de muito espaço. Para acomodá-los, a Índia está planejando a expansão dos parques nacionais, o que envolve a realocação de 900 vilarejos –mais de 200 mil pessoas terão que deixar suas casas. Kaziranga dobrará de tamanho. Recentemente, a polícia estadual despejou dois vilarejos em meio a confrontos com moradores, que atiraram pedras e atearam fogo contra ela. Duas pessoas –um pai de dois filhos e uma jovem estudante– morreram. Escavadores ajudados por elefantes, disponibilizados pelo parque, trabalharam na remoção das casas. "Essa é a política e a filosofia deles –retirar pessoas daqui e criar uma floresta intocada", critica o ativista Pranab Doley. Para ele, o conflito pode minar a cultura dos povos tribais e frustrar os esforços para proteger os animais. "Sem as pessoas tomando conta da floresta, nenhum departamento florestal será capaz de proteger Kaziranga."
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Com Omar Sy, longa conta história do primeiro palhaço negro da França
Quando a grande estrela de Paris do início do século 20 foi presa por falta de documentos, os policiais escovaram suas costas até sair sangue para mostrar-lhe que jamais seria como os outros, querendo dizer que nunca seria branco, como eles. O filme "Chocolate", do ator e diretor francês filho de marroquinos Roschdy Zem, é baseado na história do primeiro palhaço negro da França, interpretado por Omar Sy ("Intocáveis"). O artista, que chegou à Europa após ser vendido como escravo aos oito anos, torna-se, com outro palhaço, Footit, a grande atração do principal circo da capital francesa. "O que me fascina é a trajetória extraordinária de Chocolate e o fato de ter completamente desaparecido da memória coletiva", diz Zem, em entrevista à Folha. Ele explica que o palhaço teve grande notoriedade, mas que depois de menos de 50 anos havia sido esquecido. "Chama a atenção que a grande estrela do começo do século passado fosse um negro", completa. No longa, parte da programação do Festival Varilux e que deve estrear no circuito em 21 de julho, a dupla de Chocolate é vivida por James Thierrée, neto de Charles Chaplin e artista de circo. "James tem um grande conhecimento do espetáculo circense. Ele e Omar Sy trabalharam juntos nos números por quatro semanas antes das gravações, o que foi essencial para que o resultado fosse uma dupla de verdade", diz Zem. Para aqueles cuja cena favorita de "Intocáveis" é a da dança do carismático Omar Sy, saibam que em "Chocolate" ele volta ao gingado no salão. Zem também é tema de uma mostra de seus filmes como ator e diretor em São Paulo e no Rio, dentro da programação do festival de cinema francês. Entre os longas estão "Dias de Glória", sobre soldados do Marrocos que lutaram pela França na Segunda Guerra, e "Omar m'a Tuer", seu segundo filme, baseado num caso célebre da Justiça francesa nos anos 1990, em que um jardineiro marroquino é acusado de matar sua patroa. FESTIVAL VARILUX QUANDO de 8 a 22 de junho ONDE Espaço Itaú, Caixa Belas Artes, Cinearte, Kinoplex Itaim, Cine Sala e outros PROGRAMAÇÃO www.varilux cinefrances.com
ilustrada
Com Omar Sy, longa conta história do primeiro palhaço negro da FrançaQuando a grande estrela de Paris do início do século 20 foi presa por falta de documentos, os policiais escovaram suas costas até sair sangue para mostrar-lhe que jamais seria como os outros, querendo dizer que nunca seria branco, como eles. O filme "Chocolate", do ator e diretor francês filho de marroquinos Roschdy Zem, é baseado na história do primeiro palhaço negro da França, interpretado por Omar Sy ("Intocáveis"). O artista, que chegou à Europa após ser vendido como escravo aos oito anos, torna-se, com outro palhaço, Footit, a grande atração do principal circo da capital francesa. "O que me fascina é a trajetória extraordinária de Chocolate e o fato de ter completamente desaparecido da memória coletiva", diz Zem, em entrevista à Folha. Ele explica que o palhaço teve grande notoriedade, mas que depois de menos de 50 anos havia sido esquecido. "Chama a atenção que a grande estrela do começo do século passado fosse um negro", completa. No longa, parte da programação do Festival Varilux e que deve estrear no circuito em 21 de julho, a dupla de Chocolate é vivida por James Thierrée, neto de Charles Chaplin e artista de circo. "James tem um grande conhecimento do espetáculo circense. Ele e Omar Sy trabalharam juntos nos números por quatro semanas antes das gravações, o que foi essencial para que o resultado fosse uma dupla de verdade", diz Zem. Para aqueles cuja cena favorita de "Intocáveis" é a da dança do carismático Omar Sy, saibam que em "Chocolate" ele volta ao gingado no salão. Zem também é tema de uma mostra de seus filmes como ator e diretor em São Paulo e no Rio, dentro da programação do festival de cinema francês. Entre os longas estão "Dias de Glória", sobre soldados do Marrocos que lutaram pela França na Segunda Guerra, e "Omar m'a Tuer", seu segundo filme, baseado num caso célebre da Justiça francesa nos anos 1990, em que um jardineiro marroquino é acusado de matar sua patroa. FESTIVAL VARILUX QUANDO de 8 a 22 de junho ONDE Espaço Itaú, Caixa Belas Artes, Cinearte, Kinoplex Itaim, Cine Sala e outros PROGRAMAÇÃO www.varilux cinefrances.com
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Livro traz fotos inéditas de protestos de 1989 na praça Tiananmen
O livro mais recente do fotógrafo Xu Yong é repleto de jovens idealistas clamando por independência e criticando o Partido Comunista da China. Apesar disso, Xu insiste que não houve nada de político na decisão de publicar essa coletânea de imagens, que ele escondeu por mais de duas décadas. "Esse é um livro de arte", disse Xu, 60, que já publicou mais de 20 livros de fotografia. "Não tenho interesse em discutir o significado das fotos." Ainda assim, a publicação de imagens dos protestos que convulsionaram Pequim em 1989 provavelmente será vista como uma provocação pelos setores de linha dura que governam a China. Essas autoridades tentaram, sem muito êxito, promover uma amnésia coletiva, censurando fotos e relatos noticiosos sobre o tema. É fácil avaliar o livro mais recente de Xu, "Negatives", como uma empreitada corajosa e temerária. Dezenas de pessoas foram detidas recentemente, entre elas vários amigos de Xu, inclusive por terem compartilhado fotos dos protestos pró-democracia do ano passado em Hong Kong. Negatives, de Xu Young Um dos mais conhecidos advogados de direitos civis da China, Pu Zhiqiang, está detido desde 2014, após ter participado de uma reunião no apartamento de um amigo para discutir a repressão violenta aos manifestantes na praça Tienanmen 25 anos antes. "Xu não tem ilusões quanto aos riscos, mas essa foi sua escolha", comentou Renee Chiang, da New Century Press, editora de Hong Kong que está enviando exemplares de "Negatives" para livrarias fora da China continental. Xu é conhecido principalmente por suas imagens soturnas em preto e branco, feitas no final dos anos 1980, que captaram a beleza das vielas antigas de Pequim, antes da modernização da cidade. Recentemente, ele foi elogiado por uma série que mostrava um dia na vida de uma prostituta. Em seu livro, não há imagens da repressão final e sangrenta de 4 de junho de 1989, que deixou centenas ou até milhares de civis desarmados mortos, depois que tropas chinesas abriram caminho à força no coração da capital. Mais intrigante é a decisão de Xu de imprimir apenas os negativos de 35 milímetros originais, sem retoques, que ele clicou com sua câmera Konica. Há algo de impenetrável nas imagens, com suas cores apagadas e as silhuetas fantasmagóricas dos manifestantes, lembrando radiografias. Os negativos não passam de um logro visual. Usando um iPhone ou iPad -para isso, clique em "Ajustes", depois em "Geral", "Acessibilidade" e, por fim, "Inverter Cores"-, o espectador pode ver as cores originais das imagens feitas por Xu. Quando os grevistas da fome e os soldados jovens e assustados ganham vida, é como se o leitor tivesse desembarcado sem querer em um mundo perdido. Em entrevista, Xu disse que está tentando ensinar à geração do novo milênio sobre o mundo da fotografia quimicamente dependente, anterior à era digital. "Diferentemente das fotos digitais, que podem ser manipuladas, os negativos nunca mentem", disse. Na primavera de 1989, Xu tinha acabado de deixar seu emprego numa agência publicitária estatal, incentivado pelas políticas orientadas ao mercado de Deng Xiaoping. Milhares de estudantes tinham saído às ruas para reivindicar menos censura, mais liberdade e o fim da corrupção. "Senti que era um momento crítico e que cada instante precisava ser documentado." Xu passou seis semanas na praça Tienanmen e arredores. Ele não revelou quantas fotos fez, mas o livro inclui 64, uma alusão numérica sutil ao modo como muitos chineses se referem à data da operação de repressão -4 de junho- para contornar a censura. A foto final do livro, uma imagem desfocada de um tanque, é a única alusão à força bruta que pôs fim aos protestos pacíficos. Líderes do Partido Comunista declararam os protestos um "motim contrarrevolucionário" e colocaram muitos dos jovens organizadores na prisão. Perry Link, sinólogo da Universidade da Califórnia em Riverside, disse que, ao mostrar protestos alegres e pacíficos que levaram milhões de pessoas às ruas -entre elas membros leais do Partido Comunista e veteranos do Exército-, as imagens de Xu refutam a alegação oficial de que os protestos teriam sido uma insurreição perigosa. "É uma maneira maravilhosa de captar aquele aspecto oculto de insegurança que acompanha a questão de Tienanmen e que, de modo mais amplo, assombra boa parte da China oficial hoje", disse. "O artista parece estar dizendo: 'Eis a realidade que ninguém encara, mas que todos sabem que está ali'." Reconhecendo o perigo inerente a seu projeto, Xu deu de ombros, dizendo que os negativos estavam começando a amarelar. "Estou envelhecendo. Se eu não publicar agora, quando o farei?"
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Livro traz fotos inéditas de protestos de 1989 na praça TiananmenO livro mais recente do fotógrafo Xu Yong é repleto de jovens idealistas clamando por independência e criticando o Partido Comunista da China. Apesar disso, Xu insiste que não houve nada de político na decisão de publicar essa coletânea de imagens, que ele escondeu por mais de duas décadas. "Esse é um livro de arte", disse Xu, 60, que já publicou mais de 20 livros de fotografia. "Não tenho interesse em discutir o significado das fotos." Ainda assim, a publicação de imagens dos protestos que convulsionaram Pequim em 1989 provavelmente será vista como uma provocação pelos setores de linha dura que governam a China. Essas autoridades tentaram, sem muito êxito, promover uma amnésia coletiva, censurando fotos e relatos noticiosos sobre o tema. É fácil avaliar o livro mais recente de Xu, "Negatives", como uma empreitada corajosa e temerária. Dezenas de pessoas foram detidas recentemente, entre elas vários amigos de Xu, inclusive por terem compartilhado fotos dos protestos pró-democracia do ano passado em Hong Kong. Negatives, de Xu Young Um dos mais conhecidos advogados de direitos civis da China, Pu Zhiqiang, está detido desde 2014, após ter participado de uma reunião no apartamento de um amigo para discutir a repressão violenta aos manifestantes na praça Tienanmen 25 anos antes. "Xu não tem ilusões quanto aos riscos, mas essa foi sua escolha", comentou Renee Chiang, da New Century Press, editora de Hong Kong que está enviando exemplares de "Negatives" para livrarias fora da China continental. Xu é conhecido principalmente por suas imagens soturnas em preto e branco, feitas no final dos anos 1980, que captaram a beleza das vielas antigas de Pequim, antes da modernização da cidade. Recentemente, ele foi elogiado por uma série que mostrava um dia na vida de uma prostituta. Em seu livro, não há imagens da repressão final e sangrenta de 4 de junho de 1989, que deixou centenas ou até milhares de civis desarmados mortos, depois que tropas chinesas abriram caminho à força no coração da capital. Mais intrigante é a decisão de Xu de imprimir apenas os negativos de 35 milímetros originais, sem retoques, que ele clicou com sua câmera Konica. Há algo de impenetrável nas imagens, com suas cores apagadas e as silhuetas fantasmagóricas dos manifestantes, lembrando radiografias. Os negativos não passam de um logro visual. Usando um iPhone ou iPad -para isso, clique em "Ajustes", depois em "Geral", "Acessibilidade" e, por fim, "Inverter Cores"-, o espectador pode ver as cores originais das imagens feitas por Xu. Quando os grevistas da fome e os soldados jovens e assustados ganham vida, é como se o leitor tivesse desembarcado sem querer em um mundo perdido. Em entrevista, Xu disse que está tentando ensinar à geração do novo milênio sobre o mundo da fotografia quimicamente dependente, anterior à era digital. "Diferentemente das fotos digitais, que podem ser manipuladas, os negativos nunca mentem", disse. Na primavera de 1989, Xu tinha acabado de deixar seu emprego numa agência publicitária estatal, incentivado pelas políticas orientadas ao mercado de Deng Xiaoping. Milhares de estudantes tinham saído às ruas para reivindicar menos censura, mais liberdade e o fim da corrupção. "Senti que era um momento crítico e que cada instante precisava ser documentado." Xu passou seis semanas na praça Tienanmen e arredores. Ele não revelou quantas fotos fez, mas o livro inclui 64, uma alusão numérica sutil ao modo como muitos chineses se referem à data da operação de repressão -4 de junho- para contornar a censura. A foto final do livro, uma imagem desfocada de um tanque, é a única alusão à força bruta que pôs fim aos protestos pacíficos. Líderes do Partido Comunista declararam os protestos um "motim contrarrevolucionário" e colocaram muitos dos jovens organizadores na prisão. Perry Link, sinólogo da Universidade da Califórnia em Riverside, disse que, ao mostrar protestos alegres e pacíficos que levaram milhões de pessoas às ruas -entre elas membros leais do Partido Comunista e veteranos do Exército-, as imagens de Xu refutam a alegação oficial de que os protestos teriam sido uma insurreição perigosa. "É uma maneira maravilhosa de captar aquele aspecto oculto de insegurança que acompanha a questão de Tienanmen e que, de modo mais amplo, assombra boa parte da China oficial hoje", disse. "O artista parece estar dizendo: 'Eis a realidade que ninguém encara, mas que todos sabem que está ali'." Reconhecendo o perigo inerente a seu projeto, Xu deu de ombros, dizendo que os negativos estavam começando a amarelar. "Estou envelhecendo. Se eu não publicar agora, quando o farei?"
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Bolsa dos EUA abre em queda e faz Ibovespa, em alta, perder força
Neste início de tarde, a Bolsa de São Paulo segue em alta, mas menos forte do que no início do pregão. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, subia 1,39% às 14h, para 48.423 pontos, impulsionado por altas de Petrobras (+4,35, para R$ 9,59, a ação preferencial) e Itaú (+1,48%, para R$ 33,59). Contribui para a perda de força o recuo nas Bolsas dos Estados Unidos, que ficaram fechadas nesta segunda-feira e operam em queda agora: recuo de 0,52% no índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, e de 0,39% no S&P500, que reúne as ações das 500 principais companhias listadas naquele mercado. Por volta das 14h,, 50 ações que compõem o índice Ibovespa estavam em alta, 17 em baixa e uma em estabilidade. No topo das altas apareciam as ações da Cosan, com avanço de 6,95%. A companhia é uma das mais beneficiadas pelo anúncio das medidas do governo federal na segunda-feira (19), pois há a expectativa de que a elevação da tributação sobre gasolina e diesel possa incentivar o consumo de etanol. Dentre as elétricas, que ajudaram a derrubar a Bolsa na segunda-feira por causa de apagão na maior parte do país, há sinais mistos. As ações preferenciais da Eletrobras (sem direito a voto, mas mais negociadas) registram forte queda de 4,18%, para R$ 7,18. Também operam com desvalorização os papéis de Copel (-0,06%, para R$ 32,13), CPFL (-1,26%, para R$ 17,30) e Eletropaulo (-1,71%, para R$ 8,07). Na outra direção, avançavam por volta das 14h as ações de Cemig (preferenciais, +1,81%, para R$ 11,81), Light (+1,62%, para 14,99), Energias do Brasil (+3,17%, para R$ 8,80) e Tractebel (+1,30%, para R$ 31,87) O dólar opera em baixa. A cotação da moeda à vista, referência no mercado financeiro, caía 0,65% às 14h, para R$ 2,6246; no mesmo horário, o dólar comercial, usado em transações do comércio exterior, recuava 1,12%, para R$ 2,626 Nesta manhã, o BC deu sequência às intervenções diárias no mercado de câmbio, oferecendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), com volume correspondente a US$ 98,4 milhões. O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, vendendo 10 mil contratos.
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Bolsa dos EUA abre em queda e faz Ibovespa, em alta, perder forçaNeste início de tarde, a Bolsa de São Paulo segue em alta, mas menos forte do que no início do pregão. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, subia 1,39% às 14h, para 48.423 pontos, impulsionado por altas de Petrobras (+4,35, para R$ 9,59, a ação preferencial) e Itaú (+1,48%, para R$ 33,59). Contribui para a perda de força o recuo nas Bolsas dos Estados Unidos, que ficaram fechadas nesta segunda-feira e operam em queda agora: recuo de 0,52% no índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, e de 0,39% no S&P500, que reúne as ações das 500 principais companhias listadas naquele mercado. Por volta das 14h,, 50 ações que compõem o índice Ibovespa estavam em alta, 17 em baixa e uma em estabilidade. No topo das altas apareciam as ações da Cosan, com avanço de 6,95%. A companhia é uma das mais beneficiadas pelo anúncio das medidas do governo federal na segunda-feira (19), pois há a expectativa de que a elevação da tributação sobre gasolina e diesel possa incentivar o consumo de etanol. Dentre as elétricas, que ajudaram a derrubar a Bolsa na segunda-feira por causa de apagão na maior parte do país, há sinais mistos. As ações preferenciais da Eletrobras (sem direito a voto, mas mais negociadas) registram forte queda de 4,18%, para R$ 7,18. Também operam com desvalorização os papéis de Copel (-0,06%, para R$ 32,13), CPFL (-1,26%, para R$ 17,30) e Eletropaulo (-1,71%, para R$ 8,07). Na outra direção, avançavam por volta das 14h as ações de Cemig (preferenciais, +1,81%, para R$ 11,81), Light (+1,62%, para 14,99), Energias do Brasil (+3,17%, para R$ 8,80) e Tractebel (+1,30%, para R$ 31,87) O dólar opera em baixa. A cotação da moeda à vista, referência no mercado financeiro, caía 0,65% às 14h, para R$ 2,6246; no mesmo horário, o dólar comercial, usado em transações do comércio exterior, recuava 1,12%, para R$ 2,626 Nesta manhã, o BC deu sequência às intervenções diárias no mercado de câmbio, oferecendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), com volume correspondente a US$ 98,4 milhões. O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, vendendo 10 mil contratos.
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Contador de 'causos', barbeiro relata mudanças da Barra Funda
DE SÃO PAULO Montada em um pequeno sobrado, sem nome na fachada ou qualquer ornamento, uma pequena barbearia na rua Lopes de Oliveira, número 547, resiste às mudanças ocorridas na cidade nos últimos 30 anos. Cortar o cabelo ali ou sentar-se para conversar com o barbeiro Miguel Arcanjo, 62, é embarcar na nostalgia e ser transportado para outra São Paulo. Morador da região há 40 anos, ele conta aos clientes (e a quem quiser puxar papo) sobre a Barra Funda de imigrantes italianos, dos primórdios do samba, do circo do palhaço Piolin e dos crimes no Castelinho da rua Apa. "Antigamente, as pessoas daqui recebiam leite em casa, então havia cabras que ficavam sendo levadas de porta em porta, e as pessoas diziam: 'Quero leite dessa ou daquela'", relembra. O barbeiro ficou tão conhecido pelo jeito despachado de contar a história do bairro que foi convidado a fazê-lo oficialmente. Em 2012 foi chamado para atuar na peça Barafonda, da Cia. São Jorge, na qual interpretou a si mesmo. Depois recebeu convite para fazer um curta-metragem e mais uma peça, de outra companhia. Boa parte das anedotas foi presenciada pelo próprio Miguel, que veio de Minas Gerais aos 18 anos para trabalhar em uma barbearia na avenida São João. Logo montou a própria loja com o irmão, José Lúcio da Costa. Outros causos são repetidos após serem ouvidos de clientes. Apaixonado por São Paulo, o barbeiro diz que não sai da cidade de jeito nenhum. "Paulistano é coração de ouro."
saopaulo
Contador de 'causos', barbeiro relata mudanças da Barra FundaDE SÃO PAULO Montada em um pequeno sobrado, sem nome na fachada ou qualquer ornamento, uma pequena barbearia na rua Lopes de Oliveira, número 547, resiste às mudanças ocorridas na cidade nos últimos 30 anos. Cortar o cabelo ali ou sentar-se para conversar com o barbeiro Miguel Arcanjo, 62, é embarcar na nostalgia e ser transportado para outra São Paulo. Morador da região há 40 anos, ele conta aos clientes (e a quem quiser puxar papo) sobre a Barra Funda de imigrantes italianos, dos primórdios do samba, do circo do palhaço Piolin e dos crimes no Castelinho da rua Apa. "Antigamente, as pessoas daqui recebiam leite em casa, então havia cabras que ficavam sendo levadas de porta em porta, e as pessoas diziam: 'Quero leite dessa ou daquela'", relembra. O barbeiro ficou tão conhecido pelo jeito despachado de contar a história do bairro que foi convidado a fazê-lo oficialmente. Em 2012 foi chamado para atuar na peça Barafonda, da Cia. São Jorge, na qual interpretou a si mesmo. Depois recebeu convite para fazer um curta-metragem e mais uma peça, de outra companhia. Boa parte das anedotas foi presenciada pelo próprio Miguel, que veio de Minas Gerais aos 18 anos para trabalhar em uma barbearia na avenida São João. Logo montou a própria loja com o irmão, José Lúcio da Costa. Outros causos são repetidos após serem ouvidos de clientes. Apaixonado por São Paulo, o barbeiro diz que não sai da cidade de jeito nenhum. "Paulistano é coração de ouro."
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Manifestantes russo atacam embaixada turca com ovos
Cerca de cem pessoas se reuniram diante da embaixada da Turquia em Moscou, para uma manifestação, após a morte de um piloto russo, cujo avião foi abatido por caças turcos. Os manifestantes, quase todos homens com idade entre 20 e 30 anos, gritaram palavras de ordem contra o presidente turco, Tayyip Erdogan, sob o olhar da polícia, que não interferiu. Garrafas, ovos e tomates foram lançados contras os vidros do edifício. As mensagens ecoam as palavras de Vladimir Putin. Em um dos cartazes lê-se : "esta é a embaixada do Grupo Estado Islâmico" Os manifestantes agitaram bandeiras sírias e russas. "Esta é a embaixada dos assassinos, na minha opinião, há pessoas que em vez de serem parceiros honestos e fiáveis são traiçoeiras". "Agora, a Rússia está entre duas posições: ou tolera que lhe cuspam na cara perderá autoridade e influência, ou se a intenção for retaliar, todo mundo vai gritar que a Rússia é o país agressor, como já o fazem". De acordo com a rádio independente Ekho Moskvy, citando testemunhas, alguns manifestantes foram presos pelas forças de segurança.
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Manifestantes russo atacam embaixada turca com ovosCerca de cem pessoas se reuniram diante da embaixada da Turquia em Moscou, para uma manifestação, após a morte de um piloto russo, cujo avião foi abatido por caças turcos. Os manifestantes, quase todos homens com idade entre 20 e 30 anos, gritaram palavras de ordem contra o presidente turco, Tayyip Erdogan, sob o olhar da polícia, que não interferiu. Garrafas, ovos e tomates foram lançados contras os vidros do edifício. As mensagens ecoam as palavras de Vladimir Putin. Em um dos cartazes lê-se : "esta é a embaixada do Grupo Estado Islâmico" Os manifestantes agitaram bandeiras sírias e russas. "Esta é a embaixada dos assassinos, na minha opinião, há pessoas que em vez de serem parceiros honestos e fiáveis são traiçoeiras". "Agora, a Rússia está entre duas posições: ou tolera que lhe cuspam na cara perderá autoridade e influência, ou se a intenção for retaliar, todo mundo vai gritar que a Rússia é o país agressor, como já o fazem". De acordo com a rádio independente Ekho Moskvy, citando testemunhas, alguns manifestantes foram presos pelas forças de segurança.
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Dudu enfrenta o Figueirense de olho em julgamento
O meia-atacante Dudu deve ser um dos titulares do Palmeiras no jogo deste domingo (7), às 19h30, contra o Figueirense, em Florianópolis. Mas a principal batalha do atacante será travada na próxima segunda-feira (8), às 18h, na sede de Federação Paulista de Futebol, quando o TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo) realizará o novo julgamento do jogador pela agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima, na decisão do Paulista. No primeiro julgamento, realizado no último dia 18, Dudu foi suspenso por 180 dias pelo tribunal. Após a punição, o departamento jurídico do clube entrou com um recurso e um pedido de efeito suspensivo, que foi concedido no dia 22. Dudu, porém, só pôde voltar a jogar no empate em 1 a 1 com o Internacional, na última quinta-feira (4). O efeito suspensivo dura até o julgamento do recurso. O jogador foi considerado culpado por unanimidade por agressão ao árbitro. O Palmeiras tenta desqualificar o artigo em que ele foi enquadrado. A ideia é convencer os auditores de que o empurrão no juiz foi um ato hostil, infração considerada mais branda pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva. FIGUEIRENSE Alex; Jefferson, Marquinhos, B. Alves e Cereceda; P. Roberto, Fabinho, Ricardinho e Carlos Alberto; Clayton e Marcão T.: Argel Fucks PALMEIRAS Fernando Prass; Ayrton, Jackson, Victor Hufo e Egídio; Gabriel, Arouca, Zé Roberto e Dudu; Kelvin e Rafael Marques T.: Oswaldo de Oliveira Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
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Dudu enfrenta o Figueirense de olho em julgamentoO meia-atacante Dudu deve ser um dos titulares do Palmeiras no jogo deste domingo (7), às 19h30, contra o Figueirense, em Florianópolis. Mas a principal batalha do atacante será travada na próxima segunda-feira (8), às 18h, na sede de Federação Paulista de Futebol, quando o TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo) realizará o novo julgamento do jogador pela agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima, na decisão do Paulista. No primeiro julgamento, realizado no último dia 18, Dudu foi suspenso por 180 dias pelo tribunal. Após a punição, o departamento jurídico do clube entrou com um recurso e um pedido de efeito suspensivo, que foi concedido no dia 22. Dudu, porém, só pôde voltar a jogar no empate em 1 a 1 com o Internacional, na última quinta-feira (4). O efeito suspensivo dura até o julgamento do recurso. O jogador foi considerado culpado por unanimidade por agressão ao árbitro. O Palmeiras tenta desqualificar o artigo em que ele foi enquadrado. A ideia é convencer os auditores de que o empurrão no juiz foi um ato hostil, infração considerada mais branda pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva. FIGUEIRENSE Alex; Jefferson, Marquinhos, B. Alves e Cereceda; P. Roberto, Fabinho, Ricardinho e Carlos Alberto; Clayton e Marcão T.: Argel Fucks PALMEIRAS Fernando Prass; Ayrton, Jackson, Victor Hufo e Egídio; Gabriel, Arouca, Zé Roberto e Dudu; Kelvin e Rafael Marques T.: Oswaldo de Oliveira Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
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Quinta deve ser quente, com pancada de chuva e traz Salão do Automóvel e filme de Oliver Stone
BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 10 de novembro de 2016. Quinta-feira Bom dia para você que dormiu no ônibus, mas acordou na hora exata em que estava chegando ao ponto no qual deveria descer! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Filme | Chega às telas dos cinemas paulistanos o filme "Snowden - Herói ou Traidor", dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone. O longa retrata o analista que denunciou o esquema de vigilância global operado pelo governo americano Edward Snowden –o personagem é interpretado por Joseph Gordon-Lewitt. Veja mais informações aqui. Na ponta dos dedos | O grupo catalão de teatro La Fura dels Baus traz ao Brasil o espetáculo "M.U.R.S.", que terá seis apresentações gratuitas. A atração cria uma cidade futurista na qual os espectadores têm participação ativa: por meio de smartphones, poderão interagir com o show. Leia mais aqui. Teatro | Entra em cartaz nesta quinta (10) "A Próxima Estação - Um Espetáculo para Ler", no Sesc Pinheiros. Cacá Carvalho lê diálogos que marcaram os 50 anos de convivência de um casal, representado por desenhos projetados em um painel. Veja mais aqui. Xote | O grupo de forró Falamansa toca sucessos de seus 18 anos de carreira, como "Xote da Alegria" e "Rindo à Toa" no Canto da Ema, em Pinheiros, às 22h. A banda lançou novo álbum em 2016, "Lá da Alma". Leia mais aqui. Carros | Tem início o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que ocupa o São Paulo Expo até 20/11. Saiba mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Novo presidente nos EUA | Em seu primeiro pronunciamento depois da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama disse nesta quarta (9) que está torcendo pelo sucesso dele em unir o país, após uma das campanhas mais polarizadas da história do país. "Vai ser bonito", disse Trump em seu primeiro pronunciamento (leia a íntegra aqui). Leia a entrevista aqui. Ex-prefeito de NY deve compor equipe de Trump. Veja aqui alguns nomes que possivelmente podem ocupar cargos. Preconceito | Secretário da Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Mágino Alves Barbosa Filho afirma que não há nem sequer um PM sob investigação devido à chacina de cinco jovens da zona leste, que ficaram mais de duas semanas desaparecidos e cujos corpos foram encontrados no domingo (6) em Mogi das Cruzes (Grande SP). Para ele, policiais são citados como suspeitos em casos do tipo devido ao "preconceito" contra a corporação. Troca de comando | O comando do maior banco privado do país vai trocar de mãos. Candido Botelho Bracher assumirá a presidência do Itaú Unibanco a partir de abril de 2017, quando o banqueiro Roberto Setubal deixará o posto que ocupou por mais de duas décadas. A troca de bastão só ocorrerá em abril porque é nessa época do ano que o conselho de administração do banco costuma realizar a assembleia anual dos seus acionistas. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Câmara Municipal promove audiência pública da comissão extraordinária permanente do idoso e da assistência social das 14h às 18h. Veja a agenda completa da casa aqui. Estado | A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe audiência pública contrária à PEC 241, que estabelece um limite para os gastos do governo federal por 20 anos. Veja a programação da Alesp aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura varia entre 19°C e 30°C, segundo o Inmet, com céu parcialmente nublado de manhã e chance de pancadas de chuva e trovoadas à tarde. Podem ocorrer rajadas de vento. Centro | A praça da Luz fica interditada de hoje até 10h de domingo para a montagem de um palco onde será realizado um culto. O bloqueio é entre a rua Brigadeiro Tobias e o viaduto General Couto de Magalhães.
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Quinta deve ser quente, com pancada de chuva e traz Salão do Automóvel e filme de Oliver StoneBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 10 de novembro de 2016. Quinta-feira Bom dia para você que dormiu no ônibus, mas acordou na hora exata em que estava chegando ao ponto no qual deveria descer! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Filme | Chega às telas dos cinemas paulistanos o filme "Snowden - Herói ou Traidor", dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone. O longa retrata o analista que denunciou o esquema de vigilância global operado pelo governo americano Edward Snowden –o personagem é interpretado por Joseph Gordon-Lewitt. Veja mais informações aqui. Na ponta dos dedos | O grupo catalão de teatro La Fura dels Baus traz ao Brasil o espetáculo "M.U.R.S.", que terá seis apresentações gratuitas. A atração cria uma cidade futurista na qual os espectadores têm participação ativa: por meio de smartphones, poderão interagir com o show. Leia mais aqui. Teatro | Entra em cartaz nesta quinta (10) "A Próxima Estação - Um Espetáculo para Ler", no Sesc Pinheiros. Cacá Carvalho lê diálogos que marcaram os 50 anos de convivência de um casal, representado por desenhos projetados em um painel. Veja mais aqui. Xote | O grupo de forró Falamansa toca sucessos de seus 18 anos de carreira, como "Xote da Alegria" e "Rindo à Toa" no Canto da Ema, em Pinheiros, às 22h. A banda lançou novo álbum em 2016, "Lá da Alma". Leia mais aqui. Carros | Tem início o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que ocupa o São Paulo Expo até 20/11. Saiba mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Novo presidente nos EUA | Em seu primeiro pronunciamento depois da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama disse nesta quarta (9) que está torcendo pelo sucesso dele em unir o país, após uma das campanhas mais polarizadas da história do país. "Vai ser bonito", disse Trump em seu primeiro pronunciamento (leia a íntegra aqui). Leia a entrevista aqui. Ex-prefeito de NY deve compor equipe de Trump. Veja aqui alguns nomes que possivelmente podem ocupar cargos. Preconceito | Secretário da Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Mágino Alves Barbosa Filho afirma que não há nem sequer um PM sob investigação devido à chacina de cinco jovens da zona leste, que ficaram mais de duas semanas desaparecidos e cujos corpos foram encontrados no domingo (6) em Mogi das Cruzes (Grande SP). Para ele, policiais são citados como suspeitos em casos do tipo devido ao "preconceito" contra a corporação. Troca de comando | O comando do maior banco privado do país vai trocar de mãos. Candido Botelho Bracher assumirá a presidência do Itaú Unibanco a partir de abril de 2017, quando o banqueiro Roberto Setubal deixará o posto que ocupou por mais de duas décadas. A troca de bastão só ocorrerá em abril porque é nessa época do ano que o conselho de administração do banco costuma realizar a assembleia anual dos seus acionistas. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Câmara Municipal promove audiência pública da comissão extraordinária permanente do idoso e da assistência social das 14h às 18h. Veja a agenda completa da casa aqui. Estado | A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe audiência pública contrária à PEC 241, que estabelece um limite para os gastos do governo federal por 20 anos. Veja a programação da Alesp aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura varia entre 19°C e 30°C, segundo o Inmet, com céu parcialmente nublado de manhã e chance de pancadas de chuva e trovoadas à tarde. Podem ocorrer rajadas de vento. Centro | A praça da Luz fica interditada de hoje até 10h de domingo para a montagem de um palco onde será realizado um culto. O bloqueio é entre a rua Brigadeiro Tobias e o viaduto General Couto de Magalhães.
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Empresa apresenta protótipo de tela de TV dobrável
Se você trabalha no ramo de gabinetes para televisores, talvez não goste desta novidade. Para os demais, vale a pena conferir uma notável inovação em curso. A multinacional coreana LG vem trabalhando em uma tela de TV flexível por algum tempo, mas só agora, na CES (Consumer Electronic Show), a maior feira de eletrônicos dos EUA, apresentou o primeiro protótipo. A tela pode ser dobrada e amassada, e a visualização é em Full HD. O protótipo ao qual a BBC teve acesso tinha 45,7 cm de ponta a ponta, mas a LG diz planejar telas acima de 55 cm. Nessa dimensão, a empresa diz que conseguirá produzir uma qualidade de 4K, ou seja quatro vezes maior do que o HD. Hoje, a resolução é de 1.200 por 810 pixels. E como a empresa desenvolveu o modelo? Naturalmente ela não revela detalhes, mas o salto tecnológico fundamental foi a mudança de TVs de LED para TVs de oled. A letra "O" significa "orgânico" e acaba com a necessidade de um painel traseiro para iluminar a tela. Daí a flexibilidade. Mas por que você precisaria de uma TV dobrável? A LG diz que é algo ideal para exposição como painel em uma loja, mas também para pessoas que não querem sacrificar todo um canto de um quarto para uma televisão. Com uma tela como essa, você pode dobrar a televisão e guardá-la no armário até a próxima utilização. PIXELS 'MORTOS' A LG não informa quanto custará uma TV dobrável nem a perspectiva de lançamento. No momento as equipes estão totalmente envolvidas com o protótipo. "Esperamos ter um protótipo maior no futuro próximo. Mas ainda estamos planejando o cronograma para um produto comercial", disse KJ Kim, vice-presidente de marketing da LG Display. Isso pode ser traduzido da seguinte maneira: ainda irá levar um tempo. Embora a tela seja notável, ela apresenta algumas falhas. As cenas exibidas no protótipo, com luzes brilhando à noite, foram planejadas para esconder os vários pixels "mortos" na tela. Pixels "mortos" são aqueles danificados, que passam a aparecer apenas como pequenos quadrados vazios em vez de mostrar a cor certa. Havia vários pixels "mortos" na tela, e outros surgiram após algum tempo manuseando o modelo. No protótipo apresentado, a tela só pode ser enrolada em uma direção, o que não é um grande problema, mas é algo que terá que ser resolvido antes da produção comercial. Outro ponto importante é que a tela pode ser enrolada, mas não pode ser dobrada de forma plana. Isso significaria danificar o produto de forma permanente - deste modo, a tela ainda não representa algo que muitos esperavam, um videojornal interativo que poderia ser manuseado como o produto de papel. Mas estamos chegando lá. Clique para assistir ao vídeo
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Empresa apresenta protótipo de tela de TV dobrávelSe você trabalha no ramo de gabinetes para televisores, talvez não goste desta novidade. Para os demais, vale a pena conferir uma notável inovação em curso. A multinacional coreana LG vem trabalhando em uma tela de TV flexível por algum tempo, mas só agora, na CES (Consumer Electronic Show), a maior feira de eletrônicos dos EUA, apresentou o primeiro protótipo. A tela pode ser dobrada e amassada, e a visualização é em Full HD. O protótipo ao qual a BBC teve acesso tinha 45,7 cm de ponta a ponta, mas a LG diz planejar telas acima de 55 cm. Nessa dimensão, a empresa diz que conseguirá produzir uma qualidade de 4K, ou seja quatro vezes maior do que o HD. Hoje, a resolução é de 1.200 por 810 pixels. E como a empresa desenvolveu o modelo? Naturalmente ela não revela detalhes, mas o salto tecnológico fundamental foi a mudança de TVs de LED para TVs de oled. A letra "O" significa "orgânico" e acaba com a necessidade de um painel traseiro para iluminar a tela. Daí a flexibilidade. Mas por que você precisaria de uma TV dobrável? A LG diz que é algo ideal para exposição como painel em uma loja, mas também para pessoas que não querem sacrificar todo um canto de um quarto para uma televisão. Com uma tela como essa, você pode dobrar a televisão e guardá-la no armário até a próxima utilização. PIXELS 'MORTOS' A LG não informa quanto custará uma TV dobrável nem a perspectiva de lançamento. No momento as equipes estão totalmente envolvidas com o protótipo. "Esperamos ter um protótipo maior no futuro próximo. Mas ainda estamos planejando o cronograma para um produto comercial", disse KJ Kim, vice-presidente de marketing da LG Display. Isso pode ser traduzido da seguinte maneira: ainda irá levar um tempo. Embora a tela seja notável, ela apresenta algumas falhas. As cenas exibidas no protótipo, com luzes brilhando à noite, foram planejadas para esconder os vários pixels "mortos" na tela. Pixels "mortos" são aqueles danificados, que passam a aparecer apenas como pequenos quadrados vazios em vez de mostrar a cor certa. Havia vários pixels "mortos" na tela, e outros surgiram após algum tempo manuseando o modelo. No protótipo apresentado, a tela só pode ser enrolada em uma direção, o que não é um grande problema, mas é algo que terá que ser resolvido antes da produção comercial. Outro ponto importante é que a tela pode ser enrolada, mas não pode ser dobrada de forma plana. Isso significaria danificar o produto de forma permanente - deste modo, a tela ainda não representa algo que muitos esperavam, um videojornal interativo que poderia ser manuseado como o produto de papel. Mas estamos chegando lá. Clique para assistir ao vídeo
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Logo teremos que trabalhar apenas para sustentar Judiciário, diz leitor
Não tenho palavras para demonstrar a minha indignação ao ler as reportagens Projeto do STF pode tornar Judiciário maior e mais caro e Projetos criam auxílios do berço ao caixão. É assustador em um país onde muita gente não tem o que comer e muitos outros trabalham na iniciativa privada, de segunda a sábado, com apenas um mês de férias ao ano e ganham muito menos. Contribuí ao INSS com parcela máxima (dez salários) por 60 anos, sendo 30 como professora universitária, e me aposentei com cinco salários mínimos. Os funcionários públicos têm noção dessas diferenças? NILZA PEREIRA RUBO (São Paulo, SP) Das muitas pragas que assolaram esta terra, uma das mais sinistras é a gulodice dos membros do Judiciário. Não lhes basta ganhar salários de R$ 100 mil, querem 17 deles por ano. Agora, inventam inúmeros privilégios e, ofensa a todos os brasileiros, o auxílio para pagar escola dos filhos até os 24 anos. Qual a justificativa? Logo teremos que trabalhar apenas para sustentá-los. ANTONIO CESAR AMARU MAXIMIANO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Logo teremos que trabalhar apenas para sustentar Judiciário, diz leitorNão tenho palavras para demonstrar a minha indignação ao ler as reportagens Projeto do STF pode tornar Judiciário maior e mais caro e Projetos criam auxílios do berço ao caixão. É assustador em um país onde muita gente não tem o que comer e muitos outros trabalham na iniciativa privada, de segunda a sábado, com apenas um mês de férias ao ano e ganham muito menos. Contribuí ao INSS com parcela máxima (dez salários) por 60 anos, sendo 30 como professora universitária, e me aposentei com cinco salários mínimos. Os funcionários públicos têm noção dessas diferenças? NILZA PEREIRA RUBO (São Paulo, SP) Das muitas pragas que assolaram esta terra, uma das mais sinistras é a gulodice dos membros do Judiciário. Não lhes basta ganhar salários de R$ 100 mil, querem 17 deles por ano. Agora, inventam inúmeros privilégios e, ofensa a todos os brasileiros, o auxílio para pagar escola dos filhos até os 24 anos. Qual a justificativa? Logo teremos que trabalhar apenas para sustentá-los. ANTONIO CESAR AMARU MAXIMIANO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Após terremoto, Nepal pode prorrogar autorizações para escalada do Everest
O Nepal pode permitir que centenas de alpinistas estrangeiros escalem o monte Everest usando a mesma licença no ano que vem, pois foram obrigados a abandonar suas expedições devido à avalanche provocada pelo devastador terremoto de abril, disse um ministro nepalês. Mais de 350 alpinistas estrangeiros abandonaram sua tentativa de alcançar o cume depois que a avalanche soterrou parte de acampamento-base do Everest, matando 18 pessoas e destruindo barracas. "Nenhum alpinista fez até agora um pedido de prorrogação das suas autorizações. Se algum pedido for encaminhado, pessoalmente sou favorável a isso", disse o ministro do Turismo, Kripasur Sherpa, a repórteres. O ministro falava à margem de uma cerimônia pelo Dia Nacional do Monte Everest, em Katmandu, para celebrar o dia em que o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay fizeram a primeira subida ao alto da montanha, em 1953. Um forte terremoto e tremores secundários abalaram o Nepal em 25 de abril e 12 de maio, matando mais de 8.600 pessoas e deixando centenas de milhares de desabrigados.
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Após terremoto, Nepal pode prorrogar autorizações para escalada do EverestO Nepal pode permitir que centenas de alpinistas estrangeiros escalem o monte Everest usando a mesma licença no ano que vem, pois foram obrigados a abandonar suas expedições devido à avalanche provocada pelo devastador terremoto de abril, disse um ministro nepalês. Mais de 350 alpinistas estrangeiros abandonaram sua tentativa de alcançar o cume depois que a avalanche soterrou parte de acampamento-base do Everest, matando 18 pessoas e destruindo barracas. "Nenhum alpinista fez até agora um pedido de prorrogação das suas autorizações. Se algum pedido for encaminhado, pessoalmente sou favorável a isso", disse o ministro do Turismo, Kripasur Sherpa, a repórteres. O ministro falava à margem de uma cerimônia pelo Dia Nacional do Monte Everest, em Katmandu, para celebrar o dia em que o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay fizeram a primeira subida ao alto da montanha, em 1953. Um forte terremoto e tremores secundários abalaram o Nepal em 25 de abril e 12 de maio, matando mais de 8.600 pessoas e deixando centenas de milhares de desabrigados.
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Investigação do DNA revela muitas 'letras', mas nem tanta informação
A partir da década de 1990, quando o genoma humano começou a ser investigado, a ciência das letrinhas químicas começou a ganhar contornos mais reais e a balizar, pouco a pouco, condutas na área da saúde. Nesse sentido, ferramentas como o software Elsie são bem-vindas. Existem casos em que uma informação clara pode salvar uma vida. Por exemplo, uma certa mutação no gene BRCA1 pode significar uma chance de 87% de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Foi o caso da atriz americana Angelina Jolie –ela se submeteu a uma dupla mastectomia preventiva em 2013. O problema é que nem sempre essa chance é tão clara. Uma alteração aleatória na sequência de letrinhas químicas (bases nitrogenadas que são representadas por A, T, C e G) geralmente é inócua. Mesmo que uma pessoa tenha mutações relacionadas a doenças, nem sempre estas aparecerão. Pode haver várias e a interação entre elas também é importante. É claro que, tendo uma dessas mutações, a probabilidade de tumor aumenta, mas ela pode ir, digamos, de 0,1% para 0,3% –a chance triplicou mas está longe de ser uma catástrofe para a saúde do indivíduo. A medicina ainda se ressente com a falta de informação sobre o que as alterações genéticas realmente significam para um paciente em particular. Por isso, uma alternativa mais barata ao sequenciamento seriam os painéis genômicos. Quando há um diagnóstico de câncer, por exemplo, é possível saber se o paciente apresenta alguma das mutações já conhecidas e relacionadas à doença. Sai menos informação do que um sequenciamento completo, mas com uma densidade de significado maior, direto ao ponto. Com essa informação, também é possível definir o tratamento –algumas drogas funcionam melhor quando alguns marcadores detectados no painel "acendem". Por outro lado, valendo-se do sequenciamento, é possível descobrir novas mutações que, de repente, também estão relacionadas a doenças. Para o futuro da ciência, toda a informação é útil. Do ponto de vista do paciente, porém, sequenciar demais pode não adiantar nada. No caso do câncer, o genoma que interessa na maior parte das vezes (após o diagnóstico) não é o do paciente, mas sim o do tumor, que se comporta como um organismo intruso, com suas próprias peculiaridades e mutações. Por isso, seria prematuro estimar o tamanho do benefício da chegada de um "genoma completo para iniciantes" aos consultórios brasileiros. A promessa é ajudar a selecionar drogas e tratamentos mais adequados, mas o temor é que vire um passatempo para hipocondríacos dispostos a gastar alguns milhares de reais na caça doentia de probabilidades. Linha do tempo: O despertar do genoma
equilibrioesaude
Investigação do DNA revela muitas 'letras', mas nem tanta informaçãoA partir da década de 1990, quando o genoma humano começou a ser investigado, a ciência das letrinhas químicas começou a ganhar contornos mais reais e a balizar, pouco a pouco, condutas na área da saúde. Nesse sentido, ferramentas como o software Elsie são bem-vindas. Existem casos em que uma informação clara pode salvar uma vida. Por exemplo, uma certa mutação no gene BRCA1 pode significar uma chance de 87% de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Foi o caso da atriz americana Angelina Jolie –ela se submeteu a uma dupla mastectomia preventiva em 2013. O problema é que nem sempre essa chance é tão clara. Uma alteração aleatória na sequência de letrinhas químicas (bases nitrogenadas que são representadas por A, T, C e G) geralmente é inócua. Mesmo que uma pessoa tenha mutações relacionadas a doenças, nem sempre estas aparecerão. Pode haver várias e a interação entre elas também é importante. É claro que, tendo uma dessas mutações, a probabilidade de tumor aumenta, mas ela pode ir, digamos, de 0,1% para 0,3% –a chance triplicou mas está longe de ser uma catástrofe para a saúde do indivíduo. A medicina ainda se ressente com a falta de informação sobre o que as alterações genéticas realmente significam para um paciente em particular. Por isso, uma alternativa mais barata ao sequenciamento seriam os painéis genômicos. Quando há um diagnóstico de câncer, por exemplo, é possível saber se o paciente apresenta alguma das mutações já conhecidas e relacionadas à doença. Sai menos informação do que um sequenciamento completo, mas com uma densidade de significado maior, direto ao ponto. Com essa informação, também é possível definir o tratamento –algumas drogas funcionam melhor quando alguns marcadores detectados no painel "acendem". Por outro lado, valendo-se do sequenciamento, é possível descobrir novas mutações que, de repente, também estão relacionadas a doenças. Para o futuro da ciência, toda a informação é útil. Do ponto de vista do paciente, porém, sequenciar demais pode não adiantar nada. No caso do câncer, o genoma que interessa na maior parte das vezes (após o diagnóstico) não é o do paciente, mas sim o do tumor, que se comporta como um organismo intruso, com suas próprias peculiaridades e mutações. Por isso, seria prematuro estimar o tamanho do benefício da chegada de um "genoma completo para iniciantes" aos consultórios brasileiros. A promessa é ajudar a selecionar drogas e tratamentos mais adequados, mas o temor é que vire um passatempo para hipocondríacos dispostos a gastar alguns milhares de reais na caça doentia de probabilidades. Linha do tempo: O despertar do genoma
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Editorial: Gestão processual
O ano de 2014 parece ter marcado uma importante mudança de perspectiva em relação à morosidade do Judiciário brasileiro. Ao lado das tradicionais análises sobre o acúmulo geral de processos, ganharam destaque estudos que levam em conta o desempenho individual de cada magistrado. O melhor exemplo dessa abordagem veio do relatório "O Supremo e o Tempo". Examinando os gabinetes dos ministros da mais alta corte do país, pesquisadores da FGV Direito Rio descobriram expressivas diferenças de ritmo de trabalho. Notaram que, na média, decisões liminares no Supremo Tribunal Federal demoram de 15 a 72 dias, ou que a redação do acórdão (sentença do colegiado) pode levar de 23 a 679 dias, a depender do juiz encarregado dessas tarefas. Disparidades tão grandes jamais serão explicadas por razões estruturais que afetam a todos indistintamente, como o imenso volume de novas ações ou a pródiga oferta de recursos processuais. Embora esses aspectos sejam cruciais em qualquer tentativa de resolver os gargalos da Justiça, torna-se evidente que o fator humano não pode ser desconsiderado. A premissa, que levou a significativos achados no STF, também se revelou profícua quando aplicada ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Seus 357 desembargadores acumulam 246.708 processos (são cerca de 20 milhões de ações em tramitação no Judiciário paulista e perto de 100 milhões no país inteiro). Do total, 76.153 estão nas mãos de apenas 35 desses juízes, como mostrou reportagem desta Folha. Ou seja, representando 10% dos magistrados da segunda instância de São Paulo, esse grupo responde por 31% dos casos em andamento. A assimetria é gritante. De janeiro a outubro de 2014, a seção de direito público, por exemplo, registrou média de 333 processos acumulados por desembargador. Determinados membros dessa seção, no entanto, exibiam mais de 2.000 ações em suas mesas. É possível, sem dúvida, que parte da discrepância se explique pela "herança maldita" deixada pelos antecessores no tribunal, como afirmam alguns desembargadores. Parece mais razoável supor, porém, que os maiores estoques se devam sobretudo a problemas na gestão dos gabinetes. Faz todo o sentido, portanto, que o presidente do TJ-SP, José Renato Nalini, e que a corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi, dediquem especial atenção aos magistrados que têm mais dificuldade para limpar as próprias gavetas. Não se trata de fazer uma caça às bruxas ou de transformar o Poder Judiciário numa fábrica de salsichas, mas de reconhecer que as práticas individuais mais eficientes podem e devem ser replicadas –em benefício do cidadão.
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Editorial: Gestão processualO ano de 2014 parece ter marcado uma importante mudança de perspectiva em relação à morosidade do Judiciário brasileiro. Ao lado das tradicionais análises sobre o acúmulo geral de processos, ganharam destaque estudos que levam em conta o desempenho individual de cada magistrado. O melhor exemplo dessa abordagem veio do relatório "O Supremo e o Tempo". Examinando os gabinetes dos ministros da mais alta corte do país, pesquisadores da FGV Direito Rio descobriram expressivas diferenças de ritmo de trabalho. Notaram que, na média, decisões liminares no Supremo Tribunal Federal demoram de 15 a 72 dias, ou que a redação do acórdão (sentença do colegiado) pode levar de 23 a 679 dias, a depender do juiz encarregado dessas tarefas. Disparidades tão grandes jamais serão explicadas por razões estruturais que afetam a todos indistintamente, como o imenso volume de novas ações ou a pródiga oferta de recursos processuais. Embora esses aspectos sejam cruciais em qualquer tentativa de resolver os gargalos da Justiça, torna-se evidente que o fator humano não pode ser desconsiderado. A premissa, que levou a significativos achados no STF, também se revelou profícua quando aplicada ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Seus 357 desembargadores acumulam 246.708 processos (são cerca de 20 milhões de ações em tramitação no Judiciário paulista e perto de 100 milhões no país inteiro). Do total, 76.153 estão nas mãos de apenas 35 desses juízes, como mostrou reportagem desta Folha. Ou seja, representando 10% dos magistrados da segunda instância de São Paulo, esse grupo responde por 31% dos casos em andamento. A assimetria é gritante. De janeiro a outubro de 2014, a seção de direito público, por exemplo, registrou média de 333 processos acumulados por desembargador. Determinados membros dessa seção, no entanto, exibiam mais de 2.000 ações em suas mesas. É possível, sem dúvida, que parte da discrepância se explique pela "herança maldita" deixada pelos antecessores no tribunal, como afirmam alguns desembargadores. Parece mais razoável supor, porém, que os maiores estoques se devam sobretudo a problemas na gestão dos gabinetes. Faz todo o sentido, portanto, que o presidente do TJ-SP, José Renato Nalini, e que a corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi, dediquem especial atenção aos magistrados que têm mais dificuldade para limpar as próprias gavetas. Não se trata de fazer uma caça às bruxas ou de transformar o Poder Judiciário numa fábrica de salsichas, mas de reconhecer que as práticas individuais mais eficientes podem e devem ser replicadas –em benefício do cidadão.
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É preciso mesmo amar o trabalho? Compare duas visões opostas
DE SÃO PAULO A reportagem da Folha convidou dois especialistas para avaliar se a paixão pelo trabalho, característica comum entre a Geração Y, nascida entre 1980 e 1995, é mesmo tão importante. Beatriz Braga, professora da FGV, acha que é fundamental gostar do que faz, enquanto Sigmar Malvezzi, da USP, afirma que a frustração faz parte da construção de uma trajetória profissional. * SIM É legítimo buscar um sentido na vida profissional Gostar do trabalho e encontrar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal é muito importante, se não fundamental, para qualquer pessoa, não apenas para os jovens da geração Y. Não se trata de transformar o emprego em hobby, mas de achar um cargo que, além do salário no fim do mês, lhe traga algum significado à vida e seja desafiador. Os millenials não têm medo de errar. Nessa busca por um sentido dentro do ambiente de trabalho, fundam negócios sem ter certeza se a empreitada dará certo. O foco deixou de ser uma progressão de carreira tradicional -de assistente júnior a gerente- e passou a ser criar algo diferente e testar funções. Pular de galho em galho faz parte da trajetória profissional desse jovem. Novas competências, alinhadas aos avanços tecnológicos, criaram um leque gigantesco de escolhas, que vão muito além das que seus pais ou avós tiveram. Natural que tanta opção gere angústia e curiosidade. Esses jovens se perguntam se estão no caminho certo porque o universo profissional está cada vez mais complexo. Os millenials não são mimados: eles acreditam que merecem equilíbrio, canais abertos com a chefia e feedbacks mais constantes. Eles exigem suas prerrogativas, brigam por espaço e colocam suas questões na mesa. As gerações anteriores, até por terem sido criadas de forma menos aberta ao diálogo, não entendem muito bem essas demandas e podem até resistir às mudanças. Mas as empresas já estão entendendo que precisam se adaptar. Os gestores devem começar abrindo pontos de contato com esse jovem de forma mais constante, seja mensal, trimestral ou ao fim de um projeto. BEATRIZ BRAGA é doutora em administração de empresas pela USP (Universidade de São Paulo) e professora de gestão de pessoas da FGV (Fundação Getulio Vargas) * NÃO Existem outras fontes de felicidade além do trabalho Muitos jovens hoje têm dificuldade de permanecer em um emprego, seja por alegarem que aquilo não lhes traz propósito ou por não se sentirem reconhecidos. Essa nova geração deve entender que a frustração faz parte da construção da história de qualquer profissional e que todos os investimentos nesse campo devem ser feitos a longo prazo. As pessoas buscam muito reconhecimento na carreira. Faz sentido: o ambiente de trabalho é onde mais se celebram méritos, competências e resultados. Esse tipo de reconhecimento, porém, está cada vez mais raro. O individualismo reina, e essa ênfase em si próprio não se restringe à empresa, afeta também o contexto familiar e social, o que acaba por criar uma legião de jovens sem referencial de reconhecimento, que busca conforto em qualquer lugar. Essa nova geração teve acesso a bens materiais e atenção às suas vontades como nunca antes. Isso criou um problema: o jovem não aprendeu a lutar pelo que quer nem a ser competitivo. Em vez de melhorar sua relação com o mundo, ele grita, aponta problemas e espera que alguém os solucione. As redes sociais não ajudam: elas deixaram os vínculos profissionais e pessoais cada vez menos férteis e efêmeros, na base da "curtida". A consequência direta é o surgimento de uma geração apressada, focada no curto prazo e autoritária, que tem dificuldade de ouvir e baixa tolerância ao fracasso. Claro que o trabalho tem um peso importante, mas há outras frentes que ajudam a dar sentido e propósito para a vida, como atividades sociais, relações afetivas e empreendimentos pessoais. Se esses aspectos estiverem ajustados, é provável que a pessoa se sinta satisfeita consigo mesma. SIGMAR MALVEZZI é doutor em psicologia organizacional pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra, e professor da USP (Universidade de São Paulo)
sobretudo
É preciso mesmo amar o trabalho? Compare duas visões opostas DE SÃO PAULO A reportagem da Folha convidou dois especialistas para avaliar se a paixão pelo trabalho, característica comum entre a Geração Y, nascida entre 1980 e 1995, é mesmo tão importante. Beatriz Braga, professora da FGV, acha que é fundamental gostar do que faz, enquanto Sigmar Malvezzi, da USP, afirma que a frustração faz parte da construção de uma trajetória profissional. * SIM É legítimo buscar um sentido na vida profissional Gostar do trabalho e encontrar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal é muito importante, se não fundamental, para qualquer pessoa, não apenas para os jovens da geração Y. Não se trata de transformar o emprego em hobby, mas de achar um cargo que, além do salário no fim do mês, lhe traga algum significado à vida e seja desafiador. Os millenials não têm medo de errar. Nessa busca por um sentido dentro do ambiente de trabalho, fundam negócios sem ter certeza se a empreitada dará certo. O foco deixou de ser uma progressão de carreira tradicional -de assistente júnior a gerente- e passou a ser criar algo diferente e testar funções. Pular de galho em galho faz parte da trajetória profissional desse jovem. Novas competências, alinhadas aos avanços tecnológicos, criaram um leque gigantesco de escolhas, que vão muito além das que seus pais ou avós tiveram. Natural que tanta opção gere angústia e curiosidade. Esses jovens se perguntam se estão no caminho certo porque o universo profissional está cada vez mais complexo. Os millenials não são mimados: eles acreditam que merecem equilíbrio, canais abertos com a chefia e feedbacks mais constantes. Eles exigem suas prerrogativas, brigam por espaço e colocam suas questões na mesa. As gerações anteriores, até por terem sido criadas de forma menos aberta ao diálogo, não entendem muito bem essas demandas e podem até resistir às mudanças. Mas as empresas já estão entendendo que precisam se adaptar. Os gestores devem começar abrindo pontos de contato com esse jovem de forma mais constante, seja mensal, trimestral ou ao fim de um projeto. BEATRIZ BRAGA é doutora em administração de empresas pela USP (Universidade de São Paulo) e professora de gestão de pessoas da FGV (Fundação Getulio Vargas) * NÃO Existem outras fontes de felicidade além do trabalho Muitos jovens hoje têm dificuldade de permanecer em um emprego, seja por alegarem que aquilo não lhes traz propósito ou por não se sentirem reconhecidos. Essa nova geração deve entender que a frustração faz parte da construção da história de qualquer profissional e que todos os investimentos nesse campo devem ser feitos a longo prazo. As pessoas buscam muito reconhecimento na carreira. Faz sentido: o ambiente de trabalho é onde mais se celebram méritos, competências e resultados. Esse tipo de reconhecimento, porém, está cada vez mais raro. O individualismo reina, e essa ênfase em si próprio não se restringe à empresa, afeta também o contexto familiar e social, o que acaba por criar uma legião de jovens sem referencial de reconhecimento, que busca conforto em qualquer lugar. Essa nova geração teve acesso a bens materiais e atenção às suas vontades como nunca antes. Isso criou um problema: o jovem não aprendeu a lutar pelo que quer nem a ser competitivo. Em vez de melhorar sua relação com o mundo, ele grita, aponta problemas e espera que alguém os solucione. As redes sociais não ajudam: elas deixaram os vínculos profissionais e pessoais cada vez menos férteis e efêmeros, na base da "curtida". A consequência direta é o surgimento de uma geração apressada, focada no curto prazo e autoritária, que tem dificuldade de ouvir e baixa tolerância ao fracasso. Claro que o trabalho tem um peso importante, mas há outras frentes que ajudam a dar sentido e propósito para a vida, como atividades sociais, relações afetivas e empreendimentos pessoais. Se esses aspectos estiverem ajustados, é provável que a pessoa se sinta satisfeita consigo mesma. SIGMAR MALVEZZI é doutor em psicologia organizacional pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra, e professor da USP (Universidade de São Paulo)
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Turismo Week terá descontos de até 40% em pacotes de viagens
Segunda-feira (6), começa a sexta edição da Turismo Week, com diversas promoções de viagens. Os descontos chegarão a 40%. Serão 27 dias de vendas, entre 6 de abril e 2 de maio, com embarques em diferentes épocas do ano, e períodos exclusivos para Flórida e Cuba. Catalunha e Alemanha também aparecerão com destaque nas semanas de vendas para destinos em geral. Aqueles que gostariam de viajar para a Flórida, nos EUA, terão 7 dias de ofertas, de 6 a 12 de abril. Já o período exclusivo de promoções para Cuba vai dos dias 13 a 19. A partir do dia 20, diversos destinos terão pacotes em promoção e haverá opções de roteiros nacionais e internacionais, elaborados por mais de 40 associados da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo). Todos os pacotes estarão disponíveis no site turismoweek.com.br. Veja alguns exemplos de pacotes: US$ 1.290, R$ 4.137 (sem promoção seria US$ 1.740, R$ 5.581) Sete noites em Cuba, nos hotéis Deauville, em Havana, e Internacional, em Varadero. Inclui aéreo e café da manhã. Na MGM: mgmoperadora.com.br US$ 1.958, R$ 6.280 (sem promoção: US$ 2.349, R$ 7.534) Com desconto de 20%, pacote de 11 noites no Egito. Inclui café da manhã em todos os hotéis e aéreo. Na CVC: cvc.com.br US$ 1.538, R$ 4.933 (sem promoção: US$ 1.922, R$ 6.165) Pacote com 25% de desconto de sete noites na Tunísia. Inclui café e passeios. Na CVC: cvc.com.br US$ 912 (R$ 2.925) Cinco noites em Cartagena, na Colômbia. Inclui café e aéreo. Na Soft Travel: softtravel.com.br US$ 1.270, R$ 4.073 (sem promoção: US$ 1.428, R$ 4.580) Com desconto de 30%, pacote de quatro diárias em Las Vesgas. Inclui aéreo e café da manhã. Na CVC: cvc.com.br R$ 2.250 (sem promoção: R$ 3.000) Pacote com desconto de 25% de cinco noites em Porto de Galinhas (PE). Inclui aéreo e pensão completa. Na MGM: mgmoperadora.com.br R$ 1.018 Pacote com 35% de desconto de três noites, no Sofitel Jequitimar, no Guarujá (SP). Inclui meia pensão. Na Litoral Verde: litoralverde.com.br R$ 314,55 Duas noites de hospedagem com 35% de desconto no Vila Galé, no Rio de Janeiro. Inclui café da manhã. Na Litoral Verde: litoralverde.com.br
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Turismo Week terá descontos de até 40% em pacotes de viagensSegunda-feira (6), começa a sexta edição da Turismo Week, com diversas promoções de viagens. Os descontos chegarão a 40%. Serão 27 dias de vendas, entre 6 de abril e 2 de maio, com embarques em diferentes épocas do ano, e períodos exclusivos para Flórida e Cuba. Catalunha e Alemanha também aparecerão com destaque nas semanas de vendas para destinos em geral. Aqueles que gostariam de viajar para a Flórida, nos EUA, terão 7 dias de ofertas, de 6 a 12 de abril. Já o período exclusivo de promoções para Cuba vai dos dias 13 a 19. A partir do dia 20, diversos destinos terão pacotes em promoção e haverá opções de roteiros nacionais e internacionais, elaborados por mais de 40 associados da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo). Todos os pacotes estarão disponíveis no site turismoweek.com.br. Veja alguns exemplos de pacotes: US$ 1.290, R$ 4.137 (sem promoção seria US$ 1.740, R$ 5.581) Sete noites em Cuba, nos hotéis Deauville, em Havana, e Internacional, em Varadero. Inclui aéreo e café da manhã. Na MGM: mgmoperadora.com.br US$ 1.958, R$ 6.280 (sem promoção: US$ 2.349, R$ 7.534) Com desconto de 20%, pacote de 11 noites no Egito. Inclui café da manhã em todos os hotéis e aéreo. Na CVC: cvc.com.br US$ 1.538, R$ 4.933 (sem promoção: US$ 1.922, R$ 6.165) Pacote com 25% de desconto de sete noites na Tunísia. Inclui café e passeios. Na CVC: cvc.com.br US$ 912 (R$ 2.925) Cinco noites em Cartagena, na Colômbia. Inclui café e aéreo. Na Soft Travel: softtravel.com.br US$ 1.270, R$ 4.073 (sem promoção: US$ 1.428, R$ 4.580) Com desconto de 30%, pacote de quatro diárias em Las Vesgas. Inclui aéreo e café da manhã. Na CVC: cvc.com.br R$ 2.250 (sem promoção: R$ 3.000) Pacote com desconto de 25% de cinco noites em Porto de Galinhas (PE). Inclui aéreo e pensão completa. Na MGM: mgmoperadora.com.br R$ 1.018 Pacote com 35% de desconto de três noites, no Sofitel Jequitimar, no Guarujá (SP). Inclui meia pensão. Na Litoral Verde: litoralverde.com.br R$ 314,55 Duas noites de hospedagem com 35% de desconto no Vila Galé, no Rio de Janeiro. Inclui café da manhã. Na Litoral Verde: litoralverde.com.br
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Quinta tem bloqueio na rua Santa Ifigênia, estreia de musical de "Ghost" e mega-festival gastronômico
BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 8 de setembro de 2016. Quinta-feira. Bom dia para você que vai encarar essa quinta como a segunda quinta da semana! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Taste of São Paulo | Tem início nesta quinta (8) o festival Taste, que reúne no Clube Hípico de Santo Amaro chefs renomados que servem criações e ministram palestras e aulas práticas. É a primeira vez que o festival, que nasceu em Londres há 13 anos, ocorre na América Latina. Veja a programação completa aqui. O evento segue até domingo (11). Raízes do Brasil | O Museu Afro Brasil recebe a mostra "Portugal Portugueses - Arte Contemporânea", segunda parte da trilogia que homenageia as principais raízes brasileiras (africana, portuguesa e indígena). A exposição traz um panorama da recente produção artística de Portugal realizada entre 1950 e 2016. Há cerca de 270 obras de 40 nomes, como Maria Helena Vieira da Silva. Amor para sempre | Chega ao Brasil nesta quinta o espetáculo "Ghost, o Musical". A peça, que fica em cartaz no teatro Bradesco até 11/12, é baseada no filme "Ghost - Do Outro Lado da Vida", lançado em 1990. Na versão para o teatro, André Loddi e Giulia Nadruz assumem os papéis eternizados no cinema por Patrick Swayze (195202009) e Demi Morre. Ingressos custam de R$ 30 a R$ 190. Sons variados | A banda La Mota, formada em 2012, faz show de pré-lançamento de seu disco de estreia, "Banda LaMota - Con. Vida", que deve ser lançado ainda neste ano. O grupo costura ritmos como jazz, rock, soul e música brasileira de raiz em seus sons. Teatro | Tem início a maratona da quarta edição do Mirada - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, que reúne 43 peças de países como Argentina, Bolívia, Cuba, Portugal e Uruguai. Entre os destaques está a estreia de "Leite Derramado", uma adaptação cênica do romance homônimo de Chico Buarque feita por Roberto Alvim. Veja a programação completa aqui. Futebol | O Corinthians enfrenta o Sport de Recife no Itaquerão pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida tem início previsto para as 19h30. O time paulistano encontra-se na 4ª posição da tabela. O Sport, na 13ª colocação. * PARA TER ASSUNTO 'Acelera SP' | O Ministério Público Eleitoral de de São Paulo emitiu parecer nesta quarta-feira (7) em que diz que o uso do slogan "Acelera SP" por parte da coligação de João Doria (PSDB) "não é admitida" pela Lei Eleitoral e cobra a proibição judicial "imediata" do uso da expressão nas propagandas do candidato tucano. Reportagem publicada pela Folha nesta quarta-feira (7) mostrou que o slogan de Doria é uma cópia de nome dado a programa do governo Geraldo Alckmin. Publicação | Afastada da presidência, Dilma Rousseff (PT) planeja escrever um livro contando os bastidores políticos do processo de impeachment, de acordo com informações de sua assessoria. O livro deve abordar ações de seu mandato. iPhone 7 | A Apple lançou nesta quarta-feira (7) as novas versões do iPhone com poucas mudanças, preço igual (nos Estados Unidos) e foco nos acessórios. A empresa também anunciou novidades para o Apple Watch e o primeiro jogo do personagem Mario para celular. Não há previsão de chegada das novidades ao Brasil. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Câmara Municipal de São Paulo realiza uma audiência pública com o Conselho Municipal de Assistência Social às 9h. Veja a agenda do dia aqui. Estado | A Assembleia Legislativa do Estado de SP promove, das 14h às 19h, audiência Pública em apoio à greve dos Técnicos da Secretaria da Fazenda. Confira a programação do dia aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para esta quinta é de 24ºC, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A mínima deve ficar em 12ºC. Não há previsão de chuva, mas o céu pode ficar nublado por parte do dia. Centro | A rua Santa Ifigênia será interditada entre as avenidas Ipiranga e Cásper Líbero para a realização do evento "Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição", de responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Os bloqueios ocorrem das 20h às 23h30 desta quinta (8), da sexta (9), da próxima quinta (15), da próxima sexta (16), e no dia 22. Bloqueios também serão realizados das 16h às 23h de sábado (10), do próximo sábado (17) e de domingo (18). Centro 2 | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona sul | Zona sul | A rua Arizona, no Brooklyn, será bloqueada entre as ruas Califórnia e Nova York, das 7h desta quinta-feira às 18h de sábado (10) para estacionamento de guindaste e içamento de materiais. A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan.
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Quinta tem bloqueio na rua Santa Ifigênia, estreia de musical de "Ghost" e mega-festival gastronômicoBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 8 de setembro de 2016. Quinta-feira. Bom dia para você que vai encarar essa quinta como a segunda quinta da semana! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Taste of São Paulo | Tem início nesta quinta (8) o festival Taste, que reúne no Clube Hípico de Santo Amaro chefs renomados que servem criações e ministram palestras e aulas práticas. É a primeira vez que o festival, que nasceu em Londres há 13 anos, ocorre na América Latina. Veja a programação completa aqui. O evento segue até domingo (11). Raízes do Brasil | O Museu Afro Brasil recebe a mostra "Portugal Portugueses - Arte Contemporânea", segunda parte da trilogia que homenageia as principais raízes brasileiras (africana, portuguesa e indígena). A exposição traz um panorama da recente produção artística de Portugal realizada entre 1950 e 2016. Há cerca de 270 obras de 40 nomes, como Maria Helena Vieira da Silva. Amor para sempre | Chega ao Brasil nesta quinta o espetáculo "Ghost, o Musical". A peça, que fica em cartaz no teatro Bradesco até 11/12, é baseada no filme "Ghost - Do Outro Lado da Vida", lançado em 1990. Na versão para o teatro, André Loddi e Giulia Nadruz assumem os papéis eternizados no cinema por Patrick Swayze (195202009) e Demi Morre. Ingressos custam de R$ 30 a R$ 190. Sons variados | A banda La Mota, formada em 2012, faz show de pré-lançamento de seu disco de estreia, "Banda LaMota - Con. Vida", que deve ser lançado ainda neste ano. O grupo costura ritmos como jazz, rock, soul e música brasileira de raiz em seus sons. Teatro | Tem início a maratona da quarta edição do Mirada - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, que reúne 43 peças de países como Argentina, Bolívia, Cuba, Portugal e Uruguai. Entre os destaques está a estreia de "Leite Derramado", uma adaptação cênica do romance homônimo de Chico Buarque feita por Roberto Alvim. Veja a programação completa aqui. Futebol | O Corinthians enfrenta o Sport de Recife no Itaquerão pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida tem início previsto para as 19h30. O time paulistano encontra-se na 4ª posição da tabela. O Sport, na 13ª colocação. * PARA TER ASSUNTO 'Acelera SP' | O Ministério Público Eleitoral de de São Paulo emitiu parecer nesta quarta-feira (7) em que diz que o uso do slogan "Acelera SP" por parte da coligação de João Doria (PSDB) "não é admitida" pela Lei Eleitoral e cobra a proibição judicial "imediata" do uso da expressão nas propagandas do candidato tucano. Reportagem publicada pela Folha nesta quarta-feira (7) mostrou que o slogan de Doria é uma cópia de nome dado a programa do governo Geraldo Alckmin. Publicação | Afastada da presidência, Dilma Rousseff (PT) planeja escrever um livro contando os bastidores políticos do processo de impeachment, de acordo com informações de sua assessoria. O livro deve abordar ações de seu mandato. iPhone 7 | A Apple lançou nesta quarta-feira (7) as novas versões do iPhone com poucas mudanças, preço igual (nos Estados Unidos) e foco nos acessórios. A empresa também anunciou novidades para o Apple Watch e o primeiro jogo do personagem Mario para celular. Não há previsão de chegada das novidades ao Brasil. * A POLÍTICA DO DIA A DIA Cidade | A Câmara Municipal de São Paulo realiza uma audiência pública com o Conselho Municipal de Assistência Social às 9h. Veja a agenda do dia aqui. Estado | A Assembleia Legislativa do Estado de SP promove, das 14h às 19h, audiência Pública em apoio à greve dos Técnicos da Secretaria da Fazenda. Confira a programação do dia aqui. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para esta quinta é de 24ºC, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A mínima deve ficar em 12ºC. Não há previsão de chuva, mas o céu pode ficar nublado por parte do dia. Centro | A rua Santa Ifigênia será interditada entre as avenidas Ipiranga e Cásper Líbero para a realização do evento "Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição", de responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Os bloqueios ocorrem das 20h às 23h30 desta quinta (8), da sexta (9), da próxima quinta (15), da próxima sexta (16), e no dia 22. Bloqueios também serão realizados das 16h às 23h de sábado (10), do próximo sábado (17) e de domingo (18). Centro 2 | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona sul | Zona sul | A rua Arizona, no Brooklyn, será bloqueada entre as ruas Califórnia e Nova York, das 7h desta quinta-feira às 18h de sábado (10) para estacionamento de guindaste e içamento de materiais. A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan.
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As ruínas do PT e da política
RIO DE JANEIRO - O PT terminou seu 5º Congresso Nacional sem que saibamos bem se o partido está com ou contra o ajuste de Dilma e Levy; se rejeita ou não o dinheiro privado para campanhas; se insistirá na aliança com o PMDB ou buscará alternativas para rompê-la. É aterrorizante ver como está instável uma legenda que ocupa a Presidência há quase 13 anos. Mas o mesmo acontece com outras, a começar pelo PSDB, que agora luta contra o que defendia (reeleição, ajuste fiscal) e submete seus votos às armações ilimitadas de Eduardo Cunha. Não há crise na política ou no PT – entendendo por crise uma fase passageira depois da qual se retornará, com possíveis alterações, à situação anterior. Não há para onde voltar. No atacado mundial, o sistema tradicional de representação política está agonizando. Nos estertores, arriscam-se saídas altamente criativas (como as novas forças da Espanha) ou tenta-se prorrogar ao máximo o arbítrio (Venezuela e muitos países africanos). No varejo brasileiro, a camarilha da Câmara corre para aumentar mandatos, poderes e obscurantismos antes que insatisfações da população e investigações do Ministério Público a acuem ou até a desbaratem. O PT constituiu-se, desde sua fundação, em baliza política e ética para se pensar –concordando ou discordando– todos os temas da nossa vida pública. Essa missão histórica foi fragilizada em nome da vitória a qualquer custo (e que custo!). Ruiu a baliza, e com ela esfacelou-se uma divisão de campos ideológicos que ainda se estruturava no país. A desorientação do PT deixou tontos também os opositores. Estamos na hora do monturo. Manda quem entende mais de lixo. O vazio da política é ocupado pela política do vazio. O mau cheiro não é de crise, mas de morte mesmo. Só assim para algo realmente novo nascer.
colunas
As ruínas do PT e da políticaRIO DE JANEIRO - O PT terminou seu 5º Congresso Nacional sem que saibamos bem se o partido está com ou contra o ajuste de Dilma e Levy; se rejeita ou não o dinheiro privado para campanhas; se insistirá na aliança com o PMDB ou buscará alternativas para rompê-la. É aterrorizante ver como está instável uma legenda que ocupa a Presidência há quase 13 anos. Mas o mesmo acontece com outras, a começar pelo PSDB, que agora luta contra o que defendia (reeleição, ajuste fiscal) e submete seus votos às armações ilimitadas de Eduardo Cunha. Não há crise na política ou no PT – entendendo por crise uma fase passageira depois da qual se retornará, com possíveis alterações, à situação anterior. Não há para onde voltar. No atacado mundial, o sistema tradicional de representação política está agonizando. Nos estertores, arriscam-se saídas altamente criativas (como as novas forças da Espanha) ou tenta-se prorrogar ao máximo o arbítrio (Venezuela e muitos países africanos). No varejo brasileiro, a camarilha da Câmara corre para aumentar mandatos, poderes e obscurantismos antes que insatisfações da população e investigações do Ministério Público a acuem ou até a desbaratem. O PT constituiu-se, desde sua fundação, em baliza política e ética para se pensar –concordando ou discordando– todos os temas da nossa vida pública. Essa missão histórica foi fragilizada em nome da vitória a qualquer custo (e que custo!). Ruiu a baliza, e com ela esfacelou-se uma divisão de campos ideológicos que ainda se estruturava no país. A desorientação do PT deixou tontos também os opositores. Estamos na hora do monturo. Manda quem entende mais de lixo. O vazio da política é ocupado pela política do vazio. O mau cheiro não é de crise, mas de morte mesmo. Só assim para algo realmente novo nascer.
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Phelps desiste de nadar os 200 m livre em seletiva olímpica de natação dos EUA
DE SÃO PAULO O nadador norte-americano Michael Phelps, 30, desistiu de tentar classificação olímpica para a prova dos 200 m livre na seletiva de seu país para os Jogos do Rio, que teve início neste domingo (26) em Omaha. Maior medalhista olímpico da história, com 22 pódios (dos quais 18 de ouro), Phelps abriu mão da distância, cujas eliminatórios e semifinais ocorrerão nesta segunda-feira (27). Ele não priorizava uma vaga na disputa individual, mas se ficasse entre os seis primeiros colocados poderia integrar o revezamento 4 x 200 m livre. O nadador conquistou ouro neste revezamento nos Jogos de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele também foi campeão olímpico da distância na China, há oito anos, e deteve o recorde mundial entre 2007 e 2009. Porém, não concorreu em Londres. Com o recuo, Phelps deve se concentrar em obter vaga nas seguintes provas: 100 m borboleta, 200 m borboleta e 200 m medley. O astro ainda está inscrito para nadar os 100 m livre, mas é bem provável que tenta somente obter marca que o gabarite para o revezamento 4 x 100 m livre. CAMPEÃO FORA A surpresa do primeiro dia de disputas da seletiva norte-americana foi o revés de Ryan Lochte, 31, na prova dos 400 m medley. Campeão olímpico em Londres-2012 e bronze em Pequim-2008 e detentor de 11 medalhas olímpicas, ele ficou em terceiro lugar na final e não vai nadá-la nos Jogos do Rio (apenas os dois primeiros de cada distância levam a vaga). Os classificados foram Chase Kalisz e Jay Litherland. Lochte ainda terá chance de nadar nos Jogos do Rio. Ele está inscrito nos 200 m livre, 200 m medley, 100 m livre, 200 m costas e 100 m borboleta.
esporte
Phelps desiste de nadar os 200 m livre em seletiva olímpica de natação dos EUA DE SÃO PAULO O nadador norte-americano Michael Phelps, 30, desistiu de tentar classificação olímpica para a prova dos 200 m livre na seletiva de seu país para os Jogos do Rio, que teve início neste domingo (26) em Omaha. Maior medalhista olímpico da história, com 22 pódios (dos quais 18 de ouro), Phelps abriu mão da distância, cujas eliminatórios e semifinais ocorrerão nesta segunda-feira (27). Ele não priorizava uma vaga na disputa individual, mas se ficasse entre os seis primeiros colocados poderia integrar o revezamento 4 x 200 m livre. O nadador conquistou ouro neste revezamento nos Jogos de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele também foi campeão olímpico da distância na China, há oito anos, e deteve o recorde mundial entre 2007 e 2009. Porém, não concorreu em Londres. Com o recuo, Phelps deve se concentrar em obter vaga nas seguintes provas: 100 m borboleta, 200 m borboleta e 200 m medley. O astro ainda está inscrito para nadar os 100 m livre, mas é bem provável que tenta somente obter marca que o gabarite para o revezamento 4 x 100 m livre. CAMPEÃO FORA A surpresa do primeiro dia de disputas da seletiva norte-americana foi o revés de Ryan Lochte, 31, na prova dos 400 m medley. Campeão olímpico em Londres-2012 e bronze em Pequim-2008 e detentor de 11 medalhas olímpicas, ele ficou em terceiro lugar na final e não vai nadá-la nos Jogos do Rio (apenas os dois primeiros de cada distância levam a vaga). Os classificados foram Chase Kalisz e Jay Litherland. Lochte ainda terá chance de nadar nos Jogos do Rio. Ele está inscrito nos 200 m livre, 200 m medley, 100 m livre, 200 m costas e 100 m borboleta.
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A Força está com a comunidade de cosplay dos cavaleiros jedi
Eu tinha dez anos quando segurei um sabre de luz pela primeira vez. Não era lá grande coisa - só um galho que caiu de uma árvore, coberto de manchas pegajosas de seiva. Mas de certo ponto de vista - 1,20 metro de altura, para ser mais preciso - aquela era uma arma tão elegante quanto qualquer outra que aparecia na minha fita VHS já gasta do "Retorno do Jedi". Para ter a experiência completa, era só fazer o barulho da espada com a boca. É um dia quente de junho em Round Rock, Texas, e como estou descobrindo, a satisfação de infância de segurar um sabre de luz continua. Hoje em dia, é o próprio mecanismo que faz os barulhos. Estou numa demonstração de luta de espadas com sabres de luz com Marc Tucker, cofundador da Lone Star Saber Academy. O sabre de luz dele é pesado. O cabo brilha no sol do Texas, uma réplica perfeita da arma de Anakin Skywalker com a lâmina sendo um tubo branco de alumínio industrial reforçado. Um botão na base do cabo inicia os assovios típicos. O som flutua conforme movo o sabre, e quando encontro minha lâmina contra a espada do meu oponente, ela faz o barulho de raios de luz se chocando. Tucker sinaliza com a cabeça. "É o cartão de som", ele diz, pegando o sabre de luz e batendo no botão no cabo. "Ele mede a maneira que a lâmina se move. Só os modelos mais caros têm isso." Ele me entrega o modelo mais barato que eu estava usando antes, que brilha mas não faz nenhum barulho. "Vamos lá", ele diz. E balança a lâmina de Anakin Skywalker, a descendo em direção ao meu rosto. Os sabres de luz se chocam. Tucker e a Lone Star Saber Academy são o tipo mais dedicado de fãs de "Guerra nas Estrelas". Esses caras transformaram o sonho de infância de lutar com sabres de luz em uma prática, criando uma pequena organização que coreografa batalhas, ensina crianças e promove ações de caridade na comunidade. Eles também são parte de uma comunidade maior dedicada a trazer o caminho jedi para as massas. E se eles não estão transmitindo explicitamente uma crença em equilíbrio e disciplina para as pessoas, pelo menos ensinam disciplina através das lutas com espada. Robert Paske é um americano que mora em Tóquio e chefe de um ramo local da Saber Guild, um grupo sem fins lucrativos que realiza coreografias com sabres de luz para eventos de caridade. De acordo com Paske, a comunidade de cosplay de "Guerra nas Estrelas" está crescendo. "Há grupos grandes principais, como o 501st, Rebel Legion e Saber Guild", ele disse à VICE por e-mail, "sem mencionar pessoas que não fazem parte de nenhuma organização - vi muita gente participando do 4 de maio este ano. E com os novos filmes chegando, acho que vamos ver muito mais pessoas nas convenções e outros eventos". A maioria dos praticantes de lutas com sabres de luz compram as espadas, diz Paske - ele tem várias Ultrasabers, que resistem a ataques constantes de outros sabres. Outras espadas, ele diz, têm luzes LED nas lâminas, o que permite um "efeito de estendimento", o que é bom para coreografias mas não para a luta em si - um golpe forte com uma dessas e você pode acabar com um sabre quebrado. Há uma variedade impressionante de estilos de punho e lâmina oferecida por vários fabricantes, mas muita gente ainda escolhe construir sua própria espada. Paske tem experiência com artes marciais, o que ele utiliza em suas lutas com o sabre de luz. "O sabre de luz é uma mistura de outros estilos de espada, com movimentos alterados para coreografia", ele diz. "Faço aulas de espada japonesa nos finais de semana, já fiz esgrima, e no meu treinamento em artes marciais também trabalhei com bo; e fiz um pouco de Escrima. isso tudo se mistura na coreografia do sabre de luz. Às vezes, pegamos um movimento e o fazemos maior, mais extravagantes, ou algo que seria considerado um erro numa apresentação real de espada, para tornar as coisas mais dinâmicas e visualmente interessantes para o público, mas isso ainda é um cruzamento de estilos reais e ter experiência numa arte marcial ou com espadas é uma grande vantagem em termos de movimento e trabalho dos pés." Mas experiência com artes marciais não é obrigatório, ele também aponta - seu ramo da Saber Guild tem vários membros que começaram sem isso. "Como eu gosto de dizer: 'Todo mundo começa do zero, mas todo mundo tem um zero diferente'." Darth Maul cutting practice As origens de Tucker são um pouco diferentes. Um homem de 40 e poucos anos, ele é um ex-conselheiro de jovens e atualmente um cineasta independente que trabalha no serviço ao cliente da Sears. Eles se encantou com Star Wars desde que seu pai o levou para assistir o primeiro filme em 1977. Marc tinha quatro anos na época. "Sempre me interessei por cavaleiros medievais", ele diz. "Vi os sabres de luz na tela e fiquei hipnotizado." Nas décadas seguintes, ele se mudou de Idaho para a Flórida e depois Texas, criando ou participando de fã clubes locais de "Guerra nas Estrelas". Na Flórida, ele pode conhecer dois dos grupos de cosplay mais bem organizados: o 501st o New York Jedi. O 501st, um grupo de voluntários que se vestem como stormtroopers e outros oficiais do Império para levantar dinheiro para a caridade, existe há tanto tempo que já foi consagrado no antigo Universo Expandido de Guerra nas Estrelas (vários livros, jogos e programas de televisão licenciados, cujo conceito foi descartado quando a Disney comprou os direitos da franquia). Depois da fundação oficial do grupo em 1997, o autor peso-pesado Timothy Zahn incluiu o grupo como legião pessoal de Vader em seu romance de 2004 Survivor's Quests, e eles já apareceram em outros meios oficiais da série desde então. O New York Jedi, segundo o site, é um grupo de combates ensaiados que começou em 2005 e que enfatiza mais performances teatrais. Eles não se aderem a nenhum cânone específico de "Guerra nas Estrelas", permitindo que os praticantes se divirtam criando seus próprios personagens e misturando luta de espada marcial tradicional e técnicas de luta ensaiada. Eles chegaram às manchetes alguns anos atrás quando Flynn Michael, fundador do New York Jedi, teve seu sabre de luz roubado num bar no Brooklyn por um cara que dizia ser um emissário do Sith. Tucker flertou com o 501st, mas ele queria fazer um personagem sith e isso ia contra as regras do grupo. O New York Jedi se mostrou mais do gosto dele, com sua mistura de fantasias e coreografia. Quando chegou a Austin em 2006, ele percebeu que a comunidade dos sabres de luz estava começando a crescer pelo país. Ele decidiu então começar seu próprio grupo, um que casasse as fantasias elaboradas e a caridade do 501st com diversão com espadas do New York Jedi. Com isso em mente, Tucker e seu amigo Mike Jackson cofundaram o Lone Star Saber Academy em 2010. O objetivo do grupo era oferecer uma oportunidade para fãs interessados - tanto novos como velhos - praticarem e atuarem com sabres de luz. As principais atividades deles visavam famílias, que traziam as crianças para serem ensinadas ou os contratavam para lutar em festas de aniversário, onde eles misturavam performances de esgrima e tutorial de interpretação de combate para as crianças. Os sabres de luz usados nos treinos vão de canos de PVC enrolados em espuma a réplicas da Ultrasaber de $80 até lâminas pessoais bem mais caras, que podem chegar a até $500. Tanto os grupos de Paske como o Tucker focam bastante em caridade. "Temos um evento chegando para as Olimpíadas Especiais aqui no Japão", disse Paske. "Aparecemos num evento da Cruz Vermelha e o US Saber Guild já fez vários trabalhos para a Make-A-Wish. Também há o aspecto social. Temos cerca de 15 membros 'regulares' participando de nossos treinamentos locais e é sempre divertido encontrar pessoas com interesses similares aos seus." O Lone Star Saber Academy é um grupo pequeno - atualmente apenas três pessoas comparecem regularmente aos treinos semanais - mas eles já chegaram a ter dez membros comprometidos, um número decente para um grupo que opera principalmente no bairro suburbano de Round Rock em Austin. A taxa de inscrição do grupo vai para a compra ou construção de sabres de treinamento e fantasias, ou para a caridade. "Doamos mais de $1.200 para o Austin Disaster Relief Network, disse Tucker, "e já ajudamos com a bolsa John Speasmaker para oficinas de bateria e ritmo de Round Rock." Outros eventos incluem lutas teatrais durante festivais locais. Tucker não tinha experiência com interpretação de lutas ou artes marciais, e como resultado, o treinamento para iniciantes do Lone Star Saber Academy se baseia muito nas regras de esgrima da Society for Creative Anachronisms, uma organização dedicada a ajudar a recriar a Renascença e a Idade Média de maneira apropriada. São oito pontos de contato aceitáveis entre os lutadores, ele diz, incluindo cabeça, ombros, membros e pés. "Outros grupos utilizam outras formas de combate reconhecidas no cânone de 'Guerra nas Estrelas'", ele disse à VICE. "Nosso grupo não reconhece isso formalmente, então não posso listar todos. Há o Shii-Cho, que é o básico, e há a forma de agressão e alguns outros. Isso foi inventado por pessoas que têm experiência com espadas, que dizem: 'Isso é o que vi no estilo de luta de Anakin. Chamamos isso de Arturo. Isso é o que vimos no estilo de Mace Windu, temos outro nome para isso'." Apesar da falta de treinamento formal, Tucker é rápido e ágil com seu sabre de luz. Depois de me mostrar as primeiras oito formações - golpes básicos, bloqueios - começamos a treinar, nos movendo pelo chão de concreto quente, os sabres de luz se chocando um com o outro. Quando acidentalmente bato na mão dele com meu sabre, ele nem pisca. "Acontece", ele diz. "Você não pode mostrar isso quando estiver se apresentando." Por mais regulada que sejam as formações da Lone Star Saber Academy, os movimento em velocidade normal ainda parecem incrivelmente fluídos. Foi fácil imaginar que o tubo de alumínio nas minhas mãos era uma espada de verdade. O sol acaba ficando quente demais para lutar, então andamos de volta até a caixa de sabres de Tucker e seu kit de fantasias, deixados numa mesa de piquenique. Ele me mostra sua fantasia - um manto preto longo que ele encontrou numa caixa de coleta de doações de sua igreja em Boise - começamos a falar sobre a cultura dos fãs que cerca os filmes. Tucker, ao que parece, é o tipo mais raro de fã de "Guerra nas Estrelas": ele gostou da notória trilogia de prequela. "Todo mundo compara a trilogia original com as prequelas", ele me disse. "Meu eu cineasta vê isso assim: as prequelas são a visão original de George Lucas. Ele fez a edição especial da trilogia original, e as pessoas reclamaram, mas a tecnologia não existia para que ele desse sua visão real na época. Então, de uma perspectiva de cineasta, eu acho 'É, vai nessa, George!'" E os filmes em si? "Adorei ver o auge dos jedis", ele diz, dando de ombros. "Poderíamos ter passado sem o Jar Jar. O Anakin poderia ter sido dirigido melhor para não parecer tão chorão." Mas como ele aponta, se você perguntar para uma criança o que ela achou depois de ver as prequelas, elas vão aceitar os filmes sem o preconceito dos fanboys. "É Guerra nas Estrelas para elas, tanto quanto a trilogia original." É uma abordagem que reflete os temas de equilíbrio importantes para o caminho jedi - como Tucker aponta: "muitas coisas dependem do seu ponto de vista". Com a estreia de "Star Wars: O Despertar da Força" em 18 de dezembro, um interesse renovado no universo de "Guerra nas Estrelas" está surgindo. "Todo mundo vai querer ser jedi de novo", diz Tucker. "Vamos poder dizer: 'OK, somos jedis, venha se juntar a nós. Vamos te ensinar como interpretar uma luta. Isso vai ficar parecido com o que você viu no cinema? Bom, só depende de você. Mas vamos te ajudar a começar'." Tradução de MARINA SCHNOOR Leia no site da Vice: A Força Está com a Comunidade de Cosplay dos Cavaleiros Jedi
vice
A Força está com a comunidade de cosplay dos cavaleiros jediEu tinha dez anos quando segurei um sabre de luz pela primeira vez. Não era lá grande coisa - só um galho que caiu de uma árvore, coberto de manchas pegajosas de seiva. Mas de certo ponto de vista - 1,20 metro de altura, para ser mais preciso - aquela era uma arma tão elegante quanto qualquer outra que aparecia na minha fita VHS já gasta do "Retorno do Jedi". Para ter a experiência completa, era só fazer o barulho da espada com a boca. É um dia quente de junho em Round Rock, Texas, e como estou descobrindo, a satisfação de infância de segurar um sabre de luz continua. Hoje em dia, é o próprio mecanismo que faz os barulhos. Estou numa demonstração de luta de espadas com sabres de luz com Marc Tucker, cofundador da Lone Star Saber Academy. O sabre de luz dele é pesado. O cabo brilha no sol do Texas, uma réplica perfeita da arma de Anakin Skywalker com a lâmina sendo um tubo branco de alumínio industrial reforçado. Um botão na base do cabo inicia os assovios típicos. O som flutua conforme movo o sabre, e quando encontro minha lâmina contra a espada do meu oponente, ela faz o barulho de raios de luz se chocando. Tucker sinaliza com a cabeça. "É o cartão de som", ele diz, pegando o sabre de luz e batendo no botão no cabo. "Ele mede a maneira que a lâmina se move. Só os modelos mais caros têm isso." Ele me entrega o modelo mais barato que eu estava usando antes, que brilha mas não faz nenhum barulho. "Vamos lá", ele diz. E balança a lâmina de Anakin Skywalker, a descendo em direção ao meu rosto. Os sabres de luz se chocam. Tucker e a Lone Star Saber Academy são o tipo mais dedicado de fãs de "Guerra nas Estrelas". Esses caras transformaram o sonho de infância de lutar com sabres de luz em uma prática, criando uma pequena organização que coreografa batalhas, ensina crianças e promove ações de caridade na comunidade. Eles também são parte de uma comunidade maior dedicada a trazer o caminho jedi para as massas. E se eles não estão transmitindo explicitamente uma crença em equilíbrio e disciplina para as pessoas, pelo menos ensinam disciplina através das lutas com espada. Robert Paske é um americano que mora em Tóquio e chefe de um ramo local da Saber Guild, um grupo sem fins lucrativos que realiza coreografias com sabres de luz para eventos de caridade. De acordo com Paske, a comunidade de cosplay de "Guerra nas Estrelas" está crescendo. "Há grupos grandes principais, como o 501st, Rebel Legion e Saber Guild", ele disse à VICE por e-mail, "sem mencionar pessoas que não fazem parte de nenhuma organização - vi muita gente participando do 4 de maio este ano. E com os novos filmes chegando, acho que vamos ver muito mais pessoas nas convenções e outros eventos". A maioria dos praticantes de lutas com sabres de luz compram as espadas, diz Paske - ele tem várias Ultrasabers, que resistem a ataques constantes de outros sabres. Outras espadas, ele diz, têm luzes LED nas lâminas, o que permite um "efeito de estendimento", o que é bom para coreografias mas não para a luta em si - um golpe forte com uma dessas e você pode acabar com um sabre quebrado. Há uma variedade impressionante de estilos de punho e lâmina oferecida por vários fabricantes, mas muita gente ainda escolhe construir sua própria espada. Paske tem experiência com artes marciais, o que ele utiliza em suas lutas com o sabre de luz. "O sabre de luz é uma mistura de outros estilos de espada, com movimentos alterados para coreografia", ele diz. "Faço aulas de espada japonesa nos finais de semana, já fiz esgrima, e no meu treinamento em artes marciais também trabalhei com bo; e fiz um pouco de Escrima. isso tudo se mistura na coreografia do sabre de luz. Às vezes, pegamos um movimento e o fazemos maior, mais extravagantes, ou algo que seria considerado um erro numa apresentação real de espada, para tornar as coisas mais dinâmicas e visualmente interessantes para o público, mas isso ainda é um cruzamento de estilos reais e ter experiência numa arte marcial ou com espadas é uma grande vantagem em termos de movimento e trabalho dos pés." Mas experiência com artes marciais não é obrigatório, ele também aponta - seu ramo da Saber Guild tem vários membros que começaram sem isso. "Como eu gosto de dizer: 'Todo mundo começa do zero, mas todo mundo tem um zero diferente'." Darth Maul cutting practice As origens de Tucker são um pouco diferentes. Um homem de 40 e poucos anos, ele é um ex-conselheiro de jovens e atualmente um cineasta independente que trabalha no serviço ao cliente da Sears. Eles se encantou com Star Wars desde que seu pai o levou para assistir o primeiro filme em 1977. Marc tinha quatro anos na época. "Sempre me interessei por cavaleiros medievais", ele diz. "Vi os sabres de luz na tela e fiquei hipnotizado." Nas décadas seguintes, ele se mudou de Idaho para a Flórida e depois Texas, criando ou participando de fã clubes locais de "Guerra nas Estrelas". Na Flórida, ele pode conhecer dois dos grupos de cosplay mais bem organizados: o 501st o New York Jedi. O 501st, um grupo de voluntários que se vestem como stormtroopers e outros oficiais do Império para levantar dinheiro para a caridade, existe há tanto tempo que já foi consagrado no antigo Universo Expandido de Guerra nas Estrelas (vários livros, jogos e programas de televisão licenciados, cujo conceito foi descartado quando a Disney comprou os direitos da franquia). Depois da fundação oficial do grupo em 1997, o autor peso-pesado Timothy Zahn incluiu o grupo como legião pessoal de Vader em seu romance de 2004 Survivor's Quests, e eles já apareceram em outros meios oficiais da série desde então. O New York Jedi, segundo o site, é um grupo de combates ensaiados que começou em 2005 e que enfatiza mais performances teatrais. Eles não se aderem a nenhum cânone específico de "Guerra nas Estrelas", permitindo que os praticantes se divirtam criando seus próprios personagens e misturando luta de espada marcial tradicional e técnicas de luta ensaiada. Eles chegaram às manchetes alguns anos atrás quando Flynn Michael, fundador do New York Jedi, teve seu sabre de luz roubado num bar no Brooklyn por um cara que dizia ser um emissário do Sith. Tucker flertou com o 501st, mas ele queria fazer um personagem sith e isso ia contra as regras do grupo. O New York Jedi se mostrou mais do gosto dele, com sua mistura de fantasias e coreografia. Quando chegou a Austin em 2006, ele percebeu que a comunidade dos sabres de luz estava começando a crescer pelo país. Ele decidiu então começar seu próprio grupo, um que casasse as fantasias elaboradas e a caridade do 501st com diversão com espadas do New York Jedi. Com isso em mente, Tucker e seu amigo Mike Jackson cofundaram o Lone Star Saber Academy em 2010. O objetivo do grupo era oferecer uma oportunidade para fãs interessados - tanto novos como velhos - praticarem e atuarem com sabres de luz. As principais atividades deles visavam famílias, que traziam as crianças para serem ensinadas ou os contratavam para lutar em festas de aniversário, onde eles misturavam performances de esgrima e tutorial de interpretação de combate para as crianças. Os sabres de luz usados nos treinos vão de canos de PVC enrolados em espuma a réplicas da Ultrasaber de $80 até lâminas pessoais bem mais caras, que podem chegar a até $500. Tanto os grupos de Paske como o Tucker focam bastante em caridade. "Temos um evento chegando para as Olimpíadas Especiais aqui no Japão", disse Paske. "Aparecemos num evento da Cruz Vermelha e o US Saber Guild já fez vários trabalhos para a Make-A-Wish. Também há o aspecto social. Temos cerca de 15 membros 'regulares' participando de nossos treinamentos locais e é sempre divertido encontrar pessoas com interesses similares aos seus." O Lone Star Saber Academy é um grupo pequeno - atualmente apenas três pessoas comparecem regularmente aos treinos semanais - mas eles já chegaram a ter dez membros comprometidos, um número decente para um grupo que opera principalmente no bairro suburbano de Round Rock em Austin. A taxa de inscrição do grupo vai para a compra ou construção de sabres de treinamento e fantasias, ou para a caridade. "Doamos mais de $1.200 para o Austin Disaster Relief Network, disse Tucker, "e já ajudamos com a bolsa John Speasmaker para oficinas de bateria e ritmo de Round Rock." Outros eventos incluem lutas teatrais durante festivais locais. Tucker não tinha experiência com interpretação de lutas ou artes marciais, e como resultado, o treinamento para iniciantes do Lone Star Saber Academy se baseia muito nas regras de esgrima da Society for Creative Anachronisms, uma organização dedicada a ajudar a recriar a Renascença e a Idade Média de maneira apropriada. São oito pontos de contato aceitáveis entre os lutadores, ele diz, incluindo cabeça, ombros, membros e pés. "Outros grupos utilizam outras formas de combate reconhecidas no cânone de 'Guerra nas Estrelas'", ele disse à VICE. "Nosso grupo não reconhece isso formalmente, então não posso listar todos. Há o Shii-Cho, que é o básico, e há a forma de agressão e alguns outros. Isso foi inventado por pessoas que têm experiência com espadas, que dizem: 'Isso é o que vi no estilo de luta de Anakin. Chamamos isso de Arturo. Isso é o que vimos no estilo de Mace Windu, temos outro nome para isso'." Apesar da falta de treinamento formal, Tucker é rápido e ágil com seu sabre de luz. Depois de me mostrar as primeiras oito formações - golpes básicos, bloqueios - começamos a treinar, nos movendo pelo chão de concreto quente, os sabres de luz se chocando um com o outro. Quando acidentalmente bato na mão dele com meu sabre, ele nem pisca. "Acontece", ele diz. "Você não pode mostrar isso quando estiver se apresentando." Por mais regulada que sejam as formações da Lone Star Saber Academy, os movimento em velocidade normal ainda parecem incrivelmente fluídos. Foi fácil imaginar que o tubo de alumínio nas minhas mãos era uma espada de verdade. O sol acaba ficando quente demais para lutar, então andamos de volta até a caixa de sabres de Tucker e seu kit de fantasias, deixados numa mesa de piquenique. Ele me mostra sua fantasia - um manto preto longo que ele encontrou numa caixa de coleta de doações de sua igreja em Boise - começamos a falar sobre a cultura dos fãs que cerca os filmes. Tucker, ao que parece, é o tipo mais raro de fã de "Guerra nas Estrelas": ele gostou da notória trilogia de prequela. "Todo mundo compara a trilogia original com as prequelas", ele me disse. "Meu eu cineasta vê isso assim: as prequelas são a visão original de George Lucas. Ele fez a edição especial da trilogia original, e as pessoas reclamaram, mas a tecnologia não existia para que ele desse sua visão real na época. Então, de uma perspectiva de cineasta, eu acho 'É, vai nessa, George!'" E os filmes em si? "Adorei ver o auge dos jedis", ele diz, dando de ombros. "Poderíamos ter passado sem o Jar Jar. O Anakin poderia ter sido dirigido melhor para não parecer tão chorão." Mas como ele aponta, se você perguntar para uma criança o que ela achou depois de ver as prequelas, elas vão aceitar os filmes sem o preconceito dos fanboys. "É Guerra nas Estrelas para elas, tanto quanto a trilogia original." É uma abordagem que reflete os temas de equilíbrio importantes para o caminho jedi - como Tucker aponta: "muitas coisas dependem do seu ponto de vista". Com a estreia de "Star Wars: O Despertar da Força" em 18 de dezembro, um interesse renovado no universo de "Guerra nas Estrelas" está surgindo. "Todo mundo vai querer ser jedi de novo", diz Tucker. "Vamos poder dizer: 'OK, somos jedis, venha se juntar a nós. Vamos te ensinar como interpretar uma luta. Isso vai ficar parecido com o que você viu no cinema? Bom, só depende de você. Mas vamos te ajudar a começar'." Tradução de MARINA SCHNOOR Leia no site da Vice: A Força Está com a Comunidade de Cosplay dos Cavaleiros Jedi
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