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A Prefeitura de São Paulo atendeu a uma determinação do TCM (Tribunal de Contas do Município) dada um dia antes e suspendeu na manhã desta quinta-feira (16) o processo de licitação para a concessão por 35 anos do complexo esportivo do Pacaembu.A gestão Bruno Covas (PSDB) chegou a receber quatro propostas, sendo uma delas após o prazo determinado das 10h30. Com a suspensão da licitação por tempo indeterminado, todas as propostas foram lacradas. A sessão de abertura dos envelopes nem sequer chegou a ser iniciada. O TCM questiona a forma como deverão ser comprovadas a qualificação das empresas que pretendem assumir o estádio.As empresas que enviaram as propostas são a Construcap CCPS, Consórcio Patrimônio SP e Consórcio Arena Pacaembu. A W Torre fez a quarta proposta, às 10h33, três minutos após o prazo. A prefeitura agora irá analisar a inclusão ou não desta proposta futuramente no grupo de interessados.O valor mínimo de outorga que deve ser pago pelas interessadas é de R$ 37 milhões. O vencedor será o consórcio que oferecer o maior valor. A prefeitura projeta R$ 500 milhões em ganhos ao município em mais de três décadas, incluindo outorga, investimentos e novos impostos. A Construcap é uma empreiteira com experiência na construção de hospitais, centros educacionais e o Templo de Salomão, na zona leste. O consórcio Arena Pacaembu é formado pela Universidade Brasil com parceria com o Santos Futebol Clube. A ideia do consórcio é fazer com que o clube paulista tenha jogos no estádio do Pacaembu como mandante. O consórcio negocia também uma parceria com o Flamengo. O consórcio Patrimônio SP é formado pela companhia de engenharia PROGEN e pela Savona Fundo de Investimentos. A construtora W Torre atualmente administra o estádio do Palmeiras, na Barra-Funda.O clima foi de frustração por parte das empresas e de representantes da Prefeitura de São Paulo, após o anúncio de suspensão da licitação. "Eu estou muito frustrado, muito frustrado, com essa excepcionalidade acontecida ontem no tribunal [TCM]", disse o secretário municipal de desestatização, Wilson Poit.Segundo ele, a prefeitura e o TCM tinham anteriormente acordado sobre os termos da licitação. "Ficamos muito surpresos. Esse edital tem um ano de conversa e dois adiamentos, sempre a pedido deles. Havia um alinhamento com o relator, ultimamente. Todas as dúvidas estavam dirimidas".​Nesta quarta (15), como adiantou a Folha, o TCM havia barrado a concessão, em uma ducha de água fria para a gestão Covas, que contava com ela neste momento como a primeira do grande pacote de privatizações anunciado pela gestão tucana, iniciada por João Doria (PSDB) em 2017.Doria é candidato ao governo do estado e também contava com a concessão do Pacaembu como primeiro grande triunfo de seu programa, sobre o qual poderia capitalizar durante sua campanha.A suspensão da concessão pelo tribunal não tem prazo definido para ser concluída, o que significa que pode ficar para apenas depois das eleições de outubro.​Esse é o episódio mais agudo de relação tensa que a prefeitura e o TCM têm mantido desde o início da passagem de Doria pela gestão municipal. O projeto de concessão dos cemitérios foi barrado por sete meses, em sua fase inicial, entre 2017 e 2018. A privatização do Anhembi e o projeto de revitalização de pontes das marginais também foram alvos de questionamentos dos conselheiros do órgão.Covas tentou colocar panos quentes no relacionamento desde que virou prefeito, em abril, mas tem sofrido tanto quanto o antecessor com as decisões do TCM. Em junho, a poucos dias do anúncio das empresas vencedoras da licitação de ônibus, o conselheiro Edson Simões (TCM) decidiu suspender o processo. Ele encontrou 51 irregularidades e 20 inconformidades no edital.Pelo planejamento de Doria, já deveriam estar nas mãos da iniciativa privada pelo menos o primeiro pacote de parques, que inclui o Ibirapuera, os cemitérios e o Anhembi.Baseados em relatório dos auditores, os conselheiros acharam problemas no edital da prefeitura. Um deles, o principal, é a possibilidade de que atestados de qualificação técnica para realizar obras sejam apresentados por uma empresa terceirizada, e não pela própria empresa concessionária.Os conselheiros argumentam que não há previsão legal para isso e que experiência prévia deveria ser cobrada da concessionária, e não de uma empresa contratada por ela para realizar serviços.Na prefeitura a argumentação foi vista como limitante à concorrência. A cobrança por experiência prévia tenderia a restringir a concorrência às empresas que já dominam o setor de construção, reformas e manutenção de arenas.A gestão Covas diz que a reforma do complexo após a concessão deverá seguir os parâmetros definidos em projeto aprovado pela prefeitura e por órgãos de preservação do patrimônio municipal e estadual (Conpresp e Condephaat). Ele foi elaborado por consórcio do qual participa empresa do ex-jogador Raí.A intervenção mais radical é a derrubada do tobogã para a construção de um edifício translúcido, reduzindo a capacidade do estádio de 40.199 para 26.824 pessoas.Esse edifício multiuso deve ter sua vocação definida pelo consórcio ganhador. Possibilidades que já chegaram à mesa da prefeitura envolvem a criação de hotel, restaurantes, escritórios para empresas de inovação (uma espécie de incubadora) e uma faculdade.No subsolo do edifício deve ser construído um estacionamento com 650 vagas. O piso térreo funcionaria como uma passagem entre o estádio e o centro esportivo, dissolvendo a barreira imposta pelo tobogã —que, para a empresa, teria "baixa qualidade arquitetônica", deturparia o conceito original do estádio (foi construído depois) e ofereceria uma visão ruim do campo.Além disso, há a intenção de instalação de coberturas nas arquibancadas laterais (leste e oeste) e a completa reforma das instalações hidráulica e elétrica —no ano passado, diversas partidas de futebol no estádio foram interrompidas devido a quedas de energia.O edital abrange o estádio e o clube e não engloba o Museu do Futebol, que pertence ao governo do estado, nem a praça Charles Miller.Segundo a prefeitura, está garantido no edital que nada mudará para aqueles que frequentam o clube, que continuará aberto gratuitamente para a população que desfruta das piscinas e quadras. Atualmente, basta fazer um cadastro na secretaria do clube para ter acesso a ele.​
cotidiano
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A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) divulgou nesta quarta-feira (14) o primeiro boletim com informações sobre o estado de saúde do técnico da seleção masculina, Renan Dal Zotto, e do vice-presidente da entidade, Radamés Lattari. Ambos contraíram Covid-19.O caso do dirigente desperta mais preocupação. Radamés, 63, está internado desde sexta-feira (9) em um hospital no Rio de Janeiro e precisou ser intubado no centro de tratamento intensivo (CTI).“Radamés está internado no CTI, intubado, com parâmetros protetores e já sem bloqueador neuromuscular e segue clinicamente estável e com boa perspectiva”, afirmou a CBV em nota.Já o treinador Renan, 60, encontra-se em sua residência. Além de ter contraído o coronavírus, ele teve uma pneumonia bacteriana. “Renan está em casa, com poucos sintomas do novo coronavírus e já sendo medicado também para uma pneumonia bacteriana diagnosticada nos últimos dias”, disse a confederação.Os dois testes positivos para o coronavírus deixam em xeque a tentativa da CBV de criar uma "bolha sanitária" no centro de desenvolvimento da entidade, em Saquarema (RJ).Renan e Radamés frequentaram o local recentemente e estiveram juntos na decisão da Superliga feminina, realizada em Saquarema na semana passada. O dirigente inclusive participou da premiação do torneio, vencido pelo Itambé/Minas, e entregou a taça para a capitã Carol Gattaz.A reta final da Superliga masculina também é realizada no local. EMS Taubaté Funvic e Minas Tênis Clube decidirão o título a partir desta quarta, às 19h, em série melhor de três jogos. O segundo confronto está previsto para sexta (16). O último, se necessário, será no domingo (18).Com a confirmação dos casos de Radamés e Renan, a CBV reuniu os frequentadores da "bolha", na segunda (12), para nova bateria de testes. “Staff da CBV, componentes das seleções brasileiras e todos os integrantes de EMS Taubaté Funvic (SP) e Minas Tênis Clube (MG) testaram negativo”, informou a confederação.A tentativa de "bolha" em Saquarema foi adotada para que a Superliga pudesse ser concluída –no ano passado, o torneio foi encerrado por conta da pandemia de Covid-19 sem a definição de finalistas e campeões.Primeiro, foi a vez do naipe feminino, com as equipes semifinalistas hospedadas no centro de treinamento entre os dias 25 de março e 6 de abril. Depois, os semifinalistas do masculino entraram no local. As seleções brasileiras também já começaram a se preparar para a Olimpíada de Tóquio em Saquarema.Procurado pela Folha, a entidade não disse se deverá modificar o protocolo adotado no centro de desenvolvimento.
esporte
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A Índia divulgou novas e severas regras legais com o objetivo de restaurar a ordem de seu mercado de apps para táxis. A regulamentação caótica que prevalecia até agora resultou em proibições temporárias às operações do grupo norte-americano Uber e seu rival indiano Ola, e em preocupação grave quanto à segurança das passageiras. As diretrizes ainda não foram divulgadas, mas uma cópia vista pelo "Financial Times" sugere que todos os serviços de carros deverão oferecer "botões de segurança para emergências" e recursos que permitam aos passageiros chamar a polícia em caso de emergência. Também requerem que serviços como o Uber e a Ola, sediada na cidade de Bangalore, que planejam atrair milhares de novos motoristas para suas plataformas nos próximos anos, conduzam verificações rigorosas de seus antecedentes criminais, o que inclui verificar o "bom caráter" dos motoristas. As novas diretrizes fazem da Índia o mais recente país a enfrentar o problema da atualização das normas tradicionais quanto aos táxis a fim de enquadrar serviços como o Uber. Elas se seguem à publicação de um anteprojeto nacional de regulamentação do setor pela China, na semana passada. A segurança das passageiras é uma preocupação especial na Índia, depois que uma mulher de Nova Déli reportou no ano passado ter sido estuprada por um motorista do Uber, o que resultou em proibição temporária às operações do serviço. O Uber está investindo US$ 1 bilhão em uma rápida expansão na Índia —que já representa seu maior mercado fora dos Estados Unidos, em termos do número de cidades em que o serviço opera— mas muitas vezes se viu operando em áreas cinzentas de regulamentação, nos termos das leis indianas. A companhia sediada em San Francisco vinha enfrentando considerável dificuldade diante da mixórdia de diferentes regulamentações antiquadas para os táxis. Poucos Estados ou cidades indianas promulgaram novas regras para os apps de táxis; os que o fizeram, incluindo Nova Déli, muitas vezes causaram batalhas judiciais ou ameaçaram proibir os novos serviços. Os Estados indianos não são obrigados a seguir as novas regras, mas analistas dizem que estas devem prenunciar uma abordagem nacional mais uniforme. "É um passo significativo. A maioria dos Estados estava esperando por isso antes de promulgar suas regras", diz Jaspal Singh, analista de transportes na Valorizer Consultants. "Isso deve evitar que o Uber e a Ola tenham de enfrentar leis diferentes e obsoletas em partes distintas do país". As normas da Índia favorecem os apps de táxis no sentido de que reconhecem os serviços de carros compartilhados como uma forma distinta de serviço de transporte. Tampouco buscam impor regras semelhantes às que existem para os táxis, a exemplo da exibição de um taxímetro visível. O Uber recebeu positivamente as normas, definindo-as como "grande avanço em direção ao reconhecimento de regulamentos setoriais específicos para os serviços de carros de base tecnológica na Índia". No entanto, as regras sugerem condições que imporiam novos custos, por exemplo o de que as operadoras de apps de táxis tenham um "call center 24 horas" obrigatório. Ola e Uber estão investindo pesadamente em serviços de arrendamento mercantil de carros, mas as regras determinam que companhias não podem impedir que motoristas trabalhem para a empresa rival mesmo que tenham ajudado o motorista a financiar a compra do veículo. Singh diz que outras questões, como a de atribuir a responsabilidade judicial pela segurança dos passageiros ao motorista ou à companhia, continuam ambíguas sob as novas regras. "Não está claro de que forma o Uber poderia verificar que um motorista tem 'bom caráter', ou que responsabilidade judicial a empresa teria caso algo dê errado, e por isso ainda há muito a resolver", ele disse. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
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Menos da metade dos brasileiros que tem conta ativa ou inativa do FGTS (45%) pretende sacar até R$ 500 do fundo, segundo pesquisa do Datafolha. Ainda de acordo com o levantamento, 52% não querem retirar o dinheiro e 2% não sabem.Para a nova regra, que entra em vigor em 2020 e permite sacar parte do saldo do FGTS anualmente, a adesão é menor. Apenas 27% dos brasileiros com contas querem usar o saque-aniversário, 67% não querem e 6% não sabem. O levantamento foi realizado entre 29 e 30 de agosto de 2019, com 2.878 entrevistados, em 175 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.A parcela de brasileiros com conta é maior para homens (41%) do que para mulheres (31%). A taxa também é mais alta entre pessoas de 25 a 34 anos (52%) e 35 a 44 anos (47%). Já o menor índice se encontra entre os brasileiros acima de 60 anos (13%). O Nordeste e o Norte são as regiões com a menor parcela de pessoas com contas: 25% e 26%, respectivamente. O índice aumenta de acordo com a escolaridade. Entre brasileiros com ensino fundamental, é de 23%, taxa que passa para 49% para os que têm formação superior. Por outro lado, os mais pobres são os que menos têm contas do FGTS —apenas 28%, entre brasileiros com renda familiar mensal menor que dois salários mínimos.Dentre as pessoas com conta ativa ou inativa, a disposição para sacar até R$ 500 do fundo é maior entre os desempregados que estão procurando trabalho (63%) e freelancers (62%). Segundo a pesquisa, as donas de casa são as mais inclinadas a adotar o modelo de saque-aniversário (45%), dentre as pessoas com conta ativa ou inativa. Mais de 4,5 milhões de pessoas em São Paulo têm dívidas em atraso de até R$ 500. No país, o número chega a 23 milhões, segundo levantamento da Serasa Experian.Em média, essas pessoas têm duas contas atrasadas e negativadas que, juntas, somam até R$ 500, valor que o governo vai liberar para o saque do FGTS a trabalhadores com conta no fundo.Caso optem por regularizar sua situação financeira, cerca de 39 milhões de dívidas em aberto e negativadas vão sair do cadastro de inadimplentes da Serasa.Para educadores do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil, os recursos do FGTS devem ter como destino a quitação de dívidas.“R$ 500 podem parecer pouco para alguns, mas é praticamente a metade de um salário mínimo. Para quem está com contas em atraso, esse recurso extra poderá aliviar o bolso”, afirma Roque Pellizzaro Junior, presidente do órgão.O saque do FGTS começa a cair na próxima semana na conta de quem tem poupança na Caixa. A partir de 13 de setembro, até R$ 500 de cada conta do fundo serão depositados automaticamente na poupança.Quem não tem conta no banco poderá sacar o dinheiro a partir de outubro, conforme a data de aniversário. Ao fim dos saques, que vão até 2020, o governo estima que R$ 40 bilhões serão injetados na economia. A maioria dos trabalhadores, no entanto, vai utilizar o dinheiro para pagar dívidas. Segundo pesquisa da XP Investimentos, 41% dos 1.000 entrevistados disseram que iriam usar o FGTS para quitar débitos. Segundo levantamento do Google com 1.500 pessoas, 15% pretendem usar o FGTS para comprar produtos. Dentre elas, 30% planejam adquirir um celular.Com R$ 500, é possível comprar um smartphone de até 16 GB de armazenamento. Visando o consumo com os saques, as varejistas preparam ações. Na última segunda (26), o Magazine Luiza disponibilizou cupons de desconto de R$ 500 em seu aplicativo para bens com as iniciais FGTS: fogões, geladeiras, televisores e smartphones.Agências de turismo também embarcaram na oportunidade e oferecem pacotes com desconto. De acordo com a pesquisa feita pelo Google, 6% pretendem usar o dinheiro para viajar. Mais de 4,5 milhões de pessoas em São Paulo têm dívidas em atraso de até R$ 500Esse é o valor que foi liberado pelo governo federal para o saque imediato do FGTS, que começará neste mêsTodo trabalhador pode fazer a retirada das contas ativas (emprego atual) e inativas (empregos anteriores)Ao todo, 23 milhões de pessoas no país terão condições de quitar suas dívidas com o dinheiro dos saques de até R$ 500Em média, elas têm duas contas atrasadas e negativadas, que juntas somam até R$ 500Em São Paulo, são mais de 4,5 milhões de consumidores nesta situaçãoCaso optem por regularizar as pendências, 39 milhões de dívidas em aberto e negativadas vão sair do cadastro de inadimplentes da SerasaEm agosto, o número de negativados no Brasil aumentou 1,73% na comparação com julho de 2018Entre os idosos, o crescimento foi de 7,44%Para clientes da Caixa, a grana começará a ser paga neste mêsA permissão para retirada será de acordo com o mês de nascimentoO saque imediato ficará disponível até o dia 31 de março de 2020* Correntistas que não transferiram os valores terão de seguir este calendárioO trabalhador pode consultar o saldo do FGTS no site www.fgts.caixa.gov.brTambém é possível saber sobre os valores por aplicativo de celularA Caixa também tira dúvidas por meio do telefone 0800-7260207Fontes: Caixa Econômica Federal, SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil e Serasa Experian​Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
grana
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Mais um aposentado que continua no mercado de trabalho e contribuindo com o INSS conseguiu, na Justiça, renunciar a uma aposentadoria e solicitar outra, mais vantajosa.O Juizado Especial Federal da 3ª Região deu ganho de causa a um idoso de 66 anos, que foi representado pelo Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). No pedido de reaposentação, o aposentado tem de renunciar à primeira aposentadoria e às contribuições usadas para concedê-la. No processo movido no Juizado Federal, o segurado, que continuou trabalhando em uma empresa gráfica depois de se aposentar, completou 65 anos e mais de 15 anos de contribuições ao INSS. Com isso, atingiu as exigências da antiga aposentadoria por idade.A Justiça aceitou seu pedido e concedeu o benefício, com pagamento mensal de R$ 3.385,86. O valor é quase 94% maior do que o beneficiário recebia na aposentadoria por tempo de contribuição. O INSS ainda pode recorrer da decisão.A decisão ocorre dois meses após a Turma Recursal da Justiça Federal em São Paulo ter aceitado um pedido similar, que possibilitou a uma bancária trocar sua aposentadoria por tempo de contribuição proporcional ,de R$ 1.989, pela aposentadoria por idade, no valor de R$ 4.330.O Sindnapi afirma ter, pelo menos, outras cem ações de reaposentação aguardando julgamento. Para o sindicato, a decisão do juizado servirá de modelo para as demais. Porém, o STF (Supremo Tribunal Federal) indicou que também pode rejeitar a reaposentação. A ação é diferente da polêmica desaposentação, que o STF já julgou inconstitucional, em outubro de 2016.Na desaposentação, aposentados na ativa pediam para recalcular o benefício com as contribuições antigas e as novas, pagas ao INSS após a concessão da primeira aposentadoria.Como funcionaCaso julgadoQuem tem chanceAposentadoria por idade A antiga regra da aposentadoria por idade (até 12.nov.2019) concede o benefício para quem acumula:DesaposentaçãoReaposentaçãoFique atento! Ao iniciar a discussão sobre os embargos de declaração da desaposentação, o STF indicou que também pode rejeitar a reaposentaçãoFontes: Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) e reportagemAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
grana
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O Domus Transitoria, o primeiro palácio do imperador Nero (37-68), destruído no grande incêndio de Roma no ano 64 d.C., foi aberto pela primeira vez ao público depois de dez anos de uma delicada restauração.O suntuoso palácio, outrora decorado com folhas de ouro, pedras preciosas e pérolas, está em ruínas. Mas os visitantes podem ver as latrinas, muito bem preservadas, bem ao lado do local. O palácio foi projetado para aliviar o imperador do calor sufocante do verão romano. Segundo os arqueólogos, ele provavelmente se sentou em um trono de mármore com uma fileira de fontes à frente e à sombra de um dossel de seda.Mas não pôde aproveitar muito tempo seu Domus Transitoria, assim chamado por permitir unir as duas colinas, Palatino e Esquilino.Na noite de 18 de julho de 64, um incêndio devastou Roma. Durante uma semana a cidade ardeu em chamas e também destruiu o palácio cujas ruínas ainda preservam vestígios do fogo.Nero então mandou rapidamente construir um novo palácio, o imenso Domus Aurea, um suntuoso complexo de edifícios com jardins, vinhedos e até um lago artificial.Ironia da história, são as latrinas, provavelmente construídas para os trabalhadores e escravos empregados na vasta obra, que resistiram melhor ao longo do tempo.Um boato histórico diz que foi o próprio Nero quem ordenou o incêndio. O historiador Tácito conta que o imperador culpou os primeiros cristãos, que sofreram violentas perseguições.
turismo
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A Guerra do Iraque não tinha completado um ano quando o livro "Diário de Bagdá" foi lançado, ainda em 2003.A obra do repórter Sérgio Dávila, hoje diretor de Redação da Folha, e do fotógrafo Juca Varella apresenta a cobertura dos primeiros 30 dias do conflito para este jornal, o único veículo brasileiro a enviar jornalistas ao solo iraquiano naquele momento.No marco de duas décadas do conflito, completado nesta segunda-feira (20), o livro dá origem a um novo projeto, a ser lançado nos próximos meses pela DBA, mesma editora do original.Mais do que uma reimpressão, a ideia é adicionar uma camada de reflexão à edição original —cujos textos originais, segundo Dávila, foram escritos "a quente", ainda sob a adrenalina de mísseis e bombas, nas semanas após o retorno para casa."Passados 20 anos, sabe-se muito mais sobre o conflito do que naquele momento", diz o jornalista. A começar pelo fato de que a justificativa dada para a invasão pelo então presidente norte-americano George W. Bush —de que o ditador do país, Saddam Hussein, escondia armas de destruição em massa no território— nunca foi comprovada. Mais Ainda sem título, o novo livro busca dar conta do que a invasão liderada pelos americanos representou para o Iraque e para a geopolítica mundial duas décadas depois.Para isso, acrescenta um relato da volta de Dávila e Varella a Bagdá em 2013 por ocasião dos dez anos do início do conflito; textos de Varella sobre suas idas ao país em 2005 e 2010, quando ele participou da cobertura das eleições locais; e dois ensaios inéditos de Dávila.O retorno à capital iraquiana em 2013, também em cobertura para a Folha, é citado por ambos como uma experiência que, de certa forma, obscureceu a percepção de que a ocupação ocidental poderia resultar em um sistema melhor do que a ditadura sangrenta vigente antes da invasão.Ao fugir de Bagdá pela Expressway 1, que liga a cidade à fronteira com a Jordânia, em abril de 2003, Dávila e Varella conjecturavam se, ao voltar à rodovia dali a algum tempo, não se deparariam com uma estrada cheia de lanchonetes McDonald’s e shopping centers como resultado da ocupação americana.Uma década depois, no entanto, encontraram a capital iraquiana tão ou mais perigosa do que na época da guerra. Em 2013, homens-bomba explodiam em pontos espalhados pela cidade como antes faziam os mísseis lançados pela coalizão ocidental. "A diferença é que o perigo vinha do céu durante o conflito e, dez anos depois, vinha de quem estava do seu lado", lembra Dávila."Em 2013, encontramos um país ainda tentando se reconstruir daquela destruição de 2003, tanto física quanto moralmente", afirma Varella, hoje editor de Fotografia na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Para Dávila, os dez anos que se passaram desde aquela viagem até 2022 só confirmaram seus temores de então. A solução propagandeada pelos EUA para o Iraque, da instauração de uma democracia nos moldes ocidentais, nunca foi realizada de fato. E o vácuo de poder subsequente à invasão permitiu a ascensão do Estado Islâmico (EI), autor de muitos ataques terroristas perpetuados no Oriente Médio e no Ocidente ao longo das últimas décadas.Segundo o publisher da DBA, Alexandre Dórea Ribeiro, a intenção é tornar o novo livro mais acessível. Com capa dura, a versão anterior tinha um preço alto para o momento em que foi lançado.
internacional
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A formação de um novo ciclone extratropical no oceano, entre o Uruguai e o extremo sul gaúcho, na sexta-feira (18), associado à chegada de uma frente fria, deverá provocar ventos fortes e chuva no fim de semana até em São Paulo, Rio de Janeiro e no Centro-Oeste do país."É um ciclone de alta intensidade, mas que vai atingir, principalmente, a faixa litorânea". afirma Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo.É a frente fria que virá junto que deverá mudar o tempo na região metropolitana de São Paulo, por exemplo.Os ciclones extratropicais se formam em áreas onde a pressão do ar fica mais baixa que a do entorno. A circulação do vento impulsiona a umidade a níveis mais elevados da atmosfera, gerando nuvens de chuva.Uma das consequências do fenômeno meteorológico, explica a especialista, será a agitação do mar ao longo da costa do Sul e em parte da do Sudeste.Deve chover e ocorrer rajadas de ventos que podem chegar a até até 80 km/h entre o Sul do Brasil e a Costa Verde do Rio de Janeiro, onde ficam os municípios de Paraty e Angra dos Reis, por causa de nuvens muito carregadas.No sábado (19), porém, a instabilidade, com céu fechado e vento forte, deverá chegar a todo o estado de São Paulo, inclusive, em regiões marcadas por tempo seco dos últimos dias.A temperatura também deve cair. Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), se na sexta (18) a previsão é de máxima de até 30ºC, no sábado, não passa de 24º, em média, na cidade de São Paulo, com tendência de pancadas de chuva e trovoadas."Serão [chuvas] de moderadas a forte, pois a previsão é de uma frente fria grande", afirma Pegorim sobre o fim de semana, citando também a possibilidade de queda de granizo em algumas regiões paulistas.A instabilidade deve continuar no dia seguinte. "Será um domingo diferente para essa época seca do ano", diz a meteorologista.Entre junho e julho, ciclones formados na região sul do país provocaram mais de 20 mortes, destruição e queda de energia.Com rajadas próximas a 100 km/h, voos foram cancelados e aviões tiveram de arremeter nos aeroportos de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e Guarulhos, na região metropolitana, no mês passado.A chuva do último fim de semana provocou o cancelamento de 80 voos e atraso de outros 124, entre partidas e chegadas no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
cotidiano
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Não basta só controlar, é preciso tutelar os filhos sobre o uso da rede, explica Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha, que participou da edição ao vivo do "TV Folha", nesta segunda-feira (26), com Rodrigo Nejm, diretor de educação da ONG Safernet. ara ela, largar a criança na internet sem supervisão é como "deixá-la sozinho na praça da Sé". O tema da conversa foi o assédio sexual a crianças, que gerou revolta na semana passada, depois de serem publicadas na rede mensagens de teor sexual sobre uma participante de 12 anos do programa "MasterChef Júnior", da Band. Leia a reportagem completa: http://folha.com/no1698711
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O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou nesta quarta (2) que não buscou desqualificar Nise Yamaguchi, em depoimento na CPI. Disse, no entanto, que desaprovou as falas da médica que apresentava visões equivocadas sobre vacinas e sobre tratamento precoce."Eu quis mostrar que nunca deu certo se levar uma medicação, mesmo velha, antiga, que é a hidroxicloroquina e outras medicações, serem usadas para uma doença nova, desconhecida", disse. O senador, que é médico, afirmou que fez várias perguntas para tentar ver a base das visões da médica e não para menosprezá-la. Disse, por outro lado, que não "suportava mais" ver negação de fatos."Não foi para atingi-la. Tratei o tempo todo a doutora Nise Yamaguchi como senhora, vossa senhoria. Claro que cada pessoa tem uma maneira de se dirigir. Se a minha veemência aconteceu, aconteceu porque não suportava mais ver tantas coisas negadas que foram afirmadas no passado", afirmou."O que eu queria dizer e desqualificar é que o Ministério da Saúde, como instituição jurídica, não pode prescrever receitas para 15 milhões de brasileiros. Era o que eu queria mostrar", completou o senador.Como mostrou a Folha, as constantes interrupções à médica Nise Yamaguchi provocaram a reação de senadores e de usuários nas redes sociais.
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Investigação da Polícia Federal em andamento cita uma possível relação da facção criminosa PCC com pagamentos para a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada em Jair Bolsonaro em 2018.A apuração reiniciada no ano passado contraria conclusões anteriores e aventa uma tese considerada inconsistente pela atual direção da PF, que vê fragilidades nos indícios citados.Dois inquéritos da PF já apontaram que Adélio agiu sozinho no dia 6 de setembro daquele ano.A possibilidade agora analisada se baseia especialmente em pagamentos de acusados de integrar a facção para um dos advogados que defendeu Adélio, mas que foram feitos dois anos depois da tentativa de assassinato de Bolsonaro.O advogado investigado no caso nega qualquer elo com o PCC e diz que os repasses têm relação com a defesa de outros clientes, não a de Adélio.Repetidos laudos psiquiátricos, feitos em diversas etapas, também já foram conclusivos em apontar a insanidade mental do autor da facada, que acabou sendo considerado inimputável e que cumpre medida de segurança na penitenciária federal de Campo Grande (MS).O novo rumo no inquérito ocorreu no último ano do governo Bolsonaro, após a Justiça autorizar investigadores a terem acesso ao conteúdo do celular de um dos advogados que fizeram parte da defesa de Adélio e depois de um novo delegado da PF assumir esse caso.As investigações envolvendo a facada foram alvos constantes de críticas de Bolsonaro. A troca de delegado ocorreu porque o primeiro foi convidado a assumir um cargo no exterior.O diagnóstico de inconsistência da nova linha de apuração é feito principalmente pela DIP (Diretoria de Inteligência), onde o inquérito está localizado e que é chefiada atualmente pelo delegado federal Rodrigo Morais, que diversas vezes apontou não ter havido mandante no caso.Para a cúpula da PF, o fato de os pagamentos sob suspeita terem sido realizados dois anos após o atentado é uma das inconsistências.Além de não concordar com a nova linha de investigação, a DIP ainda vê uma suposta pressão interna nos meses passados para que o caso da facada tivesse algum andamento no período eleitoral.O atual responsável pela apuração é o delegado Martin Bottaro. Ele assumiu em 2021, quando Rodrigo Morais foi escolhido para um cargo nos EUA. Nos últimos meses, ele contou com a ajuda de outro delegado, Victor Hugo Rodrigues. Bottaro é considerado um dos principais especialistas em PCC na PF. Mais Antes da mudança de linha de investigação, os dois inquéritos abertos pela PF contaram com uma série de diligências, depoimentos, quebras de sigilo e outros meios de apuração que fizeram a polícia concluir não ter indícios de financiamento dos advogados por terceiros.A hipótese considerada mais forte por investigadores da época é a de que os advogados assumiram o caso de graça, em troca da notoriedade que ganhariam na mídia.Nas apurações mais recentes, o inquérito passou a apontar indícios de que o PCC fez pagamentos para Fernando Costa Oliveira Magalhães, um dos advogados que integrou a banca que fez a primeira defesa de Adélio. Para sustentar a linha, a apuração lista ao menos quatro suspeitas:1) A descoberta por meio do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) de pagamentos fracionados de R$ 315 mil realizados em 2020, dois anos após a facada, por pessoas supostamente ligadas ao PCC para uma empresa no nome Magalhães;2) O montante ser próximo ao valor máximo citado por Zanone Oliveira Junior —advogado da banca à frente da defesa— em depoimento à PF em 2018 sobre o que ele teria cobrado caso tivesse ficado no caso até eventual chegada de recursos ao Supremo Tribunal Federal, entre R$ 150 mil a R$ 300 mil;3) Um registro no livro-caixa de Zanone com pagamento de R$ 25 mil e a rubrica "caso Adélio";4) Um grupo de troca de mensagens entre os advogados no aplicativo WeChat com o nome "Adélio PCC".Os R$ 315 mil viriam de empresas consideradas laranjas e utilizadas pelo "Setor de Ajudas" do PCC (estrutura cuja função é custear despesas de integrantes da facção).Conversas no grupo do WeChat acessado a partir do celular de Zanone giravam em torno da preocupação com o fato de Fernando Magalhães ter atuado na defesa de membros do PCC, relatam as investigações. Mais Os advogados iniciais de Adélio sempre negaram terem assumido o caso em busca de holofotes, mas nunca revelaram o nome de supostos patrocinadores da causa.A versão contada por Zanone, que permanece a mesma desde o início, é a de que ele assumiu a defesa após ter sido procurado por uma pessoa de uma igreja evangélica frequentada pelo agressor. Essa pessoa lhe teria adiantado R$ 5.000 em dinheiro, tendo rompido contato após o recrudescimento da repercussão do caso.Ainda em 2019, a PF interrogou fiéis que frequentavam os mesmos templos de Adélio, entre outras diligências, mas jamais achou indícios de financiamento dos advogados por terceiros.A família Bolsonaro sempre aventou a tese de que Adélio agiu a mando de alguém, o que resultou na pressão sobre a PF durante todos os anos de investigação. Por diversas vezes, o ex-presidente reclamou internamente do andamento da apuração. Antes de Morais, o chefe do setor de inteligência era Alessandro Moretti, delegado que trabalhou nos últimos anos com Anderson Torres, que foi ministro da Justiça de Bolsonaro e hoje está preso sob acusação de omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro.Moretti desagradou o atual diretor-geral, Andrei Rodrigues, durante a campanha presidencial. Rodrigues era chefe da segurança de Lula e teve pedidos negados por Moretti no período, quando a relação de ambos estremeceu.Rodrigues passou a chamar Moretti de bolsonarista nos bastidores. Do outro lado, Moretti apontava que as solicitações da chefia de segurança do petista eram ilegais e, por isso, não foram atendidas.Moretti foi nomeado diretor-adjunto na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) por Luiz Fernando Corrêa, indicado por Lula (PT) para chefiar a agência. Integrantes da cúpula da PF e do governo tentam barrar essa nomeação.A Folha apurou que o ex-chefe da DIP contesta a versão da atual cúpula e afirma que o delegado Martin Bottaro teve autonomia para conduzir a apuração.Moretti também tem dito a pessoas próximas que o inquérito chegou na DIP quando ele ainda não era o chefe, por ordem do então diretor-geral Paulo Maiurino. Bottaro, ainda de acordo com os relatos, foi escolhido por um delegado que está na equipe de segurança de Lula até hoje.O advogado Fernando Magalhães afirmou que os pagamentos recebidos por sua empresa não têm qualquer relação com a defesa de Adélio Bispo.Segundo o defensor, que diz não ter tido acesso à apuração mesmo após ser alvo de busca e apreensão, os repasses recebidos por sua empresa "estão relacionados à defesa dos interesses de clientes, diretamente por mim ou terceiros contratados, nunca, jamais, tendo relação com qualquer suposta facção criminosa".O advogado reforçou ainda que nunca teve relação com o PCC e que, caso algum contratante de seus serviços de advogado tenha relação com o grupo, isso não o liga à "súcia criminosa"."Quanto aos valores recebidos para a defesa de Adélio, tal contrato e tabulações são exclusivamente relacionadas ao Dr. Zanone Junior. Eu, Fernando Magalhães, fui convidado pelo mesmo a auxiliar na defesa, tive sério e enorme prejuízo com a causa, de ordem pessoal, familiar e financeira", afirmou.Sobre o grupo de advogados que foi batizado de Adélio PCC, o delegado afirma que "foi uma galhofa impensada de um dos advogados, e, pela minha seriedade e compromisso, repreendi de imediato, vez que o tema é sério e não me parecia aceitável tal brincadeira".A Defensoria Pública da União, que atualmente representa Adélio e exerce sua curadoria, afirmou que não foi notificada da nova investigação da PF e, portanto, não comentaria. A PF disse que não se manifesta sobre investigações em andamento.
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Acostumada a passar dicas sobre maternidade real nas redes sociais, a influenciadora Viih Tube, 23, afirma que, se depender da vontade dela, mais herdeiros devem chegar nos próximos anos. Presente na segunda noite do The Town, neste domingo (3), ela deixou a pequena Lua, de 5 meses, com a babá e a mãe para poder curtir o festival ao lado de Eliezer, 33."Para eu vir foi uma luta, pois é a minha primeira saída após ter minha bebê. Mas ela está bem acompanhada", afirmou."Quero mais filhos, uns três. Penso em viver mais uma gestação e adotar depois, vamos ver se vai dar certo", emendou a influenciadora. Mais Desde o dia em que começou a publicar conteúdo sobre gestação, Viih conta que tem recebido um feedback muito positivo e surpreendente. E, assim, não pensa mais em parar de falar sobre o assunto."Estou amando a minha nova fase e farei o máximo que puder para amparar as mães. Maternidade real que muitas mulheres se identificam."
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O Brasil deixou escapar a chance de disputar a medalha de ouro ao perder –de virada– para o Uruguai a partida das semifinais do futebol masculino no Pan de Toronto. Com menos de 10 minutos na partida, que ocorreu no início da noite desta quinta-feira (23), o uruguaio Paolo Lemos foi expulso após aplicar um golpe no estômago do brasileiro Bruno Paulista. Os brasileiros não conseguiram aproveitar a vantagem. Com um a mais em campo, parecia que era o Brasil, até o final do primeiro tempo, que estava jogando com um a menos. Até a metade do segundo tempo, o Brasil foi mais ofensivo e dominou melhor os espaços. O esforço foi recompensado com um pênalti para a equipe verde-amarela. Clayton bateu no canto esquerdo, o goleiro impediu o gol, mas a bola voltou para os pés do brasileiro, que não desperdiçou a segunda chance. 1 a 0 para o Brasil. Faltando 10 minutos para o fim da partida, após uma falta violenta, o Uruguai empatou –ao menos em número de jogadores em campo. Cinco minutos depois, o empate veio também em número de gols. Um minuto depois o Brasil deixou escapar a vaga na final do Pan e tomou mais um gol dos Uruguaios. No sábado, às 13h, o Brasil vai disputar a medalha de bronze com quem sair derrotado na semifinal entre México e Panamá. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
esporte
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Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às 6 horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã... Alô, povão, agora é fé! Hoje, pelo 18º dia consecutivo, parece domingo, mas é segunda-feira. Mais uma segunda-feira que sucede um domingo sem futebol.É segunda-feira, é dia de não zoar o colega do trampo porque nosso time ganhou. Ou de não ser zoado por ele. O isolamento ensina também que até a pilha rival faz falta.Esta segunda também não é dia de o nosso filho pedir para ir mais cedo à escola com a camisa do clube do coração para tirar um barato do amigo que torce para o adversário. Ou para pedir, e ouvir "não", para faltar à aula porque vão encher o saco dele. O isolamento ensina também que é bom ganhar no jogo de futebol de botão em casa para a criança aprender a perder e voltar cascudo quando o mundo puder voltar ao normal.Hoje é segunda-feira, não é dia de treinador mudar tudo porque o time não jogou nada. Nem para arrotar arrogância pela vitória de ontem, já que ontem --como anteontem-- não teve jogo. Nem terá amanhã nem depois de amanhã.Esta segunda-feira também não é dia de os fisioterapeutas (que hoje mandam quase tanto quanto treinador) fazerem exames para decidir quem serão os poupados do próximo jogo.Esta segunda-feira também não é dia dos passadores de pano da crítica minimizarem vexames, derrotas e atuações ridículas porque a equipe "evoluiu", ganhou a posse de bola, precisa de mais tempo e blá-blá-blá.Esta segunda-feira é dia da minha Lays aniversariar. Pena que, nesta segunda, não é dia de abrir shopping, restaurante caro, joalheria, aquelas lojas de roupas grã-finas que quanto menos pano mais caro custa. Ficar em casa é um ato de amor. Se em 2021, o mundo estiver normal...Parabéns, Lá! Vai ter bom gosto assim na nossa ZL... Machado de Assis: "As pessoas valem o que vale a afeição da gente".Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.Recurso exclusivo para assinantes assine ou faça login Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaLeia tudo sobre o tema e siga: Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
esporte
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Pelo menos 19 pessoas morreram e 25 ficaram feridas depois de serem esfaqueadas por um homem que invadiu um centro de assistência a pessoas com deficiência em Sagamihara, no Japão, na madrugada desta terça-feira (26). Segundo o canal de TV japonês NHK, a polícia afirma que o autor entrou no local às 2h10 locais (14h10 de segunda em Brasília), quebrando uma das janelas do primeiro andar. Ele levou menos de meia hora para atingir com uma faca 44 dos 160 pacientes que dormiam no estabelecimento. Durante o ataque ele usava roupas pretas e estava com o cabelo loiro. Depois de sair do centro de assistência, ele se entregou em um posto de polícia a 2 km do local do ataque, às 3h locais (15h de segunda em Brasília). Ele foi identificado como Satoshi Uematsu, 26, e trabalhou no local atacado até fevereiro passado. A faca usada para matar os pacientes do centro de assistência e outras armas brancas foram encontradas no carro do autor. Onde fica Sagamihara Uematsu está em prisão preventiva, sob as acusações de homicídio, lesão corporal seguida de morte e invasão de propriedade. A motivação para o ataque, no entanto, continua desconhecida. O jornal local "Asahi Shimbun" informava, citando a polícia local, que o autor teria dito ao se entregar que queria se livrar "de todos os aleijados do mundo". A declaração, porém, ainda não foi confirmada oficialmente pelas autoridades. O centro estatal Tsukui Yamayuri-en, atacado por Uematsu, oferece quartos e serviços de atendimento diário para pessoas com deficiência e é dotado de instalações como piscina, academia e uma clínica em um espaço de 30 mil metros quadrados. No início da manhã, as autoridades retiraram os corpos das pessoas mortas e tratavam os feridos em uma tenda colocada no jardim do centro de assistência, enquanto os mais graves eram levados aos hospitais mais próximos. Os parentes dos pacientes reclamaram da demora do centro para avisá-los. "Estou muito preocupado e eles não me deixam entrar", disse o pai de um dos assistidos. VIOLÊNCIA Esta é considerada uma das ações violentas que deixou o maior número de mortos no Japão desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando adotou a Constituição pacifista. O último grande ataque com armas brancas conhecido foi registrado em 2001, quando o ex-inspetor de uma escola invadiu o estabelecimento e matou oito crianças esfaqueadas. Sete anos depois, um homem usou um caminhão para atropelar uma multidão no bairro de Akihabara, em Tóquio, deixando oito mortos e dez feridos. Em 2010, um homem matou 16 pessoas em um incêndio criminoso contra um cinema pornô em Osaka. A ação desta terça também supera em número de mortos o ataque com gás sarin feito ao metrô de Tóquio, em 20 de março de 1995, que deixou 12 mortos, 50 feridos graves e mais de 5.000 pessoas com ferimentos leves.
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George Church já ajudou a fundar quase 50 empresas baseadas em experimentos realizados em seu laboratório de genética, com objetivos que vão desde buscar curas para doenças ligadas ao envelhecimento até criar órgãos suínos para ser usados em transplantes humanos.Mas seu projeto mais recente, Colossal Biosciences, é o mais esdrúxulo até agora. A startup sediada no Texas pretende lançar empresas e licenciar tecnologias para financiar a ressuscitação do mamute lanoso, do lobo-da-tasmânia e do dodô, todos animais extintos.O plano é usar a edição genética para modificar embriões de animais conhecidos até que se assemelhem às espécies extintas. Até 2028, a empresa quer criar sua primeira versão de um mamute lanoso —um embrião de elefante, nascido de uma mãe elefante, mas que teve seus genes editados. Para Church, o cronograma é ambicioso, mas não inviável.Desde que a empresa foi cofundada por Church, em 2021, ela já levantou US$ 225 milhões (R$ 1,1 bilhão) de grandes investidores e celebridades que incluem o capitalista de investimentos Peter Thiel, o empreendedor Thomas Tull e Paris Hilton.A empresa já gerou um "spinoff" no ano passado, a firma de softwares de biotecnologia Form Bio, levantando US$ 30 milhões (R$ 149,5 milhões), e espera capitalizar sobre outras tecnologias desenvolvidas ao longo do caminho para ajudar a financiar seu projeto monumental.Ela prevê lucrar com parcerias com veículos de mídia que vão relatar a história de um projeto que está atraindo comparações com "Jurassic Park".Mas, segundo Church, o objetivo principal não é trabalhar com espécies em perigo de extinção. "Podemos até doar muita dessa tecnologia no interesse da conservação e da boa vontade. Acho que o objetivo principal é o desenvolvimento de tecnologia."Church passou anos dizendo que não imaginava que alguém quisesse financiar seu projeto do coração —a ressurreição do mamute lanoso. Mas em 2015, durante um café da manhã, Peter Thiel, cofundador do PayPal e da Palantir, lhe ofereceu US$ 100 mil (R$ 498 mil) pelo trabalho."Ele perguntou: ‘Quais são seus três maiores sonhos?’, e eu pensei que ele se interessaria pela reversão do envelhecimento. Mas não se interessou. Não imaginei que ele se interessasse por mamutes, mas foi o que aconteceu", contou Church. Mais Em 2018 Church viajou até a reserva natural experimental Parque do Pleistoceno, na Sibéria, onde estava trabalhando com o cientista russo Sergey Zimov sobre um plano para que mamutes fossem eventualmente soltos na natureza.A Colossal acredita que a ressuscitação dos mamutes pode ajudar a restaurar a tundra ártica, evitando o descongelamento e a liberação de gases estufa armazenados.O projeto enfrenta dois desafios enormes particulares. O primeiro é aumentar o número de edições genéticas que podem ser feitas simultaneamente, um processo conhecido como "edição multiplex", para chegar o mais perto possível de criar um mamute a partir de um embrião de elefante.O segundo desafio é criar um sistema para incubar mamutes em úteros artificiais. Matt James, diretor da Colossal para animais, que entrou para o projeto depois de uma carreira profissional em zoológicos, onde se especializou em cuidar de elefantes, disse que o número de fêmeas reprodutivas em uma população sempre é o fator limitante quando se procura aumentar as populações de espécies ameaçadas."Se tivermos um útero artificial, de repente poderemos aumentar a população e ajudá-la a se recuperar em muito pouco tempo", ele disse.Críticos dizem que os desafios tornam o projeto virtualmente impossível, ou não ecologicamente recomendável.Matthew Cobb, professor de zoologia na Universidade de Manchester (ING), disse que os planos envolvem a criação de "um elefante que se pareça vagamente com um mamute ou um pombo que se assemelhe vagamente com um dodô"."Não estão revertendo a extinção de nenhum animal: estão usando o poder da engenharia genética, alegam, para criar um híbrido estranho", ele disse.A Colossal disse que não está tentando gerar clones exatos, mas criar uma espécie que possua características específicas que a tornem única.Cobb acrescentou que também seria difícil construir uma população que se reproduz, já que para isso seria preciso ter pelo menos algumas centenas de animais, o suficiente para assegurar diversidade genética.Stuart Pimm, ecologista da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA), que estuda extinções nos tempos atuais, disse que um único mamute lanoso teria dificuldade para sobreviver —e um rebanho com número suficiente de animais necessitaria de um espaço enorme."Se você tivesse um mamute lanoso isolado, a única coisa que poderia fazer seria colocá-lo em um cercado. Seria revoltante —você teria feito todo esse esforço para criar algo apenas para um peep show", ele disse. "Então, não sendo assim, quantos mamutes lanosos você precisaria ter? Precisaria de 50, possivelmente cem, e precisaria de mil quilômetros quadrados nos quais colocá-los."James concordou que os mamutes seriam "altamente sociáveis" e precisariam de "uma estrutura de rebanho forte"; por isso mesmo, a Colossal planeja criar rebanhos de mamutes geneticamente diversos para proporcionar essa estrutura. Ele disse que a empresa está procurando identificar locais com espaço suficiente para um rebanho e está tendo discussões com alguns governos estaduais dos EUA.A Colossal disse que também está trabalhando com governos sobre ideias para preservar espécies em perigo de extinção.Se você tivesse um mamute lanoso isolado, a única coisa que poderia fazer seria colocá-lo em um cercado. Seria revoltante. você teria feito todo esse esforço para criar algo apenas para um peep showecologista da Universidade DukeBen Lamm, o empreendedor serial que é cofundador e executivo-chefe da Colossal, disse que a Form Bio é apenas a primeira das oportunidades de spinout da empresa.A Colossal criou o software por trás da Form Bio para operar seus próprios laboratórios e depois o vendeu a outros laboratórios das áreas de biotecnologia e acadêmica. Lamm, que faz parte de seu conselho de direção, disse que a Form Bio está trabalhando com outras companhias em projetos como usar a aprendizagem de máquina para criar medicamentos, com a oportunidade de participar de joint ventures e compartilhar receitas.Lamm pensa que a Colossal pode formar parcerias com a indústria farmacêutica ou de biotecnologia para usar com humanos as novas ferramentas de edição multiplex que está desenvolvendo. Usando técnicas de edição genética como o Crispr, estão sendo desenvolvidos tratamentos para doenças causadas por um único gene defeituoso, como a anemia falciforme. A edição genética multiplex poderia permitir o tratamento de condições causadas por genes múltiplos.Eriona Hysolli, diretora de ciências biológicas da Colossal, mencionou algumas das possibilidades da edição genética: "Com a edição multiplex, talvez possamos atuar diretamente sobre as células ou os tecidos doentes. Talvez possamos trabalhar com genes múltiplos ao mesmo tempo —não apenas doenças monogênicas, mas doenças multigênicas como diabetes ou Alzheimer."Receba no seu email uma seleção semanal com o que de mais importante aconteceu no mundo; aberta para não assinantes.Carregando...Lamm espera que a equipe de 17 pessoas que está trabalhando com os úteros artificiais crie tecnologia que possa ser licenciada ou dar lugar a outra empresa para ajudar com a reprodução humana. "É um pouco como Marte. Muitas pessoas estão trabalhando sobre isso, e acredita-se que um dia chegarão lá. Penso mais ou menos a mesma coisa sobre o desenvolvimento extrauterino."Enquanto isso, a Colossal está trabalhando com maneiras de divulgar seu projeto ainda mais e ganhar receita com parcerias de mídia.Lamm disse que todos os grandes estúdios de entretenimento procuraram a Colossal para expressar interesse em filmar seu trabalho. Vários dos investidores da companhia têm passado profissional na mídia, entre eles Tull, ex-presidente e executivo-chefe da Legendary Entertainment."Queremos educar e inspirar, criando mamutes e dodôs", disse Lamm.Pode haver oportunidades para conhecer animais criados pela Colossal, mas James disse que a empresa ainda não decidiu quanto acesso quer dar ao público.Ele rejeitou comparações com "Jurassic Park". "Essa comparação não me agrada, porque acho que estamos fazendo este trabalho para fins que não são frívolos. Também penso que provavelmente estamos levando mais considerações éticas em conta."Mas Church pensa que o filme fez um favor aos cientistas, por incentivar as pessoas a pensar sobre o que pode dar errado. "Ele nos vacinou contra determinados cenários. Dificilmente cometeremos os mesmos erros que foram cometidos em ‘Jurassic Park’. Antes de mais nada porque não estou com pressa de criar carnívoros colossais."Tradução de Clara Allain
ciencia
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O entardecer em Belgrado, capital da Sérvia, teve uma dupla felicidade.Primeiro, a vitória de um orgulho nacional no tênis. Novak Djokovic triunfou em Wimbledon pela quarta vez. Depois, o resultado da final da Copa do Mundo em Moscou. A alegria nem foi tanto com a vitória da França, mas pela derrota dos rivais croatas.Nas ruas e nos cafés ao ar livre, alguns grupos de sérvios até que torceram para os vizinhos croatas. Durante o primeiro tempo, quase de forma simultânea, enquanto Novak Djokovic fechava o jogo em Londres, a Croácia marcava seu primeiro gol na final do Mundial e empatava o jogo. Houve comemorações contidas. Em homenagem aos vizinhos e aos amigos que são de lá, dizia um morador local.Mas a maioria, antes de torcer para a França, queria mesmo ver a derrota da Croácia, país que desde a guerra sangrenta do início dos anos 1990 tem uma relação muito tênue com a Sérvia. Ambas são ex-repúblicas da Iugoslávia.“Foi uma dupla vitória que tivemos hoje”, afirma Ivan Milic, torcedor do Estrela Vermelha, time de futebol sérvio campeão mundial em 1991.“Eles também odeiam a gente. Não tem como torcer por eles, apesar de termos sido um só país no passado”, afirma o morador de Belgrado, que comemorou bastante todos os gols dos franceses.Entre o tênis e o futebol, o segundo teve uma pequena vantagem nas ruas da cidade, enquanto a final de Wimbledon coincidia com uma parte do primeiro tempo do jogo.Mas havia pessoas que pulavam de um bar para outro, dependo do que estava passando na TV. Só em um lugar, sem nenhuma discussão, o tênis teve lugar cativo.Nas margens do Danúbio, perto de um grande parque, onde uma singela placa diz, em inglês, seja bem-vindo ao Novak Tennis Center.Lá dentro, além das 12 quadras impecáveis de saibro e duas de piso duro, a foto gigante estampada em uma das paredes não deixa dúvidas.O dono da academia, que no verão recebe atletas para treinar em alto nível, é o mesmo que estava em Londres, em quadra, jogando para mais um título de Grand Slam.A final de Wimbledon, assim como havia sido no sábado (14) a semifinal entre o sérvio Djokovic e o rival Rafael Nadal, é que teve ares de final de Copa para o pequeno e seleto grupo que acompanhou o jogo no bar do centro de treinamento pela televisão.Algumas pessoas nem olhavam para o jogo e ficavam de costas, fumando um cigarro. Outras resmungavam e se contorciam na cadeira. Mulheres, crianças e homens. Todos entendiam muito bem o que estava ocorrendo no jogo.“Não posso assistir, porque tenho que trabalhar aqui no bar”, diz o barman Vojislav, que sai correndo aos primeiros gritos dos outros torcedores que estão perto da TV para, sim, ver os lances da partida.Novak, como todos chamam o maior tenista sérvio de todos os tempos, é esperado na academia logo depois do sucesso em Wimbledon. Pode ser que o mais recente troféu venha para a vasta galeria que existe no local. Na Sérvia, as finais de Wimbledon e da Copa do Mundo tiveram a mesma importância na imprensa local.Os eventuais triunfos de Djokovic e da Croácia deixariam os dois lados felizes e orgulhosos, era a tônica dos jornais. E o fato de o tenista sérvio ter uma relação próxima com alguns jogadores da seleção da Croácia foi a polêmica da semana no cenário esportivo local. Djoko declarou apoio ao time croata. Com isso, chegou a ser chamado de traidor da pátria por alguns sérvios mais exaltados.Na visão do antropólogo Ivan Djordjevic, da Academia Sérvia de Ciências e Artes, a repercussão da atitude do tenista, que visava pregar a união dos dois países pelo esporte, pode indicar que o sucesso croata na Copa piorar a relação entre as duas nações.“Enquanto para os croatas essa campanha na Copa vai ter um grande impacto positivo na homogeneização da nação, porque o futebol está relacionado com o nacionalismo croata desde a independência, ela também pode ter esse efeito negativo nas relações com a Sérvia”, disse o pesquisador à Folha. “No fundo, vamos dizer, esse é um sucesso que doe para os sérvios.”O que não significa, segundo ele, que os ataques ao tenista Djokovic não estejam revestidos por um nacionalismo banal, segundo o pesquisador sérvio. “Acredito que pelo menos 70% das pessoas em Belgrado estão apoiando a Croácia do fundo de seus corações. Isso é o passado, é o presente e o futuro da região”, afirma Djordjevic.O centro de Belgrado, durante a final da Copa do Mundo, onde até uma mulher assistiu ao jogo enrolada na bandeira na Croácia, além de vários grupos terem comemorado os gols da seleção rival, reforçam a tese do pesquisador. E mostram como é complexa a relação entre as várias etnias na península balcânica.
esporte
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A seleção masculina de vôlei venceu a Argentina nesta terça (21), por 3 sets a 0, e, por ter encerrado em primeiro lugar no grupo B, se classificou diretamente para a semifinal dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. As equipes disputaram de igual para igual o primeiro set, que encerrou, após 36 minutos, em 29 a 27 para o Brasil. A Argentina deu folga para a seleção no segundo tempo, que terminou em 21 a 25. Os adversários chegaram a abrir três pontos de vantagem no último set, mas a seleção se recuperou e venceu em 25 a 22. O Brasil havia vencido a Colômbia na sexta (17), mas perdeu para Cuba por 3 sets a 2 no domingo (19). A próxima partida da seleção acontecerá na sexta (24). Na quinta (23), é a vez da equipe feminina disputar uma vaga na final. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
esporte
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Um terremoto atingiu na noite desta terça-feira (24) o centro-sul do Peru, com epicentro numa local pouco habitado, a 173 km da cidade de Iberia, que fica em Madre de Dios –região da Amazônia peruana que faz fronteira com o Acre. De acordo com a USGS (United States Geological Survey), o tremor atingiu 7,5 graus na escala Richter. O Instituto Geofísico del Peru fala em 7,2. Também segundo o USGS, menos de mil pessoas habitam a região onde o terremoto foi sentido de maneira mais forte. Segundo jornais peruanos, o sismo foi registrado às 17h54 locais (20h45 de Brasília) e pode ser sentido nas cidades de Cusco, Tacana, Pucallpa –cidade que teve seu aeroporto fechado– e Arequipa, além do norte do Chile e da Bolívia. Até o momento, não há informações sobre danos ou vítimas.
internacional
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A gestão das filas para consultas e exames especializados e também para cirurgias eletivas será um dos principais desafios do novo mandato de Bruno Covas (PSDB), reeleito como prefeito da capital neste domingo (29).O problema das longas filas é crônico e se arrasta por muitos mandatos, mas desta vez há um agravante: a pandemia da Covid-19 impactou os atendimentos.Em março, a rede municipal de saúde suspendeu as consultas, os exames e as cirurgias eletivas. Os procedimentos foram retomados apenas em junho.As últimas gestões chegaram a lançar projetos para ampliar os atendimentos —como Rede Hora Certa, lançada por Fernando Haddad (PT), e Corujão da Saúde, por João Doria (PSDB)—, mas a demanda segue alta.Em agosto, quase 457 mil pessoas aguardavam em fila de espera por uma consulta de especialidade e mais de 204 mil, por exames.Para especialistas, a rede municipal terá que se esforçar para atrair os pacientes de volta à atenção básica e garantir um atendimento de qualidade.Eles também apontam a falta de transparência na gestão das filas e a ineficácia do modelo de gestão de serviços em parceria com as OSS ( Organizações Sociais de Saúde).Também caberá a Covas a melhoria do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) —um programa federal, que segue normas e critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.Em 2019, a sua gestão fechou 31 bases modulares e realocou as equipes em locais improvisados em postos de saúde, AMAs, hospitais e Caps (Centros de Atendimento Psicossocial), interferindo nos tempos de resposta das ocorrências.A série da Folha "Os nós de São Paulo" apresenta uma radiografia de desafios em diversas áreas sob responsabilidade do prefeito eleito para comandar a capital paulista a partir de janeiro de 2021. Com discussões que devem ser tratadas na campanha eleitoral, as reportagens poderão ser consultadas em folha.com/nosdesaopaulo.​ * Qual é a situação das consultas de saúde com especialistas na cidade de São Paulo? Segundo dados fornecidos pela Prefeitura de São Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação, entre janeiro e agosto de 2020 foram realizadas quase 591 mil consultas especializadas de pacientes da rede municipal de saúde, 53% menos do que no mesmo intervalo de 2019.Entre abril e agosto, período diretamente afetado pela pandemia da Covid-19, a queda entre 2019 e 2020 foi ainda maior, de 75% —quase 819 mil consultas em 2019 e pouco mais de 204 mil em 2020.A redução também ocorreu em anos anteriores, porém em menor escala. De janeiro a agosto de 2016, foram contabilizadas quase 1,9 milhão de consultas de especialidade; em 2017, pouco mais de 1,4 milhão; em 2018, 1,2 milhão.Em relação aos exames, a queda superou 56% em 2020 —aproximadamente 560 mil, contra quase 1,3 milhão em 2019.“Em geral, o paciente não busca a especialidade porque sabe que será difícil conseguir e o médico especialista não resolverá o seu problema. Assim, ele se dirige a um pronto-atendimento e fica com a sensação de que será atendido na necessidade real. A capacidade de resolução da rede é muito pequena”, afirma.Quantas cirurgias eletivas (sem caráter de emergência) foram realizadas por meio da rede municipal de saúde? A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que, de janeiro a julho de 2020, a cidade realizou 12.588 cirurgias eletivas. A gestão Bruno Covas (PSDB) não informou à Folha a quantidade de cirurgias eletivas realizadas de janeiro e agosto entre os anos de 2016 e 2019.Até 28 de agosto, de acordo com a pasta, 2.238 pacientes tiveram as consultas reagendadas para avaliações cirúrgicas. É importante explicar que este tipo de consulta não é garantia de realização do procedimento.Qual o retrato da fila de espera para consultas e exames de especialidade na cidade de São Paulo? Em agosto de 2019, os munícipes aguardavam 122 dias para passar por uma consulta de especialidade. Neste ano, caiu para 42 dias. Em relação aos exames, reduziu de 34 para 22 dias no mesmo período.A diminuição pode ser explicada pelo fato de o paciente ainda ter medo de retomar o tratamento por medo da Covid-19. Para especialistas, ele precisa ser atraído a voltar para a rede de atendimento por meio da atenção básica.Em 10 de agosto de 2020, quase 457 mil pessoas aguardavam em fila de espera por uma consulta de especialidade e mais de 204 mil, por exames. Não foi possível a comparação das filas com anos anteriores. A gestão Bruno Covas (PSDB) alegou que não possui estes retratos.Qual o maior desafio que a próxima gestão enfrentará para gerir e acabar com as longas filas de espera? A fila para consultas e exames especializados e também para cirurgias eletivas não diminuiu. Com a pandemia, os serviços tiveram que se adaptar à nova realidade para atender os doentes de Covid-19, causando desassistência em outras patologias e atraso nos tratamentos de saúde.Especialistas afirmam ser necessário melhorar a gestão, criando mecanismos mais rígidos para controle e níveis maiores de exigência para a prestação de contas.“Na cidade de São Paulo, não há outra explicação a não ser má gestão da fila que se repete. Além do grande orçamento da Saúde, não faltam recursos humanos para executar esses procedimentos", diz Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP..Na opinião de Scheffer, uma alternativa seria estipular e regulamentar prazos máximos de espera. “A sociedade, o Ministério Público, Tribunal de Contas do Município, Conselho Municipal de Saúde devem fiscalizar. Outro fator importante é transparência. O cidadão precisa ter a noção do lugar que ocupa na fila, quando e onde será atendido.”Como trazer de volta os pacientes para a atenção primária da rede de saúde? Que papel pode ter as equipes de saúde da família? A atenção primária é a principal porta de entrada do SUS, primeiro nível de atendimento, que inclui medidas de prevenção e diagnóstico para tratamento, que funciona como um filtro para organizar os fluxos dos serviços, dos mais simples aos mais complexos.É a atenção primária que referencia os pacientes para os outros níveis de atenção, inclusive de especialidade, e permite acompanhar a continuidade do tratamento.“Isso é muito mal resolvido na cidade de São Paulo. As pessoas continuam perdidas na rede. Como temos mais de dez organizações [Organizações Sociais de Saúde] que fazem gestão na cidade, cada uma com um mecanismo de gestão, com uma política de recursos humanos, com valor de remuneração de médicos diferentes, não há um padrão homogêneo possível de ser estabelecido para que a rede converse. Isso é o sistema que precisa fazer”, diz Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP.As equipes de ESF (Estratégia de Saúde da Família) podem ser uma alternativa para atrair os pacientes de volta à atenção básica, mas desde que estejam completas, inclusive com médicos. Segundo a Secretaria da Saúde, a cidade de São Paulo possui 1.586 equipes de ESF espalhadas em todas as regiões da cidade.A pasta está contratando 133 médicos para compor as equipes incompletas. Cada equipe de ESF é composta por um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem, de quatro a seis agentes comunitários de saúde.“Também é preciso que a UBS dê suporte às reivindicações mais simples e atraia o munícipe. Como o paciente já sabe que a UBS não funciona, naturalmente procura o serviço de emergência. Com a pandemia de Covid-19, ele foi mais induzido a fazer isso. O que faz um hipertenso que procura um posto de saúde para um eletrocardiograma e precisa esperar um mês para fazer o exame? É preciso ter gente que olhe para a rede, estruture os serviços de fato e não tape buraco”, afirma Júnior.Como se dá o fluxo de atendimento na rede municipal de saúde de São Paulo? Para entrar na rede municipal de saúde é preciso obedecer a um fluxo para agendamento de consultas, exames e procedimentos. Primeiro, o paciente vai a uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e marca consulta com clínico geral, pediatra ou ginecologista, dependendo do caso.No total, na capital paulista são 468 unidades, segundo a secretaria. Destas, 82 são integradas com AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). Se necessitar de um especialista ou exame, o paciente fará novo agendamento e será colocado mais uma vez em fila de espera.A vaga é disponibilizada de acordo com a prioridade do caso e a oferta da especialidade, que poderá ocorrer em serviços municipais, prestadores conveniados/contratados ou estaduais. O mesmo vale para as cirurgias eletivas.A atenção primária tem capacidade para resolver boa parte dos problemas de saúde da população e ajudar a diminuir as filas, se for resolutiva e estiver mais presente nos territórios e nas comunidades. “Muitas situações que se agravam a ponto de demandar procedimentos, exames e cirurgias, e ficar na fila, poderão ser identificadas precocemente e ter outro desfecho”, ressalta Scheffer. Mais O que são as OSS (Organizações Sociais de Saúde) e como a gestão desses serviços pode impactar nas filas? Além de manter unidades e servidores próprios, a prefeitura mantém contratos com OSS (Organizações Sociais de Saúde), instituições filantrópicas que recebem recursos do município para atuarem como parceiras no gerenciamento de serviços de saúde.A gestão dos serviços que realizam exames, procedimentos e cirurgias é feita pelas OSS. Cabe à Secretaria da Saúde, que assina esses convênios e contratos, estabelecer parâmetros e critérios mais rígidos de elaboração destes instrumentos, além de estipular prazos máximos para a realização de consultas, exames e cirurgias eletivas.“A administração direta encolheu. Para se ter uma ideia, 65% dos recursos humanos da rede municipal é contratado por essas organizações. Virá mais uma eleição em que esse problema não será adequadamente apresentado nos programas e depois teremos propostas como o Corujão [da Saúde], totalmente midiático e descolado de qualquer compromisso com a continuidade. Não faltam recursos humanos, financeiros e rede de serviços”, afirma Scheffer.Quais estratégias foram colocadas em prática em gestões anteriores para diminuir as filas e o tempo de espera? A gestão de Fernando Haddad (2013-2016) implantou uma série de ações para melhorar a gestão das filas: um call center para confirmar data e horário do agendamento com 15 dias de antecedência, através de ligações e envio de mensagens. Segundo informação de dezembro de 2013, primeiro ano da gestão Haddad, com o serviço foi possível reduzir o absenteísmo em até 47% e aproveitar a agenda cancelada.Outra ação foi a implantação da Rede Hora Certa, que atendeu a uma demanda reprimida de assistência de média complexidade, e as carretas do Hora Certa Móvel, para diminuir a fila de exames de apoio diagnóstico, como endoscopia, colonoscopia, ultrassonografia, eletroneuromiograma e outros.Em 2017, a gestão de João Doria (PSDB) montou o programa Corujão da Saúde, que zerou nos três primeiros meses a fila de exames de imagem deixada pela gestão Haddad (PT) e foi vitrine do tucano, que renunciou ao cargo após 15 meses para disputar o governo paulista e deixou Bruno Covas (PSDB) em seu lugar.O programa atingiu a marca de 1.014.525 exames realizados, alcançando o objetivo de zerar a fila de 485,3 mil exames que eram remanescentes de 2016.Programas em formato de mutirão resolvem o problema pontualmente. Para Júnior, medidas como o Corujão da Saúde são paliativas.“Não há qualificação de especialistas, os ambulatórios de especialidades e as UBS têm baixíssima resolutividade. O paciente é encaminhado a um especialista para fazer uma avaliação extremamente simples, porque na unidade básica não tem o aparelho de eletrocardiograma ou raio X.""Nos ambulatórios de especialidade, quando o médico indica o tratamento não tem rede hospitalar para atender. A rede hospitalar é superlotada por causa de uma desorganização interna e isso não é um problema exclusivo da cidade de São Paulo. Existe uma desassociação entre o pronto-socorro e o hospital, ou seja, as unidades de atendimento emergencial não falam com as unidades de internação.” Mais Quais as principais deficiências do Samu? O Samu é um serviço de atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência, acionado pelo telefone 192. Algumas bases que permitiam atendimento das ocorrências dentro do tempo preconizado pelas entidades internacionais —até 12 minutos— foram desmontadas na gestão Covas.Em São Paulo, esse serviço chegou a ter 122 ambulâncias em operação, sendo 15 SAVs (Suporte Avançado de Vida), com médico, enfermeiro e condutor. Servidores do Samu-SP disseram à reportagem que há plantões em que esse número não chega nem na metade. Em agosto, esse serviço possuía 78 bases. Em dezembro de 2019, eram 73.O Samu também elaborava semestralmente um gráfico da mancha epidemiológica da cidade, que levava em conta os números de atendimento e tempo de deslocamento. O estudo orientava a necessidade de remanejamento das bases para que as ocorrências com risco imediato de morte fossem atendidas em até dez minutos.O chamado tempo-resposta, somado à modernização da central 192, renderam ao Samu-SP, em 2012, um Certificado de Acreditação como Centro de Emergências Médicas de Excelência. Na época, apenas 159 cidades no mundo tinham esse título, e São Paulo era a única na América Latina.A reportagem solicitou via Lei de Acesso à Informação os dados de atendimento do Samu-SP. Em dezembro de 2019, esse serviço abriu 1.012 ocorrências por dia. Destas, 489 foram atendidas. Em agosto deste ano, houve 847 abertas e em 626 a ambulância foi despachada para atendimento.Questionado sobre os tempos de resposta médio para atendimento de ocorrências onde há risco imediato de morte, o Samu-SP disse que não trabalha com esta classificação. Funcionários dizem que esse tempo é de pelo menos o dobro do que as equipes alcançavam antes, entre 12 e 15 minutos. Sobre o número de ambulâncias por tipo de tripulação, o serviço enviou apenas a média diária.
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Com pouco mais da metade da arquibancada ocupada, o treino da seleção brasileira, neste sábado (2), foi o segundo maior público do ano na Arena da Amazônia. O recorde, até agora, é de um jogo de futebol beneficente promovido por lutadores de MMA. Durante a semana, uma multidão compareceu às bilheterias para trocar 1 kg de alimento por um dos 35 mil ingressos, esgotados. O público presente, no entanto, era bem menor –do lado de fora, dezenas de cambistas tentavam vender entradas por R$ 10 cada. Durante o treino, os torcedores gritaram bastante os nomes de Philippe Coutinho e Neymar. No final, os dois derrubaram o mascote Canarinho, que sofreu durante horas sob o calor úmido e abafado de Manaus. O lateral Alex Sandro, da Juventus, convocado para o lugar de Marcelo, suspenso, já treinou em Manaus. O zagueiro Jemerson, do Monaco, chamado após contusão de Miranda, deve chegar para o treino deste domingo (3). Após a atividade, o Brasil embarca rumo a Barranquilla, onde enfrenta a Colômbia nesta terça-feira (5). A seleção de Tite já está classificada para a Copa de 2018. A Colômbia aparece em segundo lugar na tabela das eliminatórias sul-americanas. ALDO E RONYS Com o público abaixo do previsto, o recorde de público deste ano continua sendo a partida beneficente entre os Amigos do José Aldo e os Amigos do Ronys Torres. Os dois lutadores de MMA manauras reuniram 35.112 pessoas na Arena da Amazônia. Neste ano, apenas dois outros eventos esportivos reuniram mais de 10 mil pessoas no estádio: um amistoso da seleção brasileira feminina contra a Bolívia (16.198) e a semifinal, também de futebol feminino, entre Iranduba e Santos (cerca de 25 mil). Nenhum time do Amazonas disputa, neste momento, uma das quatro divisões nacionais de futebol masculino. As duas equipes locais que participaram da Série D foram eliminadas ainda na fase de grupos. Houve alguns jogos do pouco popular campeonato Estadual. Uma das partidas, entre Nacional e São Raimundo, teve público pagante de 214 torcedores. A Arena da Amazônia tem capacidade para 44,4 mil espectadores e custou R$ 660 milhões. A despesa anual do estádio, administrado pelo governo estadual, é de R$ 6,6 milhões. Parte desse custo é coberta por eventos não-esportivos, como a recente cerimônia de formatura de uma universidade privada. Defensor da arena, o colunista da Folha Paulo Vinícius Coelho disse que o problema é a incapacidade dos clubes do Amazonas para criar uma equipe competitiva. "Manaus adora futebol, olha o estádio quase cheio. Nos anos 1970, o Nacional participou do Campeonato Brasileiro várias vezes. Em 1974, passou de fase por renda, era a regra da época. Ou seja, tinha público no estádio aqui."
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Nego do Borel, 28, compartilhou um vídeo neste domingo (28) no qual fez um desabafo preocupante, afirmando não saber até onde vai aguentar e pedindo ajuda aos internautas. "Queria pedir uma coisa para vocês, porque não estou aguentando mais, queria pedir um pouquinho de amor, de carinho de vocês porque não sei até onde eu vou aguentar. Pedir ajuda à minha família, aos meus amigos, porque estou passando por um momento muito difícil onde muitas pessoas estão me julgando. E não sei o que vai acontecer comigo. Eu quero pedir ajuda. Por favor, me ajudem. Eu não estou aguentando mais". O músico continuou o desabafo dizendo que estava sendo acusado de coisas pesadas, em referência às denúncias que foram feitas contra ele pela atriz Duda Reis, 19, e outras ex-namoradas, que incluem agressão, violência doméstica, estupro e envolvimento com o crime. "Não quero que vocês acreditem em mim, não estou me vitimizando. Nada disso. Eu queria só que vocês esperassem a Justiça, a polícia que estudou muito para ser polícia, para fazer perícia, para fazer o que eles fazem. Eles vieram na minha casa, pegaram tudo, estão levantando tudo. O juiz não é bobo. Então, por favor, se vocês quiserem me julgar, podem me julgar, mas deixa o juiz dar a palavra final. Deixa a polícia apurar tudo direitinho, todas as acusações", disse Nego, emocionado. "Eu estou muito triste, magoado, não sei até onde eu vou aguentar, muitos amigos se afastaram de mim. Só quero um pouquinho de carinho de vocês. Só me dá um pouquinho de amor, de carinho, por favor, estou pedindo. Não se afastem de mim, não. Eu não aguento mais", implorou o funkeiro em outro trecho, emendando que quer aprender com os erros e que sua família tem ficado muito triste com tudo que ele está vivendo. Mais "Estou sofrendo muito. As pessoas estão falando que sou um monstro. Eu já errei e quero aprender, mas não sou isso tudo que estão falando. A minha família está destruída. A minha avó... a minha mãe está chorando. Não está tendo show, não está tendo nada para ganhar dinheiro, estou tendo que gastar dinheiro com um monte de coisa, com advogado. Eu não sou isso, eu construí minha carreira com tanto amor e tanta dificuldade", afirmou aos prantos, relatando problemas financeiros e dizendo que poderia ter escolhido o lado do crime, mas optou por seguir outro caminho."Tive a oportunidade de entrar para o tráfico, para ser bandido. Já perdi muito amigo por ser bandido. Essa é uma parada que se fosse na comunidade, se alguém falasse que estuprou, a pessoa ia morrer. É uma parada muito séria. Só preciso de um pouquinho de amor e carinho. De abraço. As pessoas estão se afastando de mim, as mulheres estão me chamando de homem escroto, de nojento. Eu não sou isso. Queria mostrar para vocês quem eu sou, para vocês saberem da verdade. Não sei como, nem por onde começar", disse antes de finalizar, ainda entre lágrimas, pedindo que as pessoas não o abandonem."Estou sem dormir há vários dias. Posso estar em festa, com meus amigos, mas eu estou destruído por dentro. Peço a ajuda de vocês: por favor, me ajudem. Não se afastem de mim!", concluiu Nego.
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Los servidores de la Anvisa (Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria) publicaron una carta abierta en defensa de la agencia, que se encuentra en plena disputa política por la obtención de las vacunas contra la Covid-19.En la misiva, los empleados reafirman "el carácter técnico e independiente del trabajo y las actividades que realizan los funcionarios de la agencia para promover y proteger la salud de la población".Ellos aseguran que estan acostumbrados a situaciones delicadas, pero garantizan que "el trabajo técnico está por encima de cualquier presión".“A lo largo de sus 20 años de existencia, la Agencia se ha consolidado como un referente en el sector sanitario precisamente por el trabajo desarrollado por sus colaboradores, que ha resultado en la reconocida excelencia de su desempeño regulatorio y la credibilidad de sus acciones y decisiones, basadas exclusivamente en criterios técnicos y científicos ”, reza el documento, que tiene el sello de Univisa, entidad que representa a los funcionarios.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original
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Eleito o melhor da temporada 2016-17 da Europa depois de liderar o Real Madrid ao título da Liga dos Campeões, o atacante Cristiano Ronaldo também vai usando as partidas oficiais pela seleção de Portugal para reforçar sua candidatura a mais um prêmio de melhor jogador do mundo em 2017. Nesta quinta-feira (31), o craque disparou na artilharia das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo da Rússia-2018 ao anotar três gols na vitória portuguesa sobre as Ilhas Faroe, por 5 a 1, em Porto. O volante William Carvalho e o atacante Nélson Oliveira completaram. Com o "hat-trick", Ronaldo chegou a 78 gols em jogos oficiais por Portugal. Desta forma, superou a contagem de gols de Pelé pela seleção brasileira (77). A diferença? O português precisou de 144 partidas para chegar a este número (média de 0,54 por jogo), enquanto ao brasileiro bastaram 92 partidas (média de 0,83). Pelas eliminatórias, Ronaldo soma agora 14 gols em seis partidas, com impressionante média de 2,3 por rodada. Sozinho, ele já fez mais gols do que 43 seleções europeias nesta disputa, até esta quinta. Um desses gols foi marcado com um belíssimo voleio na grande área. "Já vinha há algum tempo buscando um gol assim. É o que faltava na minha carreira", afirmou o atacante. "Foi uma jogada bonita e já vou ver a repetição." Ronaldo tem agora três gols de vantagem sobre o polonês Robert Lewandowski nas eliminatórias europeias. Contando as disputas por vagas na Copa do Mundo nas seis confederações filiadas à Fifa (Federação Internacional de Futebol), apenas o saudita Mohammed Al-Sahlawi fez mais gols que Ronaldo. Ele tem 16 tentos, mas em número maior de partidas (13). Apesar da tranquila vitória em casa, a seleção dirigida por Fernando Santos, atual campeã europeia, ainda segue na segunda colocação do Grupo B das eliminatórias, com 18 pontos, três a menos da Suíça. Ao lado da Alemanha, que joga nesta sexta (1º) contra a República Tcheca, a Suíça é a única equipe do continente que tem aproveitamento de 100% nas eliminatórias. Pela sétima rodada, o país bateu Andorra por 3 a 0. FRANÇA ARRASADORA Em um dos clássicos da rodada, a França goleou a Holanda por 4 a 0, pelo Grupo A. O resultado deixa os franceses na liderança da chave, com 16 pontos. Novo companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain, em contratação anunciada nesta quinta, o centroavante Kylian Mbappé, 18, entrou no segundo tempo e anotou o quarto gol da vitória, já nos acréscimos. Ex-Monaco, ele custou 180 milhões de euros. Terceira colocada no Brasil-2014, a Holanda fica em uma situação bastante complicada, caindo agora para o quarto lugar, com dez pontos. A Bulgária a ultrapassou na tabela, subindo para terceiro, com 12, depois de bater a Suécia por 3 a 2, em casa. Os suecos têm 13 pontos, em segundo lugar, garantindo no momento ao menos uma vaga na repescagem do continente.
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No esforço de aprovar o pacote de ajuste fiscal para equilibrar as contas de seu governo, a presidente Dilma Rousseff pediu para adiar a votação de um projeto que reajusta os salários do Judiciário e terá impacto de R$ 16 bilhões no orçamento da União até 2017, R$ 2 bilhões só neste ano. Durante reunião da coordenação política do governo, nesta segunda-feira (11), o senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse que o PL 28/2015, que estabelece um reajuste escalonado de, em média 59,49%, para os servidores do Judiciário, deve ser aprovado esta semana pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Delcídio e o líder do governo no Congresso, deputado José Pimentel (PT-CE), apresentaram a Dilma um estudo sobre o impacto orçamentário do projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e será examinado pelo Senado. Na reunião, Dilma mostrou surpresa e preocupação com a informação de que um projeto de lei prestes a ser aprovado no Senado terá tal impacto e cobrou sua equipe econômica por não ter monitorado o tema antes. A presidente disse que o governo é contra o projeto de lei e por isso pediu ao senador petista que tente adiar a votação na comissão. Com pedido de vista na semana passada, Delcídio já havia adiado a votação, mas afirmou que não deve conseguir mais um adiamento já que outros senadores estão empenhados na aprovação da matéria. TABELA O projeto de lei, de autoria do STF (Supremo Tribunal Federal), altera a tabela de vencimentos das carreiras do Poder Judiciário. O aumento varia, de acordo com a classe e o padrão do servidor, de 53% a 78,56%. Em média, portanto, corresponde a 59,49%. Segundo parecer favorável do relator, senador José Maranhão (PMDB-PB), a remuneração desses servidores "encontra-se defasada em relação a carreiras equivalentes dos Poderes Executivo e Legislativo." Caso aprovado, o acréscimo será implementado em seis parcelas sucessivas, entre julho de 2015 e dezembro de 2017.
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A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto no início de março, afirmou em nota divulgada neste sábado (17) que os relatos de violência contra outras mulheres e crianças cometidas pelo vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, são um padrão.De acordo com a nota assinada por três advogados da professora, presa sob suspeita de envolvimento morte do próprio filho, a diferença do caso Henry "foi a morte da criança".Monique, que compartilhava a defesa com o namorado, decidiu ter a própria representação, e os novos advogados pedem que ela preste novo depoimento sobre o caso. A nota foi divulgada após a Polícia Civil afirmar ter informações suficientes para encerrar as investigações."Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para 'calar Monique' ou não se buscar a verdade por completo", afirmou a nota, assinada pelos advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad.Três mulheres já declararam à polícia que foram vítimas de agressão do vereador. Elas relatam que seus filhos também foram alvo de violência de Jairinho. A última a relatar o caso prestou depoimento nesta sexta-feira (16) após negar à imprensa ter sofrido abuso do suspeito. Mais "A defesa observou, do estudo dos novos elementos do inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança", escreveram os advogados.Diretor do DGPC (Departamento-Geral de Polícia da Capital), o delegado Antenor Lopes afirmou nesta sexta-feira (16) que já há elementos suficientes para encerrar as investigações do caso Henry na Polícia Civil e encaminhar os resultados para o Ministério Público do Rio de Janeiro.Dr. Jairinho e Monique Medeiros estão presos temporariamente desde o dia 8 de abril. Eles são suspeitos de homicídio qualificado de Henry no dia 8 de março.No início da semana que vem, investigadores e peritos devem acertar os últimos detalhes do inquérito, e o delegado responsável pelo caso deverá apresentar o relatório final. “Nós julgamos ter provas muito contundentes, mais do que suficientes, para que o caso seja levado à Justiça”, afirmou Lopes.A informação foi dada após o depoimento da assistente social Débora Saraiva, 34, ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, na 16ª Delegacia de Polícia da capital, na Barra da Tijuca (zona oeste)Segundo o delegado, Débora voltou atrás no depoimento anterior e confirmou que ela e o filho, então com dois anos, sofreram agressões do parlamentar durante os seis anos em que se relacionaram.“Ela disse que foram tantas agressões que nem sequer conseguia lembrar a quantidade exata de vezes que apanhou do Dr. Jairinho”, afirmou. "Tudo isso demonstra como foi importante o pedido de prisão temporária, porque as testemunhas vêm apresentando novas versões", disse Lopes.Jairinho ainda não constituiu oficialmente novo advogado. De acordo com o jornal O Globo, o defensor do vereador será o advogado Braz Sant'Anna, ex-defensor público. Procurado pela Folha, ele não respondeu às mensagens enviadas.
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Os investimentos diretos no Brasil caíram 68% em maio na comparação com o mesmo mês de 2019, para US$ 2,6 bilhões. O número é o menor registrado para meses de maio desde 2018 e mostra um menor apetite por ativos no país em meio à crise do coronavírus.O indicador representa uma das principais fontes de financiamento da atividade no país e é a categoria de investimento de maior destaque no relacionamento econômico e financeiro do Brasil com o resto do mundo, na visão do Banco Central.O fluxo do mês foi composto por ingressos líquidos de US$ 2,2 bilhões em participação no capital de empresas e de US$ 354 milhões em operações entre companhias.Apesar da piora em relação ao ano passado, os números de maio evoluíram na comparação com abril, quando os ingressos líquidos em investimentos diretos no país ficaram em apenas US$ 234 milhões (queda de 95% ante os US$ 5,1 bilhões de abril de 2019).Maio continuou registrando saída líquida de investimento em portfólio no mercado doméstico, de US$ 2,2 bilhões (também mais brando que em abril, quando a retirada havia sido de US$ 7,3 bilhões).De qualquer forma, o acumulado nos últimos 12 meses mostra uma saída de US$ 50,9 bilhões do portfólio doméstico, o maior valor já registrado pelo BC. Os técnicos da autoridade monetária veem os valores como significativos.Em junho, os dados colhidos pelo BC até o dia 19 mostram certo retorno do capital externo, mostrando um investimento direto no país de R$ 2,2 bilhões. Além disso, há até essa data entrada líquida no portfólio doméstico de US$ 1,2 bilhão, sendo US$ 0,8 bilhão em ações e US$ 0,4 bilhão em títulos.Para Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, as incertezas da economia no Brasil e no mundo impedem concluir que os dados positivos de junho representam uma reversão de tendência."Nós não temos condições de afirmar isso, os fluxos de portfólio são muito voláteis. A situação econômica no Brasil e no mundo ainda é muito incerta, medidas e novidades estão acontecendo a todo momento. Então, nesse conjunto, a gente ainda não pode cravar que é uma reversão", disse. Os dados apresentados pelo BC mostram ainda que a retração da atividade econômica levou o país a apresentar um superávit nas transações correntes, que consideram o fluxo de bens e serviços entre os residentes do Brasil e o mundo.O número é afetado pelas exportações e importações da balança comercial, que tradicionalmente apresenta superávit em momentos de baixa atividade doméstica (em grande parte, o país é importador de bens e produtos nas épocas de expansão).Segundo os dados apresentados pelo BC, as transações correntes apresentaram superávit pelo terceiro mês consecutivo, a US$ 1,3 bilhão (uma reversão em relação ao déficit de US$1,4 bilhão em maio de 2019).O superávit é registrado em meio à restrição na economia doméstica com as medidas de isolamento causadas pelo coronavírus. "São os efeitos da pandemia e da crise que ela causa", disse Rocha.O estoque de reservas internacionais aumentou US$ 6,4 bilhões em relação a abril e chegou a US$ 345,7 bilhões em maio. O acréscimo, segundo o BC, decorreu principalmente das intervenções líquidas no mercado de câmbio, compostas por US$ 3,8 bilhões de retornos em linhas com recompra, US$ 2,2 bilhões de retornos nas operações compromissadas em moeda estrangeira, e US$ 520 milhões de vendas à vista.
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La Defensoría Pública de la Policía de São Paulo investiga las denuncias de nueve muertes más en manos de la policía que presuntamente ocurrieron entre el domingo (30) y este lunes (31) en Guarujá, en el litoral paulista, en el marco de un megaoperativo de seguridad en la zona.Como resultado, el total de muertes desde el viernes (28), cuando comenzó la acción policial, podría llegar a 19: la Defensoría ya había confirmado otras diez víctimas, que habrían perdido la vida el domingo por la tarde.En un comunicado la mañana de este lunes, el gobernador Tarcísio de Freitas (republicanos) anunció que la operación en la costa había dejado hasta el momento ocho muertos. En el inicio de la noche, el delegado Antônio Sucupira, jefe de la comisaría de Guarujá, afirmó que el lunes hubo dos óbitos más. Con ello, el número confirmado por el gobierno estatal llega a diez.En su declaración, Tarcísio defendió la actuación de la policía y dijo que no hubo excesos por parte de los agentes. "No hay nada de eso", dijo. También afirmó que está "muy satisfecho con la acción policial, y muy triste porque nada traerá de vuelta a un padre de familia", refiriéndose al soldado Patrick Reis, de Rota (fuerza élite de la PM de São Paulo). En un acto aquella noche, después de que Folha ya hubiera informado sobre la investigación de las nueve muertes más, se negó a comentar sobre el tema.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original
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As ações da Apple, a maior empresa do mundo, recuaram ao nível de outubro de 2014, em meio a preocupações sobre a desaceleração nas vendas do iPhone. Os papéis fecharam nesta quarta (6) cotados a US$ 100,70, queda de 1,96%, depois de o jornal japonês "Nikkei" publicar que a Apple deve cortar a produção dos modelos mais recentes do smartphone em cerca de 30% no trimestre de janeiro a março devido ao acúmulo de estoques. As preocupações foram intensificadas após a Foxconn, que fabrica produtos para a empresa, afirmar que recebeu incentivos do governo chinês para manter o nível de funcionários, apesar da queda na produção. Procurada, a Apple não se pronunciou sobre o aumento nos estoques. Também nesta quarta, a Apple anunciou que seus clientes compraram em aplicativos para iPhone, iPad, Mac, a Apple Watch e Apple TV mais de US$ 20 bilhões na App Store em 2015, valor recorde. O dia 1ª deste mês foi o melhor da história, com US$ 144 milhões.
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Um dos trunfos do técnico Tite para buscar a vitória contra o Once Caldas, da Colômbia, na estreia da Libertadores, é a torcida do Corinthians. O treinador gaúcho disse neste domingo (1º), após o Corinthians bater o Marília por 3 a 0, no Itaquerão, que conta com o apoio dos torcedores na quarta-feira (4) para vencer novamente. "O carinho da torcida do Corinthians é diferente. O jogador percebe quando há um burburinho, desconfiança no estádio. Quando há o apoio da torcida, o jogador fica maior, cresce. Se houver isso, o Felipe vai ficar maior, o Lodeiro, o Petros...", disse Tite. A expectativa da diretoria do Corinthians é ter o estádio lotado para o duelo contra o Once Caldas e transformar o Itaquerão em um caldeirão. Será a primeira vez que a casa alvinegra receberá um jogo de Libertadores –o local foi inaugurado em maio do ano passado. "Além da torcida, vamos estar preparados. O nível de concentração tem de ser alto para não se deixar levar por um erro de arbitragem, a provocação do adversário", ressaltou Tite. O jogo de volta contra o Once Caldas será na próxima quarta-feira (4), em Manizales. Quem avançar vai encarar São Paulo, Danubio (Uruguai) e San Lorenzo (Argentina) na fase de grupos.
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O presidente interino, Michel Temer, ordenou a suspensão do empenho de cerca de R$ 400 milhões em ministérios como Cidades, Saúde, Turismo e Integração Nacional que foram reservados pelo governo de Dilma Rousseff às vésperas da votação do impeachment no Congresso. Um dos ministros disse à Folha, em caráter reservado, que "a esmagadora maioria" dos recursos atendia a deputados e senadores que votaram em favor de Dilma. Segundo mapeamentos dessas pastas, o Ministério das Cidades suspendeu repasses de quase R$ 300 milhões –metade disso já empenhada–, enquanto o Turismo cancelou a liberação de R$ 87,4 milhões. No caso da Saúde, suspendeu-se o empenho de R$ 40 milhões, dos quais metade havia sido destinada somente ao Maranhão. O Estado é governado por Flávio Dino (PC do B), aliado de Dilma e um dos principais articuladores contra o impeachment. Auxiliares de Temer relataram à Folha que os recursos foram empenhados, ou seja, tornaram-se oficialmente previstos para pagamento pela administração pública, sem base técnica e, algumas vezes, sem projetos aprovados nos municípios. "Parte era de empenhos sem correspondência financeira. Ou seja, o governo não tinha nem como pagar", afirma o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). No mês que antecedeu a votação do impeachment na Câmara, o Ministério do Turismo empenhou R$ 71 milhões para obras de infraestrutura –o montante equivale ao total disponível para todo o ano. Em um só dia, o da sessão do Senado, foram reservados R$ 17 milhões para ações de marketing. A ordem geral, chancelada por Temer, foi dada pelo ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Segundo ele, "as medidas foram tomadas às pressas" pelo governo anterior e, por isso, "precisam ser revistas". Questionado sobre o perfil dos deputados e senadores beneficiados pelos recursos, Geddel disse que não faria "ilações". Ainda não há um cálculo do montante total de recursos empenhados por Dilma que foram suspensos por Temer. Cada pasta está fazendo o seu próprio levantamento e, nas próximas semanas, o governo interino pretende começar a organizar sua redistribuição. As datas da maior parte dos empenhos coincidem com o período em que a equipe de Dilma atuou intensamente para tentar barrar o impeachment na votação no plenário da Câmara, em 17 de abril, e a aprovação do afastamento da petista, em 12 de maio pelo Senado. No fim de março, por exemplo, o governo Dilma chegou a editar um "Diário Oficial da União" extra para apressar a liberação de verbas orçamentárias. O objetivo era ampliar os limites de desembolso mensal para oito ministérios e para operações de empréstimo. O total de despesas para o ano não foi alterado, mas os pagamentos puderam ser feitos de forma mais rápida.
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tocou o violino como a plateia em Davos quis ouvir em seu primeiro contato com uma audiência no exterior, mas reforçou a impressão generalizada de agentes econômicos de que o mandatário transpira superficialidade.Se não falou a palavra "posto Ipiranga", apelou a similares ao responder às perguntas previsivelmente dóceis de Klaus Schwab, o fundador do fórum em Davos. Deu respostas tão seguras quanto genéricas: Sergio Moro terá todas as condições para combater a corrupção, o Brasil não é um monstro desmatador de florestas, as reformas econômicas são a prioridade (quando e quais enviará, a ver).Some-se a isso ao uso de menos de 10 dos 45 minutos disponíveis para se apresentar no tão esperado discurso e a imagem ficou cristalizada. Ali, as palavras tinham a densidade de um programa de campanha eleitoral. Não ajudou muito Bolsonaro o fato de estar visivelmente nervoso, mexendo-se de lado a lado durante a fala, lida.Apenas duas notas dissonantes ao concerto apresentado por violino lembraram a plateia das características potencialmente hunas do novo governo, para ficar na expressão renegada pelo seu vice, general Hamilton Mourão.A primeira, de resto água com açúcar perto do que o público brasileiro se acostumou a ouvir do presidente, foi a referência a "família", "direito à vida e à propriedade". Davos, por todo o poder e dinheiro que acolhe, é um fórum que gosta de se vender como progressista nos costumes —vide a presença de popstars com discursos bacanas sobre como salvar a África da miséria em edições passadas.Ainda assim, não surgiu um Bolsonaro criticando movimentos migratórios. Nem a coleção de impropérios ao chamado globalismo que impregna as manifestações do chanceler Ernesto Araújo, ainda que tenha soltado seu empenho em combater a "esquerda bolivariana" na América Latina.O presidente falou novamente em evitar "viés ideológico" nas suas tratativas comerciais, mas nenhuma palavra sobre o embate entre China e EUA. Zero a zero. Por outro lado, a já decidida manutenção do Brasil nos Acordos de Paris curiosamente não surgiu, sendo trocada por platitudes defensivas acerca da conservação do ambiente no país.Outra nota fora do tom foi a versão amputada e adaptada do lema de sua campanha, agora "Deus acima de tudo" —a metade tropicalizada do "Deutschland über alles" talvez pegasse mal na Europa. É de se imaginar o que os poderosos presentes acham de tal apelo religioso, tão ao agrado de sua base evangélica em casa.Tudo somado, Bolsonaro passou num primeiro teste fácil, mas perdeu a oportunidade de causar uma boa impressão. A bola está com Paulo Guedes, Sergio Moro e companhia.
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Com a seleção brasileira classificada para a Copa, o técnico Tite já sinalizou que as próximas quatro partidas das Eliminatórias e os amistosos servirão para testes visando ao Mundial da Rússia. Na lista de convocados para enfrentar Argentina, nesta sexta-feira (9), e Austrália, no dia 13, ambos em Melbourne, está Giuliano, 27. A presença do meia do Zenit nesse período de observações alimenta a esperança de brasileiros que atuam em clubes russos de estarem no torneio daqui a um ano. "A liga está crescendo. Os níveis técnico, tático e físico aumentaram bastante. Todos os jogadores que se destacam merecem ser olhados de maneira diferente, independentemente de ser no campeonato inglês, russo ou chinês", disse Giuliano à Folha. Um dos 13 brasileiros que jogam na Rússia, ele é citado como o exemplo a ser seguido entre os que tentam uma vaga na seleção nacional. "Tenho certeza de que o Tite está acompanhando o futebol russo. Grandes jogadores atuaram aqui e foram chamados para a seleção no passado, como foi o caso do Hulk, e agora com o Giuliano", disse Vitinho, 23, que se destacou no Brasil atuando por Botafogo e Internacional. Na última temporada da liga russa, o atacante do CSKA Moscou anotou seis gols em 13 partidas. Os dois últimos foram na vitória por 4 a 0 sobre o Anzhi, que valeu a ida para a fase preliminar da Liga dos Campeões. "Pelo fato de a Copa ser aqui, traz holofotes. Com certeza dá para mostrar serviço jogando na Rússia, e o Giuliano é exemplo disso", afirmou o volante Fernando, 25, titular do campeão Spartak Moscou, que findou jejum de 16 anos sem o título nacional. Revelado pelo Grêmio, ele fez parte da seleção brasileira na conquista da Copa das Confederações de 2013. Além de Fernando, outro jogador que atua na Rússia e tem convocações no currículo é o centroavante Luiz Adriano, 30, também do Spartak. Revelado pelo Internacional, atuou pela equipe nacional entre 2014 e 2015. Ele chegou à Rússia em janeiro, após fracassar no Milan, e marcou somente dois gols em oito partidas. FORA DO AR Em que pese ser o país da Copa, a Rússia não tem o seu campeonato transmitido em nenhuma emissora brasileira, diferentemente do que aconteceu em um passado recente, quando a ESPN chegou a exibir o torneio. Além disso, o campeonato perdeu valor de mercado com a saída de alguns de seus destaques para a China, como o atacante Hulk e o meio-campista belga Axel Witsel. De acordo com o site Transfermarkt, especializado em estatísticas financeiras no futebol, a temporada 2016/2017 da Liga Russa, que contou com a participação de 16 equipes, teve valor de mercado de 695,8 milhões de euros (cerca de R$ 2,5 bilhões). Na edição 2015/2016, o total foi de 1,1 bilhão de euros (cerca de R$ 4 bilhões). Atualmente, a Liga Russa é menos valiosa que o Brasileiro, pelos números do Transfermarkt. O valor da liga nacional é de 790,1 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões).
esporte
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A declaração de um homem de que é bisneto do Touro Sentado foi confirmada pela análise de DNA de uma mecha de cabelo do líder indígena norte-americano, no que se considera a primeira vez que um teste genético corrobora o vínculo familiar entre uma personalidade histórica e um descendente vivo. O feito foi possível graças a uma nova técnica, capaz de produzir informação genética útil a partir de uma amostra pequena ou fragmentada de DNA antigo, desenvolvida por uma equipe de cientistas, chefiada pelo professor Eske Willerslev, da Universidade de Cambridge, e do Centro de Geogenética da Fundação Lundbeck, na Dinamarca.Suas descobertas foram publicadas nesta quarta-feira (27) em um artigo na Science Advances. Agora, os mesmos métodos podem ser usados para investigar outras personalidades histórias, do foragido Jesse James à família do czar russo, caso se disponha de uma amostra de DNA antigo. Estudos genéticos antigos têm buscado coincidências entre o DNA específico no cromossomo "Y", transmitido pela linhagem masculina ou, se a pessoa morta era mulher, o DNA específico nas mitocôndrias transmitido pela mãe. Neste caso, nenhum dos dois métodos pôde ser usado, pois o homem, Ernie LaPointe, de 73 anos, afirmou estar vinculado com Touro Sentado por parte de mãe, explicou Willerslev à AFP.Em seu lugar, ele e seus colegas encontraram uma forma de buscar o DNA "autossômico" não específico do sexo. Eles encontraram uma pequena quantidade de DNA autossômico na amostra de cabelo e desenvolveram em seguida um método para compará-lo com o DNA de LaPointe e outros 13 membros da tribo Lakota Sioux, para ver se as semelhanças no genoma realmente indicavam uma relação próxima ou eram lugar comum. "Com base nisso, pudemos estimar o nível de parentesco com Touro Sentado e isso encaixa com o bisneto", confirmou Willerslev, acrescentando: "Temos 100% de certeza". "Ao longo dos anos, muitas pessoas tentaram questionar a relação que minhas irmãs e eu temos com Touro Sentado", contou LaPointe em nota à imprensa da Universidade de Cambridge. Lapointe acredita que os restos mortais de Touro Sentado estejam atualmente em um sítio em Mobridge, Dakota do Sul, em um local que não tem ligação significativa com o guerreiro e a cultura que representava. Embora tivesse registros históricos que atestavam a relação, como certidões de nascimento e óbito, LaPointe buscou a evidência de um vínculo genético para ajudá-lo a ter o direito de sepultar os restos de seu antepassado em um local mais apropriado. Antes de poder movê-los, os restos deverão ser analisados de forma similar à amostra.Touro Sentado, cujo nome verdadeiro era Tatanka-Iyotanka (1831-1890), chefiou 1.500 guerreiros Lakota na Batalha de Little Bighorn, em 1876, e acabou com o general americano Custer e cinco companhias de soldados. Foi morto a tiros em 1890 pela "Polícia Indígena", que atuava em nome do governo dos Estados Unidos. "O Touro Sentado sempre me fascinou e quando era jovem, queria ser um nativo americano", expressou Willerslev. Há cerca de uma década, Willerslev soube da busca de LaPointe para confirmar seu parentesco por DNA e ofereceu seus serviços. A mecha do couro cabeludo de Touro Sentado foi entregue a LaPointe pelo Instituto Smithsonian em 2007, mas antes que pudesse entregá-la a Willerslev, quis saber se as intenções do cientista eram idôneas. LaPointe pediu a Willerslev para participar de uma cerimônia em um quarto escuro, com tambores e cânticos, da qual também participou um curandeiro. "Uma luz azul esverdeada apareceu no meio do quarto e eu sou um cientista por natureza. Sendo assim, pensei, bom esse é o curandeiro correndo com uma lâmpada, mas quando estiquei a mão na escuridão, não havia ninguém ali", lembrou Willserslev. Em seguida, ele e seus anfitriões foram fumar um cachimbo Lakota e comer carne de búfalo e LaPointe lhe informou que aquela luz arrepiante era o espírito de Touro Sentado dando sua bênção ao estudo. No entanto, LaPointe deu a Willerslev apenas quatro dos 30 centímetros da mecha, e em seguida queimou o resto, seguindo as instruções do suposto espírito. Willerslev sentiu naquele momento que aquilo tinha sido "desastroso" porque não teria DNA suficiente, mas as circunstâncias obrigaram a equipe a desenvolver seu método inovador no transcurso dos dez anos seguintes.
ciencia
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O técnico Tite avaliou que a vitória do Corinthians por 2 a 1 sobre o Figueirense na noite de sábado (27) foi merecida. Apesar do triunfo, o treinador destacou que o time está em busca do pleno entrosamento. "A equipe está procurando seu ponto de equilíbrio. Ter um volante é bem diferente de ter dois. Por isso queria o Bruno, porque o Marciel sempre trabalhou na segunda função na base e estrear em uma função que você não está acostumado é um risco muito grande. Então o que o técnico faz? É oportunizar esta forma em jogo. A calma, a coordenação dos movimentos ela vai", comentou o técnico. O Corinthians entrou em campo com uma formação inicial mais ofensiva, com três atacantes – Malcom, Luciano e Vagner Love, e apenas um volante, Bruno Henrique. O meia Renato Augusto também comentou as mudanças no esquema tático. "Não tem jeito, temos de trabalhar mais com isso. Varia muito do 4-1-4-1 para o 4-3-3. É um esquema que está dando certo, mas o desgaste físico é muito grande. A gente precisava vencer. Agora é descansar porque temos uma pedreira pela frente", falou o meia. Na quinta-feira (2), o Corinthians encara a Ponte Preta, em casa, pela 10ª rodada do Brasileiro. A equipe da capital ocupa o quinto lugar na competição, com 16 pontos.
esporte
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A Fifa anunciou nesta sexta-feira (20) que triplicará o valor do pagamento feito aos clubes que cedem atletas para as seleções participantes da Copa do Mundo. A entidade irá repassar US$ 209 milhões (cerca de R$ 682 milhões) aos times como parte de um acordo de colaboração para cada um dos Mundiais de 2018 e 2022. No acerto, os clubes ganharam também um peso maior na organização do calendário internacional de partidas, que determina as datas de jogos de nações e clubes. A decisão da Fifa aparentemente acalmou os clubes europeus, que exigiam uma compensação pela realização da Copa do Mundo de 2022, no Qatar, nos meses de novembro e dezembro. As datas foram confirmadas pela Fifa nesta quinta-feira (19) e forçam a paralisação da temporada europeia por cerca de dois meses. "A Fifa e a Associação de Clubes Europeus estão contentes em anunciar uma extensão no acordo de colaboração, que foi estabelecido pela primeira vez para a Copa do Mundo de 2010", disse a Fifa em um comunicado. Um total de US$ 70 milhões (R$ 220 milhões) foi distribuído para clubes que liberaram jogadores para a Copa do Mundo do Brasil no ano passado. "Nós estamos fazendo um grande avanço na melhoria de relações entre a Fifa e os clubes em um espírito mutuo e de cooperação construtiva", disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
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A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, por unanimidade, afastar Vânio Aguiar da administração da massa falida do Banco Cruzeiro do Sul. O relator Enio Santarelli Zuliani considerou que o fato de Aguiar acumular também o comando da massa falida do Banco Santos configurava conflito de interesse, acolhendo recurso impetrado pelos antigos advogados do dono do Cruzeiro do Sul, Luís Octávio Índio da Costa. O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Fernando Antônio Maia da Cunha e Carlos Teixeira Leite Filho na sessão da 4ª Câmara na tarde desta quarta (16). A massa do Banco Santos cobra na Justiça cerca de R$ 300 milhões do Banco Cruzeiro do Sul - o que tornou Vânio Aguiar simultaneamente administrador das duas partes do mesmo litígio. O pedido de afastamento de Vânio Aguiar havia sido rejeitado pelo juiz da 2ª Vara de Falências de São Paulo, Paulo Furtado, que nomeou um administrador "ad hoc" para representar o Cruzeiro do Sul no litígio específico com o Banco Santos. O TJ, agora, reformou a decisão e afastou Aguiar do Cruzeiro do Sul. Caberá ao juiz da 2ª Vara de Falências nomear um novo administrador. O Cruzeiro do Sul entrou em liquidação judicial em setembro de 2012 por decisão do Banco Central. O Banco Santos quebrou em 2005. A Folha procurou Vânio Aguiar, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
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Pianista em uma igreja evangélica em Angola, Yasmin Sunda, 18, foi preso e torturado pela polícia local, acusado de ser um opositor do regime que governa o país. Sua família teve os bens confiscados. O pouco que restou foi usado para mandar Yasmin para São Paulo. "Já arrumei um emprego de ajudante de cozinha aqui. Agora, meu sonho é trazer minha mãe e meus dois irmãos", diz. No albergue da prefeitura em que Yasmin vive com outros estrangeiros, no centro da capital, histórias como a dele são comuns. Gente perseguida por regimes autoritários da África por questões políticas ou religiosas. Africanos puxam uma onda migratória que fez com que explodisse o número de estrangeiros nos albergues da capital paulista. No fim de abril, eram 1.239 estrangeiros acolhidos, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social. Um ano antes, um censo registrava 556 —aumento de 123%. Dois abrigos emergenciais foram criados pela gestão Fernando Haddad (PT) para atender à nova demanda. Nesses locais, a grande maioria dos imigrantes vêm de Angola —em abril, eram 560. ATIVISTA Basta digitar o nome do angolano Raul Lindo Mandela, 32, no Google para entender por que ele fugiu do país. Há notícias de perseguição por parte da polícia e até de seu espancamento por organizar protestos contra o governo. "O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, está há 37 anos no poder. É um regime sanguinário", afirma o ativista. Ele diz que fugiu porque não queria ser preso ou morto como seus amigos. "Tive amigos que foram condenados apenas por ler um livro, 'Da Ditadura à Democracia', de Gene Sharp." Raul quer cursar faculdade no Brasil em uma área ligada a direitos humanos e voltar à luta em seu país. A prefeitura também detectou um grande número de angolanas que estão chegando à cidade. "Na véspera do Carnaval, chegou um grupo de 50 mulheres angolanas com filhos. Não tínhamos espaço para colocá-las nos acolhimentos regulares e abrimos um emergencial", diz a secretária municipal de Assistência Social, Luciana Temer. RECOMEÇO A segunda nacionalidade estrangeira em número nos centros de acolhimento da cidade é a congolesa. Vizinho de Angola, o país também é cenário de sangrentos conflitos internos. "A música que se dança em Angola é a mesma que se dança no Congo", diz o cabeleireiro Mapasa Lonhi, 35. Ele traz na face as marcas da violência do país: teve um olho perfurado por uma faca. "Me obrigaram a entrar no exército, eles matavam, faziam atrocidades com as pessoas. Então, falei para eles que estava errado", diz. A queixa lhe custou o olho. Quando chegou a São Paulo, há seis meses, Mapasa vagou pela rua por cinco dias. Um homem, também africano, o viu e o encaminhou para o albergue onde vive hoje. O congolês fez aulas de português e quer trabalhar como cabeleireiro. Além das aulas de português, o Crai (Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes), da prefeitura, presta auxílio jurídico para a questão migratória e dá cursos profissionalizantes. "A gente não tem como abrigar e albergar todo mundo. A ideia é sempre dar autonomia", afirma o secretário municipal de Direitos Humanos, Felipe de Paula. Diferentemente dos moradores de rua brasileiros, muitos com problemas com álcool e outras drogas, os estrangeiros costumam sair com rapidez dessa situação. Um exemplo citado por Felipe de Paula é o dos haitianos. Após uma onda migratória que trouxe milhares deles a São Paulo, há apenas 36 na rede de acolhida para moradores de rua. Hoje, empurrados pela crise, muitos deles têm deixado o Brasil e ido para o Chile. Nação Guaianases
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Dos dez cargos mais bem pagos no Executivo federal, oito têm poder de lobby no Congresso Nacional ou relação com o Judiciário. Os salários médios líquidos por mês giram em torno de R$ 20 mil.Lá no topo estão carreiras da AGU (Advocacia-Geral da União), da Defensoria Pública da União e do Ministério da Economia. A pasta comandada por Paulo Guedes é a autora da reforma administrativa.As informações constam da nota técnica Remunerações dos Servidores Civis Ativos do Executivo Federal (1999-2020). Os autores são Félix Lopez e José Teles Mendes, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Figuram na elite procuradores da Fazenda, defensores públicos, advogados da União, auditores fiscais, analistas de comércio exterior, auditores, delegados da Polícia Federal e peritos criminais federais.A Anadef (Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos Federais) afirmou, após a publicação da reportagem, que a carreira, desde 2013, tem autonomia, não pertencendo ao Executivo.Segundo os pesquisadores, a análise deles não considerou a estrutura legal das carreiras, mas a fonte de pagamento, que no caso dos defensores públicos permanece no Siape (Sistema Integrado de Administração de Pessoal), onde está a base de remuneração no Executivo.Os cargos com maiores salários têm em comum formação superior. "A exigência da escolaridade mínima é decisiva para explicar os grupos remuneratórios", afirma Lopez.Carreiras com graduação, por exemplo, são as que tiveram maiores reajustes ao longo dos anos. Em 1999, elas ganhavam em média R$ 6.938 —mais de 50% acima das dos servidores com ensino médio. Em 2020, a diferença foi a 87%.O aumento real, de 1999 a 2020, foi de 22% para os graduados, 8% para aqueles com ensino médio e 10% para quem têm apenas o fundamental.​De acordo com o estudo, considerados os 10% dos servidores civis mais bem pagos no Executivo federal, a média salarial líquida é de R$ 19,1 mil. Eles concentram 25,7% da renda total.Lopez destaca que, além da escolaridade, outros fatores influenciam a alta remuneração.Não tenho dúvida de que a pressão política sobre o Parlamento, o lobby, é decisiva para explicar parte das diferenças remuneratórias pesquisador do Ipea"Pode-se perguntar: 'Por que carreiras ou ocupações vinculadas à área judiciária ou do direito têm maior remuneração média que as demais carreiras?'. De alguma forma, o setor público e a sociedade de uma forma geral passaram a ver isso como um grupo que tem maior prestígio, maior relevância e importância."Ele destaca ainda a capacidade de articulação. "Não tenho dúvida de que a pressão política sobre o Parlamento, o lobby, é decisiva para explicar parte das diferenças remuneratórias", diz.Outro estudo do Ipea —sobre remunerações e desigualdades salariais no funcionalismo brasileiro em 2018—, porém, mostra que as maiores remunerações mensais médias do serviço público federal estão no Ministério Público, Judiciário e Legislativo.Carlos Ari Sundfeld, professor titular de direito administrativo da FGV Direito SP, destaca justamente conexões de cargos do Executivo com a magistratura e o MP para explicar o topo da remuneração no governo."Eles [servidores] estão vinculados a um núcleo de poder do Brasil, um poder burocrático que envolve Judiciário e MP. Eles têm a remuneração puxada por este núcleo", diz.Para ele, a cúpula do Executivo é beneficiada indiretamente, "por reflexo, espelhamento" com o que acontece no MP e na magistratura. "É um problema político", afirma."O sucesso de cada carreira em obter vantagem remuneratória não tem nada a ver com sua importância para a realização do serviço público na ponta, diretamente à população. Tem a ver com outra coisa: intimidade com o poder", diz.Nesse contexto, segundo o professor da FGV, a reforma administrativa não trata de disparidades. Já o ministro da Economia assegurou que aumentos estão na mira."Houve realmente disparada de salários no setor público, que não satisfez os requisitos de meritocracia. Só no Ministério da Educação contrataram 100 mil pessoas, e deram aumento generalizado de salários", disse Guedes em seminário do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa)​, no dia 9 de setembro de 2020.​O ministro afirmou que a ideia, com a reforma, é aumentar a dispersão salarial —a diferença do vencimento no início para o fim da carreira. "Tem de haver uma enorme diferença de salários, sim, na administração pública brasileira."De acordo com ele, a reforma ataca discrepâncias, com meritocracia e fim de progressão automática. Para Guedes, há hoje "uma distribuição quase socialista, fecha aspas". Procurado, o ministério não respondeu.O sucesso de cada carreira em obter vantagem remuneratória não tem nada a ver com sua importância para a realização do serviço público na ponta, diretamente à população. Tem a ver com outra coisa: intimidade com o poderprofessor titular de direito administrativo da FGV Direito SPDessas dez carreiras do topo, quatro estão vinculadas à pasta de Guedes. A presença de cargos do Ministério da Economia na elite do funcionalismo do Executivo federal é ironizada por deputados da oposição."A principal disparidade é justamente o ministro da Economia, que adora chamar servidor público de parasita, ser o responsável pelo teto dúplex, que elevou os vencimentos de ministros do primeiro escalão do governo. Tem gente que chega a ganhar R$ 60 mil", diz a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS)."É um bravateiro, um mentiroso compulsivo, que ataca os servidores públicos que, em média, ganham quatro salários mínimos", afirma.Segundo o estudo de Lopez e Teles, os 10% dos servidores com a menor remuneração —sem formação superior— têm média salarial de R$ 1.900. Para eles, o vencimento líquido em 2000 era de R$ 1.100. O aumento foi de 72%.O deputado Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Servir Brasil, diz que o foco da reforma é a base. "Sem sombra de dúvida, é endereçada para professores, enfermeiros, assistentes sociais." Segundo ele, as carreiras mais bem pagas serão mais poupadas. "O que não justifica que devam ser atingidas. Para mim, o procurador da Fazenda precisa ser muito bem remunerado, porque, com o nível de conhecimento que ele tem e pela formação, a iniciativa privada pagaria um salário maior", afirma.​​Dos dez cargos, oito têm entidades filiadas ao Fonacate (Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado). Essas carreiras, porém, serão definidas em um segundo momento da reforma, por meio de projeto de lei.A PEC (proposta de emenda à Constituição) enviada ao Congresso pelo time de Guedes já estabelece que esses servidores terão estabilidade e irredutibilidade salarial."Quem hoje é que sairá quilômetros à frente pela medalha da carreira típica de Estado? Aqueles que hoje já têm conexões profundas, íntimas com o poder", diz Sundfeld, da FGV.Para Rudinei Marques, presidente do Fonacate, a reforma administrativa implode o conceito de carreira típica de Estado e "permite um aparelhamento nunca visto no Estado brasileiro, à medida que cargos de liderança não precisarão ter vínculo permanente com o Estado".Tem de haver uma enorme diferença de salários, sim, na administração pública brasileiraministro da Economia"Cerca de 90 mil cargos poderão ser aparelhados pelo interesse político", afirma. "Vamos voltar a um negócio do início da República, quando o governante entrava e trazia apoiadores para dentro do Estado."Marques afirma que a estratégia do fórum será defender o serviço público: "Mostrar quem serão os grandes prejudicados com a reforma e quem são os grandes beneficiados, segmentos de mercado que estão com o presidente [Jair] Bolsonaro".Já o presidente da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), defende a reorganização das carreiras. "Todas vão querer dizer que são típicas, é uma guerra infrutífera e desnecessária."Ele cita como exemplo o auditor fiscal, carreira que, diz, certamente será considerada típica."Ao longo do tempo, pode ser que fique obsoleta e tenha de ter uma discussão de quadros de auditores fiscais. Com a tecnologia você vai conseguir otimizar isso", afirma. "É preciso redimensionar o tamanho da máquina e desligar servidores que não tenham mais necessidade daquela função."Mitraud diz trabalhar para "reidratar" a PEC, cujo mérito será debatido por uma comissão especial. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou a admissibilidade do texto na semana passada."Ela veio desidratada [da CCJ], com privilégios e distorções, excluindo membros de Poder, atuais servidores. Não vejo motivo para os atuais servidores estarem de fora", afirma.308 votos dos 513 deputados são necessários, em duas votações, para a aprovação de uma PEC na Câmara49 votos dos 81 senadores, também em dois turnos, são necessários para a aprovação de uma PEC no Senado
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A China continuará a responder aos Estados Unidos conforme mais tarifas comerciais forem impostas pelos norte-americanos, mas suas contramedidas serão adotadas de forma a evitar danos a empresas, sejam elas locais ou estrangeiras, disse o ministro das Finanças, Liu Kun.Por enquanto, o impacto dos "atritos comerciais" entre China e EUA sobre a economia chinesa tem sido pequeno, mas ele está preocupado com a potencial perda de empregos, disse Liu à Reuters na quinta-feira (24), em entrevista no Ministério das Finanças, a primeira à imprensa desde que assumiu o cargo em março.Ele explicou que o governo chinês irá aumentar os gastos para dar apoio aos trabalhadores e desempregados que forem afetados pelo conflito comercial, e prevê o aumento da emissão de títulos por governos locais para investimento em infraestrutura neste ano, superando a marca de 1 trilhão de iuanes (145,48 bilhões de dólares) até o final do trimestre atual.O conflito comercial se intensificou na quinta-feira, quando os EUA e a China adotaram mais tarifas sobre produtos um do outro. Desde o início de julho, as duas maiores economias do mundo adotaram tarifas sobre um total somado de 100 bilhões de dólares em bens."A China não quer entrar em uma guerra comercial, mas vamos responder firmemente a medidas abusivas adotadas pelos Estados Unidos", disse Liu. "Se os Estados Unidos persistirem com essas medidas, vamos adotar ações de forma proporcional para proteger nossos interesses."Até a gora, a China impôs ou propôs tarifas sobre 110 bilhões de dólares em produtos dos EUA, representando a maior parte de suas importações de produtos norte-americanos. Petróleo e grandes aeronaves são importantes produtos dos EUA que ainda não foram alvos de taxas.Negociações comerciais entre autoridades norte-americanas e chinesas terminaram na quinta-feira sem qualquer sinal de grande avanço.
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Onde moram dois, moram sete. "O pobre se adequa a tudo", diz a manicure Gabriela Silva, 36, que dorme na sala desde que precisou se mudar com o pai, a irmã e dois sobrinhos para a casa que seu namorado dividia apenas com o sogro.A sua "tremeu toda" quando uma barreira deslizou logo acima, no bairro Alto da Serra, na tarde daquele 15 de fevereiro que marcou a história de Petrópolis (RJ). Não quer mais voltar para lá porque ficou apavorada, mas até agora não encontrou alternativas.Um mês depois da chuva que deixou ao menos 233 mortos e 4 desaparecidos, os que tiveram seus lares atingidos pela tragédia improvisam, já que em sua maioria continuam sem casa, sem aluguel social e sem perspectivas.Muitos seguem morando com parentes e amigos dentro ou fora do município, outros voltaram para seus lares em áreas de risco —parte deles ainda sem laudo da Defesa Civil—, e cerca de 700 seguem nos 21 abrigos montados em escolas ou instituições voluntárias.Os imóveis de baixo custo que já eram escassos na cidade agora são quase inexistentes, e em áreas consideradas seguras custam muito acima do que as famílias devem receber do poder público. Proprietários também temem eventuais falhas no pagamento do benefício.Gabriela, por exemplo, passou os últimos dias mandando mensagens para mais de dez locadores em busca de uma moradia. "O último me pediu três cauções, aluguel do mês, dois fiadores e o nome limpo. E eu nunca paguei aluguel nem recebi benefício de governo na vida", conta.O corretor Marco Von Seehausen, que atua no município há 30 anos, afirma que os donos de imóveis em geral estão solidários, mas inseguros. "Essa é a pergunta que mais me fazem: e depois que pararem de pagar, como fica? Ninguém sabe responder", diz.Ele considera os valores anunciados pelo governador Cláudio Castro (PL) e pelo prefeito Rubens Bomtempo (PSB), de R$ 800 e R$ 200 mensais, respectivamente, irrisórios diante da realidade de Petrópolis —que, segundo ele, pode ser comparada à da zona sul do Rio. "Com R$ 1.000 reais não se aluga nada aqui, vão continuar no morro", assegura.Poucos conseguiram firmar contratos de aluguel por meio da prefeitura. Foram cerca de 180 famílias até agora, com prioridade aos desabrigados, sendo que quase 3.000 solicitaram o benefício ao governo fluminense até 5 de março. O município fala que está finalizando seu levantamento.A falta de informações é o que tem deixado os afetados mais apreensivos. "Está um caos", diz Cláudia Renata Ramos, presidente da Comissão das Vítimas das Tragédias da Região Serrana. "As famílias estão bem perdidas, com informações desencontradas", critica. Mais Em meio a rusgas entre cidade e estado, ainda não ficou claro para os moradores como, quando e por quanto tempo o aluguel social será pago.Segundo a gestão de Castro, a prefeitura disse à Justiça que faria o repasse no décimo dia útil, mas o município afirma que ficou acertado o pagamento unificado no quinto dia útil. O benefício municipal valerá por um ano e o estadual, por dois anos, podendo ser renovados.Outra dúvida é de que forma será depositado o dinheiro. Segundo o governo, a legislação estadual determina que seja na conta cadastrada no CadÚnico (registro federal de famílias de baixa renda), porém a cidade vai pagar a sua parte diretamente na conta do proprietário dos imóveis alugados."A falta de informação é o que está matando todo mundo", corrobora o vereador Yuri Moura (PSOL), presidente da comissão especial de assistência social e moradia da Câmara Municipal. "Há uma confusão entre os cadastros, e as famílias não têm um ambiente para acompanhar a fila, saber os critérios. Em outras ocasiões foi bem mais organizado." Mais A prefeitura afirma que "todas as pessoas abrigadas recebem o suporte para as necessidades essenciais, além de atendimentos em assistência social, saúde e acompanhamento psicológico" e que "as famílias estão sendo orientadas quanto ao aluguel social".Uma das que vive essa aflição é a ajudante de cozinha Sara Aparecida Luiz, 40. Depois de perder dois filhos, dois sobrinhos, a irmã e a casa na tragédia, ela fez o cadastro em uma das escolas da cidade, onde pediram que ela aguardasse um contato.Agora estão morando de maneira improvisada em um imóvel que o patrão da sua mãe, empregada doméstica, arrumou. "Aqui também não aceitam o aluguel social, a gente vai ter que ver o que fazer para dar um jeito. Não temos mais psicológico para voltar para abrigo", relata.Como houve quase 5.000 deslizamentos desde a chuva, os laudos da Defesa Civil estão represados. Diante da altíssima demanda, o órgão interditou áreas inteiras e agora está indo em cada casa ver se continuam em risco. Mais de 1.600 laudos foram concluídos e 3.000 vistorias estão em andamento —o documento não é necessário para pedir o aluguel.A construção de moradias permanentes também segue como plano distante. O município afirma que auxilia o estado na procura por terrenos e que disponibilizou um no distrito de Corrêas para 300 unidades. Mas os vereadores dizem que ainda não existe nada de sólido e preparam um inventário para pressionar as autoridades."Juntou o desespero dessas famílias com as de outras tragédias, porque elas estão vendo que essas estão conseguindo as coisas e elas estão desde 2011 sem conseguir nada", lembra Cláudia Renata, da comissão de vítimas. Segundo Yuri Moura, outras 400 já recebiam aluguel social e aguardavam moradias antes do desastre.Um mês depois, muitos continuam vivendo das doações, que agora estão minguando. O galpão da prefeitura tem recebido 15% do que recebia nos primeiros dez dias, mas guarda estoque suficiente de comida, água e materiais de limpeza e higiene. Faltam móveis e eletrodomésticos (veja abaixo como doar). Mais ONGs como a Ação da Cidadania também registram uma forte baixa e acumulam mantimentos e dinheiro para os próximos meses, quando sabem que a situação econômica ficará pior. A Viva Rio atribui a diminuição às atenções voltadas à guerra na Ucrânia e ao Carnaval e espera um aumento na ajuda de empresas, que costuma demorar mais.Já os comerciantes tentam recomeçar. Segundo Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio (Sindicato do Comércio Varejista) de Petrópolis, cerca de 80% das lojas afetadas já haviam reaberto até a semana passada, mas ainda sofrem com o movimento fraco.Cadastradas, elas esperam agora pelas linhas de crédito anunciadas pelo governador e pela flexibilização das dívidas contraídas anteriormente, na pandemia. Serão até R$ 5.000 concedidos para autônomos, informais e microempreendedores e até R$ 500 mil para micro, pequenas e médias empresas."Era para ser algo de urgência, e não para demorar dois, três meses", reclama Addison Meneses, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção da cidade. "Agora a gente ainda está vivendo… Não vou falar o caos, mas as consequências do caos", diz ele. ONG Viva Rio Banco do Brasil PIX: 30.836.216/0001-52 Agência: 3519-x Conta: 25523-8 CNPJ: 30.836.216/0001-52 Academia Perolas Negras Site: www.sosfavela.org.brAção da Cidadania Endereço: Rua da Gamboa 246, Gamboa - Rio de Janeiro PIX: [email protected] Site: www.acaodacidadania.org.br
cotidiano
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Fotografado durante o show dos Tribalistas dando um beijo na atriz Juliana Paiva, 25, no último domingo (5), o ator Nicolas Prattes, 21, desviou do assunto quando questionado por jornalistas se a relação com a colega de elenco em "O Tempo Não Para" é namoro."Vocês foram bem espertos, confesso [sobre o flagra]. Não tem nem o que falar", disse durante entrevista a jornalistas durante intervalo das gravações da novela das 19h da Globo, no Rio."Aquilo foi um... Ai gente, a novela está linda! Vocês estão me botando numa sinuca", acrescentou, aos risos.Na atual trama, Prattes e Paiva formam o casal Samuca e Marocas, batizado na internet de Samuroca. "Química tem em tudo quanto é lugar. Dentro de cena e fora de cena. Namoro? Vou te dizer que a novela está linda. Que estamos muito felizes com o sucesso, com o retorno do público."As especulações de que os dois estavam se relacionando surgiram no começo das gravações da novela e se intensificaram quando os atores chegaram juntos à festa de lançamento do folhetim. No entanto, ambos negaram que estariam namorando. Na trama, a personagem de Paiva acorda depois de 132 anos congelada em um iceberg e é encontrada na praia por Samuca, interpretado por Nicolas Prattes, que a salva. Apaixonado, o rapaz terá que enfrentar a atual noiva, Betina (Cleo Pires), para começar esse romance."Acho que o grande papel dessa novela é resgatar valores. É desbanalizar o amor. Quando você diz 'eu te amo', não é da boca para fora.. Hoje é muito fácil falar. Mas nessa novela a gente mostra atitudes", disse o ator. Em 2017, Prattes começou um relacionamento com a bailarina Mayara Araújo, seu par na Dança dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão. Na ocasião, o ator terminou uma das coreografias simulando um pedido de casamento.​Prattes falou ainda sobre a audiência da novela. "Quando vemos que o retorno do público é melhor do que a gente esperava é muito mágico. Esse retorno dá um gás para a gente."
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Uma pancada durante o banho fez com que a tornozeleira eletrônica usada pelo ex-deputado Roberto Jefferson, 62, que cumpre pena no Rio em regime aberto desde maio deste ano, parasse de funcionar. O caso ocorreu no dia 10, na semana passada, sete dias depois de o ex-deputado, condenado no caso do mensalão, começar a usar o equipamento. A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) chegou a receber um sinal indicando que a tornozeleira havia sido desligada. Quando há algum problema no aparelho, o próprio condenado tem um período de 30 minutos para alertar a secretaria. Caso rompa ou desligue o equipamento intencionalmente, o usuário da tornozeleira pode voltar ao regime fechado. Segundo a Seap, Jefferson avisou a secretaria sobre o problema dentro do prazo. Ele foi a uma base de manutenção no bairro de Benfica, no Rio, no mesmo dia, para trocar o aparelho. Após análise, foi identificado que o ex-deputado não teve a intenção de danificar a tornozeleira. A Seap informou que são raros os casos em que as tornozeleiras apresentam problemas. "Foi uma besteira, que nem alarme de carro. Volta e meia o cara da central te ligava dizendo: 'Acionaram o botão de pânico', e o carro estava lá parado, sem ninguém usar. A tornozeleira parou de funcionar e estava no pé dele", diz Marcos Pinheiro de Lemos, advogado de Jefferson. O ex-deputado só começou a utilizar o aparelho no dia 3 de agosto porque, em maio, quando progrediu para o regime aberto, a Seap estava em meio a uma mudança de contrato com o fornecedor dos equipamentos e, à época, não havia tornozeleiras disponíveis. Hoje, no Rio, segundo a secretaria, 696 pessoas são monitoradas 24 horas por meio dos aparelhos. A carga das tornozeleiras dura 24 horas caso elas sejam carregadas por três horas. Jefferson precisa conectá-la a uma tomada, como faria com um aparelho celular. Segundo Lemos, seu cliente nunca reclamou de ter de usar o equipamento. "É que nem calo no pé. É chato quando você começa a ter, mas depois que você tem, você se acostuma e nem percebe. Deve ter sido incômodo nos primeiros dias, mas ele [Jefferson] cumpre a pena com serenidade", afirma o advogado. PROGRESSÃO O petebista só deverá parar de usar a tornozeleira na próxima progressão de regime, segundo Lemos. "Depende de determinação do juiz. Vai ser feito um cálculo que leva em consideração o tempo de trabalho. Eu presumo que isso deva acontecer no início do ano que vem." O ex-deputado trabalha como auxiliar administrativo num escritório de advocacia. De acordo com a Lei de Execução Penal, um dia de pena é descontado para cada três trabalhados. Jefferson, que denunciou o mensalão à Folha em junho de 2005, teve seu mandato de deputado federal cassado e foi condenado a sete anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele começou a cumprir a pena em fevereiro de 2014. O ex-deputado deixou o Instituto Penal Francisco Spargoli, em Niterói, em 16 de maio para cumprir o resto da pena em casa. Cerca de duas semanas depois, casou-se com a enfermeira Ana Lúcia Novaes, com quem vive desde 2002.
poder
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Prevista para entrar em vigor a partir de maio deste ano, uma resolução que libera a possibilidade de que médicos realizem consultas online e outros atendimentos a distância gerou uma série de manifestações e críticas de conselhos regionais de medicina.Nesta terça (5), representantes das entidades de ao menos nove estados lançaram comunicados em que questionam a norma do CFM (Conselho Federal de Medicina), autarquia federal ao qual estão vinculados.Por meio de notas, regionais dos estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso informam que não participaram das discussões e alegam preocupação em torno da medida.O aval às consultas médicas à distância foi divulgado nesta semana. Até então, essa forma de atuação não era permitida no país. A exceção era quando médicos realizavam contato —em videoconferência, por exemplo— com colegas especialistas em outros locais durante o atendimento, em uma espécie de segunda opinião.Agora, resolução do CFM prevê que esse tipo de atendimento online possa ser realizado também entre médicos e pacientes que já tiveram ao menos uma consulta prévia anterior. O documento estabelece ainda normas para outros serviços, como telediagnósticos e telecirurgias.A medida, no entanto, tem gerado polêmica entre médicos. Entre os pontos em debate e vistos com preocupação por conselhos regionais de medicina, segundo informações obtidas pela Folha, estão possíveis riscos na manutenção do sigilo da prática médica nos atendimentos online e um temor que a avaliação à distância atrase ou dificulte diagnósticos. Também há receio de que a medida acabe por distanciar médicos e pacientes. O grupo planeja lançar um posicionamento conjunto nesta quarta (6). “Em que pese estarmos cientes da importância dos avanços tecnológicos, consideramos que a resolução em muitos aspectos vulnerabiliza os médicos, a medicina e, principalmente, os pacientes”, afirma o Cremeb (Conselho Regional de Medicina da Bahia), em nota.Também em comunicado, o Cremesp diz que "manifesta discordância em relação ao mérito e aos procedimentos, pouco transparentes, envolvendo a divulgação da resolução" e diz ver com apreensão "a possibilidade de mercantilização da medicina"."Diante da falta de diálogo do CFM com os 27 conselhos regionais de medicina, o Cremesp solicitou a não publicação da resolução, até que todas as etapas de discussão sejam esgotadas, de forma democrática, respeitosa e garantindo ampla participação dos conselhos e demais instituições legitimadas para tal", informa. O impasse também se estendeu a outras entidades. A Associação Paulista de Medicina iniciou uma pesquisa para saber como médicos avaliam a medida.Para Antônio Carlos Endrigo, diretor de tecnologia da informação da associação, a liberação dos atendimentos online pode facilitar o acesso à saúde e ser uma ferramenta útil em locais com carência de médicos.“Recentemente tivemos uma debandada dos cubanos do Mais Médicos e muitos dos pacientes ficaram sem acesso. Tecnologias como a telemedicina poderiam ajudar muito nessa questão”, afirma.Ele defende, no entanto, que haja mais debates sobre o tema antes da resolução entrar em vigor.“Um dos pontos que carece de maior discussão é que os médicos terão que fazer um documento de consentimento dos pacientes, adotar prontuários com arquivos do atendimento e gerar um documento ao paciente. Os médicos não estão preparados para isso”, avalia.Questionado, o CFM (Conselho Federal de Medicina) afirma que a previsão é que a resolução seja publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, mas que possíveis ajustes devem ser discutidos até que a medida entre em vigor.Também em comunicado, a autarquia qualifica as críticas como “infundadas” e diz lamentar “ataques repletos de inverdades”.Diz ainda que o texto passou por dois anos de discussões, “durante os quais especialistas e representantes da comunidade médica, das sociedades de especialidade e dos conselhos regionais de medicina foram convidados a participar no estabelecimento de critérios para a prática da telemedicina no Brasil.“Ao estabelecer tais critérios, o CFM contribuiu decisivamente para que a qualidade e a segurança da atividade médica sejam preservadas”, informa.
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A construção de estádios de futebol quase sempre vem acompanhada de controvérsia. Às vezes, ela se relaciona à fonte do dinheiro usada para pagar pela nova edificação. Em outros casos, as preocupações são graves, como as denúncias de abusos de direitos humanos contra operários envolvidos na construção de instalações para a Copa do Mundo do Qatar em 2022. Na Rússia, que sediará o Mundial de 2018, atrasos na construção têm sido a principal questão. A preocupação de que estádios não fiquem prontos a tempo não se restringe à Copa ou à Rússia. No entanto, existe um elemento particularmente incomum nas obras russas do estádio Luzhniki, em Moscou, que abrigará a abertura e o encerramento do torneio. Marat Akhmadiyev, o mestre de obras do projeto, explicou essa idiossincrasia com simplicidade. "Construiremos um estádio novinho dentro de um estádio velho", afirmou. O Luzhniki, na região sudoeste da cidade, estava destinado desde sempre a ser a peça central para a Copa do Mundo da Rússia. Inaugurado em 1956, o estádio foi construído ao estilo da era stalinista. Sediou a Olimpíada de 1980, e uma estátua gigantesca de Lênin continua posicionada diante de seu portão principal. No entanto, era necessária uma reforma para a Copa. Outros comitês de países-sedes poderiam optar por uma demolição e construção de uma estrutura nova, mas a organização russa decidiu criar um estádio moderno por trás da fachada soviética do estádio antigo. Projetos ambiciosos de construção não são incomuns quando o assunto é a Copa. O Brasil construiu um estádio novo em Manaus para o seu Mundial em 2014, e o Qatar prometeu estádios dotados de ar-condicionado para 2022, mas a reconstrução do Luzhniki é especialmente desafiadora. O trabalho também requer um conjunto atípico de ferramentas. Akhmadiyev e sua equipe de mais de 2.000 operários precisam estabilizar as velhas paredes externas do estádio –em alguns casos, removendo tijolos deteriorados um a um e os substituíndo– e ao mesmo tempo ampliar a cobertura e construir novas arquibancadas. Guindastes especiais atendem à necessidade de movimento rápido entre o topo e a fachada, e as demandas eletrônicas incluem a instalação de um telão de última geração bem como cabeamento para a tecnologia que confere se uma bola entrou totalmente no gol e, talvez, para assistência em vídeo aos árbitros. Tudo isso é empolgante para Akhmadiyev, que fez parte da equipe de construção das instalações para os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi. Ele disse que não se sente especialmente pressionado em seu trabalho, a despeito de ter sido encarregado de renovar um monumento nacional e de manter sua identidade cultural. Roman Shirokov, meio-campista da seleção russa, elogiou o esforço de combinação do novo e do antigo. "Creio que manter a fachada tenha sido uma boa ideia", ele disse. "Será um novo estádio, mas continuará a manter o significado que existe para tantas pessoas". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Convidada da São Paulo Fashion Week, Deborah Secco disse admirar o tipo de corpo característico das modelos. "Eu acho tudo lindo, acho essas mulheres lindas", afirmou ao "F5". Para ela, a magreza é uma exigência também de seu trabalho. "Infelizmente, para a minha profissão, não dá [para ser de outro jeito]." Deborah Secco e Rodrigo Lombardi aparecem de mãos dadas em desfile da SPFW Segundo a atriz, o peso é uma opção de cada um, desde que dentro dos limites saudáveis, afinal, "a vida é maior que isso". "Eu emagreci muito para fazer um papel, sob minha responsabilidade, com médicos me ligando. Conheço várias modelos saudáveis demais, com uma vida incrível. Acho que as pessoas têm que parar de se preocupar com a vida dos outros e se preocupar com a delas", avaliou. Deborah está no evento para gravar cenas da próxima novela global das 23h, "Verdades Secretas", e aproveita para assistir aos desfiles. "Acho que é a primeira vez que um produto que vai retratar a moda é gravado no meio de um evento de moda, sem muita preparação, todo mundo sendo pego de surpresa. Então acho que a gente conseguiu flagrar momentos muito espontâneos de como realmente funciona." Na trama, ela viverá a protagonista, uma mãe precoce abandonada pelo marido, que muda completamente de vida no decorrer da história.
celebridades
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Minissérie original de ficção mais vista na história da Netflix, com 62 milhões de espectadores, "O Gambito da Rainha" deve ter feito muita gente se perguntar —afinal, como é jogar uma partida de xadrez contra Beth Harmon, protagonista da trama e enxadrista prodígio?O site Chess.com, uma das principais plataformas online de xadrez, resolveu surfar no sucesso da produção e lançou robôs inspirados na personagem. Ao escolher qualquer um deles, é possível ter a sensação de Harmon e jogar contra ela. Mais É claro que a inteligência artificial está bem longe de ser uma pessoa e não pode ser comparada à personagem que, na trama, enxerga peças de xadrez no teto e consegue desmistificar a fama de passatempo cabeçudo do esporte.Esse tipo de robô é chamado de "engine". Na prática, é um programa de computador capaz de jogar xadrez por ter algoritmos desenvolvidos para isso, conseguindo fazer cálculos complexos na hora de escolher as melhores jogadas e, muitas vezes, com um banco de dados com milhões de partidas na memória.No caso de Harmon, ela aparece na plataforma em sete versões. Da primeira, na qual tem oito anos de idade e está começando a jogar xadrez, até a última, com 22 anos e pronta para fazer frente aos melhores enxadristas do mundo na ficção.Nas competições reais da modalidade, cada jogador tem uma pontuação. Esse número aumenta à medida que ele vai vencendo as partidas e diminui sempre que as perde —ou seja, quanto melhor um jogador, maior é o seu "rating". O robô que representa a Beth de oito anos, por exemplo, começa com 800 pontos, um número baixo. A última versão dela ostenta 2.700 pontos. Para se ter uma ideia, o atual campeão mundial de xadrez, o norueguês Magnus Carlsen, atingiu no máximo 2.882 pontos, segundo a Federação Internacional de Xadrez.Para desafiar Beth Harmon, é preciso acessar a página da plataforma. Além dela, há outros personagens de ficção no site. Mas há também robôs inspirados em jogadores reais. É o caso do americano Hikaru Nakamura, um dos principais enxadristas atuais, e também do grande mestre brasileiro Krikor Mekhitarian. Mais
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A agência de classificação de risco Moody's Investors Service voltou a alterar a perspectiva do rating do Brasil de estável para negativa. A razão para a mudança foi o aumento da incerteza em relação à aprovação das reformas após a crise política deflagrada na semana passada, o que ameaçaria a recuperação econômica e a solidez da economia do Brasil no médio prazo. Em 15 de março, a agência havia alterado a nota de negativa para estável, apoiando a decisão na perspectiva de que a melhora observada nas condições macroeconômicas persistiriam. A nota do Brasil permanece dois níveis abaixo do grau de investimento, o chamado "selo de bom pagador". Segundo a Moody's, uma intensificação da crise política que leve a um período prolongado de incerteza pode exercer pressão negativa adicional sobre os ratings. A reversão das reformas fiscais já aprovadas, principalmente o cumprimento do teto de gastos, seria particularmente negativa para o rating. A Moody's diz que, independentemente de seu desfecho, a crise política que emergiu no Brasil na última semana provavelmente debilitará a agenda de reformas do governo e comprometerá a aprovação de reformas futuras, incluindo a da Previdência. Isto provavelmente impactará negativamente a confiança do investidor e levará ao aumento da volatilidade nos mercados, ameaçando o momento macroeconômico positivo observado desde o início da agenda de reformas promovida pelo presidente Michel Temer. A agência espera crescimento modesto da economia de 0,5% em 2017, e a inflação recuando para 4%, o que permite que o Banco Central continue com o processo de afrouxamento dos juros. Para a Moodys, a capacidade do Banco Central de promover novos cortes da taxa Selic pode ser comprometida caso um choque de confiança provocado por uma depreciação cambial alimente uma inflação mais alta, enfraquecendo o potencial impacto positivo no crescimento em 2018 e minando a economia fiscal com pagamento de juros menores sobre a dívida do governo. Como consequência destes eventos, os riscos negativos para as perspectivas de crescimento em 2017 e 2018 aumentaram. REPERCUSSÃO Em nota comentando a decisão, o Ministério da Fazenda afirmou que a agência reconhece pontos fortes do Brasil, como "o tamanho e a diversidade da economia brasileira, bem como a sua baixa vulnerabilidade externa". "Reconhece, ainda, a importância dos avanços recentes, como a implementação de um teto para os gastos primários e a promoção das discussões relacionadas à reforma da Previdência. Esta reforma é considerada fundamental para a sustentabilidade fiscal de médio prazo", afirma a pasta no comentário. O ministério destacou ainda que a perspectiva da nota do Brasil pode melhorar. "A perspectiva da nota de crédito poderá melhorar com a solução da crise política e a aprovação da agenda de reformas fiscais, sobretudo a da Previdência, ainda neste ano." Disse ainda que a pasta reafirma o compromisso com as reformas e que vem obtendo bons resultados nas negociações com o Congresso. "O Ministério da Fazenda reafirma o seu compromisso com a continuidade da implementação da agenda de reformas estruturais necessárias à recuperação econômica. Nesse sentido, destaca os resultados positivos obtidos por meio da manutenção de intenso diálogo e coordenação com o Congresso Nacional, sinalizando o empenho para alcance da estabilidade da política econômica."
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Durante uma conversa em A Fazenda, Lucas Viana revelou aos colegas que costuma se masturbar com a mão esquerda. “De vez em quando é bom, parece que é até outra pessoa", confidenciou. Diante disso, Diego Grossi se sentiu a vontade para dividir uma dica. Para ele, se masturbar com a perna direita esticada dá mais prazer. Sabrina, então, imitou os colegas, o que levou todos aos risos. Após erro na última prova do fazendeiro, os cinco peões continuam na briga pelo prêmio de R$ 1,5 milhão e vão poder participar de uma nova disputa nesta sexta-feira (6), que vai definir o primeiro finalista da temporada. O vencedor de A Fazenda será conhecido no próximo dia 12. Segundo Marcos Mion, o erro na disputa pelo chapéu de fazendeiro de terça-feira (3) aconteceu em dois momentos. O primeiro deles foi de Lucas ao apoiar o pé na estrutura da tirolesa duas vezes, mas só em uma delas, ele foi punido. Já a segunda falha foi cometida por Sabrina. Quando ela passava pela segunda estação de equilíbrio, ela derrubou uma das letras e continuou a prova do exato lugar em que estava. A regra, porém, determinava que ela voltasse.
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Os planos de saúde individuais subiram quase duas vezes mais que a inflação oficial entre 2000 e 2018, diz estudo do Ipea (Instituto de Economia Aplicada).Conforme o levantamento, em 18 anos, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, que é a inflação oficial do país, foi de 208%. Já o reajuste dos convênios individuais ficou em 382%. Quando se mede apenas a “inflação da saúde”, também com base no IPCA e que foi calculada retirando-se o grupo cuidados pessoais e o item plano de saúde, a comparação entre os aumentos é ainda maior; o índice ficou em 180% no período.A conclusão do estudo é que a metodologia utilizada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para definir o aumento destes planos traz prejuízo aos consumidores.Neste cálculo, a agência também levava em conta o reajuste dos convênios coletivos, cuja negociação ocorre entre a empresa contratante e a operadora do plano. A ANS diz que “considera tecnicamente inadequadas as comparações feitas entre o índice de reajuste dos planos de saúde individuais e índices de preços ao consumidor”.A agência informa que a regra de aumento vai mudar.A Abramge (associação do setor) afirma que “a inflação da saúde é um grande desafio”. O reajuste dos planos de saúde individuais ficou bem acima da inflação entre os anos de 2000 e 2018, segundo estudo do Ipea (Instituto de Economia Aplicada) No período de 18 anos, enquanto a inflação oficial do país foi de 208%, o aumento desses convênios médicos ficou em 382%Por ano O estudo mostra que a alta anual média dos planos ficou em 8,71% Já a inflação média medida pelo IPCA, do IBGE, foi de 5,96% por anoInflação da saúde Segundo os pesquisadores, no período de 18 anos, a “inflação da saúde” foi bem menor do que o índice oficial e ficou em 180% A inflação da saúde foi calculada com base no IPCA; neste caso, porém, foram retirados o grupo cuidados pessoais e o item plano de saúde Planos coletivos contam no reajuste da agência Até 2018, a metodologia da ANS para o cálculo do reajuste dos convênios individuais leva em conta os planos coletivos, entre outros pontos Para definir o aumento, a agência usa como parâmetro de comparação o reajuste médio aplicado aos contratos coletivos com mais de 30 vidas, que não estejam sujeitos à carência Com isso, a elevação pesa mais ainda, conclui o estudoMetodologia vai mudar A ANS informa que a metodologia de cálculo dos planos individuais vigorou até o final de 2018 e, agora, vai mudar Para calcular o índice máximo a ser aplicado, serão considerados, entre outros dados:Fontes: Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
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En el punto álgido de la pandemia, con gran dificultad para respirar, tanto que llegó a pensar que era Covid, Davi, de 24 años, compró on line un puñado de hongos, los aplastó y se los comió.El estudiante de psicología se enteró de la existencia de microdosis de Psilocybe cubensis, conocidas como "hongos mágicos", a través de podcasts, documentales y artículos, mientras investigaba una alternativa para combatir lo que padecía: ansiedad.El incentivo del consumo de microdosis de uno de los principios activos de la especie, la psilocibina, se extiende por las redes sociales en Brasil, promueve tiendas en ecommerce, encuentros y retiros. La microdosificación sería el consumo de una dosis de 0,1 a 0,4 gramos.El director de fotografía André Henrique Pamplona, de 56 años, encontró cápsulas de "hongos mágicos" con esa dosis en una tienda virtual. "No siento ninguna reacción adversa después de consumirlos. Veinte minutos después de tomar psilocibina, siento que la ansiedad desaparece, me siento bien y feliz".Efectivamente, los estudios apuntan al potencial para reducir los síntomas de depresión y ansiedad, no obstante, la sustancia, además de estar prohibida en el mercado, puede acarrear riesgos para la salud, según los expertos.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original
internacional
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Por três semanas de junho e julho, o destino de 12 meninos e seu técnico de futebol tornaram as cavernas de Tham Luang, na Tailândia, o assunto mais comentado no planeta.Cinco meses depois, o local está entre os mais visitados no norte tailandês.Em julho, uma operação para bombear água para fora da caverna fez com que campos vizinhos com pomares e vegetais fossem inundados.Uma das áreas era usada para o plantio de abacaxis por Archawin Mopoaku, membro da etnia Akha, uma das três que habitam essa região montanhosa. Mas ele não se queixou. Em vez disso, abandonou a agricultura por um tempo e ajudou como voluntário a cortar bambuzais para facilitar o acesso de soldados à entrada da caverna.Hoje, os campos de abacaxi de Archawin seguem intocados. E, ao lado deles, na estrada de terra que leva até as cavernas, ele vende laranjas de seu pomar a turistas - atividade que tem lhe proporcionado muito mais dinheiro do que ganhava com os abacaxis. "Antes do resgate, as coisas aqui eram muito calmas", ele disse. "Só de vez em quando alguns estrangeiros vinham explorar as cavernas. Mas depois do resgate há muito mais gente vindo, e moradores da região montanhosa como eu estão se dando bem."O mesmo vale para os vendedores de flores que abordam clientes no início da estrada, ambulantes que comercializam carne de porco e, especialmente, vendedores de bilhetes de loteria. Turismo internoUm guarda florestal se senta numa cadeira de plástico sob a copa de árvores, registrando num caderno o número de visitantes. Isso costumava ser fácil. Normalmente, eram entre 10 e 20 por dia. Hoje são mais de 6.000. A maioria é composta de tailandeses, que vêm de todas as partes do país para ver onde ocorreu o resgate."Hoje, nenhuma outra atração turística da região consegue competir com Tham Luang," diz Damron Puttan, empresário e estrela de TV em visita à área. Ele estava na Europa quando os meninos ficaram presos e se impressionou com a atenção que o caso recebeu no continente."Nunca tinha ouvido falar dessas cavernas antes do resgate", diz Vanisa Achakulvisut. "Mas depois que surgiram as notícias sobre o time de futebol Wild Boars, tive que ver por conta própria."Não é só a curiosidade que atrai multidões. A cadeia montanhosa sobre as cavernas foi batizada em homenagem a Nang Non, uma princesa mítica que se matou após um caso de amor proibido. Diz-se que a montanha lembra a imagem da princesa adormecida.Cavernas são vistas como lugares de grande poder místico na Tailândia. Há muito tempo existe um altar para Nang Non perto da entrada da caverna, onde as pessoas podem deixar oferendas ao espírito dela. Mas o resgate milagroso ampliou sua fama como provedora de boa sorte.Todo visitante que eu vi nessa região carregava flores e fazia uma breve oração no altar. O local se tornou um ponto de venda de bilhetes de loteria, e os números mais populares terminam com 13 —o número de pessoas resgatadas da caverna.Agora há outro santuário no local: uma estátua de 3 metros em bronze de Saman Gunan, o mergulhador tailandês que morreu durante o resgate.A obra foi posicionada em frente a um museu novo, ainda vazio, erguido no outrora enlameado estacionamento de onde eram transmitidas as notícias sobre o resgate.ReencontroOs meninos e o técnico Ekkapol Chantawong, que os ajudou a suportar a espera de 17 dias ensinando-os a meditar, também estavam lá, em sua segunda visita à caverna desde o resgate.Alguns dos socorristas também estavam presentes, como o finlandês Mikko Paasi, o americano Josh Morris —que tem uma escola de escalada em Chiang Mai e foi um intermediário entre os mergulhadores estrangeiros e agentes do governo tailandês—, e Vern Unsworth, o explorador de cavernas britânico que conhece Tham Luang há vários anos e foi um dos primeiros a chegar ao local após o sumiço dos meninos.Foi um encontro tocante. Os garotos, que pareciam saudáveis e alegres, abraçavam seus salvadores.O governo tailandês ainda os trata com grande zelo. Eles são assessorados por assistentes sociais, que os acompanham em todas as aparições públicas, e qualquer pedido de entrevista com o grupo é analisado rigorosamente por dois comitês.Suas famílias também foram instruídas a não falar com a imprensa sem autorização.'Um milagre e tanto'"Para mim, ainda é muito emocionante", me disse o britânico Vern Unsworth enquanto olhávamos para a nova grade que impede o acesso à caverna. "Algumas pessoas acham que salvar 13 de 13 foi um milagre e tanto.""Acho que o mundo esperava um resultado ruim. Mas nunca desistimos. O que os mergulhadores fizeram foi uma prova incrível de resistência."Ele diz que ninguém deveria culpar os meninos e o técnico por terem entrado na caverna - e que eles apenas tiveram má sorte. "Poderia ter sido eu.” Vern planejava visitar as cavernas no dia seguinte. A água subiu muito rápido, após chuvas fortes e pouco comuns, prendendo os meninos e o técnico e forçando-os a buscar refúgio caverna adentro.A experiência mudou suas vidas? "Eles são um grupo impressionante", diz Vern. "Eles continuaram com os pés no chão, e estão sendo muito bem cuidados. Não diria que têm uma vida normal —eles estão fazendo um tour pelo mundo. Mas estão de volta à escola."O técnico-chefe do time, Nopparat Kanthawong, afirma que eles estão treinando duro após a escola, assim como antes do resgate. Eles recuperaram o peso perdido, embora ainda estejam reconstruindo a força muscular. Há muitos grupos interessados em ajudá-los. Vimos os jovens serem treinados por uma equipe do Manchester City em seu campo nas montanhas.Há ao menos três filmes sobre o resgate sendo produzidos. A gravação do primeiro, chamado A Caverna, acaba de terminar. Vern e outros mergulhadores esperam que as cavernas e o museu sejam usados para educar o público sobre a geologia, a flora e a fauna locais.Para o chefe do distrito de Mae Sai, Somsak Kanakham, os recursos extras e as oportunidades de negócio gerados pelo boom turístico nas cavernas são bem-vindos.Mas ele se preocupa em manter o fluxo e diz que a área precisa de investimentos em infraestrutura para receber essa onda de visitantes.No longo prazo, ele espera receber orientações sobre como desenvolver outras potenciais atrações turísticas nessa região verde e montanhosa. Em algum momento, todo o entusiasmo gerado por esse resgate extraordinário começará a diminuir, possivelmente também reduzindo o número de visitantes.
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Os aviões militares Super Tucano da Embraer poderão fazer parte da parceria montada pela companhia brasileira com a americana Boeing na área de defesa, afirmou nesta quinta-feira (14) o vice-presidente financeiro Nelson Salgado.A Embraer, que aceitou vender o controle de sua principal geradora de recursos, a divisão de aviação comercial, para a Boeing, terá uma parceria com a norte-americana na comercialização do cargueiro militar KC-390, desenvolvido por sua divisão de defesa. "A parceria em defesa não está limitada ao KC-390. É o foco inicial da parceria. Não existe restrição para o Super Tucano não ser tratado pela Boeing [na parceria]", disse Salgado em teleconferência com jornalistas, depois que a Embraer divulgou nesta quinta-feira prejuízo de cerca de R$ 30 milhões no quarto trimestre de 2018.Salgado afirmou que a Embraer espera entregar 10 Super Tucanos em 2019 e além da primeira unidade do KC-390.Segundo ele, as aprovações de autoridades de defesa da concorrência ao redor do mundo para a venda do controle da divisão comercial da empresa e a parceria no segmento de produtos militares devem ser concedidas até o final deste ano.A Embraer reportou nesta quinta um prejuízo líquido de R$ 669 milhões (lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa) no ano passado, ante lucro de R$ 850,7 milhões em 2017.No ano passado, a receita líquida foi de R$ 18,7 bilhões, estável a 2017. Segundo a Embraer, o principal fator na conta foi a desvalorização do real durante o ano, que compensou a queda do número de entregas dos jatos comerciais e executivos, além da queda na receita de defesa e segurançaEm 2018 a companhia despachou a clientes 90 aviões comerciais e 91 executivos (64 jatos leves e 27 grandes). As entregas de jatos executivos ficaram abaixo da estimativa da própria empresa. "As condições do mercado global de jatos executivos, apesar de uma gradual recuperação, continuaram mais lentas do que o esperado. Combinado a isso, o crescente foco da Embraer na melhoraria de rentabilidade e preservação de preços, bem como o recente lançamento dos novos jatos executivos no segmento médio/super-médio (“Praetors”), que iniciarão entregas em 2019, levaram a Companhia a uma abordagem mais cautelosa para as entregas de jatos executivos em 2018", diz o relatório.A companhia encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 1,7 bilhão, uma alta em relação aos R$ 1,076 bilhão de 2017.
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve pedido de abertura de inquérito por citação nas delações premiadas da Operação Lava Jato rejeitados pela Procuradoria-Geral da República. O procurador-geral, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do pedido sugerido pelos procuradores do caso. Não é pública ainda a íntegra do despacho, no qual será possível entender qual teria sido a citação ao senador que ensejou o pedido. Ao longo das investigações da Lava Jato, transpareceu que uma construtora citou Aécio, candidato derrotado à Presidência em outubro, como alvo de pressões por parte de empresários. Janot também recomendou o arquivamento do pedido de inquérito sobre Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Do PMDB-RN, ele deverá agora assumir a pasta do Turismo –só não havia sido indicado justamente porque havia a informação de que ele poderia vir a ser citado na lista de Janot. Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, tiveram pedidos de inquérito aceitos pela PGR. Caberá agora ao ministro Teori Zavascki acatá-los ou não. Segundo a Folha apurou, os pedidos são resultados da delação do doleiro Alberto Youssef à Justiça. Segundo ele, teriam sido entregues R$ 1 milhão à campanha da senadora em 2010. 54 NOMES A PGR enviou ao STF 28 pedidos para investigar 54 pessoas envolvidas na Operação Lava Jato. Estão na lista os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Também serão investigados os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR). Entre os 54 investigados estão políticos e pessoas sem o chamado foro privilegiado. Todos responderão a inquéritos. Nenhuma denúncia direta foi feita. No meio político, também é esperado que o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), tenham seus nomes na lista. Todos negam envolvimento no caso.
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DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO, NO JAPÃO Depois de dizer adeus ao Rio de Janeiro, a bandeira olímpica chegou nesta quarta-feira (24) a Tóquio, sede dos Jogos Olímpicos de 2020, onde os organizadores do maior evento esportivo mundial esperam repetir o sucesso de 1964. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, entregou à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, o estandarte com os cinco anéis durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio-2016 no domingo (21). "Parece pesada, mas não é muito pesada. Mas sim, eu sinto o peso da responsabilidade que implica", afirmou Koike, governadora da capital japonesa, que tem 13,6 milhões de habitantes, ao desembarcar do avião. "Vamos trabalhar juntos com todos para sediar uma boa Olimpíada e Paraolimpíada, à medida que a bandeira olímpica, que acabou de chegar, é um símbolo disso. Estou muito feliz de trazer de volta a bandeira", completou, antes de prometer Jogos "maravilhosos". A bandeira vai percorrer todo o país, em especial a região nordeste, destruída em março de 2011 por um tsunami, com o objetivo apoiar os esforços A reconstrução, informou a imprensa nipônica. Os preparativos dos Jogos Olímpicos Tóquio-2020 até agora, no entanto, foram caóticos. A imprensa denuncia uma explosão dos gastos, que dobrou ou até mesmo triplicou em relação ao orçamento inicial de 730 bilhões de ienes (6,4 bilhões de euros) Além disso, a construção do estádio olímpico ainda não teve início, depois que o projeto original foi abandonado por ser considerado muito caro. Para completar, o logotipo do evento foi alterado após denúncias de plágio. Para completar existem suspeitas de suborno no processo de escolha da sede de 2020, um processo em que Tóquio superou Madri e Istambul. Os Jogos Olímpicos de Tóquio, que acontecerão de 24 de julho a 9 de agosto, terão cinco novos esportes: beisebol, escalada, surfe, caratê e skate. Com os novos esportes, Tóquio-2020 contará com 33 modalidades em seu programa. Sexto colocado no quadro de medalhas do Rio, com 41 pódios, sendo 12 de ouros, o Japão aspira o terceiro lugar em 2020. "Espero que encontremos em Tóquio a inspiração que tivemos no Rio", disse a atleta da luta livre e capitã da delegação japonesa no Brasil, Saori Yoshida.
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Ao longo da história, apenas duas equipes brasileiras superaram o Boca Juniors (ARG) em um mata-mata da Copa Libertadores definido no emblemático estádio da Bombonera. O primeiro foi o Santos de Pelé, em 1963. Quase 70 anos depois, o Corinthians se tornou o segundo.Se há seis décadas o alvinegro que triunfou diante os argentinos na casa deles contava não só com o Rei mas com Pepe, Coutinho e companhia, o outro alvinegro que voltou para casa sorrindo chegou ao final do jogo remendado.Com três laterais esquerdos, três zagueiros, dois volantes e dois atacantes, o Corinthians precisou de uma atuação heroica para levar a disputa da vaga nas quartas de final para os pênaltis. Aí o goleiro Cássio brilhou novamente, defendeu duas cobranças e foi decisivo no triunfo por 6 a 5.Na parte final do confronto, o time, desfigurado em relação à sua formação habitual, cheio de improvisações e remendos, era este: Cássio; Piton, Bruno Méndez, Gil, Raul e Fábio Santos; Roni, Cantillo e Bruno Melo; Giovane e Róger Guedes."Jogamos da maneira que deu para jogar", afirmou Cássio, que chegou ao seu 599º jogo pelo clube. "Eu me lembro da primeira vez que vim jogar aqui, sempre é uma atmosfera hostil", contou.As penalidades já estavam no horizonte corintiano desde o apito inicial. Com sete baixas no elenco —além de Willian, levado ao banco sem condições de jogo—, o técnico Vítor Pereira fechou seu time para jogar por uma bola. Ou nenhuma.Apesar de o Boca ter pressionado durante todo o jogo, houve poucas oportunidades claras, todas com Benedetto. Primeiro, o atacante perdeu um gol sozinho na entrada da pequena área. Depois, desperdiçou um pênalti. Mais tarde, na frente de Cássio, falhou ao tentar encobri-lo.Nem mesmo o nervosismo com a arbitragem, acusada pelos corintianos de ser mais rigorosa com o time brasileiro na marcação de faltas, tirou a concentração dos atletas alvinegros —que ainda reclamaram de pênalti de Advíncula em Piton. Cada obstáculo parecia aumentar a motivação."O espírito, muitas vezes, supera as dificuldades. Temos muita gente fora. Mesmo com as dificuldades, não nos apoiamos nelas, chegamos aqui e combatemos até o último minuto. Esta vitória vai ficar na história do Corinthians", afirmou Vítor Pereira.Para o jogo, ele não contava com Paulinho, Maycon, Fagner, Renato Augusto, Gustavo Mosquito, Adson e Júnior Moraes. São peças importantes que, com exceção de Paulinho, devem voltar para a sequência da competição.Além disso, o atacante recém-contratado Yuri Alberto, 21, vai se juntar ao elenco. Na contramão, Mantuan e João Victor estão de saída para o futebol russo, de onde vem Yuri.Quando deixou o campo machucado, João foi substituído por Gil, que deverá ganhar mais espaço no time. Ele teve grande atuação no segundo tempo e foi o responsável por converter a última e decisiva cobrança corintiana na disputa por pênaltis.Desde 2012 o clube do Parque São Jorge não chegava tão longe na Libertadores. Depois de conquistar o seu primeiro caneco justamente contra o Boca, com um empate na Argentina e uma vitória no Pacaembu, o time teve quatro quedas nas oitavas de final e uma na fase preliminar. Mais "Acabamos de ter uma grande conquista. Mas, sinceramente, já estou preocupado com o Flamengo daqui a uns dias", disse o técnico português, citando o confronto no fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro.O Flamengo também está na Libertadores. Nesta quarta (6), encara o Tolima (COL) no Maracanã, depois de ter vencido o jogo de ida, fora de casa, por 1 a 0. Quem avançar será o adversário do Corinthians nas quartas.
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Familiares de três crianças desaparecidas há uma semana realizaram uma manifestação neste domingo (3) em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os meninos, com idades entre 8 e 11 anos, foram vistos pela última vez no último domingo (27).O desaparecimento está sendo investigado pelo setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, que recebeu os familiares no fim do ato deste domingo."As crianças sumiram já tem uma semana e nós não temos nenhuma resposta", disse Ednalda Gonçalves, madrinha do mais novo deles, Lucas Matheus da Silva, 8. "É isso que dói mais, não ter qualquer resposta."Ela conta que Lucas, seu primo Alexandre da Silva, 10, e o amigo Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11, brincavam de bola de gude com outros amigos em frente à sua casa no fim da manhã do dia 27."Eles começaram a brigar por causa de bola de gude e as mães começaram a botar cada um para dentro de casa. Os três seguiram para a casa deles e depois ninguém nunca mais viu", disse.Em andanças pela vizinhança, os parentes descobriram que eles foram vistos no fim do dia em uma feira no bairro onde moram, mas não se sabe para onde foram depois.Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento e que os policiais analisam imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado os garotos.Após a divulgação de cartazes dos meninos, Ednalda diz que os familiares começaram a receber ligações anônimas com trotes sobre o paradeiro dos meninos. "A gente sabe que agora as pessoas desumanas vão fazer isso com a gente", reclamou.Nesta segunda (4), os familiares voltarão à delegacia para uma reunião com os responsáveis pelas investigações.No protesto, os manifestantes levaram cartazes das crianças e receberam apoio de outros parentes de crianças desaparecidas, como representantes da ONG Mães Virtuosas.Antes de chegar à delegacia, eles passaram pela feira onde os meninos foram vistos pela última vez, que é conhecida como Feira da Areia Branca.A fundadora da ONG Mães Virtuosas, Luciene Pimenta Torres, que tem uma filha desaparecida desde 2009, defendeu a abertura de uma delegacia especializada em desaparecidos na região.
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​O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de SP Aloísio de Toledo César afirma que o STF tem, sim, poder para realizar uma investigação como a instaurada pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli. Ele se refere ao inquérito aberto por ele para apurar fake news e ofensas aos integrantes da corte."Não é um absurdo jurídico", afirma. Ele avalia, no entanto, que não era o melhor caminho a ser adotado. "Seria melhor se Toffoli tivesse acionado o Ministério Público, ele iniciou um tumulto institucional absolutamente desnecessário".Na terça (16), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enfrentou o STF e, numa manifestação ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou ter arquivado o inquérito. Quatro horas depois, o ministro rebateu e disse que a medida da PGR não tinha respaldo legal.A investigação foi prorrogada por 90 dias. Conforme a decisão, só depois desse prazo Dodge poderá ver o procedimento, que é sigiloso. Desde quando Toffoli abriu o inquérito, há a expectativa que procuradores que criticavam o Supremo nas redes sociais sejam alvo da apuração.César, que condena a censura imposta à revista Crusoé e ao site O Antagonista, critica também a atitude da Dodge pelo arquivamento do inquérito. "Foi uma atitude grave, leviana e lamentável", afirma o desembargador, que foi secretário de Justiça do governo Geraldo Alckmin (PSDB).A seguir, as respostas do desembargador aposentado de São Paulo, enviadas por email, após os questionamento da Folha. O Regimento Interno [do STF] prevê e, por isso, o Supremo pode realizar a investigação, não sendo essa iniciativa um absurdo jurídico. Como a norma permissiva da investigação já existia e nunca tinha sido usada, a iniciativa de Toffoli converteu-se num problema difícil de resolver, porque, realmente, o poder de investigar e denunciar é privativo do Ministério Público.No caso, criou-se uma exceção, em que o Supremo investiga, mas, como não tem o poder de fazer a denúncia para si próprio, imagino que, ao ser encerrado, o inquérito será remetido ao Ministério Público para que o avalie e faça a denúncia, no caso da presença de crime. Se não houver crime, então será o caso de requerer o arquivamento.Grave, leviana e lamentável foi a conduta da procuradora-geral, que determinou o arquivamento de um inquérito que ela não viu, ainda mais estando em férias no exterior. Imagine-se como ficará a procuradora, caso a investigação comprove a existência de crime, um crime para o qual ela já pediu arquivamento.Parece-me que é indesejável para o país uma guerra entre duas instituições tão necessárias como o Supremo e o Ministério Público. A saída lógica, para quem como eu atuou na magistratura, pode ser o Supremo dar vistas ao Ministério Público ao final do inquérito. O ministro Alexandre de Moraes [relator do inquérito] começou a carreira como promotor público e sabe que pode realizar a investigação, mas não poderá, pela legislação em vigor, ao final do inquérito, formalizar a denúncia para si próprio. Ou seja, o inquérito não poderá ir a julgamento sem que seja formulada a denúncia. E, por essa razão, imagino que a pacificação poderá vir com a remessa do processo ao Ministério Público. Toda essa confusão processual é fruto de inexperiência jurídica e de falta de sensibilidade. Tofolli escolheu o caminho equivocado para resolver um problema que parecia atingir a sua família. Seria melhor se tivesse acionado o Ministério Público. Iniciou um tumulto institucional absolutamente desnecessário. Demonstrou não ser possuidor da sensibilidade jurídica necessária para quem presta a jurisdição. Se tivesse, lograria promover a mencionada investigação de forma sigilosa e com garantia do devido processo legal e da ampla defesa aos acusados. Realmente, de forma desastrosa, assim como um rinoceronte num roseiral, anunciou a plenos pulmões que o Supremo iria investigar, e presumivelmente punir, eventuais crimes de pessoas que vêm sistematicamente criticando de forma injusta aquela Corte.O pior desse episódio apareceu na conduta do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a censura das publicações, como se detivesse poderes para isso. A liberdade de imprensa é uma conquista da humanidade, obtida após séculos de luta e vem sendo mantida em todos os países democratas, desde aquele momento mágico da revolução francesa.Não se entende como Moraes, professor de direito constitucional, agiu dessa forma. É um episódio que manchará para sempre a sua biografia.Esse transtorno institucional jamais teria ocorrido se o presidente do STF tivesse a maturidade e a sensibilidade jurídica do ministro Celso de Mello. Pelo jeito, o país tem mesmo razões de estar insatisfeito com o trabalho do Supremo Tribunal Federal, que não vem honrando a inteligência do juiz brasileiro.
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Salman Rushdie é um dos principais escritores contemporâneos em atividade no mundo. Aos 75 anos, ele levou ao menos dez facadas, na semana passada, e precisou ser encaminhado para o hospital, onde continua internado e já foi extubado.O autor do ataque é Hadi Matar, um jovem americano de origem libanesa que foi detido pela polícia pouco depois da agressão. Ainda não se sabe o que motivou a violência, mas a primeira suspeita é que o atentado tenha um fundo religioso. Mais Isso porque um dos livros mais famosos de Salman Rushdie é "Versos Satânicos", lançado em 1988. Assim que o romance saiu, a obra foi considerada uma blasfêmia contra a fé islâmica. Entre vários detalhes incômodos, a obra retoma um episódio em que Satã engana Maomé, por exemplo.A revolta contra "Versos Satânicos" foi tão grande que o aiatolá Khomeini, que era o líder religioso do Irã na época, emitiu um decreto pedindo a morte do escritor —o que gerou um dos casos mais barulhentos de ataque à liberdade de expressão na história recente.Agora, o recém-atentado contra o escritor reacende o debate sobre as ameaças do fundamentalismo à liberdade de expressão na literatura contemporânea. Mais O Expresso Ilustrada desta semana discute por que "Versos Satânicos" causou essa polêmica e debate a importância de Salman Rushdie para a literatura.Para isso, o programa ouve a repórter da Folha Sylvia Colombo, que cobre os países da América Latina, e o jornalista Diogo Bercito, que foi correspondente do jornal no Oriente Médio e hoje assina o blog Orientalíssimo.Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Raphael Concli. A apresentação é de Carolina Moraes e Marina Lourenço, que assinam o roteiro.
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Uma explosão na faixa de Gaza neste sábado (5) matou seis membros do Hamas, disse o grupo. A facção culpou Israel pelo caso, mas o governo do premiê Binyamin Netanyahu não quis responder comentar a acusação. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, seis pessoas morreram e três ficaram feridas em uma explosão que parecia acidental na zona de Az Zawayda, no centro do enclave.As vítimas faziam parte das Brigadas Ezedin al-Qasam, braço armado do Hamas, disse o próprio grupo em counicado. A nota também disse que Israel foi o culpado pela explosão, mas não explica como isso teria acontecido. O grupo também não apresentou nenhuma prova de que houve um bombardeio israelense ou de que Tel Aviv estivesse envolvido de alguma maneira. Segundo o comunicado, o incidente aconteceu durante uma "operação complexa de segurança". O Hamas, que controla a faixa de Gaza, classificou o caso como um "crime deplorável", cometido pelos "inimigos sionistas".Uma porta-voz do Exército israelense disse que não iria comentar sobre o caso. A explosão acontece em meio aos protestos semanais feitos pelos palestinos e apoiados pelo Hamas na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel. Desde o início dos atos, em 30 de março, 43 palestinos morreram em confrontos com as tropas israelenses.
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A equipe da Betalabs deve crescer no ano que vem. Luan Gabellini, sócio-fundador da empresa, fala em cerca de 15 contratações. "Nosso foco é ampliar o time de desenvolvimento e atendimento ao cliente em função da expectativa de aumento da demanda", diz o empreendedor. Especializada em sistemas de gestão (ERP) e plataforma na nuvem para lojas virtuais, a Betalabs tem hoje 42 funcionários e trabalhou com uma estrutura enxuta em 2015 em função do cenário macroeconômico –apesar de ter aumentado o quadro de colaboradores em 25% neste ano. Mas como conseguiu crescer de forma descolada da economia, a empresa planeja um desempenho similar em 2016. "O canto da sereia é aumentar a equipe com o aumento do mercado", diz Alessandro Saade, 47, professor do MBA em Gestão da Inovação da Business School São Paulo (BSP). Enquanto o crescimento não chega, a recomendação do professor é capacitar continuamente a equipe. "Profissionais bem capacitados e empoderados produzem mais que a média, aceitam novos desafios com mais comprometimento e trazem melhores resultados." Em 2015, o crescimento da Betalabs ficou em 80%. Para o próximo ano a meta é continuar investindo cerca de 20% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento. "Como empresa de tecnologia precisamos criar novos produtos e também atualizar o que já está disponível no mercado", diz Gabellini. "Quem não inova fica para trás."
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Noiva do ex-jogador de futebol Kaká, 36, a modelo Carol Dias, 23, revelou que teve medo de não ser aceita pelos dois filhos do ex-atleta, Luca, 10, e Isabella, 7, no começo do relacionamento. As crianças são fruto do casamento de Kaká com a empresária Caroline Celico —eles ficaram juntos por dez anos. "Quando começamos a namorar eu tive muito medo de não ser aceita por eles", disse Carol Dias ao responder uma pergunta de um internauta pelo recurso Storie do Instagram —em que fotos e vídeos desaparecem após 24 horas."[Mas] Logo no início fui muito bem recebida por eles! Acredito que estamos construindo uma história linda juntos. Eles são especiais e eu sou grata por eles serem exatamente como são", escreveu a modelo. Na publicação, Carol Dias também afirmou que a sua relação com as crianças é de "carinho, respeito e amor" e "muito melhor" do que poderia ter imaginado quando começou o namoro com Kaká. "Essa situação também era muito nova para mim, já que eu venho de uma família de pais que não são separados, a única coisa que eu imaginava era o quão ruim pode ser uma separação, ainda mais para uma criança", completou a modelo.
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A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, criticou, nesta terça-feira (3), em sabatina promovida pela Folha em parceria com o UOL e o SBT, rivais que "abrem a janela do promessômetro" em época de campanha, usando "discurso fácil" para atrair o eleitor."Acho que tem uma situação bastante complexa no Brasil. Existem aqueles que fazem o discurso fácil. E é muito difícil fazer política dizendo: 'vamos ser ponderados', 'não é bem assim'", afirmou a ex-senadora."Eu fico vendo que na hora da eleição as pessoas abrem mão dos princípios, abrem a janela do promessômetro e aí o céu é o limite", continuou. "Eu não. Eu quero ganhar ganhando, porque a forma como a gente ganha determina a forma como a gente governa."Marina, que é fiel da Assembleia de Deus, disse que "o Estado laico é uma bênção" e se posicionou contra a mistura entre religião e política diante de uma pergunta sobre o slogan da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), que prega o "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos"."Tenho uma fé, sou cristã da Assembleia de Deus, já fui católica, quase fui freira, e acho que num país democrático como o nosso não se deveria estimular essa guerra santa. Isso está fazendo muito mal para o Brasil", afirmou a presidenciável.Marina foi indagada também sobre o modelo de governabilidade que propõe, avesso ao que ela chama de toma lá, dá cá que impera hoje na relação entre o Planalto e o Congresso. Ela reagiu a perguntas que colocaram em xeque o sistema de presidencialismo de proposição defendido por ela, que seria baseado em acordos de programa, e não em troca de favores."Essa lógica do toma lá, dá cá não pode ser naturalizada. Não dá para cair na armadilha de que ou você se rende ao centrão ou você não vai conseguir governar. Não podemos nos conformar com isso", disse.Ela repetiu argumento usado em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3), quando comparou seu jeito de governar, caso eleita, à luta dos que combateram a ditadura militar no Brasil.Para a presidenciável, é preciso "mudar a métrica" da governabilidade. "Essa história de que para aprovar uma coisa é [com] o governo comprando deputados, isso tem que ser denunciado. Se alguém me disser que só vai votar se eu tiver que pagar pelo voto dele, eu vou denunciar."Marina disse que, se vencer, vai rever a política de subsídios a setores econômicos, mas manterá parte das isenções —não quis especificar em quais áreas. Para ela, há uma "indústria do subsídio no país" e é necessário "acabar com a farra do Refis" (programa que refinancia dívidas tributárias), para direcionar recursos para políticas prioritárias."É muito fácil defender o livre mercado, a livre iniciativa, e na primeira oportunidade ir no balcão do governo fazer determinado tipo de isenção. Isso não é justo. A sociedade brasileira está pagando um preço muito alto por essas isenções", afirmou.Durante a sabatina, ela repisou bandeiras de sua campanha como combate à corrupção, investimento em educação (com plano de carreira para professores), melhorias no SUS e ampliação da rede de saneamento básico.A candidata reforçou ainda o compromisso de estimular "a adoção de uma alimentação saudável e pacífica, incluindo a alimentação vegetariana", apresentado em seu programa de governo. Um exemplo do incentivo, disse, seria o aumento de produtos da agricultura orgânica na merenda escolar, que também beneficiaria agricultores.Segundo a ex-senadora, a medida, no entanto, nada tem a ver com "obrigar uma criança" a não comer carne. "Você tem que oferecer [vegetais] como uma opção." O tópico entrou no plano de governo por sugestão do vice dela, Eduardo Jorge (PV), que é vegetariano e defende o chamado abolicionismo animal. A série de entrevistas continua nesta quinta (6), com o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Foram convidados nove presidenciáveis. Segundo a lei eleitoral, concorrentes de partidos com ao menos cinco parlamentares têm direito a participar de debates no rádio e na TV. Mais
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Oito pessoas, sendo três adolescentes, foram resgatadas na madrugada deste sábado (9) em uma operação de combate à exploração sexual na praia da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, principais bairros de competição da Olimpíada. Participaram da ação a Polícia Civil, o Ministério Público e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio. A polícia afirmou que tenta agora identificar comerciantes que colaborem para a prática do crime. Não houve prisões. "A Polícia Civil, com o apoio do Ministério Público, irá representar na Justiça pela cassação dos alvarás de funcionamento dos comerciantes identificados", diz o órgão, em nota. De acordo com o Ministério Público do Rio, o inquérito foi aberto após um aumento nas denúncias sobre exploração sexual contra crianças e adolescentes na orla do Recreio e Barra. "Alguns envolvidos já foram identificados e providências criminais serão tomadas", afirmou o procurador Márcio Mothé, coordenador de Direitos Humanos do MP do Rio. Segundo a investigação, a exploração sexual de menores se concentra entre os postos 10 e 12. Os adolescentes resgatados tinham entre 15 e 16 anos. Todas as pessoas envolvidas na cadeia da exploração sexual —quem atrai, agencia o adolescente, clientes e responsáveis por estabelecimentos onde o crime é praticado— responde pelo crime de favorecimento à prostituição, cuja pena pode chegar a dez anos de prisão.
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A presença do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido, ex-PSDB) como vice na chapa do ex-presidente Lula (PT) equivaleria à Carta ao Povo Brasileiro assinada em 2002 pelo petista, avalia o marqueteiro Renato Pereira.O documento, lançado na campanha eleitoral de 2002, foi divulgado com o objetivo de diminuir a resistência ao nome de Lula no mercado financeiro. Nele, ele comprometia-se a respeitar contratos, preservar o superávit primário e reduzir a dívida pública.Para Pereira, ex-integrante das equipes de marketing de Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Aécio Neves, a aliança dos rivais históricos simboliza "generosidade e união". Ao se unir ao ex-governador, Lula deixa de ser o protagonista único da chapa e, para o marqueteiro, "abre mão de uma revanche"."O Alckmin acrescenta ao Lula a capacidade de representar uma causa moderada, generosa e que procura a união. No contexto de desunião que o país vive, quanto mais forte for a representação da união, mais capacidade você tem de vencer. Gestos valem mais que palavra. O Alckmin é a ‘Carta ao Povo Brasileiro’ de 2022", afirmou ele.Pereira atualmente integra a pré-campanha do deputado Marcelo Freixo (PSB) ao Governo do Rio de Janeiro. Com um acordo de colaboração premiada assinado com a Justiça, no qual relatou crimes cometidos nas gestões Cabral e Paes, entre outros, o marqueteiro não vê constrangimento em voltar a atuar no marketing político no estado."É um fato que infelizmente faz parte da minha vida, do qual me arrependo, mas creio que está superado." Qual impacto eleitoral da aliança do Lula com o Alckmin? Se a aliança se efetivar, do ponto de vista eleitoral, ela pode significar uma vitória no primeiro turno. Certamente significa um fortalecimento da posição do Lula como um candidato mais ao centro já na própria eleição.O Alckmin tem um valor que não é da matemática eleitoral. A pergunta não é quantos votos ele soma ao Lula, mas sim o quanto permite ao Lula dialogar com setores mais amplos do eleitorado brasileiro e ter mais votos.O potencial de voto Lula mais Alckmin é superior do que se ele se aliasse a um empresário, alguém com perfil mais moderado, mas que não tivesse sido de um campo diretamente adversário.Alckmin teve um resultado ruim em 2018. Ele agrega tanto assim? Quando você vota em alguém, vota por acreditar que esse alguém representa alguma coisa. [O eleitor] Tem que se sentir de alguma forma conectado em quem você vai votar.A aliança com um adversário tem um sentido de generosidade, de aproximação entre contrários e união. Isso acontece num contexto em que o atual presidente representa disrupção, uma retórica mais truculenta. Mais O movimento de Alckmin não pode ser visto como uma derrota para ele, já que saiu do partido em que sempre esteve para se aliar num cenário complicado para ele em São Paulo? É uma visão possível. Pode-se também imaginar o seguinte: o Lula, franco favorito para vencer a eleição, por que diabos vai se associar a alguém que talvez não claramente lhe traga votos diretos? A generosidade está exatamente nisso, nos dois lados. Perceber que há algo maior em jogo.Para o Alckmin, de fato, representa voltar ao jogo nacional. Mas não é só isso. É voltar num contexto em que a gente tem a democracia ameaçada, um país que não consegue sair do lugar, em que os conflitos políticos não encontram uma resultante minimamente positiva.A união entre eles parece um gesto de generosidade. Cada um perde alguma coisa. O Alckmin deixa de ser o comandante de um estado como São Paulo, o principal do país. O Lula abre mão de ser o protagonista solitário da sua volta por cima. Ele abre mão de uma revanche.No contexto de desunião que o país vive, quanto mais forte for a representação da união, mais capacidade você tem de vencer. Acho que Alckmin soma exatamente aí, mostrando que não é um discurso do Lula. É a prática do Lula. Gestos valem mais que palavra. O Alckmin é a "Carta ao Povo Brasileiro" de 2022.As falas do passado de Alckmin contra o Lula não criam uma dificuldade para explicar ao eleitor? Pelo contexto que a gente está vivendo, não acho. O sentido da grandeza da história é mais fácil e cativante do que a pequena política de falar das contradições. Mais Há espaço para terceira via? O que muda se a aliança se concretizar? No cenário atual, há um estudo do [cientista político] Alberto Almeida em que ele analisa, ao longo de 2021, como Lula consegue evoluir entre os eleitores que avaliam o governo Bolsonaro como ruim e péssimo. Há uma evolução percentual do ex-presidente neste grupo. Isso antes do Alckmin.No extremo oposto, entre quem avalia o governo como bom ou ótimo, o Bolsonaro cresce a sua participação.O que Alberto demonstra é que, a não ser que a tendência se inverta, há pouco espaço para uma terceira via. Com Alckmin, ainda menos.Além disso, as pessoas tendem a falar do cenário político brasileiro como polarizado. Mas o que a gente vê hoje é um cenário centralizado. O que dificulta ainda mais para a terceira via.Todos estão disputando o eleitor de centro. O Lula caminha para o centro, e a aliança com o Alckmin é mais um movimento importante nessa direção. O presidente Bolsonaro também fez isso no fim de 2021. Fortaleceu sua aliança com o centrão e parou de fazer manifestações de rua.O [Sergio] Moro também faz a mesma coisa, tentando se apresentar como um candidato não tão autoritário assim. [João] Doria e Ciro [Gomes] também. Mais Todo mundo está disputando o mesmo espaço, mas dois desses candidatos partem de fortalezas bastante bem constituídas.Estamos vivendo uma eleição que já é um segundo turno com a precipitação de alianças políticas. Geralmente no primeiro turno se busca constituir suas identidades, as fortalezas, e depois ter uma convergência com as alianças. Isso acontece hoje.Isso se deve ao fato de existir um pré-candidato que, potencialmente, vence no primeiro turno? Não necessariamente. A primeira grande razão é o fato de termos um presidente que trouxe uma retórica radical mas entregou pouca coisa. Há um conjunto de crises simultâneas. Isso favorece a busca de entendimentos para superar esse momento.Por que a terceira via não avança no grupo que desaprova o presidente? O Lula representa mudança porque vivemos uma crise econômica com inflação alta, fome e falta de perspectiva, e quando o Lula era presidente acontecia exatamente o contrário. A memória do Lula no campo popular o favorece fortemente.Além disso, o Bolsonaro sempre fez do PT o seu grande adversário. Sempre nomeou o PT como tudo aquilo que ele sempre quis eliminar no Brasil. É óbvio que o PT representa a mudança em relação ao Bolsonaro.É perda de tempo Doria e Moro tentarem candidatura? Do ponto de vista do resultado, talvez. Mas disputar uma eleição que não vai ganhar não necessariamente é perda de tempo. Vai fortalecer o seu nome, se tornar conhecido, fazendo alianças, aprendendo. O próprio Lula fez isso.O patamar atual de Bolsonaro é um piso? O que mantém essa base? Acho que sim. Ele mantém isso ao saber articular um sentimento de desconforto, humilhação e deslocamento que um contingente importante da sociedade brasileira tem em relação ao que se chama de establishment.Vivemos numa sociedade em que muita gente se sente deslocada, irrelevante ou desconfortável com comportamentos que se tornaram aceitos, a regra do jogo. Bolsonaro sempre foi muito atento a esses sentimentos.A religiosidade entra um pouco nessa história também. Evangélicos têm enfrentado preconceito há algum tempo. Tanto os crentes como os pastores.Eles estão cansados de serem desprezados ou mesmo humilhados enquanto estão fazendo uma história que é quase revolucionária. Estão lutando para melhorar de vida, empreendendo, organizando a sua família e conseguindo viver numa situação que é de periferia, mas altivamente.Você dá a volta por cima e ainda tem gente que diz que você não vale nada. Não perceber que o bolsonarismo sai do ventre da sociedade politicamente correta me impressiona muito.O presidente é capaz de melhorar o ótimo/bom? O Auxílio Brasil pode ajudar nisso? Ele tem se mostrado pouco capaz nessa matéria. O auxílio pode ajudar, mas não parece uma variável por si só suficiente para mudar o patamar de avaliação.O cenário do Rio de Janeiro vai refletir o nacional? Entre os estados do Sudeste, aqui é onde o Bolsonaro tem a melhor avaliação. As pesquisas mostram o presidente mais perto do Lula aqui.E agora há um alinhamento político explícito, quando Bolsonaro entra no partido do [governador] Cláudio Castro. Se do outro lado há uma aliança de Freixo com Lula, é natural uma reprodução do cenário. Mais Essa mudança de partido de Freixo pode soar artificial? Como esse novo Freixo vai se apresentar? Não diria que tem um novo Freixo. Ele sempre teve uma força eleitoral expressiva e política, relevante. A ida para o PSB buscou maior densidade eleitoral.A agenda de valores pode ser um peso numa campanha majoritária? Essa é uma bela fake news. A marca do Freixo sempre foi a luta contra o crime miliciano.O fato de o sr. ser colaborador da Justiça entrou na conversa com ele para sua entrada na campanha? Esse tema entrou, claro, porque ele precisava saber a situação atual. É um fato que infelizmente faz parte da minha vida, do qual me arrependo, mas creio que está superado.Mas pode ser um constrangimento para ele no momento em que ele se coloca como um candidato de mudança de rumo do estado? Ele está mais habilitado a responder essa pergunta. Mas a minha avaliação é que não. Não sou tão relevante assim. Se avaliasse assim, jamais teria aceitado o convite.Renato Pereira, 62, é formado em antropologia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Comandou as campanhas de Sérgio Cabral (2006, 2010) e Luiz Fernando Pezão (2014) ao Governo do Rio de Janeiro, de Eduardo Paes (2008 e 2012) à prefeitura, e o início da pré-campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. Também trabalhou na eleição presidencial na Venezuela (Henrique Capriles) e Peru (Pedro Paulo Kuczynski, o PPK). Firmou acordo de colaboração premiada com a Justiça nas investigações sobre fraudes na gestão Cabral
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A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal finalizou na última sexta-feira (6) o protocolo de ações integradas para os atos golpistas de domingo (8). O plano previa o uso da tropa de choque para conter distúrbios e reforço do efetivo policial nas áreas próximas às sedes dos três Poderes.O plano de segurança foi finalizado após uma reunião na manhã de sexta, quando integrantes de todos os órgãos conversaram sobre os riscos das manifestações e definiram protocolos para tentar evitar situações de violência.Naquele momento, já havia informações de inteligência que apontavam para um risco de invasão aos prédios do Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto.Entretanto, o documento da Secretaria de Segurança do DF obtido pela Folha destaca que o objetivo era promover ações para "assegurar o direito constitucional a livre MANIFESTAÇÃO PÚBLICA, na Esplanada dos Ministérios e área central de Brasília".O plano foi criado por causa do chamamento de manifestações pelas redes sociais e de levantamentos de inteligência dos órgãos de segurança. "Conforme divulgação há previsão de deslocamento de manifestantes em caravanas de ônibus de todo o país com destino à área central de Brasília."Participaram das reuniões para o planejamento integrantes da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar do DF, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Detran (Departamento de Trânsito), DF Legal, Senado, Câmara, STF (Supremo Tribunal Federal), Itamaraty, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e DER (Departamento de Estradas de Rodagem).No documento, a subsecretária de Operações Integradas do DF, coronel Cintia Queiroz de Castro, define uma série de medidas que deveriam ser adotadas nas vésperas da manifestação.Entre elas, as forças de segurança deveriam "monitorar a chegada e permanência de manifestantes motorizados no Distrito Federal", observar a movimentação das "rodovias federais e distritais para acionamento de perímetros de segurança" e avaliar o "fechamento da Esplanada dos Ministérios".Os motoristas dos ônibus com os manifestantes foram orientados a desembarcar os bolsonaristas radicais no Setor Militar Urbano, onde fica o Quartel-General do Exército. Depois, o plano previa que os veículos deveriam ser posicionados num estacionamento externo da Granja do Torto."Não será permitido o acesso de manifestante à praça dos Três Poderes, conforme acordado em reunião no dia 6 de janeiro de 2023 na SSP [Secretaria de Segurança Pública]", destaca o relatório.O plano de segurança ainda previa que a Polícia Militar deveria estar preparada para "empregar tropa especializada em controle de distúrbio, no caso de perturbação da ordem".A PM tem sido criticada por colocar baixo efetivo na Esplanada dos Ministérios, sem equipes da tropa de choque prontas para debelar as manifestações.Em sua defesa no STF, o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que o plano de segurança foi sabotado e que isso permitiu a invasão dos golpistas às sedes dos Três Poderes."O fato é que, em algum momento, no plano da execução, o protocolo previamente estabelecido foi inusualmente descumprido, permitindo ou facilitando os inacreditáveis e irremissíveis atos de violências praticados contra os Poderes da República e contra o Estado democrático de Direito", diz o documento, assinado por uma equipe de advogados comandada por Alberto Toron.O interventor na segurança do DF, Ricardo Cappelli, afirmou ainda que houve uma "operação de sabotagem" que permitiu o ato golpista."O que faltou no domingo foi o comando e a liderança da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Nessas poucas horas à frente da secretaria, posso afirmar que o que aconteceu não foi por acaso. Foi um ato de sabotagem do secretário Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, que assumiu a Secretaria de Segurança no dia 2, mudou todo o comando [das forças de segurança] e viajou. Não foi por acaso", afirmou Cappelli em entrevista à CNN.A Polícia Militar do Distrito Federal disse, em nota, que em planejamento conjunto com outros órgãos distritais e federais de segurança pública, adotou protocolos para reforçar o policiamento preventivo na região central de Brasília.A corporação afirmou ainda que centenas de pessoas foram presas durante a ação. Além do mais, vários policiais ficaram feridos, alguns com gravidade."Até o início da tarde, os manifestantes se comportavam de maneira colaborativa, quando de forma abrupta passaram a hostilizar e entrar em confronto violento com os policiais militares, conseguindo invadir os prédios dos Três Poderes, momento que, recursos adicionais especializados da Corporação foram acionados para contenção e restabelecimento da ordem." Mais Ministério de Relações Exteriores1. Realizar cercamento com gradis, circundando todo o MRE.2. Disponibilizar 20 gradis, ao lado do MRE, para fechamento da Via S1.Supremo Tribunal Federal1. Realizar cercamento com gradis, circundando todo o STF.2. Disponibilizar 20 gradis, ao lado do Ministério da Justiça, para fechamento da Via N1.Senado1. Realizar cercamento com gradis, circundando toda a sede do Congresso Nacional.Câmara1. Realizar cercamento com gradis, circundando toda a sede do Congresso Nacional.Polícia Rodoviária Federal1. Executar policiamento nas rodovias federais de acesso ao DF, com objetivo de fiscalizar e monitorar a concentração e chegada de veículos de manifestantes (ônibus, caminhões, motorhome, etc) com destino à Esplanada dos Ministérios, informando ao CIOB/SSP [Centro Integrado de Operações de Brasília/Secretaria de Segurança Pública], bem como postando no grupo "Perímetro de Segurança" do WhatsApp.Polícia Militar1. Caso seja acionado, realizar o fechamento do trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, nas Vias S1 e N1, entre a Alça Leste e a Via L4 Norte.2. Planejar e executar ações de policiamento ostensivo, com objetivo de manter e preservar a ordem pública durante a realização do evento, empregando para esse fim efetivos e meios necessários, conforme planejamento próprio da instituição e o acordado em reunião na SSP no dia 06 de janeiro de 2023.3. Executar policiamento e monitoramento nas rodovias distritais e de acesso no DF, com objetivo de prevenir trânsito de veículos de manifestantes para a área central de Brasília, direcionando as caravanas identificadas para estacionamento na Granja do Torto.4. Reforçar o policiamento ostensivo nas imediações das centrais de distribuição de combustíveis no SIA (Setor de Indústria e Abastecimento).5. Executar o policiamento ostensivo de trânsito no deslocamento dos manifestantes, conforme planejamento próprio.6. Acompanhar o ato durante todo o itinerário com o objetivo de manter a ordem e a segurança pública, tanto dos participantes da manifestação como das pessoas da comunidade em geral, mantendo a incolumidade das pessoas e do patrimônio e evitando acidentes.7. Impedir que os manifestantes utilizem objetos, materiais ou substâncias capazes de produzir lesão ou causar dano durante a marcha.8. Ficar em condições de empregar tropa especializada em controle de distúrbio, no caso de perturbação da ordem.9. Não permitir acesso de pessoas e veículos à praça dos Três Poderes, conforme tratado em reunião e Protocolo de Ações.10. Efetuar interdições parciais ou totais das vias públicas, quando necessárias para a preservação da segurança dos participantes da manifestação e dos demais usuários.11. Manter reforço de efetivo nas adjacências/perímetro interno dos prédios públicos de toda extensão da Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional e praça dos Três Poderes, bem como na Estação Rodoviária de Brasília.Polícia Civil1. Informar as delegacias responsáveis pelas áreas abrangidas pelo evento, bem como outras com atribuições específicas, a adotarem providências de sua competência.2. Conforme definido em reunião na SSP no dia 06 de janeiro de 2023, a condução de flagrantes deverá ser direcionada à 1ª DP (Delegacia de Polícia).3. Estabelecer prioridade de atendimento de ocorrência, inclusive de exames periciais relativos à ocorrência derivada de manifestações e que envolvam seus integrantes e membros dos órgãos de segurança pública e defesa social.4. Caso necessário, acionar a DAME (Divisão de Armamentos, Munição e Explosivos), em apoio à PMDF, objetivando o cumprimento da Portaria 111/2002-SSPDF, que estabelece normas que disciplinam a comercialização e o uso de fogos de artifícios e artifícios pirotécnicos no Distrito Federal.Detran1. Executar o dispositivo de trânsito, em conjunto com à PMDF ou isoladamente, prestando ainda apoio para as interdições necessárias na Esplanada dos Ministérios.2. Manter efetivo em condições de realizar atuações de trânsito na Via S2.3. Efetuar interdições parciais ou totais das vias públicas, quando necessárias para a preservação da segurança dos participantes.4. Ficar em condições de utilizar blocos de concreto (Jerseys) na Via S1 e N1, conforme solicitação da PMDF.5. Realizar ações de trânsito necessárias no Ponto de Concentração no SMU, caso haja presença de manifestantes.6. Apoiar à PMDF, quando solicitado, com material de sinalização temporária de emergência e com Jerseys.7. Disponibilizar guincho para remoção de veículos em situações previstas no Código de Trânsito Brasileiro.DER1. Realizar monitoramentos das rodovias distritais, com o objetivo de identificar comboios de manifestantes com destino à área central de Brasília.2. Manter efetivo em condições de atuação nas proximidades do estacionamento externo da Granja do Torto.3. Caso haja acionamento do fechamento da Esplanada deverá atuar na Via L4 Norte, no Balão do Presidente.4. Caso haja acionamento do fechamento da Esplanada, deverá empregar Jerseys na Via L4 no Balão do Presidente.Corpo de Bombeiros1. Planejar e empregar, durante as passeatas e no local de reunião e manifestação, guarnições de prevenção e combate a incêndio e de atendimento pré-hospitalar, em quantidade compatível com o número de manifestantes e de acordo com a avaliação dos riscos de acidentes ou de atendimentos de socorros de urgência, mediante acionamento.2. Planejar e executar ações relacionadas a produtos perigosos, durante o período em que estiver em vigor o presente Protocolo, especialmente nas centrais de distribuição de combustíveis no SIA.DF Legal1. Providenciará a fiscalização de posturas relativa ao comércio de vendedores ambulantes presentes no local do ato público e exercer a vigilância das áreas em que é vedada a instalação de acampamentos na área tombada de Brasília.Serviço de Limpeza Urbana1. Atuar anteriormente ao evento com o intuito de recolher possíveis objetos/dejetos/entulhos que possam ser utilizados com o objetivo de arremesso em uma possível turba.2. Atuar com equipe durante a manifestação dando suporte com serviço de limpeza.3. Atuar posteriormente ao evento na limpeza do local e das vias ocupadas com vistas a liberação do trânsito.Região Administrativa do Plano Piloto1. Tomar conhecimento da missão e adotar outras providências de sua competência.2. Relacionar ao processo SEI as autorizações concedidas das estruturas para este evento.Sincombustíveis1. Reforçar os efetivos de segurança orgânica, devendo orientá-los quanto a atenção necessária para acionamento das forças de segurança em situações suspeitas de ações criminosas.2. Providenciar orientação às redes de postos quanto à atenção necessária na venda de combustíveis de forma adequada, em recipientes autorizados pela legislação.3. Orientar às redes de combustíveis quanto aos pontos de contato para acionamento imediato, em casos de cometimento de crimes ou ações de vandalismo e depredações.4. Toda venda de combustível em quantidade ou situação suspeita deverá ser repassada de imediato a supervisor do CIOB.Avaliação Ambiental Estratégica1. Apoiar as ações do presente protocolo fornecendo imagens áreas, para monitoramento dos locais de concentração, deslocamentos e manifestações.2. Monitorar, por meio do sistema Córtex, as caravanas oriundas de outros estados com destino a Brasília. Mais
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A seleção brasileira sub-20 sofreu sua primeira derrota no Campeonato Sul-Americano. Neste sábado (17), a equipe dirigida pelo técnico Gallo perdeu para o Uruguai por 2 a 0, em Maldonado, no Uruguai. Com o resultado, os uruguaios lideram a chave com seis pontos. O Brasil, que venceu o Chile na primeira rodada, soma três pontos e está na terceira colocação -mesma pontuação dos chilenos, que levam vantagem no saldo de gols e aparecem na segunda posição. Os três primeiros colocados do grupo avançam para a segunda fase. A equipe brasileira volta a campo na segunda-feira (19), às 22h10, quando enfrenta a Venezuela, lanterna da chave. Os dois gols sofridos pela seleção brasileira no duelo contra o Uruguai foram de bola parada. Aos 27 minutos, Castro cobrou falta e Pereiro subiu livre para abrir o placar de cabeça. No segundo tempo, Castro cobrou outra falta, a bola passou pela defesa e Arambarri completou para o gol. O goleiro brasileiro Marcos ainda fez boas defesas durante o jogo e evitou uma derrota maior da seleção. O campeão do Sul-Americano garante vaga direta nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O segundo colocado terá que participar de um confronto extra contra um representante da Concacaf, confederação que engloba os países das Américas do Norte e Central e do Caribe. O Brasil, como país-sede, já está classificado para a competição.
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O governo de Vladimir Putin anunciou nesta quinta-feira (3) a proibição dos trabalhos da rede de comunicação pública alemã Deutsche Welle na Rússia. As credenciais de jornalistas foram retiradas, e a sucursal, baseada em Moscou, será fechada. O Kremlin pretende, ainda, classificar a empresa como "agente estrangeiro".A medida vem como retaliação após Berlim bloquear o canal da emissora estatal russa RT, devido a questões ligadas a licenças de transmissão. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a ação como hostil e disse que também impediria a entrada no país de autoridades alemãs que participaram da decisão.Em resposta, a chancelaria alemã disse que a medida russa é infundada e fragiliza as relações entre os países. "Se essas medidas forem realmente implementadas, limitaria as reportagens independentes na Rússia, o que é importante em tempos politicamente tensos", disse um porta-voz da pasta.Claudia Roth, ministra alemã da Cultura e da Mídia, classificou a ação contra a DW de inaceitável e pediu que Moscou não "abuse dos problemas de licenciamento da RT como uma reação política".Receba no seu email uma seleção semanal com o que de mais importante aconteceu no mundo; aberta para não assinantes.Carregando...A tensão envolvendo o veículo público de radiodifusão se dá em meio à escalada da crise no entorno da Ucrânia, onde estão posicionadas tropas russas. A Alemanha tem assumido papel secundário nas negociações diplomáticas, uma vez que está atrelada à Rússia devido ao gasoduto submarino Nord Stream 2, que liga os dois países. O Kremlin informou, também nesta quinta, que uma viagem do premiê alemão, Olaf Scholz, a Moscou está prevista, mas sem data confirmada.A Deutsche Welle disse que se manifestou formalmente contra o fechamento da sucursal. O diretor-geral da empresa, Peter Limbourg, afirmou que as medidas adotadas pelos russos são absurdas e se assemelham ao que a mídia profissional enfrenta em autocracias."Até que sejamos oficialmente notificados das medidas, continuaremos a informar de nossa sucursal em Moscou. Mesmo que eventualmente tenhamos que fechá-la, isso não afetará nossa cobertura sobre a Rússia —pelo contrário, nesse caso a fortaleceríamos significativamente." Mais A DW goza de licenças oficiais para transmitir dois canais de TV na Rússia desde 2005, um em inglês e outro em alemão, segundo informações da própria emissora. As licenças atuais expirariam em 2025 para o canal em inglês e em 2027 para o em alemão. Este segundo ainda transmite de duas a quatro horas de programação diária em russo, como exigem as condições para a concessão da licença.Hendrik Wuest, governador da Renânia do Norte-Vestfália, estado alemão onde a DW está sediada, caracterizou a ação russa como um ataque à liberdade de imprensa e disse condená-la veementemente. A Associação Alemã de Jornalistas (DJV, na sigla em alemão) pediu que Putin retire imediatamente a proibição da DW. "Não há justificativa para essa medida drástica de censura", disse, em comunicado.Receba no seu email os grandes temas da China explicados e contextualizados; exclusiva para assinantes.Carregando...O anúncio de bloqueio das atividades da DW é a primeira medida do tipo contra um grande veículo de comunicação ocidental desde a dissolução da União Soviética, segundo a agência de notícias AFP.Durante três décadas, Moscou não havia atacado jornais estrangeiros, ainda que Putin, no poder há 20 anos, tenha tomado progressivamente o controle do setor de comunicação do país. No ano passado, porém, um jornalista da rede britânica BBC e um repórter holandês foram expulsos da Rússia.O prêmio Nobel da Paz de 2021 foi entregue a um jornalista russo, Dmitri Muratov, ao lado da filipina Maria Ressa. Muratov é cofundador e editor-chefe do Novaia Gazeta, um dos principais jornais de oposição ao governo de Putin. O comitê norueguês do Nobel descreveu o veículo como o mais independente da Rússia atualmente, e laurear o jornalista foi uma forma de acenar em defesa da liberdade de imprensa no país.
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Os reguladores de Nova York estão investigando a coleta de dados íntimos de usuários do Facebook, como os ciclos menstruais e o peso corporal, através de aplicativos para smatphones.O Facebook confirmou que tinha recebido uma carta do Departamento de Serviços Financeiros do estado de Nova York para obter informações sobre a troca de dados.O regulador, conhecido por tomar medidas enérgicas contra os grandes bancos de dados, exigiu que o Facebook entregasse os nomes de todas as companhias que haviam fornecido informações sobre seus aplicativos nos últimos três anos, segundo apurou a agência de notícias AFP.Outras solicitações foram enviadas aos desenvolvedores para obter informações sobre seus contratos com o Facebook.Uma reportagem do Wall Street Journal revelou que dados íntimos podiam ser compartilhados com o Facebook através de ao menos 11 aplicativos, utilizando ferramenta criada para ajudar no envio de anúncios, inclusive para os usuários não eram membros do Facebook.A informação coletada pelos aplicativos incluía dados pessoais sobre o peso corporal, o estado da gravidez, a ovulação e as compras para casa, segundo o jornal.A rede social afirmou que estava revisando a solicitação."É comum que os desenvolvedores compartilhem informações com uma ampla gama de plataformas para publicidade e análise", disse um porta-voz do Facebook."Exigimos aos outros desenvolvedores de aplicativos que deixem claro a seus usuários a informação que compartilham conosco e proibimos aos desenvolvedores de aplicativos que nos enviem dados confidenciais. Também tomamos medidas para detectar e eliminar os dados que não devem ser compartilhados conosco".A investigação de Nova York ocorre em meio a um amplo debate sobre a privacidade on-line. Grupos de interesse testemunharam esta semana em audiências no Capitólio sobre as opções para fortalecer a proteção, após vários escândalos de alto perfil que envolvem o Facebook e outros gigantes da tecnologia.
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Acabar com o pagamento em dinheiro dentro dos ônibus de Londres reduziu quase pela metade o custo de cobrança do sistema.O processo começou em 2004, com a introdução do Oyster, o bilhete único local. Dez anos depois, o dinheiro foi totalmente abolido nas transações no interior dos veículos.O custo de arrecadação passou de 14% do total para 8% e deve baixar para 6% nos próximos anos, num sistema cujo orçamento beira o equivalente a R$ 10 bilhões.Em São Paulo, existem há anos planos de abolir os cobradores, em meio a grande resistência sindical e questionamento jurídico. O prefeito João Doria diz que a função será extinta até 2020.Os cobradores paulistanos representam cerca de 12% do custo das empresas, sendo que 8% das pessoas pagam as viagens em dinheiro.Em Londres, atualmente, além do cartão pode-se usar o celular nas transações.“Você vai acabando totalmente com o conceito de bilhete”, afirma Mike Tuckett, executivo da empresa responsável pelo transporte londrino que mostrou os dados em um debate do Mobile World Congress, feira de telecomunicações que acontece em Barcelona.
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Esta é a edição da newsletter Guerra na Ucrânia. Quer recebê-la no seu ​email? Inscreva-se abaixo.O boletim diário para você entender o que acontece na guerra entre Rússia e UcrâniaCarregando...Os apelos internacionais para se investigar, julgar e punir as suspeitas de crimes, incluindo os de guerra e contra a humanidade, cometidos na invasão da Ucrânia pela Rússia cresceram neste 40º dia de conflito.Em visita a Butcha, onde o governo ucraniano diz ter contabilizado quase 300 corpos de civis em ruas e valas comuns no fim de semana —na região de Kiev, foram mais de 400—, o presidente Volodimir Zelenski declarou que o cenário é de crimes que devem "ser reconhecidos pelo mundo como genocídio".Na esteira da comoção gerada pelas imagens, líderes mundiais cobraram a abertura de procedimentos para responsabilizar o presidente Vladimir Putin e outras autoridades russas. Além das apurações anunciadas por organismos existentes da ONU, uma das propostas em debate é a criação de um tribunal extraordinário para o conflito.A iniciativa não seria uma novidade na história recente: são exemplos de cortes especiais, criadas exclusivamente para determinados eventos políticos, a de Nuremberg, que julgou os crimes cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, e os tribunais penais para a ex-Iugoslávia e para a Ruanda, nos anos 1990.As suspeitas de violações dos tratados internacionais para a situação de conflitos já são objeto de uma investigação do TPI (Tribunal Penal Internacional), em Haia (Holanda), aberta no início de março após o pedido de 39 países —Japão e Macedônia do Norte se juntaram à petição depois. Mais No caso da guerra na Ucrânia, o tribunal investiga três tipos de crimes:Crimes de guerra: englobam, entre outros, ataques à população ou a objetos civis (como prédios residenciais e hospitais) que não fazem parte do objetivo de uma ação militar;Crimes contra a humanidade: ataques generalizados ou sistemáticos dirigidos contra qualquer população civil;Genocídio: atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.Entenda: a investigação aberta pelo procurador britânico Karim Khan abrange alegações desses três tipos de crime cometidos por qualquer pessoa em qualquer parte do território ucraniano desde novembro de 2013, época em que a Rússia disputou o território da Crimeia —anexada por Putin no ano seguinte. Vale lembrar, o TPI julga indivíduos, e não países.Mas por que a proposta de criar mais um tribunal se o conflito já está sendo investigado pelo Tribunal de Haia?Existe um outro tipo de crime de competência que não está incluído na apuração em andamento no Tribunal Penal Internacional: o crime de agressão, ou seja, a tomada de controle político ou militar de um Estado —caso em que se enquadraria simplesmente o ato de invasão do território ucraniano pela Rússia.Esse é um crime mais novo no tribunal. E especificamente para o caso de agressão, o Estatuto de Roma (1998) estabelece que a corte não tem jurisdição para julgar casos cometidos por ou em países que não fazem parte do estatuto —caso da Rússia.Para os outros crimes, essa restrição não existe porque o vínculo ocorre com o país onde os atos são cometidos (nesse caso, a Ucrânia).Outras medidas:A União Europeia anunciou a abertura de um inquérito conjunto com a Ucrânia para coletar evidências e investigar crimes de guerra e contra a humanidade.Na ONU, os relatos de violação serão investigados pelo Conselho de Direitos Humanos. A comissária Michelle Bachelet declarou que o caso de civis mortos em Butcha "geram questionamentos graves e preocupantes sobre possíveis crimes de guerra e infrações importantes do direito internacional humanitário".O que a Rússia afirma: nega responsabilidade sobre as mortes na cidade, alega que há uma manipulação da Ucrânia e pediu uma reunião no Conselho de Segurança da ONU para discutir o episódio. O encontro deve ocorrer nesta terça.Convidamos o professor Lucas Carlos Lima, coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Cortes e Tribunais Internacionais da UFMG, para esclarecer a atuação dos tribunais internacionais.Quais são as controvérsias por trás da proposta de criar um tribunal extraordinário para a Ucrânia? Os precedentes significativos desse tipo de tribunal, como os de Nuremberg e da ex-Iugoslávia, trabalharam sob a tensão de oferecer justiça e punir crimes, por um lado; e com o fato de serem tribunais criados exclusivamente para julgar certos conflitos (diferentemente do TPI), sendo acusados de serem "tribunais de exceção".No caso da Ucrânia, as controvérsias são diversas. Desde o fato de que os principais proponentes são nações europeias envolvidas em outros casos de invasão (fala-se da participação de Gordon Brown, então primeiro-ministro britânico durante a invasão do Iraque) quanto qual órgão teria poder para criá-lo, uma vez que o Conselho de Segurança (que criou o de Ruanda e o da ex-Iugoslávia) estaria bloqueado pelo veto russo.A crítica que poderia ser feita é o risco de uma "justiça seletiva", diminuindo a legitimidade do tribunal.Em relação à investigação aberta pelo TPI, qual alcance e quanto tempo levaria para uma eventual condenação? No Tribunal Penal Internacional existe um procedimento específico que passa pelas fases de investigação, de pré-julgamento, o julgamento em si e uma fase final de apelação. No atual estágio de investigação, é fundamental assegurar o máximo de provas possíveis.Isso não significa que mandados de prisão não possam ser emitidos diante de certas evidências. Mas estamos certamente falando de um período de anos até que decisões finais sejam emitidas em relação aos possíveis crimes de guerra e contra a humanidade cometidos em território ucraniano.Outro tribunal de Haia, a Corte Internacional de Justiça já emitiu uma decisão cautelar ordenando que a Rússia interrompa a ação militar, o que não foi cumprido. Quais podem ser as consequências para a Rússia? Ao decretar que sua ordem impondo uma obrigação foi descumprida, a corte poderá estabelecer consequências para a Rússia, até mesmo com o pagamento de indenização.Novos ataques na região do mar Negro deixaram ao menos 8 mortos, disse Ucrânia;Prefeito de Mariupol disse que 90% da cidade está destruída;Orbán chamou Zelenski de adversário em discurso após reeleição;Jornalista que gravou ataque russo em Odessa foi expulso da Ucrânia.O discurso virtual de Zelenski na cerimônia do Grammy, na noite de domingo, e o depoimento dos soldados ucranianos que lutam nas trincheiras, em dois vídeos da TV Folha:
internacional
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Viúva do diretor Marcos Paulo (1951-2012), Antonia Fontenelle finalmente confirmou seu namoro com o jogador de futebol Emerson Sheik. A atriz admitiu estar feliz e pediu que os fãs torcessem para que o relacionamento desse certo. A informação é da coluna Olá, assinada por Vivian Masutti e publicada no jornal "Agora" desta quarta-feira (11).
celebridades
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O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, emitiu parecer nesta terça-feira (1) defendendo o julgamento conjunto das quatro ações que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro (ex-PSL, hoje sem partido) e de seu vice, Hamilton Mourão (PRTB), nas eleições de 2018.Ele também pediu a reabertura do processo de coleta de provas e a quebra de sigilo bancário e fiscal de investigados, entre eles o empresário Luciano Hang, que nega as acusações.As Aijes (Ações de Investigação Judicial Eleitoral) foram ajuizadas pelas coligações Brasil Soberano (PDT/Avante) e O Povo Feliz de Novo (PT, PC do B e PROS) a partir de reportagens publicadas pela Folha.As reportagens indicavam que empresários teriam comprado pacotes de disparos de mensagens de WhatsApp em massa contra o então candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, e detalham o submundo do envio de mensagens em massa pelo WhatsApp.Uma rede de empresas recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir envios massificados. Caso comprovados, os atos poderiam configurar abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social.No dia 4 de novembro, o relator das ações no TSE, Luís Felipe Salomão, havia indeferido o pedido de complementação de informações pelo WhatsApp e encerrado a instrução processual de uma das ações. Outra ação havia tido essa etapa de coleta de provas encerrada em setembro de 2019.As duas restantes aguardam informações e documentação do STF (Supremo Tribunal Federal), referentes ao inquérito das fake news —ainda existem diferentes pedidos de produção de provas autorizados.Brill de Góes afirma que o encerramento da instrução, fase para levantar provas, de duas das ações foi, de certo modo, “prematuro”, e pede a reabertura.O vice-PGE questiona decisões de Salomão e do antigo relator das ações, Jorge Mussi, de não permitir produção de provas, de não autorizar oitiva de testemunhas, de indeferir pedido de quebra de sigilo de investigados e de encerrar fase de instrução."Sem essas providências, registre-se, haverá uma limitação de conteúdo probatório com enorme prejuízo ao real esclarecimento dos fatos, com potencial prejuízo da própria prestação jurisdicional a ser realizada", afirma.Segundo Brill de Góes, “os vetores da segurança jurídica e coerência da função jurisdicional são igualmente colocados em potencial risco quando é cerceada a possibilidade de instrução e julgamento simultâneo de ações com identidade de fática e pluralidade de partes”. Mais O parecer será examinado pelo atual corregedor-geral eleitoral, Luis Felipe Salomão, que já havia se manifestado pelo encerramento do período de instrução e é relator das quatro ações no TSE. O ministro pode decidir monocraticamente ou levar o parecer ao plenário do tribunal.O vice-PGE se manifestou a favor da quebra de sigilos bancário e fiscal, no período de 1º de julho a 30 de novembro de 2018, do empresário Luciano Hang e das empresas Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços, Yacows Desenvolvimento de Software, Croc Services Soluções de Informática e SMSMarket Soluções Inteligentes.Ele também defendeu a requisição de documentação e oitiva de testemunhas. No entanto, o vice-PGE pediu indeferimento do pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário da AM4 Brasil Inteligência Digital, agência que prestou serviços à campanha de Bolsonaro em 2018.Segundo ele, o nome dessa empresa não consta do pedido na representação inicial e, sendo assim, se trataria de inovação indevida, que não pode ser admitida.No documento enviado ao TSE, Brill de Góes afirma ser "irrecusável a tarefa de controle da integridade da competição eleitoral a ser realizada pela Justiça Eleitoral, motivo pelo qual a instrução dos fatos narrados nas aludidas ações deve ser a mais ampla possível, possibilitando, enfim, que a resposta jurisdicional seja compatível com a missão histórica que é reservada a essa Justiça especializada".Em setembro de 2019, Mussi havia indeferido todos os sete pedidos de oitivas feitos pela coligação Brasil Soberano, afirmando que os testemunhos “de nada acrescentariam de útil e necessário ao esclarecimento dos fatos relatados na petição inicial”.Em contrapartida, Mussi aceitou o pedido da defesa de Bolsonaro de ouvir como testemunha Rebeca Félix da Silva Ribeiro Alves, que trabalhou durante a campanha eleitoral na agência AM4 e que era, na época, assessora de imprensa da Secretaria-Geral da Presidência.O relator também havia negado o pedido de quebra de sigilo bancário e telefônico dos donos das agências de marketing citadas na reportagemSegundo o vice-PGE, as informações prestadas pelo WhatsApp, em 20 de novembro de 2019, apontando "comportamento anormal, indicativo do envio automatizado de mensagens em massa", em relação as empresas citadas nas ações, constitui fato novo suficiente para amparar a medida de quebra de sigilo bancário e fiscal dos requeridos. Mais “Analisando o atual momento do acervo probatório, visualiza-se a necessidade de revisitação do teor dessa decisão monocrática [de Mussi]", diz o parecer.O vice-PGE acrescenta que o modus operandi narrado nas peças das representações "guarda notória semelhança com o adotado pelo representado Luciano Hang em relação ao Facebook para impulsionamento de conteúdo, como ficou bem demonstrado em julgamento realizado por esse Tribunal Superior".O vice-PGE defende a tramitação conjunta das quatro ações, que, pela “evidente identidade de fatos”, merecem “uma análise contextualizada, uniforme e convergente em relação à matéria de fundo".Duas das ações atualmente aguardam a conclusão de perícias e informações do Supremo Tribunal Federal e decisão sobre o pedido de compartilhamento de todo o conteúdo do inquérito das fake news, que investiga ameaças contra o STF e seus membros.Em nota, a assessoria de Luciano Hang afirma que o empresário "lamenta a confusão e imprecisão da Procuradoria-Geral Eleitoral ao comparar o impulsionamento realizado na página pessoal e particular no Facebook do empresário com as condutas que lhe são falsamente atribuidas de divulgação de compras de pacotes de disparos em massa de mensagens no WhatsApp".A nota chama as reportagens de "boato criado pela Folha". Em relação à quebra de sigilos, Hang afirma que "nada tem a esconder".MENSAGENS CONTRA HADDADQuem moveu a ação? Foram três iniciativas. Uma da coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT/PC do B/PROS) e duas da “Brasil Soberano” (PDV/Avante)Por quê? A partir de reportagem da Folha que revelou indícios de que empresários bolsonaristas teriam financiado o envio em massa de mensagens pelo WhatsApp contra Fernando Haddad, a chapa de Bolsonaro é acusada de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação digital. As companhias Quick Mobile, Yacows, Croc Services e SMSMarket seriam responsáveis por disparar os conteúdos.As três ações estão em fase de alegações finais. No caso da iniciativa da chapa de Haddad, foi determinada, em outubro de 2019, a reabertura da etapa de instrução.As defesas de Bolsonaro, Mourão e do principal sócio da Yacows afirmam que a reportagem não apresenta prova de ilegalidadesUSO FRAUDULENTO DE CPFSQuem moveu a ação? A coligação “O Povo Feliz de Novo”Por quê? Com base em relato e documentos apresentados à Justiça do Trabalho, reportagem da Folha de dezembro de 2018 revelou que uma rede de empresas, incluindo Yacows e AM 4, recorreu ao uso fraudulento de nomes e CPFs de idosos para registrar chips de celular nas eleições de 2018. A operação garantia o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.Para a coligação do PT, “tais condutas são ilegais, uma vez que consubstanciam, a um só tempo, uso de robôs em campanha eleitoral, falsidade ideológica para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários”.A ação está em fase de alegações finais. A reabertura da etapa de instrução foi determinada em outubro de 2019.A defesa de Lindolfo Alves Neto, sócio da Yacows, disse que a compra de chips não constituiria crime.
poder
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Um dia após ser acusado formalmente pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas de planejar a invasão da Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, resolveu puxar a carta nuclear na crise que se arrasta desde o fim do ano passado.O fez do tradicional modo russo: o Ministério da Defesa anunciou que o líder irá comandar pessoalmente neste sábado (19) um grande exercício "já previsto" envolvendo as forças estratégicas de seu país, incluindo o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro com capacidade nuclear."O exercício de forças de dissuasão estratégica estava planejado anteriormente para checar o preparo do comando militar e de centros de controle, equipes de lançamento de combate, de navios e de mísseis estratégicos para tarefas designadas, assim como a confiabilidade das armas nucleares e não nucleares das forças estratégicas", diz o comunicado.O palavrório resume uma das "medidas de caráter técnico-militar" que o Kremlin prometeu adotar na sua resposta à rejeição americana de seus termos para tentar driblar a crise em seus termos, no caso impedindo a entrada a Ucrânia na Otan (aliança militar ocidental), na quinta (17).Putin não quer, por motivos óbvios de apocalipse, ameaçar uma guerra com armas atômicas. Mas planeja lembrar o Ocidente do arsenal que comanda, no momento em que seus repetidos anúncios de retirada de parte dos talvez 150 mil soldados que mobilizou em torno da Ucrânia são chamados de farsa por autoridades americanas e europeias.Os exercícios russos envolverão forças terrestres do Distrito Militar Sul, que faz fronteira com a Ucrânia, e de duas frotas, a do Norte e a do mar Negro —esta baseada na Crimeia, nas águas que banham a região em conflito. Mais Segundo o analista militar russo Ivan Barabanov disse à Folha, há a possibilidade de lançamento de um míssil hipersônico naval Tsirkon, uma da "armas invencíveis" desveladas por Putin em 2018. Ele pode ter capacidade nuclear, mas sua função primária é mais tática do que estratégica: afundar navios. A tecnologia envolvida, porém, o transforma em uma joia a mostrar."Esses treinamentos são comuns, mas obviamente o contexto é outro", afirmou.Ao mesmo tempo, no sentido de tentar demonstrar desescalada, os russos anunciaram e postaram vídeos de mais retirada de forças das regiões sob tensão. Ao menos dez caças-bombardeiros Su-24 baseados na Crimeia foram enviados para outras bases, e mais um trem com tropas e equipamentos deixou a península anexada em 2014 da Ucrânia pela Rússia, segundo o governo.A sexta (18) seguiu com movimentações, com Putin recebendo o ditador belarusso Aleksandr Lukachenko, seu parceiro no balé de pressões em torno da Ucrânia que já se ofereceu para receber armas nucleares russas em seu território. Em dois dias acaba o temido exercício envolvendo 30 mil tropas russas no vizinho, que fica ao norte, meros 200 quilômetros de Kiev.Para o presidente americano Joe Biden e seu secretário de Estado, Antony Blinken, tudo está colocado para uma invasão ou ação militar pontual na região leste da Ucrânia, onde Moscou apoia as duas autoproclamadas repúblicas de separatistas étnicos russos.Biden deverá falar nesta sexta por videoconferência com os líderes europeus Boris Johnson (Reino Unido), Olaf Scholz (Alemanha) e Emmanuel Macron (França) para debater a crise. Blinken seguirá na diplomacia direta com seu colega russo, Serguei Lavrov, com quem deve se encontrar na semana que vem.As áreas rebeldes são fruto da guerra civil que seguiu a anexação da Crimeia, por sua vez uma reação de Putin para tentar evitar a absorção do vizinho em estruturas ocidentais como a União Europeia e, principalmente, a Otan. O governo alinhado ao Kremlin havia sido derrubado, e o russo agiu com rapidez e, até aqui, sucesso.O problema é que a questão não pode se arrastar para sempre. Assim, do ponto de vista de Putin, demonstrar força mobilizando forças e emitindo um ultimato pedindo uma nova arquitetura de segurança que impeça o alargamento da Otan no Leste Europeu foi a forma escolhida de lidar com o problema.O resultado foi a crise atual, em que mercados estão nervosos como não estiveram em 2014, pelo envolvimento muito direto de Washington. Biden assumiu com um discurso agressivo contra Putin em 2021, chegando a chamá-lo de assassino.Agora é obrigado a negociar, ainda que mantenha o tom duro e de denúncia, para horror de governos europeus como o alemão, que precisa do gás natural russo para sua economia. Ao prometer sanções e apoio, mas não intervenção militar na Ucrânia em caso de ataque, Biden conseguiu ser visto como traidor também em Kiev.O recado atômico de Putin é de custo baixo, efetivo como propaganda e pouco sutil, claro. Herança da Guerra Fria, quando União Soviética e EUA disputavam um perigoso jogo de primazia no setor, o arsenal nuclear russo é equivalente ao americano. Sob o tratado Novo Start, renovado no ano passado, ambos os países têm cerca de 1.600 ogivas para pronto emprego, "quentes" em silos, junto a bombardeiros ou em submarinos.O estoque de Moscou é ainda maior que o americano, segundo a prestigiosa Federação dos Cientistas Americanos, com 2.897 bombas, ante 1.950 de Washington. Os países têm, respectivamente, 1.760 e 1.900 armas aposentadas, mas ainda reutilizáveis.Isso soma cerca de 90% de todas as armas do tipo do mundo, embora o arsenal da aliada de Putin China venha crescendo, com estimadas 350 ogivas estocadas. No lado ocidental, o Reino Unido tem 225 bombas, 120 operacionais, e a França soma 290, 280 delas prontas para emprego.
internacional
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Há quase dois meses no ar, "A Regra do Jogo" (Globo) introduziu nesta semana uma nova personagem, interpretada por Carolina Dieckmann. A atriz entrou na quinta-feira (22) como Lara, ex-mulher do vilão Orlando (Du Moscovis), que acreditava que ele havia morrido. A estreia é parte das movimentações para alavancar a audiência da trama. "Era um convite irrecusável trabalhar com essa equipe", elogia Carolina, que teve só duas semanas para se preparar. Questionada sobre a correria para entrar numa novela já em andamento, ela ponderou: "Por um lado tem uma facilidade, porque você já viu o conceito no ar, se imagina dentro daquilo. A gente passa nervoso até a estreia, não sabe direito o tom, se vai ser aceita. Por outro lado, é complicado não ter tempo de preparo", conta à coluna Outro Canal, assinada por Lígia Mesquita e publicada na Folha deste sábado (24). Confira a íntegra da entrevista na coluna.
televisao
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Formado há um ano na Divisão de Homicídios (DH), o núcleo de investigação dedicado a mortes de agentes públicos na capital esclareceu quase metade dos casos no período, de acordo com dados da Polícia Civil. O grupo, que conta com um delegado e dez agentes, solucionou 35 dos 75 inquéritos sobre os homicídios de policiais instaurados desde a sua criação, em agosto de 2016. A taxa de elucidação de 47% do núcleo representa mais que o dobro dos 18% registrados em todos os homicídios do Estado no segundo semestre de 2015 –último dado oficial disponível. O Estado vem vivendo uma nova escalada de mortes de agentes neste ano, em folga ou em serviço. No ano passado, foram 147 policiais assassinados, maior número em dez anos. Em 2017, já foram 91. Apesar do alto número de agentes mortos nos últimos meses, o delegado Brenno Carnevale, responsável pelo núcleo, diz não haver "uma caçada aos policiais" por parte do crime organizado. "Há uma cultura de morte no Rio. Marginais não saem às ruas atrás de policiais. Mas a morte costuma ocorrer quando eles se encontram", diz. O grupo foi criado após a DH assumir investigações sobre mortes provocadas por policiais em supostos confrontos –sobre os quais o núcleo não tem dados de elucidação. POLICIAIS MORTOS NO RIO - Agentes assassinados no Estado - "Decidimos assim criar um grupo dedicado a essas duas matérias: mortes provocadas por policiais e em que agentes são vítimas", disse Rivaldo Barbosa, diretor da DH. A socióloga do Departamento de Segurança da UFF (Universidade Federal Fluminense) Klarissa Platero, que pesquisou em 2012 e 2013 métodos de investigação da DH, afirma que é preciso analisar de que forma os inquéritos estão sendo concluídos. "A perícia da DH, apesar de ser considerada 'top', não costuma identificar autoria. Ela continua a vir das testemunhas e muitas vezes de caráter [descrição do comportamento social do suspeito], e não do fato", afirma. O delegado Brenno Carnevale, responsável pelo núcleo, diz que a identificação, em muitos casos, vem de colegas do agente morto em serviço que estavam na operação. "Nesses confrontos, muitas vezes os policiais visualizam o oponente", afirma. No caso mais recente, Ivan da Silva Martins, 34, foi reconhecido por colegas do sargento Hudson de Araújo, 46, como um dos autores dos disparos que o mataram no Vidigal (zona sul). Os PMs relataram que o rapaz, que atuou como figurante no filme "Cidade de Deus", era um dos chefes do tráfico na região. Para a socióloga Platero, é necessário avaliar se suspeitas estão sendo atribuídas a pessoas apenas pelo fato de elas chefiarem os traficantes locais. O diretor do DH nega. "É preciso sempre individualizar a conduta de cada um. Mas responde pelo crime não só quem atirou, mas quem concorre pelo crime, como quem manda e quem está atirando junto", diz Barbosa. Para o delegado Carnevale, o fato de o assassinato em serviço contar geralmente com testemunhas explica a taxa de elucidação. Dados da PM, porém, mostram que quatro em cada cinco homicídios de agentes ocorreram em folga. A socióloga Platero afirma que, para avaliar o grupo, também é preciso comparar como ele está tratando as mortes provocadas por policiais. "É legítima a criação do núcleo, porque policiais estão mais expostos, têm mais riscos de morrer. Mas o tratamento tem que ser igualitário [para policiais e civis]." Embora não tenha essas estatísticas de elucidação nos casos de agentes como autores, o delegado Carnevale diz que o grupo foi criado para que "as informações preliminares dos policiais não baste como verdade". "Realizamos entre 80 e 90 reproduções simuladas desses casos nesse período", declara. O núcleo foi responsável, por exemplo, pelo indiciamento de um PM após a morte de Maria Eduarda, 13, que foi atingida por balas perdidas dentro da escola em abril. No primeiro semestre de 2017, houve um aumento de 32% nas mortes após intervenção policial na capital –230 óbitos, contra 173 no mesmo período do ano passado.
cotidiano
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O participante Gerd Spliter viu o ganho de sua carteira de ações subir para 114,2% e manteve a liderança, pela terceira semana, do simulador Folhainvest, uma parceria da Folha com a BM&FBovespa. Em segundo lugar está João Paulo Lobão, com 102,6%, seguido por Felipe Fogagnolo, com 98,3%. Em quarto está Celio Urani, com 88,8%. Avanti Palmeiras aparece em quinto, com 86,9%. Os interessados em participar podem se cadastrar no site do simulador. A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. - Atualizado em 26.fev. Fonte: Folha
mercado
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O sistema do HSBC apresenta falhas e clientes têm dificuldades para realizar operações bancárias desde o começo da manhã deste domingo (13). Saques ou depósitos em caixas eletrônicos, pagamentos com cartões e internet banking foram afetados. De acordo com o SAC da empresa (0800.729-5977), houve uma falha de comunicação do sistema generalizado. O atendente informa que o sistema está restabelecido, mas há ainda alguns problemas pontuais. Alguns internautas manifestaram indignação nas redes sociais, relatando que ao tentar pagar uma conta com cartão, por exemplo, não conseguiam. "Fui ao mercado comprar coisas para fazer almoço para minha família e descubro que não posso pagar, porque o sistema do banco está fora do ar", relata um usuário na página do HSBC no Facebook. O HSBC informa que serviços financeiros prestados aos clientes estão funcionando normalmente. A empresa esclarece que parte dos seus serviços ficaram indisponíveis devido a uma ocorrência durante uma manutenção operacional. Os serviços foram restabelecidos, gradualmente, até 15h deste domingo (13), de acordo com o banco. Tuíte sobre falha no HSBC Tuíte sobre falha no HSBC Tuíte sobre falha no HSBC HSBC E BRADESCO No início de agosto, o Bradesco comprou a operação brasileira do HSBC por US$ 5,186 bilhões (R$ 17,6 bilhões), diminuindo a diferença para o Itaú, maior banco privado do país. O valor da operação ficou acima do previsto pelo mercado. Analistas esperavam que o banco fosse comprado por R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões. O maior interesse do Bradesco está na clientela de alta renda do HSBC, sexta maior instituição financeira do país em ativos. O banco tem cerca de 10 milhões de clientes, uma rede de 853 agências e receitas da ordem de R$ 10,6 bilhões. A integração entre os bancos só começará após a aprovação dos reguladores. Mas mesmo após esse procedimento, segundo o Procon-SP, não poderá ocorrer mudança de serviço ou de custo em prejuízo do cliente. Além disso, o Bradesco já se comprometeu a oferecer os mesmos produtos e serviços aos clientes vindos do HSBC. Quanto às facilidades no exterior oferecidas pelo HSBC, também há um compromisso por parte do Bradesco de, por meio de sua rede de parceiros internacionais, continuar oferecendo os mesmos serviços ao cliente. Também não está descartada a possibilidade de o HSBC ainda realizar esse serviço fora do país. No caso dos clientes do Bradesco, o banco ainda estuda estender os produtos e serviços do HSBC aos seus demais clientes. O Procon-SP, no entanto, alerta que o banco não tem essa obrigação estabelecida em contrato. Também não há definição sobre a possibilidade de agências do HSBC próximas a outras do Bradesco fecharem. No caso da fusão entre Itaú e Unibanco, por exemplo, a maioria das agências nessa situação foram preservadas porque não havia capacidade de uma agência receber mais clientes. .
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Jair Bolsonaro chega ao fim da sua pior semana desde que assumiu a Presidência da República, em janeiro de 2019, sofrendo críticas em sequência de aliados próximos e ouvindo apelos por um comportamento mais conciliador para tentar virar a página.A artilharia nesta quinta-feira (19) veio sobretudo dos representantes do setor rural, furiosos com a provocação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao governo chinês, que ele culpou pela crise do coronavírus.Horas antes, houve uma rara crítica mais dura do escrito Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro e de sua família. "Eleito para derrubar o sistema, Bolsonaro, aconselhado por generais e políticos medrosos, preferiu adaptar-se a ele. Suicídio", escreveu em sua conta no Facebook, na noite de quarta (18)."Deu ouvidos a generais isentistas, dando tempo a que os inimigos se fortalecessem enquanto ele se desgastava em lacrações teatrais. Lamento. Agora talvez seja tarde para reagir", afirmou.Ligado a Olavo, o jornal conservador online Brasil Sem Medo pediu que os panelaços realizados por três dias seguidos contra o presidente, de terça (17) a esta quinta, sejam um sinal para que ele e seus ministros "continuem se empenhando em proteger a vida humana".Após culpar o governo chinês pela crise do coronavírus, Eduardo Bolsonaro ouviu de volta do embaixador do país asiático, principal destino das exportações brasileiras, uma resposta no mesmo tom."Atacar a China é sintoma de imbecilidade", escreveu o ex-deputado Xico Graziano, um ex-tucano que se aliou ao atual presidente da República e é ligado ao campo.Para ele, "a capacidade da turma de Jair Bolsonaro em criar desavenças está acima do razoável". "Política se faz ampliando, jamais espremendo. Chamando, não excluindo", disse numa rede social.A postura de Eduardo Bolsonaro de responsabilizar a China pela crise do coronavírus tem sido a tônica de aliados do presidente nas mídias digitais, mas isso só adquiriu ares de crise diplomática quando o filho do presidente engrossou o coro."Ele não deveria ter feito a postagem, uma vez que, pelo fato de ser filho do presidente, pode dar margem a todo e qualquer tipo de interpretação", afirmou o deputado estadual Frederico D'Avila (PSL), outro apoiador do presidente ligado ao setor rural. Para D'Avila, que afirma seguir aliado incondicional de Bolsonaro, o momento é de tensão mundial, e não se deve criar atritos nas relações comerciais.Na mesma linha, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) afirma que o problema não foi o que foi dito, mas quem disse."No mérito, o Eduardo está correto. Mas como ele é filho do presidente, isso toma um aspecto maior, gera um impacto grande", afirma."Se fosse um deputado qualquer, um jornalista ou um ativista, falando exatamente o que ele falou, tenho certeza de que haveria amplo respaldo", declarou.A crise com a China veio na sequência de erros políticos em série cometidos pelo presidente desde que minimizou a pandemia de coronavírus, no final da semana passada.Os problemas seguiram com a participação dele em ato pró-governo e contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal) no domingo (15) em Brasília, contrariando a recomendação das autoridades sanitárias, e seguiu pelo que foi visto como condução errática da crise.Desaguou na guerra de panelaços —na quarta, diante da mobilização contra ele, o próprio presidente buscou estimular outro semelhante a favor dele, mas, claramente, o barulho dos opositores de Bolsonaro foi maior que o dos apoiadores.Aliados outrora próximos indignaram-se com a atitude de Bolsonaro diante da crise do coronavírus. A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), que chegou a ser cotada para ser sua vice, pediu a saída do presidente do cargo.Ativista conservador influente no Twitter, Leandro Ruschel fez uma rara crítica ao presidente, de quem é apoiador inconteste."O presidente não deveria ter apertado a mão de pessoas em frente ao Palácio [do Planalto]. Tanto pela segurança dele quanto dos que ali estavam. Se tivesse ficado à distância, saudando o povo, a deferência seria a mesma, sem o risco", tuitou. Os últimos dias foram de muitos constrangimentos para Bolsonaro, que foi cobrado em frente ao Palácio da Alvorada por um imigrante haitiano, num ambiente em que geralmente há apenas tietagem e gritos de "mito!".Ele também sofreu pedidos de impeachment de um deputado distrital de Brasília e de parlamentares do PSOL, intelectuais e artistas.Nos bastidores, cresce a visão, mesmo entre apoiadores do presidente, de que ele cometeu o maior erro de seu mandato no caso do coronavírus, e que é preciso remendar a situação rapidamente. Isso passa por ter atitudes mais técnicas e menos ideológicas e de confronto.Um efeito inesperado da crise foi o crescimento de pedidos por parte de bolsonaristas por calma e união nacional.Perfis de redes sociais que se destacam pela belicosidade repentinamente passaram a falar em conciliação e humildade."A batalha político-ideológica não é, na minha modesta opinião, a prioridade atual. Mas sim a disciplina, a razão, a calma e a prudência", escreveu Claudia Wild, colunista conservadora e ligada ao site Terça Livre, ferrenhamente bolsonarista.Na mesma linha conciliadora escreveu o procurador Ailton Benedito, secretário de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da República e alinhado ao presidente."É imprescindível que todos entendamos, independentemente de ideologias políticas, que estamos no mesmo país, que enfrenta um inimigo comum. Não é hora de se investir em divisões do povo", escreveu ele, que se destaca normalmente por tuítes agressivos contra a esquerda e a imprensa.
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Líderes de partidos do chamado centrão afirmam que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enquadrou nos últimos dias ministros que resistiam em ceder cargos de suas pastas ao grupo, deixando claro que quem se opuser pode ser demitido do governo.Segundo relato desses parlamentares, a atitude de Bolsonaro se deu em dois atos: primeiro, forçou a demissão de Sergio Moro (Justiça), que no começo da gestão chegou a ser considerado “indemissível”, justamente em um contexto de que tem a palavra final sobre cargos-chave. Antes da exoneração, ele havia deixado claro em reunião com todos os ministros que a prerrogativa de fazer nomeações no governo era dele.Depois, reafirmou a quem ficou, em encontros coletivos e a sós, que ele irá distribuir postos de segundo e terceiro escalão ao centrão e que não aceitará recusas. A conduta do presidente foi confirmada por integrantes do governo à Folha.Demonizado na campanha por Bolsonaro como sendo exemplo do que chama de velha política, formada por parlamentares adeptos ao “toma lá, dá cá”, o centrão reúne cerca de 200 dos 513 deputados e virou a esperança do presidente de, pela primeira vez, ter base de sustentação no Congresso.Ao mesmo tempo em que promoveu uma ruptura pública com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro passou a procurar um a um líderes e presidentes de partidos do grupo, formado principalmente por PP, PL, Republicanos, PTB e PSD —esse último nega fazer parte, mas integra oficialmente o bloco do centrão na Câmara, liderado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).O repasse de cargos ao centrão perpassa secretarias estratégicas em ministérios e vai do Porto de Santos à Funasa (Fundação Nacional de Saúde).O grupo aceitou de pronto as ofertas —ainda não entregues, devido à burocracia federal para as trocas e o prosseguimento de acertos específicos— e saiu em defesa do presidente no Congresso, rechaçando a possibilidade de abertura de processo de impeachment contra ele, situação que passou a ser aventada com mais força após a participação de Bolsonaro em atos de rua favoráveis ao fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.Para evitar esse risco, Bolsonaro precisa ter ao seu lado pelo menos 172 dos 513 deputados federais. Em outra frente, o centrão também apoiou a queda de Moro, mas aí a rixa do grupo com o ex-xerife da Lava Jato é antiga. A operação baseada em Curitiba levou ao banco dos réus vários dos líderes do grupo, sob acusação de desvio de recursos da Petrobras.A Folha ouviu relatos de líderes do centrão e de ministros de Bolsonaro, que falaram sob condição de anonimato.Segundo eles, o presidente já foi cobrado pela relativa demora nas nomeações e, como resposta, disse a ministros que eles têm que abrigar os indicados pelo centrão, sob pena de perder apoios.Integrantes do Planalto informaram que os trâmites para que os nomes sejam publicados no Diário Oficial são demorados e que os indicados devem ser formalizados a partir da próxima semana. Inicialmente, alguns auxiliares resistiram a entregar postos chaves de sua pasta. Segundo integrantes do centrão, os principais seriam Paulo Guedes (Economia), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Abraham Weintraub (Educação) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).Esse último, que comanda pasta com obras em vários locais que serviriam de alavanca para o plano do governo de reaquecimento da economia no pós-pandemia, deve ter que ceder a Secretaria de Mobilidade ao Republicanos, ex-PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Outras secretarias da pasta são cobiçadas pelas demais siglas do centrão.A Folha perguntou ao ministro, por meio de sua assessoria, se Marinho concorda com a diretriz de Bolsonaro e se fez alguma ressalva ou estabeleceu alguma condição para a entrega dos postos. “As indicações para cargos no ministério são encaminhadas pela Secretaria de Governo após análise de critérios técnicos”, limitou-se a dizer a pasta.Na Educação, Weintraub terá de ceder a presidência do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação) para o PP, além de diretorias do órgão para Republicanos e PL. Segundo relatos, quando foi avisado pelo presidente de que teria de abrigar os indicados, o ministro pediu a Bolsonaro para criar filtros que garantissem controle de gestão e mecanismos de governança nos órgãos.Procurado, Weintraub não respondeu às perguntas feitas, se limitando a dizer que não fala com a família Frias, proprietária da Folha.Nesta semana, os partidos já enviaram nomes à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que ficará com o PL, e à Secretaria de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, cujos postos estavam em negociação, como mostrou a Folha.Outros órgãos terão a presidência dada a um partido e as diretorias divididas entre os demais. O FNDE e o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), sob o guarda-chuva do Desenvolvimento Regional, devem ser partilhados dessa forma.Já o PL, além da Secretaria de Vigilância em Saúde, do time do recém-empossado ministro Nelson Teich, deverá comandar o Banco do Nordeste. O partido de Valdemar Costa Neto também queria o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), dentro do Ministério da Infraestrutura, área que controlou por anos, mas o governo vetou.Outros cargos federais nos estados foram colocados, de acordo com os parlamentares, à disposição dos partidos em troca de apoio. A ideia dos líderes de siglas maiores é também trazer para a base de Bolsonaro legendas menores.As assessorias da Economia, Infraestrutura, assim como do Palácio do Planalto, foram procurados para se manifestar sobre as informações de oferta e distribuição de cargos ao centrão, mas não quiseram comentar.Quando deu início ao seu governo, Bolsonaro tentou criar uma base de apoio no Congresso negociando com frentes parlamentares (como ruralista e evangélica), escanteando líderes e presidentes de partidos. O modelo não deu certo e a situação do presidente se agravou quando ele rompeu com a cúpula do próprio partido o PSL, se desfiliando em seguida.Ao longo da última semana, Bolsonaro foi questionado sobre as tratativas com esses partidos, mas não deu respostas diretas e não confirmou a oferta de postos no governo.“Por que não vou conversar com nomes do Partido Progressista que foram meus colegas por uns 15 anos? Qual o problema? Eles que votam. Se eles têm algum pecado, o eleitor do seu estado é que deve tomar providência, não vota mais. Eu não estou aqui para julgar, condenar, acusar, pedir cassação de qualquer parlamentar. Vou fazer meu trabalho e conversar.”​
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Brasil, mostra a sua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, Brasil, qual é teu negócio, o nome do teu sócio, confia em mim... Alô, povão, agora é fé! Hoje, na Arábia Saudita(?!), às 14h (horário da ZL), tem Brasil x Argentina, mas como pouca gente sabe e ninguém está nem aí, falemos do San-São, já que amanhã (sem o santista Soteldo, que está defendendo a seleção venezuelana, nem o são-paulino Antony, que foi cortado do time sub-23 do Brasil por lesão) tem clássico pelo Brasileiro de pontozzz corridozzz, aquele interminável campeonato que já acabou faz tempo com o merecido título rubro-negro.É isso aí mesmo. A armagedônica CBF, que não convocou nenhum jogador que atua nos clubes brasileiros para a pelada de logo mais, em Riad, acha que todo mundo é idiota, como se o gesto, por si só, preservasse o campeonato que ela "organiza". Não, não é verdade!A seleção sub-23 é, majoritamente, formada por atletas que atuam no Brasil e, pois, Pedrinho, por exemplo, está fora do confronto direto corinthiano contra o Internacional por uma vaga à (pré-pré) Libertadores... Guerrero, mesmo que não tivesse forçado o terceiro cartão amarelo, também não jogaria. E está muito longe de serem casos isolados!Não é só a economia, estúpido! Se perdemos os melhores jogadores para economias mais fortes e até os mais ou menos para mercados alternativos asiáticos e do leste europeu, os grandes clubes brasileiros têm condições de trazer talentos dos países vizinhos... Mas, quando precisam deles, os times ficam chupando o dedo porque os atletas, como é o caso amanhã de Soteldo, não estão à disposição! É o armagedon!Vendo o que a CBF faz com Brasil x Argentina e também com Santos x São Paulo (vale para todos os jogos da rodada), dá para entender por que cada vez mais a seleção e o San-São empolgam menos. Parabéns aos envolvidos! Nelson Rodrigues: "O brasileiro é um feriado".Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do BasílioAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
esporte
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Gretchen e Thammy Miranda, mãe e filho, não escondem a vaidade e como cuidam da aparência com procedimentos estéticos nas suas redes sociais. A mais recente técnica usada pela família para manter a beleza promete camuflar olheiras de forma definitiva: com tatuagem. A técnica promete disfarçar as manchas escuras embaixo dos olhos e funciona como maquiagem para a pele. Há três semanas, Gretchen publicou, no seu Instagram, um vídeo detalhando como o procedimento funciona. Se dizendo muito satisfeita e feliz com o resultado, a artista afirmou que a técnica empregada pelo profissional que a atendeu não dói e é definitiva. Nesta sexta, quem apostou na tatuagem para disfarçar olheiras foi Thammy, filho de Gretchen. Pelo recurso Stories —em que fotos e vídeos desaparecem em 24 horas— da mesma rede social, ele mostrou uma foto feita no meio do processo e brincou com a mulher, Andressa Ferreira. "A minha mulher acorda e se maquia. Eu acordo e já vou estar maquiado", disse Thammy, que recentemente se casou com Ferreira numa cerimônia em Las Vegas, nos EUA. ​ A celebração da união ocorreu em uma famosa igreja de Las Vegas, a Little White Wedding Chapel, segundo o canal. Por lá já passaram casais como Demi Moore e Bruce Willis, Frank Sinatra e Mia Farrow e até Britney Spears com o amigo de infância Jason Alexander.
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A votação em plenário do projeto de lei da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) que garante à gestante a opção pela cesárea no SUS, na hora do parto e sem indicação clínica, ficou para o mês de agosto.A decisão foi tomada na noite de terça (25) após acordo entre os líderes partidários. O projeto foi debatido durante três horas e meia —são necessárias cinco para que o projeto vá à votação.Também na terça houve uma reunião na Assembleia Legislativa de São Paulo com especialistas em saúde materna contrários e favoráveis ao projeto de Paschoal. O grupo contrário apontou vários problemas técnicos na proposta e sugeriu mudanças, mas a deputada não concordou com elas. Mais Paschoal defende que a insistência pelo parto normal no SUS está deixando muitos bebês sequelados, com paralisia cerebral, em razão da anóxia (falta de oxigênio no cérebro).No entanto, segundo a Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), não há evidência na literatura médica de que o parto normal esteja associado a um maior risco de paralisia cerebral.Vários estudos apontam que somente 10% dos casos de paralisia cerebral estão relacionados a eventos durante o parto. Os demais têm causas genéticas ou estão associados a alterações no pré-natal ou após o nascimento do bebê.Também não existem dados sobre as taxas de paralisia cerebral no estado de São Paulo ou estudos que determinem se essa ocorrência é maior ou menor em hospitais públicos ou privados."Virou uma briga política, ideológica. Creio que a deputada saiba que o projeto não tem apoio em evidência científica", afirma a ginecologista Rossana Pulcineli Francisco, presidente da Sogesp."Não estou impondo nenhum tipo de parto a quem quer que seja. Estou tentando impedir que uma das vias de parto seja imposta. Não posso generalizar, mas a maioria das pessoas que tenho ouvido simplesmente não ouve. O diálogo que elas querem é que eu desista. "Nem a pau!", escreveu Paschoal em seu Twitter.Outro questionamento da Sogesp em relação ao projeto é o fato de ele garantir que a escolha da cesariana possa ser feita, inclusive, no momento do parto. "É muito complicado fazer isso entre uma contração e outra. Para que haja de fato um exercício da autonomia, os riscos e benefícios das opções precisam ser discutidos durante o pré-natal", explica Francisco.Também se questiona se a rede pública de saúde terá condições de absorver um aumento de partos cirúrgicos e as eventuais complicações associadas a eles, como maior risco de hemorragia e infecção. A proposta tem dividido entidades médicas. Para a Sogesp, o projeto pode estimular taxas indiscriminadas de cesáreas, o que traz riscos à mulher e ao bebê. O Brasil é o segundo no ranking mundial em taxas de cesáreas, só perde para a República Dominicana. Dos partos no SUS, 40% são cesarianas. Na rede privada, o índice é de a 84%.Já o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) defende a proposta de Paschoal, alegando que se opõe à “vilanização” das cesarianas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que somente entre 10% a 15% dos partos sejam cirúrgicos e indicados apenas por razões médicas.
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Ao chegar à sala de aula da Escola Politécnica da USP, em 1977, a estudante Liedi Bernucci, então com 19 anos, ouviu de um professor: “Mulher não deveria entrar na engenharia, porque o que elas querem é casar e acabam roubando a vaga de um homem”.É verdade que Liedi se casou, tempos depois, e também “roubou a vaga” de um homem, por assim dizer: tornou-se a primeira mulher a assumir a diretoria da Poli, uma das principais escolas de engenharia do país, após 124 anos de chefia masculina.O episódio em sala de aula poderia ter feito a estudante desistir, mas Liedi seguiu o conselho da mãe: “A melhor resposta é seguir em frente”.Com 59 anos, ela foi eleita nesta quarta-feira (7) para o cargo máximo administrativo da Poli, uma instituição com 452 docentes e mais de 8.000 estudantes.Apesar das “ofensas costumeiras”, como ela descreve o machismo na universidade, Liedi não duvidava da sua capacidade. Era boa aluna, com notas altas, e isso bastava.“Sou engenheira e objetiva, acredito nos números. Eles falam. Se na comparação eu estava melhor, não tinha como falar que eu era burra.”Os números, que ela sabe de cabeça, pontuam as suas falas. Em 1977, quando entrou na Poli, menos de 5% dos alunos da graduação eram mulheres. Hoje elas correspondem a 20%. “Sei que parece pouco, mas não é. Passou de 5% para 20%. Tenho muito orgulho desse número”, afirma.Qual seria o percentual ideal? Liedi não sabe. “As pessoas me perguntam se deveria ser metade mulher ou mais. Eu não tenho a resposta. O importante é que as pessoas façam o que têm vontade. O dia em que elas tiverem liberdade para escolher a carreira e exercer seu talento, a gente chegou no equilíbrio”, diz.Os cabelos com reflexos loiros, as longas unhas cor de vinho, os olhos contornados de preto e o batom rosa também desafiam um antigo preconceito: o de que engenheira é descuidada com a aparência.“Eu ouvi uma piada idiota a vida inteira: ‘Deus perguntou para a mulher quando ela nasceu: Você quer ser bonita ou engenheira?’ Como se todas nós fossemos feias. Toda mulher engenheira já ouviu isso na vida”, conta.Liedi lembra de uma vez em que chegou cinco minutos atrasada para uma prova na Poli e foi barrada pelo professor. Pouco tempo depois, outros dois estudantes, homens, passaram por ela na porta e puderam realizar o exame. Mas Liedi aprendeu com a família a “não se calar diante do preconceito”. Assim, foi até a sala ao lado, onde outro professor aplicava a mesma prova, e explicou a situação.“Ele me pediu desculpas e me deixou entrar. São essas pessoas que resgatam a sua crença na humanidade”, diz.Liedi nasceu em casa, na zona rural de Jarinu (interior de SP), e estudou sempre em escolas públicas. Grandes obras, como estradas, barragens e edifícios, fascinavam a menina. Filha de um padeiro e de uma dona de casa, Liedi costumava brincar com “carrinho e posto de gasolina”. Não ligava para bonecas. A engenheira diz que não gostava muito da escola na infância —ela aprendeu a estudar com a irmã, que fez matemática na USP, no vestibular.“Meu pai não tinha condições de pagar uma faculdade privada, então, se eu quisesse fazer engenharia, tinha duas opções: ou entrava na Poli ou entrava na Poli”, conta.Aprovada, Liedi ingressou na Poli e nunca mais saiu. Durante o mestrado, concluído em 1987, desenvolveu parte da sua pesquisa em uma universidade na Suíça. Lá conheceu seu marido, um físico suíço-alemão, e teve o primeiro dos seus dois filhos. Ao retornar ao Brasil, tornou-se professora da Poli, em 1986. Fez o doutorado, com uma temporada na Suíça, e se instalou definitivamente no Brasil com a família.“A vida era conturbada, com dois filhos pequenos, mais trabalho e estudo. Era raro mulher com filho pequeno trabalhar naquela época. Mas, olhando para trás, isso me fortaleceu. Eu tinha que organizar o meu tempo, me dividir em mil tarefas, e achar que ia dar certo. Me fez ser otimista.”Liedi se especializou em pavimentação e construção de estradas, aeroportos e ferrovias. Além da atuação acadêmica, trabalha como consultora em projetos.Em 1986, foi a primeira professora na engenharia de transportes, entre 27 homens. Em 2004, ela se tornou chefe do departamento e, em 2014, a primeira mulher a ocupar a vice-diretoria.Ainda hoje, mulheres são minoria na instituição. Dentre os professores titulares, apenas 11% são mulheres.O machismo na escola, segundo Liedi, diminuiu, mas ainda existe. Hoje, piadas como as que ela ouvia não são bem vistas. Para ela, portanto, o politicamente correto foi um grande avanço.“Tem gente que acha chato. É chato para quem sempre comandou e podia falar o que queria, enquanto os outros engoliam. Para quem sofre preconceito, politicamente correto é muito bom. É ótimo que a pessoa precise pensar duas vezes antes de falar.”Nesse ponto, ela afirma que a academia é mais machista do que o mercado. “Ainda tem gente que acha que homem é mais competente e que certas especialidades da engenharia não são para mulher”, afirma.A diferença de antes para a época atual, segundo ela, é que as alunas de hoje denunciam o preconceito e os abusos. “Quando eu era estudante, não tinha para quem reclamar. Eram todos homens. A mulher se calava, engolia em seco. E, se reagisse, era chamada de histérica, o que é pesadíssimo”, conta.Por isso, ter uma mulher na diretoria, segundo Liedi, tem um simbolismo importante. “Mostra que há espaço para nós na instituição, que é conservadora e tradicional”, diz. Para as alunas, afirma Liedi, significa também que elas possuem uma interlocutora em uma posição de poder. “As estudantes não precisam mais levar desaforo para casa, como eu fazia. Elas têm para quem falar.”
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As autoridades de concorrência europeias e americanas investigam quatro grandes empresas da indústria de perfumes e fragrâncias por conluio para fixar preços e restringir a livre concorrência, anunciou a agência reguladora suíça nesta quarta-feira (8).A Comco (Comissão de Concorrência) "tem evidências de que várias empresas ativas na produção de perfumes violaram as leis de cartéis", escreveu em um comunicado.A agência cita como empresas envolvidas as suíças Firmenich International e Givaudan, as americanas International Flavors & Fragrances e a alemã Symrise, que estão entre as líderes desse setor.Na véspera, o órgão regulador da concorrência na União Europeia havia relatado buscas em diversas empresas de fragrâncias do continente por suspeita de práticas monopolistas, mas não detalhou as empresas afetadas.A Firmenich, uma das principais fabricantes de aromas e fragrâncias, confirmou nesta quarta-feira que seus escritórios na França, Suíça e Reino Unido foram alvo de "inspeções não anunciadas [...] como parte de uma ampla investigação da indústria"."A Firmenich está monitorando de perto a situação e coopera totalmente com os investigadores. Não podemos fazer mais comentários neste momento", disse um porta-voz.O gigante da indústria Givaudan também admitiu ter sido afetada e disse que estava "cooperando totalmente com as autoridades"."A Givaudan está comprometida e adere aos mais elevados padrões éticos na prática comercial", disse uma porta-voz.Segundo a Comco, "há suspeitas de que essas empresas coordenaram sua política de preços, proibiram seus concorrentes de fornecer a certos clientes e limitaram a produção de certos perfumes".As fragrâncias e aromas são usados em uma ampla gama de produtos, desde a alta perfumaria, cosméticos e xampus, a detergentes e produtos alimentícios, um mercado bilionário."No âmbito da investigação, será examinado se de fato existem restrições à concorrência proibidas pela lei antitruste", acrescentou a COMCO.A Comissão Europeia afirmou na terça-feira que suas equipes estavam realizando inspeções não anunciadas "nas instalações de empresas e a uma associação ativa na indústria de fragrâncias em vários Estados-membros", após consultar reguladores na Suíça, Estados Unidos e Reino Unido.No entanto, não revelou quais empresas foram alvos das operações ou em quais países."A Comissão está preocupada com o fato de as empresas e uma associação da indústria de perfume internacional terem violado as regras antitruste que proíbem cartéis e práticas comerciais restritivas", afirmou em comunicado.Se as empresas investigadas forem consideradas culpadas, podem enfrentar multas altas, mas também podem obter imunidade se cooperarem com a Comissão, acrescentou.Fundada em 1895, a Firmenich é uma empresa familiar por trás de perfumes de sucesso como Angel de Thierry Mugler, Acqua di Gio de Armani e Flower de Kenzo. Atualmente está negociando uma fusão com a holandesa DSM.A empresa divulgou no mês passado que a receita na primeira metade do ano fiscal 2022-2023 aumentou 10,5%, para 2,4 bilhões de francos suíços (US$ 2,5 bilhões, cerca de R$ 12,9 bilhões no câmbio atual).Já a Givaudan teve um 2022 de altos e baixos: o mercado de perfumes de luxo cresceu, mas as vendas de aromas caíram devido à redução no mercado americano. Ainda assim, o volume de negócios cresceu 6,5% para 7 bilhões de francos (7,4 bilhões de dólares, cerca de 38,4 bilhões de reais).Nos Estados Unidos, a International Flavors & Fragrances teve receita de US$ 12,4 bilhões (cerca de R$ 64,3 bilhões) em 2022.Por sua vez, a empresa alemã Symrise registou vendas de 4,6 bilhões de euros (US$ 4,85 bilhões, R$ 24,9 bilhões).
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Depois de diversos adiamentos, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) ameaça iniciar greve com parada de produção a partir deste domingo. Na quinta-feira (29), outra entidade que representa a categoria, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) informou que seus filiados iniciaram paralisações em seis estados. A categoria protesta contra o novo plano de negócios da estatal, que reduz investimentos e prevê a venda de R$ 15,1 bilhões em ativos. "O objetivo é reduzir ao máximo a produção de petróleo", disse o coordenador da entidade, José Maria Rangel. Ele reclama que a Petrobras se recusa a discutir a Pauta pelo Brasil, elaborada pela FUP, que defende a manutenção dos investimentos e aponta alternativas para a empresa driblar a crise, como a busca de financiamentos com bancos de fomento estrangeiros. A categoria está em processo de negociação salarial, mas as duas federações se recusam a discutir o tema enquanto a Petrobras não avaliar as propostas para saída da crise. A estatal chegou a aumentar sua proposta de reajuste, de 5,73% para 8,11%, mas ainda não houve acordo. É o primeiro ano, em governos petistas, que a estatal propõe reajuste abaixo da inflação. "Não vamos discutir acordo coletivo enquanto não conversarmos sobre a Pauta pelo Brasil", afirmou Rangel. Segundo ele, a greve não será adiada novamente - a categoria ameaçou parar pela primeira vez este ano em setembro. A Petrobras informou que solicitou aos sindicatos que não bloqueiem a entrada em suas instalações de empregados que desejem trabalhar e reforçou que está disposta a continuar discutindo o acordo coletivo. compromisso. "Em relação às mobilizações dos sindicatos em algumas unidades da companhia, a Petrobras destaca que não há prejuízos à produção ou ao abastecimento do mercado", disse a empresa, em nota oficial.
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Terminou em confusão e agressão física a audiência na comissão da Câmara que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff com a presença dos juristas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, autores da denúncia, nesta quarta (30). A decisão do presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), de encerrar a sessão por causa do início da ordem do dia no plenário gerou uma reação imediata dos parlamentares contrários ao impeachment que não tiveram a chance de falar na audiência. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) reclamava a jornalistas sobre a decisão de Rosso quando Caio Narcio (PSDB-MG) o empurrou. Os dois tiveram que ser separados por colegas. Antes da agressão, Valente disse que os líderes tinham acordado com Rosso que, independentemente do início da ordem do dia no plenário, a audiência continuaria. "A audiência não vota, tinha um acordo de todos os líderes de manhã. Isso é um golpe. Nem como líder eu consegui falar", disse Valente. Deputados petistas acusaram Rosso de ter gerado essa situação ao decidir cancelar a sessão. Segundo a assessoria de Rosso, 11 líderes de partidos foram chamados a falar, dos quais sete se manifestaram: PT, PSDB, PSB, DEM, PRB, PDT e PTB. CRIME DE RESPONSABILIDADE Durante a audiência, a advogada Janaína Paschoal disse que "sobram crimes de responsabilidade" no pedido de impeachment apresentado. "Tenho visto vários cartazes dizendo que impeachment sem crime é golpe, e essa frase é verdadeira. Mas estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade", disse Janaína, citando as pedaladas fiscais, a assinatura de decretos não numerados —-portanto, sem o aval do Congresso— liberando crédito extraordinário, e o "comportamento omissivo-doloso de Dilma no episódio do Petrolão". "E isso [Petrolão] está na denúncia, e eu não abro mão desta parte. É um conjunto. Porque foi necessário baixar decretos não autorizado abrindo créditos não autorizados quando se sabia que o superavit não era real (...) porque do outro lado estava acontecendo uma sangria", afirmou. "Vítimas de golpe fomos nós." Outro autor do pedido, Reale Jr. também fez questão de ressaltar que houve crime de responsabilidade. "Crime não é apenas por a mão no bolso do outro e tirar o dinheiro, é eliminar as condições deste país de ter desenvolvimento, cuja base é a responsabilidade fiscal", disse. Segundo o jurista, as pedaladas são "crime, e crime grave". "As pedaladas fiscais se constituíram num artifício malicioso pelo qual foi escondido um deficit fiscal, e por via delas se transformou despesa em superavit primário", afirmou. FRAUDE ELEITORAL Reale afirmou que as pedaladas fizeram com que o governo "contraísse empréstimos com entidades financeiras das quais é controlador". Nas chamadas "pedaladas", o governo utilizou recursos dos bancos públicos para o pagamento de despesas da alçada do Tesouro Nacional. Com isso, os balanços do governo apresentaram resultados artificialmente melhores. "Isto é absolutamente proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal", disse, lembrando que as pedaladas foram feitas em ano eleitoral. "Isso caracteriza a fraude eleitoral. Na população, se criou um sentimento de segurança financeira e fiscal que já não havia", afirmou Reale. Para o jurista, o argumento de que governos anteriores teriam feito manobra semelhante não torna a denúncia inválida. "Podem ter ocorrido no governo FHC e Lula, mas neste período [governo Dilma] alcançaram volumes extraordinários e por longo tempo." Janaína foi muito aplaudida quando falou que o governo do PT acredita "que o BNDES é deles -tanto é que só os amigos foram agraciados nestes anos todos-, que a Caixa Econômica Federal é deles, que Banco do Brasil é deles". Logo após a exposição dos dois juristas, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) classificou a fala dos autores do pedido como "comício político". AUDIÊNCIA TUMULTUADA A sessão foi marcada por bate-boca entre parlamentares desde o início. Antes que Miguel Reale Jr. (ex-ministro do governo FHC) começasse a falar, o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) apresentou uma questão de ordem pedindo a suspensão da sessão. A sugestão foi rapidamente rechaçada por deputados opositores. Houve bate-boca entre parlamentares dos dois lados, que levantaram cartazes de "Impeachment Já" e "Impeachment sem crime é golpe". Os deputados opositores puxaram um coro de "impeachment", que foi rebatido com gritos de "não vai ter golpe, vai ter luta", do outro lado. O relator da Comissão, Jovair Arantes (PTB-GO) respondeu a Rocha, dizendo que não seriam aceitas novas provas. A convocação dos juristas nesta semana havia sido contestada por parlamentares governistas, que defendiam ouvir os autores do pedido de impeachment apenas depois da apresentação da defesa de Dilma, cujo prazo expira na próxima segunda-feira (4). Na manhã desta quinta-feira (31), serão ouvidos na comissão, em defesa do governo, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o professor da UERJ Ricardo Lodi Ribeiro. Impeachment da Dilma
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A cantora Angela Ro Ro, 70, fez um desabafo nesta terça (30) em suas redes sociais. Em publicação no Instagram, ela disse que descobriu ter sido usada e traída. A artista não cita nomes, mas em abril ela tinha assumido publicamente namoro com a produtora cultural Veronica Menezes."Queridos amigos, que estão me ajudando nesse momento. Sinto informar que descobri ter sido usada e traída. Jogada no lixo como brinquedo velho de forma vil e vulgar. Ela tinha amantes durante todo esse tempo que pensei ter sido um romance digno do meu amor. Desabafo, meu coração aberto", escreveu.E na legenda da postagem, ela completou: "Apesar de tantos orgasmos múltiplos que a proporcionei." Na mensagem publicada por Angela Ro Ro também estava escrito: "O segredo da boa velhice é simplesmente um pacto honroso com a solidão". Em outra postagem, cerca de uma hora depois do desabafo, Angela postou uma imagem com o seguinte texto: "Estado civil: evitando problemas".No dia 19 de junho, a cantora usou suas redes sociais para fazer um apelo aos fãs: doações. A artista afirmou em um post publicado em sua conta no Instagram, que está passando por dificuldade financeira e pediu que depositem apenas R$ 10 para ajudá-la.Junto aos dados de sua conta, Angela Ro Ro, que está passando a quarentena em um sítio em Saquarema (RJ), pedaço de terra herdado de seus pais, afirma que tentou vender uma live, mas que não houve interessados. No início do mês, ela já dizia que logo estaria pedindo dinheiro aos funcionários.Como havia afirmado à Folha, a cantora está em Saquarema desde antes do Carnaval, sem fazer shows. Já apontando dificuldades, ela disse no início do mês que pretendia reservar esse tempo para talvez escrever o livro que há anos vinha planejando escrever, enquanto aguarda convites de trabalho para o depois da pandemia.
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O Bank for International Settlements, considerado o banco central dos bancos centrais, reprovou nesta segunda (27) a estratégia de países como o Brasil de tentar baixar impostos e subsidiar produtos como combustíveis para conter a inflação.Para o presidente do BIS, o mexicano Agustín Carstens, esse tipo de medida acaba beneficiando muita gente que não precisa de subsídios, caso da gasolina. "O mais adequado seria reforçar programas [sociais] mais focalizados, para os que realmente precisam de ajuda", disse.Para tentar contornar o impacto da inflação na campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) avalizou o uso de quase R$ 35 bilhões em recursos públicos para subsidiar combustíveis. Mas seu governo mantém 700 mil famílias em situação de extrema pobreza (com renda mensal de até R$ 105 por pessoa) na fila de espera do programa Auxílio Brasil.Outras 65,2 mil famílias em situação de pobreza, com renda mensal de R$ 105,01 a R$ 210 por pessoa, também estão habilitadas ao programa, mas ainda não tiveram o benefício concedido.O BIS alerta que o atual surto inflacionário global pode ser persistente e duradouro. Em seu relatório anual, o órgão afirma que transições para ambientes de alta inflação raramente acontecem, mas são muito difíceis de reverter. Segundo o BIS, muitas economias já estão vivendo isso, e recomendou que os bancos centrais não tenham receio de infligir até recessões em suas economias (via aumento das taxas de juro) para evitar um mundo persistentemente inflacionado.Questionado pela Folha em entrevista sobre como conciliar aperto monetário e desaquecimento econômico com uma situação de aumento da pobreza e de fome como no Brasil, Carstens recomendou o reforço dos programas sociais.Para o BIS, mais prejudicial para os pobres seria deixar que a inflação elevada persista, corroendo cotidianamente a renda, do que infligir perdas no curto prazo para controlar os preços —daí a necessidade de amortecer a situação com o reforço de programas sociais.Carstens elogiou o fato de o Banco Central brasileiro ter iniciado antes do que muitos bancos centrais o aumento dos juros para conter a inflação; e admitiu que os principais organismos de controle financeiro internacionais erraram ao considerar que os choques provocados pela pandemia da Covid-19 seriam transitórios."O impulso das políticas monetárias [juros baixos] e fiscais [mais gastos] adotadas para evitar uma deflação [queda de preços; e possível recessão] passou a ser muito intenso e mostrou-se equivocado", disse Carstens.Houve erro de avaliação também, segundo ele, em considerar que as interrupções nas cadeias produtivas seriam breves. "Achamos que os motores se apagariam e que ligá-los novamente seria fácil", disse, a respeito da retomada lenta, e com problemas, na produção global.O BIS afirma que o mundo passa agora por um choque profundo e "inerentemente estagflacionário (inflação com baixo crescimento)" devido aos preços mais altos das commodities, gargalos na cadeia de suprimentos e escassez decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia."Podemos estar chegando a um ponto de inflexão, além do qual uma psicologia inflacionária se espalha e se arraiga. Isso significaria uma grande mudança de paradigma", diz seu relatório.Tal mudança encerraria uma era de preços gerais relativamente estáveis, com alguns produtos mais baratos e outros mais caros —num contexto em que os bancos centrais podiam ignorar aumentos temporários nos preços do petróleo ou do gás natural, por exemplo, porque a inflação média permanecia sob controle.
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Seu Moisés lembra quando entrou no IML (Instituto Médico Legal) e viu dezenas de corpos no chão, à espera de reconhecimento. Era impossível distinguir os rostos, desfigurados pela lama que desceu das encostas e pelo jato de água dos bombeiros.Não conseguiu identificar a irmã, as três sobrinhas, o marido de uma delas e os dois sobrinhos-netos. “Se eles estavam lá ou foram enterrados com os outros não dá para saber, no meu subconsciente até hoje estão sumidos.”Seus sete familiares estão entre as dezenas ou centenas de pessoas que nunca foram encontradas ou identificadas após um dos maiores desastres do Brasil: a chuva que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro na madrugada de 12 de janeiro de 2011. Mais Dez anos depois, o país não foi capaz de contar os mortos. Oficialmente foram 918, mas não há um número consolidado de desaparecidos. O Ministério Público estima 99 e admite não ser possível cravar, enquanto as prefeituras das três cidades mais afetadas (Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis) somam 307.“No mês passado perdi um irmão, fui no sepultamento, botaram na gaveta. Mas uma pessoa que você não sabe onde está nem como morreu, fica esse aperto no coração, a mente atravessada”, diz Moisés Ângelo, 65, de Teresópolis, que como muitos afirma nunca ter recebido apoio psicológico.Outra cicatriz que segue aberta são as milhares de casas em áreas de risco que foram interditadas, porém nunca demolidas. Só em Teresópolis, são mais de 1.800, segundo a Defesa Civil municipal. Tomam conta das ruínas o mato e o mofo, mas não só.Parte dos imóveis condenados voltou a ser ocupada por quem não conseguiu moradia ou discordou das opções dadas pelo poder público. Reclamação frequente é também a invasão por traficantes, usuários de drogas e ladrões de janelas, portas e fiações. Outras têm como “inquilinos” vítimas de outras tragédias da região.É o caso do casal Joseph Veiga, 42, e Alessandra Cardoso, 37, que diz nunca ter recebido auxílio pela casa que perdeu em um deslizamento de terra em 2016, em outro bairro de Teresópolis —15% dos imóveis não demolidos estão ocupados, segundo a prefeitura.“A gente tem medo porque é muita água que desce quando chove, mas entre o risco daqui e a rua, é melhor aqui”, diz o ambulante. Eles chegaram a dormir uma noite embaixo de uma ponte, mas Alessandra, que tem epilepsia, se desesperou ao ver um rato passar por cima do companheiro.Viveram então quatro meses em uma van emprestada por um conhecido num matagal, cozinhando com fogo numa latinha de refrigerante, até que souberam da casa vazia no Loteamento Feo.“Em comparação com a van, aqui é um palácio”, diz ele, hoje com fogão e geladeira doados.Um em cada dez moradores de Teresópolis, Friburgo e Petrópolis continua vivendo em áreas de risco, segundo as prefeituras. No terceiro município, isso equivale a 12 mil famílias e 18% do território.A despeito da estimativa de 1.800 imóveis abandonados em Teresópolis, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável pelas demolições, afirma que restam destruir apenas 15. O órgão ressaltou que “possíveis gargalos pendentes” serão discutidos no encontro que ocorrerá entre domingo (10) e terça (12) entre estado e prefeituras.O governador em exercício Cláudio Castro (PSC) transferiu a sede do governo para a região e decretou luto oficial durante os três dias. Marcou uma série de eventos e anunciou R$ 500 milhões em investimentos nas cidades.“Tem muita gente que não está com a situação resolvida”, critica Laura Fermiano, do Movimento Popular Resgate da Cidadania Resiliência, em Teresópolis. “É inadmissível que a gente passe dez anos repetindo as mesmas coisas.”No grupo que criou, ela trabalha para conseguir moradia para mais de 500 famílias vítimas de vários desastres na região. Ela mesma depende do auxílio-aluguel desde que sua casa foi interditada em 2011 e vive fazendo manobras para evitar invasões no imóvel até que receba a indenização e ele seja demolido. “É uma luta muito triste”, diz.As mais de 21 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas na tragédia tiveram basicamente três destinos: vivem do auxílio-aluguel, moram em conjuntos habitacionais construídos pelo governo estadual e federal ou receberam um valor pela casa demolida ou interditada —segundo moradores, muito abaixo do mercado.Acostumados à vida em casa ou no bairro, muitos se recusaram a ir para os apartamentos de dois quartos do condomínio Terranova, em Nova Friburgo, por exemplo. Lá moram 1.600 famílias desalojadas de diferentes bairros, menos ou mais abastados.“Isso gerou muito conflito. Misturaram muitas culturas e formas de vida num local só”, conta Sandro Schottz, presidente da associação de moradores do bairro Córrego Dantas.Era lá que vivia o servente de pedreiro Rildo Fleimam, 59, que perdeu 12 parentes e se mudou para o prédio há quatro anos. “A gente tem que agradecer pelo que tem, pelo menos não estamos debaixo da lama ou das pedras, mas já deu muita briga porque cada um pensa de um jeito”, diz sua esposa, a doméstica Vanilda dos Santos, 58.Cláudia Renata Ramos, presidente da Comissão das Vítimas das Tragédias da Região Serrana, fala que os transtornos são frequentes. “Onde moro [Conjunto Habitacional da Posse, em Petrópolis] alagou tudo nas últimas chuvas. É o mesmo descaso todo ano. Não tem dragagem de rio e contenção de encosta suficiente.”Procurado, o governo estadual respondeu que foi aplicado mais de R$ 1 bilhão nas cidades atingidas, sendo entregues 4.219 imóveis, reconstruídas 24 pontes e concluídas 93 obras de contenções de encostas. Disse que entregará mais um conjunto habitacional em Areal e que há sete obras de drenagem e contenção em andamento.A Defesa Civil estadual citou a instalação de sirenes e pluviômetros, a elaboração de planos de contingência e mapeamentos de áreas de risco, atividades de conscientização e a capacitação de 3.000 voluntários para atuar em desastres.As prefeituras das três cidades também apontaram avanços após a tragédia. Petrópolis destacou a construção de muros de gabião (pedras em gaiolas de aço) e o alargamento do rio Santo Antônio.Teresópolis ressaltou a existência de um centro de monitoramento que identifica com antecedência a ameaça de chuvas e faz alertas.Nova Friburgo afirmou que reestruturou a Defesa Civil, fez um convênio de estudos técnicos com o Japão, promoveu palestras sobre prevenção nas áreas de risco e criou pontos de apoio e abrigos temporários.
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O Google, da Alphabet, revelou nesta quarta-feira (11) uma paleta de dez tons de pele que descreveu como um passo à frente na criação de dispositivos e aplicativos que possam atender melhor as pessoas.A empresa disse que a nova escala de tons de pele substitui um padrão falho de seis cores conhecido como "Fitzpatrick Skin Type", que se tornou popular na indústria da tecnologia e é usado em aplicações como sensores de frequência cardíaca de smartwatches, sistemas de inteligência artificial, incluindo reconhecimento facial, e outros mecanismos que possam mostram viés de cor.A empresa fez parceria com a socióloga da Universidade de Harvard Ellis Monk, que estuda discriminação pela cor da pele e se sentiu desumanizada por câmeras que não conseguiram detectar seu rosto e refletir seu tom de pele.Monk disse que a escala Fitzpatrick é ótima para classificar diferenças entre peles mais claras. Mas a maioria das pessoas são mais escuras, então ela queria uma escala que "faça um trabalho melhor para a maioria da população".Através do Photoshop e de outras ferramentas de arte digital, Monk estabeleceu dez tons de pele, um número gerenciável para pessoas que ajudam a treinar e avaliar sistemas de inteligência artificial. Ela e integrantes do Google entrevistaram cerca de 3.000 pessoas nos Estados Unidos e descobriram que um número significativo delas disse que uma escala de dez pontos combinava com sua pele, bem como uma escala de 40 tons.Tulsee Doshi, chefe de produto da equipe ​​responsável por inteligência artificial do Google, chamou a escala de Monk de "um bom equilíbrio".O Google já está aplicando a escala em sua busca. Imagens relacionadas a pesquisas como "maquiagem para noivas" agora permitem a filtragem de resultados baseados na paleta de Monk. Pesquisas de imagens como "bebês fofos" agora mostram fotos com tons de pele variados.A escala Monk também está sendo implantada sobre opções de filtros do Google Fotos, para garantir que o software de correspondência de rostos da empresa não seja tendencioso.Ainda assim, Doshi disse que os problemas podem se infiltrar nos produtos se empresas não têm dados suficientes sobre cada um dos tons, ou se as pessoas ou ferramentas usadas para classificar a pele dos outros são tendenciosas por diferenças de iluminação ou percepções pessoais. Mais O Google também lançou nesta quarta planos para conectar o mundo real com o universo digital de buscas, mapas e outros serviços por meio de avanços na tecnologia de inteligência artificial.A companhia exibiu uma ferramenta que vai permitir aos usuários, por exemplo, fazerem vídeos de prateleiras de vinhos em uma loja e pesquisar no sistema para automaticamente identificar aqueles que foram produzidos em vinícolas específicas."Isso é como ter um super 'Ctrl+F' para o mundo ao seu redor", disse Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google, referindo-se ao atalho de teclado para buscas em documentos. "Você pode fazer buscas no mundo todo, fazer perguntas de qualquer forma e em qualquer lugar."Mais para o final deste ano, o Google Maps vai lançar uma visão imersiva para algumas grandes cidades que une o recurso do Street View com imagens aéreas "para criar um modelo digital rico do mundo", afirmou a companhia.
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Duchas rápidas, só nas partes "íntimas" e, em alguns casos, com água de reúso. Os cavalos da Polícia Militar de São Paulo agora tomam "banho de gato". Essa é a maneira da cavalaria da PM enfrentar a maior crise hídrica da história do Estado e se enquadrar na recomendação do governo de economizar ao máximo. Adotada recentemente pela corporação, a medida tem sido citada como exemplo de economia pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) a membros do governo. Policiais do Regimento 9 de Julho, no centro da capital, contaram à Folha que a frequência dos banhos nos equinos precisou diminuir. Eles não estão proibidos de banhar os animais, mas foram orientados a gastar menos água nessa tarefa. Daí a higienização apenas nas "partes". Oficialmente, a PM confirmou o "banho de gato". E acrescentou: os 400 cavalos da corporação no Estado estão sendo limpos com água de reúso. A origem dessa água não foi informada. Para o veterinário Diogo Siqueira, a economia no banho equino pode deixar o animal mais exposto a doenças. "O cavalo sua muito, precisa do banho completo, principalmente quando trabalha. Ainda mais na cidade grande, onde ele fica mais vulnerável a bactérias", diz. No Haras Cantareira, em Mairiporã (Grande São Paulo), os problemas no abastecimento também afetaram a limpeza dos animais. "Quando ele [cavalo] não trabalha muito, não rola no chão, também só damos uma lavadinha rápida onde é mais necessário", conta o funcionário Douglas Rodrigues, 35.
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Em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes na noite desta quarta (27), o governador paulista Geraldo Alckmin evitou comentar detalhes da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que afastou Aécio Neves (MG), colega de partido, do Senado. Alckmin afirmou não conhecer a questão jurídica envolvendo o senador. Disse, porém, ter "respeito por Aécio Neves, que tem serviços prestados ao Brasil e ao Estado de Minas Gerais". "Em relação à questão jurídica, vamos avaliar essa questão", comentou. Questionado se a decisão representava uma perda para o partido, o governador respondeu que "não é questão de perder ou não perder, o importante é que se faça Justiça". "Aécio tem nosso respeito e afeto", reafirmou. "Ele tem um mandato popular de senador e vamos aguardar essa discussão. Cabe, agora, ao Senado se pronunciar." Afirmou, também, que a decisão do STF "não tem nada a ver" com a sua candidatura à Presidência em 2018 -Alckmin e Aécio integram alas opostas do partido. Nos bastidores, fala-se em um eventual apoio do mineiro a João Doria, que têm sugerido ambição ao Planalto. "Ele vai ter a oportunidade de se defender", prosseguiu Alckmin, que Ainda elogiou o trabalho de Tasso Jereissati como presidente interino da legenda. "Ele [Tasso] está fazendo um bom trabalho, marcou todo o cronograma de convenções até dezembro", disse o governador. Sobre as prévias para escolher o candidato tucano à Presidência, afirmou que elas acontecerão caso o partido tenha mais de um nome para a eleição, sem comentar as datas para a escolha.
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"Eu acho que, além de queimar estátua ser uma coisa estúpida por si, ainda por cima queimaram a estátua errada", afirma Eduardo Bueno, 63, jornalista e escritor de mais de 30 livros de história do Brasil. “O Borba Gato não foi um caçador de índio", diz.Conhecido como Peninha, o escritor não contesta a violência brutal promovida contra indígenas e negros nas expedições dos séculos 16 e 17, as chamadas bandeiras. Afirma, porém, que Borba Gato não se envolveu nas caçadas e na matança."Mas não por bondade. Não participou porque não calhou de participar, porque chegou em um outro momento histórico. Se não, evidentemente ele teria participado", diz Peninha, dono de um canal de história do Brasil no YouTube com mais de 1 milhão de inscritos. Em um vídeo postado nas redes sociais, o gaúcho, que viveu parte da infância em São Paulo, afirma que o bandeirante viveu cerca de 20 anos de forma pacífica em meio a tribos indígenas, contestando a versão de diversos historiadores.Os comentários vêm a propósito do incêndio na estátua do Borba Gato em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, no sábado (24). O grupo que ateou fogo afirmou que o bandeirante contribuiu ativamente para o genocídio da população indígena.Peninha confronta essa visão, bem como o método: "Sou totalmente contrário ao vandalismo e ao ataque aos monumentos", diz. Defende, por outro lado, uma discussão sobre esses personagens históricos e afirma que, num segundo momento, a retirada das estátuas pode ser feita. Como que o senhor avalia esse movimento de retirada ou substituição de símbolos que exaltem pessoas ligadas à escravidão, como bandeirantes? A retirada em um segundo momento pode ser feita, mas eu sou totalmente contrário ao vandalismo e ao ataque aos monumentos, porque na maior parte das vezes eles são atacados por pessoas que simplesmente não conhecem a história daqueles personagens. Eu sou francamente favorável a você ter essas estátuas polêmicas e, a partir delas, você estabelecer uma discussão sobre esses personagens. Vamos discutir Borba Gato. Vamos discutir Raposo Tavares.Eu acho que essas figuras têm que ser discutidas. Você não pode derrubá-las no final sem nem saber quem elas são. É óbvio que eu não sou a favor, nem um defensor do Borba Gato. Só que é o seguinte: o Borba Gato não foi um caçador de índio. O Borba Gato esteve muito mais ligado ao chamado ciclo do ouro, que é uma falácia chamar assim, mas ele é mais ligado à corrida do ouro dos bandeirantes.Então eu acho que, além de queimar estátua ser uma coisa estúpida por si, ainda por cima queimaram a estátua errada.O senhor disse ser contra o ataque, mas que a retirada dos símbolos pode ser feita em um segundo momento. Existem muitos projetos de lei que defendem, por exemplo, que estátuas que homenageiam escravagistas sejam colocadas em museus. Outras pessoas defendem que o espaço fique vazio, o que também é simbólico. O que o senhor pensa a respeito disso? O Brasil possui muitos monumentos em homenagem a pessoas que mataram, estupraram. A história do Brasil não é pacífica. É horrível. É bom o Brasil recordar o tempo inteiro que nunca foi um país manso e pacífico. Sempre foi um país de desigualdade, sempre foi um país de injustiça, sempre foi o país do desequilíbrio social. Sempre. Essas estátuas até refletem isso. A proposta de tirá-las da rua e levá-las para museus, eu também acho que é a melhor. Só que, antes de fazer isso, tem que ter um grande movimento em torno da estátua para que cada vez mais pessoas saibam quem foram aquelas figuras.Só que, no caso dos bandeirantes, é muito importante que São Paulo saiba como os bandeirantes são uma invenção da historiografia paulista. São Paulo inventa os bandeirantes. Nem o termo bandeirante era usado na época, eles eram chamados de paulistas ou de sertanistas.É evidente que é um momento em que os bandeirantes têm que ser ressignificados. Mas essa discussão tem que estar em pauta na TV, em séries. Não adianta essa discussão ser no Facebook, no Instagram ou no YouTube. Além da fragilidade dessas mídias no sentido de uma real reflexão, elas sempre geraram polarização. Na sua visão, Borba Gato não foi caçador de indígenas, mas muitos historiadores questionam essa versão. Muitos defendem que as expedições que buscavam apreender indígenas também encontravam pedras e metais preciosos e que as que tinham como finalidade encontrar minérios também apreendiam e escravizavam indígenas. Eu concordo com isso. A questão é que esses índios da região na qual o Borba Gato estava não eram os índios "afeitos" à escravidão. Seu sogro, Fernão Dias, tinha participado junto com o Afonso Tavares da destruição das missões jesuíticas e do aprisionamento em larga escala dos Guaranis, que eram um povo indígena mais afeito ao trabalho agrícola e ao trabalho coletivo.Os índios da região de Minas Gerais onde o Borba Gato circulava eram os chamados índios de língua travada, os índios não tupis, que você não conseguia reduzir à escravidão com lucro efetivo. Ele já tinha desistido de escravizá-los, mas não por uma questão de bondade ou não porque os bandeirantes não escravizavam, mas porque eles não viam utilidade em escravizá-los.Na minha opinião, não é uma questão de ele ser bonzinho ou não, circunstancialmente ele não precisou escravizar índios. Ele estava lá por uma busca mineral.Borba Gato, então, não participou da escravização e do genocídio indígena, na sua visão. Não, mas não por bondade. Não participou porque não calhou de participar, porque chegou em um outro momento histórico. Se não, evidentemente ele teria participado.As bandeiras, então, tiveram escravização, morte de indígenas, mas houve algumas exceções em que isso não ocorreu, e o Borba Gato estava nessa exceção? Não, eu acho que a ação delas foi obviamente devastadora. Mesmo essas ligadas ao dito ciclo de ouro causaram um grande impacto ambiental, desmatamento. O ciclo do ouro e da mineração no Brasil é de uma crueldade brutal.E o fato de indígenas que participaram do início dela já estarem extintos por doença ou pela ação predatória dos bandeirantes fez com que fossem levadas grandes quantidades de escravos africanos para participar do ciclo seguinte. Como todos os outros ciclos econômicos brasileiros, embora eu considere um anacronismo chamar assim, como do pau-brasil, do açúcar, todos foram de uma crueldade brutal. Então em nenhum momento eu quero ressignificar a violência inerente a esse processo. ​O senhor diz que Júlio Guerra, autor da escultura, queria contestar a estatuária dos anos 20 que louvava os bandeirantes. Guerra ganhou o concurso público para a comemoração do 4º Centenário de Santo Amaro, porém, porque sua proposta de construir um bandeirante se ajustava ao imaginário regional paulista, algo que o edital ratificava. Eu não sou um especialista em Borba Gato nem em Júlio Guerra. A leitura que eu faço é de um cara que, além de tudo, fez a [escultura de] Mãe Preta e fez uma estátua de ladrilho, com trilhos de trem, é um cara que, na minha opinião, está dando no mínimo um recado velado ou de deboche ou de contestação.No seu vídeo postado nas redes sociais, o senhor diz que o grupo ateou fogo em uma obra de arte. Esse é o argumento de muitas pessoas. Mas em entrevista à Folha em 1963, Júlio Guerra disse não ter certeza de que se tratava de uma obra de arte. Eu acho que isso comprova esse lado de ressignificação, de deboche, de quase contestação. O artista, porque ele era o artista, ele vivia disso, dizer que não tem certeza se era uma obra de arte? Na minha opinião é bater o martelo de que sim, é uma obra de arte.Eduardo Bueno, 63Graduado em jornalismo pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), é autor de mais de 30 livros, a maioria sobre história do Brasil. É dono do canal Buenas Ideias, que tem mais de 1 milhão de seguidores no Youtube.
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O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado no quarto trimestre. A queda nos embarques de soja pesou sobre as exportações. No entanto, gastos estáveis do consumidor e o aumento do investimento empresarial sugerem que a economia continuará a crescer. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 1,9%, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (27) em sua primeira estimativa do PIB do quarto trimestre. A leitura representou uma forte desaceleração ante o ritmo de crescimento de 3,5% registrado no terceiro trimestre. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 2,2%. Como resultado, a economia cresceu apenas 1,6% em 2016, o ritmo mais fraco desde 2011. A expansão no primeiro semestre do ano foi prejudicada pelo petróleo barato e pelo dólar forte, que reduziu os lucros das empresas e pesou sobre o investimento empresarial. PIB dos EUA - Variação trimestral No quarto trimestre, as exportações caíram a uma taxa de 4,3%, revertendo o crescimento de 10% do terceiro trimestre. A queda das exportações nos últimos meses do ano passado foi a maior desde o primeiro trimestre de 2015. O comércio cortou 1,70 ponto percentual do crescimento do PIB no quarto trimestre, depois de colaborar com 0,85 ponto percentual no período anterior. Esse foi o maior impacto negativo desde o segundo trimestre de 2010. A maior parte da queda foi motivada pelas exportações de soja, que haviam impulsionado o crescimento do PIB no terceiro trimestre após uma safra de soja fraca na Argentina e no Brasil. Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 2,5% no quarto trimestre, ante 3,0% no terceiro. Com a demanda doméstica aumentando, as empresas continuaram a aumentar os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de US$ 48,7 bilhões no último trimestre do ano passado, contra US$ 7,1 bilhões no terceiro trimestre. Os estoques colaboraram com 1 ponto percentual ao crescimento do PIB, o dobro da contribuição no terceiro trimestre. O investimento empresarial aumentou, com os gastos em equipamentos avançando a uma taxa de 3,1% após quatro quedas trimestrais seguidas. O ganho reflete aumento na exploração de gás e petróleo, em linha com a alta dos preços do petróleo. Com o mercado de trabalho em pleno emprego ou perto dele começando a elevar os salários e a sustentar os gastos do consumidor, o cenário é favorável para a economia. O crescimento este ano também pode receber um impulso da promessa do presidente Donald Trump de aumentar os gastos em infraestrutura, reduzir os impostos e as regulamentações. Uma economia mais forte também significaria mais aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve. O banco central dos Estados Unidos tem projetado três altas dos juros este ano.
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Quando começar sua campanha por uma vaga na Copa do Mundo de 2022, nesta quarta (24), Cuba vai adotar uma abordagem que não tenta há anos: colocar em campo muitos de seus melhores jogadores.Há anos, apenas atletas cubanos que tivessem contratos com o Inder, organização que comanda o esporte no país, eram escolhidos para integrar a seleção nacional. Agora a situação vai mudar. Cuba convocou diversos jogadores radicados no exterior —e que estão fora do sistema oficial do esporte cubano— para participar de uma sequência de partidas nas Eliminatórias para a Copa do Mundo.Isso significa que Onel Hernández, lateral esquerdo do Norwich City; Carlos Vázquez Fernández, zagueiro radicado na Espanha; e Joel Apezteguía, atacante que joga em San Marino, farão parte da equipe. E também significa o retorno à seleção nacional do zagueiro Jorge Luis Corrales, depois de seis anos de afastamento.“Não sei se grito ou se rio, porque os sentimentos são conflitantes”, disse Corrales, que joga em uma liga secundária dos Estados Unidos. “As imagens dos muitos anos em que defendi a seleção e de todos aqueles momentos ótimos passaram pelo meu pensamento. Acredito que poder participar de novo de momentos como esse será uma das melhores experiências que terei, desde que cheguei aos Estados Unidos."Para quem observa de fora, os jogadores radicados no exterior se enquadram em uma categoria que é difícil de distinguir daquela que inclui atletas cubanos que abandonaram seleções nacionais em excursões a outros países e pediram asilo, ou desertaram de outras maneiras. Mas existe uma distinção importante, e ela faz toda diferença para as autoridades cubanas: todos eles deixaram a ilha com seus pais, quando crianças, ou receberam permissão do governo para jogar no exterior.Corrales, por exemplo, foi autorizado a visitar o pai em Miami depois da Copa Ouro de 2015, um importante torneio regional, e decidiu ficar depois de receber um visto de cinco anos. Desde então, ele jogou por diversos times da Major League Soccer e da USL Championship, a segunda divisão dos Estados Unidos, entre os quais seu atual empregador, o FC Tulsa.Apezteguía espera fazer sua estreia pela seleção cubana, aos 37 anos. Ele jogou em Cuba até os 24 anos, antes de partir para ajudar seu pai a operar um bar e restaurante na Espanha. Depois de anos batalhando em ligas europeias menores (Moldova, Albânia e sua residência atual em San Marino são os destaques), à espera de que os dirigentes do futebol cubano reparassem em seu futebol, a convocação enfim chegou.Hernández, 28, deixou Cuba na infância quando sua família se mudou para a Alemanha. Ele começou sua carreira profissional em um time da segunda divisão alemã, antes de se transferir ao Norwich City, que ele ajudou a conquistar acesso à Premier League em 2019.No terceiro trimestre daquele ano, ele se tornou o primeiro atleta cubano a jogar na Premier League. Poucos meses mais tarde, em uma partida contra o Manchester United, virou o primeiro cubano a marcar um gol na principal liga do futebol inglês.Hernández já havia expressado interesse em defender seu país de nascimento, no passado, e aceitou um convite para treinar com a seleção, mas vestir a camisa da equipe em uma partida oficial parecia impossível, até este mês.Vázquez Fernández, 21, conhecido como CaVaFe, se mudou para a Espanha com os pais quando tinha três anos de idade. Ele desenvolveu seu futebol lá, na academia do Atlético de Madrid, ocasionalmente treinando com a equipe principal do clube. O atleta vinha há anos expressando seu desejo de vestir a camisa de Cuba, mas não tinha uma data específica em mente.“Eu tinha certeza de que minha primeira convocação viria”, ele disse. “O que não sabia era se isso aconteceria logo ou demoraria mais, até 2028, 2025, 2021, mas eu tinha certeza de que aconteceria. Sempre fui muito positivo”.O que nenhum dos jogadores sabe, porém, é por que as convocações aconteceram neste momento.Hernández vem mantendo contato regularmente com o treinador da seleção cubana, Pablo Elier Sánchez, o que inclui conversas em vídeo nas quais ele é informado sobre o esquema tático da equipe. Ele e os demais jogadores disseram acreditar que Sánchez e alguns poucos dirigentes tivessem facilitado suas convocações, trabalhando por diversos anos a fim de convencer os dirigentes nacionais do futebol e o governo de Cuba de que eles mereciam uma oportunidade.Sánchez falou sobre os novos convocados em uma breve entrevista no aeroporto, ao chegar à Guatemala no domingo, afirmando que “sem dúvida” eles fortaleceriam seu time.“São jogadores que estão em atividade em ligas importantes, ligas de primeira classe no planeta”, ele afirmou. “Vão trazer muita coisa em termos dos resultados que o time poderá obter."Cuba não ofereceu explicação oficial para sua repentina abertura a jogadores vindos de fora do sistema esportivo oficial do país, ou revelou se o sucesso desse primeiro passo pode trazer uma era de abertura para uma perspectiva até agora impensável: a de reforçar as seleções nacionais cubanas com atletas que desertaram e representam a elite da diáspora esportiva do país, não só no futebol, com nomes como Osvaldo Alonso e Maikel Chang, mas potencialmente no beisebol, com astros como José Abreu e Yuli Gurriel.Mensagens deixadas para Sánchez, dirigentes de federações e dirigentes do Inder não foram respondidas.Os jogadores esperam que possam fazer diferença. Apezteguía disse que era difícil assistir à seleção cubana, que ocupa a 180ª posição no ranking das 210 seleções da Fifa, e que agora ele podia ajudar o time a subir de nível.Cuba vai jogar suas duas primeiras partidas das eliminatórias na Guatemala, enfrentando o país anfitrião na quarta-feira e Curaçao, favorito para avançar à próxima fase, quatro dias mais tarde. Os jogos devem preparar o terreno para uma meta cubana mais ambiciosa: a busca de classificação para a Copa do Mundo da América do Norte, que envolverá 48 times, em 2026.Mesmo sem uma resposta concreta quanto ao momento da decisão, os reforços da seleção cubana estão otimistas quanto à convocação ser um primeiro passo para a realização do potencial do país, especialmente se mais jogadores cubanos forem autorizados a buscar experiência no exterior e tentar a sorte nas melhores ligas do planeta.“Muitas crianças amam o futebol, em Cuba, e elas querem viver o sonho que vivi”, disse Hernández.
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A estatal Eletrobras e subsidiárias da companhia encerraram 2020 com déficit total de R$ 6,8 bilhões nos planos de pensão de funcionários, o que pode em algum momento exigir programas de ajuste com potencial de impactar a empresa.A informação consta de relatório entregue pela elétrica federal nesta segunda-feira (10) à reguladora norte-americana SEC e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o chamado formulário 20-F referente ao exercício 2020.O alerta da Eletrobras foi feito em momento em que o governo planeja privatizar a companhia, por meio da diluição de seu capital, o que seria realizado com a venda de novas ações no mercado. O documento acabou sendo publicado ainda dias após Rodrigo Limp assumir como novo presidente-executivo da elétrica.A Eletrobras havia postergado o arquivamento do 20-F, antes previsto para 30 de abril, para revisar demonstrações financeiras de 2019 e 2018, visando refletir cálculos atuariais relativos ao seu plano de aposentadoria. Na ocasião, a empresa afirmou que os ajustes não deveriam ser relevantes.No documento enviado aos reguladores nesta segunda, a companhia disse que a legislação brasileira estabelece que ela pode ser chamada a contribuir para um requilíbrio dos planos de benefícios de funcionários em caso de falta de reservas disponíveis."A implementação de um plano de remediação (do déficit) pode resultar no pagamento de contribuições extraordinárias pelos participantes e patrocinadores, visando restaurar o equilíbrio do plano", afirmou a emrpesa no documento.O valor dessas contribuições ainda pode ser sujeito a disputas judiciais caso haja um desentendimento sobre os montantes junto aos participantes dos planos, explicou a empresa."A realização de tais pagamentos teria um efeito material adverso sobre nossos resultados operacionais, fluxo de caixa e condição financeira", apontou a Eletrobras, sem mencionar valores.A estatal também não deu informações sobre quando eventuais discussões sobre o reequilíbrio dos déficits poderiam ocorrer.Além da Eletrobras, a também estatal Petrobras já sofreu problemas com déficit no fundo de pensão de seus funcionários, o Petros, o que exigiu planos de equacionamento de déficit que envolveram contribuições extraordinárias da companhia. Mais A Eletrobras também reiterou no formulário 20-F que foi procurada pela SEC em abril devido a investigações em andamento na reguladora norte-americana sobre informações divulgadas pela companhia referentes aos chamados "empréstimos compulsórios".Criado pelo governo federal nos 1960 para bancar a expansão do setor elétrico, o empréstimo compulsório consistiu em cobranças junto a consumidores industriais com a promessa de devolução futura dos recursos.Década depois, a Eletrobras ainda é repetidamente acionada na Justiça por alegados credores dessas operações, o que exige frequentes provisões de recursos.No 20-F, a Eletrobras disse que o pedido de informações sobre essas disputas veio de uma divisão de fiscalização da SEC."Estamos em processo de reunir a documentação para responder essa solicitação, e pretendemos cooperar totalmente com a investigação e avaliar, com base na investigação ou no contínuo desenvolvimento de disputas legais no Brasil, se seria adequado qualquer ajuste em nossas divulgações ou provisões".Também no 20-F, a Eletrobras disse que suas provisões operacionais referentes aos empréstimos compulsório somavam aproximadamente R$ 17,4 bilhões ao final de 2020.
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Publicações elogiosas ao empresário Eike Batista, preso nesta segunda-feira (30) pela Polícia Federal, foram apagadas do perfil do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), em uma rede social. Nas postagens, o prefeito afirmava que o empresário era uma lição de "eficiência e otimismo" e que uma empresa privatizada administrada por Eike iria "melhorar". Ainda dizia que daria um prêmio do grupo Lide, empresa fundada por Doria quando ainda não era prefeito, de empreendedor do ano, a Eike. As postagens são de 2011. Procurada, a assessoria do prefeito informou que a decisão de apagar as publicações partiu da equipe que administra as redes sociais de Doria, e não do prefeito. Doria, segundo a assessoria, nem se lembrava das publicações. Pela manhã, ao ser questionado sobre o tema, disse que "passado é passado". Eike foi o principal alvo da Operação Eficiência, braço da Lava Jato no Rio deflagrada na quinta-feira (26). O empresário foi preso sob suspeita de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que também foi detido pela Lava Jato. Antes da prisão, Eike disse que responderá "à Justiça, como é meu dever".
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Uma antiga piada é que a publicidade funciona na base do “spray and pray”: espalhe os anúncios e reze para eles funcionarem. É claro que marketing funciona. Existe uma inegável relação de causa e efeito entre o investimento nessa área e o crescimento das empresas. Há inúmeros exemplos de companhias cujo maior ativo são as suas marcas, imãs de consumidores que foram construídos ao longo de muitos anos. O problema é que até recentemente era muito difícil para um gestor de marketing conseguir isolar as variáveis e entender no detalhe o que estava funcionando e o que não estava. O desperdício era enorme. É famosa a frase de John Wanamaker, varejista americano do começo do século 20: “Metade do meu investimento em publicidade é jogado fora; o problema é que não sei qual metade”. A boa notícia é que isso está mudando muito rapidamente, com a internet e a capacidade de mensuração inerente a ela. Imagine um consumidor que realiza uma compra, seja num e-commerce ou mesmo numa loja física. Hoje, é possível saber exatamente a que tipo de anúncio ou estímulo de comunicação aquela pessoa foi submetida. Entender essa jornada de compra é fascinante. Eis o caminho geral que as empresas mais avançadas estão adotando. Em primeiro lugar, mapeie e mensure todos os canais. Esqueça a noção de que publicidade online gera vendas online e publicidade offline gera vendas offline. Seu consumidor pode ter visto um anúncio na internet e optado por fazer a compra em uma loja física --talvez sem ter nem nem clicado na propaganda. É preciso cruzar bancos de dados para identificar e conhecer o consumidor. Utilize tecnologia para rastrear as suas pegadas digitais e eventuais consequência no mundo físico Certo, agora você tem as métricas. Mas elas não servem para nada se você não ativá-las. A enorme massa de dados digitais que está à disposição das empresas não vai se transformar em vendas sozinha. Ativar os dados significa entregar a publicidade certa, na hora certa e para a pessoa certa. Que tal receber um alerta de renovação de seguros customizado para você no mês em que o seu seguro irá vencer? (Ou, na outra ponta, por que seguradoras deveriam jogar fora dinheiro anunciando para quem acabou de renovar sua apólice?) É possível levar a segmentação para níveis jamais alcançados. Uma vez que você utilizou com perícia o seu orçamento de marketing para atrair consumidores, tudo será posto a perder se a experiência de compra for ruim. Exemplos disso são sites lentos, não otimizados para celular, lojas com fila, falta de estoque. Por fim, repita o processo. Siga fazendo testes: qual propaganda irá gerar mais vendas: a foto do bebê ou aquela com foco no preço? Só uma experiência dirá, e as tecnologias atuais permitem colocar na rua campanhas com diversos testes simultâneos. Há diversos casos de aumento de 50% ou 70% (em certas empresas, até 100%) no retorno sobre o investimento em marketing com o uso de uma abordagem menos intuitiva e mais baseada em dados e testes multivariáveis. Finalmente podemos saber qual metade da publicidade é a que funciona.
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O plano apresentado terça-feira (5) pelo governo tem cheiro de compensação para a perda de prioridade, ou pelo reconhecimento de sua incapacidade de articulação, em relação à votação de uma proposta de reforma tributária, essa sim essencial ao país.O programa visa o corte de despesas, com algumas medidas acertadas e outras não, mas dada sua abrangência, enfrentará os mesmos problemas de articulação para sua votação no Congresso. Vamos às propostas. Como eu afirmei, algumas medidas são importantes: a reforma administrativa, a análise da necessidade de alguns fundos públicos, a destinação de recursos para o abatimento da dívida pública, programas de redução da pobreza e investimentos, a reavaliação de incentivos tributários, a consolidação das regras fiscais para a União, Estados e Municípios, incluindo a iniciativa de soluções para o descumprimento da chamada Regra de Ouro, e a descentralização de recursos para estados e municípios. Entretanto, outro grupo de medidas transparece que parcela relevante da estratégia de redução de despesas está orientada para o corte de despesas sociais, iniciativa essa inconcebível para um país com nossas desigualdades.A “garantia de reajustes dos benefícios previdenciários e BPC pela inflação” parece significar que o atrelamento de seu piso ao valor do salário mínimo poderia estar com seus dias contados, caso a correção deste último seja superior à inflação em algum momento. Da mesma forma, juntar os limites de saúde e educação implicaria na opção por uma dessas despesas em uma eventual pressão pela elevação de ambas —hipótese bastante factível em um cenário de precarização do mercado de trabalho. O setor público certamente precisará elevar essas duas despesas com o passar do tempo, e não reduzi-las como preconizado pelo governo. A diminuição dos repasses do FAT ao BNDES significaria o desmantelamento de nossa única fonte relevante de financiamento de longo prazo, bem como a eliminação da possibilidade de operações de crédito entre União, estados e municípios reduziria a possibilidade de realização de importantes obras para a infraestrutura do país. A extinção do PPA eliminaria o único instrumento atual que, se aprimorado, viabilizaria um planejamento estratégico para o desenvolvimento do país e a instituição de um modelo de gestão baseado em metas e resultados para a gestão pública federal. Enfim, este governo não acredita em política fiscal anticíclica, mas no aprofundamento da austeridade. E, ademais, as medidas propostas que poderão resultar em efetiva economia vão na direção de uma reforma administrativa —correta— ou da redução de gastos sociais e da participação do BNDES na economia, por seu turno injustificáveis. Quanto mais o governo insistir apenas na austeridade neste momento, mais a economia permanecerá em crise, impedindo o próprio ajuste fiscal.Não há nenhuma proposta neste plano que vise uma solução para a nossa insuficiência de demanda que persiste há anos e suas motivações no cenário atual, o desemprego, o endividamento das famílias e empresas, que por sua vez limitam as perspectivas de receitas e terminam inibindo o investimento privado. As medidas urgentes que o governo deveria adotar para recuperar o nível de atividade da economia brasileira no cenário atual seriam a imediata redução de 10% a 15% dos incentivos fiscais com a correspondente alocação desses recursos em investimentos, bem como a aceleração do processo de concessão de obras públicas. Mas não existem problemas com a demanda na visão de mundo da equipe econômica, e o crescimento permanecerá pífio, infelizmente. Assim será até que eles aceitem a realidade do país.
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